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O Parvo entra em cena, sem quaisquer símbolos cénicos, dirigindo-se primeiro, à
barca do Diabo. Este convida-o a entrar, mas, quando lhe diz para onde irá a
barca, o Parvo insulta-o.
Seguidamente, dirige-se ao Anjo, perguntando-lhe se ele o quer “passar além”. O
Anjo autorizou-o a entrar, pois considera que não errou por “malícia”, mas sim
devido à sua “simpreza”, não podendo, ser responsabilizado pelos seus atos. O
Parvo não entra, porém, imediatamente na barca, pois o Anjo convida-o a
aguardar, no cais, os outros passageiros.
O Parvo não representa nenhuma classe social, grupo profissional ou vício.
Contudo, ele desempenha duas funções importantes na peça: a sua linguagem
desbocada provoca o riso e a sua liberdade de expressão denuncia os “pecados”
alheios.