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CN) | I-GRAMATICA (SISTEMATIZACAO) Os contetidos gramaticais aqui sistematizados tém como referencia 0 Dicionario Terminolégico (http:/Adt.dge.mec.pt/) le seguem a hierarquia e a nomenclatura apresentacas nas Mets Curriculares dos Ensinos Basico. Secundatio (parao 10.°ano de escolaridade). Alguns deles foram ja apresentados, sistematizados e exercitados ao longo das unidades que fazem parte deste Manual, por isso serdio aqui apenas referenciados. CLASSES DE PALAVRAS Nome proprio designa Os nomes tém por referentes entidades ‘uma entidade individualizada, com existéncia eal ou imaginaria ica Apresentam caracteristicas semanticas, (Gado designarem entidades), morfol6gicas (porque varia em ‘nomero,e alguns em génera e grau) ainda sintaticas (uma vez que Si0 0 ‘Nome comum coletivo® ‘nticleo do grupo nominal, podendo ser designa, no singular, um_ antecedidos de determinantes ou de Conjunto de seresouentidades —quantificadores) do mesmo tipo, Nome comum#: nao designanecessariamente be! uum referent dinico. Exprimem ordem ou sucessao, Ocupam, geralmente, una posicao pré-nominal, Numeral ppadendo ser antecedidos por determinantes. Correspondem a classe tradicional dos numerais ordinals. Adjetivo Exprimem uma qualidade ou proptiedade do nome. Ocunam, geraimente, una posigdo p4s-nominal embora alguns Qualificativo ocorram quer esquerda que dirlta, niginand, todavia, valores semantics diferentes. Variamsem nimero e alguns em sav; quando biformes, varia em gene, ‘Adverbios que contribuem com Informagao sobre quantidade ou rau, Podem ocorrerinternamente a0 predicado',ou como mocificador de grupos adjetivais? ou adverbiaist ‘Alguns destes adverb sao utiizados para formacao do grau dos adjetivos, eadverbios Quantidadee grau Advérbio Valores semanticos Aaiverbio que contribui para reverter Negagdo valor de verdade de uma frase afirmativa ou para negar um constituinte ‘Adverbios que se utilzam em resposta a interrogativas globaistou como Afiemagao ‘modificador de um constituinte®, contribuindo para asserir ou reforcar ‘valor afirmativa de um enunclado, a” "Lisboa fal olocal de onde partia ‘armada de Vasco da Gama * As serelas confraternizararn com ‘osmarinhelios. (fauna ea flora das regibes descobertas maravilharam osnavegadores, + Oprimeiroliveo de Gil Vicente fol um sucesso, +O d6cimo canto de Os Lusiadas @omais longo. ‘bandera branca simbolza apaz, + Vasco da Gama fol um sublime navegador, + Paulo da Gama era um homem grande. * Alguns escritores quinhentistas dedicaram-se bastante a poesia, * ero Marques ficou muito triste ‘com adecisao de Inés. * Algumnas embarcagdes cruzavam as aguas multo devagar. +s Nao gosto das cantigas de escainio e maldizer *Fizeram o trabalho de pares proposto? Sim, les fizeram o trabalho de grupo, sim,e aindao apresentaram na aula, ‘Advérbios que modificam.incluinda + Todas os alunos participaram, Inclusao ‘constitute nurn conjunto. até 0 Pedro, que nao costuma, Advérlos que permitem reagaro + Fernao Lopes escreveu s6 uma se constituinte que modificam,exchindo-o _crbnica sobre D. Jodo Exeluaas deumconjunto.Podem modificarcada «apenas o Miauelleuos textos todos, um dos grupos constitutes de uma fase evi Advérbios que evidenciam umaidela _ + Provavelmente, Camdes tera ia de ncerteza,indecisd0 ou hesitag3o. escrito multomas ras, ‘Adverbios que remetem para a indicago + Els pooma de que te fale! Advérbio, — Peslenacao de algo ou alguém. Valores semanticos, (contin) ‘Adverbios que, habitualmente, podem * Os marinheivos comiar mal ser moxiffcadores de predicado’,da—_—_porque nao havla comida. {rase® ou, ocasionalmente, predicativos + infelizmente, nd havia ruta todo do suite : * Depots de inés Pereira ter recusado ‘a proposta de casamentode Pero Maraves, este ficou mal ‘Advatbios que geralmente sa0 + Outrora, as navezagbes pareciam Tempo modificadores. eteinas ‘Adverbios que podem ser complementos *Vasco da Gama parou al. caer obliques’, predicativos do sujelto 20 pave ficou all ificadares?. naa 0s marinhelos descansaram all ‘Advérblos que_identificam o constituinte + Quando procurou ela Escudero? Interrogado numa consteugao + Como pensava ints resoher 80? Interrogativo interrogativa,sendo substituteispor | s s1up0s adverlaisou preposiconals, _* Poraevoltaraacreditar nel Advrbios que estabelecem nexos _—_* Osc uel entrou em casa ene fases'ou constitutes da Depals,procurouines fraset.nomeadamenterelagdesde Gost da poesia trovedaresca consecuencia de contrate® coneretamente das canis cide ocdenaga deamon Distinguem-se de conjungdes com valor idéntico por poderem, por exemplo, corer enieosyjetoe oprediadce _388¢mcabou no perder Conectivo {no caso das oragbes subordinadas. nC ieee He *OPedionaoestudouairica pts camoniana;o Rul porémferurn trabalho espetaciar *Primeiramente, estudmos as cantigasce amigo. depos as de amor *Pero Marques fo fetado por nése0 ‘bom homem, todavia, nao desistiu. + In&s era demasiado sonhadora, Advétbio qu intoduzuma oro ‘Acasa onde morava oEuitao subordinada elatvapermitindoidenticar —ficava dstante da aldela tumarelagdocomonome antecedente (0 la sabi Rolativo casodascagiessubaddnadasieatias), “Te S*baendedameraa Introduetamisém oracoesrelativas sem : antecedonte(oragtessubordnadas substantivasteatva?) 261 Locugao adverbial ‘S40 constituidas por duas ou mais palavras e tem ‘comportamento e classificagao iauals aos de um advérbio, aresentando os mesmos valores semanticos, slocativo temporal modo snegagao quantidade e rau safirmagao + a esquerda, de fora, delonge,, emeia,.. + noitinha, desde cedo,por agora, + de bom grado,por acaso a prea, ‘de modo algum, ce maneira rnenhuma, * po minim, de mais, t80 pouco, ‘de fact na verdad, sem davida,, Artigo *Definido: 0.4,08,a8, + Indefinido: ‘um, uma, uns, umas Demonstrativo este(s), estas), esses), esas), aquele(s), aquelals) Determinante Possessivo ‘meu{s), minhals), teu(s), tua(s),seu(s).svats) 1nosso(s), nossa(s),¥oss0(5), vossa(s) Indefinido certo(s),certats), ‘outro{s),outra(s) o = ‘Antepdem-se aonome*4,contribuindo para a sua leltura genérica ou indefinida, ‘artigo indefinido nunca antecede tum nome préprio nem coacorre com ‘0s quantificadores todos e ambos. Os artigos definidos eindefinidos ‘surgem, muitas vezes, contrafdas com ‘as prepusigdes a, de, em e por: 20(a+0), 2 (ava), da (deta), num (em+um), pela (por), \Varlam em género endmero.Tém valor ‘detico ou anaf6rica, contriouindo para a construgao da referencia do nome que precede tendoem contaa sua relagao de proximidade ou distancia. Nao podem caocorrercom o artigot, emi caso de coocorréncla com 0 determinante possessivo, este precede-os, ‘obrigatoriamente®. Podem ser precedidos de certos quantificadores’ Varia em pessoa, género entero ce emcontextos definids. ‘Sao obrigatoriamente precedidos ‘por um artigo definidotov por ‘um determninante clemonstrativo?, ‘exceto quando téma fungao 1 vacativos® ou de modificadores apositivos*. Podem ser precedidos de Certos quantificadorest. Em contextos Indefinidos, ocorrem em posigd0 pds- nominal’ Variam em género e namero.e x30 utlizados em contextos em que se assume que o rferente do nome ‘que precede nao corresponde a Informagao espectfica ou identificada’ Distinguem-se dos artigos indefinidos ‘por poderem coocoster com estest 0 marinheito de verde esta docnte, *Um poeta que se preze alia a arte easletras, “Este trovador sabe trova. *Este seu poema esté bern bonito. * Todo este estudo néo foi em vao, *Qmeu poema ficou bem. #Este meu imdo tra-me do sériol * Meus meninos, venham ca. *O poeta salu coma musa, sua amada, para lhe confessar o seu amor, *Todos os seus marinheiros ‘marearam arcuamente, *Um marinhelco seu nao faria isso. ‘*Certos navegadores assumiram ccomportamentos incorretos. [Uns] certos marinheiros fizeram disparates, Varia em género e nomero eestabelece aligagao entre o nome seu antecedente e aoragao relativa ue introduz Determinante {cominuao) Pronome Relative cujo(s), cujats) Interrogativo ‘que, qual. quais Pessoal ‘Formas tonicas: cu, tu, vor’, elorela, nds, vas, voces, eles/elas, mim, tsi ‘Formas dtonas:me te, 0,, the, 10s, vos, 0, a8, hes, se 1 So formas de contragao do pronome pessoal ténico coma preposicao com as seguintes: comigo contigo, ‘conosco, convasca, consizo 2 $30 formas de contragao de dois pronomes pessoas 5 formas mo(s)/mats) (contragao de mee 0(5)/a(s)),tofs)/ta(s) (contracao de te e©0(5)/a(3),Inofs) has) (Contracao de the e.0(s)als)) Demonstrative Formas ténicas variaveis™ este(s). esta), esse(3),0580(5), aquele(s) aqvea(s) + Formas tonicas invaridveis® ist, 850, aquito Formas atonas®:0(s).2(s) + Forma atona invarlavel*. 0 (usada na substituigao deconsttuintes oractonais) Possessivo *Um possuldor: rmeu(s), mina), teu(s),tua(s) seu(s),sua(s) dele(s), dela(s) + Varios possuldores: ‘nasso(s),nossafs) vosso(s), vossays) Precedem um nome em construgbes Interrogativas, permitindo a Identificagao do consttuinte Interrogado. Yariam em pessoa e ndimero,e alguns variamem genera, ‘As formas atonas ocorrem adjacentes a0 verbo (8 esquerda do verbo = em préclise -,direita - em énclise -, ‘oy ainda no interior das formas de Futuro do indicative condicional em meséclise); as testantes 80 formas ténicas. ‘As formas da variante ator do pronome ‘pessoal se podem assumir diferentes valores: reflexvidade'e reciprocidadet, podem ser usados como marcadores de indefinigdo do sueito (valor imoessoal ~ ocorrendo exclusivamente na terceira pessoa’), estratégia de passivizagao (valor passivo ~ s6na terceira pessoa4) ou podem constituir parte integrante do verbo (valor inerente’). Yariam em género e ntmero e tém ‘um valor detico ou anafbrico. Estabelecem a sua referéncia tendo ‘em conta a relagao de proximidade ude distancia em relagaoaum participante do discurso ‘ua um antecedente textual Variam em pessoa, géneroe ngimero fe tém um valor dettico ou anaférico, referindo-se,tipicamente, ‘2 um participante do discutso ‘ua um antecedente tamado como possuidor respetivamente. Sao geralmente precedidos de artigo definido, *+0s textos cujos autores foram selecionados so multo bons, Que ihas via? * Qual camino devemos seguir? "Ings viu-se no espelho, *0 trovador ea sua ‘senior cencontraram-se na ermida * Dorme-se mal no convés da nau, *Dizem-se coisas estranhas sobre Camoes. +0 Escudeiro porta-se mal ‘Este pajem é um ignorante e aquele também, * Isto incomoda-me, Ele comprou um lvro#leu-0 rapidamente, “Ele disse que viu um gigante. / Ele disse-o, +03 poemas de Camdes so fantasticos! F os wossos? 7 Quantificador 7) io Pronome (conto) Conjungao Indefinido + Formas invariavelst alguém,oinguém, tudo, nada, algo, outrem + Formas vatiéveis#. algurn(a), alguns, algumas, ‘nenhum(a), nenhuns, rnenhumas, outro(a)(s). Imoitofa)(s), pouco(a)(s). todo(a)(s),vario(a)(s), tantofa)(s) Relative + Varlaveis*0 qual os qual, agual,as quais, sInvarlaveis*: (0) que, quem Numeral Conjungées coordenativas ‘copulativas" e, nem + adversativas®: mas + disjuntivas?: ou *conclusivas* ago + explicativas®: pois, que Conjungdes subordinativas ~ Substantivas completivas" que, separa ~ Adverbiais| + causals® poraue, como. + comparativas® como, conforme.. + concessivast:embora, mmalgado.. + conticionaist: se, caso. sconsecutivast que {antecedido det, tanto.) “finals” para. + temporaist: apenas enquanto, quand al. Alguns admitem variago em género endmero, quando correspondentes .20.US0 pronominal de um quantiicador ‘ou de um determinante indefinido. Referem uma terceira nessoa ou uma quantidade indeterminadas. Ocortem no inicio das oragoes relativas, Podem remeter para um constituinte anterior, quando possuem antecedente, Expressam uma quantidade numérica inteira precisa (numeral cardinal), um rmaltiplo de uma quantidade (numeral ‘multiplicativo®), ou ua fragao precisa de Luma quantidade (numeral fracionatio?) Os quantifcadores numeraisfacionirios emultiplicativos Ao, muitas vezes, locugdes (metade de dobro de, etc.) LUgam elementos com igual valor sintatico, sjam palavras® ou grupos de palavras numa s6 oracao. sejam oragbes diferentes mas equivalentes sintaticamente eindependentes umas das outa. Introduzem oragdes subordinadas ‘que desempentam uma fungao sintatica relativamente a subordinante, *Alguém surgiu do mar. *Eles comeram tudo, *Ninguém Ihe revelou 0 segredo, "Todos foram ao banquete. 2\Y6s levastes muitos mantimentas, mas eu s6 trouve alguns. "Tiouxe-vos 0s futos aos quals me referiontem: *Indico-vos arota que deveis ‘segult, bins, Leste o dobro das minhas cantigas. > Ee leu metade das tuas cantigas, *Adonzela nao se encontrou com ‘amigo nem viu amae. * hs donzelas foram a romara, ‘mas ndo vitam os amigos. *Amae tinha o papel de confidente ou assumia-se como conselheira, “A jovem chegou atrasada, logo no viu o amigo. *Penso que ajovem ficou triste, pols elaestavaa chorar, Adonzela e amae foram aroma *Alovem perguntoua mae se podia saitcom asamigas. *Como estava triste, procurou asamigas, * la fez tudo como the explicaram. “0 Escudeiro era fanfarcao, embora nao tivesse tostao, * Ficavia feliz caso visse o amigo, * Procurou-o com tanto fervor ‘que acabou por o avstar Ings arranjou-se para receber of scudeira, * Mal chegou, sentou-se. Coordenativas S50 constituidas por duas ou mais palavras cujo valor semantico se associa ao das conjungdes coordenativas. ou subordinativas, ‘ copulativas: nao s0...mas/como tambémy;nem.. nem; tanto...como + disjuntivas: ov... 072.078 * causals: visto que; dado que: uma vez que; atendendo a que; dacio que ‘ comparativas: bem como; assim cosmo; tal. qual: téortanto...como: mats. do) que ‘ concessivas: se bem que; ainda que; nem que; n30 obstante ‘Subordinativas \\__‘rconsecuthas: made que; de mansia que: de formaave «finals: para que;a fim deve; coma finalidade de ‘ temporais: antes de/que; logo que; agora que; cada vez que; até que; assim que; Palavra invarlvel que exige sempre ser complementada por: ‘uma oraco',um grupo nominal, um grupo adverbial. 4, ante, pds, até, com, contra, de, desl, em, entve, para, ‘erate, por, segundo, sem, sob, sabre ras As preposigées. Preposicao de, por e em padem ocarrer contraidas Com artigos (definidos e indefinidos), determinantes e pronomnes, demonstrativos, advérbios, ‘ condicionais: salvo se; desde que; sem que; exceto se; contanto que; a ndo.serque *Otrovadr foi paraonde adama ia *Contraa forca nao ha resistencia, 0 falso plloto espreitou por detras do capitaa + Pero Marques falou &alcovitera, +O capitao ordenou aos nativos ue salssem dal «Camdes interessou-se pelas artes. +O Catual iu Paulo da Garmananau. $0 formadas tipicamente por um advérblo ou um nome seguido de una preposicao ou por um adverbio no meio de duas prenosioes. xs. apesar de, junta além deem edor de; peto de; defronte ate; por causa deem vez de; ants de; para com. Nao estabelece relagdes sintticas com outraspalavase tern uma fungaoexclisvamente emotiva (Ola de cada intreigdo depend do contexto de enunclagioecorrespande a uma atitude do faante ou enunclador ohtsahi; etal cial vamos!:coragem!:upal ‘bravo: vival: boat; apoiado!; fe! bis! cia! all il Josust; credo! tengo! culdadot; oht 6t: pst; ot: eh! socorro! ht; oval; tomaral um! ab-ohi; ils enat:carambal labo! cedo!; chil;pural: bolas! ‘que bom! muito bem! vamos (i! toca @ andar! ‘muito bern é assim mesmo! vvatha-nos Deus! ai Jesus! ai que aflicaa! da guarda! 6 senhor! ‘quem me dera! Deus quera! se Deus quiser! essa € boa! ndo é possvel! nao acredito! essa agora! Alegria Incitamento“encoralamento Aplauso ‘Afilgao, dor tristeza, terror Advertencia ou repreensio Chamamento, invacaga0 Desejo Dovida Espanto ou surpresa “@ ‘bolas: va: fogo!:arel; mau! Ina: homessat apr! ora! chegal basta; alto! silencio! caluda! fora ral: ato; chega! paciéncial pronto! ot; adeus! sul silencio! cada! Intransitivo + Nao seleciona complementos* ‘Transitive direto de complemento direto?, Transitive indireto *Seleciona um sujito eum complemento indireto¥ ou obiquot Transitive diretoe indireto + Seleciona um sujeit e dois complementos: um complemento diretoe outro complementoiniretot ou obiquot nao sendo este ctino ‘Verbo principal ppronominalzavel, Transitivo-predicativo +Seleciona um complemento dito ‘eum predicativo do complemento ireto? a0 exemplos deste tipo de verbo: achar, considera julgar, nomear, celeger, declarag.chamar, supor ter (por), tratar (por). ‘*Seleciona um predicativo do sujet. ‘Sao exemplos deste tipo de verbo: ‘er, estar fcar, continua, parecer, ppermanecer,tornar-se, revelar-se capt ‘Sao exemplos deste tipo de verbo: se, ter haver estar, dever poder, Verbo auxiliar -) a ' Seleciona um sujelto @ um ‘complemento com a fungdo sintatica (01a bolas alos partam: mau, mau! ‘ra essaltnem pensar! fora daquil; tocaa andar!;em frente! ‘que remédliol:€a vidal; dea 1 ra vival; boa noite: bem hajal: bons alos ovejam!: Dvidem-se em varias subclasses, de acordo com as suas restigbes, de selegdo, corre numa frase em que existe um constituinte com a fungdo sintatica de sujeltoe outro com a fungio sintatica de predicativo do sufeito, Coocorre com um verbo principal, Posicionanda-se antes dle A estutura da frase (nomeadamente a seega0 de sujeto ede complomentes) é feita palo verbo principal endo pelo aura CO verbo auxliar €usado na formagao de tempos compostos*(tr/haver),em construcdes passvas® (ser), podendo, anda, contribu para veicular valores ‘modkais® (deer, poder) ou aspeluaist (estar). Impaciéncia, iitagao ‘ou aborrecimento Indignagao Intertupga0 ou suspensao Order Resignagao Saudagio Silencio *Pero Marques desmaiou *Camdes escreveu Os Lusiadas. Camdes escreveu-os, *Cames respondeu a jovern, ‘Cam@es responcieu-{he *vasco da Gama fol atl. *Camdes dedicouo parma. aD.Sebastiao. Cam@es dedicou- he opoema. ‘Inés levou 9 marido até 4 esmida. Inés levou-o até a ermida "Tetis considerava 95 Portueueses dignos de uma epopeia, + Este poema 6 facil *Osnavegadores tinham avistado ailha, * Atha fol avistada pelos nnavegadores. 40s alunos podlam fazer um forgo maior. “O posta esté a pedir inspiragio as Musas, Verbo Palavra que exprime processos ou estados e os situa no tempo. Apresenta diferentes formas, que varlam quer em funcdo de valores de pessoa e niimero quer atendendo a valores de modo ¢ tempo. Estas for- mas podem ser simples ov compostas, como pade ver na tabela seguinte. Presente Pretérito imperfeito Pretérito _simoles Perfeito — composto Pretérito simples mais-que- sperfeito _composto simples Futuro composto Formas Teh Presente Preterito imperfeito Preterito perfeito composto Preterito ‘mais-que-perfeito composto simples Futuro composto simples composto es Pessoal simples. Formas Impessoal nao composto simples aon rticiplo vou, vals, val, vamos, des, vao ia. las ia famos, ets. iam {ui foste, foi fomos, fstes, foram tenho ido, tens ido, tem ido, temos ido, tends ido, tem ido ora, fora, fora, feramos, foreis, foram tinha ido, tinhas ido tinha ido, tinhamos ido, taht ido, inharn ido lel ras, 8, remos, irels, ido tera ido, teras ido, tera ido, teremos ldo. teres ido, teraoido f -va, vs, vamos, vades, v0 fosse, fosses, fosse, fossemos, fosses, fossem ‘tenha ido, tenhas ido, tenha ido, tenhamos ido, ‘enhais ido, tenham ido tivesse ido, tiesses ido, tivesse ido, tivéssemos ido, tivéssels ido, tivessem ido {r, fores, for, formos, fordes, fore ‘Iver ido, tiveres ido, tiver ido, thermos ido, tiverdes ic tiverem ido iia, tas, ira itamos, teria ido. terias ido, teria ido, teiamos ido, teres ido, teriamido. val.ide ices, rmas, ides, em es, iam terido, teres ido, ter ido, termas ido, terdes ido, teem ido a terido indo tendo ido Ido * Verbos regulares / irregulares Quanto flexao, os verbios podem ser regulares ou irregulares. Os primeiros mantém a forma do radical € 05 sufixostipicos de flexdo em toda a conjuga¢ao: os segundos apresentam variagao da forma do radi- cal e/ou dos sufixos de flex. Exs. Verbo regular: falo / falava /falei/falara /falarel/ fale /falasse / falar, Verbo irregular: fago /fazia /fiz/ fizera /farei / faga / fizesse /faria.. Existem, em portugués, varios outros verbs que apresentam alteragées no radical, sendo, assim, itegu- lares, Alguns exemplos so: aprazer /caber /crer / dar / dives / estar / fazer /ir/ler / aver / poder / por / querer / is /ser/ saber/ ter / trazer /ver / vit Conjugagées verbais Existem tr@s conjugagdes em portugués, que se identificam pela vogal tematica: + tema em a (12 conjugacao: falar) + tema em-e (2. conlugagao: eceber) + tema em (32 conjugago: fingir) Verbos defetivos (impessoais e unipessoais) Um verbo defetivo @ aquele que nao apresenta todas as formais flexionadas possivels. Verbos como aboli, adequar, aturali, bani, brant, colort, demoli, doer, demoli, esculpt, exaurir, explodi, extorquir, fal ful, florescer, precaver, put, reaver, remir, retorquit,ruir nao apresentam todas as formas rnGimero-pessoais e modo-temporais. Os verbos defetivos poclem ser: + Impessoais Os que apresentam apenas formas no infinitivo ena 3. pessoa do singular, ocorrendo, normalmente, em, frases sem sujeito, como é 0 caso daqueles que exprimem fendmenos da Natureza (chover, trovejar, ventar).O verbo haver €, também, impessoal, quando significa existir. + Unipessoais ‘Os que apresentam apenas formas no infinitive e na 3 pessoa do singular e do plural, como 0 caso dos ‘que indicam vozes de animais, como cacarefar,chilrear ladrar, ganir, mugir, mia, uivar, zumbl, PRONOME PESSOAL EM ADJACENCIA VERBAL ~ REGRAS DE UTILIZACAO. {As formas atonas (tals como 0, a, 0s, a5, 0s, vos, Ihe, nes) ocorrem em adjacéncia verbal, ou seja,junto ao verbo, desempenhando a fungao de complemento direto ou de complement indireto. Colocagao do pronome pessoal Atono 1. Tradicionalmente, o pronome surge em posi¢o pés-verbal ~ énclise. Ex.: 0 falso piloto enganou o capito portugues. > 0 falso piloto enganou-. + Nesta posi¢ao, 0s pronomes 0, a, 0s, as podem sofrer alteracées, se a forma verbal terminar em -r, “8 0U-z Neste caso, estas consoantes desaparecem € os pronomes tomam as formas -fo(s), -fa(s). Ex.: O marinheiro fez 0 trabalho todo. -> Omarinheiro fé-10 todo. + Se a forma verbal terminar em -ns, passa a -m, quando seguida de pronome atono 0, a, 0s, as, & 05, pronomes tomam as formas -fo(s), -la(s). Ex: Tutens omeulivio. > Tu tem-to. + Quando a forma verbal termina em ditongo nasal (-am, -6e, -8o),0s mesmos pronomes assumem as formas -no(s),-na(s). Exs.: 05 marinhelros comiam peixe cru. -> Os marinhelros comiam-no. Veloso pée a arma ao ombro. -> Veloso poe-na ao ombro. 2. Quando ocorrem com formas verbais do futuro do indicativo e do condicional,,os pronomes atonos, 40 colocados no interior dessa forma verbal - meséclise. Exs.: Cam@es dedicara o seu poemaa D.Sebastiéo. -> Camées dedic’-lo-8 aD. Sebastio, Ele dedicaria os seus versos a outros mecenas. -> Ele dedicé-los-ia a outros mecenas. 3. 0 pronome atono desloca-se para antes da verbo ~ préclise ~ em construgdes frasicas como as seguintes: Frases de polaridade negativa. Exs.: Fle nunca revelou o segredo. -> Ele nunca orevelou. Paulo da Gama nao igou a bandeira. -> Paulo da Gama naoaicou. bb, Frases.com conjunces coordenativas com um elemento de polaridade negativa (nd0 s6..mas também; nem...nem; etc.) e conjungées coordenativas disjuntivas (ou. ou; etc.) Exs.: Cam@es nao $6 elogiou o monarca como também the ofereceuo poema. -> Cam@es nao 56 0 elogiou como também Ihe ofereceu 0 poema. Qu alguem ajuda o poeta auele se perde. > Ou alguém o ajuda ou ele se perde, «. Frases com quantificadores como todo(s), toda(s), tudo, qualquer, quaisquer, ambos, bastante, imuito(s), muita(s), pouco(s). pouca(s) Ex. Todos 0s portugueses aclamaram o poeta. > Todos os portugueses o aclamaram, Frases com pronomes indefinidos como alguém, ninguéi. Ex.: Ninguém percebeu a estancia 106. > Ninguem a percebeu. Frases em que o veri é antecedido de advérbios como mai, sempre, aida, aqui, Ex. Ainda li este poema ontem. > Ainda oli ontem. apenas, $6, talvez, 4. Oracoes introduzidas por uma conjungao subordinativa. xs: 0s alunos dizem que leram um artigo de apreciagao critica -> Os alunas cizem que oleram, Diz-me quando vais comprar livro recomendado. -> Diz-me auando o vais comprar. A professora disse para lermos olivro. -> A professora disse para o lermos, & Oracdes relativas. Exs.:0 trovador que elogiouasua “senhor'foicriticado. -> 0 trovacior que a elogiou foi criticado, ‘Quem defendeuo trovador foia sua"senhor: -> Quem o defendeu foia sua’senhor. ‘h. Frases ou oragées inicladas por um pronome relativo'. um pronome ou advérbio interrogativo?. Exs.: Quem narrou a Histéria de Portugal o rede Melincle? ->7 Quem anarrou fol Vasco da Gama. Quem protegeu os portugueses? > *Quem os protegeu? Onde puseste o material? -> * Onde o puseste? |. Frases de tipo exclamativo nas quais se manifestem emogGes ou desejos* ou aquelas em que 0 falante constr6i frases com determinada intencionalidade, destacando certas constituintes. e desviando-0s da ordem padrac Exs.: Oxala percebas 0s poemas todos! /*Oxalé os percebas todos! Que Nossa Senhora proteja os marinheiros! /*Que Nossa Senhora os proteja! 4, Colocagao do pronome pessoal étono em complexos verbals. 1a. Nos complexos verbais com os auxiliares dos tempos compostos (tere haver) e 0 auxiliar da passiva (ser), pronome é colocado a direita do verbo auxiliar Exs.: Gama tinha aconselhado calma aos marinhelros, -> Gama tinha-thes aconselhado calma, © poema 6 oferecido pelo poeta aos leitores. -> 0 poema ¢-Ihes oferecido pelo poeta. 'b, Pode ocorrer antes do complexo verbal quando algum elemento requer a proclise, Ex.: Ninguem quis ler em voz alta 0 poema, -> Ninguém 0 quis ler em voz alta. c. Nos complexos verbais com auxiliares como comecar a, acabar de, estar a, andar a, 0 pronome ocorre depois do verbo principal Ex. Estou a apreciar este soneto camoniano, -> Estou a aprecia-lo. _” I FUNGOES SINTATICAS Fungao sintatica desempenhada pelo constituinte da frase que controla a concordancia verbal. Oconstituinte «que exerce a fungao de sujeito pode ser um grupo nominal, substitufvel pelos pronomes pessoals cv, t, cela, "65, v6, ees fas, ou um constituinteoracional, encontrando-se, por norma, em posigdo verbal ae Sp, Expresso - sujeito com realzacao lexical, Pode ser: Nulo - em portugues, o sujcitodiz-se "nulo" poxque no tem realizacao lexical obrigatorla, + Simples Fiacessen Ex: Gil Vicente escreveu farsas. euponomina) Quem 18 aprende oe) + Subentendido Ex: Lemos valasestofes de Os Lusiadas, + Composto (rede sata vetsl-his) Ex.: Gil Vicente e Camées sao autores do séc. XVI. (coordenagéo de grupos norinals) + Indeterminado ‘Quern eu equem pesquisou aprenden, fx: Deem que.apoesaé afl (duas oragéesou mais) (aleuem diz) } Fungo shtatica desempenhada por um constituinte que nao controla a concordancia verbal e que serve apenas parainterpelar ou chamaro interlocutor. surgindo em frases de tio imperative, interrogativo® ou exclamativo®, Exs.:*Veloso, nao faga isso Minha senhoraestals a uve? »O Tages, é tao grande o meu infortnio! Fungo sintaticadesernpenhada peo grupo verbal Pode corresponder S620 verbo ou ao verbo com os seus respetivos complementos e/u predicativos requer ides, eainc os modificadores do gruno verbal. Assi, temos: + Predicado ~ so com verbo ov grupo verbal (por norma, quando o verbo éintransituo) x: A donzela sorriu, + Predicado — verbo + comolementos e/ou predicativas e modificadores x: Tetis conduziuailha dos amores até aos nautas portugueses. Fungao sintatica selecionada por verbos transitivos dretos, transitivosdietos einciretos au tansithos-predicativos, sendo exercida por grupos nominais (GN) ou constituintes oracionais. Os GN que exercem esta func s30 prono- minalizaveis pelos pronomes pessoas 0, a, os, as4 € os constituintes oracionais s20 substituiveis pelos pronamnes demonstrativos invariavels isto, sso, aqullo®. Exs.:tEste soneto evidencia a complexidade da poesia, / Este soneto evidencia-a 0 poeta pedia que o rel oescutasse. /O poeta pedia aquilo, Fungio sintatica selecionada por um verbo transitiva indireto, ou transitivo direto e indireto. O constituinte sin- tatico que exerce a funcao de complemento indireto & introduzida pela preposicaa a e pronominalizavel pelos pronomes the, hes. és Ex.: Camdes respondeu a D, Sebastiao, / Camoes respondeu-the. ” Fungao sintética seleclonada por um verbo transitivo indieto, ou transitive dieto e indireto. O constituinte sintatico que exerce a fungao de complemento obliquo & introduzido por uma preposicao, podendo assumir ‘um yalorlocativo’, de movimento, de duragao* de necessidade ou carénciat. Exs.:*Cambes viveu em Constancia. * Vasco da Gama chegou a India em 1498, A viagem durou cerca de um ano, “A tipulagao precisou de um guia Fungo sintatica desempenhada por um constituinte selecionado por um verbo transitive direto conjugado a passiva, tendo como auxilar 0 verbo ser Ex.: 0s navegadores portugueses foram salvos por Venus, Fungdo sintatica desempenhada por um constituinte selecionado por um verbo copulativo que atribul uma propriedade ao sufeito, ExS.: Os navegadores andavam em afligéo durante as tempestades, Vasco da Gama permaneceuna nau. As Ninfas pareciam umas serelas. Fungao sintatica desempenhada por um constituinte selecionado por um verbo transitiva-predicativo ave atribul Luma propriedade ao complemento dieto. Exs.: Acho a poesia trovadoresca complicada. (Os romanos elegeram Venus (como) deusa do amor. (ei D. Manvel | nomeou Yasco da Gama (como) comandante da expedicao a India, Fungao sintatica desempenhada por um constituinte de uso facutativa. Acrescenta informagao sobre o constituinte ‘que modifica e pode ser eminado sem que a fase se toine agramatical, © mouificador pode inciir sobre uma frase/oracao" ou sobre 0 grupo verbal. Nest titimo caso, a fungao do ‘modiicador (do grupo verbal) pode ser desempenhada por uma oragSo subordinad®por um grupo preposiciona® ou por um grupo adverbial’. Exs.:' Lamentavelmente, Vasco da Gama fol trad por um falso plota. 0s marinhelros adotmeciam quando ja estavam exaustos. Como se sentiam cansados, os marinhelis peciram siléncia. * Osnavegadoces seguram as Ninfas com emocdo. “ Salram das embarcagbes devagar. _”” Fungées sintaticas internas ao grupo nominal Fungao sintatica desempenhada por um constituinte selecionado por um nome e que Ihe completa a referencia Corresponde geralmente a um grupo preposicional a uma raga Introduzida por uma preposigao ou a um grupo adjetival Requerem complemento os: + nomes de graus de parentescot + nomes de prafissbes que derivam de outros nomest (guia, condutor,..) ‘names icGnicos* (gravura, fotografia. ‘+ nomes epistémicost (hiodtese, desejos.) + numerals fracionarios e multiplicativos® (o dobro, oter¢0,..) ‘names que derivam de verbos® (construgao, pesca, .) Exs. * O.pai de Cam@es era cortesao. * O guia dos navegadores era de Melinde, ‘ » A gravura do monarca estava desbotada, *O desejo de chegar a terra animava os marinhelrs. * A viagem custou o dobro do previsto. * A pesca da balela pds a espécie em perigo. Fungai sintatica exercida por um constituinte selecionado por um adjetivo e que ocore normalmente a direita desse adjetiva,sendo, habitualmente, um grupo preposicional Exs.: 0s marinheiros ficaram satisfeitos coma recompensa da Ilha dos Amores. ‘Osravegantes estavam desejosos de encontrar terra amiga. Constitute clo grupo nominal que Ihe modifica o sentido, apesar de nao ser por ele selecionadio, Pode ser: + Modificador do nome restritivo: restringe/imita a referéncia do nome que modifica. Pode configurar-se num ‘grupo adjetval’, num grupo preposicionaP, numa oragao adjetiva rlativae, numa oragao subordinada fina + Modificador do nome apositivo:n30 estringe/néolimitaareferéncladonome que mosiica.Eobrigatoriamente delimitado par virgula(s), e€ pode estar configurado num grupo nominal, num grupo adjetival# ou num grupo preposicionaP. mas também numa oragdo adjetiva relativa explicativa’, Exs.:* Acarayela moderna oferece melhores condigoes. Anau de Vasco da Gama veio carregada, *O conhecimento que foram adquitindo permitiy-hes chegar mais long. “4 Asnovas técnicas para navegar deram um forte impulso aos Descobrimentos. *Cames, o poeta épico, dedicou a sua obra aD, Sebastiao. “As florestas, frondosas e verdelantes,atraram os portugueses, 70s deuses, com Fungo de oponentes.craram os obstaculos ® A viggem, que trarla muitos perlgos, acabou por se realiza, “os Ativa Passiva \ a” FRASES ATIVAS E PASSIVAS A frase & ativa quando apresenta um grupo verbal constituido Por um verbo principal transitivo direto, transitive direto ® indireto ou transitio-predicativo, padendo ser antecedido ‘undo de verbo auxiiar + 0s alunos lem partes de Os Lustadas. A frase é passiva quando apresenta um grupo verbal constituido ar um verbo principal no participio passado, antecedido pelo verbo auxilar ser. Na transformagao da fase ativa para a frase Paene: + Partes de Os Lusiadas s80 lidas pelos 0 complemento citeto da frase ativaé transformado alunos. no sujeito da frase passiva; ~ 0 sujeito da fase ativa, se for realizado, transforma-se em complementa agente da passiva, Pelo exposto, percebe-se que, pelas posicdes relativas distintas que ocupam os constituintes que exer- ccem a funcao de sujeito nas respetivas frases, o uso de uma ou outra forma permitira por em relevo aspetos particulares da informacao que a frase veicula, tal como traduz o esquema seguinte: ‘Aquele trovador escreveu cantigas de amigo e de amor. -> frase ativa v Vv v sujeito verbo principal complement oireto ae, Cantigas de amigo e de amor foram escritas por aguele trovador. -> frase passiva sueito _verboaux.ser + verbo principal particioio) compl. agente da passiva Aten¢do: pode ser construida uma frase passiva sem recurso ao verino auxiliar ser utlizando-se 0 pro- nome pessoal se. O complemento agente da passiva pode também nao estar expresso. Exs.: As caravelas construlram-se pouica a pouco. ‘As caravelas foram construidas a pouco e pouco, Nota: Convém nao esquecer que, ao transformar uma frase ativa em passiva,o verbo auxiliar da pas- siva (Ser) tera de ficar no mesmo tempo e modo em que se encontrava 0 verbo principal da frase ativa e este tera de ser colocado no participio passado, concordando em género e em ntimero com o novo sujeito da passiva. DISCURSO DIRETO E INDIRETO. Reprodugao do discurso de alguém, respeitando a forma inguistica em que fol expresso, Naescrita, @ marcado por operadores citacionais como: aspas, travessbes, paragrafos,itdlcos, tipo de letra, Na oralidade, pode ser assinalado através de modulagdes de tom e expressdes gestuas e facials, No textollterario, 6 frequente onarrador caracterizar personagens recorrendoa registos de lingua especiticos, reproduzindo em discurso direto os seus aislogos au mon6logos, Este tipo de discus ¢intioduzido por verbos: + de comunicago ou dlcend (que referenclamn 0 ato de dizer) declarar,ehzer, afr, comunicar, refer, pret, + de opiniao |g, considera, pina, cre, Discurso direto «de sentimento lamentar,astimar, desabafar, + que especiticam caractersticasfonieas humanas ou animals sitar, berar,sussurar,balbuciar mar rosa ac, Da. + que implcam interagao compar, eftar,actescentar, contest, + que expliitam uma forgalocutorta arantr afar, ordena, 2x: WE disse: — a0 gente ousada, mals que quantas "No mundo cometeram grandes cousas, Tu, que por guerras crus, talse tanta, or trabalhos vaos nunca repousas stu. canto est Forma de alguém reproduric no seu propria discurso 0 discurso de outro, no the mantendo a forma original, ‘ou sea, de um modo nao citacional ‘Nesta modaldade, o citador nao abdica do estatuto de sujeito de enuinciacao. Por iso, seleciona, resume, parafrasela, interpreta o que 0 lacutor disse. Dai resulta que a voz de quem ¢citado sea introduada pelo recurso a subordinagaa, sendo as falas originals transformadas no que toca aos tempos verbals, pessoas gramatlcals Discursoindireto _elocugbes adverbias.Toma-se frequentemente impossivel reconsttui as falas originals. x: «Contouentdo que, tanto que passaram AAquele monte os negros de quem falo, ‘Avante mais passar o ndo delxaram, Querendo, se no toma, ali mato (Ostusads.Canto est. 36 ‘As alteragdes mais comuns sao aoresentadas na tabela da pagina seguinte. a iy Discursodireto 102 pessoas eu, tu, n6s, vs, me, nos meus), minha(s), teu(s),tuals),nosso(s), sassa(s), vosso(s) este(s).esta(s). sto, esse(s),essa(s).1ss0 aqui, ca all. ld col agora, neste moment, Js hoje, ontem, amanh, logo vocativo frase nterrogativa deta verbosvire tazer presente do indicative pretérito perfeito do indicativo futuro do indicativo presente do conjuntivo futuro da conjuntivo imperativo Discurso indireto 3pessoa eles) ea(s),of8} af), ets) seus). sua(s),.dle(s). dels) aquele(s), aquelas), au. all, 4, naquele lugar naguete sitio ‘naquele momento, imediatamente, ‘naquele dla, a véspera, no cla anterior, rnodia seguinte, depois ‘complemento indireto do verbo introdutor dodiscurso. ‘raga subordinada substantiva completiva verbos ire levar pretérito imperfeito pretérito mais-que-perfeito do indicativo condicional pretérito imperfeito do conjuntivo pretérito imperfeito do conjuntivo pretérito imperfelto do conjuntivo ou infinitivo impessoal(hrecedido de para) Discursodireto Em que éteas ha melhores e piores notas Emilia Lemos, presidente da Associagao de Professores de Geografia,adianta: "Onde surgem mais problemas € nas pperguntas abertas, de desenvolvimento, ‘quer devido & formulagao quer aa elevado ‘rau de dificuldade de interpretaga0 ‘ede dominio da escrita cientifica” Miguel Barros, da Associag3o de Professores de Historia, sublinha "Com este novo modelo de exame, mals fechado e que inclu itens de selecao, como a escolha mcltipla, owdenagao ‘ou associagao, verficamos que 0s alunos ‘demonstra mas dificuldades. Jodo Paulo Leal, da Sociedade Portuguesa de Quimica, acusa o AVE (institute de Avaliagao EducatNaa: "As médias sao muito batxas porque os responséveis pelos exames assim 0 querem, Nao houve, até hoje, vontade de mudar Suspeito que haja uma vontade deliberada de afastar os alunos desta érea de ensino.” Inssan2 102,189 denowemivo de 20%, 958-66 (Gero adaptadoecom supessoes). Discursoindireto Emila Lemos, presidente da Associag30 de Professores de Geografia,adiantou ‘que onde surgiam mais problemas era nas perguntas abertas, de desenvolvimento, ‘quer devido a forrulagd0 quer ao elevado ‘yaudedificuldade de nterpretacio ede dominio da escrita clentiica, Miguel Barros, da Associagao de Professores de Historia, sublinhou que ‘com aquele novo modelo de exame, mals fechado e que inclufaitens de selecao, como «a escolha milla, ordenagio ou associagdo, verificavam que os alunos demonstravam mals dficuidades. Jodo Paulo Leal, da Sociedade Portuguesa ; de Quimica, acusou o AVE, eferindo que as méclas eram muito baixas poraue os, responsivels pelos exames assim o queriam, Nao tinha havido/houvera, até aquele ‘momento, vontade de mudar. Suspeitava ‘que houvesse uma vontade deliberada de afastar os alunos daquela drea de ensino. Nota: As transformagdes apresentadas no quadio ocorrem quando o verbo introdutor do discurso indieto se encontra no passado (cf verbos sublinhados). i” PROCESSOS DE COORDENAGAO E DE SUBORDINAGAO ENTRE ORAGOES Sistematizam-se em seguida os processos de coordenagao e de subordinagao, ‘+ copuilativa ~ Feinao Lopes viveu na século XIV @ escreveu varias cronicas. sadversativa ~ Gostel das cantigas de amigo, mas ndo gostei das de amor + dlisjuntiva ~ Leiaa farsa ouvisione aadaptacao teatral + conelusiva ~ Jao Auto da Feira, logo teniio de fazer a fica de letura + explicativa ~ Recorio-me desta personagem, pois i vio filme. Oragio subordinante - Oracao da qual depende(n) a(s) subordinada(s) ragées subordinadas adverbiais causal ~ Lis Lustadas porque adoro a poesia épica. *comparativa __~ Gostel tanto das redondiias como gostei dos sonetos. * concessiva = Vio filme embora tenha gostado mais do livro. + condicional ~ Se fizerem resumas, perceberdo melhor a matéria ‘consecutiva _—~ Leste to depressa que ndo consegul percebero tema, + temporal ~ Depols de conhecermas a literatura medieval, compreendemos melhor a época. final = Ful visitar o novo museu para conhecer melhor os Descobrimentos. Oragbes subordinadas adjetivas relativas srestritiva ~ Os sonetos que Cambes escreveu sao decassilabicos. ‘explicativa ~ Esta redondiiha, que retrata uma escrava,é sugestiva Oragdes subordinadas substantivas completiva ~ Perguntel-te sejaleste olive, *relativa ~ Quemler a obra vai perceber melhor. CONTACTO DE LINGUAS Recorde-se que a lingua portuguesa deriva fundamentalmente do latim. Contudo, também sofreu a in- fluéncia das Iinguas de substrato e de superstrato. Substrato* Lingua que desaparece apds contacto com a lingua de um povo invasor/colonizador, af deixando, no en- tanto, alguns vestigios. Por exemplo, antes do latim, foram faladas, na Peninsula Ibérica, outras linguas, existindo, portanto, atualmente, em portugues, palavras de origem celta e ibera. ‘Superstrato* Lingua de um povo invasor/colonizador que acaba por desaparecer, mas que deixa marcas na do povo in- vadido/colonizado. Na histéria do portugués, esse fol o caso dos idiomas trazldos pelos germanos e pelos arabes, que chegaram a Peninsula nos séculos V e Vill respetivamente. Numeaso porveresusado para desienar conjunto dos fefertdosvestigios Iinguisticos. "a Qvwen D 2 Shan0 ee ieee att, PROFESSOR Agrafiantorreflete rnecessariamente todasas alteragbes fénicas, pelo ‘que podemos teraratias cconservadoras, que nao selxamtransparecer ‘murdangas que éeeorreram nalingua a” PALAVRAS CONVERGENTES E DIVERGENTES — Para se falar de palavras convergentes e divergentes € fundamental saber o que se entende por ETIMO. 0 étimo & uma "palavra da qual deriva, diacronicamente, outra palavra’, segundo 0 dicionario terminol6gico (OT online — dt. dge.mec ot). Palavras convergentes Palavras que apresentam a mesma forma, embora provenham de étimos diferentes, dancio origem a pa- . lavras homonimas, Sao exemplos de palavras convergentes ru Fu 10% (nome e verbo) fio (nome e verbo) 0e0 fo0: ve sunt Va (nome ou ade verbo) '$40 (verbo, nome ou acetv vaount: savcrur Palavras divergentes Palavras que apresentam formas diferentes, apesar de terem o mesmo étimo, Sao exemplos de palavias divergentes: macula parabola soli Mrcuta PARABOLA SouTaRU mancha, magoa palavra soltelro PROCESSOS FONOLOGICOS Recorda-se que as alteragdes/modificagdes que a lingua sofreu podem resultar de processos fono- légicos. Tradiclonalmente, consideram-se trés grandes tipos de processos fonolégicos, que ocor- Tem por INSERGAO, SUPRESSAO e ALTERAGAO (na qualidade ou na posigao) de unidades fénicas. Insergao q + PrOtese ~ acrescento de uma unidade fonica no inicio da palavra: seecuLu- > espelho ] + Epéntese ~ acrescento de uma unidade fénica no interior da palavra: Hurate- > humilde + Paragoge ~ acrescento de uma unidade fénica no fim da palavra: ante > antes ‘Supressao ‘+ Aférese - queda de uma unidade fénica no inicio da palavra: HoRoLoGIU- > reldgio +Sincope - queda de uma unidade fonica no interlor da palavra: GENERU- > genro + Apdcope ~ queda de uma uniclade fonica no fim da palavra: cauce- > cruz Alteragaéo + Assimilagao ~ aproximagao de unidades fénicas: NostRU- > nosso + Dissimilagao - clferenciagao de unidades fonicas: nembrar (forma arcaica) > fembrar *Sonorizagao - transformagao de uma consoante surda (por exemplo, /p/, /t/,/k/) na Sua corres pondente sonora (neste caso, /o/, /d/, /¢/): PEIATE- > piedade +Palatalizagao - passagem a palatal de uma unidade ou sequéncia que 0 nao ¢ originalmente: AWWA > chama + Vocalizago - transformagao de uma consoante em vogal: 0c10 > olto (nate-se que, seguindo outra vogal, a unidade que resulta da transformagao da consoan- te funciona como semivogal) *Crase - fusdo ou contragao de duas vogais numa s6: etre > leer > ler *Sinérese ~ transformagao em ditongo de uma sequéncia formada por duas vogais contiguas (or semivocallzagao de uma delas): Eco > e0 > eu +Metatese - deslocacao, no interior da palavra, de unidades minimas ou de silabas: sewren > sempre + Redugao vocalica ~ enfraquecimento de uma vogal em posicso atona: casa / casinha ARCAISMOS E NEOLOGISMOS Arcaismos ‘Sao palavras ou express6es que deixam de ser comummente utilzadas pela comunidade e que, por isso, passam a considerar-se antiquadas. € 0 caso de coita, forma antiga para referir “sofrimento’ “infelicidade' Neologismos ‘Sao palavras novas ou novas associa¢Ges de forma e sentido que resultam, fundamentalmente, da neces- sidade de renovacao do |éxico. Assim, 0 neologismo tanto pode resultar da atribulgao de um novo sen- tido a uma palavra ja existente, como acontece com alguns termos da rea da informatica (rato, sitio, portal, navegar, ...), como pode decorrer da atuagao dos diferentes processos de formacao de pala- vras (cf. europeizar, aerogerador, eurodeputado). Também do contacto com outras linguas pode resultar a integragao de novo vocabulario (empréstimos).. “@ DERIVAGAO _* FORMACAO DE PALAVRAS O lexica de uma lingua é formado por todos os constituintes morfologicos portadores de significado. Dele fazem parte nao apenas as palavras do vocabulério atual mas também as palavras que ja nao se usam e todas as que podem ser criadas através de processos regulates (deriva¢ao e composigao) ou através de processos irregulares, Palavta - item lexical que pertence a uma dada classe, com um significado identificavel Palavra simples ~ palavra formada por um tinico radical, sem afixos derivacionais, mas podendo exibir afvos flexionais. Palavra complexa ~ palavra formada por derlvagao (contém um radical e pelo menos um afixo deriva- clonal) ou por composicae (constituida por mais de urn radical ou por duas ou mals palavras). Base ~ constituinte morfol6gico que contém o significado lexical (exclu os afixos) e a partir do qual se formam novas palavras. Derivagaonao-afixal Processo de formagio de palavras que gera nomes deverbais, acrescentando marcas de flexao nominal a um radical verbal Exs.:troc- “> troca;troco abrag- > abrago (Semjungaode afiios) ——Coversao Processo de formagao de palavias, também chamado deriagao Impropria, que ‘procede a integrago de uma dada unidade lexical numa nova classe de palavras por Via sintatica, sem que se verifique qualquer alteragao formal Exs.: olhar > verbo ‘olhar > nome Estas aolhar para mim. ‘Tem um olhar penetrante, Prefixag’o Consiste na adigao de um prefixo a uma base. xs. desinteresse; macroestrutura; bissexval Suttxagao Consste na adigdo de um suixo a uma base, AFIXAL Exs. couinhelro; cagada Processo merfolégico que prefagoe sufixagio consiste na associacao de 1 i je um prefixo e de um sufio al coat ane teas, Consiste na adigao de um pr ixo a uma base Exs.:incondiclonalmente Incondicionalmente Parassintese Processo morfolégico de formagao de verbos a partir de nomes ou de adjetivos e ave ‘consiste na adigao simultanea de um prefixo ede um sufixo a uma base, xs.:a[padrinh]ar; afpod}ecer . | | Processo de composigao que associa um radical a outro(s) racical(is) ou a uma ou mals, palavras, De um modo geral, entre as radicals ou o radical e a palavra associada ocorre MORFOLOGICA uma vogal de igaca0, Exs.: [agr]+/ #{cultura] = agylcultura; [us] + 0 +{descendente] = luso-descenden COMPOSIGAO Ipsic}+ 0 +{pata] = psicopata Pracesso cle compasigao que associa duas ou mais palawras. A estrutura destes compostos MORFOSSINTATICA depende da telagdo sintatica e semantica entre os seus membros, o.que tem conseauén- cias para a forma como s&o flexionados em ndrmero. xs. surdo-mudo; guarda-chuva; Via Lactea PROCESSOS IRREGULARES DE FORMAGAO DE PAL: AVRAS Criagéo de um vocdbulo através da jungao de letras ou sfabas de um grupo de palavras, ue se pronunciam ‘Acrénimo ‘como uma s6 palavra, Ex. ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicagbes) i Sigla Ctiagao de uma palava a partir das inital de um grupo de palavras. xs. SCP (Sporting Clube de Portugal) /FCT (Fundacao para aCléncia ea Tecnologia) Processo de transferéncia de uma palavra de uma lingua para outra, com ou sem adaptacoes as caracteristicas Empréstimo —_formais da lingua recetora Ex.: dossié (do frances dossier) Crlagao de novos sentidas para uma palav Extensiosemantica _antetior(es). ra existente na lingua que, contudo, nao perde o(s) signficado(s) Ex.:rato (aplicado a informstica como comando manual do computador) Trunen #0 Ex: metro (metropoltano) Culagt de ura palavaa park dango Amalgama a Ex. Informatica (Informagao + automatic PALAVRAS MONOSSEMICAS E POLISSEMICAS Palavras monossémicas Palauras que tém um s6 significado, Predominam nos textos cientificos, dado que neles se procura veicular uma mensa gem objetiva, que deve ser entendida de mado igual por to- dos os leitores. Exemplos so 0s termos: cartografia, biologia, calligrafia Palavras polissémicas Palavras que apresentam uma propriedade semantica que lhes permite apresentar varios significados, de acordo com 0 CCriagdo de um termo que se caracteriza pela eliminagao de parte da palavra de que deriva. cde partes de duas ou mals palavias. a) ccontexto em que surgem, havendo, todavia, um elo comum nesses maltiplos sentido Vela-se, por exemplo, o termo pé, ‘que pode surgir como: parte do corpo -> Déi-meo pé parte inferior de uma mesa, de uma carteira ou de um. banco -> Levanta afopé da cadeira ssingnimo de zaragata ou zanga > Ele fez um pé-de- vento. + posi¢ao oposta a de estar sentado > Poe-te de pé "a CAMPO SEMANTICO E LEXICAL Campo semantico Conjunto de significados que uma palavra pode ter, dependendlo dos contextos em que ocorre. 0 campo semantico de mar integra 0s significados que em situagdes distintas 0 nome adquire: Exs.: Andava um mar de gente na balxa. | Nem tudo é um mar de rasas, Campo lexical Reporta-se ao conjunto de palavras que, pelo seu significado, se associam aum determinad conceito ou idela, Por exemplo, ao campo lexical de escola, associam-se palavras como: professores, alunos, corredores, salas de aula, cartelras, quadros, cadeiras, { RELACOES SEMANTICAS: As palavras estabelecem relagdes semanticas entre elas, que podem ser de varios tipos. Assim, temos relagées de: Semelhanga/oposicao + Sinonimia - relag3o de equivaléncia de significado entre duas ou mais palavras. Exs.: bonito/lindo; carro/automével: pao/carcaga. + Antonimia - relagaio sernantica de oposi¢ao entre duas ou mais palavras. Exs,: a/noite; subi/lescer; rapidoMento, Hierarquia: hiperonimia e hiponimia ‘Tata-se de uma relagao hlerdrquica de inclusao. + Hiperénimo - sentido mais genérico. Ex. + Hip6nimo - sentido mais especifico. Exs.: pescada, carapau, sardinha, robalo, Como se vé, 0 hip6nimo mantém com o hiper6nimo tragos semédnticos comuns. Por isso, as espécies de ppeixes elencadas sao hip6nimos do hiperénimo pebse,e vice-versa, Todo/parte: holonimia/meronimia ‘Trata-se de uma relagao de hierarquia semantica entre palavras. + Hol6nimo ~ refere 0 todo, a unidade. Ex.: carro + Mer6nino ~ refere uma parte dessa unidade. Exs.: chassis, volante, assentos, guarda-lamas, para-choques, .. ‘Assim, 05 merénimos correspondem a partes do todo, neste caso o holénimo carro, e este integra todos 15 elementos referidos, designadios de merénimos. i Sintese Reportagem —_Relatode viagem Genero textual que faz a apresentagao de um eterminado objeto/assunto evidencianido 0 seu interesse e as suas caractersticas. Possui um caréter apelativo erecorrea ‘méltiplas linguagens (verbal, nao verbal) Texto onde se fara apreciacao valorativa de um determinado objeto (Ivo, disco, exposicao,..), cobservando-se, sob uma perspetivacrtica, a5, suas caracteristicas, funcionalidades e interesse, Texto expostvo sobre um determinado aspeto cde uma area do saber como objetivo de divulgagao, Caracteriea-se pel rigor, pel objetividade pela informacao seletvae crteriosa Texto que faz a apresentagao de um dterminado assunto/tema colhido da realidade e tratado sob uma determinada perspetiva. Veicula informagao criteriosae seletiva com um fim didatico Texto de cardter demonstrativo onde dsserta de forma clara e fundamentada sobre um determinado tema, mobiizando informagao relevante sobre oassunto, Texto predominantemente narrative e dscritivo,versando uma variedade de temas, ‘onde se registam as impressoes do emissor acerca de lugares vsitados. Prevalece 0 discurso pessoate, portanto, subjetivo. Peca jornalistca que se caracteriza pela rmultipicidade de temas abordadose de intervenientes, o que implica a dversidade de ppontos de vistae a veiculagao de informacao ampla eseetiva Texto que se caracteriza pela condensagao das Idelas de um texto de partida - redugao a cerca de um quarto - através da selegao das ideas essenciais, de forma a manter a informagao fundamental Uso de uma linguagem apelativa, Recurso a frases interrogativas e exclamativas. Oralidade Unsrae icaran aapesshe anmeesio Utilzagao da neologsmos. Encadeamento co dos topicos abordacios. Recinoamecaismcsdecoedo cone, ade ~ (Gspert000)| Uso de uma linguagem valorativa “ Una expres pou e da Late linguagem, Predominio dos nomes e dos ajetivos. Uso de uma linguager clara objetiva eespectfica de uma determinada area. Utllzagao de frases declarativas. Lettua Hlerarquizagdo das ideiase explicitagdo das fontes. ki Recursoa variedade de tema, cobertura de um tema ov acontecimento. Presenca do discurso direto e indireto, Oralidade Diversidade de registos (objetivas/subjetivos), onenere Emprego de mecanismos de coesdo ede recursos verbals endoverbals. Encacleamento l6gko dos topicos ahordados, Recurso.a mecanismas tle caesdo ~ conectores, detics, Letra Uso de uma linguagem clara objetivae denotativa. esata Predominio dos nomes e dos verbos e das frases declarativas. Predominio do discursode primeira pessoa. Uso de uma linguagem valorativa, | Utllzagao expressiva da pontuacao e da Leitura linguagem | Predominio dos nomes e dos adjetivos. Uso de uma inguagem objetvae dara — Recurso ao ciscuso dtetoe indie. Gaeenes Recursoa subjetividade do autor. ooa) Utlleagao da primeira eda tercelra pessoas Encacleamento lglco dos topicas abordados. Recursoa mecanismos de coesdo, ey Recursos frases declarativas ea linguagem crita objetiva a ‘Adjetivagaio— utiizagao expressivae recorrente da classe das adjetivos, Alegoria ~ série de metaforas arojadas que vao além do sentido aparente ou itera ‘eque tem como objeto altimo ciarficay,tornanda mais concretas, \determinadas reaidades abstratase espituals. ‘Aliteragao ~ epeticao sucessiva de um tipa de sons consonanticas, Anafora ~ repeticao de uma palavra ou expresso no inicio de versos ou de frases ‘sucessivos(as). Anastrofe ~ alteracio da ordem natural das palavas na frase. Antitese ~ aproximagao de duas idelas opostas ou contraditrias. ‘Apéstrofe ~interpelagdo,chamarnento do recetor a quem & destinado discus, ‘Comparagao ~ lag dereaidaces, colocadasem paraelo por melo de um termo comparativo ou verbos corno parece, lembrar, suger entre outros, Enumerago - apresentacao sucessva de elementos, fequentemente da mesma categoria grammatical oucom a mesmo tipo de estuturacao. Eufemismo ~ atenuagaona transmiss30 de umaidela ou realidad excessiva, semanticamente nepativa, Hipérbole —utlizago de termos excessivos para efeito de exagero da ealidade. Interrogagaoretérica quest2o ue se formula nao para ober resposta, mas para melhor orientarealgaraideia a transite Ironia ~ expressao de palava/idela polemicamente orientada para conclusdo clferente daquilo que é o sentido lteralmente profeido, ‘Metafora ~reconstrugao, por analogia, do significado normal de uma palavra ‘04 expresso, apraximando-0 ou associando-o.a um campo semantico distinto, ‘Metonimla —referéncia a uma realdade através ce outra que lhe € proxima (por exemplo,a causa peloefeto,oescitor pela obra, 0 produto pela matétia,e vice-versa). Perifrase ~ utilzacao de uma expresso composta por varios termos em vez ‘da possibiidade de utilzar uma s0 palavra, Personificagao ~ atribuigao de sentimentos, ades outdelas préprias do ser humana «a objetos ou elementos da Natureza, Pleonasmo~ reforgo da mesma idela, através da utilzagao intencional de palavras| ‘ou expressdes como mesimo sentido, Sinédoque ~ expressio da parte pelo todo, do singular pel plural, do abstrato pelo concreto,e vice-versa _* “Um mover dathos, banda e piadaso" (uisecamees Aas) Dabo > Mal Serafin -> Bem (GiVeerte Auto eta) "A Termosura desta fesca seria” (isd Cames Rina) “Faz serra fordas,/ faz clarasas fontes” (tus camts,enas) *Sé.com vos ver obarbaro Gentio Mostra 0 pescaco a0 jugo ja incinado’ (tsslacamces,Os tus) “es battis por Ihe fugiceelas por os tomar" (FarsoLopas CéncaceDia}) “Ev6s, Tagides minhas,(." (ds de Cade, Oss) “Quer'euem maneira de proengal/ fazer agora umcantard'amor” (Comore) eF0, agora dascontio;/ agora desvatlo, (use cates, es) “alma minha genti,que tepartiste / tao cedo desta vida, descontente” (ls de Cates, Pas) “Farei que amor a todos avivente, pintando mil segredos delicados [..]" (isd cameras) “Hull eque pecado ¢ omeu,/ au que dar de coragao?" (iit Fase rs eta) "Rol Quelmado morreu com amor [..1/ mais resurgiu depois, a0tercer cia: (Perocacatueals) “Ondados fios de our reluzente” (is dca) "Naonod.a patria nao, que esta metida / No gosto dacobiga ena udeza’ (us decambes, sts) -] no amigo /Curralde Quem governa Céu rotunda" (usecase, ost) A flores al lores do verde pina” {0m os) "Vi claramente vsto,olume viva” (uisdeCambes,stustas) ‘Que da Ocidental praia Lustana’ (= Portugal) (uisdeCambes stasis) Os textos poéticos em verso evidenciam um conjunto de aspetos técnicos versificatorios sistematizados no quadro abaixo. ovsm< of pz mnomdanm ‘Acento silabico Nomero de versos Esquema rimético detima + Extenso do verso pelondmero de silabas métricas (escansio até a silaba tonica da dltima palavia do verso, considerando-se ainda a elisto de sons vocslicas quando pronunciados numa so emissa0 {de vor; na 6 coincidente com onamero de silabas gramaticais) Ess, “Afque/a/ ca/tiAa” (Luts de Cambes, Rimas) — 5 sllabas métricas, “que a/ tor/men/ta a/man/sa’ (Luis de Camées, Rimas) — 5 silabas métricas “Um/ mo/ver/ d’ofhas/, bran/do e/ pi/acio/so" (Luts de Camdes, Rimas) 10 sflabas métricas “Hornes/to/r/so/, que entre a/ mor/fifne/ea” (Luis de Cambes, Rimas) — 10 silabas métticas + Designacao do verso pelo ndmero de silabas métricas: monossilabo (uma): disslabo (das): tristabo (tr8s); tetrasstabo (quatro); pentassfiabo ou redandliha menor (cinco); hexasslabo (seis): heptasslabo ou redondiiha maior (sete); otosslabo (olto}; eneassfabo (nove); decassfabo (ez); hendecassilabo (onze); dodecassifabo ou alexandrino (doze) verso agudo (oxitono ou masculing); vexso grave (parexitono ou feminino); ou verso esctxulo {(proparoxitono) verso binario (dois segmentos com uma pausa); verso terri (trés segmentos com duas pausas); verso quaternatio (quatro segmentos com trés pausas) Classificagao da estrofe pelo ntimero de versos: mondstico (um): dstco (do\s); terceto (tes); quada (quatro); quintlha (cinco): sextiha (ses); sétima (sete); citava(olto); nana (nove); aécima (dez);, inregular (mais de dez) Rima intema ~ a cortespondéncia de sons verifica-se no interior dos versos: “ire beber a luz e.0 amanhecer” (Sophia de Mello Breyner Andresen) ima de sons finals, ou rima externa + emparelhada (rima de sons em pares - a2, bb cc, ..); + interpolada ou intercalada (um tipo de som final intercala outro diferente ~ abca): + crvzada (sons alternam entre versos impares e pares ababaca); Rima encadeada - a .tima palavra de um verso rima com 0 meio do verso seguinte: “Eu.sou a que no mundo anda perdida, /Eu sou a que na vida nao tem norte” (Florbela Espanca) Consoante (rimam vogais e consoantes) Em fungi da i = corrornonateenansons Toante (rnamsoas vogalsténeas) Rica (arimaIncide em unidades pertencentes a classes de palavras Emfuncdodaclasse —_“iferentes) gramatical das palavras Pobre (a imiaincide em unidades que pertencem a mesma classe de palavias) “a texto dramatico apresenta uma estrutura dialogal, através da qual progride a intriga ou agao dramatica, destinando-se, prioritariamente, a representagao. Observe 0 conjunto de elementos que o integram e que permitem distingui-lo de outros textos. + Corresponde aos atos de fala das personagens (as replicas), pelas quals se da a progressdo dramatic, + Integra 05 acontecimentos,situagies ou agBes experienciados nelas personagens, que surgem contestualizados ‘num determinado espaco e num determninado tempo, + Desenvolve-se, {undamentalmente em dialogo (interagao estabelecida pelas personagens intervenlentes), podendo também surat 0 monélogo (expressbes assaciadas a exteririzagao de reflexdes ou pensamentos da personagern) ou os apartes (interagdo deta entre a personagem e oleitar/espetador) Texto principal + Cortesponde ao conjunto de didascalicas (parte do texto marcada graficamente por outro tipo de letra ~ eu ~ por parénteses).. + Representa asindlcagBes cénicas frneldas pelo damaturgo.nas qual encontram nformagesImprescnavels A epresentagdo do texto principal + integra infrmagées digdass personages, ao encenador aosatores, as éenicose fguinstas,come,por exemple: Texto identificasio das personagens secundério eee ~cataterzagio isicaepscobgicadosinterlocutores lngieagbes sobre o modo como as falas devem ser profes; ~registo de aspetos paraverbais (movimentagao,expressbes corpora e facia, tom de voz gests); ~caracterizago do espago e do tempo, da intensidade e focalizagao da lluminago, da disposigao dos objetos em cena, varias aspetos a contemplar na representagao. Aestrutura do texto dramatico pode ainda ser percecionada por outras caracteristicas, normalmente asso- cladas 2 sua segmentagao ¢ tradicionalmente relacionadas com os seguintes aspetos. ‘avo. _880¢1a-Se amudanca de cenario ou aos momentos crucals do desenvolvimento da aga ‘dramatic CENA —_Corresponde a entrada ou a saida de personagens. a”

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