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Parte 1: Capítulos 1 a 5
Este manual foi desenvolvido para atuários, entidades responsáveis pelo planeamento e decisores
políticos cujo trabalho incide sobre os aspetos quantitativos dos sistemas de pensões usando o Modelo
Atuarial de Pensões da OIT. Para tal, salte livremente entre capítulos e navegue as partes que são
relevantes para si e para as necessidades dos seus colegas.
Para ter uma breve visão geral do que o modelo oferece e o lugar que ocupa no processo de
avaliação atuarial, veja o Capítulo 1: Introdução.
Para obter uma visão mais aprofundada do processo de avaliação atuarial, veja o Capítulo 3: O
processo de avaliação atuarial nas instituições de segurança social.
Para saber mais sobre os pressupostos básicos da estrutura arquitetónica do modelo, as suas
principais funcionalidades e administração, e os seus outputs (relatórios e indicadores), veja o
Capítulo 4: Principais características do ILO/PENSIONS: síntese metodológica.
Veja o Capítulo 5: A fundamentação lógica do modelo para ficar a conhecer definições mais
abrangentes de conceitos usados no modelo e compreender como estes são aplicados.
Use o Capítulo 6: Trabalhar no Modelo ILO/PENSIONS para obter uma ideia preliminar de como
explorar o modelo e começar a trabalhar os conceitos à medida que inicia o planeamento do seu
modelo.
Por último, veja o Capítulo 8: Revisão de Coerência para ter uma ideia de como efetuar uma revisão
de coerência, essencial para assegurar o rigor e a aplicabilidade do modelo usando os resultados
projetados a partir do mesmo.
Caso os sistemas de pensões sejam algo de novo para si ou se deseja adquirir uma visão mais
abrangente dos conceitos e definições subjacentes ao modelo, recomendamos que leia o Manual na
íntegra para, no seu próprio ritmo, compreender todas as definições e os conceitos apresentados nos
Capítulos 2 a 4 antes de avançar para os Capítulos 5 a 8.
Se for um utilizador mais avançado com grande experiência de trabalho em modelos atuariais, ou se se
considera fluente nos conceitos relacionados com os sistemas de pensões, recomendamos ainda assim
que leia os Capítulos 2 a 5 para ter uma noção das especificidades deste modelo antes de o usar.
Seguidamente, poderá avançar para a configuração do seu modelo no Capítulo 6, trabalhar alguns
exemplos no Capítulo 7 e rever a coerência dos seus resultados no Capítulo 8 para aprender a tirar o maior
partido possível desta ferramenta. (Dica: Demore o tempo que precisar – esta ferramenta poderá ser
diferente de outras a que está habituado/a!)
Índice
Como usar este Manual: Primeiros passos ................................................................. 2
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. O modelo de intervenção da OIT para o trabalho atuarial: construir uma base
técnica sólida para um processo orientado para as políticas ...................................... 6
3 O processo de avaliação atuarial nas instituições de segurança social............. 9
3.1 Recolha, preparação e análise dos dados .................................................................. 10
3.2 Diagnóstico institucional e do regime ....................................................................... 11
3.3 Formulação e configuração do modelo ..................................................................... 11
3.4 Introdução de dados .................................................................................................. 12
3.5 Calibragem do cenário-base (status quo): análise de coerência ............................... 13
3.5.1 Revisão de coerência.................................................................................................................... 14
3.5.2 Testes de sensibilidade ................................................................................................................ 14
3.6 Análise das opções de reforma e cenários de políticas ............................................. 14
3.7 Discussão dos resultados preliminares com os intervenientes relevantes ............... 15
3.8 Apresentação, validação e submissão formal do relatório final ............................... 16
4. Principais características do ILO/PENSIONS: síntese metodológica ............... 19
4.1 Questões gerais ......................................................................................................... 19
4.2 Componentes essenciais do quadro de modelização ................................................ 19
4.3 Conceitos básicos usados pelo ILO/PENSIONS: uma introdução .............................. 21
4.4 Fluxo geral do algoritmo de cálculo ........................................................................... 23
4.4.1 Bloco 1: Bloco demográfico ............................................................................................................... 23
4.4.2 Bloco 2: Bloco financeiro ................................................................................................................... 24
4.4.3 Bloco 3: Projeções ............................................................................................................................. 25
4.5 Processos operacionais: Configuração/ Modelos/ Cenários/ Elaboração de Relatórios
25
4.5.1 Administração dos utilizadores ......................................................................................................... 25
Tanto o manual como o Modelo Atuarial de Pensões da OIT estão ancorados nos princípios
fundamentais consagrados nas normas de segurança social da OIT adotadas por representantes de
Governos, empregadores e trabalhadores de todo o mundo, e que garantem o equilíbrio, a
sustentabilidade e a durabilidade das abordagens adotadas na conceção das pensões,
universalmente aplicáveis à grande variedade de regimes de pensões. Estes princípios incluem a
responsabilidade geral do Estado em asseverar a devida provisão de prestações e a administração
adequada dos regimes de pensões enquanto elementos de sistemas nacionais e abrangentes de
segurança social; para tal, o Estado deve, nomeadamente, assegurar que os estudos e cálculos
atuariais necessários relacionados com o equilíbrio financeiro são realizados periodicamente e, em
qualquer circunstância, antes de serem introduzidas quaisquer alterações nas prestações, na taxa
de contribuição do seguro ou nas taxas alocadas à cobertura da contingência em questão. As
situações em que o ILO/PENSIONS pode ser aplicado são diversas, como por exemplo nos casos em
que, a nível nacional ou setorial, os decisores políticos estão a ponderar a introdução de um novo
sistema de pensão social, seguro social ou regimes de pensões financiados pelos impostos, com
fontes e mecanismos de financiamento alternativos, ou a implementação de reformas nos regimes
de pensões existentes.
Este manual procura orientar o processo de modelação quantitativa de forma simples e direta. Ao
longo dos seus capítulos, os aspetos conceptuais relacionados com o design são combinados com
aspetos práticos da metodologia de modelação e a ferramenta do modelo atuarial. Os utilizadores
do manual serão guiados na tomada de decisões e na implementação de aspetos relacionados com
a configuração inicial e a parametrização do ILO/PENSIONS – tais como a seleção do período de
projeção, ou a decisão de trabalhar com apenas um regime de pensões ou definir em simultâneo
diferentes regimes de pensões de acordo com as circunstâncias específicas do país. Geralmente,
regimes diferentes funcionam com base em condições jurídicas e disposições institucionais e
financeiras diferentes, sendo por isso necessário trabalhar com uma configuração de modelo que
contempla múltiplos regimes. Outros exemplos são a seleção dos grupos da população, ou seja, os
grupos específicos de contribuintes da segurança social e seus dependentes (i.e., trabalhadores dos
setores privado e público, rurais e urbanos, etc.) que irão interagir na formulação de um modelo
específico; e identificação das prestações da pensão e respetivas especificações no modelo.
Este manual do utilizador foi desenvolvido por Andrés Acuña-Ulate e Sergio Velasco, Atuários da
Segurança Social da Unidade PFACTS, sob a supervisão de Fabio Durán-Valverde, Chefe da Unidade.
O manual recebeu os contributos de Nanya Sudhir e Zhiming Yu, Responsáveis Técnicos da Unidade.
Comentários e contributos para melhorar o Manual do Utilizador são bem-vindos e podem ser
enviados para socpropfacts@ilo.org.
2. O modelo de intervenção da OIT para o trabalho atuarial:
construir uma base técnica sólida para um processo orientado
para as políticas
Este capítulo destina-se a:
Público em geral com interesse em questões atuariais e de proteção social;
Decisores políticos que pretendem fundamentar as suas decisões em relatórios atuariais;
Jornalistas ou especialistas dos meios de comunicação que desejam relatar de forma correta os processos de
avaliação atuarial.
A boa administração de um regime de pensões assente numa perspetiva financeira e atuarial sólida
de longo prazo é fundamental para assegurar a sua sustentabilidade contínua. A realização de
avaliações atuariais periódicas e a aferição do impacto esperado das propostas de reforma dos
sistemas de pensões constituem um princípio central das normas internacionais do trabalho como
um meio para operacionalizar a responsabilidade do Estado. Efetivamente, as avaliações atuariais
constituem o principal elemento que proporciona uma perspetiva financeira de longo prazo para os
responsáveis pela gestão e o planeamento que trabalham no setor da segurança social. As revisões
atuariais requerem a incorporação de projeções demográficas e financeiras de longo prazo nos
complexos sistemas financeiros dos regimes de pensões, o que apenas pode ser feito através de
modelos. O ILO/PENSIONS foi desenvolvido para apoiar revisões ou estudos atuariais e financeiros
dos sistemas e regimes de pensões obrigatórios. Ajuda a estabelecer uma base quantitativa para a
tomada de decisões sobre as políticas relativas aos sistemas de pensões. O ILO/PENSIONS permite:
i) efetuar projeções das despesas futuras com prestações e da base contributiva através de
cálculos anuais;
ii) determinar as necessidades atuais e futuras ao nível do financiamento, incluindo as taxas
de contribuição e a transferências de impostos por parte do Estado;
iii) simular as reservas do regime;
iv) aferir o impacto financeiro das reformas dos sistemas ou regimes de pensões;
v) identificar os fatores a serem considerados aquando da criação do espaço fiscal
necessário para o financiamento dos sistemas de pensões.
Com a emergência de ferramentas de TI mais avançadas, têm sido feitas melhorias tecnológicas
significativas no dinamismo e na robustez dos modelos quantitativos aplicados aos sistemas de
pensões.
Para a OIT, é essencial que o trabalho atuarial e a sua ligação à conceção de políticas sejam
enquadrados nas normas internacionais de segurança social, bem como nas melhores práticas
comparáveis. A Convenção relativa à Segurança Social (norma mínima), 1952, n.º 102 da OIT, que
estabeleceu o modelo para o desenvolvimento da segurança social em todo o mundo, consagra a
realização periódica de estudos e cálculos atuariais como o principal meio através do qual o Estado
pode cumprir a sua responsabilidade geral de assegurar a devida concessão de prestações de
segurança social. Em particular, o número 3 do Artigo 71.º da Convenção n.º 102 dispõe que: “O
Membro em causa deve assumir uma responsabilidade geral quanto à concessão das prestações
atribuídas por aplicação da presente Convenção e tomar todas as medidas necessárias para esse
efeito. Deve, se necessário, assegurar-se de que os estudos e cálculos atuariais necessários no que
se refere ao equilíbrio financeiro são efetuados periodicamente e, de qualquer modo, antes de
qualquer modificação das prestações, da taxa das contribuições para o seguro ou dos impostos
afetos à cobertura das eventualidades em questão.”
Em termos de aplicação das boas práticas na administração dos sistemas de segurança social,
destacam-se as diretrizes atuariais desenvolvidas conjuntamente pela Associação Internacional de
Segurança Social (AISS) e a OIT, nomeadamente “As Diretrizes sobre o Trabalho Atuarial para a
Segurança Social”. Os principais objetivos destas Diretrizes são:
1. Promover as boas práticas no trabalho atuarial realizado por e para instituições de segurança
social e apoiar esforços no sentido de melhorar o rigor, a coerência e a comparabilidade do
trabalho atuarial;
2. Dar orientações em relação aos procedimentos levados a cabo pelos atuários no seu trabalho;
3. Facilitar o trabalho das instituições no que se refere aos seus procedimentos em matéria de
governança relacionados com o trabalho atuarial;
4. Melhorar a eficácia dos procedimentos atuariais;
5. Prestar assistência prática às instituições de modo a facilitar a sua conformidade com as
normas atuariais;
6. Dar orientações a indivíduos ou organismos responsáveis por questões relacionadas com as
políticas e pelos regulamentos em matéria de envolvimento atuarial.
Com base na sua experiência de várias décadas, o modelo de intervenção proposto pela OIT para
trabalhar na área atuarial ao nível nacional e institucional inclui três processos principais: diagnóstico
nacional ou institucional, desenvolvimento de capacidades e assistência técnica (ver Figura 1 –
Modelo de intervenção da OIT para a ajuda ao desenvolvimento na área do trabalho atuarial).
Desenvolvimento de
Diagnóstico institucional Assistência técnica
capacidades
É extremamente importante que o processo seguido durante a preparação e revisão de uma avaliação
atuarial de um regime de segurança social seja sistemático e organizado corretamente para assegurar
uma qualidade ideal e alcançar os resultados esperados do trabalho atuarial. Embora a metodologia e os
processos estejam relativamente normalizados, é aconselhável chegar a acordo sobre uma definição
adequada dos mesmos para servir de guia à realização de avaliações atuariais produzidas quer pelas
próprias instituições de segurança social, quer por prestadores externos de serviços atuariais.
Este capítulo descreve as diferentes etapas de preparação da avaliação atuarial, guiando o utilizador ao
longo das mesmas para garantir que a avaliação atuarial cumpre as melhores práticas internacionais,
especialmente as Diretrizes para o Trabalho Atuarial da AISS/OIT.
não
Os cenários Análise das opções de
sim Calibragem do cenário-
foram O modelo é base (status quo):
verificados
reforma e cenários de
coerente? Análise de coerência e
duas vezes? políticas
testes de sensibilidade
não
sim
O processo de recolha, preparação e análise dos dados é fundamental para alcançar bons
resultados nas restantes etapas do processo.
Dados estatísticos oficiais. As publicações produzidas pela mesma instituição de segurança social,
tais como Anuários Estatísticos ou outras fontes estatísticas ou bases de dados oficiais, devem ser
coerentes entre si. Quaisquer diferenças na informação oficial podem ser questionadas
posteriormente, colocando igualmente em causa os resultados do processo.
No caso de os resultados da avaliação atuarial não serem coerentes com qualquer um destes
documentos, as razões para tal devem ser claramente explicadas no relatório técnico.
Nível de desagregação dos inputs e dos outputs necessário. A sua definição está relacionada com
os objetivos finais da formulação do modelo em termos dos cenários de políticas a serem
modelados. A disponibilidade de informação ou dados de input é também um fator determinante
no nível da desagregação dos inputs do modelo. Regra geral, o modelo visa alcançar o nível de
desagregação que melhor permite responder às questões políticas relevantes, na medida em que
a disponibilidade dos dados o permita.
Validação cruzada. Sempre que possível, e a fim de evitar equívocos, recomenda-se que
as instituições de segurança social e outras entidades nacionais homólogas participem na
definição e validação destes pressupostos, enfatizando os critérios que devem cumpridos
para que os resultados sejam válidos.
Valores nominais versus valores reais. Uma decisão a ser tomada é se o modelo deve ser
formulado em termos nominais ou em termos reais. Ambas as opções são válidas, mas
independentemente da decisão de quem faz o modelo, essa decisão deve ser indicada claramente
na documentação do modelo para assegurar clareza e coerência em todos os cálculos e resultados
do relatório atuarial.
Definição de cenários adicionais. Dado que os cenários adicionais respondem a soluções para
problemas identificados ou políticas que visam melhorar a gestão, cobertura, adequação ou
conformidade com as normas internacionais de segurança social, entre outros, a sua definição
deve ser feita tendo em consideração a opinião das organizações das partes interessadas
envolvidas na administração do regime de segurança social, geralmente trabalhadores,
empregadores e o governo. Este tópico será desenvolvido posteriormente em maior pormenor
neste capítulo.
A introdução de dados no modelo (variáveis, parâmetros, pressupostos, etc.) é muitas vezes uma
atividade trabalhosa e entediante. Esta fase deve começar apenas quando o utilizador está muito
seguro do que se pretende fazer com o modelo. A monitorização e a verificação dupla deste
processo são fundamentais. Regra geral, as pessoas que fazem a revisão do modelo não devem ser
as mesmas que introduzem os dados. Em alternativa, se for atribuída às pessoas a responsabilidade
1
De igual modo, a taxa de juro nominal deve ser coerente com a taxa de inflação presumida e a taxa de juro real;
e a taxa de crescimento dos salários no médio e longo prazo deve estar em linha com a produtividade laboral e a
evolução do crescimento do PIB.
2
Estas resultariam em receitas mais elevadas e despesas mais baixas, num forte aumento do número de
contribuintes, num controlo mais estrito das despesas administrativas (não observado no passado), em níveis mais
elevados de receitas, níveis mais baixos de evasão contributiva, etc.
de preencher os dados de acordo com os diferentes blocos de um modelo (contexto, demografia
interna, regras e regulamentos, etc.), podem ser estabelecidas tarefas de supervisão e verificação
cruzada entre estas pessoas.
Caixa de texto. Diretrizes sobre o Trabalho Atuarial para a Segurança Social da AISS/OIT
Diretriz 2. Dados
Ao preparar um relatório, a instituição de segurança social assegura a disponibilidade de dados suficientes e fiáveis,
necessários para realizar o trabalho atuarial. A instituição de segurança social é responsável pela gestão dos dados
que dizem respeito aos participantes do regime de segurança social e suas provisões, e pelo cumprimento da
legislação relativa à privacidade dos dados e das normas nacionais. O atuário fornece uma opinião sobre a suficiência
e a fiabilidade dos dados, descreve quaisquer modificações feitas aos dados e os impactos que os dados incompletos
têm sobre o regime de segurança social e os seus participantes, e faz recomendações para melhorar a qualidade dos
dados.
(...)
Princípios:
A instituição de segurança social deve definir dentro da organização as responsabilidades relacionadas com a
gestão dos dados, incluindo o responsável pela gestão do processo e os processos de revisão de pares.
O processo de gestão dos dados deve garantir a segurança dos dados (incluindo a pormenorização dos
procedimentos de back-up) e assegurar que todos os requisitos legais relativos à privacidade dos dados são
respeitados.
Os requisitos relativos aos dados devem ser documentados e justificados. Estes devem ter em consideração as
necessidades específicas dos programas que requerem trabalho atuarial e o método e os modelos atuariais
adotados para as avaliações. A documentação deve: identificar os elementos dos dados, descrever o uso dos
dados e indicar as fontes dos dados.
As instituições de segurança social devem ter um procedimento bem documentado e estruturado no que concerne
a preparação de solicitações de dados para fornecedores externos e internos de dados.
As instituições de segurança social devem estabelecer um processo de validação de dados bem documentado e
estruturado, o qual irá testar a coerência dos dados internos bem como a sua coerência em relação a fontes
externas (por exemplo, demonstrações financeiras auditadas).
A recolha de dados deve ser efetuada usando uma abordagem sucessiva. Nos casos em que são usados dados
agregados na avaliação atuarial, o atuário tem a responsabilidade de determinar a abordagem adequada para
agrupar os dados. O impacto sobre os resultados que o uso de dados agregados produz comparativamente ao
uso de dados individuais deve ser avaliado e comunicado adequadamente aos intervenientes relevantes.
A ausência de dados, relativamente a um regime de segurança social recentemente implementado, por exemplo,
representa um enorme desafio para os profissionais da segurança social. Nestes casos, os atuários poderão ter
de recorrer a dados provenientes de outras fontes e programas. O atuário deve coordenar-se com outras
entidades e intervenientes para garantir que são usados os dados mais adequados.
Os resultados da avaliação atuarial devem ser revistos mediante a sua exposição a um conjunto
básico de testes de coerência, descrito nos pontos seguintes. Além disso, estes devem ser
analisados tendo em conta os resultados dos estudos atuariais anteriores. O grau de coerência
resultante desta análise deve ser incluído na análise do relatório atuarial.
É aconselhável usar ferramentas para criar gráficos dos indicadores, de modo a facilitar a análise
da sua evolução de acordo com diferentes dimensões: sexo, idade, tipo de pensão (risco), salários,
montantes das pensões, estruturas relacionadas, entre outras. Uma explicação mais
pormenorizada sobre este ponto pode ser encontrada no Capítulo 8: Revisão de Coerência.
O objetivo dos testes de sensibilidade é estudar o impacto das várias fontes de incerteza num
modelo quantitativo. Contrariamente aos testes de coerência, que visam verificar a coerência
interna dos resultados e detetar eventuais problemas na elaboração do modelo, os testes de
sensibilidade determinam de que forma os diferentes valores de uma variável independente
afetam variáveis dependentes sob um determinado conjunto de pressupostos. A análise pode
incluir uma ou mais variáveis de input.
No caso das avaliações atuariais de regimes de pensões, é aconselhável realizar pelo menos os
testes de sensibilidade seguintes para medir o impacto dos principais indicadores financeiros
(balanço, taxa do sistema de repartição, entre outros):
Os resultados dos testes de sensibilidade devem ser analisados com extremo cuidado e,
preferencialmente, discutidos com a equipa técnica multidisciplinar que acompanha a avaliação
atuarial. Caso seja determinado que existem variáveis com um possível impacto significativo no
grau de certeza dos resultados, estes testes e resultados devem, idealmente, ser comentados no
relatório atuarial.
A análise das opções de reforma e de cenários de políticas é um dos objetivos mais importantes
do trabalho de modelação quantitativa, especialmente na ciência atuarial aplicada à segurança
social. Esta fase do processo é, portanto, fundamental e constitui, geralmente, um ponto de
enorme interesse para os utilizadores dos relatórios atuariais, nomeadamente políticos e outros
decisores estratégicos.
A análise dos cenários de políticas envolve duas etapas: formulação e análise. Estas duas etapas
interagem dinamicamente e retroalimentam-se. Isto significa que a análise dos resultados de
alguns cenários de políticas pode levar à decisão de explorar, formular e analisar novos cenários.
A formulação e análise de cenários deve ser feita tendo em consideração a opinião de (a)
organizações das partes interessadas envolvidas na administração do regime de segurança social,
geralmente trabalhadores, empregadores e representantes do governo, e (b) os técnicos que
trabalham na avaliação atuarial. A transparência nesta fase é essencial para alcançar os resultados
esperados, especialmente no que se refere a avaliações atuariais que são parte de exercícios de
diálogo social para introduzir reformas nos sistemas de segurança social. É importante envolver os
parceiros sociais neste processo para obter os seus contributos e a sua confiança nas decisões
tomadas.
Os resultados das avaliações atuariais são muitas vezes um contributo importante para a tomada
de decisões ao nível político das instituições e sistemas de segurança social. Para tal, é aconselhável
que os resultados preliminares deste trabalho, incluindo as rondas sucessivas dos cenários
avaliados, sejam discutidos com os atores sociais. Entre estes incluem-se os representantes das
pessoas protegidas e as pessoas envolvidas no financiamento do regime de segurança social sujeito
a avaliação.
Importa recordar que o trabalho atuarial é meramente instrumental e que as decisões finais em
matéria de políticas e planos de ação são da responsabilidade de outros. Isto leva a considerar a
transparência do processo em termos da compreensão dos resultados intermédios do exercício
atuarial por aqueles que, em última instância, irão tomar as decisões. É responsabilidade do atuário
garantir a transparência do processo, o que inclui manter um nível de comunicação adequado com
os parceiros sociais responsáveis pela tomada de decisões.
Ao longo do processo, os resultados intermédios e finais do estudo atuarial devem ser partilhados
com pessoas que não lidam necessariamente com todos os instrumentos técnicos subjacentes a
este tipo de exercício. Por esse motivo, a informação acerca dos resultados deve ser comunicada
com recurso a uma linguagem simples e clara, sem, no entanto, abandonar a perspetiva técnica ou
a objetividade.
3.8 Apresentação, validação e submissão formal do relatório final
O relatório atuarial deve ser preparado em linha com a Diretriz 9 sobre Elaboração de relatórios
das Diretrizes sobre o Trabalho Atuarial para a Segurança Social da AISS/OIT (ver caixa de texto).
Caixa de texto. Diretrizes sobre o Trabalho Atuarial para a Segurança Social da AISS/OIT
Diretriz 9. Elaboração de relatórios
Ao preparar um relatório sobre a avaliação atuarial de um regime de segurança social, o atuário considera os
requisitos jurídicos e as normas e orientações profissionais relevantes, assim como o público visado.
Um relatório sobre a avaliação atuarial de um programa de segurança social deve ser considerado como um produto
final do processo de avaliação atuarial. É uma ferramenta que fornece às partes interessadas a informação necessária
para tomar decisões responsáveis relativamente a um regime de segurança social. Como tal, a instituição de
segurança social bem como o atuário devem envidar todos os esforços no sentido de preparar um relatório
abrangente, transparente e explícito sobre a avaliação atuarial. Esta diretriz deve ser lida em conjunto com as
Diretrizes 11, 25, 26, 27 e 28.
Princípios:
O relatório sobre a avaliação atuarial deve conter informação suficiente para permitir a condução de uma revisão
externa independente (ver Diretriz 11) e possibilitar às partes interessadas a tomada de decisões adequadas com
base nos resultados apresentados. Deve ser escrito numa linguagem compreensiva e inequívoca para todas as
partes interessadas, incluindo aqueles que não possuem formação atuarial.
O relatório sobre a avaliação atuarial deve conter uma opinião descritiva dos pontos de vista do atuário sobre a
adequabilidade dos dados, os pressupostos e a metodologia, bem como outros elementos materiais do trabalho
realizado. Esta opinião deve ser assinada por um atuário que cumpre todos os requisitos profissionais para a
formulação de tal opinião, conforme o disposto pela organização atuarial nacional e reconhecido pela Associação
Atuarial Internacional.
A instituição de segurança social deve assegurar que os relatórios sobre a avaliação atuarial e quaisquer outras
informações complementares relativas à avaliação atuarial estão disponíveis em todas as línguas relevantes.
Poderá ser necessária uma comunicação adicional para dar resposta a necessidades de natureza mais técnica,
bem como para facilitar a compreensão do relatório pelas partes interessadas.
Os relatórios atuariais são uma parte fundamental do trabalho de avaliação atuarial, na medida
em que são os principais meios através dos quais os resultados do processo são comunicados aos
decisores e, muitas vezes, também às autoridades responsáveis pelo sistema de pensões, na forma
de conclusões e recomendações. A principal mensagem de um relatório atuarial é indicar se um
regime terá ou não solidez financeira a longo prazo, mais do que proporcionar uma descrição dos
resultados do modelo. Embora os modelos atuariais da OIT proporcionem uma base sólida para
formular perspetivas relacionadas com a robustez financeira dos regimes, importa relembrar que
os modelos servem apenas de apoio, pelo que não devem ser vistos como um substituto para o
discernimento e a experiência. Esta avaliação da solidez, bem como a escolha dos métodos e
pressupostos usados na modelação, dependem grandemente do entendimento pessoal de uma
equipa técnica informada e experiente.
Os estudos atuariais dos sistemas de pensões devem demonstrar os resultados no curto, médio e
longo prazo. Neste contexto, o longo prazo é entendido como um período de tempo suficiente
para observar a maturidade demográfica e económica de um regime de pensões, e corresponde
habitualmente a um período que cobre mais de cinquenta anos. A apresentação dos resultados
deve demonstrar os cálculos e as projeções para o cenário-base (status quo), bem como para os
outros cenários, e explicar a fundamentação que está na base da sua formulação. Por esta razão,
os relatórios atuariais devem ser claros e acessíveis, de modo a facilitar a sua compreensão e
utilização por outros profissionais que não estão familiarizados com as questões atuariais.
Os relatórios atuariais incluem normalmente os seguintes elementos:
Além do conteúdo específico dos relatórios atuariais, estas normas abordam questões essenciais,
tais como:
Frequência com que os estudos atuariais devem ser efetuados e a relação que esta
frequência tem com a natureza do regime de pensões a ser avaliado;
Circunstâncias em que a frequência destes estudos deve ser aumentada;
Uma vez que é necessário partilhar a informação sobre a avaliação atuarial com as
partes interessadas no regime (trabalhadores, empregadores, pensionistas, etc.), é
aconselhável que a instituição de segurança social adote uma política para a
comunicação dos relatórios atuariais;
A informação atuarial deve ser comunicada com um grau de tecnicidade adaptado ao
público visado, para que seja mais facilmente compreendida e usada.
A ferramenta ILO/PENSIONS faz parte da Plataforma Quantitativa de Segurança Social da OIT (em
inglês Quantitative Platform of Social Security, QPSS). Esta plataforma está equipada com um
conjunto de ferramentas de cálculo, simulação e análise, tanto atuariais como não atuariais.
A QPSS tem uma ferramenta de administração central (a ferramenta CAT), que permite variar o
grau de controlo das operações relacionadas com o uso de diferentes ferramentas quantitativas.
Estas funcionalidades incluem o registo das instituições de segurança social, utilizadores, controlo
do processo, controlo dos dados e segurança informática em geral, entre outras. Os utilizadores
individuais e institucionais têm espaços de trabalho privados, o que garante a confidencialidade
da informação gerida nas diferentes ferramentas. A OIT está empenhada em garantir a segurança
e a confidencialidade dos dados armazenados na plataforma.
A plataforma é um serviço Web que opera inteiramente na cloud e cuja segurança e consistência
são certificadas pela OIT. A arquitetura do sistema é Web N-Layer com uma interface adaptável, e
funciona com os seguintes níveis: Web, Componentes de Gestão, Acesso aos Dados, Segurança e
Elaboração de Relatórios.
O Modelo Atuarial de Pensões da OIT cria uma definição inicial dos regimes de pensões que
compõem um sistema nacional de pensões. Um sistema nacional de pensões pode incluir um ou
mais regimes que funcionam a nível nacional ou setorial. Assim, pode haver modelos nacionais
com um único regime ou com múltiplos regimes. Cada regime tem as suas próprias regras e grupos
da população.
Os inputs do regime caracterizam-se por um conjunto de regras que determinam quem paga
contribuições, o período de tempo durante o qual o devem fazer e a proporção do salário que é
paga como contribuições. Relativamente ao beneficiário, as regras do regime determinam
igualmente quem tem acesso às prestações do regime e como estas são calculadas.
Em termos de Grupos da população, os inputs incluem a composição inicial dos diferentes grupos,
as suas diferentes probabilidades de transição (probabilidade de transitar entre grupos da
população dentro do regime ou a partir do exterior), a sua situação de dependência e os cash flows
relevantes do ponto de vista do regime (salários ou pensões).
OUTPUTS: O Modelo Atuarial de Pensões da OIT dá ao utilizador a possibilidade de produzir um
extenso conjunto de relatórios para diferentes propósitos e necessidades em termos de análise e
elaboração de políticas. As relações entre os inputs permitem ao modelo projetar outputs.
Podemos distinguir dois principais grupos de outputs: outputs ao nível do grupo da população
(projeções demográficas e financeiras) e outputs ao nível do regime ou do país.
As matrizes de output têm muitos graus diferentes de pormenor (conforme será explicado
posteriormente). O primeiro tipo de output corresponde às projeções demográficas ao nível do
grupo da população. As projeções demográficas interagem com outros inputs para fazer a
estimativa das projeções financeiras ao nível do grupo da população. Estas incluem o valor médio
dos salários, novas prestações, o total das prestações e estimativas dos principais cash flows
relacionados com cada grupo demográfico. Atempadamente, as projeções financeiras em cada
grupo demográfico são associadas a outros inputs para que o modelo possa fazer a projeção de
Relatórios Financeiros, de indicadores demográficos e de indicadores financeiros ao nível do
regime e do país.
Todos os outputs dos cálculos, quer intermédios quer finais, podem ser visualizados, copiados e
exportados do modelo (em csv ou MS Excel), incluindo a repartição por ano e a decomposição por
sexo e grupo etário. Os outputs finais incluem fluxos demográficos e financeiros projetados em
valores absolutos, tais como populações que são contribuintes diretos, populações elegíveis,
receitas e despesas do regime e níveis da reserva técnica atuarial, entre outros.
Estes indicadores podem ser usados para apoiar a calibragem do modelo e a realização de testes
de coerência, bem como para apoiar a análise dos resultados e a elaboração de relatórios. Estes
outputs incluem um conjunto de indicadores que são úteis para efetuar um teste de coerência
passo a passo.
Antes de começar a usar o ILO/PENSIONS, importa compreender bem alguns dos conceitos básicos,
tais como Modelo, Cenário, Regime e Grupo da População.
Grupo da População. Cada regime de pensões pode cobrir um ou mais grupos da população. Um
dos objetivos do modelo é analisar o impacto das políticas em populações específicas, tais como
funcionários públicos, trabalhadores do setor privado, trabalhadores independentes, etc.,
cobertos pelo mesmo regime de pensões. A decisão de definir mais do que um grupo da população
num modelo específico é condicionada pela disponibilidade de dados específicos que permitam
alimentar o modelo, separadamente, para cada um destes grupos da população. Assim, um aspeto
essencial a aferir antes de definir os grupos da população é se o sistema de gestão de informação
que sustenta as operações administrativas do seguro social pode gerar conjuntos separados de
dados para cada grupo da população.
Figura 4 - Visão geral das relações entre modelos, cenários, regimes e grupos da população
Como demonstrado na Figura 4, a definição dos diferentes regimes, das respetivas populações e
das condições de elegibilidade para a concessão de determinadas prestações constitui um
elemento fundamental na conceção de um novo modelo atuarial aplicado a um país usando o
ILO/PENSIONS. Idealmente, este trabalho deve ser realizado por uma equipa multidisciplinar tendo
em conta os objetivos finais no que diz respeito à análise de políticas.
Em termos muito gerais, a lógica do fluxo das projeções pode ser descrita nos passos seguintes,
como parte de três blocos: o bloco demográfico (inputs), o bloco financeiro (inputs) e as projeções
(output).
O bloco demográfico é composto pela estimativa das populações gerais e das populações
específicas do regime.
O bloco financeiro implica o uso dos cálculos feitos no bloco demográfico, recorrendo à ajuda de
alguns pressupostos e estimativas:
DICA: Para avançar com segurança ao longo destas três etapas, recomenda-se o recurso
exaustivo a um processo de consultas técnicas com uma participação multidisciplinar,
incluindo economistas, estatísticos, demógrafos, especialistas de segurança social, peritos
no mercado de trabalho, entre outros.
Para começar a usar um modelo específico, este deve ser criado na Plataforma de TI. Este trabalho
requer uma autorização administrativa prévia da OIT e a intervenção da equipa técnica responsável
pela gestão da Plataforma Quantitativa de Segurança Social da OIT. O resultado é a criação de um
espaço de trabalho, geralmente atribuído a um grupo de utilizadores de um modelo numa dada
instituição de segurança social ou país.
Podem ser definidos três tipos de utilizadores, dependendo das permissões de utilização
concedidas:
A ideia de base subjacente a esta distinção entre três tipos de utilizadores é garantir um ambiente
de trabalho seguro em termos de confidencialidade, proteção da informação (incluindo os mesmos
modelos e os dados desenvolvidos e introduzidos pelos utilizadores) e controlo de qualidade do
processo e dos seus resultados.
Esta categoria de outputs integra um vasto conjunto de relatórios que incluem em grande detalhe
os cálculos intermédios e finais realizados pela ferramenta de cálculo. O utilizador pode percorrer
as diferentes matrizes de output para visualizar os outputs do cálculo. A fim de proteger a
integridade dos dados de output, os relatórios de output não podem ser editados na ferramenta
em si, mas podem ser exportados em formato cvs ou xlsx para serem editados no MS Excel, à
conveniência do utilizador. A cada execução de um novo cenário de modelo, as matrizes de output
são redefinidas e automaticamente substituídas por novos outputs.
O Anexo sobre Requisitos em Matéria de Dados proporciona uma lista detalhada dos relatórios de
output. Alguns destes podem ser vistos em pormenor no ponto 7.4 Explorar as matrizes básicas de
output. Em geral, contêm o seguinte:
Projeções demográficas por sexo, grupo etário, grupo da população e regime de pensões.
Incluem detalhes acerca dos contribuintes ativos e inativos e das populações
beneficiárias.
Projeções financeiras pormenorizadas, incluindo a projeção dos fluxos da massa salarial,
receitas e despesas e a projeção das despesas do regime (por tipo de despesa). Quando
aplicável, estas projeções são decompostas por sexo, grupo etário, grupo da população e
regime de pensão.
Indicadores financeiros e demográficos. Os relatórios sobre os indicadores permitem ao
utilizador rever os valores resultantes, não só para aferir se uma determinada formulação
do modelo está a ter um bom desempenho de acordo com os resultados lógicos
esperados para o regime específico em avaliação, mas também para proporcionar uma
visão mais detalhada do desenvolvimento futuro, por exemplo, de diferentes regimes de
cobertura, do cálculo das idades médias de diferentes subgrupos de beneficiários, das
pensões médias de pensionistas atuais e novos, etc. Um conjunto de testes de calibragem
e de coerência depende do conjunto de indicadores gerados pelo ILO/PENSIONS.
1. Taxa de cobertura da população empregada, 1. Salário médio sujeito a seguro, total e por
total e por sexo: contribuintes ativos / mão de sexo
obra 2. Taxa de crescimento anual do salário
2. Taxa de cobertura da população em idade médio sujeito a seguro, total e por sexo
ativa, por sexo: contribuintes ativos / 3. Montante médio da pensão de velhice, por
população em idade ativa sexo
3. Taxa de cobertura dos membros, por sexo: 4. Montante médio da pensão de invalidez,
total de membros / população em idade ativa por sexo
4. Taxa de cobertura efetiva dos beneficiários 5. Montante médio da pensão de viuvez, por
com 65 e mais anos: pensionistas com 65 e sexo
mais anos em % da população com 65 e mais 6. Montante médio da pensão de orfandade,
anos, total e por sexo por sexo
5. Taxa de cobertura efetiva dos beneficiários 7. Taxa média de crescimento da pensão de
com 60 e mais anos: pensionistas com 60 e velhice, por sexo
mais anos em % da população com 60 e mais 8. Taxa média de crescimento da pensão de
anos, total e por sexo invalidez, por sexo
6. Idade média do total dos contribuintes ativos, 9. Taxa média de crescimento da pensão de
por sexo viuvez, por sexo
7. Idade média do total dos pensionistas por 10. Taxa média de crescimento da pensão de
velhice, por sexo orfandade, por sexo
8. Idade média dos novos contribuintes, por sexo 11. Despesas administrativas no momento
9. Idade média dos novos pensionistas por temporal t em % da despesa com as
velhice, por sexo prestações das pensões
10. Idade média dos novos pensionistas por 12. Despesas com as prestações das pensões
invalidez, por sexo em % do PIB
11. Idade média dos novos pensionistas por 13. Despesa total em % do PIB
viuvez, por sexo 14. Rácio de reserva
12. Idade média dos novos beneficiários de 15. Prémio Médio Geral
pensão por orfandade, por sexo 16. Despesa total com as prestações das
pensões, por sexo
17. Despesa total com montantes fixos, por
sexo
18. Despesa total com prestações, por sexo
Ver ponto 7.4.4 Indicadores Demográficos para um Ver ponto 7.4.3 Indicadores Financeiros para
tutorial sobre como usar folhas de cálculo para um tutorial sobre como usar folhas de cálculo
cada um destes indicadores. para cada um destes indicadores
Esta tabela apresenta um conjunto de variáveis agregadas ano a ano, por sexo e total, que incluem:
ano de projeção, população empregada, contribuintes ativos e beneficiários – aposentados,
inválidos, viúvos e órfãos; e beneficiários de prestação única: reforma, invalidez e morte. Veja o
ponto 7.4.2 Matrizes do Relatório Demográfico para mais informações e um tutorial sobre estes
indicadores.
Tabela dos principais agregados financeiros
Esta tabela contém um conjunto de variáveis agregadas ano a ano, classificadas por sexo, que
incluem: ano de projeção, massa salarial, receitas (contribuições, juros e outras), despesas com
prestações (velhice, invalidez, viuvez, orfandade e prestação única). Uma tabela semelhante é
produzida, indicando os valores em percentagem do PIB. Veja o ponto 7.4.1 Matrizes do Relatório
Financeiro para mais informações e um tutorial sobre estes indicadores.
O Grapher do ILO/PENSIONS:
DICA: O ILO/PENSIONS tem a sua própria representação gráfica, que permite fazer
visualizações básicas durante a fase em que os inputs estão a ser introduzidos no modelo.
Assim, além da ferramenta externa do Grapher, todo o conjunto de distribuições da matriz
por sexo e grupo etário pode ser visualizado usando a ferramenta gráfica original da
plataforma.
5. A fundamentação lógica do modelo
Este capítulo destina-se a:
Profissionais atuariais interessados em compreender as dinâmicas do modelo e o contexto do exercício de
simulação.
A cobertura diz respeito à participação num regime de pensões que confere o direito de usufruir
das respetivas prestações ou o acesso efetivo às mesmas.
Proteção direta: cobertura obtida através das contribuições feitas pelo próprio;
Proteção indireta: cobertura obtida através das contribuições feitas por outrem (tutor
ou guardião) para a eventualidade de morte do contribuinte;
Prestação efetiva: prestação pecuniária paga de uma só vez ou pagamento periódico de
uma pensão;
Prestação potencial: garantia legal de concessão de uma prestação pecuniária no caso
de as eventualidades de morte, velhice ou invalidez ocorrerem.
As pessoas cobertas por um regime de pensões enquadram-se nas quatro seguintes categorias:
O primeiro grupo constitui a principal fonte de receitas por via das contribuições; o segundo é a
principal causa de despesa num regime já maduro; o terceiro é uma causa muito significativa de
despesa para um regime de pensões em amadurecimento e é ainda relevante para regimes já
amadurecidos. Geralmente, o último grupo não afeta o fluxo de caixa do regime de pensões.
A principal tarefa do ILO/PENSIONS é fazer a estimativa da dimensão e exposição ao risco dos três
primeiros grupos ao longo de um período de projeção. A exposição ao risco afeta o potencial de
geração de fluxos de caixa no futuro, bem como a potencial dimensão dos mesmos. A exposição
ao risco diz respeito a fatores adicionais que afetam a probabilidade de algumas eventualidades
ocorrerem e/ou a dimensão das suas consequências caso ocorram. Os principais fatores para
avaliar a exposição ao risco são idade, sexo, contribuições acumuladas e salário ou montante da
pensão. Fatores como idade e género afetam a frequência de determinados riscos, enquanto os
créditos passados e os salários afetam a severidade dos seus potenciais fluxos de caixa.
Os contribuintes podem ser divididos por tantos grupos de contribuintes ativos quantos se desejar.
Além dos contribuintes ativos, o grupo dos contribuintes inclui também um grupo de contribuintes
inativos. Os contribuintes ativos são aqueles que registaram pelo menos um período contributivo
(mês) à sua carreira contributiva individual nos últimos 12 meses. Os contribuintes inativos são
contribuintes que contribuíram no passado, mas que não fizeram qualquer contribuição nos
últimos 12 meses. Juntos, formam o grupo de membros contribuintes: têm potencialmente direito
às prestações com base nas contribuições prévias que fizeram, o que os separa dos não
contribuintes (ou seja, aqueles que nunca contribuíram para o regime).
Os beneficiários indiretos são de três tipos: beneficiários de prestação única por morte,
beneficiários da pensão de viuvez e beneficiários da pensão de orfandade. Como a única
eventualidade que gera beneficiários indiretos é a morte, as pensões deste tipo podem, por vezes,
ser interrompidas por outras razões que não a morte do beneficiário, como por exemplo
casamento, novo casamento, conclusão dos estudos, entrada no mercado de trabalho ou
maioridade.
Os membros ativos contribuem através dos seus salários. Estes salários representam uma
potencial fonte de contribuições, que são a principal fonte de receitas para a maioria dos regimes
de pensões. Os membros inativos não pagam contribuições. Os seus salários, quer desconhecidos
para o sistema ou inexistentes, não fazem parte da massa salarial do regime.
Os beneficiários diretos apresentam quatro fluxos financeiros. Dois são pagamentos únicos sem
qualquer outro compromisso em pagamento: prestações únicas para as eventualidades de velhice
e invalidez. Os outros dois são pensões vitalícias cujo pagamento continuará enquanto os
beneficiários forem vivos.
As pensões vitalícias são a principal fonte de despesa para a maioria dos regimes de pensões.
Representam igualmente a principal fonte de segurança financeira para os seus beneficiários
diretos.
A cobertura ativa corresponde à proporção dos contribuintes ativos (para um grupo ou para o
somatório de todos os grupos) em relação à população ativa. A aplicação trabalha esta relação
mediante o seguinte processo:
Figura 4 – População coberta de um grupo como subgrupo da população total
Usar este processo para calcular o número de pessoas cobertas em cada grupo num dado regime
comparativamente ao total da população pode ser útil para calcular a sustentabilidade do regime
e o grau de cobertura da prestação.
5.5.1 Mortalidade
O primeiro efeito considerado é a mortalidade. Para compreender toda a dinâmica gerada pelas
forças demográficas, é necessário introduzir outros dois conceitos:
3
A taxa de participação é definida como a proporção da população que está atualmente a trabalhar ou a
procurar ativamente emprego.
contribuintes e a estrutura familiar dos pensionistas relacionam a idade do membro titular com
repartição etária dos seus potenciais beneficiários.
A taxa de mortalidade diminui o tamanho dos diferentes grupos consoante a sua exposição à
morte. Por vezes, esta relação é tão direta quanto isto: à medida que a idade aumenta, a
mortalidade aumenta. As linhas vermelhas tracejadas (ver Figura 5 – Dinâmicas da mortalidade no
ILO/PENSIONS) mostram este efeito em alguns grupos. No caso dos viúvos e órfãos, as setas
vermelhas apontam para fora da imagem pois não produzem efeitos adicionais. A morte dos
beneficiários diretos das pensões provoca o aumento dos beneficiários indiretos, conforme a
estrutura familiar dos beneficiários diretos. Por último, no caso dos membros contribuintes, a
morte pode causar um aumento dos beneficiários indiretos quando os critérios de elegibilidade
são cumpridos; em caso contrário, as prestações únicas por morte são afetadas (seta contínua
vermelha).
Importa sublinhar que as dinâmicas geradas pela morte são as únicas que determinam a dimensão:
das Prestações Únicas por Morte, dos Pensionistas por Viuvez e dos Pensionistas por Orfandade.
Todas as setas que apontam para fora, para dentro e entre grupos da população representam
fluxos demográficos. Quando os fluxos demográficos aumentam, os fluxos financeiros aumentam
também, enquanto todo o resto permanece igual. Os fluxos demográficos afetam adicionalmente
a composição etária e a acumulação de direitos, produzindo um efeito duradouro na saúde
demográfica e financeira do regime.
Seta vermelha em direção às Prestações Únicas por Morte: Prestações Únicas por Morte.5
Seta que parte da Estrutura Familiar dos Contribuintes em direção aos viúvos: Novos Viúvos
gerados pela morte de membros ativos.
Seta que parte da Estrutura Familiar dos Pensionistas em direção aos viúvos: Novos Viúvos gerados
pela morte de beneficiários de pensão.
Seta que parte da Estrutura Familiar dos Ativos em direção aos órfãos: Novos Órfãos gerados pela
morte de membros ativos.
Seta que parte da Estrutura Familiar dos Pensionistas em direção aos órfãos: Novos Órfãos gerados
pela morte de beneficiários de pensão.
4
O objetivo é manter o grau de complexidade da ferramenta numa escala gerível.
5
As prestações únicas são um conjunto de prestações pagas uma única vez, o que significa, para efeitos
demográficos e financeiros, que o valor deste conjunto de prestações é igual ao fluxo.
5.5.1.2 Efeitos sobre os fluxos financeiros
Conforme explicado no ponto 0, existe uma estrutura paralela entre os grupos da população e os
fluxos financeiros. Assim, existe também uma estrutura paralela entre os fluxos demográficos e as
alterações nos fluxos financeiros, sendo que as mortes e as saídas dos diferentes grupos diminuem
a dimensão dos respetivos fluxos.
5.5.2 Invalidez
Tendo em conta a Mortalidade e a Invalidez, obtêm-se os novos valores para os grupos das
Prestações Únicas por Invalidez e dos Pensionistas por Invalidez.
5.5.2.1 Fluxos demográficos
As setas verdes que partem dos Grupos de Contribuintes Ativos são Saídas por Invalidez do Grupo
#
As Saídas de diferentes grupos devido a uma situação de invalidez diminuem a dimensão dos fluxos
relacionados.
As outras saídas do estatuto de membro ativo correspondem a qualquer saída não relacionada
com morte ou invalidez. A transição da atividade para a inatividade é representada pelas setas
cinzentas na imagem seguinte.
Os membros dos grupos que não foram afetados por morte, invalidez e saídas no período são
sobreviventes de eventualidades externas, cuja exposição ao risco é atualizada de diversas formas.
Em primeiro lugar, estes sobreviventes obtêm o acréscimo de um ano de idade adicional no caso
dos membros ativos e inativos, e dos beneficiários diretos e indiretos. Em segundo lugar, caso
sejam membros ativos, os sobreviventes acumulam contribuições adicionais. Em terceiro lugar, no
que concerne todos os contribuintes ativos e inativos, as suas condições de elegibilidade para
efeitos de aposentação são testadas, pelo que podem optar pela reforma ou por permanecer na
sua situação atual. Em quarto lugar, se tiverem atingido a idade máxima de contribuição, podem
reformar-se desde que os critérios tenham sido cumpridos; caso contrário, recebem uma
prestação única por velhice.
Isto pode ser ilustrado da seguinte forma: a seta verde mostra a verificação das condições de
atribuição da reforma para todos os membros ativos. As condições para efeitos de reforma
correspondem a diferentes combinações de idade e contribuições passadas.6 Aqueles que não
cumprem as condições relativas à idade e às contribuições acumuladas pela idade permanecem
no grupo (com uma idade e um número de contribuições diferentes), a não ser que se encontrem
no limite máximo de idade – neste caso, recebem uma prestação única (seta vermelha); aqueles
que cumprem os requisitos, podem optar pela reforma.
Aqueles que optam pela reforma são novos pensionistas por velhice que se juntam ao grupo dos
contribuintes por velhice (seta preta mais espessa). Aqueles que adiam a reforma, permanecem
no grupo dos membros ativos (ajustando, uma vez mais, a idade e as contribuições). Praticamente
tudo permanece igual para os membros inativos, à exceção de que, caso não haja reforma nem
prestação única, as contribuições não precisam de ser ajustadas.
6
As condições podem ser interpretadas como uma função lógica “E”, o que significa que para uma pessoa
ser elegível, é necessário que tenha uma idade superior ou igual à estabelecida nos critérios E que o
número de contribuições seja superior ou igual ao estabelecido nos critérios – o cumprimento de apenas
um dos critérios não é suficiente.
Figura 15 – Tratamento dos sobreviventes por morte, invalidez e outras saídas no ILO/PENSIONS
5.5.5 Entradas
Até aqui, todas as dinâmicas têm sido internas às populações originais do regime, na medida em
que as pensões de sobrevivência são concedidas a potenciais beneficiários indiretos.
Nesta secção, iremos discutir as dinâmicas do regime relativamente à mão de obra, à cobertura
atual e futura e aos sobreviventes. Neste contexto, é importante esclarecer que as “Entradas”
referem-se a novos participantes no regime (contribuintes ativos) que não estavam incluídos nos
anos anteriores. De igual modo, as reentradas no regime dizem respeito àquelas pessoas que não
contribuíram durante um período de tempo, mas que estão neste momento a contribuir
novamente para o regime.
As entradas equivalem à soma do aumento da cobertura e à soma das saídas por reforma, morte
e invalidez no caso de o regime estar a aumentar o seu número de contribuições; caso contrário,
7
Se o número esperado de membros ativos de um grupo for inferior aos sobreviventes, a ferramenta irá
usar os sobreviventes mesmo que o seu número seja maior do que o projetado pela modelização da
cobertura. Do ponto de vista da modelização, se o número de diferentes probabilidades de saída não
consegue explicar essa redução, não poderá ser forçado usando uma outra qualquer probabilidade não
identificada. Se o utilizador precisar que o número de membros ativos seja igual à cobertura projetada, o
utilizador terá de rever as probabilidades de saída para ajustar o cálculo.
correspondem ao máximo entre a diferença da soma das saídas por reforma, morte e invalidez e
a diminuição do número de contribuintes, e zero.
As entradas estão repartidas por grupo etário e sexo (distribuição de probabilidades); para cada
grupo etário, as entradas estão repartidas entre duas origens possíveis: reativação de membros
inativos e novas entradas8 (entradas a partir da restante Mão de Obra).
A probabilidade de vir de uma ou outra fonte é introduzida e muda consoante o grupo etário e o
sexo. A probabilidade de reentrada refere-se à probabilidade de alguém que pagou contribuições
em períodos anteriores e que contribui no período atual, mas que não contribuiu no período
imediatamente antes.9 O ILO/PENSIONS tentará reativar tantos membros inativos quanto esta
probabilidade indica; se o número de inativos não for suficiente, todos os inativos irão reentrar e
o resto das entradas terão origem em novas entradas.
DICA: Ao introduzir uma probabilidade de reentrada a 100%, o utilizador irá pedir ao modelo que dê sempre
prioridade à reentrada dos inativos antes da adição de novos membros no regime. Como consequência,
haverá uma acumulação de carreiras mais longas. Taxas de reentrada mais baixas irá implicar mais membros
e, potencialmente, mais beneficiários. Verificar os dois tipos de comportamento permite ao utilizador testar a
sensibilidade do regime à reativação.
8
Sempre que o grupo de membros inativos for inferior ao número necessário de reativações, o défice
resultará de novas entradas.
9
O utilizador deverá ter cuidado para não confundir com outras probabilidades, como a probabilidade de
reativação, que se refere à probabilidade de reentrada no grupo dos membros contributivos de um
contribuinte inativo de um determinado grupo etário, ou a repartição das reentradas por grupo etário,
que se refere à probabilidade de reentrada numa dada idade em que essa reentrada ocorre. Estas
probabilidades não são usadas como inputs, pois dependem enormemente do número de entradas, o que
influenciaria os pressupostos de cobertura relativamente ao comportamento de reentrada e complicaria
a modelização.
5.6.1 Salários
O modelo calcula os salários como uma média ponderada entre os salários observados: salário
médio por grupo etário no ano-base e uma relação teórica entre o salário e o grupo etário (curva
salarial). É expectável que a curva salarial seja a melhor estimativa para todas as entradas,
enquanto o salário observado é mantido ajustado pela inflação salarial e o aumento da idade, para
a população sobrevivente. Desta forma, o ILO/PENSIONS reconcilia as expectativas do
comportamento dos salários (curva salarial) com os desvios observados. Tanto os salários
observados anteriores como a curva salarial são afetados pelo crescimento salarial esperado entre
os períodos; o salário observado é adicionalmente afetado pela mudança do salário por grupo
etário modelizado na curva salarial.
5.6.2 Prestações
O ILO/PENSIONS calcula dois tipos de prestações: prestações únicas (ou pagamentos feitos de uma
só vez) e pensões (pagamento periódicos previsíveis).
No caso das prestações únicas, o seu valor é o produto de uma fórmula simples, multiplicando o
salário de referência por um fator de substituição. Dada a sua natureza, são pontuais no tempo: o
seu cálculo é feito para os destinatários de cada ano.
Por seu lado, o montante anual da pensão corresponde a uma média ponderada dos valores das
prestações para os beneficiários sobreviventes (sujeito à atualização das pensões) e do valor das
novas pensões.
O valor das novas pensões resulta de fórmulas de cálculo das pensões altamente personalizáveis,
aplicadas ao salário de referência (uma explicação mais detalhada será dada no ponto 7.2.1
Preenchimento das matrizes da fórmula das prestações).
A fórmula de cálculo da pensão usa o salário de referência e multiplica-o por uma taxa de
substituição, que é uma função do número de contribuições acumuladas pelo contribuinte. Os
resultados são adicionados a uma componente fixa da pensão (que pode ser zero). O montante
calculado através deste processo é comparado a uma pensão mínima e a uma pensão máxima
(apenas se a pensão máxima for superior a 0).
O ILO/PENSIONS faz a estimativa do salário de referência como a média dos salários de um número
de anos. O número de anos é tal que aproxima o número médio de anos que os contribuintes de
um determinado grupo etário e com contribuições acumuladas iriam precisar para contribuir o
número de meses de referência (menos anos para contribuintes mais jovens com muitos meses de
contribuição acumulados, mais anos para contribuintes mais velhos com menores períodos
contributivos).
Dependendo da escolha do utilizador, o ILO/PENSIONS pode calcular o salário de referência como
uma simples média dos salários ou uma média desses mesmos salários ajustada à inflação.