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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)

POLO-CAXITO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

LÍNGUA PORTUGUESA

CLASSES DAS PALAVRAS


*SUBSTANTIVOS E SUAS FLEXÕES*

1º Ano

Sala:

Período: Pós-Laboral

Curso: Psicologia

CAXITO-2020
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)

POLO-CAXITO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CLASSES DAS PALAVRAS


*SUBSTANTIVOS E SUAS FLEXÕES*

Trabalho apresentado ao ISTA/Bengo como parte necessária do


requisito parcial para a obtenção de uma nota na Disciplina de
Língua Portuguesa.

Orientador: Dr.

CAXITO-2020
INTEGRANTES DO GRUPO


SUMÁRIO

DEDICATÓRIA........................................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................................II
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................01
CAPÍTULO I - AS CLASSES DE PALAVRAS....................................................................................02
1.1 - UM POUCO DE HISTÓRIA..........................................................................................................02
1.2 - A IMPORTÂNCIA DAS CLASSES DE PALAVRAS.................................................................03
CAPÍTULO II – SUBSTANTIVOS E SUAS FLEXÕES......................................................................04
2.1 – SUBSTANTIVOS..........................................................................................................................04
2.2 - TIPOS DE SUBSTANTIVOS........................................................................................................05
2.2.1 - Substantivo comum......................................................................................................................05
2.2.2 - Substantivo próprio......................................................................................................................05
2.2.3 - Substantivo coletivo.....................................................................................................................05
2.2.4 - Substantivo abstrato.....................................................................................................................06
2.2.5 - Substantivo concreto....................................................................................................................06
2.2.6 - Substantivo composto..................................................................................................................06
2.2.7 - Substantivo simples.....................................................................................................................06
2.2.8 - Substantivo derivado....................................................................................................................07
2.2.9 - Substantivo primitivo...................................................................................................................07
3. - FLEXÃO DO SUBSTANTIVO.......................................................................................................07
3.1 -Flexão de gênero..............................................................................................................................07
3.2 - Flexão de número............................................................................................................................08
3.3 - Flexão de grau.................................................................................................................................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................11
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares pelo incentivo na


nossa formação académica.

I
AGRADECIMENTOS

Antes de mais, gostaríamos de expressar os nossos profundos agradecimentos a Deus, pela


inspiração e força para que fosse possível a elaboração deste trabalho, e pela Luz que sempre nos
guiará nesta caminhada terrena.

Agradeço também ao Dr. *********pelo conhecimento que tem nos transmitido de forma clara
e pelo trabalho que nos incumbiu, visto que transmitiu-nos muitos conhecimentos acerca do tema.

II
INTRODUÇÃO

Para formularmos nossos pensamentos e expressarmos nossas opiniões, utilizamo-nos dos


muitos recursos que a língua portuguesa disponibiliza. As palavras, acima de tudo, representam um
deles. No entanto, ao utilizá-las, não podemos as conceber como soltas, aleatórias, ao contrário, todas
elas são dotadas de características distintas, ou seja, possuem uma estrutura determinada e, quando
inseridas numa dada oração, assumem funções, papéis específicos, de modo a tornar ainda mais claras
e precisas as mensagens que proferimos.

Essa estrutura, especificamente dizendo, encontra-se manifestada nas classes de palavras ou


também chamadas de classes gramaticais, nas quais constatamos determinadas características
expressas por um grupo de palavras, tais como: nomeando seres, atribuindo qualificações, indicando
quantidade, ligando uma palavra à outra, entre outros aspectos.

Dessa forma, há de se considerar também que algumas delas são passíveis de flexão, isto é,
variam quanto ao gênero, número, grau, tempo, modo, pessoa, como ocorre com a classe dos verbos.
Outras, porém, não admitem que tal aspecto prevaleça, o que as tornam classes invariáveis.

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CAPÍTULO I - AS CLASSES DE PALAVRAS
1.1 - UM POUCO DE HISTÓRIA
O estudo das palavras e sua classificação remontam à Grécia Antiga. Platão deteve-se ao exame
do discurso – de natureza declarativa – identificando em sua constituição nomes e verbos os quais
denotam a relação entre agente e ação. Seguindo os passos do mestre, Aristóteles acrescentou às
categorias acima citadas a das conjunções – que abrangiam a conjunção, o artigo e o pronome e,
provavelmente, a preposição –, a de caso e a de tempo, manifestada através do verbo. Vale mencionar,
também, a contribuição dos estoicos que identificaram, inicialmente, quatro partes do discurso: nome,
verbo, conjunção e artigo.
Contudo, segundo Duarte e Lima (2003), o estudo gramatical das palavras ganhou relativa
autonomia em relação à filosofia a partir da Téchné Grammatiké, de Dionísio da Trácia, a primeira
gramática do Ocidente. Dionísio identificava oito partes do discurso: nome (ónoma), verbo (rhema),
particípio (metoché), artigo (árthon), pronome (antonymia), preposição (próthesis), advérbio
(epírrhema) e conjunção (sýndesmos).Com relação aos gramáticos latinos, fortemente influenciados
pelos gregos, destacam-se Prisciano e Varrão. Prisciano descreveu oito classes de palavras com seus
acidentes (gênero, número, caso, etc.): nome (nomen), verbo (verbum), particípio (participium),
pronome (pronomen), advérbio (adverbium), preposição (praepositio), interjeição (interiectio) e
conjunção (coniunctio). “Ele adaptou as categorias da língua grega, inerentes a cada classe, ao latim”.
(DUARTE e LIMA, 2003, p. 17). Varrão, o primeiro gramático latino, concentrou-se basicamente em
questões etimológicas e em problemas ligados aos aspectos regulares e irregulares da linguagem.
A partir do Renascimento, os estudos se voltam para as línguas nacionais que então se
consolidavam. Surgem as primeiras gramáticas de língua portuguesa: as de Fernão de Oliveira
(Gramática da Linguagem Portuguesa) de 1536 e João de Barros (Gramática da Língua Portuguesa) de
1540. João de Barros identificou o nome e o verbo como as partes principais da oração. De menor
importância são as demais: o pronome e o advérbio, além do particípio, do artigo, da conjunção e da
interjeição.
Com o Iluminismo, no século XVII, configura-se uma reação ao modelo gramatical latino. A
gramática de Jerônimo Soares Barbosa (Gramática philosophica da língua portuguesa), de 1871,
criticou os gramáticos que o antecederam por imporem o modelo latino às gramáticas de língua
portuguesa. Barbosa, formado na tradição seiscentista de Port Royal, empreendeu significativo esforço
para individualizar cada parte oracional no intuito de ver cada uma delas em seus aspectos peculiares,
porém, conforme Duarte e Lima (2003), o gramático apresenta uma nomenclatura muito complicada,
que não teve continuidade em nossa tradição gramatical.

No período que compreende as décadas finais do século XIX e as iniciais do século XX,
surgem gramáticas que, numa orientação historicista, imprimiram novos rumos na descrição da
classificação vocabular. Destacam-se os trabalhos de Júlio Ribeiro, João Ribeiro, Manuel Said Ali,
Eduardo Carlos Pereira, entre outros. Cada gramática deste período apresenta, uma em relação à outra,
divergências num ou noutro pormenor, mas todas apresentam terminologias bem diversas.

Atualmente, podemos dizer que as classes mantiveram-se em parte dentro do esquema


tradicional. Porém, segundo Rosa (2002), a classificação das palavras “deixou de basear-se em
critérios semânticos e passou a ter por fundamentos critérios distribucionais, funcionais e sua
categorização” (p. 99).

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1.2 - A IMPORTÂNCIA DAS CLASSES DE PALAVRAS
Reconhecemos que cada ciência, cada área do conhecimento, tem seu próprio conjunto de
termos para se referir aos objetos de seu campo. Assim, a atividade de nomear, de dar um nome às
coisas, é “uma atividade constitutiva da relação entre o homem e o mundo, e, simbolicamente, esteve
presente desde a inauguração dessas relações, quando ‘o homem foi chamado a dar nomes às coisas’”.
(ANTUNES, 2007, p. 77).
De acordo com Ilari e Basso (2011), “o estudo das classes de palavras nasce da constatação de
que há em toda a língua conjuntos numerosos de palavras que possuem as mesmas propriedades
morfológicas e sintáticas e, portanto, podem ser descritas da mesma maneira” (p. 108). E ainda,
conforme Perini (1991), “o objetivo da separação das palavras em classes é permitir a descrição
econômica e coerente de seu comportamento gramatical” (p. 74), ou seja, facilitar o trabalho de
descrição da língua pelo gramático.
As nomenclaturas, de modo geral, ampliam a possibilidade de uma comunicação mais coerente,
ajustada ao contexto de produção, pois possibilitam que as unidades ou funções da língua sejam
designadas pelos seus nomes correspondentes. Para Basilio (2009), as classes de palavras são de
crucial importância na descrição de uma língua porque expressam propriedades gerais das palavras: “é
impossível descrever os mecanismos gramaticais mais óbvios, como a concordância de gênero e
número do artigo com o substantivo, se não determinarmos o que é substantivo e artigo” (p. 21).
Evidentemente, as palavras podem ser classificadas de diversas maneiras. De fato há várias
classificações na gramática, podemos classificar palavras quanto à acentuação em átonas ou tônicas, e
as tônicas, por sua vez, podem ser classificadas quanto à posição na sílaba em oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas. Todavia, o que chamamos de classes de palavras corresponde a uma classificação
específica, a partir de critérios lexicais ou gramaticais.

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Pode-se observar que o quadro apresenta, além das definições propriamente ditas, o critério ou
os critérios que foram utilizados para a classificação. Por exemplo, o substantivo e o numeral são
definidos apenas com base no critério semântico, já o advérbio e o artigo apresentam os três critérios:
morfológico (formal ou mórfico), funcional (ou sintático) e semântico.

Entre outras questões, essa falta de critérios claros para a definição das classes de palavras
levou Perini (1991) a reconhecer que há uma necessidade de se elaborar uma nova gramática do
português, uma gramática que seja sistemática, teoricamente consistente e livre de contradições. Para
Perini, uma “boa” gramática deveria desempenhar a contento duas funções: “(a) descrever as formas
da língua (isto é, sua fonologia, sua morfologia e sua sintaxe); e (b) explicitar o relacionamento dessas
formas com o significado que veiculam.” (p. 21).

O autor utiliza a definição de verbo, retirada de uma gramática tradicional, que se baseia nos
critérios semântico e morfológico, para alertar que:

Por trás dessa dupla definição, naturalmente, há o pressuposto de que qualquer palavra
que corresponda à primeira parte da definição também corresponderá à segunda – ou
seja, de que a relação entre as propriedades semânticas e as formais do verbo é simples
e direta, podendo ser expressa por uma mera justaposição de definições, (...). A verdade,
entretanto, é que isso não ocorre. É bastante fácil encontrar palavras que correspondam
a uma das definições e não à outra. (PERINI, 1991, p. 23)

CAPÍTULO II – SUBSTANTIVOS E SUAS FLEXÕES

2.1 - SUBSTANTIVOS

Substantivos são termos responsáveis por nomear seres, objetos, ações, lugares, etc. Existem 9
tipos de substantivos: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e
primitivo. E eles são flexionados em gênero, número e grau.

Os substantivos são uma classe de palavras responsáveis por nomear seres, objetos, ações,
sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e classificados por tipos,
por exemplo: substantivo comum, coletivo e próprio.

Sendo assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe
para dar nome:

 às pessoas (Maria, Carlos, João, Luiza…);


 às qualidades (a beleza da mulher, a teimosia do menino, a grandeza da vida…);
 aos sentimentos (amizade, raiva, rancor…);
 aos objetos (tênis, mesa, cigarro, caixa…);
 aos lugares (casa, escritório, corredor, aeroporto, Alemanha, São Paulo…);
 aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, cachorro…);
 às ações (tapa, corrida, piscadela, movimento…).

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Os substantivos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a menina), ou
adjetivos (linda menina).

2.2 - TIPOS DE SUBSTANTIVOS:

Os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato,
concreto, composto, simples, derivado e primitivo.

Cada uma das 9 classificações serão explicadas e exemplificadas a seguir:

2.2.1 - Substantivo comum

O substantivo comum refere-se a qualquer ser ou objeto de uma determinada espécie sem
particularizá-lo.

Exemplos:

 mulher;
 gato;
 jornal;
 cidade.

2.2.2 - Substantivo próprio

O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de determinada


espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula.

Exemplos:

 Maria;
 Japão;
 Ceará;
 Atlético.

2.2.3 - Substantivo coletivo

O substantivo coletivo existe para designar um conjunto ou pluralidade de seres da mesma


espécie.

Exemplos:

 flora;
 multidão;
 cardume;
 floresta;
 manada.

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2.2.4 - Substantivo abstrato

O substantivo abstrato nomeia ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem de


outro ser concreto para existir.

Exemplos:

 beleza;
 ensino;
 bravura;

2.2.5 - Substantivo concreto

O substantivo concreto serve para nomear seres que possuem existência própria e
independente.

Exemplos:

 lápis;
 mulher;
 cachorro;
 gato.

2.2.6 - Substantivo composto

O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da “composição de


palavras”.

Exemplos:

 couve-flor;
 louva-a-deus;
 guarda-roupa.

2.2.7 - Substantivo simples

O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra.

Exemplos:

 terra;
 sapato;
 água;
 amor;
 cheiro.

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2.2.8 - Substantivo derivado

O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.

Exemplos:

 livraria;
 noitada;
 aguaceiro;
 pedregulho.

2.2.9 - Substantivo primitivo

Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras palavras, mas
pode originar diferentes termos.

Exemplos:

 livro;
 noite;
 água;
 pedra.

3. - FLEXÃO DO SUBSTANTIVO

O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural)


e grau (diminutivo e aumentativo).

Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa rotina. A
palavra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões para indicar:

 Plural: gatos.
 Feminino: gata.
 Aumentativo: gatarrão.
 Diminutivo: gatinho.

3.1 -Flexão de gênero

Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre geralmente
com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a mesma coisa! Os gêneros
dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de sexo ou não. Por
exemplo: o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone e o caderno.

São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos:

 “o”;
 “os”;
 “um”;
 “uns”.

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Já os femininos costumam ser precedidos dos artigos:

 “a”;
 “as”;
 “uma”;
 “umas”.

Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma discrepância entre
gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, ainda que o termo esteja
se referindo a uma pessoa do sexo feminino.

O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo. É
ele que diferencia quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto que a
palavra em si não deixa isso explícito.

Temos, na língua portuguesa, dois gêneros e substantivos uniformes e biformes. Chamamos de


uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros, como é o caso dos comuns-de-
dois, como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será
desconhecido.

Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:

 a capitalista, o capitalista;
 o cliente, a cliente;
 o agente, a agente;
 o colega, a colega;
 a dentista, o dentista;

Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar o artigo
adequado. Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo de variação. E, por isso, é para
eles que devemos estar mais atentos.

3.2 - Flexão de número

Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz respeito a colocá-los
no singular ou no plural. De maneira geral, na língua portuguesa, o plural é demonstrado com a
inclusão da letra “s” no fim das palavras, mas, como é típico do nosso idioma há exceções para essa
regra.

Se o plural de “colega” é “colegas” e o plural de “menina” é “meninas”, a mesma regra não pode
ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos
trocar a letra “l” por “is”. Na prática:

 papel – papéis;
 jornal – jornais;
 barril – barris;

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Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra do
idioma temos exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los devemos
adicionar o sufixo “es”:

 amor – amores;
 dor – dores;

Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso palavras como
“ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto “o
xérox” e “os xérox” são a maneira certa de se escrever.

Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se
tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.

Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o caso de “pólen” e
“pólens”. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira
“armazéns”.

Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra que
estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão” transforma-se em
“cidadãos”.

3.3 - Flexão de grau

A flexão de grau é aquela que identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou seja, o


seu aumentativo. Ela existe para que não precisemos fazer construções como “ele era um gato grande”
o tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo simples “ele era um gatão”.

Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso exemplo anterior,
também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.

Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:

 amigo – amigão – amiguinho;


 boca – bocarra – boquinha;
 moça – mocetona – moçoila; e
 povo – povaréu – poviléu.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas


e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas:
substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e
interjeição. No que se refere aos substantivos e suas flexões percebemos que substantivo é,
basicamente, a palavra que nomeia os seres em geral, ou seja, são substantivos os nomes de
pessoas, animais, vegetais, lugares, instituições, entes de natureza espiritual ou mitológica etc.
E por serem palavras variáveis, os substantivos podem se flexionar em: gênero, número e grau.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEGALLA, Domingos P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48ªed. Companhia


Editora Nacional, 2008.LUFT, Celso P. Moderna gramática brasileira. 2ªed. São Paulo:

Globo, 2002. http://portugues.uol.com.br/gramatica/pronomes-pessoais-


obliquos.htmlhttp://www.sensacionalista.com.br/COELHO, Sueli. Handout: Categorias
morfológicas e estrutura das palavras. 2011

"Flexão dos Substantivos" em Só Português. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2020.


Consultado em 12/11/2020 às 22:53. Disponível na Internet em
https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf22.php

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