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LÍNGUA INGLESA
Luanda, 2017
I
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM NO TRABALHO: AS
OPÇÕES DOS TRABALHADORES DA EMPRESA ZUREMA
Luanda, 2017
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Declaro sob minha honra, que este trabalho de fim do Curso é resultado da
minha investigação pessoal e independente, o seu conteúdo e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas de rodapé e nas
referências bibliográficas.
O Candidato
___________________________
Declaro que tudo quanto me foi possível verificar, este trabalho de fim do
Curso, é resultado da investigação pessoal e independente da candidata.
O Professor Orientador
____________________________
ACTA DE APROVAÇÃO
Presidente da Mesa
______________________________
Primeiro Vogal
_____________________________
Segundo Vogal
______________________________
Secretário
______________________________
DEDICATÓRIA
I
AGRADECIMENTOS
Ebenezer;
Ser grato, saber agradecer, gratidão é um valor e uma atitude que faz bem a
alma. É o reconhecimento de que não conseguimos nada sozinhos, mas com a ajuda dos
outros. Por isso, tenho muito a agradecer a todas as mãos que teceram junto comigo as
páginas dessa dissertação, através do apoio, dos sorrisos, palavras de incentivos,
reconhecimento.
Sobretudo, sou grata pela linda família que Deus permitiu que nascesse e por ter
colocado pessoas especiais no meu caminho, que me apoiaram e me incentivaram ao
longo dessa caminhada.
Ao meu Orientador, o Prof. Doutor João Saveia, por ter aceitado o meu interesse
de pesquisa, mesmo tardiamente, por me ter acolhido, incentivado e me auxiliado na
construção e execução deste sonho. Aprendi muito com o seu conhecimento, mas, sobre
tudo, com o jeito de ser, de conduzir as situações, com dedicação e respeito aos outros.
Ao José Leonídio que sempre esteve disponível para me apoiar servindo-me de
um coorientador, muito obrigado pela prontidão que sempre demonstrou.
Agradeço a minha família, por embarcar comigo em todos os meus sonhos, por
me apoiar de forma irrestrita e por ser sempre fonte de compreensão e de amor.
À minha mãe, Laurinda Quiteculo meu exemplo de dedicação, amor e
determinação, meu agradecimento por todos os momentos que me deu colo, me
acalentou para que eu recuperasse minhas energias. Muito obrigada por sempre
acreditar em mim.
Meu Pai, Bernardo Quiteque, com o seu amor sempre está presente.
Meu Papito, meu pai do coração, leitor nato, escrevinhador, agradeço pelo incentivo
meu pai dizia sempre “ filha você não tem mais nada a fazer se não estudar” e
principalmente, pelo amor e dedicação.
Meus irmãos Lena, Daniel, Jó, Nádia e William Quiteque, conviver com cada
um de vocês com o coração tão puro e que têm o sobrenome sinceridade só permite que
eu cresça a cada dia. Muito obrigado por todo apoio de cada um de vocês meus irmãos,
pelo carinho e torcida.
Aos docentes que marcaram minha trajectória estudantil: Professor Fernando
Kawendimba este superou todas as minhas expectativas enquanto aluna que com o seu
jeito “contundente” e ao mesmo tempo acolhedor me tirou da zona de conforto muito
obrigado pelos ensinamentos,
Dra. Sandra Aragão, e Dr. Felipe Zeferino, por cada ensinamento, cada olhar, pela
paciência, e pela compreensão.
Ao meu namorado Jorge Cardoso o “delegado pacífico” sempre presente em cada
momento de escrita desta monográfica, estendo-o o meu abraço apertado.
Aos colegas de turma, Cândida Guedes, Sheila Carina, Márcia Silva, Ana Gil,
Tânia Manuel e Ivandria Barros. Obrigada pelo acolhimento, pelo apoio nos momentos
mais “tensos” de aulas e provas, apesar de todo o esforço, que cada um vivenciou no seu
dia-a-dia para conciliar trabalho, família e estudo, dos vários quilômetros percorridos
por muitos de nós todas as semanas; reencontrá-los todas as segundas-feiras era fonte de
inspiração e alegria.
Aos amigos da escola, da faculdade, do trabalho, da vida, a todos que de alguma
forma contribuíram para que conseguisse concluir a licenciatura, através de palavras de
incentivos, sorrisos e abraços.
Em especial agradeço:
Agradeço ao Magnífico Reitor da Instituição por ter permitido a realização e
apresentação desta monografia.
Aos meus colegas de trabalho, contei com a boa vontade de cada um deles que tão
prontamente responderam os questionários e perguntavam-me sempre “já terminou a
pesquisa a qual nos destes aqueles questionários” estamos a torcer por ti.
III
RESUMO
IV
ABSTRACT
The present monograph was subordinated to the theme Strategies of learning in the
work. In order to give consistency to its approach, the following question was raised:
"What strategies are used by Zurema (Fictitious Name) company employees to acquire
knowledge and skills in their work context?" Objective to diagnose the strategies used
by workers to acquire knowledge and skills in their own workplace. The research was
quantitative, which according to Vianna (2001) involves numerical data, worked from
statistical procedures varied and adapted to each specific situation. Data were collected
through a Learning Strategies Scale Adapted from Brandão and Borges-Andrade
(2015). This is a self-filled questionnaire, that is, those that are read and completed by
the respondents themselves, without the need for intervention or guidance from third
parties.
Key words: 1. strategy; 2. learning; 3. work; 4. learning at work.
V
ÍNDICE
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................II
RESUMO.................................................................................................................................III
ABSTRACT.............................................................................................................................IV
LISTA DE QUADROS............................................................................................................V
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
1.1. Aprendizagem................................................................................................................5
Característica...................................................................................................................10
Categoria..........................................................................................................................18
CAPITULO II – MÉTODOLOGIA......................................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................33
SUGESTÕES...........................................................................................................................34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................35
APÊNDICE..............................................................................................................................39
LISTA DE QUADROS
1
concorrem para a elaboração de estratégias que projectam e pautam a organização pela
excelência. Aliados a esta perspectiva, Abbad, Borges - Andrade e Nogueira (2006)
salientam que esse tipo de aprendizagem informal ocorre sem sistematização e em
função dos interesses dos indivíduos e não pode prescindir de um ambiente
organizacional que favoreça a organização, disseminação e armazenamento de
informações.
Aprender é importante, pois o individuo que não aprende fica onde está
conforme entrou. As organizações e os trabalhadores devem buscar métodos e técnicas
que convirjam num resultado equilibrado, no que toca ao ensinar e ao aprender. Os
indivíduos passavam por um processo de recrutamento e selecção antes da sua
actividade como membro da organização, neste processo lhe são apresentados os
elementos chaves para guiar-se dentro da empresa, portanto é necessário que ao se
verificar um desvio relactivamente as condutas estabelecidas, necessário é que se optem
pelas estratégias de aprendizagens que serão apresentadas ao longo de toda essa
monografia.
Assim para uma melhor compreensão que se quis e é necessário que se deia há um
trabalho desta natureza levantou-se a seguinte pergunta de partida:
Importa salientar que Zurema é um nome fictício, pois não nos foi autorizado
divulgar o nome da empresa em que foi feita a pesquisa, embora o foco tenha sido
apenas os trabalhadores e não envolve o nome da empresa como tal.
2
trabalhadores para a aquisição de conhecimentos e habilidades em seu próprio
local de trabalho.
No que a justificativa diz respeito, penso que ao longo dos quatro anos de
formação em psicologia, fomos enriquecendo a nossa grelha de leitura dos factos,
especialmente nas organizações que, dentre os vários objectivos que se propõem,
pretendem ascender constantemente a nível quantitativo e qualitativo. A possibilidade
de alcançar resultados positivos tem passado incontornavelmente pelo colaborador que
em função do seu nível de aprendizagem oferecerá o seu contributo para o
engrandecimento de todos e de tudo na organização.
Neste sentido, achamos importante estudar este tema porque o colaborador tem de
estar em constante desenvolvimento vendo que a aprendizagem no trabalho vem sendo
tradicionalmente associada às acções de treinamento e desenvolvimento, que são
definidas por Abbad e Borges-Andrade (2004), como acções organizacionais que
utilizam uma tecnologia instrucional.
3
de trabalho, e cuja perspectiva se insere no foco de Aprendizagem no trabalho e será
altamente relevante.
4
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA E CONCEPTUAL
1.1. Aprendizagem
5
Quadro 1 - Comparação entre teorias cognitivistas, construtivistas e comportamentalistas. 5
6
aprendizagem esse controle pode ser exercido em três momentos: no planeamento da
tarefa, na regularem de sua execução ou no desdobramento de uma estratégia de
aprendizagem. Ressalta-se que uma reflexão consciente sobre a aprendizagem ajudará
não apenas a exercer mais controle sobre nossos modos de aprender como também a
compreender melhor as lacunas e possibilidades.
(3) Criar conceitos que integrem suas observações em teorias sólidas em termo de
lógica e (4) usar estas teorias para tomar decisões e resolver problemas. Os Estilos
Individuais de Aprendizagem a partir da perspectiva do Modelo de Aprendizagem
Vivencial são: convergente, divergente, assimilador e acomodador. As principais
características de cada estilo podem ser observadas no Quadro 2.
7
excelente desempenho em situações que exijam gerações de ideais. Já o Assimilador
tem capacidade de integrar observações desencontradas numa explicação e o
acomodador é um estilo em que as pessoas tendem a se arriscar mais do que as
possuidoras dos outros três estilos de aprendizagem, pois sua formação esta na execução
e na capacidade de se sobressair em situações nas quais se precisa adaptar-se a
circunstâncias imediatas e específicas (KOLB, 1997,P.65).
8
da organização – ela é o verdadeiro trabalho da organização. (BUKOWITZ;
WILLIAMS, 2002,P.34).
Este tipo de aprendizagem não é um tema recente de estudos científicos, tendo seu
início da década de setenta do século passado; no entanto, o relacionamento entre as
dimensões individual, grupal e organizacional se constitui em assunto que ainda está
para ser esclarecido (BIDO et al., 2011, p.89).
9
processo de aprendizagem a partir unicamente dos interesses do capital. Esta nova
forma de controlo sobre o aprendizado organizacional constitui-se na forma mais
sofisticada de apropriação e alienação do trabalho iniciada pelo Taylorismo/Fordismo,
que se apropriou dos movimentos, tempo e ritmos do trabalhador, e que agora exige a
apropriação por parte do capital também da teleologia, do conhecimento tácito, do
desejo, do abstracto, das formas de interacção e da criatividade colectiva.
10
A partir dos conceitos existentes na literatura sobre aprendizagem informal pode-
se afirmar que este tipo de aprendizagem ocorre por acções específicas, pontuais e
condicionadas aos interesses dos indivíduos; não constituem acções sistematicamente
programadas e não há controlo da organização sobre o que está sendo aprendido. Além
disso, sua ocorrência pode estar ou não relacionada aos objectivos organizacionais e do
trabalho, não estando, portanto, direccionadas ao alcance de resultados específicos
(PANTOJA; BORGES-ANDRADE, 2009, P.34).
11
Ressalta-se que há uma carência de abordagens que integrem os dois níveis em
que a aprendizagem se realiza – individual e organizacional, abrindo espaço para
perspectivas unidireccionais, que entende ser o nível organizacional um somatório dos
processos individuais. Na vertente da aprendizagem organizacional, fica evidente que o
processo de aprendizagem organizacional é complexo, plurideterminado e que requer
esforço interdisciplinar para equacionar as suas múltiplas questões teóricas e empíricas
(BASTOS; GONDIM; LOIOLA, 2004, P.34).
12
armazenar, lembrar e transferir informações, ou todas as estruturas e demais processos.
Alguns autores denominam essas capacidades de Estratégias de Aprendizagem.
Essas estratégias foram descritas por Rigney (1978, p.90) como operações e
procedimentos cognitivos utilizados para adquirir, reter e recuperar diferentes tipos de
conhecimento e desempenho e por Gagné (1980, p.67) como capacidades internamente
organizadas que orientam a aprendizagem e, quando desenvolvidas, qualificam o
individuo como auto - aprendiz.
13
(c) o uso das Estratégias de Aprendizagem pode contribuir tanto para a aquisição,
retenção e recuperação das novas informações, como também para sua aplicação em
diferentes contextos. Com base nas definições apresentadas e, ainda, na análise de
artigos teóricos e empíricos que focalizaram o desenvolvimento de medidas de
estratégias de aprendizagem e suas relações com aprendizagem e transferência em
contextos académico e organizacional.
(a) Repetição mental do material a ser aprendido pelo individuo para ele próprio;
(a) Procura de Ajuda Interpessoal, que inclui procedimentos de busca activa, por
parte do indivíduo, de auxílio de outras pessoas, como pares e professores, para
aumentar o seu entendimento sobre o material a ser aprendido, indo além do
recebimento rotineiro da instrução;
14
(c) Aplicação Prática, que se refere às tentativas do aprendiz de colocar em prática
os próprios conhecimentos enquanto aprende.
Com base na classificação proposta por Warr e Allan (1998, citado por
HOLMAN, 2001, P.90) desenvolveram e validaram uma escala para mensurar
estratégias de aprendizagem, junto a funcionários do call center de uma empresa
britânica. Seus resultados forneceram evidências para uma estrutura composta de seis
dimensões, incluídas em dois constructos de segunda ordem.
15
b) Reflexão Intrínseca: Actividade de identificar elementos centrais componentes
das acções de trabalho, bem como criar esquemas mentais que agrupam e relacionam
tais elementos constituintes;
Estratégias Comportamentais.
O referido autor define três tipos de estratégias de aprendizagem como pode ser
observado na Figura 06. A estratégia de repetição, que se apoia numa aprendizagem
associativa, é a mais simples e serve para reproduzir de forma mais eficaz um material,
normalmente informação verbal ou técnica rotineira. Já as estratégias de elaboração e
organização tem como base a aprendizagem por reestruturação. A primeira se divide em
elaboração simples, que consiste em proporcionar uma estrutura ou organização para o
material sem afectar o seu significado e elaboração complexa, utilizada quando se quer
compreende um material, construir significados sobre ele.
17
Figura 06 – Tipos de estratégias de aprendizagem. 17
Por associação
Repetição
Apoio a repetição
Repetição simples: (seleccionar): sublinhar;
repetir destacar; copiar; etc.
Por reestruturação
Elaboração Organização
Categoria Estratégias
18
Auto - regulação Controle emocional: procedimentos utilizados para livrar-se da ansiedade e
prevenir-se de falas na concentração.
Controle da motivação: estratégias para manter a atenção e motivação.
Monitoramento da compreensão: estratégias usadas para verificar o quanto está
aprendendo, como para modificar o próprio comportamento.
Fonte: Elaborado a partir de Warr e Allan (1998).
19
Quadro 08 - Indicadores do passo Aprenda da gestão do conhecimento de Bukowitz e Williams
(2002). 19
Reprodução
Busca de Ajuda em Material Escrito.
Fonte: Pesquisa (2013).
20
Infere-se que quando uma organização viabiliza o aprendizado a partir de um
determinado indicador, ela possibilita o uso de determinadas estratégias. Por exemplo,
uma organização que considera importante e incentiva a parceria e compartilhamento do
conhecimento, a comunicação e o relacionamento, poderá apresentar a estratégia de
busca de ajuda interpessoal como uma das mais utilizadas pelos seus colaboradores.
Dessa forma, parece existir uma relação conceitual entre a forma como a organização
viabiliza a aprendizagem e as estratégias utilizadas, pelos colaboradores, no trabalho
para aprender.
21
CAPITULO II – MÉTODOLOGIA
A pesquisa foi de carácter quantitativo, que segundo Vianna (2001, p.45) envolve dados
numéricos, trabalhados a partir de procedimentos estatísticos variados e adequados a
cada situação específica.
22
2.4. Processamento e tratamento da informação
Depois da aplicação, foi feita uma análise exploratória que procurou identificar
eventuais questionários com respostas “invariadas”, isto é, aqueles em que o
respondente assinalou a mesma opção para todos os itens da escala, ou ainda
questionários com quatro ou mais respostas ausentes (mais de 15% dos itens não
respondidos). Questionários com essas características são sugestivos de que seus
respondentes tiveram dificuldade para avaliar alguns itens ou de que o tenham feito sem
muito critério ou precisão, sendo aconselhável desconsidera-los.
Relactivamente a mostragem utilizou-se a probabilística aleatória simples. Trata-
se do método mais elementar e frequentemente utilizado. Nesse processo de
amostragem, assim como em outros métodos probabilísticos, é assegurado que todos os
elementos do universo tenham a mesma possibilidade de serem considerados
(FONSECA; MARTINS, 1996, p.67).
Seguidamente foi feita a tabulação das respostas e a análise dos resultados,
recorrendo a um aplicativo estatístico, sendo o Microsoft Excel e SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences).
Como a escala de respostas vária de 1 (nunca faço) a 10 (sempre faço), quanto mais
próximo de 10 for a média de resposta, maior a frequência com que o respondente
utiliza, em seu trabalho, a estratégia de aprendizagem. Em contrapartida, quando a
média aproxima-se do 1, menor é a frequência com que a estratégia de aprendizagem é
utilizada. Valores superiores a 9 indicam que a estratégia de aprendizagem tende a ser
sempre utilizada. Valores entre 7 e 9 revelam que a estratégia é frequentemente
adoptada, enquanto médias entre 4 e 6,9 indicam moderada frequência de uso da
estratégia de aprendizagem. Valores entre 2 e 3,9 sugerem que a estratégia raramente é
adoptada, enquanto médias inferiores a 2 indicam que a estratégia tende a nunca ser
utilizada.
23
Assim tornou-se importante e necessário, apresentar os factores de estratégias de
aprendizagem que foram levados em conta ao longo deste trabalho.
Estratégia Descrição
Reflexão ativa Reflexão do indivíduo sobre partes componentes do seu trabalho, bem como a
reflexão de estruturas mentais que relacionam o trabalho da pessoa a
diferentes aspectos da organização.
Busca de ajuda Procura ativa do indivíduo pelo auxílio de outras pessoas
interpessoal.
Busca de ajuda em Pesquisa e a localização de informações em documentos, manuais,
material escrito. normativos, livros e outras fontes não sociais.
Reprodução Memorização e repetição mental de informações, sem reflexão sobre o seu
significado.
Aplicação prática Tentativa do indivíduo de aprender por meio da experimentação.
24
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS.
Caracterização da Amostra
O questionário, em papel, foi aplicado aos trabalhadores do Departamento de
Cadastro da Empresa Zurema (nome fictício). Trata-se de uma área constituída por 200
trabalhadores, e esperava-se que todos participassem do estudo.
Dos 200 trabalhadores conseguiu-se 103 questionários preenchidos correctamente,
dos quais 44 homens o que representou um percentual de 42,7% e 59 mulheres que me
termos de percentagem representam 57,2% dos participantes, com idades
compreendidas entre 21 e 39 anos.
Para o ensino médio concluído obtivemos 8 trabalhadores, assim para o ensino
superior incompleto obtivemos 63 trabalhadores, finalmente para o ensino superior
completo obtivemos 29 trabalhadores.
Análise Geral
Assim depois do estudo realizado, foi possível apresentar os factores e a
comparação entre os sexos e habilitações literárias.
25
Conforme a tabela, nota-se que em relação a reflexão intrínseca e extrínseca,
tendo conhecer como as diferentes áreas da organização estão relacionadas entre si tem
a média mais alta (x=8,72 com um DP= 1,57), assim a segunda média mais alta foi
Analisando criticamente a execução do meu trabalho, tento compreender melhor com
uma média (X= 8,50 e um DP =1,77).
De um outro lado, ainda em relação ao primeiro factor a média mais baixa refere-
se a procura por compreender como o meu trabalho esta relacionado aos resultados
obtidos nas diferentes áreas da organização com uma média de (X=7,95 e um DP=1,93)
e segunda média mais baixa referiu-se a busca por entender como diferentes aspectos do
meu trabalho estão relacionados entre si com uma média de (X=7,96 e um DP=1,22)
26
informações consultando colegas de outras equipas com uma média de
(X=7,90 e um DP = 2,06).
Na análise do terceiro factor com título no cabeçario da tabela, foi possível constatar-se
que a consulta por informações disponíveis na intranet da organização, busco compreender
melhor as actividades que executo no trabalho carrega a média mais alta (X=8,50 com um
DP=2,59) ao passo que a segunda média mais alta é a que diz respeito que quando estou
em dúvidas sobre algo no trabalho, consulto informativos e instruções editados pela
organização com uma média de (X=8,14 e DP=2,18).
Não saindo ainda deste factor, foi possível notar-se ainda que a média mais baixa é
aquela que diz que para obter informações que necessito para o meu trabalho, leio
informativos e matérias publicadas em agência de notícias com uma média de (X=5,44 e
DP=2,84) e a segunda média mais baixa é a que disse que visando obter informações
importantes a execução do meu trabalho, consulto a internet, com uma média de (X=6,29 e
um DP=2,53).
O factor que se segue a sua média corresponde a 5,95, o que significa que tal
27
estratégia é moderadamente adoptada.
Factor 4: Reprodução.27
Nº Estratégia Media DP
4 Para aprimorar a execução do meu trabalho, busco memorizar dados 7,87 2,46
(numero de rubricas, contas, transações em sistemas, etc.).
5 Para melhor execução do meu trabalho, procuro seguir sempre os mesmos 7,71 2,50
procedimentos.
7 Visando executar melhor minhas actividades do trabalho, busco repetir 8,08 2,01
automaticamente acções e procedimentos memorizados.
8 Para executar melhor o meu trabalho, procuro repetir mentalmente 8,25 1,84
informações e conhecimentos recém-adquiridos.
Média do factor 5,95 2,20
Sobre o factor reprodução a média mais alta referiu-se para executar melhor o
meu trabalho, procuro repetir mentalmente informações e conhecimentos recém-
adquiridos com uma média de (X= 8,25 e um DP=1,84), assim a segunda média mais
alta reza que visando executar melhor minhas actividades do trabalho, busco repetir
automaticamente acções e procedimentos memorizados com uma média de (X=8,08 e
um DP=2,01).
Ainda na análise deste factor, a média mais baixa diz que para melhor execução
do meu trabalho, procuro seguir sempre os mesmos procedimentos com uma média de
(X=7,71 e um DP=2,50), sendo que a segunda média mais baixa referiu - se em dizer
que para aprimorar a execução do meu trabalho, busco memorizar dados (numero de
rubricas, contas, transações em sistemas, etc.) com uma média de (X=,87 e um
DP=2,46).
O factor aplicação prática obteve uma média de 8,52, o que significa que tal
estratégia é frequentemente adoptada.
Assim a média mais baixa e por sinal a última do presente factor diz que procuro
aprimorar algum procedimento de trabalho, experimentando na prática novas maneiras
de executa-lo com uma média de (X=8,24 e um DP=1,96).
5.95
Assim sendo, a média mais 8,52 expressa que os trabalhadores recorrem mais
vezes a aplicação prática como estratégia de aprendizagem no trabalho.
1
PANTOJA, M. J.; BORGES-ANDRADE, J. E. Estratégias de Aprendizagem no Trabalho em Diferentes
Ocupações Profissionais. RAC-Eletrônica, Curitiba, v. 3, n. 1, art. 3, p. 41-62, Jan./Abr. 2009.
29
Fica a compreensão de que quanto mais o individuo repete o que lhe foi ensinado,
a probabilidade de esquecer é reduzida, e, no entanto, garante mais eficiência e eficácia
todo o processo de realização do seu trabalho.
A tabela que apresentamos, não possuiu somente médias altas, a que se referir
também as médias baixas. Assim sendo, a média mais baixa é a que se refere à
estratégia de reprodução com 5,95 de intensões de utilização, o que significa que os
trabalhadores usam-na com muito pouca frequência, preferindo mais, as duas que foram
apresentadas acima.
2
Tapia, A. (1997). Motivar para el aprendizagem. Teoria y estrategias. Barcelona: Edebé
3
BEVILÁQUA-CHAVES, A. Estratégias de Aprendizagem no Trabalho em Contexto de Mudança
Organizacional. 2007, 192 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Programa de Pós-Graduação em
Psicologia, Universidade de Brasília. Brasília, 2007.
30
A nossa pesquisa, demonstra que os caríssimos trabalhadores da empresa já
citada, não consultam com muita frequência manual, documentos e outras fontes de
informação.
31
significa que a estratégia é frequentemente adoptada e para as mulheres com uma média
que situa-se abaixo de 07 o que significa que a estratégia é utilizada moderadamente
pelas mulheres.
Outro aspecto que me chamou bastante atenção foi o facto de que sobre a procura
de apoio em material escrito homens e mulheres com o ensino médio concluído são os
que menos procuram ajuda em material escrito numa média de 7,21 por outro lado os
que menos fazem são também os indivíduos com o ensino superior incompleto, numa
média de 7,20 indivíduos; finalmente neste aspecto uma média de 08 indivíduos com o
ensino superior concluído procura ajuda em material escrito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
32
O presente trabalho visou diagnosticar as estratégias utilizadas pelos trabalhadores
para a aquisição de conhecimentos e habilidades em seu próprio local de trabalho.
SUGESTÕES
1) Sugere-se aos trabalhadores que rompam todas as barreiras pessoais que lhes
impedem de buscar ajuda, relactivamente a uma determina dificuldade na efetivação de
determinada tarefa;
2) Sugere-se também a empresa Zurema, que recrute de um psicólogo
organizacional capaz de contribuir no melhoramento das estratégias de aprendizagem
utilizadas na empresa, e se necessário for sugerir outras que tragam consigo o alcance
de maiores e melhores resultados.
33
3) Finalmente sugerimos as entidades a fim que possam fomentar a divulgação da
existência desta ferramenta organizacional, de modos a que as empresas possam lidar
com a questão do fenómeno da aprendizagem organizacional de forma mais normal o
quanto possível for.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GIL, A. Métodos e Técnicas de pesquisa Social. 6ª ed. São Paulo: atlas, 2008.
34
(colaboradores). Treinamento, desenvolvimento e educação em organizações e
trabalho: fundamentos para gestão de pessoas. Porto Alegre: Artmed, 2006. cap. 13.
BIDO, D.; GODOY, A.; FERREIRA, J.; KENSKI, J.; SACARTEZINI, V. Examinando
a relação entre aprendizagem individual, grupal e organizacional em uma instituição
financeira. Revista Eletrônica de Administração. Ed. 68, v. 17, n 1, p. 58-85, jan/abr,
2011.
35
FLEURY, O. Gestão estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem,
conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991.
36
ROSENBERG, M. J. E-Learning. São Paulo: Makron, 2002. Trabalho. In: ZANELLI,
J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. (Org.).
37
38
APÊNDICE
39
APRESENTAÇÃO
Está a ser convidado a participar de uma Pesquisa sobre Comportamento de Cidadania Organizacional.
Trata-se de uma pesquisa conduzida por um(a) estudante finalista do curso de Psicologia da Universidade
Católica de Angola e será a base para o seu trabalho de fim de curso. Os resultados serão analisados de
forma unificada e nunca individualmente. Os questionários respondidos ficarão sob a guarda e
responsabilidade do(a) estudante e informações pessoais dos participantes não serão divulgadas sob
nenhum pretexto.
São apresentadas, a seguir, afirmativas que descrevem estratégias de aprendizagem que podem ser utilizadas pelas
pessoas para aprender algo no seu trabalho. Por favor, leia atentamente essas afirmativas e avalie em que medida
você utiliza essas estratégias no seu local de trabalho. Tais itens versam sobre o que você faz para adquirir novos
conhecimentos e habilidades, e não sobre o seu desempenho profissional. Para responder cada questão, utilize a
seguinte escala.
Quanto mais próximo do número UM (1) se posicionar, MENOR a frequência com que utiliza a
estratégia. Quanto mais próximo do número DEZ (10) se posicionar, MAIOR a frequência com que
Assinale com um X, à direita de cada afirmativa, o número que melhor representa a sua opinião sobre as estratégias
de aprendizagem que utiliza no trabalho. Por favor, não deixe questões sem resposta.
Idade: Sexo: