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Indice

Introdução ....................................................................................................................................... 2

1.2 Objectivos ............................................................................................................................. 2

II. A NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ............................................................................. 3

2.1 Contextualização ................................................................................................................... 3

2.2 Definição ............................................................................................................................... 3

III. A NECESSIDADE DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ......................................... 4

IV. DIVERSIDADE DOS SITEMAS CONTABILISTICOS ........................................................ 5

V. NORMALIZAÇÃO NO SEIO DO IASC .................................................................................. 7

VI. A RÁPIDA APROXIMAÇÃO À NORMALIZAÇÃO DO IASC........................................... 9

6.1 Desenvolvimentos na União Europeia .................................................................................. 9

6.2. A Crescente Importância do IASC .................................................................................... 10

VII. NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA EM MOÇAMBIQUE ......................................... 11

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 14
Introdução
A globalização dos negócios, dos mercados de capitais e internacionalização de actividades,
como tendências económicas gerais, tem sido motivos que justificam a evolução da maioria das
matérias de natureza económica financeira e, também, contabilísticas. A adopção de práticas
contabilísticas diferentes em cada Pais, torna o processo de comparação dos relatos financeiros
de diferentes Países, uma tarefa difícil e acarretando elevados custos para as multinacionais que
são obrigadas a prepara várias demonstrações financeiras quanto ao número de países que opera.

É dentro deste contexto que o presente trabalho pretende Perscrutado o processo de


harmonização contabilística internacional, até a sua adopção em Moçambique.

1.2 Objectivos
Objectivo Geral

O objectivo geral deste trabalho é de fazer uma abordagem sobre o surgimento e a evolução da
harmonização contabilística internacional até a fase de Moçambique.

Objectivos específicos

 Descrever as diversas fases do processo de harmonização contabilística;


 Descrever as vantagens da harmonização contabilística;
 Intender como processo de normalização contabilística contribui de forma positiva para
as empresas;
 Fazer um breve estudo sobre a normalização contabilística em Moçambique.

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II. A NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
2.1 Contextualização
Em matéria contabilística, normalizar significa que as operações ou transacções realizadas tem
de ser relevadas em contas cuja definição, codificação, regras de movimentação e de valorimetria
estejam previamente definidas, sendo sintetizadas, apresentadas e divulgadas em modelos com
formatos normalizados.

Dentro desta perspectiva a teoria de contabilidade, designada de teoria normativa, tem como
objectivo estabelecer regras que conduzam à elaboração das demonstrações financeiras de forma
que estas proporcionarem a melhor medição e representação possíveis para os resultados e
situação financeira da empresa. Antes da existência do Plano Geral de Contabilidade e de outros
instrumentos de normalização contabilística, as empresas, em cada um dos seus sectores,
organizavam o seu plano de contas de acordo com as suas necessidades e conhecimentos
relativamente à organização.

2.2 Definição
Normalização contabilística refere-se portanto, a um conjunto de princípios, procedimentos e
critérios que devem ser uniformemente seguidos, no que diz respeito nomeadamente a
terminologia, âmbito e movimentação das contas, valorização dos elementos patrimoniais,
determinação dos resultados e apresentação das contas.

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III. A NECESSIDADE DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
A informação financeira que é preparada para accionista e os demais interessados da informação
financeira, é preparada em conformidade a um conjunto de princípios e procedimentos que
variam de pais para pais, e por consequência deste fenómeno, acontece a ausência de
comparabilidade dos diversos relatos financeiros entre os países, o que leva as seguintes
consequências:

a) Elevado custo na elaboração da informação financeira, uma vez que uma multinacional é
obrigada a preparar tantas demonstrações financeiras quanto ao número de países que
opera;
b) Os investidores e outros utentes da informação financeira, têm de conviver com as
diferenças dos relatos financeiros em cada pais, principalmente quando pretendem
analisar determinado sector de actividade à escala internacional, incorrem em despesas
extra de análise com as consequências negativas a elas associadas. Por exemplo, podem
não se aperceber de investimentos potencialmente lucrativos, uma vez que não
compreendem ou não confiam na informação financeira que lhes está associada; ou, ao
não se darem conta da natureza das diferenças contabilísticas, podem vir a tomar decisões
financeiras pouco correctas.

Em virtude de todas estas dificuldades inerentes ao processo de análise económico-financeira, a


concorrência entre os mercados de capitais mundiais é prejudicada e as empresas poderão ter de
suportar elevados custos de capital, em resultado das dificuldades criadas em torno da
compreensão da sua real situação económica e financeira. Mais ainda, a credibilidade da
informação financeira é posta em causa se uma empresa relatar diferentes resultados em
diferentes países, para o mesmo conjunto de transacções.

Por tudo isto, o número de interessados numa efectiva harmonização contabilística é cada vez
maior sendo de destacar a Interenational Accouting standard Commite (IASC), as empresas
multinacionais, as instituições financeiras de grande dimensão e diversas organizações.

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Segundo BELKAOUI (1992:480) a harmonização contabilística, trairá várias vantagens, em
primeiro lugar, para muitos países que ainda não tem um adequado conjunto de normas de
contabilidade e auditoria, a adopção de normas internacionais não só iria eliminar os custos de se
fazer um processo completo de normalização contabilística, porque o processo de concepção,
promulgação e imposição de normas contabilísticas envolve custos consideráveis, mas também,
permite que os países façam parte da tendência contabilística dominante.

Em segundo lugar, com a crescente internacionalização das economias mundiais e o aumento da


interdependência entre nações, a harmonização contabilística facilita as transacções
internacionais, a fixação de preços e as decisões de afectação dos recursos económicos, tornando
os mercados financeiros internacionais mais eficientes. Por último, com a necessidade das
empresas aumentarem o seu capital através da emissão de acções ou obrigações, os fornecedores
de capital baseiam-se na informação financeira proporcionadas pelas empresas para a tomada de
melhores decisões de investimento e financiamento, e os mesmos mostram uma tendência na
preferência de relatos financeiros comparáveis.

IV. DIVERSIDADE DOS SITEMAS CONTABILISTICOS

Antes de procurar compreender os esforços e as consequências envolvidas no processo de


harmonização das demonstrações contábeis em nível mundial, impera que se entendam os
aspectos que fazem com que a contabilidade praticada por um país seja diferente da de outro.

As Normas contabilísticas de determinado país são influenciadas por uma multiplicidade de


factores. Os procedimentos contabilísticos são resultantes de vários factores envolventes, como a
cultura, os sistemas político, religioso e económico, do país onde são postos em prática.

Para NOBRES (1996b), possivelmente, umas das principais causas das diferenças contabilísticas
a nível internacional, deve-se a variação no método predominante de financiamento das
empresas. Nos Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido, os grandes financiadores das
empresas são os accionistas, pelo que, toda a informação financeira está orientada para o
investidor bolsista, que não tendo acesso a informação interna da empresa, pressionou a sua
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divulgação pública. Tal facto fez desenvolver as práticas contabilísticas nestes países, como
sejam, a consolidação de contas, a demonstração dos fluxos de caixa, o relato financeiro
intercalar, e a informação financeira segmentada.

Enquanto que, noutros países como Alemanha, Franca, Itália e Japão, os financiamentos são
grande parte feitos pelos Bancos e pequenos grupos financeiros familiares. Nestes Países, os
investidores privados, assim como a necessidade de publicação e auditoria das contas, tem pouca
importância. Uma vez que muitas empresas são dominadas pelas seguradoras, Bancos, pelo
Estado ou por famílias de proprietários, estes não necessitam de informação financeira detalhada,
na medida em que sendo detentores de capital da empresa, pertencem à sua administração, ou
seja, são simultaneamente preparadores e utilizadores da informação financeira.

Nobres (1996b), acrescenta que outra causa responsável para os desequilíbrios a nível
internacional, é a influência da fiscalidade na contabilidade, uma vez que, as regras fiscais
sobrepõem-se às contabilísticas, obrigando as empresas a registar os custos e proveitos de acordo
com as primeiras, verificando-se em alguns casos a subversão na aplicação dos Princípios De
Contabilidade Geralmente Aceites (PCGA), de tal forma que a informação financeira permita
determinar o montante de imposto a pagar pela empresa.

Nos EUA e no Reino Unido, o relato financeiro foi concebido, a prior, no sentido de ser útil para
os mercados de capitais e não para efeitos de determinação da matéria colectável das empresas.
Existe aqui um alto grau de separação entre as normas contabilísticas e fiscais. Nestes Países, o
principal objectivo do relato financeiro é o de fornecer uma imagem verdadeira e apropriada da
posição financeira da empresa e dos resultados das operações por ela efectuadas e, nessa medida,
os critérios fiscais não devem interferir na obtenção dessa mesma informação. Por conseguinte,
nestes países o resultado fiscal acabará por usar, como ponto de partida, o resultado
contabilístico, introduzindo-lhe as correcções extra - contabilísticas tidas como necessárias, em
face das exigências próprias do sistema tributário.

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Os utentes da informação financeira, em países como os Estados Unidos da América e o Reino
Unido, esperam obter uma imagem verdadeira e apropriada dos resultados e da posição
financeira da empresa, que os ajude na tomada de decisões económicas e financeiras. Pelo
contrário, em muitos outros países, o objectivo é o de assegurar a existência de uma
contabilidade prudente com vista à protecção dos credores e/ou propiciar uma contabilidade
uniforme que sirva de base à função tributária.

V. NORMALIZAÇÃO NO SEIO DO IASC

Por forma a alcançar uma desejável harmonização contabilística, a União Europeia, adoptou um
processo governamental, envolvendo representantes dos diferentes Estados Membros que
preparam projectos de lei para o uso das normas, Trata-se de um sistema contabilístico suportado
pelo poder político, dotado de autoridade normativa, e de comprimento obrigatório.

Diferentemente da metodologia seguida na União Europeia, o IASC procura alcançar o seu


objectivo de homogeneização da informação financeira através da normalização das práticas
contabilísticas. Dada a falta de capacidade coercitiva do IASC para impor as suas normas, à
medida que os profissionais vão aceitando as normas, num processo cada vez mais generalizado
dada a vocação internacional da contabilidade, podemos dizer que esta interiorização tem
constituído a base para a internacionalização das mesmas.

As pressões exercidas pelas empresas multinacionais e pelas empresas de auditoria, no sentido de


uma harmonização contabilística à escala internacional, conduziram à criação, em 1973, do
IASC. Constituído por associações de profissionais de vários países, que desenvolveu um
modelo de harmonização caracterizado por:
 Envolver a profissão e não os governos;
 Estabelecer normas de aceitação voluntária e não leis;

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 Utilizar uma estrutura conceptual, onde predomina a substância sobre a forma e a
divulgação da informação financeira ao invés de a ocultar;
 Ter como objectivo o de proporcionar, aos mercados financeiros, informação verdadeira
e apropriada, motivado pela preocupação fundamental de auxiliar investidores e
financiadores na tomada das suas decisões económicas e financeiras

Atentos ao facto de existirem em diferentes países formas diversas de tratar contabilisticamente


uma mesma matéria e que muitas jurisdições nem sequer ainda abordaram muitas áreas
contabilísticas, o IASC optou por uma estratégia multifacetada, desenhada para servir uma
audiência tanto mais vasta quanto possível. Assim, por forma a dar continuidade aos seus
objectivos a IASC, optou pelas seguintes medidas:
 Persuadir os seus membros a convidar o IASC sempre que dois ou mais países, que não
partilhem da mesma legislação, se proponham a discutir sobre princípios contabilísticos;
 Encorajar os países que não tenham normas contabilísticas próprias a adoptar as do IASC
como normas nacionais do país;
 Convidar outros países que, apesar de terem normas próprias, carecem de regulamentação
em certos assuntos particulares, a adoptar as soluções do IASC como a base para a
emissão de normas nacionais nessa matéria em concreto; garantem, desta forma, um certo
nível de qualidade e compatibilidade para aquela norma em particular, reduzindo,
simultaneamente, tanto o tempo como os custos de desenvolvimento necessários à
produção da mesma;
 Sugerir aos países que já têm normas de contabilidade a necessidade de as comparar com
as normas internacionais com vista a eliminar qualquer diferença significativa;
 Esforçar-se por demonstrar àqueles países, que têm a estrutura das suas práticas
contabilísticas definidas na lei, os benefícios de uma harmonização com as normas
internacionais de contabilidade.

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VI. A RÁPIDA APROXIMAÇÃO À NORMALIZAÇÃO DO IASC

6.1 Desenvolvimentos na União Europeia

Durante muitos anos, a União Europeia viu o IASC como um rival em termos de
normalização contabilística, porque as filosofias destes dois organismos são bastante diferentes.
Em particular, a União Europeia sentiu que não podia apoiar-se as normas emitidas por um
organismo do sector privado, sem qualquer autoridade legal explícita. No início de 1995, a
Comissão Europeia ainda colocava as hipóteses de constituir um organismo normalizador
europeu, sob o seu controlo, ou alargar o âmbito das directivas, opção esta que atingir resultados
satisfatórios tendo atingido um certo grau de harmonização, em particular:
 A redução da variedade de formatos das demonstrações financeiras, sem no entanto
conseguir a sua eliminação para apenas um;
 Aumento das divulgações e a exigência de auditorias às contas das empresas;
 A obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em toda a União
Europeia, situação rara, ou praticamente inexistente, em muitos países comunitários, no
início da década de oitenta.

Apesar dos seus esforços não conseguiram harmonizar as práticas contabilísticas dos países
comunitários, pois sua norma contabilística de referência, a 4ª directiva, contém uma grande
quantidade de opções que, por um lado, se torna necessário reduzir por forma a melhorar a
comparabilidade, mas, por outro, parece improvável de ser conseguido pois dificilmente se
chegaria a um consenso com vista à sua aceitação. E ainda que tal fosse possível, os prazos de
negociação e transposição das normas são bastante alargados e os problemas actuais requerem
soluções a curto prazo.

Na Europa, as directivas comunitárias obrigam à elaboração e divulgação da informação


financeira, mas apesar da consistência do aspecto exterior, permanecem diferenças que
comprometem de forma substancial a transparência e comparabilidade da informação. A
implementação de reformas tem, por isso, carácter de urgência, na medida em que, se tal não

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acontecer, as inconsistências continuarão e o relato financeiro europeu permanecerá
fragmentado, impedindo, desta forma, o desenvolvimento de um eficiente e competitivo mercado
de capitais europeu.

Consequentemente a União Europeia, através de uma comissão, na sua estratégia contabilística


de 1995, expressou a sua preferência pelas IAS, tendo, desde então, apoiado os esforços
conjuntos do IASC e da IOSCO com vista à criação de um único conjunto de normas de relato
financeiro a dar cumprimento por parte das empresas cotadas, ou que pretendam ser admitidas à
cotação, em qualquer praça financeira do globo.

Na opinião da Comissão, o sucesso desta estratégia é fundamental para o alcançar do importante


objectivo de implementar, no espaço europeu, um eficiente e competitivo mercado de capitais, o
qual necessita de um relato financeiro comparável e reconhecido internacionalmente, assente
num normativo transparente, compreensível, correctamente auditado e de aplicação generalizada.

6.2. A Crescente Importância do IASC


A profissão contabilística desde há muito que reconheceu a necessidade de ter uma estrutura
harmonizada à escala global. Há mais de vinte e sete anos, a profissão contabilística tomou a
iniciativa de constituir o International Accounting Standards Committee (IASC) e o
International Federation of Accountants (IFAC), com o intuito de produzir uma orientação em
resposta às cada vez maiores exigências da comunidade empresarial. São estes dois organismos
que estão incumbidos de desenvolver normas internacionais harmonizadas para a preparação e
verificação da informação das organizações.

NOBES (1996a) refere que, primeiramente, o IASC era visto como uma arma inofensiva pelos
principais países anglo-saxónicos, embora muitos países da Europa Continental o encarassem
como um “Cavalo de Tróia”, que escondia o inimigo contabilístico anglo-saxónico dentro de
uma fachada internacional respeitável, mas toda esta situação começou a mudar à medida que a
IASC atingia a sua maturidade.

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O IASC já fez consideráveis progressos na senda da sua aceitação mundial, sendo de destacar os
seguintes (NOBES, 1996a):
 As normas contabilísticas, num número cada vez maior de países, baseiam-se fortemente,
ou até mesmo na sua totalidade, nas IAS;
 Várias grandes empresas alemãs (e.g. Bayer, Deutsche Bank) começaram a utilizar as
IAS na preparação das suas contas consolidadas, juntamente com, ou em alternativa, às
normas alemãs;
 IOSCO e IASC anunciaram planos para a elaboração de um corpo de normas para todo o
mundo;
 A União Europeia abandonou o seu propósito de elaborar um conjunto normativo próprio
passando a alinhar na normalização contabilística do IASC;
 Os organismos de normalização anglo-saxónicos passaram a coordenar as suas
actividades na tentativa de evitar e eliminar diferenças existentes;
 O IASC tentou colocar-se à frente dos organismos de normalização nacionais na
resolução de problemas contabilísticos novos, designadamente na área dos instrumentos
financeiros, por forma a prevenir antecipadamente diferenças internacionais.

VII. NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA EM MOÇAMBIQUE

O actual modelo de normalização contabilística nacional para as empresas comerciais,


industriais e outras (que não estejam no ramo de seguros e bancário), foi introduzido com a
publicação do Decreto n.º 36/2006, de 21 de Setembro, que aprova o Plano Geral de
Contabilidade. O referido plano é a aplicação obrigatória nos seus vários aspectos,
nomeadamente código e modalidades de funcionamento de contas, terminologia, critérios
valorimétricos, entre outros.

A competência para a alteração de quaisquer elementos do Plano Geral de Contabilidade bem


como a regulamentação sobre aspectos relativos à sua interpretação e aplicação foi atribuída ao
Ministério da Finanças.

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Em Moçambique o Plano Geral de Contabilidade constitui a peca mais importante da
normalização contabilística e tem por objectivo a normalização da contabilidade das empresa,
assegurando a homogeneidade do sistema de informação e controlo económicos necessários à
direcção da economia nacional. O plano Geral de contabilidade estabelece:

 Um código de contas;
 Uma terminologia;
 Modalidades e funcionamento das contas;
 Critérios valorimétricos;
 Métodos gerais de determinação dos resultados
 Modelos de elaboração de balanços e de demonstrações financeiras.

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CONCLUSÃO
A contabilidade é a linguagem dos negócios, é uma ferramenta que pretende ser útil no processo
de tomada de decisão dos seus usuários. Ocorre que o processo de comunicação dos seus
relatórios com esses usuários fica dificultado pela existência de diferenças em seus modelos
internacionais.

Analisando-se o processo de harmonização contabilística, depreende-se que o mesmo tem como


maiores benefícios: a facilidade proporcionada às companhias que pretenderem se capitalizar no
mercado de capitais internacional; a redução dos custos envolvidos com a migração de um
sistema contabilístico para outro, afectando empresas multinacionais que possuam subsidiárias
em diversos países; redução de custos para a realização de trabalhos de auditoria; além da já
mencionada comparabilidade das informações contabilísticas.

Foi possível também verificar que Moçambique não ficou detrás no processo da normalização
contabilística pro forma a seguir as tendências de relato financeiro usadas a nível internacional,
com a introdução do Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto n.º 36/2006, de 21 de
Setembro.

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BIBLIOGRAFIA

1. IUDÍCIBUS, S. (1989), Teoria da Contabilidade, 2ª Edição, 2ª tiragem, Atlas, São Paulo.

2. INSTITUTO DE AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL – IBRACON. NPC nº


20. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc20.htm>.
Acesso em 26 Setembro de 2009;

3. BELKAOUI, A. R. (1992), Accounting Theory, 3rd Edition, The Dryden Press, Londres.
Disponível em <http://books.google.co.mz/books?id=fE9STcvKw-
QC&printsec=frontcover&dq=2.%09BELKAOUI,+A.+R.+(1992),+Accounting+Theory,
+3rd+Edition,+The+Dryden+Press&hl=en&sa=X&ei=LElMUveQMIXTsgbUt4GgAw&
redir_esc=y#v=onepage&q&f=false htm>. Acesso em 26 Setembro de 2009;

4. NOBES, Christopher (1996b), International Guide to Interpreting Company Accounts


1996-97, FT Financial Publishing, Pearson Professional Limited, Londres Disponivel em
<http://books.google.co.mz/books?id=6BybXwAACAAJ&dq=NOBES,+Christopher+(1
996b),&hl=pt-PT&sa=X&ei=2klMUrCiFqWm0QXv24HABw&ved=0CCwQ6AEwAA,
Acesso em 22 Setembro de 2009;

5. Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto n.º 36/2006, de 21 de Setembro.

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