Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
MÓDULO 1
CAMPINAS (S.P.)
Fevereiro / 2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
GERENCIAMENTO DE RISCOS.......................................................................................................... 35
ii
SEGURANÇA DA CARGA ................................................................................................................... 39
AUTOAVALIAÇÃO ............................................................................................................................... 61
IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................................................................... 62
OEA-INTEGRADO ......................................................................................................... 63
PROJETOS-PILOTO ............................................................................................................................ 68
OEA-AGRO ........................................................................................................................................... 68
OEA-EXÉRCITO ................................................................................................................................... 68
OEA-ANAC ........................................................................................................................................... 68
OEA-ANVISA ........................................................................................................................................ 69
OEA-INMETRO ..................................................................................................................................... 69
Segundo observações de Souza (2011), o êxito na gestão de uma empresa que atua
no mercado internacional é resultado de uma intensa integração funcional entre vendas,
compras, qualidade, produção, suprimentos, transportes e comercio exterior. Portando, para
uma boa gestão logística, no comércio internacional, é fundamental que toda organização
2
esteja atuando de forma horizontal, ágil e rápida para responder às constantes modificações
do mercado. Todavia, vale ressaltar que acelerar os fluxos da cadeia de suprimentos é algo
complexo, sendo preponderante administrá-los e conhecê-los para ser ter a máxima
eficiência em toda a cadeia (SOUZA, LUCIANO, SANTOS e SILVA, 2016).
Souza, Luciano, Santos e Silva (2016) afirmam que, para melhor competitividade no
mercado internacional, os operadores econômicos precisam analisar, de forma sistêmica e
holística, todo processo logístico e aduaneiro. No Brasil, há um elevado gasto com tributos,
3
logística e muita burocracia nos trâmites aduaneiros, o que limita a competitividade das
empresas no comércio internacional.
HISTÓRICO DO PROGRAMA
GLOBALIZAÇÃO
THE STAIRWAY
Descreve Receita Federal do Brasil (2018) que, no final da década de 90, na Suécia,
Lars Karlsson, então servidor da Aduana Sueca, introduziu o conceito “The Stairway”, que
mais tarde nortearia as diretrizes para o Programa de Operador Econômico Autorizado da
OMA (Organização Mundial da Aduanas), para o padrão C-TPAT (Customs-Trade
Partnership Against Terrorism) dos Estados Unidos e para o Programa AEO da União
Europeia.
4
Há de se destacar, entretanto, que os ataques terroristas às “Torres Gêmeas” do
World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, acirraram a
preocupação em relação à segurança da cadeia de abastecimento internacional, pois ficou
evidente que o comércio exterior funciona como uma importante porta de entrada para o
terrorismo global. Nesta ocasião, a Aduana Americana percebeu que não obteria sucesso
em prover uma adequada segurança sem a cooperação do setor privado. Assim, foi criado o
Programa C-TPAT, o qual é voltado, basicamente, à segurança física da carga (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
5
internacionais. Um exemplo disso seria o intercâmbio de informações
entre as aduanas antes da chegada da carga no país de destino, de modo
a possibilitar o gerenciamento do risco e concentração dos esforços nas
cargas com maior nível de risco.
• ADUANA-EMPRESA: Parceria entre a alfândega e o setor privado,
objetivando a construção conjunta de políticas de segurança à cadeia
logística. É dentro deste pilar que aparece a figura do Operador
Econômico Autorizado (OEA).
• ADUANA-OUTRAS AGÊNCIAS DE ESTADO: Parceria entre a Aduana e
outras Agências de Estado envolvidas no comércio internacional de forma
a garantir uma resposta rápida do Estado aos desafios da segurança da
cadeia logística e ao mesmo tempo, evitar duplicidades de requerimentos
e inspeções, simplificar e padronizar os processos de forma a facilitar o
comércio internacional.
Desta forma, de acordo com Receita Federal do Brasil (2018), tem-se no Operador
Econômico Autorizado um parceiro estratégico que, após comprovado o cumprimento dos
requisitos e critérios do Programa OEA será certificado como um operador de baixo risco,
confiável e, por conseguinte, gozará dos benefícios oferecidos pela Aduana, relacionados à
maior agilidade e previsibilidade nos fluxos do comércio internacional.
Leoce e Morini (2011), citados por Andrade, Cassano e Souza (2018), destacaram
que o aumento do comércio internacional impossibilitou a continuidade da conferência física
de todos os embarques e desembarques, tornando-se necessário o desenvolvimento de
alternativas que permitissem maior agilidade às aduanas.
Andrade, Cassano e Souza (2018) apontam que, segundo Tweedle (2008), como
fruto da Convenção de Kyoto Revisada, surgiu o SAFE Framework (Quadro de Segurança)
que tem como objetivo principal assegurar e facilitar o comércio em nível global por meio do
estabelecimento de arranjos cooperativos entre diferentes aduanas, entre o comércio e
outras agências dos governos, a fim de promover um melhor fluxo de cargas por meio do
comércio internacional seguro. Tweedle (2008) também considerou que o OEA foi
desenvolvido para aumentar a força de supply chain e a segurança na fronteira por meio da
cooperação dos componentes da cadeia: exportadores, importadores, transportadores,
despachantes, agentes de carga e armazéns (ANDRADE, CASSANO e SOUZA, 2018).
7
De acordo com o documento do SAFE Framework, um OEA é uma parte envolvida
no movimento internacional de cargas, em qualquer função, que tenha sido aprovado por
uma ou em nome de administração aduaneira nacional, a partir do momento em que se
adequou aos quesitos estabelecidos pela Organização Mundial das Aduanas (OMA),
conhecido internacionalmente como World Customs Organization (WCO), podendo se
beneficiar do reconhecimento mútuo de seu status com outras aduanas do mundo
(ANDRADE, CASSANO e SOUZA, 2018).
A certificação de OEA pode ser adquirida pelo setor industrial e por despachantes,
transportadores, portos, aeroportos, intermediários, consolidadores de carga, distribuidores,
terminais e armazéns, desde que considerados critérios e padrões de compliance
(cumprimento de normas legais e regulamentares), relacionados à solvência financeira,
segurança na cadeia de suprimentos e na documentação (POLNER, 2012 apud ANDRADE,
CASSANO e SOUZA, 2018).
Observou-se que o início de uma discussão sobre os novos objetivos das aduanas
se deu na Convenção de Kyoto Revisada, a qual estabelece um acordo internacional que
visa à facilitação do comércio e, ao mesmo tempo, que trata dos procedimentos aduaneiros
e do aumento de controle por parte das aduanas. A partir desse novo cenário oriundo da
globalização e, em especial após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, as
aduanas se viram obrigadas a incorporar novas responsabilidades como a maior ênfase em
medidas de segurança que sejam acessíveis e viabilizem o comércio entre os países
(PEREIRA, 2014 apud ANDRADE, CASSANO e SOUZA, 2018).
Erceg (2014) também verificou que a função da aduana mudou e está agora
direcionada ao uso de métodos modernos de análise de risco e controles subsequentes. E,
de acordo com Razumey (2014), o SAFE Framework provê um modelo para administrações
e governos que desejem desenvolver e melhorar medidas de segurança para facilitar e
assegurar a cadeia de suprimentos global, com quatro elementos-chave (ANDRADE,
CASSANO e SOUZA, 2018):
1) – Harmonização de informações eletrônicas avançadas sobre a carga;
2) – Países participantes do SAFE Framework necessitam de sistema de
gestão de risco e de ameaças à segurança;
3) – País de origem, se solicitada pela aduana do país recebedor, deve fazer
inspeção de containers de alto risco utilizando equipamentos de detecção não
invasivos;
9
4) – Benefícios para as empresas que alcançarem o padrão mínimo de
segurança em supply chain e adotarem as melhores práticas a fim de facilitar
o comércio internacional em termos de comércio legítimo e dentro do conceito
do OEA.
Descrevem Andrade, Cassano e Souza (2018) que Pereira (2014) constatou ainda
que, por mais que o conceito de OEA tenha surgido anteriormente ao SAFE Framework,
alguns países como a Suécia e os Estados Unidos da América já implementaram medidas
de segurança desse nível em suas cadeias de suprimento, e foi apenas a partir do quadro
desenvolvido na Convenção de Kyoto Revisada que o OEA tomou forma, bem como o
objetivo de ser ferramenta com nível global e integrada por meio da rede de reconhecimento
mútuo entre países e das aduanas com os parceiros de negócios.
10
A WCO (2015), contrastando o que afirmou Razumey (2014), afirma que o SAFE
Framework possui não somente dois, mas três pilares: além do pilar de “Aduana com
aduana” e de “Aduana com negócios”, é acrescentado o pilar de “Aduana com outras
agências governamentais de cooperação”. A WCO (2015) também afirma que, dentre os
benefícios que um OEA adquire, está o processamento mais ágil das cargas pela aduana,
redução dos índices de conferência de cargas por fiscais e, por conseguinte, redução de
custos e de tempo nos processos (ANDRADE, CASSANO e SOUZA, 2018).
De acordo com The World Bank (2014), tendo como base as observações e
interpretações de Andrade, Cassano e Souza (2018), existem seis fatores críticos que
influenciam positivamente ou negativamente a obtenção de vantagem competitiva: (i)
desembaraço aduaneiro (eficiência relacionado a burocracia para liberação de cargas), (ii)
infraestrutura nacional (qualidade das rodovias, ferrovias e hidrovias), (iii) embarque
internacional (preços relacionados a carga tributária), (iv) serviços logísticos internos
(qualidade dos serviços prestados por operadores logísticos, despachantes e
transportadoras), (v) monitoramento e rastreamento (facilidade em rastrear e monitorar
mercadorias) e (vi) pontualidade das operações (prazos de entregas dos prestadores de
serviços).
17
iii. Transportador;
iv. Agente de carga;
v. Depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, em recinto
alfandegado;
vi. Operador portuário ou aeroportuário; e
vii. Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação – REDEX.
Desta forma, se a atividade desenvolvida pela empresa não estiver contida dentre as
citadas na normativa indicada acima, não será permitida a sua participação no Programa.
No entanto, abre-se a possibilidade de, ao longo do tempo, serem introduzidas novas
categorias de intervenientes da cadeia logística internacional (RECEITA FEDERAL DO
BRASIL, 2018).
18
Aponta Receita Federal do Brasil (2018) que são os benefícios comuns a todos os
OEA, de caráter geral, extensivos a todas as modalidades de certificação. São eles:
• Publicidade no Sítio da RFB: divulgação do nome do operador no sítio
da RFB, após a publicação do respectivo ADE, caso o OEA assim o
autorize, no Sistema OEA, quando da formalização do Requerimento de
Certificação;
• Utilização da logomarca “AEO”: fica permitida a utilização da logomarca
do Programa Brasileiro de OEA, em conformidade com o manual
aprovado;
• Ponto de Contato na RFB: Equipe de Gestão de Operador Econômico
Autorizado (EqOEA) designará um servidor como ponto de contato para a
comunicação entre a RFB e o OEA, para esclarecimento de dúvidas
relacionadas ao Programa Brasileiro de OEA e a procedimentos
aduaneiros;
• Prioridade de Análises: a EqOEA dará prioridade na análise do pedido
de certificação de operador que já tenha sido certificado em outra
modalidade ou nível do Programa Brasileiro de OEA;
• Benefícios concedidos pelas Aduanas estrangeiras: será facultado ao
OEA usufruir dos benefícios e vantagens dos Acordos de
Reconhecimento Mútuo que a RFB venha a assinar com as Aduanas de
outros países;
• Participação no Fórum Consultivo: o OEA poderá participar da
formulação de propostas para alteração da legislação e dos
procedimentos aduaneiros que visem ao aperfeiçoamento do Programa
Brasileiro de OEA, por meio do Fórum Consultivo.
• Dispensa de exigências cumpridas: as unidades de despacho
aduaneiro da RFB dispensarão o OEA de exigências formalizadas na
habilitação a regimes aduaneiros especiais ou aplicados em áreas
especiais que tenham sido cumpridas no procedimento de certificação no
Programa Brasileiro de OEA; e
• Participação em seminários e treinamentos: os OEA poderão participar
de seminários e treinamentos organizados conjuntamente com a EqOEA.
19
Os benefícios específicos aos operadores certificados na modalidade OEA-S
(OEA-Segurança) são (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018):
• Reduzido percentual de canais na exportação: o percentual das
Declarações Únicas de Exportação (DU-E´s) selecionadas para canais de
conferência será reduzido para exportadores OEA em relação aos demais
exportadores;
• Parametrização imediata das Declarações Únicas de Exportação (DU-
E´s): a parametrização das declarações aduaneiras do exportador OEA
será executada de forma imediata após o envio para despacho da DU-E;
• Prioridade de conferência das Declarações Únicas de Exportação
(DU-E´s): a DU-E do exportador OEA selecionada para conferência será
processada pelas unidades da RFB de forma prioritária, permitido o seu
disciplinamento por meio de ato específico emitido pela COANA;
• Dispensa da garantia no Trânsito Aduaneiro: será dispensada a
apresentação de garantia no trânsito aduaneiro cujo beneficiário seja
transportador OEA;
• Acesso prioritário dos transportadores OEA em recintos aduaneiros.
20
armazenamento" no Sistema de Gerência do Trânsito, do Manifesto e do
Armazenamento (Mantra), nos termos da norma específica; neste caso,
será recolhida para depósito em armazém ou terminal alfandegado após
decorrido o prazo de 24 horas, contado do momento em que a carga fique
disponível para despacho aduaneiro.
21
Segundo Receita Federal do Brasil (2018) os principais objetivos de um ARM são:
• Reconhecimento das certificações OEA emitidas pela Aduana do outro
país;
• Tratamento prioritário das cargas e consequente redução de custos
associados à armazenagem;
• Comprometimento recíproco da oferta de benefícios comparáveis;
• Previsibilidade das transações;
• Melhora na competitividade das empresas OEA no comércio internacional.
Os ARM são uma meta a ser alcançada no médio ou longo prazo, sendo que, de
acordo com Receita Federal do Brasil (2018), se deve ao fato que, primeiramente, os
Programas de OEA de ambos os países necessitam estar maduros quanto aos
procedimentos de certificação dos operadores adotados e também porque deve haver um
número considerável de operadores certificados e usufruindo dos benefícios.
Estabelece Receita Federal do Brasil (2018) que o Despacho sobre Águas OEA é
uma modalidade de despacho aduaneiro de importação que permite que a Declaração de
Importação (D.I.) relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior, por meio
aquaviário, possa ser registrada antes da sua descarga na unidade da RFB de despacho.
Somente poderá ser utilizado por pessoa jurídica certificada como Operador
Econômico Autorizado (OEA) certificada na modalidade OEA-Conformidade Nível 2. O
importador certificado pode utilizar o Despacho sobre Águas OEA quando (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018):
• A operação de importação for realizada por via aquaviária;
• A Declaração de Importação (D.I.) for do tipo “Consumo” ou “Admissão na
Zona Franca de Manaus (ZFM)”; e
• O Licenciamento de Importação (L.I.), se houver, estiver deferido no
momento do registro da D.I.
22
• O conhecimento eletrônico (CE-Mercante) deve ser informado pelo
transportador e associado a manifesto de importação com porto de
descarregamento nacional;
• A Unidade Local (UL) de despacho e a UL de entrada no País devem ser
as mesmas; e
• A carga não deve possuir atracação no porto de destino final informado no
CE-Mercante.
De acordo com Receita Federal do Brasil (2018), a seleção parametrizada para canal
de conferência aduaneira, no Despacho sobre Águas OEA, ocorre logo após o registro da
D.I., da seguinte forma:
• Canal verde, com o desembaraço automático da D.I.;
• Canal amarelo, com análise documental logo após a vinculação do dossiê
eletrônico à D.I., com os respectivos documentos instrutivos, antes da
chegada da carga.
• Canal vermelho, com análise documental e verificação física:
• a) – Agendada com a prioridade a que faz jus o importador
certificado OEA-C2; e
• b) – Realizada após a descarga da mercadoria e o seu
armazenamento pelo depositário.
23
Nas hipóteses de canais verde e amarelo, caso sejam identificados elementos que
apontem irregularidade na importação, a D.I. poderá ser objeto de análise documental e
verificação física.
O depositário deve manter a carga em área pátio por 48 (quarenta e oito) horas,
considerado somente o tempo decorrido em dias úteis, a partir da sua chegada, quando a
D.I. vinculada à carga estiver desembaraçada no canal verde de conferência aduaneira.
Findas as 48 horas, a carga deverá ser armazenada pelo depositário, caso não tenha sido
retirada pelo importador. O depositário, em caso de chegada de carga desembaraçada e
não retirada em 48 horas, poderá armazená-la, mesmo sem a informação da presença de
carga. A permanência da carga despachada na modalidade Despacho sobre Águas e não
retirada no prazo de 48 horas configura um descumprimento de norma da RFB. A entrega,
ao importador, da carga objeto de DI registrada na modalidade de Despacho sobre Águas
OEA, deverá seguir os procedimentos previstos na Instrução Normativa S.R.F. nº 680, de 2
de outubro de 2006 (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018).
24
REQUISITOS E CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO OEA
Receita Federal do Brasil (2018) define objetivamente que são requisitos objetivos
elencados pelo Programa Brasileiro de OEA como sendo de cumprimento obrigatório por
todos os operadores que estejam pleiteando a certificação, e determina que a análise dos
requisitos será feita no prazo de 15 dias da juntada dos documentos elencados na Instrução
Normativa R.F.B. nº 1598/2015.
Segundo Receita Federal do Brasil (2018), a certidão de débitos pode ser emitida
imediatamente pela internet. Para facilitar a regularização de possível pendência
apresentada, o contribuinte poderá obter a pesquisa de situação fiscal no Portal e-CAC.
Após a realização da pesquisa e, se não for possível resolver todas as pendências por meio
da Internet, o contribuinte deverá procurar a unidade da RFB de seu domicílio tributário
munido do Requerimento de Certidão de Débitos, assinado por pessoa legalmente
qualificada, documentação comprobatória da regularização das pendências e com os
demais documentos necessários.
26
solicitam-se notas fiscais de serviço e/ou documentos que permitam esta aferição para
comprovação da atividade durante o período analisado.
27
• Política de recursos humanos: Visa evitar admissão ou manutenção de
pessoal que represente ameaça à cadeia logística ou à conformidade
aduaneira.
• Gerenciamento de riscos aduaneiros: tem por objetivo exigir dos
pleiteantes da certificação OEA a implantação de gerenciamento de riscos
que estabeleça ações destinadas a identificar, analisar, avaliar, priorizar,
tratar e monitorar eventos com potencial impacto negativo no
cumprimento de requisitos dos critérios compreendidos na respectiva
modalidade de certificação. Devendo ser observado que passou-se a
exigir a entrega por todos os intervenientes da cadeia logística, para todas
as modalidades de certificação OEA: (i) OEA-Segurança; (ii) OEA-
Conformidade Nível 1; e (iii) OEA-Conformidade Nível 2.
Receita Federal do Brasil (2018) destaca que será analisado se existem infrações à
legislação aduaneira, graves ou cometidas de forma reiterada. Adicionalmente, serão
verificadas a natureza e a gravidade da infração cometida, bem como os danos que dela
provierem, além das medidas corretivas adotadas para evitar reincidência destas infrações.
No caso em que a requerente seja pessoa jurídica, serão analisadas as infrações cometidas
também por pessoas físicas com poderes de administração. Saliente-se ainda que, para
apuração do histórico de cumprimento da legislação aduaneira, serão consideradas as
exigências fiscais impostas no curso do despacho aduaneiro registradas no Siscomex.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
29
Agrega-se ao exposto acima que, o operador deve também assegurar o registro das
principais atividades relacionadas com operações de comércio exterior, especialmente:
• Vendas e ordens de venda;
• Compras e ordens de compra;
• Controle de estoque;
• Produção;
• Expedição;
• Declarações aduaneiras;
• Transporte;
• Armazenamento de unidades de carga;
• Financeiros (recebimentos e pagamentos).
30
De acordo com notificado por Receita Federal do Brasil (2018), quanto à qualidade
documental, são exigidos dos requerentes da certificação OEA que:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
assegurar que as informações de interesse aduaneiro nos documentos
sejam legíveis, completas, e confiáveis para identificar as operações a
que se referem;
• O procedimento deve assegurar que as informações constantes nos
documentos correspondam às mercadorias recepcionadas e/ou
expedidas; e
• O procedimento deve assegurar que discrepâncias entre mercadorias e
correspondentes documentos tenham suas causas apuradas e sejam
devidamente tratadas, incluindo comunicação às autoridades
competentes, quando for o caso.
Considera-se informação legível a que tem nitidez e pode ser lida com facilidade nos
documentos. Por sua vez, entende-se como informação completa aquela que possibilita a
plena compreensão do objeto descrito. Por último, é confiável a informação quando há
certeza sobre sua correspondência com o objeto a que se refere (RECEITA FEDERAL DO
BRASIL, 2018).
SOLVÊNCIA FINANCEIRA
32
certificação devem atentar quanto as suas exigências (RECEITA FEDERAL DO BRASIL,
2018):
• Identificação de cargos sensíveis;
• Seleção de pessoal para cargos sensíveis;
• Acompanhamento de ocupantes de cargos sensíveis; e
• Desligamento de pessoal.
São considerados sensíveis cargos com atribuições cujo desempenho possa afetar o
atendimento aos níveis de conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA, em
termos de segurança da cadeia logística ou de cumprimento de obrigações tributárias e
aduaneiras. E, relacionado à identificação de cargos sensíveis, é exigido dos requerentes
da certificação OEA que a descrição de cada cargo da organização deve indicar se o cargo
é sensível no tocante à segurança da cadeia logística ou à conformidade das obrigações
tributárias e aduaneiras (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018).
Para Receita Federal do Brasil (2018) é de suma importância para o Programa OEA
que as empresas indiquem nas descrições dos cargos quais deles se trata de cargos
sensíveis no tocante à segurança da cadeia logística ou à conformidade das obrigações
tributárias e aduaneira. Caso o requerente não adote essa política, determina-se que seja
adaptado o plano de cargos para a inserção da indicação dos cargos sensíveis antes de
apresentar o requerimento de certificação OEA.
33
O processo de seleção dos candidatos aos cargos aos cargos sensíveis deve
ser um procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, que preveja a validação
prévia das referências profissionais ou pessoais fornecidas e o histórico pelos candidatos,
dentro dos limites legais. O mesmo procedimento deve ser exigido das empresas de RH,
prestadoras de serviços de recrutamento, para esses cargos sensíveis. Caso o requerente
não adote essa política, determina-se que seja adaptado o procedimento de contratação dos
cargos sensíveis antes de apresentar o requerimento de certificação OEA (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
Receita Federal do Brasil (2018) afirma que é obrigatório ter um procedimento formal
(escrito) para acompanhamento dos ocupantes dos cargos sensíveis, cuja finalidade é
de prevenir condutas ilícitas, dissonantes das políticas da organização ou que constituam
ameaça à segurança da cadeia logística internacional ou ao cumprimento de obrigações
tributárias ou aduaneiras. A manutenção de registros das ações empreendidas - preventivas
e corretivas - além de evidenciar sua realização, constitui parte importante do histórico
funcional. O mesmo procedimento deve ser adotado, caso seja executado de forma
terceirizada. Caso o requerente não adote essa política, determina-se que seja adaptado o
procedimento de acompanhamento dos cargos sensíveis antes de apresentar o
requerimento de certificação OEA (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018).
34
representações porventura existentes, evitando assim que pessoal
desligado represente o operador perante a Aduana; e
• O procedimento deve estabelecer a devolução de quaisquer utensílios e
vestuário porventura em posse da pessoa ora desligada.
GERENCIAMENTO DE RISCOS
O mapa de risco, nos moldes da ISO 31000, não é o requisito. O mapa de risco é
uma evidência de implementação, ou seja, uma representação gráfica para ilustrar a adoção
do processo de gerenciamento de risco. Tem a finalidade de permitir, de forma sucinta, que
a equipe de análise da RFB entenda e verifique a existência do processo de gerenciamento
de risco. Outros documentos como auditorias de controle interno dos processos
relacionados aos critérios de conformidade corroboram na evidenciação de que o
gerenciamento de risco está operante. Apenas atentando que esta auditoria de controle
interno deve ser periódica (a cada 6 meses, anual, ou a critério da empresa) e não deve
ocorrer apenas como forma de comprovação do requerimento de solicitação da certificação
OEA (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018).
Segundo dispõe Receita Federal do Brasil (2018), cada operador deverá, em acordo
com a norma ABNT NBR ISO 31000:2009, montar seu próprio mapa de risco. Para fins do
gerenciamento de riscos aduaneiros, o requerente da certificação deverá apresentar, para
cada objetivo relacionado com o critério específico do Programa OEA, as seguintes
informações:
• Critério específico;
• Objetivo relacionado;
• Evento de risco, suas causas e seus efeitos;
• Para a determinação do risco inerente: as avaliações de
probabilidades, consequências e nível de risco;
• Para a determinação do risco residual: descrição dos tratamentos e
monitoramentos existentes e as avaliações de probabilidades,
consequências e nível de risco;
• Ponto de controle: diferença entre os níveis de risco inerente e residual.
Expressa a efetividade dos controles implantados;
36
• Para determinação do risco futuro: descrição dos tratamentos e
monitoramentos propostos e as avaliações de probabilidades,
consequências e nível de risco previstos, caso os referidos tratamentos e
monitoramento sejam implementados.
37
Para Receita Federal do Brasil (2018), o objetivo desta etapa é modificar níveis de
risco apurados, por meio de controles novos ou aperfeiçoamento de controles existentes.
São resultados possíveis do tratamento de riscos:
• Remoção da fonte de risco;
• Alteração da probabilidade de ocorrência;
• Alteração da consequência;
• Ação de evitar o risco (não iniciar ou descontinuar atividade que origina o
risco);
• Ação de aumentar o risco (positivos), visando a aproveitar oportunidade.
38
processo. De acordo com a ABNT NBR ISO 31000:2009, as decisões relativas à criação de
registros devem levar em conta a necessidade de aprendizado contínuo da organização,
custos e esforços envolvidos na criação e na manutenção de registros, meios de
armazenamento e de acesso, facilidade de recuperação, entre outros fatores (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
SEGURANÇA DA CARGA
40
4) – Piso da unidade tratora
5) – Tanques de combustível
6) – Cabine
7) – Reservatório de ar
8) – Eixo de transmissão
9) – Quinta roda
10) – Sistema de exaustão
11) – Chassi
12) – Portas
13) – Lateral direita
14) – Lateral esquerda
15) – Parede frontal
16) – Teto
17) – Piso do compartimento de carga
41
Em relação à verificação da integridade da unidade de carga, de acordo com
Receita Federal do Brasil (2018), são exigidos dos requerentes da certificação OEA:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
verificação da integridade da unidade de carga ao longo da cadeia
logística; e
• O procedimento deve estabelecer que suspeitas de violações de
integridade dos lacres ou da unidade de carga sejam reportadas e
tratadas internamente e, quando for o caso, comunicadas às autoridades
competentes.
Para Receita Federal do Brasil (2018), quanto ao transporte da carga, são exigidos
dos requerentes da certificação OEA:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, que
disponha sobre controle do transporte da carga ao longo da cadeia
logística;
• As rotas utilizadas para transporte da carga devem ser previamente
conhecidas; e
42
• O procedimento deve conter regras de parada do veículo transportador da
carga.
43
Complementarmente, quanto ao controle de acesso de pessoas, são exigidos dos
requerentes da certificação OEA:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
controle de acesso de pessoas às instalações do operador;
• O procedimento deve disciplinar o acesso a áreas ou setores internos,
estabelecendo que se dê conforme funções desempenhadas; e
• O controle de acesso deve ser baseado em documento pessoal com foto.
Destaca Receita Federal do Brasil (2018) que é importante saber que o controle de
acesso de pessoas deve abranger quaisquer meios potencialmente capazes de transportar
pessoas - veículos, máquinas e outros. Além disso, o acesso a áreas ou setores internos
corresponde à circulação interna de funcionários, prestadores de serviços, visitantes entre
outros. Áreas consideradas sensíveis do ponto de vista da cadeia logística devem ter
destaque no procedimento de controle de acesso. Sua ilustração ou indicação em plantas,
croquis e outras. e juntada ao requerimento de certificação como OEA auxilia e agiliza o
processo de análise. O histórico de tentativas de acessos não autorizados constitui
importante fonte de informações. A avaliação do operador deve abranger, quando for o
caso, procedimentos executados de forma terceirizada.
Indica e destaca ainda que, são exigidos dos requerentes da certificação OEA,
quanto à detecção e remoção de pessoas não autorizadas:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
detecção de pessoas não autorizadas ou não identificadas; e
• O procedimento deve conter regras de abordagem e ações cabíveis.
44
O procedimento de detecção e remoção de pessoas não autorizadas deve disciplinar
as ações cabíveis, como condução forçada, acionamento do órgão policial etc., bem como a
quem competem em cada caso - equipe de segurança, funcionários em geral e outros.
Ocorrências registradas, e posteriormente analisadas, contribuem com o aperfeiçoamento
contínuo dos controles de acesso físico. A avaliação do operador deve abranger, quando for
o caso, procedimentos executados de forma terceirizada (RECEITA FEDERAL DO BRASIL,
2018).
45
apontada. A avaliação do operador deve abranger, quando for o caso, procedimentos
executados de forma terceirizada (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2018).
Receita Federal do Brasil (2018) descreve que são exigidos dos requerentes da
certificação OEA, quanto ao treinamento em segurança da cadeia logística:
• Treinamento específico deve ser oferecido para capacitar os funcionários
a manter a integridade da carga, reconhecer conspirações internas e
assegurar o controle de acesso; e
46
• Responsáveis pela área de comércio exterior devem estar
constantemente atualizados sobre a legislação que dispõe sobre o
Programa OEA.
47
Complementa Receita Federal do Brasil (2018) que muros, cercas, paredes, portões,
barreiras naturais são exemplos de barreiras físicas empregadas para delimitar perímetro e
áreas de manuseio e de armazenamento de carga ou mercadorias. A avaliação do operador
deve abranger, quando for o caso, procedimentos executados de forma terceirizada.
Agrega-se a todo exposto acima que, quanto à iluminação das instalações, deve
haver iluminação adequada do estabelecimento especialmente nas áreas de:
• Manuseio de carga ou mercadorias;
• Armazenamento de carga ou mercadorias;
• Recepção;
• Expedição;
• Estacionamentos;
• Pontos de acesso; e
48
• Perímetro.
49
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
seleção de parceiros comerciais;
• O procedimento deve contemplar, previamente à seleção, análise de
riscos relacionados com a segurança da cadeia logística;
• O procedimento deve priorizar contratação de parceiros comerciais
certificados como OEA no Brasil e, complementarmente, certificados em
segurança por entidades públicas ou privadas, comprovados por meio de
documentação idônea; e
• O procedimento deve estabelecer que parceiros comerciais não
certificados como OEA demonstrem atendimento aos níveis de
segurança, conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA,
de acordo com sua função na cadeia logística.
Para Receita Federal do Brasil (2018) são consideradas boas práticas relacionadas à
seleção de parceiros comerciais as seguintes medidas, dentre outras:
1) – Preferência pela contratação de parceiros comerciais com:
• Menor número/percentual de ocorrências de irregularidades em
operações de comércio exterior; e
• Maior tempo de atuação e melhor qualificação do seu quadro de
profissionais relacionados ao objeto do contrato, inclusive para
aqueles situados no exterior;
50
• Comuniquem irregularidades e incidentes relacionados às
operações prestadas.
51
requerimento de certificação OEA, sob pena de ter seu pleito indeferido (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
OPERAÇÕES INDIRETAS
Nas importações por encomenda ou por conta e ordem é livre a escolha entre
importar mercadoria estrangeira por conta própria ou por meio de intermediário para esse
fim contratado. Expõe Receita Federal do Brasil (2018) que, para a segunda hipótese, há
duas formas de terceirização regulamentadas, a importação por conta e ordem e a
importação por encomenda, cada qual com seus efeitos e obrigações tributárias. Assim, são
55
exigidos dos requerentes da certificação OEA quanto às importações por encomenda ou por
conta e ordem:
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
operações de importação por encomenda ou por conta e ordem; e
• Deve existir controle formal e periódico sobre o procedimento, o qual
assegure o cumprimento da legislação aplicável em operações de
importação por encomenda ou por conta e ordem, conforme a atuação.
Destaca ainda que a avaliação do operador deve abranger, quando for o caso,
procedimentos e controles executados de forma terceirizada. O critério relacionado às
importações por encomenda ou por conta e ordem é de extrema importância no processo de
certificação OEA. Desta forma, caso algum questionamento feito por este item tenha uma
resposta negativa do requerente, será dever deste adaptar seus procedimentos antes da
apresentação do requerimento, sob pena de ter o pleito indeferido.
56
BASE DE CÁLCULO DOS TRIBUTOS
57
As exigências quanto às regras de origem sujeitam-se ao controle e à verificação de
origem as mercadorias submetidas a despacho aduaneiro de importação com solicitação de
tratamento tarifário preferencial, ou seja, redução ou eliminação do Imposto de Importação
em razão de acordo comercial internacional. Em matéria de defesa comercial, compete à
Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
aplicar direitos antidumping e compensatórios frente a práticas desleais de comércio -
dumping e subsídios, respectivamente - bem como medidas de salvaguarda, frente a
prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave à indústria doméstica. Assim, são exigidos dos
requerentes da certificação OEA quanto às regras de origem (RECEITA FEDERAL DO
BRASIL, 2018):
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
assegurar a correta aplicação de tratamentos tarifários preferenciais e
medidas de defesa comercial vigentes, em conformidade com a legislação
aplicável; e
• Deve existir controle formal e periódico sobre o referido procedimento.
58
• Deve existir procedimento formal (escrito), de aplicação obrigatória, para
certificação de origem, de mercadorias a exportar, em conformidade com
a legislação aplicável; e
• Deve existir controle formal e periódico sobre o referido procedimento.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Descreve também que a avaliação do operador deve abranger, quando for o caso,
procedimentos e controles executados de forma terceirizada. O critério qualificação
profissional em matéria aduaneira é de extrema importância no processo de certificação
OEA. Desta forma, caso algum questionamento feito por este item tenha uma resposta
60
negativa do requerente, será dever deste adaptar seus procedimentos antes da
apresentação do requerimento, sob pena de ter o pleito indeferido.
AUTOAVALIAÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO
62
5) – Monitoramento contínuo da gestão de riscos.
OEA-INTEGRADO
63
dos intervenientes da cadeia logística, seguindo o modelo estabelecido pela RFB (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
64
OEA da RFB. Caso a decisão seja por integrar o Programa, é necessária a indicação de, no
mínimo, dois servidores, em tempo integral, para trabalhar junto à equipe da RFB no
desenvolvimento do módulo complementar. Sendo relevante que os servidores tenham
conhecimento técnico e operacional na área de atuação do órgão / entidade para que
possam definir os riscos envolvidos nas operações de comércio exterior que por estes sejam
controladas e, a partir disso, buscar formas de sistematizar esses riscos em requisitos e
critérios do futuro módulo complementar e identificar os benefícios ou as medidas de
facilitação comercial que serão oferecidos aos operadores demonstrado (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2018).
Aponta Receita Federal do Brasil (2018) que, definidos os servidores do órgão que
serão responsáveis pelo detalhamento técnico e operacional do módulo OEA-Integrado, o
passo seguinte é a assinatura de uma Portaria Conjunta com a RFB, autorizando
formalmente o início dos trabalhos. O órgão ou a entidade da Administração Pública deve
firmar compromisso com a RFB para planejar e realizar um projeto-piloto no âmbito do
módulo OEA-Integrado do Programa Brasileiro de OEA.
65
necessidades de segurança e controle, bem como em função dos princípios da Estrutura
Normativa SAFE da OMA e do Acordo de Facilitação do Comércio (AFC).
Além do exposto acima, deve-se levar em conta que, para ser OEA-Integrado, é
preciso ter a certificação prévia em modalidade do módulo principal do Programa OEA. Com
isso, é imperativo que o órgão ou a entidade da Administração Pública alinhe as exigências
definidas no seu programa de certificação àquelas do Programa OEA da RFB, a fim de
evitar exigências ou pedido de informações em duplicidade. A partir daí, deve estabelecer
um programa próprio de certificação de operadores da cadeia logística por meio do qual
será aferido o atendimento aos níveis de segurança e conformidade, com vistas a facilitar o
fluxo de mercadorias em operações de comércio exterior demonstrado (RECEITA FEDERAL
DO BRASIL, 2018).
De acordo com Receita Federal do Brasil (2018), após a elaboração dos materiais de
apoio e dos roteiros de certificação e tendo selecionado a equipe operacional, é importante
realizar um projeto-piloto para testar, na prática, o modelo criado junto aos operadores do
comércio exterior candidatos à certificação OEA-Integrado. Dessa forma, serão avaliados:
• Entendimento dos questionamentos feitos pelos itens do QAA;
• Entendimento das notas explicativas de cada item do QAA;
• Avaliação do roteiro de certificação por meio de acréscimo ou exclusão de
atividades; e
66
• Verificação do tempo dispendido no processo de certificação pela equipe
operacional.
67
PROJETOS-PILOTO
OEA-AGRO
OEA-EXÉRCITO
OEA-ANAC
OEA-ANVISA
OEA-INMETRO
BRASIL. Receita Federal. Ministério da Fazenda. Você conhece o OEA? Brasília, dez.
2014. Disponível em: http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-
exportacao/oea/noticias/2015/voce-conhece-o-oea. Acesso em: 30 ago. 2019.
70
Disponível em:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=70204.
Acesso em: 30 ago. 2019.
CLOSS, D.; MCGARRELL, E. Enhancing security throughout the supply chain. East
Lansing: IBM Center for the Business of Government; Michigan State University, 2004.
Disponível em: https://www-
03.ibm.com/procurement/proweb.nsf/objectdocswebview/filesupply+chain+security+white+pa
per+and+assessment+guide+april+2004/$file/supply+chain+security+white+paper+and+asse
ssment+guide+april+2004.pdf. Acesso em: 30 ago. 2019.
LOPES, J.M.C.; GAMA, M. Comércio exterior competitivo. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras,
2013.
MACHADO, S.T.; SANTOS, R.C.; REIS, J.G.M.; OLIVEIRA, R.V.; DELIBERADOR, L.R.;
CAVALCANTI, M. Estudo sobre a utilização de portos secos no Brasil e uma proposta
de implementação desses no estado de Mato Grosso do Sul. RMS – Revista
Metropolitana de Sustentabilidade. 2013. Disponível em:
http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/204/pdf_1. Acesso em: 30
ago. 2019.
RAZUMEY, M. Role of the authorized economic operators in providing the state foreign
trade safety. The Advanced Science Journal, v. 2014, n. 6, p. 106-110, 2014. Disponível
em: http://advancedscience.org/2014/6/106-110.pdf. Acesso em: 30 ago. 2019.
SOUZA, R.S. A logística internacional e aviação civil: uma ênfase na logística reversa.
Anais do II EnFAGEN – Administração em Destaque. Uberlândia: II Encontro das
Faculdades de Gestão e Negócios, jun. 2012.
SOUZA, R.S. Os portos secos como canais de comércio exterior. Dissertação: Mestrado
Profissional em Administração, Fundação Cultural Dr. Pedro Leopoldo, Pedro Leopoldo, jun.
2015. Disponível em:
https://fpl.edu.br/2018/media/pdfs/mestrado/dissertacoes_2015/dissertacao_reginaldo_da_sil
va_souza_2015.pdf. Acesso em: 30 ago. 2019.
72
SOUZA, R.S.; LARA, J.E. Os portos secos como canais de comércio exterior. Anais II
Cidesport, dez. 2015. Disponível em: http://cidesport.com.br/sites/default/files/36938.pdf ou
https://www.revistaespacios.com/a17v38n21/a17v38n21p16.pdf. Acesso em: 30 ago. 2019.
SOUZA, R.S.; SANTOS, D.R.; LUCIANO, C.P.R.; SILVA, F.M.C. Vantagens da utilização
do regime aduaneiro especial Linha Azul – Despacho Aduaneiro. XII Simpósio de
Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT, da Associação Educacional Dom Bosco –
AEDB, Resende (RJ). Anais..., 28-30 out. 2016. Resende (RJ). Disponível em:
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/9122182.pdf. Acesso em: 30 ago. 2019.
73