Você está na página 1de 2

(1)

(2)

(3)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (4)


ENGENHARIA MECÂNICA
PROCESSO DE USINAGEM – MEC 325
Onde:
Eder Lopes Silva, 96835 ap = profundidade de corte
kr = ângulo de direção do gume
Rε= raio de ponta da ferramenta
PRÁTICA 5 Os valores para cada um desses
parâmetros são:
Efeito da velocidade de corte e da ap = 1,0 mm
espessura de usinagem sobre a kr = 104º
rugosidade no torneamento do aço Rε= 0,8 mm
ABNT 1040 Na figura 1 é esquematicamente o efeito do
raio de quina e da espessura de usinagem
1.OBJETIVO (S) sobre a rugosidade cinemática Rt.(altura
total do perfil).
Estudar o efeito da velocidade de corte e da
espessura de usinagem sobre os
parâmetros verticais (Ra, Rq, Rz e Rt) no
torneamento aço ABNT 1040 com
ferramenta de metal duro.
Figura 1. Efeito do raio de quina (rɛ) e do avanço (f)
2. MATERIAIS E MÉTODOS
sobre a rugosidade (Rt)

Para esta prática utilizou-se os seguintes


materiais, ferramentas e sistema de 3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
medição:
• Torno mecânico universal; A seguir, são apresentados os valores de
• Cilindro de aço ABNT 1040; rugosidade calculados e os valores obtidos
• Suporte de torneamento para experimentalmente:
inserto;
• Inserto de metal duro; Tabela 1. Parâmetros de usinagem e parâmetros
• Medidor de rugosidade Taylor
vc h b Ra Rt Ra Rq Rt Rz
Hobson S128 Surtronic-S128; Teste teórico teórico
• Câmera fotográfica. m/min (mm) (mm) µm µm µm µm µm µm
O ensaio foi realizado com dois avanços (f) 1 60 0,091 1,03 0,01 1,38 3,50 4,31 25,3 18,2
diferentes, sendo eles de 0,094mm e 2 90 0,091 1,03 0,01 1,38 3,17 3,79 21,2 16,7
0,19mm. Para cada avanço variou-se a
velocidade de corte (Vc) em 60,90 e 120 3 120 0,091 1,03 0,01 1,38 2,54 3,14 16,8 13,8
m/min. 4 60 0,184 1,03 0,04 5,64 3,83 4,69 27,5 19,2
Para cada superfície usinada com a 5 90 0,184 1,03 0,04 5,64 2,14 2,58 15,7 12,0
respectiva combinação de avanço e
velocidade de corte, foi realizada a medição 6 120 0,184 1,03 0,04 5,64 1,78 2,28 14,6 10,4

da rugosidade. Após isso, fotografou-se a


peça afim de comparar o acabamento
devido a cada configuração de usinagem. Abaixo, é exibido o gráfico da rugosidade
Foram calculadas a espessura de corte (1), em função da velocidade de corte:
a largura de corte (2), a rugosidade média
aritmética (3) e a altura total do perfil (4),
utilizando-se as equações abaixo:
aumentou-se a velocidade corte, os
parâmetros de rugosidades Ra, Rq, Rt e Rz
diminuíram seu valor, implicando em um
acabamento com menor rugosidade. A
melhora na rugosidade pode ser observada
ainda, qualitativamente, no aspecto visual
da peça, que tende a ser mais brilhante
conforme a rugosidade diminui.
Nos ensaios 4, 5 e 6, o avanço era de
f=0,19 mm/rev. À medida que aumentou-se
a velocidade de corte, os parâmetros de
rugosidades avaliados diminuíram seu
Gráfico 1: Velocidade de corte X Rugosidade. Fonte: valor, implicando em um acabamento com
Do autor.
menor rugosidade. A mesma melhora no
aspecto visual observado anteriormente
Em termos do avanço, obteve-se o gráfico
pode ser percebida novamente.
2 mostrado abaixo: A medida que a velocidade de corte foi
aumentada, apesar da melhora no aspecto
visual da peça e da menor rugosidade, o
cavaco gerado seguia a tendência inversa,
tendendo a aumentar a temperatura, o que
diminui a vida útil da ferramenta e,
tornando-se ainda mais longo, espesso e
emaranhado, colocando em risco o
operador.
A partir da análise dos gráficos, nota-se
grande divergência entre os valores de Ra
e Rt teóricos com os valores medidos. Tal
Gráfico 2: Avanço X Rugosidade. Fonte: Do autor.
comportamento pode ter diversas causas
como vibrações, desgaste da ferramenta,
Para cada teste, obteve-se uma fotografia ausência de refrigeração, contato entre
exibida abaixo: cavaco e superfície já usinada, dentre
outras variáveis. Os valores de rugosidade
medidos podem ser mais próximos dos
valores calculados quando há refrigeração
durante a usinagem.

4. CONCLUSÃO

Esta prática permitiu observar a relação


entre rugosidade e parâmetros como
Figura 2 – Ensaios 1, 2 e 3 velocidade de corte e avanço. À medida
que a velocidade de corte aumenta, a
rugosidade tende a ser menor. Este
mesmo comportamento também é
observado quando para uma mesma
rotação, aumenta-se o avanço,
novamente, a rugosidade tende a ser
menor.
Apesar da menor rugosidade em
velocidades mais altas, deve-se estudar
o tipo de cavaco formado afim de
Figura 3 – Ensaios 4, 5 e 6
garantir a segurança do operador e vida
Nos três primeiros ensaios, o avanço era útil da ferramenta.
de f=0,094 mm/rev. À medida que

Você também pode gostar