OBJETIVO
Introduzir os conceitos referentes à ciência e seus métodos. Fornecer as noções
gerais para a pesquisa acadêmica com consulta às fontes e arquivos. Também
técnicas para melhor aproveitamento das leituras, montagem de projetos e o estudo
estrutural das monografias científicas. Com isso, espera-se que o estudante tecnólogo
possa levantar informações, interpretar dados e apresentar formalmente seus
resultados de pesquisa. Visa, finalmente, auxiliar na elaboração de problemas, teses e
hipóteses, essenciais no processo de reflexão científica.
PROGRAMA
Aula 01 – Ciência e Método Científico.
Aula 02 – Teoria e Empiria.
Aula 03 – Pesquisa bibliográfica.
Aula 04 – Leitura, Resumo e Fichamento.
Aula 05 – Projeto de Pesquisa: Problema, Tese e Hipóteses.
Aula 06 – Monografia Científica.
Aula 07 – Estrutura interna do texto acadêmico
Aula 08 – Utilização das normas da ABNT
Aula 09 – Publicações de Trabalhos científicos
Aula 10 – Fontes do conhecimento: movimentos metodológicos
Aula 11 – Ciência e tecnologia no contexto internacional
Aula 12 – A Sociedade da Informação: hipertexto e hipermídia
Aula 13 – Conhecimento e Educação à distância
Bibliografia
2. Eco, Humberto – Como se faz uma tese. São Paulo: Editora Perspectiva, 1997.
8. Weber, Max – Ciência como Vocação in Metodologia das Ciências Sociais. São
Paulo: Editora Cortez, 2000.
1
Conteúdo Aula 01
1
Nicola Abbagnano – Dicionário de Filosofia. Verbete Ciência, pp. 158-162. México: Fondo de
Cultura Econômica, 2004.
2
Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Verbete Ciência. Edição eletrônica, v.1.
3
Alberto Mesquita Filho – Teoria sobre o método científico. Em busca de um modelo unificante
para as ciências e de um retor no à Universidade criativa . Disponível em
http://www.ecientificocultural.com/ECC2/artigos/metcien3.htm. Data de acesso: 14/02/2006.
4
Ibidem, p. 3.
2
A regra científica, segundo Mesquita Filho, seria seguida pela maioria dos cientistas.
Podemos visualizar o processo no seguinte esquema do autor. 5
DEFINIÇÃO DE CIÊNCIA
Ciência é o processo pelo qual o homem
se relaciona com os fenômenos universais
que se sujeitam à regra científica
fundamental
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO
DOS QUE TRABALHAM EM CIÊNCIA
5
Alberto Mesquita Filho, op.cit. p. 5.
6
Entende-se por ideologia um “sistema de idéias (crenças, tradições, princípios e mitos)
interdependentes, sustentadas por um grupo social de qualquer natureza ou dimensão, as quais refletem,
racionalizam e defendem os próprios interesses e compromissos institucionais, sejam estes morais,
religiosos, políticos ou econômicos”. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete ideologia, edição
eletrônica, v.1.
3
pessoa, de “pré-conceitos”. Mas, ele busca numa atitude racional, abster-se o máximo
possível.
Porém, podemos afirmar que através de um método racional pretende-se
conhecer senão a verdade total dos fenômenos, suas particularidades dentro de
determinadas condições. Não afirmando verdades absolutas a Ciência pode, em uma
constante autocorreção, buscar novos fatos e relações para os fenômenos. E assim,
continuamente alimentar teorias7.
7
Entende-se por teoria “o conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas
e/ou postulados racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a
ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da
natureza”. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete teoria, edição eletrônica, v.1.
4
conceber e compreender esse problema há que acabar com a tola
alternativa da ciência “boa”, que só traz benefícios, ou da ciência
“má”, que só traz prejuízos. Pelo contrário, há que, desde partida,
dispor de pensamento capaz de compreender a ambivalência, isto
é, a complexidade intrínseca que se encontra no cerne da
ciência”.8
Exercícios
(A) A regra científica fundamental diz que um fenômeno se repetirá sempre que
pesquisado.
(B) A regra científica fundamental diz que um fenômeno se repetirá em dadas
condições.
(C) A regra científica fundamental afirma que se em dadas condições, um
determinado fenômeno, sempre que pesquisado, se repetiu, é de se admitir que
em futuras verificações o mesmo suceda.
(D) A regra científica fundamental não afirma que se em dadas condições, um
determinado fenômeno, sempre que pesquisado, se repetiu, é de se duvidar que
em futuras verificações o mesmo suceda.
(E) A regra científica fundamental não assegura a repetição do fenômeno em todas
as condições.
8
Edgar Morin. Ciência com Consciência, pp. 15-16.
5
(E) Mesmo não estando isento preconceitos procura racionalmente se abster de
influenciar os resultados de sua pesquisa e o método que usa.
Conteúdo Aula 02
TEORIA E EMPIRIA
6
que permitam a ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a
transformação dos fatos e das realidades da natureza.
9
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Verbete Empiria, edição eletrônica, v. 1.
10
Wilson do Nascimento Barbosa – Teoria e Empiria. Palestra no Departamento de História da Faculdade
de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP, 17 de setembro de 1992. Texto impresso, p. 3,
7
TEORIA = EMPIRIA = Dados
Conceitos e conjunto coletados,
de idéias explicativas observações ou
da área de experiência
conhecimento. PRATICA.
Indução
Raciocínio que parte de dados particulares (fatos, experiências,
enunciados empíricos) e, por meio de uma seqüência de
operações cognitivas, chega a leis ou conceitos mais gerais,
indo dos efeitos à causa, das conseqüências ao princípio, da
experiência à teoria.
Dedução
Inferência lógica de um raciocínio; conclusão, ilação.
Processo de raciocínio através do qual é possível, partindo de
uma ou mais premissas aceitas como verdadeiras (p.ex., A é
igual a B e B é igual a C) a obtenção de uma conclusão
necessária e evidente (no ex. anterior, A é igual a C).
11
Alberto Mesquita Filho – Teoria sobre o método científico. Em busca de um modelo unificante para as
ciências e de um retorno à Uni versidade criativa. Disponível em
http://www.ecientificocultural.com/ECC2/artigos/metcien3.htm. Data de acesso: 14/02/2006.
8
Argumento Indutivista.
Argumento Dedutivista
Na Dedução, por sua vez, temos do geral para o particular (teoria para
empiria, com a etapa das hipóteses):
Para uma clara distinção entre os dois raciocínios imaginemos que um cientista
ao estudar um fenômeno, utilizando a indução, criará a partir de um determinado
número de observações, leis explicativas para aquele fenômeno. Esse processo,
muitas vezes, corre o risco de realizar generalizações, pois, se apenas em uma das
observações houver uma discrepância, a sua lei ou teoria será invalidada. Já o
9
cientista que trabalha com a Dedução antes de elaborar leis ou teorias gerais cria
hipóteses, que precisam ser verificadas antes que se formular uma teoria.
Vejamos a colocação de Mesquita Filho sobre o processo de pesquisa e a
elaboração de hipóteses:
Exercícios
12
Alberto Mesquita Filho, op. cit., p. 7.
10
(d) Partindo dos fatos elaboram-se hipóteses que levam às teorias.
(e) Partindo de hipóteses elaboradas pela observação são criadas as teorias
gerais.
Conteúdo Aula 03
Pesquisa Bibliográfica
Toda pesquisa acadêmica é uma soma de etapas que inclui, entre outros
momentos, um bom preparo do estudante em leitura e análise de textos. A leitura é
um hábito que ajuda a desenvolver um repertório de conhecimentos e informações
necessários para a reflexão e discussão de idéias (teorias) que são exigidas durante a
pesquisa. A análise textual, feita de forma correta, retira as informações essenciais do
texto e as sistematiza coerentemente. Assim, a etapa da pesquisa bibliografia é feita
tendo por companheiras a leitura e análise.
A pesquisa bibliográfica conta hoje com facilitadores. Antes, basicamente as
informações para pesquisa eram retiradas dos livros. Por isso, a chamada
bibliografia, reúne os títulos utilizados como apoio na construção do texto. Hoje, além
dos livros, contamos também com a Internet, como uma excelente fonte de
informações, uma vez que engloba uma série de sites especializados, listas de
discussão, artigos, referências e até mesmo obras completas. É importante que o
estudante utilize bem essa fonte de informações, tendo claro que o trabalho
acadêmico deve ser construído e não copiado. A cópia de trabalhos (plágio) além de
ser uma prática desonesta é ilegal. A internet pode ser utilizada, desde que, sejam
feitas as corretas referências, de acordo com suas especificidades. Mas, é sempre
bom termos uma bibliografia básica sobre o tema a ser pesquisado ou estudado. Os
livros ainda são as fontes mais confiáveis para retirar as informações. Isso não
significada que os livros também não devam ser lidos de forma crítica.
Vejamos, em seguida, algumas orientações para a pesquisa bibliográfica e
dicas para aproveitar as diferentes fontes de informação.
11
As duas primeiras questões a serem respondidas quando se inicia a pesquisa
é: O que vou pesquisar, ou seja, qual o meu tema? E, aonde encontrar as
fontes?
A questão da escolha do tema é assunto para ser aprofundado em outro
momento. Por enquanto, o aprendiz de pesquisador deve ter como primeira
preocupação situar-se no universo do tema estudado. Por isso, é importante que ele
tenha as ferramentas necessárias. Uma boa enciclopédia, dicionários e algum
manual da área de interesse são apoios que devem ser utilizados. A consulta das
referências é feita durante toda a pesquisa; mas, fazer uma leitura geral do tema a ser
estudado já pode situar o estudante nos problemas que são discutidos sobre aquele
assunto.
Delimitar o assunto também é importante. Uma boa maneira é separar o
assunto dependendo de sua complexidade. E, buscar os livros e materiais que melhor
respondam à delimitação feita.
Exemplo: Se a pesquisa é sobre a expansão da internet no Brasil o estudante
perceberá que é um tema muito amplo. Estudar de maneira adequada todo o país
pode não ser viável em um determinado período de tempo. Nesse caso o estudante
pode optar por centrar a sua pesquisa no estado de São Paulo. Em seguida ele
procurará livros, artigos em revistas especializadas e jornais que fale sobre o seu
tema. Perceberá nessas primeiras leituras que muitas informações se referem
especificamente à cidade de São Paulo e não ao estado. Decidirá então, finalmente,
delimitar novamente o seu tema, em torno da cidade de São Paulo.
Esse exemplo, se entendido claramente, nos mostra que muitas vezes a busca
de informações sobre o tema de nosso interesse choca-se com aquelas disponíveis ou
encontradas. Isso faz com que o nosso tema seja influenciado pelas fontes.
12
(C) A Internet. Considerando as devidas restrições à cópia de informações, a
internet conta com uma variedade de sites de busca; além de concentrar acervos
eletrônicos das grandes universidades e institutos de pesquisa. É importante situar as
informações encontradas na internet e as fontes nos textos apresentados. Escolha
sempre aqueles que tragam as referências bibliográficas ou de fonte direta. Anote o
endereço do site e a data de acesso. Veremos em seguida como citar corretamente
tais fontes.
001.42
S174c
13
entanto, que o estudante aprenda a correta construção das referências que regem o
trabalho científico.
Aqui deixamos algumas especificações para a construção dessas referências.
Elas englobam os elementos mais importantes e informações técnicas sobre a obra
consultada. Com elas o estudante deverá, posteriormente, montar as citações em
rodapé e bibliografia do seu trabalho. E, assim, deixar para os pesquisadores que
lerem o seu trabalho a listagem das obras utilizadas. Todas essas regras são
importantes para assegurar a seriedade com que o trabalho foi realizado.
001.42
S174c
SALOMON, Delcio Vieira.
Como Fazer uma Monografia Científica: elementos de metodologia do trabalho
científico.
Belo Horizonte: Interlivros, 1972. Segunda Edição, 293 p. (ou pp.10-50, caso tenha
sido lido somente essas)
A citação de trechos inteiros de uma obra ao longo do trabalho exige que sejam
feitas as corretas referências em rodapé. Alguns autores, principalmente, quando
essas notas são muitas ou extensas as colocam no final do trabalho, em uma folha
separada do corpo do texto. Sugere-se que, nos trabalhos universitários, essas
citações venham em rodapé, pois facilita a leitura e o acompanhamento do raciocínio
utilizado pelo aluno na construção do texto. Evita, por outro lado, que o estudante caia
na tentação de copiar o autor, constituindo nesse caso, plágio. As informações para o
14
rodapé são menos extensas que na bibliografia. Exigem basicamente: autor, título e
página.
Quando deve ser feita, então, a citação em rodapé? Exemplo:
Após escrever ou digitar tal trecho, ao copiar palavra por palavra o que está na
obra, o estudante deve colocar entre aspas e em itálico. Em seguida, puxar a
referência. Ao se utilizar o computador (programa Word), essas referências são feitas
automaticamente. Basta clicar em Inserir, Referência, Notas, que o programa jogará
automaticamente para o rodapé.
Observações:
(A) Percebam que em citação de rodapé o nome do autor vem em primeiro lugar,
não é colocada por sobrenome, como veremos na bibliografia. São suficientes assim,
o nome, título e página onde se encontra o trecho retirado do livro.
(B) Caso seja feita mais de uma citação da mesma obra, não é preciso, repetir
autor e título, coloca-se, dentro das normas, op.cit. (que significa obra citada) e o
número da página. Exemplo:
Severino também afirma que “apesar da aparente rigidez desta proposta de
metodologia de estudo, ela é, sem dúvida, a mais eficiente”.14
O autor Umberto Eco em sua obra Como se Faz uma Tese, nos traz um resumo
muito útil para a construção da bibliografia. Nele, Eco, divide as seções na bibliografia
entre livros, artigos de revista e outros materiais, como capítulos de livros, atas,
ensaios, etc. Atenção para o que está em itálico, aspas, ou sublinhado, e a pontuação
deve-se acompanhar essas grafias na montagem. O que traz um asterisco é
obrigatório aparecer na bibliografia.
Vejamos:
LIVROS
*1. Nome e sobrenome do autor (ou autores, ou organizador, com eventuais
13
ANTONIO JOAQUIM SEVERINO – Metodologia do Trabalho Científico, p. 27.
14
ANTONIO JOAQUIM SEVERINO, op. cit., p. 30.
15
indicações sobre pseudônimos ou falsas atribuições).
*2. Título e subtítulos da obra.
3. (“Coleção”)
4. Número da edição se houver várias.
*5. Local da edição: não existindo no livro, escrever s.l. (sem local).
*6. Editor: não existindo no livro, omiti-lo,
*7. Data da edição: não existindo no livro, escrever s.d. (sem data).
8. Dados eventuais sobre a edição mais recente.
9. Número de páginas e eventual número de volumes de que a obra se compõe,
10. (Tradução: se o título era em língua estrangeira e existe uma tradução na nossa
especifica-se o nome do tradutor, o título traduzido, local de edição, editor, data da
edição e número de páginas, eventualmente).
ARTIGOS E REVISTAS
*1. Nome e sobrenome do autor.
*2. “Título do artigo ou capítulo”.
*3. Título da revista.
*4. Volume e número do fascículo (eventuais indicações de Nova Série)
5. Mês e ano,
6. Páginas onde aparece o artigo.
CAPÍTULOS DE LIVROS, ATAS DE CONGRESSO, ENSAIOS EM OBRAS
COLETIVAS.
*1. Nome e sobrenome do autor.
*2. “Título do capítulo ou do ensaio”.
*3. In:
*4. Eventual nome do organizador da obra coletiva ou vários autores.
*5. Titulo da obra coletiva.
6. (Eventual nome do organizador se primeiro foi colocado vários autores),
*7. Eventual número do volume da obra onde se encontra o ensaio citado,
*8. Local, Editor, data, número de páginas, como no caso de livros de um autor só.
Fonte: Umberto Eco – Como se faz uma tese, p. 60.
Exemplo:
Em nota de rodapé
Em bibliografia.
PEREIRA, Nancy Cardoso. Educação e política ambientais.
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=22142 [data de acesso
26/04/2006].
16
A data de acesso é importante por conta dos conteúdos que se modificam muito
na internet. Um artigo que esteja disponível em uma data pode ser alterado ou retirado
do ar em outra.
Exercícios
17
5. Assinale a alternativa correta em relação à montagem da bibliografia.
(A) ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo, 1990.
(B) ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo, Perspectiva, p.50.
(C) Umberto Eco. Como se faz uma tese, Editora Perspectiva, São Paulo, 1990.
(D) Umberto Eco. Editora Perspectiva, São Paulo, 1990.
(E) ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução Gilson César Cardoso de
Souza. São Paulo: Perspectiva, 2005. (Estudos; 85).
Conteúdo Aula 04
19
natureza ou da ordem racional da história, ou simplesmente porque todas outras
alternativas seriam inviáveis. O que varia é somente a forma concreta com que um
sistema social dominante se legitima como sendo “sem alternativa”.16
Perceba que o autor da resenha escreve para um público amplo, assim, o texto
é claro e inclui muitos adjetivos elogiosos sobre a obra de Montesquieu. Não deixa, no
entanto, de ter análise (em negrito). O estilo da resenha é mais livre, menos formal
que o resumo.
A técnica que os estudantes mais utilizariam é o fichamento de textos.
Perceba que a ficha bibliográfica utilizada na aula anterior pode ser aproveitada
também nessa etapa. Aqui inclui-se mais informações, ou seja, as notas feitas sobre o
conteúdo da obra ou texto lido.
16
Jung Mo Sung – Nova forma de legitimação da economia: desafios para a ética e
teologia, p.1. Texto apresentado no I Simpósio Teológico Internacional promovido pela
Universidade Católica de Pernambuco, UNICAP, em Recife, no dia 08/05/2001. Disponível
em http://servicioskoinonia.org/relat/273p.htm. Data de acesso 12/05/2006.
17
Resenha por Daniel Piza, Revista EntreLivros, Editora Dueto, Ano 1, nr. 8, p. 76 – Caderno
de Resenhas.
20
Fichamento: Retirar do texto os trechos essenciais, que retomem a lógica interna do
mesmo. Utilizam-se marcações com o número da página correspondente e dados
técnicos do texto. Exemplo:
800.42
S54c
Luis Suarez – cap.1 da obra “Las grandes interpretaciones de la Historia”. Vol.13 –
Biblioteca de Divulgación Cultural. Ed. Moretón, Bilbao. Espana, 1968.
O conceito de História
Historia sucedido e Historia conhecimento
Palavra História expressa dois conceitos diferentes: (a) a plenitude do suceder; (b) o
conhecimento deste suceder.
Vem do grego historien que significa: curiosear, inquirir ou investigar. Em alemão:
Historie = a realidade do suceder; Geschichte = a ciência.
O autor se ocupa das interpretações do suceder histórico no ocidente. A cultura
ocidental busca uma explicação total do passado, o que se mostra impossível. Alguns
motivos:
(a) o historiador se ocupa não de todos os acontecimentos passados, mas de
certa classe deles, aos quais chama “fatos históricos”, p. 14.
(b) dos fatos históricos, o pesquisador elege somente aqueles que tem a ver com
seu trabalho. O historiador é filho do seu tempo, sua tarefa não é o estudo
objetivo do passado, mas o conhecimento do presente através do passado. Ex:
a tendência atual aos estudos de história econômica e social; não é moda, mas
necessidade.
Importante: nenhum fato pode ser apreendido sem que ao mesmo tempo seja
compreendido, isso vai contra o positivismo. Nenhum historiador contempla a historia
de fora, p. 15.
18
J. R. WHITAKER PENTEADO – “A exposição da Escrita”, p. 242 in A Técnica da
Comunicação Humana. Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios, 6ª edição, São Paulo,
1977.
21
a) Exórdio – captar as graças de quem lê. Uma introdução atraente para o
leitor.
b) Proposição – sumário do assunto. Um resumo do que será tratado no texto.
c) Narração – dar a conhecer os fatos indispensáveis à compreensão da
causa que quer sustentar.
d) Demonstração – provar que a nossa opinião é incontestável; usar
raciocínios dos quais se extraem conseqüências.
e) Confirmação – desenvolvimento das provas em apoio à tese;
f) Refutação – destruir antecipadamente as provas em contrário.
g) Peroração – coroamento da disposição; deve ser oportuna e pode
compreender uma recapitulação geral, com encerramento persuasivo.
3ª) Elocução – procura da forma, execução técnica do estilo, a transposição do
pensamento em palavras.
Temos que essas três etapas compreendem uma lógica interna no texto, com
começo, meio e fim. Um bom texto terá essas etapas postas de forma clara.
Whitaker Penteado deixa algumas dicas para o estudante ESCREVER
MELHOR
Exercícios
22
(B) A leitura crítica é essencial para o melhor aproveitamento dos textos e retirada
de informações necessárias à pesquisa.
(C) A leitura feita de maneira crítica prepara o aluno para a pesquisa, mas não
auxilia na análise crítica.
(D) Com as técnicas de análise de texto, o material colhido pode ser utilizado sem
critérios específicos.
(E) A leitura crítica é dispensável quando o pesquisador já sabe todo o conteúdo
da disciplina estudada.
23
(D) É sempre recomendável a utilização de marcações com o número da página
correspondente e dados técnicos do texto.
(E) O fichamento é um trabalho demorado dependendo da extensão do livro ou do
pouco conhecimento do estudante sobre o tema.
Conteúdo Aula 05
19
Wilson do N. Barbosa – Teoria e Empiria. Departamento de História, USP. Palestra em 17 de
setembro de 1992. (Mimeo).
24
1. Introdução.
A introdução é a apresentação que se faz da pesquisa e do tema que será
discutido. Aqui se coloca um pequeno histórico da pesquisa.
2. Idéia Inicial. (opcional dependendo da área)
Na idéia inicial conta-se como surgiu o interesse do estudante pelo tema. Pode
ter se originado através de uma aula, leitura, ou experiência profissional.
3. Objetivo da Pesquisa [OBJETO].
O objeto é o tema delimitado da pesquisa apresentado de forma concisa e
resumida.
4. Importância do Tema e Justificativa.
A importância do tema e a justificativa servem para reafirmar o tema escolhido
e objeto como relevantes para a área de pesquisa e sociedade em geral. Essa
parte é avaliada pelos professores e pelos organismos de financiamento da
pesquisa no país.
5. Teoria20.
5.1. Base Teórica. Autores e teorias que servem de sustentação para a
pesquisa.
5.2. Relação da Idéia Inicial com a Teoria [PROBLEMATIZAÇÃO].
A soma do interesse inicial do estudante sobre o tema com as leituras
especializadas leva à elaboração de problemas em torno do tema/objeto.
5.3. Hipóteses.
As hipóteses são as possíveis soluções para a problematização. A tese, idéia
central defendida relaciona-se diretamente com as hipóteses.
6. Metodologia. (específica para cada área de conhecimento)
6.1. Normas e Procedimentos de Pesquisa. Aqui se especifica os
procedimentos que serão utilizados na pesquisa. Dependendo da área
serão procedimentos técnicos como, por exemplo, o tipo de programa
(software) utilizado para análise de dados, ou o tipo de coleta que será
feita para obter informações, através de entrevistas, questionários, etc.
6.2. Base Metodológica. A metodologia está sempre ligada a uma “visão de
mundo do estudante-pesquisador”. Ou seja, baseia-se em uma teoria geral
explicativa e irá seguir os pressupostos da mesma. Como aprendizes,
procuramos nos basear nos autores especialistas da área de
conhecimento. Aqui, tem-se, então, uma colocação da metodologia que
será seguida, de acordo com os autores, ou autor, mais importante.
6.3. Fontes de Dados: (Listagem do tratamento dado às fontes)
(A) Fontes Documentais – qual o critério de leitura realizado nas fontes
documentais, livros, artigos de revista ou jornal, teses, etc. No geral é
importante que a análise feita seja crítica; a análise temática é uma boa
opção.
(B) Produção de Base de Dados – criar a partir da pesquisa uma base de
dados para ser disponibilizada para outros pesquisadores é uma boa
forma de apresentar a pesquisa ao público especialista. Apresenta-se,
aqui a possibilidade de construir uma home page onde a pesquisa e as
fontes utilizadas estarão disponíveis interessados sobre o tema.
6.4. Coleta de Dados – Em cima da escolha feita no item 6.1 apresenta-se
detalhadamente a coleta das informações.
20
“Conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas e/ou postulados
racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a ordenação, a
classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da
natureza”. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete Teoria, edição eletrônica, vol. 1,
2004.
25
6.5. Como limitar as Hipóteses. Esse item é mais cobrado em projetos de
mestrado em doutorado. Aqui o estudante-pesquisador apresenta o raciocínio
realizado em relação às suas hipóteses iniciais e como o contato com o
material colhido e a leitura o ajudou a limitá-las.
7. Apresentação dos Resultados. (específico para cada área de conhecimento
este item é um resumo de um relatório de pesquisa)
7.1. Análise dos Dados. Os dados colhidos até o momento são analisados
seguindo a metodologia eleita.
7.2. Redação do Relatório. Apresentam-se formalmente tais resultados em
relação ao conjunto geral da pesquisa.
7.3. Realimentação da Teoria. Como os resultados apresentados ajudam na
alimentação da teoria central da pesquisa.
8. Cronograma. Há diferentes tipos de cronograma que pode ser utilizado, eis um
exemplo com as etapas para um projeto de mestrado. Tais etapas podem ser
suprimidas ou complementadas de acordo com as necessidades da pesquisa e com o
tempo destinado a sua realização:
26
artigos para revistas especializadas (etapa 13) poderá ser feita, tendo-se espaço para
tal, durante os últimos trimestres da pesquisa.
(A) PROBLEMATIZAÇÃO
A problematização é conjunto de dúvidas ou questões que se quer resolver ou
descobrir dentro de um tema. Esta surge a partir do contato com a bibliografia
existente ou dado coletados sobre o tema. A delimitação do tema também é fator
importante na composição do projeto, sendo uma etapa inicial. Deve ser feita de
maneira a não extrapolar os limites da pesquisa, seja de tempo, área, ou capacidade
de análise do estudante. Ou seja, o tema deve ser o mais específico possível. Um
exemplo apresentado pelo Prof. Barbosa seria compararmos a pesquisa a um prego.
Deve ser fino (delimitada), mas profundo.
Vamos exemplificar. Supondo que o(a) estudante-pesquisador queira fazer
uma pesquisa sobre Ecologia. Dependendo de sua área, ele(a) irá estudar as espécies
animais ou vegetais, o clima, a poluição, etc. Ou pensará em analisar a ação humana
sobre a natureza. Poderá analisar os movimentos ambientais, as ações dos governos
locais para proteção ambiental, os avanços tecnológicos para substituir produtos
poluentes por biodegradáveis; ou, o nível de consciência ambiental de uma população,
etc. Há uma infinidade de abordagens para Ecologia. O estudante não deve se
preocupar em dar conta de todos esses aspectos. Antes, deve escolher dentre
todas as possibilidades, aquela em que melhor poderá contribuir. A
especialização é feita a partir do recorte do tema.
Assim, supomos que fosse escolhido o tema: nível de consciência ambiental.
Esse tema pode ficar mais específico ao localizar uma região, cidade, ou bairro. Então,
podemos ter como tema: O nível de consciência ambiental dos moradores do bairro de
Pinheiros na cidade de São Paulo. Notem que na delimitação do tema já temos o
próprio objeto de estudo, qual seja, o nível de consciência ambiental.
Tendo delimitado o tema, o passo seguinte é problematizar. Refletir as
questões que estão relacionadas com o objeto. As leituras preliminares são de grande
utilidade nesse momento, pois podem descartar falsos problemas, ou problemas já
resolvidos pelos autores. Eis algumas questões que podem ser levantadas:
- Quais ações ambientais são realizadas no bairro?
- Há coleta seletiva nos prédios e comércio?
- Há ações ambientais na associação de moradores do bairro?
- Há cestos de lixo nas calçadas?
- As áreas verdes são bem preservadas e numerosas?
- Quais ações educativas são mais eficientes?
- Os moradores entendem o que é consciência ambiental?
- Existe uma relação entre o nível de consciência ambiental e a renda sócio-
econômica dos moradores?
27
pesquisa, serão a problematização do projeto. Com elas o estudante-pesquisador
começará a elaborar suas hipóteses, ou seja, as possíveis soluções para esses
problemas. Ele(a) perceberá que dessas respostas surgirá uma idéia geral sobre o
tema que se tornará sua TESE.
(B) HIPÓTESES
As possíveis soluções são apresentadas em redação do tipo:
“que...então...;se..., em tal caso...”. Supondo que se deva elaborar uma hipótese para
a última questão apresentada acima, ela seria elaborada da seguinte forma:
Como visto a redação das hipóteses deve ser feita de maneira que seja
necessária a verificação delas na realização da pesquisa. IMPORTANTE: As
hipóteses devem ser feitas para confirmar ou negar a tese apresentada pela pesquisa.
Por isso, é importantíssimo um bom conhecimento das questões pensadas sobre o
tema por outros autores. Hipóteses falsas atrapalham a apresentação da sua TESE.
(C) TESE
No início da pesquisa o estudante já possui por conta das leituras e respostas
preliminares UMA IDÉIA CENTRAL sobre o tema. Essa idéia central, com a ajuda da
problematização será a TESE defendida na pesquisa. Vale dizer que a argumentação
apresentada caminhará para a defesa dessa idéia central. Por isso, a relação com as
hipóteses é importante. Dependendo da confirmação ou negação das hipóteses uma
tese terá valor ou não. De acordo com o exemplo apresentado teríamos:
28
Por fim, temos que o projeto de pesquisa é uma etapa essencial para a
elaboração das monografias, dissertações e teses. É necessário considerar a
metodologia de cada área de conhecimento e a leitura básica sobre o tema escolhido.
EXERCÍCIOS
29
(B) Nunca pode ser utilizada de maneira a fundamentar os pressupostos da
pesquisa e a tese central.
(C) Por ser um conhecimento sistemático formulado a partir de pressupostos
racionais, a teoria somente auxilia o pesquisador no final da pesquisa.
(D) A teoria é importante no projeto de pesquisa, pois ajuda a delimitar a
metodologia que irá enquadrar os resultados obtidos e sustentar as afirmações
feitas.
(E) A teoria é indispensável na elaboração de um projeto de pesquisa. Sem ela
corre-se o risco de apresentar leis gerais explicativas sobre os fenômenos.
Conteúdo Aula 06
Monografia Científica
1. Capa
2. Contracapa ou folha de rosto
3. Dedicatória
4. Agradecimentos
5. Página de aprovação
6. Sumário
7. Índice
8. Resumo/Abstract/Palavras-chaves
9. Introdução
10. Capítulo I, II, etc...
11. Conclusão
12. Bibliografia
13. Anexos
14. Apêndice
30
auxiliaram na pesquisa. Recomenda-se evitar qualquer tipo de
exagero.
5. Página de aprovação – aparece nas dissertações e teses com
espaço para os membros da banca examinadora assinar, após a
defesa do trabalho. É desnecessária em trabalhos comuns de
aproveitamento das disciplinas.
6. Sumário – consiste em uma lista com a numeração das páginas de
todos os itens do trabalho incluindo tabelas, gráficos, figuras, etc.
7. Índice – o índice também é uma lista com a numeração das páginas,
no entanto, concentra-se no conteúdo interno da monografia, com
cada título de capítulo e seus subtítulos.
8. Resumo/Abstract/Palavras-chave – o resumo é uma apresentação
concisa do tema tratado na monografia, tal como visto no projeto de
pesquisa. Necessita passar ao leitor uma idéia correta de todo o
conteúdo do trabalho. O abstract é o mesmo texto do resumo em
língua estrangeira, em inglês na maioria dos casos, mas dependendo
da área pode ser apresentado em espanhol, ou francês, etc.
Costuma-se colocar os dois (resumo e abstract) na mesma página.
As palavras-chave vêm em seguida na mesma página; em
dissertações e teses em número de cinco, servem para identificar os
temas mais importantes do trabalho. Exemplo:
“Este trabalho estuda a formação da consciência ambiental na
população do bairro de Pinheiros na cidade de São Paulo. Procura-
se compreender quais os fatores que influenciam a diferenciação no
nível de consciência ambiental dessa população, etc...” Observe que
a redação deve ser objetiva. As palavras-chave sobre o tema acima
seriam: consciência ambiental, educação, ecologia, movimentos
ecológicos, ou outras.
9. Introdução – é o último texto a ser escrito em uma monografia.
Neste item inseri-se o histórico da pesquisa e do tema. Podem-se
comentar as teorias mais importantes da área e apresentar o que
será tratado em cada capítulo da monografia. Uma regra básica: não
precisa necessariamente resumir os capítulos; escrevendo a
introdução por último evita-se prometer no texto algo que não foi
realizado no decorrer da monografia.
10. Capítulo I, II, etc – A quantidade de capítulos de uma monografia irá
variar de acordo com a complexidade do tema. A melhor distribuição
a ser feita deve-se basear na problematização do projeto. Cada
problema apresentado pode se tornar um capítulo analítico. O mais
importante é que os capítulos componham a lógica interna de toda a
monografia. Sendo que do primeiro ao último capítulo possa-se
perceber o começo, meio e fim da pesquisa. Em cada capítulo em
particular a mesma lógica deve ser obedecida; ou seja, tem-se em
cada: introdução, desenvolvimento e conclusão. Eis, algumas dicas
importantes para composição de capítulo. A primeira resolução a ser
feita é sobre a quantidade de páginas a serem escritas. Para um
trabalho acadêmico simples haverá somente 1 (um) a 2 (dois)
capítulos, dependendo das exigências da disciplina. Neste caso 10
(dez) páginas para 1 (um) capítulo. Essas dez páginas podem ser
divididas em sessões. Se o(a) estudante programar primeiro a
quantidade de páginas a serem escritas irá selecionar de forma
adequada as informações, sem correr o risco de escrever a menos
ou a mais. O padrão acadêmico utilizado é de acordo com as
normas da ABNT: tamanho da letra 12, tipo Times New Roman ou
Arial, espaço entrelinhas 1,5. Para dissertações de mestrado e teses
31
de doutorado o tamanho dos capítulos variam em torno de 30 a 40
páginas. Neste caso, faz-se uma divisão interna por tópicos a serem
debatidos no capítulo. Ou seja, divide-se as 30 páginas em 6
sessões de 5 páginas cada. Cada capítulo acompanhará a estrutura
geral, como afirmado acima: introdução, desenvolvimento com os
tópicos debatidos, conclusão.
11. Conclusão – deve retomar as conclusões de todos os capítulos.
Procura-se escrever em forma de perguntas e respostas para cada
problema abordado; assim, o leitor poderá relembrar os pontos mais
importantes do trabalho. Em seguida, faz-se a conclusão geral sobre
o tema com o reforço da tese defendida. Dependendo do tamanho do
trabalho a conclusão não deve ter menos de duas páginas. Em
trabalhos acadêmicos comuns, uma página bem escrita é suficiente;
de acordo, é claro, com as exigências da disciplina.
12. Bibliografia – listagem com os títulos utilizados na pesquisa ou
consultados. As normas de bibliografia são aquelas formuladas pela
ABNT. Deve ser composta por ordem alfabética pelo sobrenome do
autor. O que se sugere é que na monografia os tipos de material
sejam separados: livros, artigos, teses, sites consultados, etc.
13. Anexos – neste item podem-se colocar amostras dos dados colhidos
na pesquisa, entrevistas, imagens extras ou documentos.
14. Apêndices – são textos ou texto que aprofunda algum aspecto da
pesquisa; pela sua extensão ocuparia muito espaço no corpo da
monografia, assim, sua supressão não atrapalha o encaminhamento
do texto. Opcional em todos os tipos de trabalho.
Aspectos Gerais
Modelos
Têm-se abaixo alguns modelos de capa, contracapa, sumário, índice e
bibliografia. Note que esses modelos são gerais e devem ser adaptados a cada
disciplina, principalmente na especificação do tipo de trabalho. Alguns autores, como
Severino21 coloca o nome do autor em cima da página. Aqui se tem um modelo
alternativo com nome abaixo. Em trabalhos com mais de um autor, deve-se colocar os
nomes em ordem alfabética. É preciso ter equilíbrio estético na capa e folha de rosto,
assim, evite usar muitas gravuras ou letras muito rebuscadas.
Eis os modelos, com exemplos fictícios:
21
Antonio Joaquim Severino – Metodologia do Trabalho Científico, p. 87.
32
1. Capa e contracapa (folha de rosto).
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS.
CURSO TÉCNICO SUPERIOR EM [nome do seu curso]
PROGRAMA DE [nome de sua área geral, ex. Comunicação Digital ou outro]
São Paulo
2006
33
2. Sumário. Há vários modelos para sumário, este é do tipo simplificado geral.
Índice............................................................................................................. 7
Índice de tabelas............................................................................................. 8
Resumo.......................................................................................................... 5
Abstract.......................................................................................................... 5
Introdução...................................................................................................... 9
Capítulo I....................................................................................................... 10
Capítulo II.................................................................................................... 43
Capítulo III................................................................................................... 75
Capítulo IV.................................................................................................. 105
Capítulo V................................................................................................... 156
Conclusão................................................................................................... 185
Referências Bibliográficas.............................................................................. 190
Anexos....................................................................................................... 200
3. Índice.
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10
I – HISTÓRICO DOS MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS.................................. 12
1. A relação sociedade-natureza............................................................... 12
1.1 O conceito de natureza............................................................. 12
1.2 O conceito de sociedade........................................................... 14
1.3 A teoria Marxista........................................................................ 15
2. Os movimentos internacionais................................................................ 17
2.1 Greenpeace................................................................................ 18
2.2 WWF........................................................................................... 20
Etc...
Nunca é demais lembrar que tanto o índice como sumário devem ser montados
após a conclusão do trabalho.
Livros
1. Cavalcanti, Clóvis (org.) – Desenvolvimento e Natureza: Estudos para uma
Sociedade Sustentável. São Paulo: Editora Cortez, 1995.
ARTIGOS
1. SILVA, João – A natureza e a sociedade, in Revista Brasileira de Ecologia,
vol. II, jan-fev/2006, pp. 10-25.
Sites
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável - http://www.fbds.com.br
34
Exercícios
35
(C) Mesmo não sendo um trabalho de peso a monografia ajuda na obtenção de
créditos extras nas disciplinas.
(D) Sempre é possível conseguir ajuda de terceiros na elaboração da pesquisa
desde que estes tenham ensino superior.
(E) O orientador como co-autor da monografia realiza a maior parte da pesquisa.
Conteúdo Aula 07
22
Wilson do Nascimento Barbosa – A Acumulação de Capital no Brasil. Texto impresso, Janeiro de
2003, pp.2-3.
36
Tais dicas são simples, mas auxiliam muito na organização do trabalho. Outra
necessidade importante é a própria redação do texto. Esta deve obedecer às regras
gerais gramaticais e ortográficas da língua portuguesa. Além de manter a lógica
interna e a cientificidade do texto.
Redação
23
Umberto Eco – Como se faz uma tese, pp.117-123. Editora Perspectiva, São Paulo, 2005.
24
Idem, p. 117.
37
F) Não use artigo diante de nome próprio. Nunca escreva “o Marx”, “o Weber”,
etc.
G) Não aportuguesar demais os nomes dos autores consagrados. Não
transforme Jean-Paul Sartre em João Paulo Sartre, Karl Marx em Carlos
Marx, etc.
Ex: Pegue três maças, coloque-as sobre a mesa. O as se refere às maças. Ou seja,
não é preciso repetir na mesma frase o sujeito.
Outros exemplos:
Tem-se que uma mesma frase pode ser descrita com a troca correta do
referente. Para isso, é importante ter um bom repertório sobre o tema que se trata.
Saber que João Paulo II é um pontífice da Igreja Católica e que se costuma chamá-
lo de Vossa Santidade. Saber que Varsóvia é capital da Polônia, etc.
Percebe-se que no item (d) a troca do sujeito também funciona como uma
forma de indicar uma opinião a respeito do sujeito, negativa ou positiva.
Outra sugestão apresentada por Abreu é o uso de sinônimos hiperônimos. Eis:
Mesa.....................móvel
Faca......................talher
Termômetro...........instrumento
Computador...........equipamento
Enceradeira............eletrodoméstico
25
ANTÔNIO SUÁREZ ABREU – Curso de Redação. Editora Ática, São Paulo, 12ª edição,
2005.
38
c) Meta-regra da não-contradição – em um texto coerente, o que se diz depois
não pode contradizer o que se disse antes ou o que ficou pressuposto. (fazer
sentido)
d) Meta-regra da relação – em um texto coerente, seu conteúdo deve estar
adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis.
Exercícios
39
Conteúdo Aula 08
Regras gerais
A ABNT26 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) foi fundada em 1940,
sendo o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil. Possuiu uma série de
regulamentações para diferentes áreas na sociedade. O intuito é desenvolver
requisitos gerais que possam melhorar as ações específicas e fornecer base para “o
desenvolvimento tecnológico do país”.
Para a área acadêmica as normas são utilizadas na confecção das teses,
dissertações, monografias, relatórios, etc. Padronizar os resultados das pesquisas
facilita na consulta dos dados e dá base para orientação e utilização científica dos
mesmos.
Viu-se, anteriormente, que a estrutura da monografia científica, desde a capa
até a bibliografia obedece às normas da ABNT. Têm-se, em seguida, de maneira mais
detalhada, as normas bibliográficas e de citação. Aconselha-se, aos estudantes,
adquirirem um bom manual de metodologia científica que poderá sempre ser utilizado
como referência27. O estudante-pesquisador não deve ter a preocupação de decorar
as regras, mas, saber aplicá-las. Com o uso cotidiano, tais regras começam a fazer
parte do repertório geral de conhecimentos do aluno, facilitando o dia-a-dia dos
trabalhos acadêmicos.
Normas gerais
Os textos devem ser digitados em folhas tamanho A4 ou Carta, de um lado só,
com espaçamento entrelinhas 1,5. Dão-se preferência pela letra Times New Roman ou
Arial, tamanho 12; a capa e folha de rosto, no entanto, podem utilizar outras desde que
não sejam “espalhafatosas”. Os critérios de margens são os seguintes:
Superior: 2,5 cm
Inferior: 2,5 cm
Esquerda: 3 cm
Direita: 2 cm
26
Consulte o site www.abnt.org.br/.
27
Os manuais, Metodologia do Trabalho Científico, de Antonio Joaquim Severino ou o trabalho de João
Mattar, Metodologia Científica na Era da Informática, citados na bibliografia do programa, são excelentes
materiais que podem ser utilizado para os trabalhos acadêmicos da graduação e pós-graduação.
40
Normas Bibliográficas
Como afirmado em outra aula, a bibliografia deve ser montada obedecendo
alguns critérios. São eles:
41
(d) Caso de vários autores: quando a obra foi escrita por até três
autores, são indicados os três, na ordem que aparecem na publicação,
separando seus nomes por ponto e vírgula.
Ex: SILVEIRA, Paulo; ALMEIDA, Ernesto de; SOUZA, José de.
Quando são mais de três autores indica-se o primeiro e acrescente a
expressão latina “et al.”, que significada “e outros”.
Ex: NAGEL, E. et al.
Já no caso de obras coletivas, com vários autores, mas organizadas ou
coordenadas por um deles, tem-se:
Ex: FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Educação e Trabalho.
Obs: Como afirmado em outra aula, em relação aos autores estrangeiros
consagrados, não se utiliza a tradução de seus nomes. Use sempre MARX, Karl e não
MARX, Carlos. Quando a obra não contiver indicação de autor informe o seu editor. Se
não for o caso é considerada obra anônima, mas não é preciso indicar com tal palavra.
Ex: BÍBLIA sagrada.
(e) Obras publicadas por entidades coletivas: associações, institutos
ou outros, utilizam-se o nome delas no lugar do autor.
Ex: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normalização
da documentação no Brasil.
Quando ligadas a órgãos públicos, inclui-se: país, órgãos, repartição.
Ex: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Plano...
SÃO PAULO. Departamento de Educação. Chefia do Ensino Básico,
Normas...
3. Indicações para títulos de periódicos.
(a) Quando se indica uma publicação periódica seriada:
Ex: REFLEXÃO. Campinas. Instituto de Filosofia e Teologia. PUC. 1975.
Se a publicação estiver encerrada, fecham-se as datas: 1967-1976.
Quando o volume tem título é acrescentado:
VOZES. Concretismo. Petrópolis, v. 71, n. 1, jan./fev. 1977.
(b) títulos de artigos de revistas. No caso de serem assinados, a seqüência
é: autor, título do artigo em redondo, título da revista com destaque gráfico,
local da publicação, volume ou tomo, fascículo em redondo, páginas inclusivas,
data. Obedece-se a pontuação:
Ex: FERRAZ JR. Tércio Sampaio. Curva de demanda, tautologia e lógica da
ciência. Ciências Econômicas e Sociais, Osasco, v. 6, n. 1, p. 97-105, jan.
1971.
(c) títulos de artigos de jornal. Deve incluir autor, título do artigo, título do
jornal, cidade, data completa, número ou título do caderno, seção ou
suplemento, indicação da página e eventualmente da coluna:
Ex: PINTO, J. N. Programa explora tema raro na TV. O Estado de S. Paulo,
8.2.1975, p. 7, c. 2.
Se não houver autor:
Ex: ECONOMISTA recomenda investimento no ensino. O Estado de S. Paulo,
24.5.1977, p. 21, 4-5 col.
(d) Enciclopédias, publicações de congressos, teses: Nesses casos utilizar
das seguintes citações:
Ex: ENCICLOPÉDIA DELTA-LAROUSSE. Verbete Fome, p. 1500.
42
Obs: Tais normas cobrem à bibliografia mais utilizada pelos estudantes na graduação.
Em casos muito específicos, sugere-se, novamente, a utilização de manuais para
consulta.
Para fazer referenciar uma home page, como tal, sem citar uma matéria em
específico, deve-se indicar pelo nome da entidade a que se liga à página, ou pelo
assunto geral. Exemplos:
GT-CURRICULO / ANPED. http://www.ufrgs.br/faced/gtcurric. Acesso em: 23 jun
2000.
Associação Nacional de Pós-Gradução em Educação. www.anped.org.br
Universidade de São Paulo: www.usp.br
Citação
43
Severino afirma que quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra
de um mesmo autor, variando-se apenas a página, usa-se a expressão latina
abreviada: ibid.
Exemplos:
4. Lucien GOLDMANN, Ciências humanas e filosofia, p. 10,
5. Ibid., p. 16.
6. Ibid., p. 89.
7. André DARTIGUES, O que é fenomenologia, p. 50.
8. Lucien GOLDMANN, Ciências humanas e filosofia, p. 32.
9. Ibid., p. 33.
Observe que se deve citar novamente a referência inteira, caso haja uma
interrupção de outro autor. A expressão IDEM substitui somente o autor e aparece
nessa estrutura:
6. Martin BUBER, Eu e tu, p. 150.
7. IDEM, O problema do homem, p. 56.
Obs: Não utilizar juntas as expressões IDEM, ibid., pois Ibid subentende também o
autor.
Nunca é pouco lembrar que a citação de mais de três linhas de um autor deve ser
sempre colocada em itálico, “entre aspas”. As notas de rodapé também são utilizadas
para comentários extras, explicação de conceitos que não são imprescindíveis no
corpo do texto, ou discussão de teorias periféricas.
Exercícios
44
3. Marque a alternativa incorreta em relação à citação de rodapé.
(A) As notas são importantes para indicar trechos de obras utilizadas no texto.
(B) Sempre se utiliza notas de rodapé quando se faz referência a autores ou
obras.
(C) Não se utiliza as notas quando o trecho da obra é maior que três linhas.
(D) Os elementos essenciais nas notas são: autor, título e número de página.
(E) Mesmo ao utilizar referências de sites deve-se citar em nota de rodapé.
Conteúdo Aula 09
28
João Mattar. A Metodologia Científica na Era da Informática, pp. 224-232.
45
Exemplo: (a) ZEBUS. Globo Rural, Rio de Janeiro: Rede Globo, 22 maio 1994.
Programa de TV.
(b) PETER FRAMPTON. Fora de Série, São Paulo: Rádio USP, 28 agosto 2007.
Programa de Rádio.
2) Entrevistas
É interessante para o estudante, sempre que possível, assistir nas mídias
entrevistas que tragam informações atualizadas. Assim, a citação correta se faz
necessária.
3) Informação verbal
A realização de conversas e entrevistas com especialistas também são
oportunidades de conseguir material original e inédito sobre os assuntos da
pesquisa. Como também a participação em eventos, conferências, simpósios, etc.
Ao realizar as horas complementares pode-se citar corretamente sua participação
da seguinte forma:
Exemplo: (a) SILVEIRA, Antônio Carlos. [Carta] 27 set. 1979, Rio de Janeiro [para]
Marlene Abreu da Silveira, Porto Alegre. 2p. Solicita informações sobre Porto Alegre.
(b) CARDOSO, Leandro Gomes. [Telegrama] 05 jul. 2000, São Paulo [para] Marcelo
Billi Bernardo, São Paulo. 1p. Solicita entrega de relatório sobre economia brasileira no
período 1970-1980.
5) Documentos eletrônicos
46
Com o uso maior de referências eletrônicas nos trabalhos acadêmicos, tornou-se
necessário, a citação adequada das fontes. De fato, na aula anterior vimos normas
de acordo com a ABNT. Existem, no entanto, discordâncias, entre os especialistas,
quanto à possibilidade destas normas abrangerem todos os casos, sendo assim,
têm em seguida, sugestões do Prof. Mattar e outras instituições que não
inviabilizam o usa da ABNT, mas procuram complementá-la.
Sugere-se, a princípio, que se acrescentem as seguintes informações29 àquelas de
uso tradicional dos documentos impressos:
(a) Descrição física: CD-ROM, multimídia, cor, som, quantidades de suportes e
disquetes de instalação, material adicional, etc.
(b) Descrição da tecnologia de acesso ao conteúdo: hardware (configuração
mínima) e software – sistema operacional (Windows, Macintoch etc.)
(c) Resumo do conteúdo, ou tipo do documento (jogo, obra de referência,
material pedagógico, monografias etc.).
Exemplo:
Nesse sentido, veja-se a seguir como seria, para Mattar, a citação de multimídias.
Lembre-se de observar a grafia (maiúsculas, itálicos, vírgulas, etc.)
BRISSON, Dominique; COURAL, Natalie. Le Louvre: the palace and its paintings.
Montparnasse Multimedia/Réunion des Musées Nationaux. [S.l.: s.n], 1995. CD-
29
Op. Cit., p. 227.
47
ROM. Para PC & Macintosh. Configuração mínima: Processador 386SX, 8Mb
RAM, Drive de CD-ROM, placa de som, monitor VGA 256 colorido, mouse,
Microsoft Windows 3.1 (ou superior).
Como não nem sempre estão disponíveis para o público, as referências para e-
mails deve ser feita como correspondência pessoal não publicada. Identifique o
autor da mensagem e forneça seu título, a data em que foi enviada, e o tipo de
comunicação: e-mail, MSN, MOOD, MUD, etc. Se não for possível identificar o
autor da mensagem pode usar o seu nome ou pseudônimo do endereço eletrônico,
mas não o endereço total. Exemplo: se fosse uma mensagem de
profirineiafranco@yahoo.com.br utilizar-se-ia profirineiafranco.
Exercícios
30
Op. Cit, pp.230-231.
48
(F) Autor (que dá a entrevista). Título do assunto do programa. Entidade, local e
data da entrevista.
(G) AUTOR (que dá a entrevista). Titulo ou assunto do programa. Local e data.
(H) AUTOR (que dá a entrevista). Título ou assunto do programa. Local da
entrevista. Nota indicando o tipo de depoimento.
(I) TÍTULO OU ASSUNTO DO PROGRAMA. Autor (que dá a entrevista). Nota
indicando o tipo de depoimento e nome do entrevistador. Local e data.
(J) AUTOR (que dá a entrevista). Título ou assunto do programa. Local da
entrevista, entidade onde ocorreu o pronunciamento, data em que a entrevista
foi concedida. Nota indicando o tipo de depoimento e nome do entrevistador.
Conteúdo Aula 10
49
os tempos. Também, faz-se importante, ao se eleger uma Escola ou Metodologia para
a própria pesquisa. O estudante-pesquisador percebe em seus estudos que existem
respostas diferentes para um mesmo problema. Tal diferença advém da escolha
metodológica feita pelo pesquisador e dos pressupostos assumidos a partir desta
base.
Na aula dois tomou-se como pressuposto a distinção e, posteriormente, junção
entre dois princípios: teoria e empiria. Essas duas categorias ou momentos do
processo científico podem ser encontrados distintos em dois princípios filosóficos que
muito contribuíram para o desenvolvimento científico: o Racionalismo e o Empirismo.
Apesar das diferenças inerentes a cada um deles, pode-se definí-los, de maneira
geral, da seguinte forma:
RACIONALISMO → Corrente filosófica que afirma ser o raciocínio (“razão pura”, sem
influência dos sentidos empíricos) uma operação mental, discursiva e lógica utilizada
para uma ou mais proposições. Com ela é possível extrair conclusões se uma ou outra
proposição é verdadeira, falsa ou provável. A razão seria, assim, a maior (ou única)
fonte de conhecimento. Diferentes doutrinas utilizaram o termo, inclusive no campo
religioso.
31
Para aprofundar os temas consulte Dicionários especializados como, por exemplo, Dicionário de
Filosofia de Nicola Abbagnano, México: Fondo de Cultura Econômica, 1998.
32
Ilan de Souza. Racionalismo e Empiris mo. Disponível em
http://www.geocities.com/il25an78/racionalismo.html. Data de acesso: 01 set. 2007.
50
Vejamos a seguir alguns dos movimentos mais importantes para a discussão dos
métodos em ciências.33 Neles iremos perceber a presença tanto de elementos
racionalistas quanto de empiristas.
POSITIVISMO E NEOPOSITIVISMO
PRAGMATISMO
MARXISMO E DIALÉTICA
Assim, podemos identifica em Marx uma distinção entre duas esferas: (a)
infraestrutura: economia, organização da vida produtiva e do trabalho; e, (b)
33
As referências desta aula encontram-se no capítulo 2 da obra de João Mattar, Metodologia Científica na
Era da Informática, pp. 70-77.
51
superestrutura: elementos ideológicos e culturais influenciados pela base econômica:
religião, arte, ciência, educação, meios de comunicação, etc. Tal distinção
metodológica e, a consideração das influências sócio-econômicas, recebeu o nome de
“materialismo histórico”. Uma vez que percebe a mudança histórica em uma relação
de contradição (via dialética) da luta entre classes sociais, divididas entre os
detentores dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho.
ESTRUTURALISMO
DISCUSSÕES CONTEMPORÂNEAS
A ciência normal, por outro lado, “procuraria solucionar os problemas científicos com
os pressupostos conceituais, metodológicos e instrumentais que são compartilhados
pela comunidade científica e que constituem o paradigma”. A ciência normal irá
ampliar e aprofundar o “aparato conceitual” do paradigma, sem alterá-lo. “Quando,
entretanto, o progresso e o desenvolvimento do conhecimento requerem explicações
que o paradigma vigente não pode fornecer, a ciência passa por uma crise, que pode
dar origem a uma revolução científica. Assim, para Kuhn os enunciados científicos são
52
provisórios e a ciência não opera com verdades irrefutáveis”.34 Exemplos: o sistema
astronômico de Cláudio Ptolomeu (100-170 d.C.) – imobilidade da Terra e posição no
centro do universo – dominou o pensamento científico até o século XVI. No entanto, foi
substitído por outro sistema, o de Nicolau Copérnico (1473-1543) que demonstrou ser
o Sol o centro do universo e a Terra realiza movimento de rotação em torno dele.
Exercícios
34
João Mattar, op. Cit., p. 76.
53
(L) O marxismo ao trabalhar com a categoria de infraestrutura estabelece uma
distinção para os elementos culturais.
(M) A infraestrutura e a superestrutura são categorias marxistas separadas da
dialética.
(N) O materialismo histórico marxista compreende o entendimento da vida social
pelo desenvolvimento da via sócio-econômica.
(O) O materialismo histórico e a dialética compõem para Marx a superestrutura.
Conteúdo Aula 11
35
Fernando Antônio F. de Barros. Os Desequilíbrios regionais da produção técnico-científica, p. 15.
Disponível em www.scielo.org. Data de acesso: 01/09/2007.
36
Fernando Antônio F. de Barros. Op. Cit., p. 16.
37
Idem.
54
índices de inflação. Os centros de C&T sofrem seu pior momento, com grave crise de
financiamentos. São tomadas decisões de descentralização as ações voltadas para o
desenvolvimento científico e tecnológico. Essa política, no entanto, ainda carece de
bases mais consistentes e de instrumentos adequados a cada realidade específica
regional. Para Barros, nos últimos anos “com a retomada da estabilidade política e
econômico e amadurecidas as perplexidades das mudanças e das expectativas
quanto ao processo de globalização, tornar-se a considerar com mais atenção os
grandes contrastes socioeconômicos regionais que, [...] recrudesceram nas últimas
décadas".38
Assim, para Barros e demais analistas, no Brasil a desigualdade de
desenvolvimento regional expressou também as diferenças para C&T. Atualmente,
buscar-se-ia uma melhor articulação para as potencialidades regionais. Uma vez que,
a ausência de determinado nível de capacitação técnico-científico acarretaria
desvantagens para atração de investimentos produtivos, interferindo, dessa forma, na
entrada do país na competição do mercado internacional. As políticas para C&T
acabam, dessa forma, se centrando em atividades que podem desenvolver a
produção. Dá-se ênfase, mais uma vez, aos cursos que dão treinamento científico e
profissional.
Uma vez que o processo de globalização pressuporia certa transferência de
tecnologia dos países centrais aos países periféricos, a tendência nos países em
desenvolvimento seria acompanhar a organização da base científica e tecnológica de
acordo com tais países. Assim, veja-se, a seguir uma pequena discussão sobre
patentes e novas propostas em C&T.39
Patentes
De acordo com Schwartzman o desenvolvimento de políticas de C&T está
associado a alguns temas transversais como a proteção da propriedade intelectual e
as patentes. Isso se daria por dois motivos: 1º) “a duração e o escopo das patentes
constituem uma forma simples e eficiente de se estimular a produção científica e
tecnológica das empresas nacionais. Isto porque, no prazo de sua vigência, as
patentes aumentam os retornos potenciais sobre investimentos realizados em P&D”
(planejamento e desenvolvimento); 2º) “as patentes melhoram a condição competitiva
das empresas nacionais no mercado internacional. As empresas se utilizam de
patentes para preservar os rendimentos auferidos pela venda de seus produtos e
serviços, para proteger seus interesses em operações de licenciamento e venda de
tecnologias, e para bloquear a entrada de concorrentes internacionais em seus
próprios mercados”.40
É importante perceber, no entanto, que o “controle de patentes está altamente
concentrado em empresas de grande porte”. Sendo que os países centrais têm
interesse em proteger as patentes de suas empresas nacionais o que as protege da
concorrência. Assim, para Schwartzman “as patentes funcionam como instrumentos
de proteção das capacitações tecnológicas locais ao ingresso de grandes firmas
estrangeiras. Estes países têm, portanto, todo o interesse em manter, no longo prazo,
suas legislações de proteção a patentes. É também possível concluir que, pelo menos
na perspectiva das grandes empresas, a geração descentralizada e global da
inovação (apoiada inclusive em laboratórios de P&D localizados em países menos
desenvolvidos) ainda está longe de se tornar uma realidade. As patentes representam
uma forma eficiente de assegurar incentivos a P&D. Em contrapartida, elas dificultam
38
Fernando Antônio F. de Barros. Op. Cit., p. 17.
39
As discussões são baseadas no trabalho de James Manoel Guimarães Weiss “Ciência e Tecnologia no
contexto de Globalização. Tendências Internacionais”, pp. 7-23. IPT-USP Divisão de Economia e
Engenharia de Sistemas. Disponível em www.scielo.org. Data de acesso: 01/09/2007.
40
Simon Schwartzman. “Ciência e Tecnologia no Brasil. Uma nova política para um mundo global”, p.
7. Disponível em www.scielo.org. Data de acesso: 01/09/2007.
55
o processo de criação e difusão de novas idéias em âmbito nacional. Por esta razão, a
ênfase das políticas de C&T deveria estar centrada no estímulo à inovação contínua e
vigorosa, de modo a não comprometer o processo nacional de difusão tecnológica”.41
Considera-se, assim, a partir da análise de Schwartzman, ser cada vez mais
importante, para o Brasil e demais países em desenvolvimento, garantir a capacitação
tecnológica de sua base produtiva; com o incentivo aos programas científicos e de
educação básica e superior. Também a gerência de políticas públicas em nível
municipal e estadual.
Observe abaixo alguns comentários de especialistas sobre a relação entre o
processo de globalização e o incentivo de políticas em C&T no país. Reflita sobre suas
recomendações.42
41
Simon Schwartzman, op. Cit., pp. 8-9.
42
Os quadros são referências do texto de Schwartzman, fontes do autor.
56
A pluralidade e complexidade da ciência e tecnologia modernas requerem que as
instituições de pesquisa nas universidades, no governo e no setor privado se engagem
numa pluralidade de ações, que vão da ciência básica à aplicada, da pós-graduação
às atividades de extensão e formação de professores. As instituições de C&T devem
ser incentivadas a diversificar suas fontes de recursos no governo, no setor privado,
nas fundações sem fins lucrativos e, inclusive, entre clientes e alunos pagantes.
Especializações vão ocorrer e são necessárias, mas devem emergir da combinação
de incentivos externos com vocações internas. A pesquisa e o desenvolvimento
científico, para permanecerem vivos, precisam se dar num ambiente altamente
dinâmico, competitivo e internacionalizado de distribuição de recursos, prestígio e
reconhecimento. Por fim, cabe aos cientistas e pesquisadores mais qualificados e
competentes o papel de empresários deste empreendimento que é a construção do
conhecimento.
Schwartzman, 1993.
Exercícios
57
(C) Primeira fase de 1959 a 1980 e a segunda de globalização à acumulação de
capital.
(D) Primeira fase de 1980 aos dias atuais e segunda fase a partir da globalização.
(E) A primeira fase estende-se da colonização à primeira revolução industrial e a
segunda do século XIX até década de 80 do século XX.
Conteúdo Aula 12
Esta aula tem como objetivo introduzir discussões sobre a sociedade da informação,
também chamada “sociedade do conhecimento”, tendo em vista a sua importância
para o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia (C&T). Para isso, utiliza-se de
três trabalhos, o do prof. Mattar, já citado em outro momento, o da equipe de analistas
da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), e o de Hindenburgo
Francisco Pires, geógrafo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.43
Em relação à comunicação é possível dividir a história humana em quatro
etapas de desenvolvimento:
- a sociedade oral
- a sociedade escrita
- a sociedade da imprensa
- e a sociedade eletrônica (“aldeia global”)
Assim, acompanhando a evolução das culturas humanas, passamos de um estágio de
oralidade, em que o processo de comunicação baseava-se, necessariamente, na
presença dos interlocutores para que a troca de informações se desse; para, em
seguida, com a invenção da escrita, uma etapa em que as falas, discursos,
informações se libertaram da presença dos interlocutores; assim, foi possível acumular
os conhecimentos das outras gerações e mantê-las vivas por mais tempo. A invenção
da imprensa no século XV (Johannes Gutenberg, 1454), e o aperfeiçoamento da
tipografia permitiram reproduzir, indefinidamente, as idéias para um maior número de
pessoas. Mattar afirma que a chamada Revolução Científica se deu após esse
período, o que mostra estar a imprensa, intimamente ligadas à ciência e ao
pensamento científico.
43
De João Mattar faz-se uso do capítulo 04 – A sociedade da Informação, in Metodologia Científica na
Era da Informática, pp. 102-118. Da equipe do Seade, Vagner de Carvalho Bessa, Marcelo Batista Nery,
Daniela Cristina Terci – Sociedade do Conhecimento, in São Paulo em Perspectiva, 17(3-4): 3-16, 2003.
Disponível em http://www.scielo.org. Data de acesso: 01/08/2007. Hindenburgo Francisco Pires –
Ciberespaço, migração digital e acesso livre à Internet . Disponível em
http://www.ub.es/geocrit/9porto/hindenb.htm; data de acesso: 10/10/2007.
58
Nos últimos anos uma nova ruptura aconteceu com a revolução da informática.
Passa-se da linguagem estática dos livros para a instável da eletrônica. Nas palavras
de Mattar:
Hipertexto e Hipermídia
Assim, com o avanço da Internet ou World Wide Web (rede mundial de
computadores) vamos ter os dois elementos que mais a caracterizam: o hipertexto e a
hipermídia. O hipertexto foi desenvolvido como idéia por Vannevar Bush em 1945 em
seu artigo “As We Might Think”. Nele, Bush diferencia o pensamento criativo do
repetitivo: “enquanto o primeiro estaria preocupado apenas com a seleção do material,
o último poderia ser desenvolvido por máquinas, por meio da manipulação repetitiva
de dados. Segundo Bush, pensamos por associação, hipertextualmente, e não por
métodos de indexação, e nesse sentido o autor propõe uma máquina, o Memex, que
antecipa conceitualmente o computador e o hipertexto.”45 O hipertexto, seria, assim,
estruturado em forma de rede, constituído de nós (os elementos da informação,
parágrafos, páginas etc.) e de ligações e conexões entre esses nós (referências,
notas, indicadores, “botões” que efetuam a passam de um nó a outro). Diferente da
estrutura linear do texto tradicional (começo, meio e fim). O hipertexto permite uma
dinâmica maior no texto, leitura e assimilação de informação.46
Na história do livro sabemos que houve diferentes formas de raciocínio
hipertextual. Leia o quadro abaixo:
44
João Mattar, op. cit., p. 103.
45
João Mattar, op. cit., p. 110.
46
Idem.
47
Pierre Lévy citado em João Mattar, p. 111.
59
Assim, a forma hipertextual agrega novos processos de armazenamento e
novas interfaces que alteram a construção de conteúdos. Distinguem-se os termos
multimídia, hipertexto e hipermídia, da seguinte forma:
MULTIMÍDIA = significa a multiplicidade de mídias, ou seja, a utilização de várias
mídias ao mesmo tempo, como a visual, a sonora, a textual etc.
HIPERTEXTO = entende-se como um texto organizado por links;
HIPERMÍDIA = entende-se como uma simultaneidade de mídias (e não apenas de
textos) também organizadas por links. É múltipla e heterogênea, com imagens, sons,
palavras, textos, sensações, modelos etc. organizados por relações e conexões
diversas, que possibilitariam diversos fluxos de “leitura”.48
Dessa forma, podemos considerar a naturalização do uso de hipermídias parte
do processo de desenvolvimento em C&T das tecnologias de informação (TI). Essa
“nova linguagem” adaptada a diferentes usos é, cada vez mais, utilizada como parte
do processo de aprendizagem. A sociedade do conhecimento interferiria, dessa forma,
principalmente, no aprendizado das novas gerações.
Por outro lado, a importância desse processo no desenvolvimento econômico é
considerável, atingindo o modo de produção de bens e serviços. O impacto das novas
tecnologias digitais se dá na criação de empregos qualificados e geração de renda;
impulsionado pela visilibilidade da Internet e a expansão do e-business o que acarreta
novos significados nas formas de produção, consumo e conhecimento.49 No entanto,
esse quadro deu-se mais nos países chamados centrais, mantendo uma diferença de
assimilação e desenvolvimento de tecnologias nos países ditos subdesenvolvidos.
Um das conseqüências dessa difusão desequilibrada é a exclusão digital. O
debate dá-se, relativo aos benefícios ou o acirramento das desigualdades sociais.
48
João Mattar, op. cit., p. 112.
49
Vagner de C. Bessa; Marcelo Batista Nery; Daniela C. Terci, op. cit, p. 3.
50
Vagner de C. Bessa, et. al., op.cit., p. 6.
51
Hindenburgo Francisco Pires, op. cit., p. 1.
60
61
Os dados apresentados por Pires fazem eco com a análise sobre o
desenvolvimento regional de C&T estudados em outra aula. Percebe-se uma
distribuição desigual entre as regiões brasileiras, de maneira mais marcante entre
Norte e Sudeste. Pires afirma, a partir da leitura dos dados, ser o acesso à Internet
ainda um grande problema no Brasil.
62
“Pode-se concluir que a grande dificuldade por parte do poder público está em
encontrar alternativas e soluções que possam, em termos de políticas públicas,
modificar o impasse gerado pelo grande número de usuários que nunca utilizaram ou
acessaram a Internet no Brasil em pleno século XXI.
Exercícios
1) Assinale a alternativa correta a respeito do surgimento da sociedade da
informação:
(A) A sociedade da informação surge a partir da invenção da escrita.
52
Hindenburgo Francisco Pires, op. cit., p. 10.
53
Vagner de C. Bessa, et. al., op.cit., pp. 13-14.
63
(B) Surge com a revolução da informática e o desenvolvimento de novas
tecnologias de comunicação.
(C) O surgimento da sociedade da informação se dá com Johannes Gutenberg
que criou o conceito de hipertexto.
(D) A oralidade é a marca mais clara da sociedade da informação, por isso, surge
no período neolítico.
(E) Surge com a revolução industrial a partir do uso do telégrafo.
64
Conteúdo Aula 13
54
João Mattar, op. cit., p. 120.
55
João Mattar. Comunicação e educação na sociedade da informação, in Metodologia Científica na Era
da Informática, p. 119.
65
Lorraine Sherry em seu texto “Issues in Distance Learning"(Questões sobre
Educação à Distância)56 apresenta as seguintes características:
Para Sherry, a base teórica dos modelos instrucionais afeta, não só a forma
como a informação é comunicada ao aluno, mas também na forma como o aluno
entende e constrói um novo conhecimento a partir das informações apresentadas.
Atualmente, existem duas aproximações que influenciam projetos instrucionais:
processamento de símbolos (symbol-processing) e conhecimento localizado (situated
cognition).58
66
Portaria Ministerial 301 (de 7 de abril de 1998) normatizou a Educação à Distância no
país. Somente instituições credenciadas pelos órgãos governamentais podem oferecer
os cursos.
Encontra-se muita informação em sites especializados, veja abaixo alguns
endereços:
Associação Brasileira de Educação à Distância: http://www2.abed.org.br/
Biblioteca Virtual de Educação à Distância: http://www.prossiga.br/edistancia/
UNIP Interativa – Cursos à Distância: http://www.sepi.unip.br/
1 - Organize seu tempo, separe uma hora do seu dia para o curso.
Equipe EAD-UCDB
DETALHAMENTO
67
objetivos. Converse com seu tutor ou professor, ele certamente terá boas
dicas, extraídas da experiência com outros alunos.
6. Procure ser um participante ativo de chats, encontros presenciais e outras
programações coletivas que o curso oferecer. Trocando experiências e idéias
você interage com seus colegas e professores ganhando, quase sempre,
conhecimentos adicionais que não estão no conteúdo do curso.
7. Se seu curso não possui um ambiente de chat ou uma comunidade virtual de
alunos, procure conhecer outros alunos que já estejam fazendo o curso há
mais tempo e tome a iniciativa, troque idéias via e-mail ou telefone sobre
aproveitamento do tempo, melhores momentos para estudar, etc... Integre-se
ao grupo.
8. Encontre o seu tempo certo de estudos no curso. Como não existem horários
rígidos para as aulas no ensino distância, você poderá estudar em qualquer
momento do dia, porém se você estudar por longos períodos de tempo faça
paradas a cada 20 ou 30 minutos. O aprendizado mais efetivo acontece
nesse período de tempo, fazendo assim, sua mente estará "fresca" para
absorver e reter o conhecimento.
9. Reflita sobre o que você tem aprendido. Nas pausas, ao completar fases ou
mesmo no final do curso faça uma análise para verificar o que foi assimilado
do conteúdo do seu curso. Tente aplicar os novos conceitos aprendidos no
seu dia a dia ou no trabalho. Teste o quão efetivos e valiosos são os seus
novos conhecimentos e sempre que precisar retorne para o material de
estudos.
10. Use todos os recursos disponíveis no material de apoio ou na interface
gráfica da web, aproveite dicas de leitura adicionais e esteja atento as
ferramentas que podem lhe ajudar a fixar os temas estudados como campos
para anotações e fóruns de discussão.
11. Compartilhe o que você tem aprendido. Uma das melhores maneiras de reter
o conhecimento adquirido é dividindo esse conhecimento com os outros.
12. Antes de se inscrever em um curso a distância, procure saber quais os
requisitos técnicos que o seu computador precisará ter para um bom
aproveitamento do curso (câmera; acesso à Internet com banda larga,
microfone, etc). Alguns sistemas de ensino a distância são mais "pesados"
que outros, além disso, um computador já ultrapassado pode ter dificuldade
em rodar programas específicos exigidos pelo curso.
Sabendo dos requisitos técnicos você evitará maiores surpresas e pode evitar
ter que investir em uma atualização de hardware fora de hora.
13. Com a educação à distância o treinamento pode ser mais flexível,
personalizado e um curso a distância é perfeito por isso: enquanto você
estiver na frente do seu computador você estará na sala de aula, no momento
em que desejar.60
60
Disponível em http://www.curso-distancia.com.br/2.educacao-distancia.htm. Data de
acesso: 10/10/2007.
68
Exercícios
69
(D) A integração com colegas e professores é dispensável, uma vez que os
elementos técnicos, câmeras, vídeos, sons, etc suprem a falta de
contato humano.
(E) Os cursos à distância privilegiam os alunos que tem mais tempo livre
para se dedicar às disciplinas.
70