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Assim quando no direito romano se diz que não se deve prejudicar ninguém,
significa que as leis devem proteger as pessoas e os bens, estabelecendo mecanismos
suficientes para evitar possíveis danos.
O terceiro preceito de Ulpiano, parte da ideia de que tudo aquilo que se cumpre
conforme a lei corresponde a cada um. Ou seja, de outra forma, a intenção da justiça
não deve limitar-se apenas ao respeito das leis, mas também deve ser capaz de
estabelecer quais prerrogativas correspondem a cada membro da comunidade.
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Com a sua gradual evolução rumo a uma maior autonomia do cidadão como
indivíduo, codificou-se o direito arcaico vigente nas XII Tábuas, em 450 a.C. Foi um
direito extremamente cruel, primitivo e religioso, com disposições como a de que “Se
alguém matar o pai ou a mãe, que se lhe envolva a cabeça e seja colocado em um saco
costurado e lançado ao rio.” No entanto, graças ao ferrenho tradicionalismo romano,
não se desconsiderou o direito arcaico mesmo na época de Justiniano.
Com esta grande produção jurídica concreta por parte dos magistrados e
jurisconsultos, o direito romano viveu, no período clássico, sua época de maior génio
criativo.
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cunho original além das constituições imperiais, acompanhando a decadência da
civilização em quase todos os sectores.
Lei e Plebiscito os quais eram aprovados por meio da manifestação popular, podendo se
manifestar os cidadãos romanos;
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Senatus-Consultos tratava-se de decisões tomadas pelo senado, direccionadas aos
magistrados, as quais deveriam ser convertidas em indirectamente em nova legislação
imperial;
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O Direito Romano constituiu um corpo jurídico sem igual nos tempos antigos e
forneceu as bases do direito. As estradas romanas, perfeitamente pavimentadas, uniam
todas as províncias do império e continuaram a facilitar os deslocamentos por terra dos
povos que se radicaram nas antigas terras imperiais ao longo dos séculos, apesar de seu
estado de abandono.
A arte Romana não foi original, mas Roma transmitiu os feitos dos artistas
gregos. Os poucos vestígios que sobreviveram da pintura romana mostram que as
tradições gregas continuavam vivas.
O Direito que todos exercemos e é tutelado pelo Estado, tem origem no Direito
Romano que rompeu barreiras por mais de doze séculos até chegar aos nossos dias,
redesenhado a nossa realidade, entretanto vigora institutos dentre os quais o de compra e
venda, da liberdade, arrendamento de terras, empréstimo, depósito, comodato, penhor,
hipoteca, pátrio poder (poder familiar) , usucapião, divórcio, testamento, tutela, curatela,
adopção e outros.
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O direito romano é “descoberto” para estudo, na Itália quando o monge Irnério
que no século XII funda a escola dos Glossadores em Bolonha (Itália), com objetivo de
reorganizar as normas para poder aplica-las, utilizando manuscritos do Digesto.
Nos séculos XII e XIII, foi fundada a escola dos pós-glosadores que realizavam
comentários sobre o Corpos Iuris Civilis, fazendo com que o direito romano pudesse ser
utilizado como base para o direito moderno. O ius civile se desenvolveu para regular as
relações económicas entre os cidadãos romanos, desta forma são notáveis as
contribuições desse povo para o direito.
Nos dias de hoje, o direito romano não é aplicado em nenhuma jurisdição, embora
os sistemas jurídicos de alguns países como a África do Sul e São Marinho, ainda sejam
baseados no antigo jus commune. Muitas regras derivadas do direito romano ainda se
aplicam às ordens jurídicas de diversos países, que o incorporaram de um modo mais
sistemático e expresso em suas línguas nacionais.
A última nação na qual vigorou foi a Alemanha, até 1º de janeiro de 1900, sob o
título de Direito das Pandectas, parte principal da legislação alemã. Nesse dia, entrou
em vigor o código civil alemão. No entanto, o ensino do direito romano figura nos
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cursos de direito de algumas faculdades de muitos países civilizados, embora suas
legislações não apresentem pontos de semelhança com as leis romanas.
Satisfaz a todos os interesses, dos menores aos maiores, aos morais e aos
materiais, na proporção de seus valores; submete a regra imposta, pelos casos comuns,
as exigências dos casos particulares, sem se tornar enfraquecido ou inseguro, para que
dá razão aos fortes, mas não deixa indefesos os fracos, onde a defesa possa tornar-se
útil; permanece firme sobre a sólida base de poucos institutos, apresentando
simplicidade, variedade e harmonia de estrutura e é inteiramente animado pelas
necessidades, pelos sentimentos e pelas ideias próprias dos homens dignos, sob todos os
aspectos.
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Conclusão
Portanto, depois de una análise podemos assim concluir que o direito romano
teve um papel fundamental, sendo determinante na hora de estabelecer as normas que
regiam as relações humanas daquela sociedade. O direito romano também teve grande
importância na hora de dar novos conceitos aos que anteriormente não existiam nestas
comunidades, apresentando autoridade e liberdade não como termos opostos, mas sim
como termos complementares.
Desta maneira, o estudo do direito romano foi decisivo para entender a evolução
da mentalidade europeia, proporcionando uma série de ferramentas que ainda hoje são
úteis para os juristas modernos. Ainda assim, em certas ocasiões, os actuais juristas se
baseiam nas fontes romanas e na sua metodologia a solução para alcançar uma perfeita
interpretação da norma vigente.
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Referências Bibliográficas
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