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Curso: Engenharia Civil

Disciplina: Topografia II

Prof.: Régis Souza

Pouso Alegre - MG, 2019


ALTIMETRIA

Prof. Régis Souza


ALTIMETRIA

NIVELAMENTO:

O nivelamento é a operação topográfica utilizada para se determinar


diferenças de nível entre dois ou mais pontos.

Existem diferentes métodos que permitem determinar os desníveis,


com precisões que variam de alguns centímetros até milímetros. A
aplicação de cada um deles dependerá da finalidade do trabalho.

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NIVELAMENTO:

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NIVELAMENTO:

- Cota: é a distância medida ao longo da vertical de um ponto até um


plano de referência qualquer (superfície de nível aparente ‐ SNA);

- Altitude: é a distância medida na vertical entre um ponto da superfície


física da Terra e a superfície de referência altimétrica (nível médio dos
mares) – (superfície de nível verdadeira ‐ SNV)

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ERRO DE NÍVEL APARENTE:


- Também conhecido com “erro de curvatura terrestre na Altimetria”.

É causado pela substituição do SNV (superfície de nível verdadeira)


pelo SNA (superfície de nível aparente).

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ERRO DE NÍVEL APARENTE:

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NIVELAMENTO:

Segundo a NBR 13.133 (ABNT, 1994), o levantamento topográfico


altimétrico (ou nivelamento) é aquele que objetiva, exclusivamente, a
determinação das alturas relativas a uma superfície de referência dos
pontos de apoio e/ou dos pontos de detalhes, pressupondo-se o
conhecimento de suas posições planialtimétricas, visando à
representação altimétrica da superfície levantada.

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TIPOS DE NIVELAMENTOS:

➢ Nivelamento Geométrico ou Direto

➢ Nivelamento Trigonométrico

➢ Nivelamento Estadimétrico

➢ Nivelamento Barométrico (que não é abordado na NBR), entre outros


menos precisos.

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NIVELAMENTO:

De modo geral, os instrumentos empregados nos trabalhos de


nivelamento são denominados níveis.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

Os níveis de acordo com o plano de visada, podem ser classificados em


duas categorias:

a) Níveis cujo plano de visada é sempre na horizontal

Obs.: Estes níveis são ideais para o nivelamento geométrico.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

a1- Níveis de bolha:


 Podem ser cilíndricos ou esféricos.
 O nível esférico é menos preciso do que o cilíndrico.
 Exemplos: nível de pedreiro; nível de luneta.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

a2- Níveis de Topografia:

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

a3- Vasos comunicantes:

 Exemplo: nível de mangueira.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

Os níveis de acordo com o plano de visada, podem ser classificados em


duas categorias:

b) Níveis cujo plano de visada possui movimento ascendente ou


descendente

Obs.: Teodolito, Clinômetro, Eclímetro, Clisímetro.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS:

b1- Teodolito, Clinômetro, Eclímetro, Clisímetro :

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS EM FUNÇÃO DA PRECISÃO:

A NBR 13.133 (ABNT, 1994) classifica os níveis em função de sua


precisão, classificação segundo o desvio-padrão de 1 km de duplo
nivelamento:

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS EM FUNÇÃO DA PRECISÃO:

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS EM FUNÇÃO DA PRECISÃO:

Exemplo: O manual de operação do nível automático universal ajustado


DSZ2 – Foif informa que, para desvio-padrão, duplo nivelamento em 1
km, a precisão deste modelo é de ± 1,5 mm.

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CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS EM FUNÇÃO DA PRECISÃO:

Exemplo: Quando se trabalha com a placa plano-paralela a

precisão aumenta para ± 0,7 mm.


Placa plano-paralela

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO:

O nivelamento Geométrico ou Direto pode ser simples ou composto.

As diferenças de nível são obtidas a partir de instrumentos que


fornecem retas do plano horizontal.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO:

Segundo a NBR 13.133 (ABNT, 1994) é o nivelamento que realiza a


medida da diferença de nível entre pontos do terreno por intermédio de
leituras correspondentes a visadas horizontais, obtidas com nível, em
miras colocadas verticalmente nos referidos pontos.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO:

O nivelamento geométrico é a operação que visa a determinação do


desnível entre dois pontos a partir da leitura em miras (estádias ou em
código de barras) efetuadas com níveis ópticos ou digitais. Este pode
ser executado para fins geodésicos ou topográficos. A diferença entre
ambos está na precisão (maior no caso do nivelamento para fins
geodésicos) e no instrumental utilizado.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO:

 O nivelamento geométrico pode ser divido em:


✔ Simples: É o nivelamento executado a partir da instalação do
instrumento em apenas uma posição escolhida no terreno;

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO:

 O nivelamento geométrico pode ser divido em:


✔ Composto: Quando é necessário instalar o instrumento em mais de
um ponto no terreno.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

Nas operações de nivelamento, os pontos que definem o relevo são


materializados no terreno por meio de piquetes.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

Costuma‐se utilizar estaqueamento com distâncias fixas de 5, 10, 20 ou


50m dependendo da finalidade do nivelamento. É usual utilizar estacas

intermediárias quando a inclinação do terreno muda entre uma estaca


e outra. Ex. estaca 3+4,6.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

A instalação do instrumento geralmente é afastada dos pontos para


permitir as leituras de mira dos mesmos.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

Limitações:

✔ Em terrenos com diferença de nível superior ao comprimento da


mira (Terrenos acidentados);

✔ Em eixos ou áreas muito extensos há limitações em razão do erro de


nível aparente tornar‐se significativo e ainda problemas de focalização
dos fios do retículo e mira.

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

Cálculos:

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

Cálculos:

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES:

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GREIDE (Projeto):

 Greide é a linha do Projeto (ou linha gráfica) que acompanha o perfil


do terreno, sendo dotada de uma certa inclinação constante sendo
preestabelecida em normas ou sendo a que melhor se adapte ao
projeto.

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GREIDE (Projeto):

 Greide é a linha do Projeto (ou linha gráfica) que acompanha o perfil


do terreno, sendo dotada de uma certa inclinação constante sendo
preestabelecida em normas ou sendo a que melhor se adapte ao
projeto.

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GREIDE (Projeto):

 O Greide indica quanto do solo deve ser cortado ou aterrado para


que o terreno fique de acordo com o projeto;

✔ Quando o Greide estiver acima do ponto correspondente do


terreno, é necessário aumentar a altura do terreno, indicando aterro.

✔ Quando o Greide estiver abaixo do ponto correspondente do


terreno, é necessário diminuir a altura do terreno, indicando corte.

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GREIDE (Projeto):

 Para calcular as alturas de Corte e Aterro, faz‐se a subtração da cota


do Projeto (Greide) pela cota do Terreno;

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GREIDE (Projeto):

Simular uma rede de drenagem pluvial, saindo da estaca 4 até a estaca 0.

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GREIDE (Projeto):

Simular uma rede de drenagem pluvial, saindo da estaca 4 até a estaca 0.

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GREIDE (Projeto):

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ALTIMETRIA

GREIDE (Projeto):

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PERFIL:

 O perfil é a representação gráfica do nivelamento;

 Tem por finalidade o estudo do relevo e seu modelado, a locação de


rampas de determinada declividades para projetos de engenharia,
além do estudo de serviços de terraplanagem ;

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ALTIMETRIA

PERFIL:

 O perfil de um terreno pode ser representado de dois tipos:

✔ Longitudinal: determinado ao longo do seu maior afastamento;

✔ Transversal: determinado ao longo de uma faixa g do terreno


perpendicular ao longitudinal.

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ALTIMETRIA

PERFIL:

 O desenho do perfil é divido no eixo x e no eixo y;

✔ Eixo X: são lançadas todas as distâncias horizontais entre as estacas


da linha de nivelamento;

✔ Eixo Y: são lançadas as cotas/altitudes das estacas da linha de


nivelamento;

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ALTIMETRIA

PERFIL:
 No desenho do perfil é usual utilizar uma escala separada para o eixo X e Y,
de modo a dar ênfase na representação do relevo;

 Uma vez representadas as estacas no eixo X, estas devem ser unidas,


através de linhas ortogonais, às suas respectivas cotas já representadas no
eixo y. Desta forma, cada interseção de duas linhas ortogonais (x e y) dará
com resultado um ponto definidor do perfil;

 O desenho do perfil deverá compor uma linha que une todos os seus pontos
definidores.
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PERFIL (Exemplo):

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PERFIL (Exemplo):

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LEITURA RECOMENDADA

▪ SILVA, Irineu da; SEGANTINI, PCL. Topografia para Engenharia-Teoria e


Prática de Geomática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2015.
▪ SILVA, Irineu da; SEGANTINI, PCL. Exercícios de Topografia para
Engenharia-Teoria e Prática de Geomática. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2018.
▪ BORGES, Alberto de Campos. Topografia: volume 1. 3. ed. São Paulo:
Blucher, 2013.
▪ ALVES, M. C.; SILVA, F. M. Geomática para Levantamento de Ambientes:
Base para Aplicações em Topografia, Georreferenciamento e Agricultura
de Precisão. LAVRAS: Editora UFLA, 2016.
▪ MONICO, Joao Francisco Galera. Posicionamento pelo Navstar-GPS.
Unesp, 2000.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

▪ ALVES, M. C.; SILVA, F. M. Geomática para Levantamento de Ambientes: Base


para Aplicações em Topografia, Georreferenciamento e Agricultura de Precisão.
LAVRAS: Editora UFLA, 2016.
▪ BORGES, Alberto de Campos. Topografia: volume 1. 3. ed. São Paulo: Blucher,
2013.
▪ BORGES, Alberto de Campos. Topografia: volume 2. 2. ed. São Paulo: Blucher,
2013.
▪ BORGES, Alberto de Campos. Exercícios de topografia. 3. ed. São Paulo: Blucher,
1975.
▪ SILVA, Irineu da; SEGANTINI, PCL. Topografia para Engenharia-Teoria e Prática
de Geomática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2015.
▪ SILVA, Irineu da; SEGANTINI, PCL. Exercícios de Topografia para Engenharia-
Teoria e Prática de Geomática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2015.
▪ MONICO, Joao Francisco Galera. Posicionamento pelo Navstar-GPS. Unesp, 2000.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Outras referências utilizadas:


▪ Norma ABNT NBR 13.133 – Execução de Levantamentos Topográficos;
▪ Notas de aula de EAM310, Prof. Dalto Domingos Rodrigues – UFV;
▪ Fundamentos de Topografia, 2007. Luis Augusto Koenig Veiga, Maria
Aparecida Z. Zanetti, Pedro Luis Faggion – UFPR;
▪ Curso de Topografia, 5ª edição, 1977, Lélis Espartel;
▪ Notas de Aula de EAM 301 – Prof. Fernando Alves Pinto ‐ UFV;
▪ Apostila Topografia – PUC/PR – Maria Cecília Bonato Brandalize;.

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