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A cidadania no mundo atual

1- Minorias - Com a globalização, as culturas sofrem alterações comprometendo as identidades culturais. É uma espécie de
“rotulação” mundial da cultura ou uma globalização cultural. Na sociedade consumista os meios de comunicação em massa
determinam o que devemos comer vestir, assistir, ouvir, usar, comprar, etc. Diante da “padronização” cultural, existem no mundo
vários grupos com práticas culturais peculiares, são grupos diferentes denominados de minorias, correspondem a grupos ou nações
que lutam por seus ideais de respeito e cidadania, a luta pode ser por independência territorial, cultural, religiosa e política. Existem
minorias em todas as sociedades. A situação de exclusão provoca o surgimento de organizações que buscam dignidade e respeito
através de ações políticas. Podemos exemplificar essas minorias, como os homossexuais, os sem terra, os sem teto, as feministas e
os povos indígenas, todos eles tem seus motivos para lutar, todos eles são minorias dentro das sociedades, no fim todos querem o
mesmo, ser respeitados.
2. A CIDADANIA NA ANTIGÜIDADE- No séc.VIII a.C. os Profetas Isaías e Amós pregavam em favor do povo e contra os opressores:
“cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido. Fazei justiça ao órfão, defendei a viúva”.
A CIDADANIA NA IDADE MÉDIA- Esse período é marcado pela sociedade estamental, com divisão de classes: clero, nobreza e
servos e homens livres. A Igreja cristã era a instituição básica do processo de transição, porque as relações cidadão Estado eram
controladas pela Igreja. Em razão da hierarquização das classes sociais, dilui-se o princípio da cidadania. O relacionamento entre
senhores e vassalos dificultava a definição desse conceito. O homem medieval, ou era vassalo, ou servo, ou suserano; jamais foi cidadão.
Cidadania na revolução francesa- Na Revolução Francesa surge a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, que
se destina a resgatar os direitos dos homens. Direitos esses que estão elencados no artigo 2º: liberdade a propriedade, a segurança e
a resistência à opressão. O cidadão passa a ser titular de direitos individuais e não mais um súdito do reino.
O movimento indígena no Brasil hoje
3-Índios e o meio ambiente- Mesmo não sendo “naturalmente ecologistas”, aos indígenas se deve reconhecer o crédito histórico de terem
manejado os recursos naturais de maneira branda. Souberam usar os recursos de um modo que, mesmo transformando o ambiente, não
alteraram seu funcionamento e nem colocaram em risco as condições de reprodução deste meio. Muitos acham que as sociedades indígenas
são povos isolados, intocados, e que vivem “em harmonia” com os seus ambientes sem relação com a modernidade atual. Isso é exemplo de
etnocentrismo. Etnocentrismo é quando a avaliação que se faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada na cultura ( se a
cultura é diferente, eles são inferiores).Essa avaliação é preconceituosa, é a dificuldade de aceitar a diferença, é considerar –se superior.
O movimento negro no Brasil hoje
4- Lei contra preconceito- O maior desafio do Movimento Negro no Brasil é acabar com o preconceito racial. Essa luta não vem de hoje. O
movimento começou a ganhar força na década de 30, com a Frente Negra Brasileira. Em 1978 nasceu o Movimento Negro Unificado, que
deu origem a vários grupos de combate ao racismo, como associações de bairro, terreiros de candomblé, blocos carnavalescos, núcleos de
pesquisa e várias organizações não-governamentais.
A Lei Afonso Arinos (1951) O preconceito racial era contravenção e não um crime. Ofender um negro não resultava em punição. Em 1989 a
comunidade negra de SP fez um enterro simbólico dessa lei. Nesse foi aprovada a Lei Caó, que transformou o racismo em crime.
Movimento Negro (ou MN) é o nome dado aos diversos movimentos sociais afro-brasileiros, particularmente aqueles surgidos a partir da
redemocratização pós-Segunda Guerra Mundial, no R J e SP. Resistência negra pré-Abolição- Quilombos, quilombolas, quilombagem. A
principal forma de exteriorização dos movimentos negros rebeldes contra a escravização, nos cerca de quatro séculos em que a mesma
perdurou no país, foi a quilombagem que foi um movimento de rebeldia permanente organizado e dirigido pelos próprios escravos,quilombo
era para onde iam os escravos fugidos e outros excluídos e marginalizados da sociedade da época e o bandoleirismo, forma de guerrilha na
qual grupos de escravos fugidos se organizavam para atacar povoados e viajantes nas estradas.
Das Inconfidências ao isabelismo- Enquanto, que na Inconfidência Mineira, movimento separatista sem base popular, os negros estiveram
ausentes, foi oposta a situação "Inconfidência Baiana" ou Revolta dos Alfaiates. Os objetivos dos rebelados baianos eram a libertação dos
escravos. Entre seus dirigentes estavam negros forros e escravos, pardos escravos e forros, artesãos, alfaiates, enfim os mais oprimidos, e/ou
discriminados na sociedade colonial". Após a Abolição da Escravatura, certa parcela dos grupos negros engajou-se na defesa do isabelismo,
espécie de culto à Princesa Isabel que era intitulada "Redentora", como se a abolição houvesse sido um "ato de bondade pessoal" da regente.
Um dos mais fervorosos adeptos deste pensamento foi José do Patrocínio, que procurou mobilizar ex-escravos para a defesa da monarquia.
Da revolta à resistência pacífica-Com o fim do Império, os grupos negros se incorporaram a diversos movimentos populares,
particularmente de base messiânica, como o de Canudos . Participaram da "Revolta da Chibata" e conseguiram com que Marinha de Guerra
do Brasil deixasse de aplicar a pena de açoite aos marujos (negros, em sua maioria). Apesar da vitória os lideres do movimento foram quase
todos exterminados, essa revolta foi praticamente o último ato de rebelião negra organizada no Brasil. Depois disso passaram a usar formas
pacíficas de resistência como as práticas culturais (religião, música, dança e outras formas) embora essas sofram influência aculturativa (isto
é, branqueadora) Ex: escolas de samba que converteram-se num negócio altamente lucrativo para seus dirigentes.
Democracia Racial- É um termo usado para descrever as relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de que o Brasil escapou do
racismo e da discriminação racial vista em outros países, mais especificamente nos EUA. Pesquisadores notam que a maioria dos brasileiros
se dizem sem preconceito e que não prejudicam ou promovem pessoas baseadas na raça. Graças a isso, enquanto a mobilidade social dos
brasileiros pode ser reduzida por vários fatores, como sexo e classe social, a discriminação racial é considerada irrelevante.
Críticas - Segundo Martiniano J. Silva , o racismo no Brasil foi implantado pelo mito da democracia racial. Alega que tal modalidade de racismo,
mascarado de status liberal e democrático, conseguiu efetivar-se com eficácia, alcançando atraves de sua mascara, prestígio interno e externo
Sobre o texto 1, 2 e 3, responda: 7-Quais grupos atuaram no combate ao racismo?
1-Quem são as minorias? 8-Descreva a lei Afonso Arinos:
2- Por que a globalização compromete a identidade cultural? 9-O que foi a lei de Caô?
3- O que pode-se entender por cidadania? 10-Quais foram os movimentos de resistência
4- O que é etnocentrismo? antes da abolição?
11-Defina:quilombo,quilombola, quilombagem,
bandoleirismo
12-O que foi o Isabelismo?
13-Qual era o objetivo da Conjuração baiana?
14-Quais as diferenças entre inconfidência
mineira e conjuração baiana?
15-Por que aconteceu a revolta da chibata?
16-Qual a principal conquista dos revoltosos da
marinha?
17-Quais as formas pacíficas de resistência ao
racismo?
18-O que é a teoria do Branqueamento?
5. Interprete as cenas acima.

Sobre o texto 4 responda:


6-Qual é o objetivo do movimento negro no Brasil?

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