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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

GOVERNO DO DISTRITO DA MATOLA


ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOQUISSO
12ª CLASSE – ANO 2020
TURMAS: B1A, B1B, B1C, B1D, B2A, B2B, B2C, BN1, BN2, BN1.1 BN1.2 e B2.1, C1A, C1B, C1C

DISCIPLINA DE FÍSICA TEXTO DE APOIO


Unidade 4: Hidrodinâmica – Vazão Volúmica
HIDRODINAMICA
A Hidrodinâmica: estuda as leis que regulam o movimento mecânico dos fluidos.
A grandeza física que caracteriza o escoamento de um fluido é a vazão volúmica ou caudal.
Fluido: substâncias quem podem escoar-se (líquidos ou gases). Um fluido pode ser escoado através
de tubos (corpo cilíndrico, oco e comprido geralmente feito de metal, de plástico ou de cerâmica).
Se a velocidade de um fluido for constante no decorrer do tempo diz-se que o movimento do fluido
esta em regime permanente.
1.0 VAZÃO VOLÚMICA OU CAUDAL
Vazão volúmica ou caudal – é o volume de fluido que passa através da secção transversal de um
tubo durante um intervalo de tempo.
V 
A sua expressão matemática para o seu cálculo: Q  
t  , onde:
 Q – é vazão volúmica ou caudal
 V – é o volume
 t - é o intervalo de tempo
No sistema Internacional de Unidades, a unidade de caudal chama-se metro cubico por segundo,

V   m 3 m3
isto é, Q   Q 
t  s s

A figura abaixo mostra um tubo que escoa um fluido com velocidade v através da secção
transversal A do tubo.

O volume de água dentro do comprimento x do tubo será: V  A.X

1
Se o fluido escoar em regime permanente (v=constante), ele vai percorrer o comprimento X do tubo num

intervalo de tempo t , isto é, X  v.t , e como o volume do tubo é V  A.X , tem-se V  A.v.t ,

V A.v.t
sendo Q  , tem-se, Q  , simplificando a variação de tempo obtemos: Q  A.v
t t

2.0 VISCOSIDADE
Viscosidade – é o atrito entre o fluido e as paredes do recipiente que o escoa.
Quanto maior for a viscosidade do fluido maior será a força do atrito entre este fluido e as
paredes do fluido.
Exemplo: o óleo é mais viscoso que a água, isso significa que o óleo apresenta maior atrito com as
paredes do recipiente que a escoa em relação a água.

3.0 FLUIDO IDEAL


Fluido ideal – é o fluido cujo volume é incompreensível e que não tem forca de atrito interno
O escoamento de um fluido denomina-se permanente quando a sua velocidade for constante.
O escoamento pode ser: Laminar ou Turbulenta
 Escoamento Laminar - é aquele em que as partículas do fluido tendem a percorrer
trajectórias paralelas.

Escoamento Turbulento - é aquele em que as trajectórias das partículas são curvilíneas, não
paralelas, alteram-se em sentido, sendo irregulares.

2
4.0 PRINCÍPIO DE CONTINUIDADE
Consideremos um escoamento em regime permanente, a densidade e a pressão do fluido não variam
com o tempo.
O principio de continuidade estabelece que: no caso de um líquido ideal, em regime perante o
caudal permanece constante Q  cons tan te

Por isso, para o caso da figura acima teremos: Q  const Q1 Q 2 v1 . A1 v 2 . A2
Com base na equação deduzida pode-se ainda concluir que:
As velocidades de escoamento são inversamente proporcionais a secção transversal do tudo que
escoa o liquido.
Isso significa que quanto maior é a área da secção transversal do tudo, menor é a velocidade de
escoamento e vice-versa.
EXEMPLOS
1. Uma torneira enche um tanque de água, cuja capacidade é 6000 litros em 1h e 40 min. Qual
é, em m3/s, a respectiva vazão?
Formula / Re soluçao
Dados 2h30 min V
V  9000L  9m 3 2h  120 min  30 min  150 min Q
t
t  2h30 min  9000s 1 min        60s 9 1 1
Q  
Q 150 min        t 9000 1000 103
t 
150 min .60s
 9000s Q  10 3 m 3
1 min

2. No tubo representado, as áreas das secções transversais são A1 = 100 cm2 e A2 = 40 cm2.
Qual é, em m/s, a velocidade de um fluido na parte estreita, se a velocidade na parte larga é de
4 m/s?

3
Dados Formula / Re soluçao
A1  100cm 2
Q1  Q2
A 2  40cm 2
A1 .v1  A2 .v 2  100.4  40.v 2
v 1  4m / s 400
400  40.v 2  v 2   10m / s
v2  40

3. Um fluido escoa por um cano uniforme de 6cm de diâmetro e com uma velocidade média de
15m/s. Qual é, em m3/s, a vazão?
Formula / Re soluçcao
Q  A.v
Dados A   .r 2
d  6cm  0,06m d 0,06
r   0,03cm
v  15m / s 2 2
  3,14 Q   .r 2 .v
Q  3,14..15m.0,03m 
2
Q
Q  0,04239m 3 / s
Q  42,39.10 3 m 3 / s

5.0 PRINCÍPIO DE BERNOULLI


A figura a seguir representa um líquido que é elevado de uma altura h1, a uma pressão p1 e a uma
velocidade v1, para uma altura h2, para uma pressão p2 e a uma velocidade v2.

Para o liquido elevar-se há realização de trabalho, isto é, vimos que W  F.x (1) e também vimos
F
que P  (2), insolando o F tem-se F  P. A (3) substituindo equação (3) em (1) temos,
A
W  P.A.x (4) da vazão volúmica sabemos que V  A.x (5), substituindo a equação (5) em (4)
W
temos W  P.V , Insolando o p tem-se: P  trabalho específico onde:
V
 P – é pressão
 W – é o trabalho

4
 V – é o volume

Isso significa que: o trabalho por unidade de velocidade de volume chama-se trabalho específico, e
é igual a pressão.
1
Devido a velocidade o líquido possui energia cinética. Dai que, E C  mv 2 (1) e da equação da
2
m
densidade de um líquido sabemos que   (2) insolando a massa (m), tem-se m   .V (3),
V
1
substituindo a equação (3) em (1) temos E C   .Vv 2 .
2
NB: a energia cinética por unidade do volume chama-se energia cinética especifica, isto é,

1
EC  .Vv 2
2
Devido a altura a que o liquido se encontra ele possui energia potencial. Assim, da equação da
energia potencial temos Ep  m.g .h (1), e da equação da densidade de um líquido sabemos que
m
 (2) insolando a massa (m) na equação da densidade, tem-se m   .V (3), substituindo a
V
Ep   .V .g .h Ep
equação (3) em (1) temos:    .g.h . Onde:
V

 E p – é a energia potencial
 V - é o volume
  - é a densidade
 h - é a altura
 g – é aceleração de gravidade
NB: a energia potencial por unidade do volume chama-se energia potencial especifica, isto é,

Ep
  .g .h
V
O principio de Bernoulli exprime o principio de conservação de energia, que estabelece que: para
um líquido ideal, a soma de trabalho específico, da energia cinética específica e da energia potencial
específica é constante.
W EC E P 1
Assim,    P  .v 2  gh  CONSTANTE
V V V 2
1 1
LOGO: P 1   .v1   .g.h1  P 2   .v 2   .g.h 2 EQUAÇÃO DE BERNOULLI
2 2

2 2
Aplicando a equação de Bernoulli para a figura abaixo, teremos h1  h2  h (constante). Isto
significa que a variação da energia potencial especifica é nula.
5
Desta feita teremos: P 1   .v  P 2   .v  P 1  P2   v 2  v1  , mas como
1 2 1 2 1 2 2

2 2 2

v2  v1  v22  v12  0  P1  P2  0  P1  P 2 , deste modo, podemos concluir que:

A velocidade de um fluido é inversamente proporcional á sua pressão;


Isto significa que nos pontos de maior velocidade a pressão é menor e vice-versa.
Nos pontos de maior área de secção transversal, a velocidade de escoamento é menor e a pressão é

maior, isto é, A1  A2 v1  v2 P1 P 2 ;


Nos pontos de menor área de secção transversal, a velocidade de escoamento é menor e a pressão é

menor, isto é, A1  A2 v1  v2 P1 P 2


Tarefa 1: Informe-se sobre Aplicações do Principio de Bernoulli

UNIDADE 5: GASES E TERMODINAMICA


A Termodinâmica é o capítulo da Física que se ocupa dos fenómenos térmicos relacionados com os gases
que se encontram a uma temperatura muito acima do seu ponto de ebulição.

1.Gás Ideal ou Perfeito


Gás ideal ou perfeito – é aquela cujas partículas estão muito separadas umas das outras, de
tal forma que se despreza a forca de atracção entre elas e as colecções destas partículas são
complemente elásticas.
Para que um gás possa ser considerado ideal, ele deve encontrar-se muito acima do seu ponto de
ebulição.
As grandezas físicas que caracterizam o estado de um gás são chamadas parâmetros de estado. Os
parâmetros de estado são: Volume; a Temperatura; e a Pressão. Esses paramentos estão
relacionados entre si numa única equação, a chamada equação de estado do gás perfeito ou ideal;
1.1 CARACTERISTICAS DE UM GAS IDEAL
 Realiza um movimento desordenado de partículas;
 O diâmetro das suas partículas é desprezível em comparação a distância de uma
partícula a outra;
 Os choques entre as partículas e as paredes são perfeitamente elásticas;
 Não existe força de atracão entre as partículas, e é desprezível a forca de gravidade.
1.2 EQUAÇÃO DE ESTADO DE UM GÁS PERFEITO OU IDEAL

6
A equação de estado de um gás perfeito ou ideal estabelece que: a pressão exercida por um gás é
directamente proporcional á sua temperatura e inversamente proporcional ao seu volume.
Isto é, P.v  n.R.T onde:
 P – é pressão em pascal (Pa);
 V – é volume em metro cubico (m3);
 n – é o numero de moles do gás;
 R – é constante universal do gás em (J/mol.K) cujo valor é de 8,3J/mol.K;
 T – é a temperatura absoluta em kelvin (K).
NB: Quando uma determinada massa gasosa se encontra a uma temperatura de 273oK e a pressão
de 1,013.105Pa, diz-se que ela se encontra nas condições normais de temperatura e pressão
(C.N.T.P).
Quando um gás sofre transformações de um estado “1” para outro estado “2”, mantendo constante o
número de moles, podemos descrever os dois estados pelas equações:
P1 .V1
P1 .V1  n.R.T1  n.R 
T1 P1 .V1 P2 .V2
Assim podemos escrever a relação: 
P2 .V2 T1 T2
P 2 .V 2 n.R.T2  n.R 
T2

EXEMPLOS
1. Qual é o volume ocupado por 2 moles de gás Ideal, sob pressão de 2.105 Pa, e temperatura de 300 K?
Dados Formula / Re soluçao
n  4moles PV  n.R.T
P  4.10 Pa5
n.R.T
V 
T  500K P
R  8,3 j / mol.K V 
4.8,3.500 16600
  4150.10 5  4150.10  4 m 3
5 5
V 4.10 4.10

2. Um mol de gás Ideal, sob pressão de 2 atm, e temperatura de 27ºC, é aquecido até que a
pressão e o volume quadrupliquem. Qual é o valor da temperatura final do gás?

Formula / Re soluçcao
Dados
P1 .V1 P2 .V2
P1  2atm 
T1 T2
T1  27 o C  273  300K
2.V1 4.4.V1 2.V1 16.V1 V 16.V1
P2  4atm     1 
300 T2 300 T2 150 T2
V1  V1
T2 .V1  150.16.V1
V2  4V1
T2  2400K
T2 

7
2.0 ISOPROCESSOS

Isoprocesso – é uma transformação gasosa que decorre com um dos parâmetros do estado constante
e o número de moles do gás também constante.

Existem três (3) tipos de Isoprecessos a saber:

 Processo Isotérmico;
 Processo Isobárico;
 Processo isocórico ou Isovolmetrico.

2.1 PROCESSO ISOTÉRMICO (Temperatura Constante – T=K)

O processo isotérmico – é um isoprocesso que decorre com temperatura constante. Durante uma
1
transformação isotérmica, a pressão é inversamente proporcional ao seu volume, isto é, P  ,
V
P1 V2
Esta conclusão é também conhecida como Lei de Boyle-Mariotte: 
P2 V1
Onde: P1 e V1 são a pressão e o volume no estado inicial e P2 e V2 são a pressão e o volume
no estado final.

DIAGRAMA DUM PROCESSO ISOTÉRMICO

2.2 PROCESSO ISOBÁRICO (Pressão Constante – P=K)

O processo isobárico é um isoprocesso que decorre com pressão constante.


Durante uma transformação isobárica, o volume é directamente proporcional a sua temperatura, isto
é, V  T
V1 T1
Esta conclusão é também conhecida com 1ª lei de Charles ou de Gay-Lussac: 
V2 T2
Onde: V1 e T1 são o volume e a temperatura no estado inicial e V2 e T2 são o volume e a
temperatura no estado final.

8
DIAGRAMA DUM PROCESSO ISOBÁRICO

2.3 PROCESSO ISOVOLMÉTRICO OU ISOCÓRICO (Volume Constante – V=K)

O processo isocórico é um isoprocesso que decorre com volume constante.


Durante uma transformação isocórica, a pressão é directamente proporcional a sua temperatura, isto
é, P  T ,
P1 T1
Esta conclusão é também conhecida com 2ª lei de Charles ou de Gay-Lussac: 
P2 T2
Onde: P1 e T1 são a pressão e a temperatura no estado inicial e P2 e T2 são a pressão e a
temperatura no estado final.

DIAGRAMA DUM PROCESSO ISOCÓRICO

Tarefa 2: Informe-se sobre Processo Adiabático

EXEMPLOS
1. Um gás ideal ocupa 2 litros a uma temperatura de 600K. Aquecendo isobaricamente o gás até à
temperatura de 1200K, qual será, em litros, o seu novo volume?

Dados
Formula / Re soluçcao
V1  2 L
V1 T1 VT
T1  600K   V2  1 2
V2 T2 T1
T2  1200K
2.1200 2400
V2  V2    4L
600 600

9
2. Um gás sofre uma transformação a pressão constante. Se à temperatura T1 = 300 K o volume
ocupado inicialmente pelo gás era de 5 litros, qual será, em litros, o novo volume do gás, à
temperatura T2 = 600K?

Dados
Formula / Re soluçcao
V1  10L
V1 T1 VT
T1  500K   V2  1 2
V2 T2 T1
T2  1500K
10.1500 15000
V2  V2    30L
500 500

3.0 TERMODINÂMICA
A Termodinâmica (do grego θερµη, therme, significa "calor" e δσναµις, dynamis, significa
"potência") é o ramo da Física que estuda os efeitos da mudança em temperatura, pressão e volume
em sistemas físicos na escala macroscópica. Grosso modo, calor significa "energia" em trânsito, e
dinâmica se relaciona com "movimento". Por isso, em essência, a Termodinâmica estuda o
movimento da energia e como a energia cria movimento. Historicamente, a Termodinâmica se
desenvolveu pela necessidade de aumentar a eficiência das primeiras máquinas a vapor.
Em suma podemos dizer que a Termodinâmica é o capítulo da Física que se ocupa no estudo dos
fenómenos térmicos.
Durante os fenómenos térmicos, a temperatura é a grandeza física mais importante esta mede, o
estado de aquecimento ou de arrefecimento de um corpo.
Consideremos um gás contido num cilindro de área de seção recta A a uma pressão P. A força
exercida pelo gás sobre o êmbolo é F  P.A

Quando o gás se expande deslocando o êmbolo de d o aumento de volume do gás é V  A.d ,


V
onde d  . O trabalho W realizado pela força exercida pelo gás é W  F.d , e como F  P.A
A

V V
e d , então W  P. A. W  P.V
A A , simplificando as áreas tem-se:

Onde:
 W – é trabalho;
 P – é pressão; e
 V - é a variação do volume.

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Trabalho termodinâmico com área do gráfico PV

No diagrama PV, a área submetida pelo gráfico da pressão em função do volume é igual ao trabalho
termodinâmico.
Da equação do trabalho termodinâmico pode-se afirmar que:
 O trabalho de expansão é positivo pois a variação do volume é positiva. Este trabalho é
realizado pelo gás sobre o meio exterior.
 O trabalho de compressão é negativo pois a variação do volume é negativa. Este trabalho é
realizado pelo meio exterior sobre o gás.

3.1 PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA E OS ISOPROCESSOS


De acordo com o princípio da Conservação da Energia, a energia não pode ser criada nem
destruída, mas somente transformada de uma espécie em outra. O primeiro princípio da
Termodinâmica estabelece uma equivalência entre o trabalho e o calor trocados entre um sistema e
seu meio exterior. Consideremos um sistema recebendo uma certa quantidade de calor Q. Parte
desse calor foi utilizado para realizar um trabalho W e o restante provocou um aumento na sua
energia interna U.

3.2 1ª LEI DA TERMODINÂMICA


Enunciado: a quantidade de calor fornecido a um gás provoca a uma parte o aumento da energia
interna do gás e outra parte pode ser usada na realização de trabalho pelo sistema sobre o exterior.
A sua expressão Matemática é: Q  U  W
Onde:
 Q - é a quantidade de calor fornecido;
 U - é a variação de energia interna;
 W – é o trabalho realizado.
1ª Lei da termodinâmica
NB: A energia interna é a energia cinética do movimento térmico das moléculas do gás. O seu
valor depende da temperatura do gás.

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a) Para um processo isotérmico, a temperatura é constante, se a variação da temperatura é nula,
consequentemente a variação da energia interna também é nula, porque a energia depende da
temperatura.
Isso significa que todo o calor fornecido foi usado na realização de trabalho externo do gás sobre o
seu meio.
T  cont
T  0
U  0
Q  U  W
Q  W

b) Para um processo isobárico, a pressão é constante, por isso, o trabalho realizado pelo gás e a
sua variação da energia interna não são nulos.
Isso significa que o calor fornecido foi usado no aumento da energia interna do gás.
P  cont
W  0
U  0
Q  U  W

c) Para um processo isovolumétrico, o volume é constante, por isso, a variação do volume é nula,
por consequência disso o trabalho realizado pelo gás torna-se nulo.
Isso significa que o calor fornecido foi usado totalmente no aumento da energia interna do gás.
V  cont
V  0
W 0
Q  U  W
Q  U

EXEMPLOS
1. Numa transformação isobárica, um gás realiza o trabalho de 350J, quando recebe do meio
externo 750J. Qual é, em Joules, a variação da energia interna do gás nessa transformação?

Formula / resoliçao
Dados
Q  U  W
W  300J
U  Q  W
Q  900K
U  900  300
U 
U  600J

2. Qual é, em Joules, a variação da energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado um
trabalho de 100J, durante uma compressão isotérmica?

12
Formula / resoliçao
Dados
Q  U  W
Q  0J
U  Q  W
W  100J
U  0  (100)
U 
U  100J

3. Ao receber uma quantidade de calor Q=100J, um gaus realiza um trabalho igual a 20J, sabendo
que a energia interna do sistema antes de receber calor era U=150j. Qual será esta energia após o
recebimento.
Formula / resoliçao
Dados
Q  U  W
Q  100J
100  20  U  150
W  20 J
100  20  150  U
U 
U  230J

UNIDADE 6: oscilações mecânicas


4. Oscilações mecânicas
Oscilações – é um movimento periódico em torno de uma posição de equilíbrio (com mudança de
sentido).
Ex: de baloiço, pêndulo etc

Os movimentos oscilatórios tem uma característica comum realizam-se em redor de uma


posição de equilíbrio.
Porém, nem todos os movimentos periódicos são oscilatórios. Ora vejamos um autocarro realiza um
movimento de vai e vêm, com uma regularidade de um terminal para o outro. Neste exemplo, o
movimento é periódico mas não é oscilatório.

4.1 Classificação das oscilações


As oscilações dividem-se em dois tipos:
 As oscilações mecânicas;
 As oscilações electromagnéticas.

4.2Oscilações electromagnéticas
 São aquelas cujas grandezas Físicas são eléctricas ou magnéticas e variam em função do
tempo.
 Ex: intensidade da corrente, etc.
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4.3 Oscilações mecânicas
 São aquelas cujas grandezas Físicas são mecânicas e variam em função de tempo.
Ex: a mola elástica, pêndulo; etc. São movimentos periódicos, no tempo (t), de uma grandeza em
termo de uma posição de equilíbrio.

Oscilações mecânicas – é um movimento periódico, tem um ponto material que descreve sempre a
mesma trajectória em sentido oposto em intervalos de tempo iguais.
As oscilações mecânicas dividem-se em:
  Hormonicas
 Livres
Mecanicas  Hamortecidas
 Forçadas

4.4 Oscilações livres
 São aquelas que se realizam pela influência de forcas internas. São originadas por uma
alteração inicial do seu estado de equilíbrio estável.

4.5 Oscilação Harmónica


 São aquelas em que o movimento de partículas esta expresso em função seno e coseno. São
oscilações infinitas a sua amplitude é constante e a sua energia é a mesma por uma
periodicidade regular.
4.6 Oscilações amortecidas
 São aquelas cuja amplitude, frequência e período decrescem sucessivamente com o tempo,
devido as forças de resistência do meio.

4.7 As principais oscilações mecânicas


 Pêndulo simples ou matemático;
 Pêndulo elástico ou oscilação numa mola.

4.8 Movimento Periódico


 É aquele que se repete em intervalo de tempos iguais.
Ex: Pêndulo de um relógio, movimento de rotação de terra, movimento circular uniforme (M.C.U).

4.9 Características de uma oscilação mecânica


As características de uma oscilação mecânica são:
a) Período (T) – é o tempo necessário para que se realiza uma oscilação completa. A sua
t
expressão matemática é: T  , a sua unidade no sistema internacional (S.I) é segundo (s).
n
b) Frequência (f) – é o número que um dado corpo leva para oscilar na unidade de tempo. A sua
t
expressão matemática é: f  , a sua unidade no sistema internacional (S.I) é Hertz (Hz).
n

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1
A relação entre o período e a frequência é: T 
f
c) Amplitude (A) – é a distância entre a posição de equilíbrio e uma das extremidades das
E
posições extremas. A sua expressão de matemática é A , a sua unidade no sistema
2
internacional (S.I) é metro (m).
d) Elongação (E) – é o afastamento instantâneo da partícula oscilante, em relação a sua
posição de equilíbrio.

Fase   - indica a direcção e sentido do oscilador, em qualquer instante.

Velocidade angular   – é o ângulo descrito por unidade de tempo. A sua expressão


2 1
matemática é:   , recorda-se que T  , substituindo na equação de velocidade angular
T f
2 2 
teremos        2 . f , a equação final que é   2 . f  f  , é para o
T 1 2
f
cálculo da frequência cíclica ou angular.

5.0 Movimentos Harmónicas Simples (MHS)


 Um oscilador esta animado em movimento harmónico simples quando a sua aceleração é
directamente proporcional a posição do oscilador (elongação) em relação ao seu ponto fixo
(posição de equilíbrio) e aponta sempre na direcção desse ponto.

5.1 Equação e gráfico de elongação em função de tempo

Y (t )  Asen .t   0  , Tendo o  0  0 , a equação de elongação em função de tempo fica


Y (t )  Asen .t 

Onde:
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Y– É elongação;
   .t - É fase do M.H.S no instante t.
 - É a pulsação, frequência angular ou cíclica;
A – É amplitude

5.2 Equação e gráfico da velocidade em função de tempo

v(t )  A. . cos .t   0 

Onde:
v– é velocidade da partícula no instante t;
   .t - é fase do M.H.S no instante t.
 .A - é a velocidade máxima quando cos .t   1
 - é a pulsação, frequência angular ou cíclica;
A – é amplitude

5.2 Equação e gráfico da velocidade em função de tempo

a(t )   A. 2 .sen .t 

Onde:
a– é aceleração da partícula no instante t;
   .t - é fase do M.H.S no instante t.
 - é a pulsação, frequência angular ou cíclica;
16
A – é amplitude

NB: Obtemos as equações da velocidade e da aceleração a partir da equação da elongação,


derivando uma vez a equação da elongação para obter a da velocidade e derivamos a equação da
velocidade e obtemos a da aceleração

EXEMPLO


1. Dada a equação de elongação em momento oscilatório y (t )  4.sen .t no S.I. Determina:
4
a) Amplitude;

y (t )  4.sen .t , a equação é do tipo y(t )  Asen .t  , logo a amplitude será igual a 4, isto é, A=4.
4
b) Frequência cíclica;
Da equação   2 . f , podemos calcular a frequência cíclica, isto é,

   1 1
f   4  : 2  .   0,125Hz
2 2 4 4 2 8
c) Período;
2 2 2 2  4
Da equação   , podemos calcular o período, isto    T    2 :  2 .  2.4  8s
T T   4 
4
d) A elongação quando t=2s
Para calcular a elongação iremos substituir o tempo dado na equação da elongação, isto é,

y (t )  4.sen .t
4

y (t )  4.sen .2
4

y (t )  4.sen
2
y (t )  4.sen.90o
y (t )  4.1  4m
17
4.9 1ª Equação de Thomson

O pêndulo gravítico simples é constituído por uma pequena massa suspensa por um fio inextensível
de comprimento L e de massa desprezível m preso noutra extremidade.

l
T  2 . , Onde: T – é período; l – é o comprimento e g – é aceleração de gravidade.
g

4.9.1 2ª Equação de Thomson

O pêndulo elástico é constituído por uma pequena partícula de massa m ligada a uma mola elástica
de constante k sendo a mola presa noutra extremidade.

m
T  2 . Onde: T – é período; m – é a massa e k – é constante elástica da mola.
k

NB: O pêndulo das oscilações de um pêndulo gravítico não varia com a amplitude do movimento
nem com a massa da partícula.

18
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

2 2
1. No tubo representado, as áreas das secções transversais são A1 = 80 cm e A2 = 20 cm . Qual é, em
m/s, a velocidade de um fluido na parte estreita, se a velocidade na parte larga é de 2
m/s?

A: 2 B: 4 C: 6 D: 8

2. Na conduta representada na figura, escoa um fluido. Se a relação


entre os raios das secções (1) e (2) é r1 = 2r2, qual é a relação
entre as velocidades nas secções (1) e (2)?
A: v2= v1 B: v2= 2v1 C: v2 = 4v1 D: v2 = 8 V1

3. Um fluido escoa por um cano uniforme de 4cm de diâmetro e com uma velocidade média de 10 m/s.
3
Qual é, em m /s, a vazão?
-3 -3 -3 -3
A: 1,256.10 B: 12,56 10 C: 125,6.10 D: 1256.10

4. A secção recta de um tubo horizontal, sofre uma redução de 100 cm de diâmetro para 5 cm.
Se um fluido estiver escoando no sentido da secção larga para a parte estreita, a velocidade...
A: e a pressão aumentarão. C: aumentará mas a pressão diminuirá.
B: e a pressão diminuirão. D: diminuirá mas a pressão aumentará
2
5. Um fluido escoa no trecho de tubulação da figura. Na secção (1), tem-se S1 = 20 cm e v1= 15 m/s.
2
Na secção (2), a velocidade é de 30m/s. Qual é, em cm , a área da secção S2?

A: 30 B: 20 C: 10 D: 5

6. Em uma secção transversal de um tubo de raio igual a 0,50m, escoa um fluido ideal com uma vazão
3
de 1,33m /s. Qual é, em m/s, a velocidade da água nessa secção?

A: 0,5 B: 1,7 C: 2,1 D: 3,2

7. Numa transformação isobárica, um gás realiza o trabalho de 350J, quando recebe do meio externo
750J.
: Qual é, em Joules, a variação da energia interna do gás nessa transformação?
A: 350 B: 400 C: 750 D: 1100

8. Um mol de gás ideal, sob pressão de 2atm e temperatura de 27ºC, é aquecido até que a pressão
e o volume dupliquem. Qual é, em kelvin, a temperatura final do gás?

19
A: 200 B: 300 C: 1000 D: 1200

9. Um gás ideal ocupa 4 litros a uma temperatura de 300K. Aquecendo isobaricamente o gás até à
temperatura de 900K, qual será, em litros, o seu novo volume?
A: 3 B: 6 C: 9 D: 12

10. Um gás sofre uma transformação a pressão constante. Se à temperatura T1 = 300 K o


volume ocupado inicialmente pelo gás era de 5 litros, qual será, em litros, o novo volume do
gás, à temperatura T2 = 600K?

A: 7,5 B: 10 C: 12,5 D: 15

11. Qual é, em Joules, a variação da energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado
um trabalho de 120J, durante uma compressão isotérmica?

A: 120 B: 60 C: 0 D: -120
12. Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gaus realiza um trabalho igual a 12J, sabendo
que a energia interna do sistema antes de receber calor era U=100j. Qual será esta energia após o
recebimento.

A: 138 B: 60 C: 10 D: -138

13. Um cilindro contém 0,100 mol de um gás ideal monoatómico. No estado inicial o gás está sob pressão
5 -3 3
de l x 10 Pa e ocupa um volume igual a 2,5.10 m . Se o gás se expande isotermicamente até ao
dobro do seu volume inicial, qual é, em kelvin, a sua temperatura final? (R = 8,31 SI)

A: 300,8 B: 400,2 C: 500,1 D: 600,2

14. Um gás ideal vai do estado M até ao estado N ao longo de uma linha recta no diagrama PV.
Qual é, em Joules, o trabalho realizado pelo gás neste processo?

A: 20.103 B: 15,4.103 C: 12.103 D: 4,8.103

15. O diagrama da figura mostra as transformações sofridas por certa massa de gás ideal. Qual é,
em Kelvin, a temperatura desse gás no estado S?

A: 600 B: 800 C: 1000 D: 1200

20
16. O gráfico ilustra a isotérmica de um gás perfeito que é levado do estado M para o estado
Z. Qual é, em litros, o volume do gás no estado N?

A: 2 B: 4 C: 8 D: 10

17. Um gás passa pelo ciclo mostrado no diagrama PV da figura. Qual é, em Joules,
o trabalho realizado pelo gás durante esse ciclo?

A: 6 B: 60 C: 600 D: 6000

18. A transformação de um certo gás ideal, que recebeu do meio exterior 100 calorias, está
representada no gráfico. Qual é, em Joules, a variação da sua energia interna? (Dado: 1 cal = 4 J)

A: 400 B: 280 C: 120 D: 100

19. A posição de uma partícula em movimento oscilatόrio é dada por x(t)= 2senπt ( SI ).
Qual é, em metros, a posição da partícula no instante t=0,5s?

A: 0 B: 1 C: 2 D: 4

20. O período das oscilações de um pêndulo de mola de constante K e massa m, é T=8s.


Qual será, em segundos, o período deste pêndulo, se sua massa for quadruplicada?
A: 2 B: 4 C: 16 D: 32

21. Um oscilador de mola executa MHS de acordo com a equação: y(t) = 12cosπt (SI). Qual é,
em m/s, a sua velocidade no instante t=1,5s? A: -12π B: 12π C: π D: 0

22. A figura mostra o MHS executado por um pêndulo em torno da posição de equilíbrio. Qual
é, em Hz, a frequência das oscilações do pêndulo?

A: 0,015 B: 0,125 C: 0,225 D: 0,350

21
23. A figura representa um pêndulo que oscila em torno do ponto 0 que corresponde à posição de
equilíbrio. Quais são, respectivamente, em unidades SI, os valores da amplitude e do período?

A: 0.08 e 4 B: 0,06 e 12 C: 0,02 e 12 D: 0,06 e 0,4


24. A posição de uma partícula que realiza movimento oscilatόrio é dada por x = 4cosπt ( SI ).
Qual é, em m/s, a velocidade da partícula no instante t = 0,5s?
A−4π B−2π Cπ D2π

25. O gráfico refere-se às oscilações dum corpo que executa MHS de



acordo com a equação: y (t )  .sen .t (SI). Quais são
2
respectivamente, os valores representados pelas letras N e M, em
unidades SI?

A: π e 2 B: π/2 e 2 C: π/2 e 1,5 D: 2π e π

FIM! BOM TRABALHO

“A sabedoria começa na reflexão”. (Pensamentos de Sócrates)

ELABORADO POR: ALBANO NAZIR E JULIÃO FULANE

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