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1. (FCC) Ao se analisar mais de perto a estruturação funcional do texto, pode-se afirmar que o
a) 1º parágrafo tem como objetivo adiantar-se à tese conclusiva do autor, que é a de mostrar que
um planejamento é mais decisivo do que as forças da Natureza.
b) 2º parágrafo analisa mais intimamente o que se inclui no ato de jurar e o que ele significa, de
fato, como uma específica pretensão humana.
c) 3º parágrafo expõe as razões pelas quais todo juramento acaba correspondendo a uma espécie
de planejamento, que se inclui no ato de jurar.
d) 1º e o 2º parágrafos são contraditórios entre si, ao formularem teses divergentes sobre a função
e a força da Natureza no destino dos homens.
e) 2º e o 3º parágrafos são acordes ao mostrar que os limites humanos, uma vez admitidos num
planejamento nosso, são superados pela mesma vontade de quem jura.
2. (FCC) A convicção do narrador de Machado de Assis, na frase citada de um conto seu, supõe como
argumento o fato de que
a) as criaturas têm seus intentos e ambições limitados pela Natureza, cujos desígnios são mais
poderosos do que o desejo de conformarmos nosso futuro.
b) um juramento de amor, se respeitado pelas criaturas que o fizeram, atesta que no reino dos
sentimentos a Natureza não tem como prevalecer.
c) as vontades humanas, quando assumidas com toda a persistência de quem as potencia,
revelam-se mais fortes do que os nossos instintos naturais.
d) a Natureza põe a perder o que há de melhor em nós, pois ela age, sempre metodicamente, na
direção contrária à das nossas emoções.
e) os fatos naturais não costumam sobrepor-se à vontade humana, a menos que as criaturas se
mostrem ineficientes em seu desejo de planejar.
Texto
Encontro, pelos corredores da vida, um grupo de ex-alunos. A primeira reação é sempre de
um agradável afeto, o mesmo afeto de reencontrar um pedaço de si, no outro. Talvez lembrar seja
sempre um exercício de reconhecimento de si próprio: enxergar, em um amor de infância, em um
sabor perdido, em uma paisagem – ou num professor – um espelho de seus melhores dias.
Reencontramo-nos e logo percebemos que ninguém, nem eu nem eles, lembrava do nome da
matéria em que nos frequentamos. No espelho dos melhores dias, eles não viam mais conteúdos
elementares, datas (de que ano é a prensa de Gutenberg?), conceitos (o que é um nariz de cera),
nomes (quem escreveu “Frank Sinatra está Resfriado”e “As Religiões no Rio”?) e por aí vai, numa
extensa lista de sujeitos e predicados.
Não é que não lembrem de nada, é claro, nem que a matéria tenha sido toda inútil. Longe
disso, pois todos lembravam com carinho das antigas aulas – e lembrar com carinho já é muito
melhor do que recitar a velha decoreba da tabela periódica.
Mas lembram de outras coisas. Lembram dos poemas e das histórias, lembram dos afetos.
– Professor, e os poemas?
– Professor, e a história do macaco?
Estou convicto de uma obviedade. As obviedades são, aliás, as verdades mais duras de
reconhecer – estão tão coladas aos nossos narizes que se tornam invisíveis. Estou certo de que
contar histórias, boas histórias, é o mais formidável meio para ensinar, ou aprender, qualquer coisa.
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Por isso, insista com as historinhas antes de dormir: do primeiro ao último mês de vida (até a morrer
é preciso aprender).
Convenci-me de uma verdade de 32 mil anos de idade, ao menos. Da verdade da arte rupestre
e dos grandes mitos que foram sendo passados de boca em boca, de geração em geração, até se
fixarem em papel. A verdade de uma terrível Medeia, de um enlouquecido Édipo, de uma trágica
Julieta.
A verdade das grandes histórias – ou mesmo das pequenas –, ao contrário da verdade dos
conceitos estéreis, que não frutificam em histórias de som e fúria, permanece.
Acho que a boa pedagogia, a pedagogia que fica, passa pela arte de narrar e de compartilhar.
Não as opiniões rasas, que logo saem de moda, mas as vivências mais impactantes de nossas
próprias vidas e das incontáveis vidas que nos cercam e precederam. A vida é sobre isso: a vida. E só
se vive por meio de histórias.
Os gregos sabiam disso, os trovadores sabiam disso, os irmãos Grimm sabiam, Shakespeare
sabia, e Machado, e Clarice… É uma pena que nós estejamos ocupados demais para saber; ocupados
demais para aprender a viver.
Adaptado de: ESSENFELDER, Renato. O que as histórias nos ensinam. Estado de São Paulo, São Paulo, 09 de maio de 2018.
Disponível em http://emais.estadao.com.br/blogs/renato-essenfelder/o-que-as-historias-nos-ensinam/.
Acesso em 12/05/2018.
1. (FCC) Fragmento de texto: (...) Neste contexto, “Negro” é a definição de uma humanidade que se
presume não ser só uma, ou, sendo apenas uma, não pode ser nada mais do que uma coisa, um
objeto, uma mercadoria. (...) Depois, a “razão negra” designa a retomada do discurso daqueles que
foram “catalogados” (Africanos, Antilhanos, Afro-Americanos, Afro-Caribenhos) e que devolvem
e endossam essa responsabilidade aos responsáveis por este “fabrico”, buscando a reafirmação
da sua humanidade plena e inteira. (...) O presidente francês, François Hollande ensaiou a ideia
de retirar a palavra “raça” da constituição francesa para lutar contra o racismo. Como encara esta
atitude? Absolutamente inacreditável! Porque isso pressupõe que, se nos confrontamos com um
problema, basta eliminar o vocábulo que o define. (...)
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que se presume não ser só uma
que devolvem e endossam essa responsabilidade
que o define
Os pronomes sublinhados acima referem-se respectivamente a:
a) humanidade − responsáveis − vocábulo
b) definição − daqueles − vocábulo
c) definição − responsáveis − problema
d) humanidade − daqueles − problema
e) humanidade − daqueles − vocábulo
Texto
Encontro, pelos corredores da vida, um grupo de ex-alunos. A primeira reação é sempre de
um agradável afeto, o mesmo afeto de reencontrar um pedaço de si, no outro. Talvez lembrar seja
sempre um exercício de reconhecimento de si próprio: enxergar, em um amor de infância, em um
sabor perdido, em uma paisagem – ou num professor – um espelho de seus melhores dias.
Reencontramo-nos e logo percebemos que ninguém, nem eu nem eles, lembrava do nome da
matéria em que nos frequentamos. No espelho dos melhores dias, eles não viam mais conteúdos
elementares, datas (de que ano é a prensa de Gutenberg?), conceitos (o que é um nariz de cera),
nomes (quem escreveu “Frank Sinatra está Resfriado”e “As Religiões no Rio”?) e por aí vai, numa
extensa lista de sujeitos e predicados.
Não é que não lembrem de nada, é claro, nem que a matéria tenha sido toda inútil. Longe
disso, pois todos lembravam com carinho das antigas aulas – e lembrar com carinho já é muito
melhor do que recitar a velha decoreba da tabela periódica.
Mas lembram de outras coisas. Lembram dos poemas e das histórias, lembram dos afetos.
– Professor, e os poemas?
– Professor, e a história do macaco?
Estou convicto de uma obviedade. As obviedades são, aliás, as verdades mais duras de
reconhecer – estão tão coladas aos nossos narizes que se tornam invisíveis. Estou certo de que
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contar histórias, boas histórias, é o mais formidável meio para ensinar, ou aprender, qualquer coisa.
Por isso, insista com as historinhas antes de dormir: do primeiro ao último mês de vida (até a morrer
é preciso aprender).
Convenci-me de uma verdade de 32 mil anos de idade, ao menos. Da verdade da arte
rupestre e dos grandes mitos que foram sendo passados de boca em boca, de geração em geração,
até se fixarem em papel. A verdade de uma terrível Medeia, de um enlouquecido Édipo, de uma
trágica Julieta.
A verdade das grandes histórias – ou mesmo das pequenas –, ao contrário da verdade dos
conceitos estéreis, que não frutificam em histórias de som e fúria, permanece.
Acho que a boa pedagogia, a pedagogia que fica, passa pela arte de narrar e de compartilhar.
Não as opiniões rasas, que logo saem de moda, mas as vivências mais impactantes de nossas
próprias vidas e das incontáveis vidas que nos cercam e precederam. A vida é sobre isso: a vida. E só
se vive por meio de histórias.
Os gregos sabiam disso, os trovadores sabiam disso, os irmãos Grimm sabiam, Shakespeare
sabia, e Machado, e Clarice… É uma pena que nós estejamos ocupados demais para saber; ocupados
demais para aprender a viver.
Texto
(...) A inteligência artificial está em incontáveis outros serviços. Sites de comércio eletrônico
analisam o perfil de buscas e compras de cada cliente para fazer ofertas personalizadas. Serviços
de streaming de vídeo, como YouTube e Netflix, avaliam o que já foi assistido para sugerir opções
ao gosto de cada um. Para especialistas, a digitalização facilitou a produção de informações, e a
inteligência artificial surge como um filtro necessário.
Carlos Pedreira, professor de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, explica
que as tecnologias de inteligência computacional são desenvolvidas há anos, mas, recentemente,
houve uma explosão no volume de dados e na capacidade de armazenamento e processamento
dessas informações, o chamado Big Data.
– Os benefícios não são apenas na área do marketing e serviços – diz Pedreira. – Apesar
de eu achar que os humanos nunca serão superados, existem situações em que os sistemas
computacionais fazem coisas que não podemos. Na medicina, uma pessoa não analisa 20 medidas
por célula de um conjunto de dois milhões de células. Essas máquinas conseguem.
Nem todos são simpáticos ao fenômeno. O historiador israelense Yuval Harari, autor do best-
seller “Sapiens – Uma breve história da Humanidade”, acha que o ser humano se tornará obsoleto.
Segundo ele, dentro de 40 anos, não só taxistas serão substituídos por carros autômatos, mas cerca
de 50% de todos os empregos em economias avançadas. Isso impõe um desafio de sobrevivência
da própria espécie. (...)
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4. (FAURGS) Se o último parágrafo do texto fosse introduzido por um nexo, qual melhor evidenciaria a
relação textual deste parágrafo com os que o antecedem?
a) conquanto
b) portanto
c) apesar
d) embora
e) contudo
GABARITO: D, A, D, E
1. (FAURGS) Considerando o sistema ortográfico oficial e as relações entre sons, letras, pronúncia e
grafia, assinale a alternativa correta.
a) Não é a mesma regra de acentuação gráfica que explica o emprego do acento agudo nos
exemplos dá e há.
b) A palavra trégua é um exemplo de proparoxítona aparente, por isso é acentuada.
c) O acento na palavra início é facultativo.
d) A palavra têm (... moradores que têm horror à...) também poderia ser grafada como tem.
e) A palavra por também poderia ser grafada como pôr.
2. (FCC) Considerando-se o contexto frasal, o segmento sublinhado pode ser substituído pelo que se
encontra entre parênteses em:
a) parece fenecer (extinguir-se) com o advento do minúsculo teclado e sua tela.
b) fiquei impressionado com a metáfora precisa (intransigente) de Barthes.
c) Na mão que move a escrita há um gesto corporal atávico (latente).
d) que a maquininha subtrai (submete).
e) e seu canto misterioso me remete (sujeita) ao livro A Linguagem dos Pássaros.
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Pronomes | Newton Neto e Caio Moura
3. (FCC) Fragmento de texto: Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo
sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou: − O que você vai me
contar já passou pelas três peneiras? − Três peneiras? − indagou o rapaz. − Sim! A primeira peneira
é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa
deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade.
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Nas cinco ocorrências de “que”, em destaque no texto, verificam-se, respectivamente, as seguintes
funções:
a) pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo,
pronome relativo.
b) conjunção integrante, pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo,
pronome relativo.
c) conjunção integrante, pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante, pronome
relativo.
d) conjunção integrante, pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo,
conjunção integrante.
e) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante, pronome interrogativo,
conjunção integrante.
1. (FCC) Houve correta transposição de uma frase do texto para a voz passiva no seguinte caso:
a) tenho vivido em jornal a vida toda = a vida toda eu a vivi em jornal
b) Há quem diga que é um traço mórbido = terá havido alguém que disse ser um traço mórbido
c) escapa ao lixo do cotidiano = tem escapado ao lixo do cotidiano
d) já esqueceu a foto de ontem = a foto de ontem já foi esquecida
e) Esquecer é um mecanismo confortável = esquecer está sendo um mecanismo confortável
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3. (FCC) ... uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está sublinhado em:
a) ele contempla os títulos com mais chances
b) o novo prêmio atenderia ao mercado
c) ou o que o contraria
d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas
e) por meio do qual definia uma suposta obra de arte
4. (FAURGS) Em relação às formas verbais TEM (“Se esta pergunta é possível, a contrária também
tem validade”) e MANTÉM (“por meio delas é que mantém sua existência”), considere as seguintes
afirmações.
I – Ambas as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, modo, número e pessoa.
II – A forma verbal “tem” está sendo empregada no texto como verbo auxiliar, enquanto a forma
verbal “mantém” está sendo empregada como verbo pleno.
III – As formas verbais “tem” e “mantém” apresentam, no texto, comportamento idêntico quanto à
predicação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
GABARITO: D, E, E, C
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