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Introdução ....................................................................................................................................... 2
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 14
Introdução
A globalização dos negócios, dos mercados de capitais e internacionalização de actividades,
como tendências económicas gerais, tem sido motivos que justificam a evolução da maioria das
matérias de natureza económica financeira e, também, contabilísticas. A adopção de práticas
contabilísticas diferentes em cada Pais, torna o processo de comparação dos relatos financeiros
de diferentes Países, uma tarefa difícil e acarretando elevados custos para as multinacionais que
são obrigadas a prepara várias demonstrações financeiras quanto ao número de países que opera.
1.2 Objectivos
Objectivo Geral
O objectivo geral deste trabalho é de fazer uma abordagem sobre o surgimento e a evolução da
harmonização contabilística internacional até a fase de Moçambique.
Objectivos específicos
Dentro desta perspectiva a teoria de contabilidade, designada de teoria normativa, tem como
objectivo estabelecer regras que conduzam à elaboração das demonstrações financeiras de forma
que estas proporcionarem a melhor medição e representação possíveis para os resultados e
situação financeira da empresa. Antes da existência do Plano Geral de Contabilidade e de outros
instrumentos de normalização contabilística, as empresas, em cada um dos seus sectores,
organizavam o seu plano de contas de acordo com as suas necessidades e conhecimentos
relativamente à organização.
2.2 Definição
Normalização contabilística refere-se portanto, a um conjunto de princípios, procedimentos e
critérios que devem ser uniformemente seguidos, no que diz respeito nomeadamente a
terminologia, âmbito e movimentação das contas, valorização dos elementos patrimoniais,
determinação dos resultados e apresentação das contas.
a) Elevado custo na elaboração da informação financeira, uma vez que uma multinacional é
obrigada a preparar tantas demonstrações financeiras quanto ao número de países que
opera;
b) Os investidores e outros utentes da informação financeira, têm de conviver com as
diferenças dos relatos financeiros em cada pais, principalmente quando pretendem
analisar determinado sector de actividade à escala internacional, incorrem em despesas
extra de análise com as consequências negativas a elas associadas. Por exemplo, podem
não se aperceber de investimentos potencialmente lucrativos, uma vez que não
compreendem ou não confiam na informação financeira que lhes está associada; ou, ao
não se darem conta da natureza das diferenças contabilísticas, podem vir a tomar decisões
financeiras pouco correctas.
Por tudo isto, o número de interessados numa efectiva harmonização contabilística é cada vez
maior sendo de destacar a Interenational Accouting standard Commite (IASC), as empresas
multinacionais, as instituições financeiras de grande dimensão e diversas organizações.
Para NOBRES (1996b), possivelmente, umas das principais causas das diferenças contabilísticas
a nível internacional, deve-se a variação no método predominante de financiamento das
empresas. Nos Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido, os grandes financiadores das
empresas são os accionistas, pelo que, toda a informação financeira está orientada para o
investidor bolsista, que não tendo acesso a informação interna da empresa, pressionou a sua
Normalização Contabilistica – OluwashinaMilagre Tivane- ISGECOF 2013 5
divulgação pública. Tal facto fez desenvolver as práticas contabilísticas nestes países, como
sejam, a consolidação de contas, a demonstração dos fluxos de caixa, o relato financeiro
intercalar, e a informação financeira segmentada.
Enquanto que, noutros países como Alemanha, Franca, Itália e Japão, os financiamentos são
grande parte feitos pelos Bancos e pequenos grupos financeiros familiares. Nestes Países, os
investidores privados, assim como a necessidade de publicação e auditoria das contas, tem pouca
importância. Uma vez que muitas empresas são dominadas pelas seguradoras, Bancos, pelo
Estado ou por famílias de proprietários, estes não necessitam de informação financeira detalhada,
na medida em que sendo detentores de capital da empresa, pertencem à sua administração, ou
seja, são simultaneamente preparadores e utilizadores da informação financeira.
Nobres (1996b), acrescenta que outra causa responsável para os desequilíbrios a nível
internacional, é a influência da fiscalidade na contabilidade, uma vez que, as regras fiscais
sobrepõem-se às contabilísticas, obrigando as empresas a registar os custos e proveitos de acordo
com as primeiras, verificando-se em alguns casos a subversão na aplicação dos Princípios De
Contabilidade Geralmente Aceites (PCGA), de tal forma que a informação financeira permita
determinar o montante de imposto a pagar pela empresa.
Nos EUA e no Reino Unido, o relato financeiro foi concebido, a prior, no sentido de ser útil para
os mercados de capitais e não para efeitos de determinação da matéria colectável das empresas.
Existe aqui um alto grau de separação entre as normas contabilísticas e fiscais. Nestes Países, o
principal objectivo do relato financeiro é o de fornecer uma imagem verdadeira e apropriada da
posição financeira da empresa e dos resultados das operações por ela efectuadas e, nessa medida,
os critérios fiscais não devem interferir na obtenção dessa mesma informação. Por conseguinte,
nestes países o resultado fiscal acabará por usar, como ponto de partida, o resultado
contabilístico, introduzindo-lhe as correcções extra - contabilísticas tidas como necessárias, em
face das exigências próprias do sistema tributário.
Por forma a alcançar uma desejável harmonização contabilística, a União Europeia, adoptou um
processo governamental, envolvendo representantes dos diferentes Estados Membros que
preparam projectos de lei para o uso das normas, Trata-se de um sistema contabilístico suportado
pelo poder político, dotado de autoridade normativa, e de comprimento obrigatório.
Durante muitos anos, a União Europeia viu o IASC como um rival em termos de
normalização contabilística, porque as filosofias destes dois organismos são bastante diferentes.
Em particular, a União Europeia sentiu que não podia apoiar-se as normas emitidas por um
organismo do sector privado, sem qualquer autoridade legal explícita. No início de 1995, a
Comissão Europeia ainda colocava as hipóteses de constituir um organismo normalizador
europeu, sob o seu controlo, ou alargar o âmbito das directivas, opção esta que atingir resultados
satisfatórios tendo atingido um certo grau de harmonização, em particular:
A redução da variedade de formatos das demonstrações financeiras, sem no entanto
conseguir a sua eliminação para apenas um;
Aumento das divulgações e a exigência de auditorias às contas das empresas;
A obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em toda a União
Europeia, situação rara, ou praticamente inexistente, em muitos países comunitários, no
início da década de oitenta.
Apesar dos seus esforços não conseguiram harmonizar as práticas contabilísticas dos países
comunitários, pois sua norma contabilística de referência, a 4ª directiva, contém uma grande
quantidade de opções que, por um lado, se torna necessário reduzir por forma a melhorar a
comparabilidade, mas, por outro, parece improvável de ser conseguido pois dificilmente se
chegaria a um consenso com vista à sua aceitação. E ainda que tal fosse possível, os prazos de
negociação e transposição das normas são bastante alargados e os problemas actuais requerem
soluções a curto prazo.
NOBES (1996a) refere que, primeiramente, o IASC era visto como uma arma inofensiva pelos
principais países anglo-saxónicos, embora muitos países da Europa Continental o encarassem
como um “Cavalo de Tróia”, que escondia o inimigo contabilístico anglo-saxónico dentro de
uma fachada internacional respeitável, mas toda esta situação começou a mudar à medida que a
IASC atingia a sua maturidade.
Um código de contas;
Uma terminologia;
Modalidades e funcionamento das contas;
Critérios valorimétricos;
Métodos gerais de determinação dos resultados
Modelos de elaboração de balanços e de demonstrações financeiras.
Foi possível também verificar que Moçambique não ficou detrás no processo da normalização
contabilística pro forma a seguir as tendências de relato financeiro usadas a nível internacional,
com a introdução do Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto n.º 36/2006, de 21 de
Setembro.
3. BELKAOUI, A. R. (1992), Accounting Theory, 3rd Edition, The Dryden Press, Londres.
Disponível em <http://books.google.co.mz/books?id=fE9STcvKw-
QC&printsec=frontcover&dq=2.%09BELKAOUI,+A.+R.+(1992),+Accounting+Theory,
+3rd+Edition,+The+Dryden+Press&hl=en&sa=X&ei=LElMUveQMIXTsgbUt4GgAw&
redir_esc=y#v=onepage&q&f=false htm>. Acesso em 26 Setembro de 2009;