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Exportação de Petróleo Bruto e seus Derivados, Gás Natural e seus Derivados e

Biocombustíveis

O embarque e o despacho aduaneiro de exportação de petróleo bruto, gás


natural, seus derivados e biocombustíveis poderão ser realizados em conformidade
com os procedimentos estabelecidos no art. 96 da Instrução Normativa RFB nº 1.702,
de 2017.
Nesses casos, o embarque é feito no próprio mar, em unidade de produção ou
estocagem de petróleo, ou mediante transbordo em área marítima autorizada. O
transporte se faz diretamente para o exterior, partindo-se desses pontos ou áreas de
exploração.
A quantificação do petróleo a ser exportado será feita de acordo com os
procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa RFB nº 1.020, de 2010, em
especial nos arts.  21 a 32.
Em todas operações de transbordo, o navio mãe deverá ser quantificado por
perito designado pela unidade de despacho, sendo dispensada a quantificação do
navio aliviador.
Fica, via de regra, dispensado o acompanhamento do procedimento de
quantificação e a verificação da mercadoria pela autoridade aduaneira para os navios
mãe e aliviadores. Porém, o chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro
poderá determinar o acompanhamento fiscal do procedimento de quantificação.
As despesas de transporte, remuneração de peritos e outras necessárias ao
processamento do despacho serão de responsabilidade exclusiva do exportador.
O deslocamento até a unidade de produção ou estocagem de petróleo, ou até o
local em que ocorrer a operação de transbordo, será realizado pela via de transporte
mais adequada à situação, consultada a unidade da RFB de despacho.
O registro da Declaração Única de Exportação deverá ser efetuado no Portal
Único Siscomex após o embarque da mercadoria, obedecendo aos prazos previstos
na Instrução Normativa RFB nº 1.702, de 2017, e aplicando-se, no que couber, as
disposições sobre despacho constantes desta norma SRF. 
No caso de unidades de produção ou estocagem de petróleo no mar, exploradas
sob o regime de consórcio de empresas, ou no caso de embarque em transbordo de
diferentes exportadores, o despacho de exportação deverá ser realizado em nome de
cada empresa.
O registro dos dados de embarque da mercadoria, no Módulo CCT, será feito
pelo transportador final, após o transbordo da carga para o veículo que fará a viagem
internacional.
Havendo divergência entre a quantidade informada nos dados de embarque e
aquela quantificada pelo perito, o laudo de quantificação terá precedência, para efeito
de controle da quantidade embarcada.

https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/exportacao-portal-
unico/situacoes-especiais-de-despacho/embarque-antecipado/exportacao-de-
petroleo-bruto-e-seus-derivados-gas-natural-e-seus-derivados-e-biocombustiveis
Passo a Passo da Exportação

1. Cadastramento

 Registro de Exportadores e Importadores (REI) –


SECEX (Via SISCOMEX). O REI (Registro de Exportadores e Importadores) é um
cadastro que as empresas devem realizar para exportar e / ou importar. A inscrição
no REI é automática, no ato da primeira operação, sem maiores formalidades.

 Registro e Rastreamento da Atuação dos


Intervenientes Aduaneiros (RADAR) – RFB. A pessoa física ou jurídica
estabelecida em território nacional, que pretenda realizar operações
de importação e/ou exportação, em primeiro plano deve habilitar-se ao
sistema Radar da Receita Federal (Ambiente de Registro e Rastreamento de Atuação
dos Intervenientes Aduaneiros).
Esta Habilitação Radar se dá através de preparação de processo administrativo e
protocolado junto as unidades da Receita Federal, habilitadas a operar nesta
modalidade.
O processo é respaldado por documentos da empresa e de seus proprietários, sócios
ou dirigentes, e formulários específicos (fornecidos pela aduana), os quais serão
analisados previamente por Auditores Fiscais da Receita Federal.
Não existindo impedimento, o agente fiscal irá enquadrar o solicitante em uma das
quatro modalidades existentes e a empresa fica automaticamente habilitada a operar
e registrar suas operações de comércio exterior.

Sistema Radar
• Análise prévia – IR / Impostos /
Objeto social
• via site e-CAC
• Documentação depende do tipo de
autorização
2. Análise Mercadológica
 Avaliação do potencial do mercado consumidor.
 Preços praticados, capacidade de consumo, exigências locais, concorrentes, etc...

3. Seleção do canal de venda

 Venda direta ou por algum intermediário


(Trading Company)?

4. Negociação
 Troca de informações entre as partes.
 Definição do produto, envio de catálogos, definição do preço, da forma de
pagamento e a emissão da fatura pro forma.

5. Fechamento do negócio
 Concretização da venda.
 Formalização do contrato comercial observando todos os itens que foram
estabelecidos na negociação.

6. SISCOMEX e documentos de exportação

 Obtenção dos Registros Eletrônicos cabíveis bem como dos demais documentos
de exportação essenciais para o despacho aduaneiro.

7. Despacho aduaneiro de exportação e embarque

 Faz-se o DESPACHO ADUANEIRO (Conferência da Doc.) com vistas ao


DESEMBARAÇO (Autorização para Exportar). Obtem-se a averbação (registro de
conclusão) para embarque...
 e a saída efetiva do objeto de exportação do
território nacional.
O despacho aduaneiro de exportação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados

e biocombustíveis, tendo em vista a condição especial em que esses tipos de bem são

extraídos/produzidos, faz-se, após prévia habilitação, na unidade da RFB de despacho mais

próxima da área onde ocorrerá o embarque das mercadorias ou de outra unidade da RFB, a

critério do Superintendente da Receita Federal do Brasil da Região Fiscal jurisdicionante sobre a

unidade requerida (Instrução Normativa RFB n° 1.381, de 2013).

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