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Nicolau Rodrigues Guilima

Aspectos Tecnológicos da Síntese de Macromoléculas

Licenciatura em Ensino de Química

Universidade Pedagógica
Maputo
2020
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Nicolau Rodrigues Guilima

Aspectos Tecnológicos da Síntese de Macromoléculas

Trabalho ser apresentado Departamento de


Ciências Naturais e Matemática, Maputo,
curso de Licenciatura em Ensino de Química
para efeitos de avaliação da cadeira de
Química Macromolecular de sob orientação
do dr Basílio Assane
:

Índice
1. Introdução...........................................................................................1
Universidade Pedagógica 1.1. Objectivos........................................................................................2
Maputo 1.1.1. Geral..............................................................................................2
2020 1.1.2. Específicos....................................................................................2
1.2. Metodologia.....................................................................................3
2. Revisão da Literatura......................................................................................................................4
2.1. Aspectos Tecnológicos da Produção de Polímeros.....................................................................4
2.1.1. Aspectos Tecnológicos da Produção de Poliadutos..................................................................4
2.1.2. Aspectos Tecnológicos da Produção de Policondensados........................................................5
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2.2.Tecnologia da Síntese de Macromoléculas (Sistematização).......................................................6


2.2.1.Polimerização............................................................................................................................6
2.2.2.Policondensação........................................................................................................................6
2.2.3.Poliadição..................................................................................................................................7
2.3. Formas de polimerização.............................................................................................................7
2.3.2.Polimerização em massa............................................................................................................8
2.3.2. Polimerização em gota..............................................................................................................8
2.3.3. Polimerização em emulsão.......................................................................................................8
2.3. Vantagens, e Desvantagens das diversas formas de polimerização...........................................10
3. Conclusões....................................................................................................................................11
4. Referencia Bibliográfica...............................................................................................................12

1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa insere-se no âmbito da avaliação na cadeira de Química
Macromolecular, subordinado ao tema ácidos nucleicos. Constitui objectivo macro deste trabalho
compreender os ácidos nucleicos
Durante sua longa caminhada, o ser humano vem modificando o meio em que vive. Com seu
cérebro singular, pensa, observa, planeja, cria, elabora, modifica suas ideias, explica, ensina a seus
descendentes, registra, e, felizmente, reflecte sobre suas realizações. O conhecimento científico e a
tecnologia são resultados de toda esta inquietação. Foi observando a natureza e muitas vezes
imitando-a que os seres humanos começaram a construir instrumentos, ou seja, objectos capazes de
ajudá-los a executar tarefas. Todos parecem concordar que o primeiro objecto foi feito a partir de
uma pedra, que, portanto, foi considerada o primeiro material a ser usado pelo homem para
fabricar algo. De lá para cá, a busca por novos e melhores materiais parece não ter fim.
Actualmente, em qualquer actividade humana, quer na indústria, na agricultura, na construção
civil, quer no sector de serviços, estamos sempre procurando por novas substâncias, materiais,
objectos, que nos ajudem a solucionar os mais variados problemas.
No início do século XX foram desenvolvidos novos tipos de materiais denominados plásticos, que
aos poucos foram cada vez mais utilizados na fabricação dos mais variados objectos. Sua
versatilidade é tamanha que, desde então, eles vêm provocando mudanças no consumo, e em
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consequência, no estilo de vida das pessoas


Para além da introdução, o presente trabalho encontra-se fragmentada da seguinte maneira:
objectivos, metodologia, fundamentação teórica, conclusões e por fim referências bibliográficas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar Aspectos Tecnológicos da Síntese de Macromoléculas

1.1.2. Específicos

 Caracterizar aspectos Tecnológicos da Síntese de Macromoléculas


 Descrever a Tecnologia da Síntese de Macromoléculas (Sistematização) Polimerização,
Policondensação e Poliadição
 Diferenciar várias formas de polimerização
 Mencionar as Vantagens, e Desvantagens das diversas formas de polimerização
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1.2. Metodologia
Optou-se pela pesquisa bibliografia que segundo FONSECA (2002: 32) pesquisa bibliográfica é
feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos
e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

Para este trabalho a pesquisa bibliográfica permitiu recolher conhecimentos e informação científica
já publicada sobre o tema em estudo, o que por sua vez possa servir de base e sustentabilidade do
trabalho e dos aspectos a abordar.
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2. Revisão da Literatura
Esta parte apresenta os conceitos e teorias que abordam sobre a orientação e tipo de orientação.

2.1. Aspectos Tecnológicos da Produção de Polímeros


A economia da indústria de transformação de plásticos é determinada pelo tipo de processo. Os
plásticos podem ser processados com os seguintes métodos: usinagem, moldagem por compressão,
moldagem por transferência, moldagem por injecção, extrusão, rotação de moldagem, moldagem
por sopro, termo formagem, fundição, forjamento, e espuma de moldagem. Os métodos de
processamento são seleccionados com base no custo do equipamento, taxa de produção, custo do
ferramental e volume criado. Equipamentos e ferramental de custos elevados são métodos onde
normalmente utilizados para grandes volumes de produção, enquanto o de baixo a médio custo do
equipamento e custo de ferramental são métodos nos quais utilizados para baixos volumes de
produção, moldagem por compressão, moldagem por transferência e moldagem por injecção,
forjamento, e espuma de moldagem tem equipamento de alto custo de ferramental. Menor custo:
processos de usinagem, extrusão, rotacional moldagem por sopro, termo formagem, e de fundição.
 Existem inúmeras maneiras para se processar um polímero, no entanto, devemos destacar os
métodos de processamento por extrusão, injecção e sopro, que são os mais utilizados
industrialmente em larga escala.

2.1.1. Aspectos Tecnológicos da Produção de Poliadutos


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Um aduto (do latim adductus, "atraído") é o produto da adição directa de duas ou mais moléculas
diferentes, resultando em um único produto de reacção contendo todos os átomos de todos os
componentes iniciais. Assim sendo, os Poliadutos são obtidos por Poliadição também conhecido
por  polimerização em cadeia, um processo de polimerização pelo qual se obtém grandes polímeros
a partir de monómeros com dupla ligação.
Extrusão: É utilizado para polímeros termoplásticos e elastómeros termoplásticos. A matéria-
prima é amolecida é e sua saída é forçada através de uma matriz instalada no equipamento
denominada rosca extrusora, produzindo um produto que conserva a sua forma ao longo de sua
extensão, após seu resfriamento. Aplicação: fabricação de produtos flexíveis, como embalagens,
sacolas, sacos e bobinas também conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser
modelados no produto final com soldas e cortes e produtos rígidos ou semi-rígidos, como tubos,
perfis, mangueiras e chapas.

2.1.2. Aspectos Tecnológicos da Produção de Policondensados


Moldagem por injecção: É um processo de manufactura utilizado para produzir partes a partir de
matérias-primas como o termoplástico e o termofixo.
O processo de injecção de termoplásticos consiste na plastificação (derretimento) de um
termoplástico na forma de grãos ou pó por meio de um cilindro de metal aquecido. Dentro deste
cilindro encontra-se uma rosca transportadora reciprocante que plastifica o material acumulando
ele na sua extremidade. Após esse processo o material é empurrado pela rosca e injectado dentro da
cavidade de um molde projectado e confeccionado com as dimensões do produto a ser obtido.
Após um período de resfriamento, a peça é extraída deste molde com suas dimensões desejadas.
Este é o processo mais usado actualmente para transformação de termoplásticos devido à sua
rapidez, à diversidade de peças que podem ser obtidas e à precisão dimensional. Neste processo
fabricam-se desde pequenas utilidades domésticas sem requisitos funcionais elevados, até peças
automobilísticas ou aeroespaciais que demandam precisão dimensional e características funcionais
elevadíssimas. Também são injectados desde minúsculas peças até pára-choques de carros, painéis
inteiros de veículos e caixas d'água.
Sopro: É um processo onde tem como características a utilização de matriz, molde, pré-forma e
injecção de ar. A matéria-prima amolecida pelo calor no canhão da extrusora, é forçada através de
uma matriz e ou fieira, formando uma mangueira. Quando o molde fecha sobre esta mangueira é
introduzido uma agulha onde o ar é soprado, forçando o material a ocupar as paredes ocas do
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molde formando a peça. Após o resfriamento a peça é extraída. Uma das suas principais aplicações
é para a confecção de garrafas pet's.

2.2.Tecnologia da Síntese de Macromoléculas (Sistematização)

2.2.1.Polimerização
Polimerização é o nome do processo químico que resulta na formação de macromoléculas
(moléculas grandes) denominadas de polímeros, mediante a combinação de moléculas menores, os
monómeros.
A reacção de polimerização é muito comum na natureza, como pode verificar em carbohidratos
(como o amido) e proteínas (como a caseína do leite). Ela também ocorre de forma sintética, já que
a grande maioria dos polímeros utilizados pelo ser humano no dia-a-dia é feito artificialmente.
De uma forma geral, para que um monómero seja combinado com outro (sejam eles iguais ou
diferentes) em uma reacção de polimerização, é necessária a existência de valência livre (ligação
química a ser realizada) em ambos os monómeros.
Essas valências surgem em decorrência da quebra de ligações, por meio da utilização de
catalisadores (como o níquel), condições externas como luz e calor, ou pelo próprio fenómeno de
ressonância na estrutura (deslocamento dos electrões)
As reacções que levam à formação dos plásticos são chamadas polimerizações. Uma polimerização
é uma transformação química na qual moléculas pequenas, denominados monómeros, juntam-se
para formar moléculas gigantes, as macromoléculas.
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Para que uma reacção de polimerização aconteça é necessário que os compostos de partida, isto é,
os monómeros, possuam no mínimo funcionalidade igual a dois.

2.2.2. Policondensação
É um processo de polimerização utilizado para monómeros não-vinílicos, em que o polímero vai
sendo formado devido à existência de reacções de condensação entre monómeros com
funcionalidade igual ou maior que dois. No decorrer deste processo, existe eliminação de
moléculas de baixo peso molecular, como a água, amónia, cianeto de hidrogénio ou o ácido
clorídrico. Este tipo de polimerização é também conhecido como polimerização por passos.
Vários polímeros comerciais são sintetizados hoje em dia por este processo. Entre eles:
 Nylon: reacção entre hexametildiamina e ácido adípico com libertação de água.
 Policarbonatos: reacção entre um diol e o fosgénio.
 Poliésteres: reacção entre um diol e um diácido carboxílico.
 Polietilenotereftalato  (PET): reacção entre o ácido tereftálico e o etilenoglicol.
Contrariamente às polimerizações em cadeia, no caso da polimerização por passos, a massa
molecular média do polímero só atinge valores elevados a valores altos de conversão do
monómero. Como os grupos funcionais são reactivos entre si, não há necessidade da adição de um
agente iniciador para começar a reacção.

2.2.3.Poliadição

Poliadição ou polimerização em cadeia é o processo de polimerização pelo qual se obtém grandes


polímeros a partir de monómeros com dupla ligação. Como é uma reacção em cadeia, a
transformação é rápida e exotérmica.

O processo possui três etapas: iniciação, propagação e término.

A iniciação pode ser induzida por calor, radiação (ultravioleta ou raios gama) ou pela acção de
agentes químicos iniciadores, que é o processo comumente empregado nas indústrias. O agente
iniciador é uma molécula termicamente instável que sofre uma Ruptura homolítica e dá origem a
dois radicais activos. Esse radicais activos atacam a dupla ligação dos monómeros e transferem
o centro activo para eles, formando uma nova molécula instável. Durante a propagação, a espécie
química reactiva gerada na iniciação incorpora sucessivamente novas moléculas, transferindo o
centro activo de monómero para monómero. No término, o crescimento da cadeia é interrompido
pelo desaparecimento do sítio activo, que pode ocorrer por reacções de combinação,
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desproporcionalmente ou transferência de cadeia.

Quando o iniciador é um catião, a polimerização denomina-se catiónica. Se o iniciador for um


anião, a polimerização é dita aniónica.

Um caso típico de poliadição é a formação do poliuretano.

2.3. Formas de polimerização


A preparação de qualquer composto químico, até mesmo um polímero, requer condições para que
se atinjam resultados satisfatórios dos produtos desejados, com o mínimo de subprodutos. Tanto
em laboratório quanto na indústria, é necessário conhecer as características físicas e químicas do
material, para poder avaliar qual a rota sintética e as condições experimentais mais convenientes.
As técnicas de polimerização podem ser distribuídas em dois tipos de sistema: homogéneo e
heterogéneo. Esses dois grupos representam condições actuantes bem diferentes, tanto a nível de
laboratório quanto escala industrial. As técnicas que empregam o sistema homogéneo são:
polimerização em massa (ou bloco) e polimerização em solução. As técnicas que empregam o
sistema heterogéneo são: polimerização em emulsão, polimerização em suspensão, polimerização
interfacial e polimerização em fase gasosa.

2.3.2.Polimerização em massa
A polimerização em massa, é amplamente praticada na fabricação de polímeros de condensação,
onde as reacções são ligeiramente exotérmicas e a maior parte da reacção ocorre quando a
viscosidade da mistura ainda é suficientemente baixa para permitir a mistura, transferência de calor
e eliminação de bolhas. O controlo de tais polimerizações é relativamente fácil. Utiliza monómero
e iniciador, sem diluente, e a reacção ocorre em meio homogéneo e não há formação de
subprodutos no meio reaccional.
A polimerização em massa dos monómeros de vinil é mais difícil, visto que as reacções são
altamente exotérmicas e, procedem a uma taxa que depende fortemente da temperatura.
Juntamente com o problema na transferência de calor decorrente, porque a viscosidade aumenta no
início da reacção, leva a dificuldade de controlo e uma tendência para a heterogeneidade no
tamanho das moléculas formadas; o peso molecular do polímero pode chegar a valores muito
elevados.

2.3.2. Polimerização em gota


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Essa técnica é aplicada a policondensação e exige pelo menos dois monómeros. É procedida na
interface de dois solventes, cada um contendo um dos monómeros. Para a ocorrência dessa técnica,
a reacção deve ser rápida, como a formação de poliuretanos a partir de dissociantes e dióis. Outra
ocorrência é a partir da reacção de Schotten-Baumann, para a separação de policarbonatos; nesse
caso o meio deve conter uma base, para deter o ácido clorídrico eliminado.

A renovação da interface onde ocorre a reacção é feita por: remoção lenta e contínua do polímero
precipitado entre as camadas, agitação produzindo as gotículas dispersas na superfície, formação
de um filamento.

2.3.3. Polimerização em emulsão


A polimerização em emulsão utiliza um iniciador hidrossolúvel, um solvente (geralmente água) e
um emulsificante, além do monómero. Na polimerização estão presentes duas fases líquidas não
miscíveis, uma fase aquosa contínua e uma fase descontínua não aquosa constituída por monómero
e polímero. O iniciador está localizado na fase aquosa, e as partículas de monómero-polímero são
bastante pequenas, da ordem de 0,1 μm de diâmetro. A cinética da polimerização em emulsão é
diferente da polimerização em massa (ou bloco), para qual uma limitação é definida. Com esta
limitação removida, os sistemas de emulsão permitem que o polímero de maior peso molecular
seja produzido a altas taxas do que os sistemas de massa ou de suspensão.
O tamanho  da partícula  emulsionada varia  entre 1nm a 1mm. Os pesos moleculares são elevados,
da ordem de 100.000
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2.3. Vantagens, e Desvantagens das diversas formas de polimerização

Técnica de Em massa Em gota Em emulsão


Polimerização
 Polímero com pouco  Reacções  Água como meio
contaminantes residuais. instantâneas. dispersante.
 Excelentes qualidades  Possibilidade de  Facilidade de
ópticas e eléctricas. obtenção de homogeneização.
Vantagens  Facilidade e baixo custo de filamentos  Agitação
moldagem para poucas Moderada.
peças.  Poucas reacções
laterais.
 Polímero de alto
peso molecular.

 Exige monómero com alta  Comonômeros  Necessidade de


reactividade. muito reactivos. iniciador
Desvantagens  Facilidade de remoção de  Dificuldade de hidrossolúvel.
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monómero e iniciador. purificação do  Necessidade de 


polímero coagulante para
precipitar o
polímero.
 Dificuldade de 
purificação do
polímero.

Fonte: elaborado pelo autor,2020

3. Conclusões
Os materiais poliméricos fazem parte da mais recente classe de materiais sintéticos desenvolvidos
pela humanidade. Sua aplicação está presente tanto nos lares quanto nas indústrias, passando pelos
sectores aeroespacial e médico, dentre muitas outros. Seu desenvolvimento foi gradual a partir do
final do século XIX alcançando seu pico de desenvolvimento entre 1.930 e 1.970. A produção de
polímeros está baseada no uso de insumos químicos oriundos do petróleo desde o início do
desenvolvimento dos polímeros sintéticos, e mais recentemente a partir de fontes renováveis, que
resultou na proposição de biopolímeros.
Polimerização é o nome do processo químico que resulta na formação de macromoléculas
(moléculas grandes) denominadas de polímeros, mediante a combinação de moléculas menores, os
monómeros.
A reacção de polimerização é muito comum na natureza, como pode verificar em carbohidratos
(como o amido) e proteínas (como a caseína do leite). Ela também ocorre de forma sintética, já que
a grande maioria dos polímeros utilizados pelo ser humano no dia-a-dia é feito artificialmente.
De uma forma geral, para que um monómero seja combinado com outro (sejam eles iguais ou
diferentes) em uma reacção de polimerização, é necessária a existência de valência livre (ligação
química a ser realizada) em ambos os monómeros.
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4. Referencia Bibliográfica

BOWER, D. I. An Introduction to Polymer Physics; Cambridge University Press: Cambridge,


2002.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
 JR, FRED W. BILLMEYER (1984). Textbook of polymer science. [S.l.]: John Wiley & Sons
Mano, Eloisa Biasotto (1999). Introdução a Polímeros. [S.l.]: Blucher
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