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OUTROS
ELEMENTOS DE
APOIO AO TEXTO
Parte
1 Notas de rodapé
Segundo a NBR 10520 (ABNT, 2002, p. 2), notas de rodapé são “indicações, observações ou adi-
tamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem esquerda
ou direita da mancha gráfica”.
Quando há uma informação adicional, que complementa ou esclarece uma afirmação do texto,
mas cuja leitura pode interromper ou prejudicar a leitura lógica do texto, essa informação pode ser
inserida numa nota de rodapé. As notas devem ser reduzidas e situar-se em local tão próximo quanto
possível do texto. Para a chamada das notas de rodapé, usam-se algarismos arábicos, na entrelinha
superior (sobrescrito), sem parênteses, com numeração consecutiva para cada capítulo ou parte, evi-
tando-se recomeçar a numeração a cada página. Quando as notas forem em número reduzido, pode-se
adotar uma sequência numérica única para todo o texto.
As notas devem ser digitadas dentro da margem inferior, com fonte tamanho 10, ficando separadas
do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 4 cm, a partir da margem esquerda.
Segundo a NBR 10520 (ABNT, 2002), as notas devem estar alinhadas pela primeira palavra, de
forma a deixar o número em evidência, e sem espaço entre elas.
Podem ser utilizadas para duas finalidades: como nota de referência ou como nota explicativa.
A nota explicativa é usada para apresentação de comentários, explanações e/ou traduções que não
são incluídos no texto, para não interromper a linha de pensamento. Caso a nota explicativa seja muito
longa, é melhor inseri-la como anexo ou como apêndice ao final do texto.
A nota de referência indica as fontes citadas ou remete a outras partes da obra em que o assunto
foi abordado. A primeira citação de uma obra em rodapé deve ter sua referência completa. As subse-
quentes podem aparecer de forma abreviada, utilizando as expressões latinas.
Exemplos no texto:
Aliás, a proposta de Piaget é mesmo “estudar o julgamento moral, e não os comportamentos ou
sentimentos morais1”.
“Os direitos humanos devem permear a nossa civilização”2
Exemplos nas notas de rodapé:
1 A fundamentação da moral, como norteador da conduta humana, requer a apreciação nas perspectivas
racional e emocional. A pessoa humana não é apenas cérebro, desprovida de sentimentos.
2 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos Humanos, Direitos Sociais e Justiça. São Paulo: Malheiros, 1994.
Figuras
Como exemplos de figuras temos: desenhos, esquemas, fotografias, gráficos, mapas, organogra-
mas, retratos, figuras, imagens etc. Exemplo:
“A imagem 1 ilustra o logotipo da Associação Brasileira de Normas Técnicas.”
Figura 1 – Logotipo da Associação Brasileira de Normas Técnicas
Fonte: ABNT(2015).
Quadros
São arranjos de informações qualitativas e textuais, sem a finalidade de cálculos estatísticos, apre-
sentadas de forma organizada e dispostas em colunas e linhas. A identificação é feita com o nome
do elemento QUADRO, seguido do número de ordem em algarismo romano. Na parte superior deve
constar a palavra QUADRO em letras maiúsculas, o número que o identifica em algarismos arábicos,
travessão e título. Exemplo:
Quadro 1 – Competências do Profissional
Saberes Conceituações
Saber agir Saber o que e por que faz. Saber julgar, escolher e decidir.
Saber mobilizar recursos de pessoas, financeiros, materiais,
Saber mobilizar
criando sinergia entre eles.
Compreender, processar, transmitir informações e conhecimen-
Saber comunicar
tos, assegurando o entendimento da mensagem pelo outro.
Trabalhar o conhecimento e a experiência. Rever modelos
Saber aprender mentais. Saber desenvolver-se e propiciar o desenvolvimento dos
outros.
Saber engajar-se e comprometer-se com os objetivos da
Saber comprometer-se
organização.
Quando houver um número expressivo de tabelas, quadros ou ilustrações no texto é indicado in-
serir uma lista com esses elementos na parte pré-textual. Porém, a lista deve estar presente apenas em
trabalhos completos. Num artigo científico, por exemplo, cabem as listas.
Parte
3 Equações e fórmulas, siglas,
abreviaturas e símbolos
Equações e fórmulas
De acordo com a NBR 14724 (ABNT, 2011, p. 11), para melhor apresentar o conteúdo, as equa-
ções e fórmulas podem ser destacadas no texto e, caso necessário, numeradas com algarismos arábicos
entre parênteses e alinhados à direita. Outra possibilidade é utilizar entrelinha maior quando a fórmula
se apresentar no próprio texto, pois assim facilita a visualização de seus elementos no caso de expoen-
tes, índices etc.).
Exemplo 1: Xi ri cosθi
Yi = ri senθi
Z Z
i i
Xi2 + Yi2
ri
Yi
θi = A tan X
Z i
i Z
i
Exemplo 2:
dV
d ( AB ) = x 100
dH
onde:
d(AB) = declividade expressa em porcentagem
dV = distância vertical
dH = distância horizontal
Exemplo 3:
2x²+3x = y³
Siglas
Segundo a NBR 14724 ABNT (2011), a sigla é “conjunto de letras iniciais dos vocábulos e/ou
números que representam determinado nome”. Pode ser utilizada para representar o nome de uma or-
ganização, instituição, programa, processos e outras expressões que se repetem no texto. Ao usar uma
sigla pela primeira vez, deve-se colocar seu nome por extenso e, entre parênteses, a sigla com letras
maiúsculas, podendo ser usado no texto subsequente apenas a sigla.
Exemplo:
No primeiro uso: “A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma entidade....”.
Nos usos seguintes: “A ABNT esclarece que...”.
Ao se utilizar várias siglas no decorrer do trabalho, é recomendado que seja elaborada a lista de
siglas para os trabalhos completos.
Símbolos
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), símbolo é “sinal que substitui o nome de uma coisa ou
de uma ação”. Os símbolos são elementos gráficos ou objetos que representam e/ou indicam de forma
convencional elementos importantes para esclarecimento ou realização de alguma coisa.
A lista de símbolos é também um elemento opcional e, quando elaborada, deve seguir a ordem em
que os símbolos são apresentados no texto com o devido significado.
Exemplos:
§ – Parágrafo, comumente utilizado em textos jurídicos.
π – Razão entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência.
€ – Euro.
Parte
4 Apêndices e anexos
Apêndice
Elemento que consiste num texto ou documento elaborado pelo autor, com intuito de complemen-
tar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho, como questionário ou entrevista. Esses elementos só
devem ser incluídos quando forem imprescindíveis.
Cada documento deve ser precedido da palavra APÊNDICE, em letras maiúsculas, seguido por
um travessão e o respectivo título. Quando o trabalho apresentar mais de um apêndice, a identificação
é feita por letras maiúsculas e letras maiúsculas dobradas quando esgotadas as letras do alfabeto. Nesse
caso, devem ser apresentados em listagem com os títulos e respectivas páginas.
Os apêndices devem ser obrigatoriamente citados no texto. As folhas dos apêndices devem ser
numeradas, dando seguimento ao texto.
Exemplos:
Lista de apêndices
APÊNDICES
APÊNDICE A – Quadro funcional da Empresa Beta....................................45
APÊNDICE B – Questionário aplicado aos funcionários da Empresa Beta.......46
APÊNDICE C – Organograma proposto para a Empresa Beta.....................47
Apêndice
Diretoria
Gerência Gerência
Controladoria
comercial financeira
Equipe
Equipe de vendas Equipe
pós-venda
Anexos
Elementos não elaborados pelo autor, que complementam a pesquisa e servem como fundamenta-
ção, comprovação ou ilustração, como leis, decretos etc.
Os anexos não são obrigatórios para todas as pesquisas e só deverão ser incluídos caso haja a ne-
cessidade de juntar algum documento que venha esclarecer o texto. A inclusão, ou não, fica a critério
do autor da pesquisa.
ANEXOS
Anexo
meio ou
2 II dois segundo duplo ou dobro duo, dueto
metade
dezena,
10 X dez décimo décuplo décimo
década
Extra
O documento Normas de Apresentação Tabular, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 1993) traz elementos para padronização e racionalização da apresentação de dados numéricos
em tabelas. Destacamos o trecho a seguir (1993, p. 9-12):
3 Definições
Para os efeitos destas normas são adotadas as definições de 3.1 a 3.3.
3.1 Tabela
Forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca
como informação central. Na sua forma identificam-se espaços e elementos.
3.2 Espaços
3.2.1 Topo
Espaço superior de uma tabela destinado ao seu número e ao seu título.
3.2.2 Centro
Espaço central de uma tabela destinado à moldura, aos dados numéricos e aos termos ne-
cessários à sua compreensão. No centro identificam-se quatro espaços menores: o espaço do
cabeçalho, a coluna, a linha e a célula.
3.2.2.1 Espaço do cabeçalho
Espaço superior do centro de um tabela destinado à indicação do conteúdo das colunas.
3.2.2.2 Coluna
Espaço vertical do centro de uma tabela destinado aos dados numéricos (coluna de dados
numéricos) ou aos indicadores de linha (colunas indicadoras).
3.2.2.3 Linha
Espaço horizontal do centro de uma tabela destinado aos dados numéricos.
3.2.2.4 Célula
Espaço mínico do centro de uma tabela, resultante do cruzamento de uma linha com uma
coluna, destinado ao dado numérico ou ao sinal convencional.
3.2.3 Rodapé
Espaço inferior de uma tabela destinado à fonte, à nota geral e à nota específica.
3.3 Elementos
Atividades
1. Sobre as ilustrações em texto científico, leia as afirmações a seguir, assinalando V para
as verdadeiras e F para as falsas:
( ) A identificação das ilustrações deverá aparecer na parte superior, precedida da
palavra designativa (figura, desenho etc.), seguida de seu número de ordem de
ocorrência, em algarismos arábicos e o respectivo título.
( ) Quadros e tabelas não necessitam da indicação da fonte de onde os dados foram
extraídos.
( ) Todas as ilustrações devem ser colocadas o mais próximo do texto a que se
referem.
A sequência que completa corretamente a as lacunas é:
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) F, V, V.