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Matheus Vinicius Abadia Ventura
Lucas da Silva Alves
Maísa Silva Alves
PROJETOS
AGROECOLÓGICOS
E SOCIOAMBIENTAIS
VirtualBooks Editora
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1ª edição
1ª impressão
ISBN 978-85-434-1157-6
CDD- 900 –
_______________
Livro publicado pela
VIRTUALBOOKS EDITORA E LIVRARIA LTDA.
Rua Porciúncula,118 - São Francisco - Pará de Minas - MG - CEP 35661-177
Tel.: (37) 32316653 - e-mail: capasvb@gmail.com
http://www.virtualbooks.com.br
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SUMÁRIO
SANEAMENTO ECOLÓGICO / 00
SANEAMENTO RURAL / 00
CANTEIRO BIO-SÉPTICO / 00
IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO BIO-SÉPTICO / 00
CÍRCULO DE BANANEIRA / 00
MODO DE FAZER O CÍRCULO DA BANANEIRA / 00
VANTAGENS EM ADERIR AO SANEAMENTO ECOLÓGICO / 00
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PAPEL DA VEGETAÇÃO NA MANUTENÇÃO DO SISTEMA
NATURAL/ 00
EFEITOS POSITIVOS DA VEGETAÇÃO NATIVA/ 00
O LIXO NOSSO DE CADA DIA/ 00
CIDADANIA/ 00
PROTEÇÃO DE ÁGUAS/ 00
TERRA, PLANETA ÁGUA/ 00
BERÇO DAS ÁGUAS/ 00
SANEAMENTO BÁSICO/ 00
USO AGRÍCOLA/ 00
ATIVIDADES DE PROTEÇÃO HÍDRICA/ 00
TRATAMENTO DE ÁGUA COM SEMENTES DE MORINGA/ 00
RESPONSABILIDADE NA PRESERVAÇÃO DE ÁGUA/ 00
FIXAÇÃO DE CARBONO/ 00
EFEITO ESTUFA/ 00
FIXAÇÃO DE CARBONO/ 00
ATIVIDADES DE ARMAZENAMENTO DE CARBONO/ 00
PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA INTEGRADA E
SUSTENTÁVEL (PAIS)/ 00
SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF’s)/ 00
SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL (SASP)/ 00
ISOLAMENTO DE FONTES HIDRICAS/ 00
CONSERVAÇÃO DE SOLO/ 00
SANEAMENTO RURAL/ 00
PEGADA ECOLOGICO/ 00
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SISTEMA PARA CAPTAÇÃO DE AGUA DA CHUVA/ 00
A QUESTÃO DA ÁGUA/ 00
FORMAS SIMPLES PARA ECONOMIZAR ÁGUA POTÁVEL/ 00
OBJETIVOS DO APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA/ 00
O SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA/ 00
PARTES DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA
CHUVA/ 00
A TÉCNICA DO FERROCIMENTO/ 00
MATERIAIS NECESSÁRIOS/ 00
TRAÇO PARA SISTEMA DE CAPTAÇÃO/ 00
CONSTRUÇÃO DO CONTRAPISO/ 00
CONSTRUÇÃO DA PAREDE/ 00
CONSTRUÇÃO DA TAMPA/ 00
REBOCO/ 00
MANUTENÇÃO/ 00
AGROFLORESTA (SAF/ 00
O QUE É MONOCULTURA?/ 00
SISTEMA AGROFLORESTAL/ 00
VANTAGENS/ 00
DESVANTAGENS/ 00
CLASSFICAÇÕES/ 00
ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA
AGROFLORETAL/ 00
DIAGNÓSTICO/ 00
SELECIONAR A ÁREA ADEQUADA/ 00
ESCOLHA DAS ESPÉCIES/ 00
DESENHO DO SISTEMA/ 00
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IMPLANTAÇÃO/ 00
MANEJO NO SAF/ 00
CÓDIGO FLORESTAL/ 00
ARVORES EM FAVOR A VIDA/ 00
PONTOS POSITIVOS DA PRESENÇA DAS ÁRVORES/ 00
CONSIDERAÇÕES FINAIS/ 00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS/ 00
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SANEAMENTO ECOLÓGICO
SANEAMENTO RURAL
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cursos d´água ou diretamente no solo a céu aberto
(PNAD/2012).
A situação do saneamento básico no Brasil é
dramática. De todas as mazelas ambientais do país nada se
compara ao descomunal impacto à natureza e ao cidadão
causado pela ausência dos serviços de saneamento básico
em todo o território. Somente 38% do esgoto do país passa
por algum tipo de tratamento antes de ser lançado na
natureza. Significa que 62% do esgoto do país seguem
para nossos rios, lagos, reservatórios, bacias hidrográficas
e aquíferos da forma como sai dos nossos banheiros.
As soluções mais tradicionais para o saneamento
rural ainda são a fossa séptica e a fossa rudimentar. Por
terem custos baixos estas soluções se proliferam no Brasil,
apesar do risco a contaminação ambiental e às pessoas.
As fossas rudimentares, junto com as fossas secas,
são consideradas as formas mais antigas; mais avançadas
apenas do que a disposição a céu aberto que ainda é uma
realidade para 7 milhões de brasileiros segundo a
UNICEF. Essas fossas, por serem em sua maioria apenas
buracos no solo para coletar os excrementos humanos, não
evitam a contaminação das águas, superficiais e
subterrâneas. Já as fossas sépticas são unidades de
tratamento primário de esgoto nas quais são feitas a
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separação e a transformação físico-química da matéria
sólida contida no esgoto. É uma maneira simples e barata
de disposição dos esgotos e indicada, sobretudo, para a
zona rural ou residências isoladas. Se bem cuidada ela
evita a contaminação das águas, apesar de não promover a
reciclagem dos dejetos humanos.
Em resumo, a tendência é que o saneamento rural
caminhe numa velocidade menor do que nas áreas urbanas,
por toda a complexidade do baixo número de pessoas,
tornando inviável a construção das tradicionais redes de
coleta e tratamento. No entanto existe também a tecnologia
social de saneamento ecológico com a bananeira, o
canteiro bio-séptico. Ainda pouco conhecido pelas famílias
rurais do Brasil.
CANTEIRO BIO-SÉPTICO
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cima, com os efluentes domésticos gerados por uma
família de até 6 pessoas.
O efluente é digerido anaerobicamente pelos micro-
organismos presentes. A medida que o nível aumenta, o
líquido alcança os furos dos tijolos e sai para uma segunda
câmara preenchida com material poroso, como argila
expandida, e propicia a digestão aeróbica da matéria
orgânica e minerais. Nos quinze centímetros superiores da
vala são plantadas bananeiras e outras plantas hidrófilas
que fazem a evaporação do líquido remanescente. Ele é
facilmente construído com materiais prontamente
disponíveis no mercado e de baixo custo.
O MATERIAL NECESSÁRIO
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3 metros de cano 50 mm
1 barra de cano de 100 mm (obs.: adequar a distância
da casa)
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ter 1 metro e meio de largura, 2 metros de comprimento e
1 metro de profundidade.
O ideal é demarcar no chão as laterais da vala e
começar a escavar um buraco. A profundidade deve ser de
1 metro, mas não se esqueça dos 10 cm do contrapiso que
será feito. A vala deve ficar simétrica e bem perfurada.
Traço da massa:
3 carrinhos de areia fina
1 saco de cimento
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10 quilos de cal hidratada (metade do saco)
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É essencial construir a pirâmide com tijolos
furados, de forma que um espaço seja criado para depositar
o esgoto. A construção deve ser feita de modo que os furos
dos tijolos fiquem desobstruídos, apontando para as
laterais. Com isso, o efluente pode alcançar as raízes das
plantas. Não se preocupe, pois, o sistema não entope,
porque existe uma área de ar permanente dentro a
pirâmide, o que impede o crescimento das raízes e plantas
para dentro do espaço de tratamento anaeróbico.
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6º Passo: Depósito de Materiais e Finalização
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solo e composto. Abaixo do solo e do composto, terá o
material âncora que pode ser, por exemplo, casca de coco,
bagaço de cana de açúcar, casca de maracujá e outros.
Logo, abaixo do material âncora teremos a pirâmide de
tijolos furados.
CÍRCULO DE BANANEIRA
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O MATERIAL NECESSÁRIO
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6. Plante as mudas de bananeira a cada 60 cm do
lado externo do buraco, do monte de terra, furando a
cobertura de papelão ou folhas de bananeira.
7. Alterne com mamoeiros e preencha os espaços
no topo e no lado de fora da borda com batata doce
(aproximadamente 10 mudas devem ser suficientes para
cobrir o monte).
8. Caso seja necessário pode utilizar também
mamona para criar sombra.
9. No lado de dentro do anel, onde deve haver
sombra, umidade, inhame, gengibre, taioba e o que mais
tiverem em mãos.
10. A água cinza deve ser conduzida por um tubo
até o buraco, com um joelho na ponta para evitar o
entupimento. Não se devem usar valas abertas para a
condução das águas, para evitar a presença de mosquitos e
outros animais indesejados. Assim, os micro-organismos
da compostagem terão um ambiente perfeito para se
desenvolver.
CUIDADOS NECESSÁRIOS
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pó, sabonetes de banho e produtos de limpeza doméstica
contém uma infindável quantidade de contaminantes
químicos que prejudicam o crescimento, e de fato a vida
de espécies vegetais e animais. Ao optar por usar um
círculo de bananeiras esteja consciente da importância na
mudança de hábito quanto a compra e uso desses produtos,
privilegiando o uso de produtos neutros e simples, como
sabão de coco e de glicerina. Sabão e água resolvem a
maioria absoluta das questões de limpeza doméstica, são
muito mais baratos, e também compatíveis com a vida em
todo seu esplendor.
Esses sistemas já foram instalados em uma
variedade de situações, desde residências convencionais
até restaurantes e feiras, e os resultados são
surpreendentemente positivos: não há efluentes e as
plantas produzem alimento de ótima qualidade.
VANTAGENS EM ADERIR AO
SANEAMENTO ECOLÓGICO
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em conhecimentos e experiências técnicas, visando
trabalhar a iniciativa local com materiais de fácil acesso.
Dessa forma, as vantagens são diversas:
Implantação fácil. As famílias rurais adequam
rapidamente ao saneamento ecológico.
Há melhoria na qualidade da água e despoluição do
solo;
Ajuda na diminuição da contaminação do lençol
freático e córregos próximos;
Elimina o mau cheiro e melhora a estética das casas
que adotam os sistemas;
Melhoria das condições ambientais da região;
Conscientizar e incentivar mais agricultores a
implantar os sistemas formando agentes
multiplicadores;
Incentiva o uso sustentável dos recursos naturais;
Tratamento de esgoto de forma econômica e
ecológica.
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CERRADO VIVO E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
CONHECENDO O BIOMA CERRADO
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hidrográficas da América do Sul, a Bacia do Paraná, à
Bacia do Araguaia – Tocantins e a Bacia do São Francisco,
sendo por isso considerado o “Berço das Aguas”.
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DESMATAMENTO DO CERRADO
QUEIMADAS
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umidade e os ventos fortes podem alastrar o fogo
rapidamente. A maioria dos incêndios nas regiões de
Cerrado é causada pelo homem, atingindo extensas áreas e
provocando grande destruição.
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As consequências das queimadas são: destruição do
meio ambiente, poluição do ar, incêndios em residências,
problemas respiratórios, acidentes de trabalho e casas e
roupas sujas. Sua colaboração deixa nosso meio ambiente
mais bonito e saudável. Algumas das formas de evitar são:
manter os terrenos limpos, não jogar ponta de cigarro em
qualquer lugar, não coloque fogo em lixos e terrenos, não
soltar balões, colocar o lixo em sacos plásticos em locais
adequados e utilizar os terrenos baldios para fazer hortas
comunitárias e outras.
Construção de aceiros;
Buscar a orientação técnica de profissional habilitado;
Comunicar antecipadamente aos vizinhos sobre a
realização de queimadas planejadas;
Estar preparado para combater o fogo, caso fuja do
controle;
Ter a autorização para queimada controlada, que é
concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
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IMPORTÂNCIA, MANUTENÇÃO E USOS
DE ÁGUA
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acionamento. Numa casa com três pessoas a economia
é, em média, de 36 litros de água por dia.
Não lave a louça com a torneira aberta: Ensaboe toda
a louça e depois tire o sabão de uma só vez. Ou, se
preferir, faça como os europeus: lave a louça com pia
tampada e cheia de água.
Deixe as panelas de molho: Principalmente aquelas
sujas de molho, de fritura ou com muita gordura.
Fazendo isso, você se esforça menos e ainda
economiza água na hora de lavá-las.
Não deixe as crianças brincarem com água: Apesar de
divertida, a brincadeira pode passar a ideia de que a
água é um recurso infinito. Ensine as crianças que a
água é um bem precioso e finito.
Reutilize água: A água do último enxague de máquina
de lavar e da chuva pode ser usada para lavar o
quintal, regar plantas e até para dar a descarga nos
banheiros.
Conserte vazamentos: Uma torneira que pinga a cada
cinco segundos libera, ao final de um dia, mais de 20
litros de água. O desperdício ainda faz estrago na
conta mensal.
Não use o vaso sanitário como lixeira: Cada descarga
acionada em um vaso como válvula utilizada cerca de
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15 litros de água. Nos modelos com caixas acopladas,
são seis litros.
Em hotéis, evite trocar toalhas e lençóis todos os dias:
Ninguém é tão sujinho que não possa trocar a roupa de
cama a cada três dias, por exemplo. É uma maneira de
economizar água e energia elétrica.
Evite comprar água em garrafinhas plásticas: O ideal é
usar apenas uma garrafa, que deverá ser levada sempre
com você. Ela pode ser reabastecida toda vez que for
necessário.
Lave o carro a seco: Já existem empresas
especializadas nesse tipo de limpeza. Apesar de custar
um pouco mais caro, gera uma enorme economia de
água.
Torneiras e chuveiros: Use torneiras e chuveiros com
arejador, um dispositivo que aumenta o volume da
água com bolhas de ar e tem menos vazão. Reduz o
consumo em até 30%.
Use detergentes biodegradáveis: Custam um pouco
mais que o convencional, mas rendem mais e poluem
menos.
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POLUIÇÃO E FALTA DE ÁGUA
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pessoas dependem de água limpa. Mas, como uma das
principais características da água é sua capacidade de
transportar óleos, pós, gases, plásticos e todo tipo de
materiais, ela pode ser facilmente poluída.
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POLUIÇÃO DA ÁGUA POR PRODUTOS
AGROPECUÁRIOS
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1. Lavagem dos pulverizadores: Após a pulverização
da lavoura, tanto o avião quanto o trator devem ser
lavados para remover todo agrotóxico dos seus
tanques. Este procedimento deve ser feito sobre um
piso impermeabilizado e com contenção lateral
para evitar contaminação do solo. O resíduo liquido
gerado pela tríplice lavagem das embalagens
também deve ser recolhido e tratado.
2. Recolhimento da calda: Todo resíduo liquido deve
ser direcionado para um fosso de coleta,
devidamente impermeabilizado para evitar
contaminação do solo e lençóis freáticos.
3. Degradação de pesticida: A oxidação da calda deve
ser feita para abatimento do potencial poluidor do
pesticida. Esta etapa reduz o risco de contaminação
ambiental em caso de vazamentos e volatilização
rápida dos pesticidas evitando chuvas com residual
de agrotóxicos, o que vem acontecendo. O ozônio é
o mais indicado nesta operação por ser tecnologia
limpa.
4. Contenção do resíduo liquido: O tanque
evaporativo é o último processo de tratamento onde
a calda tóxica sofre a degradação através da
exposição solar (radiação UV e aquecimento)
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A suspensão da exigência da construção do pátio de
descontaminação e o despejo direto dos resíduos de
agrotóxicos no solo, geram um passivo ambiental e
contaminação dos lençóis freáticos. Por se tratar de uma
água pura, não existe capacidade de degradação destes
poluentes, sendo sua remediação quase impossível.
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FIQUE ATENTO!
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Redução dos riscos para a saúde das pessoas e dos
animais;
Diminuição de riscos de contaminação do solo e
da água, além de devolver a embalagem que será
reciclada pelo fabricante;
As embalagens rígidas laváveis devem ser
mantidas intactas (tampadas adequadamente para
que não vaze o produto);
As embalagens frágeis que amassam facilmente,
devem ser colocadas em sacos plásticos.
Posteriormente, todas devem ser armazenadas
com suas respectivas tampas e seus rótulos,
preferencialmente acondicionada na caixa de
papelão original, em local coberto e ventilado,
longe de alimentos e outros materiais que podem
ser contaminados, até serem devolvidas.
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lavar as embalagens perto de áreas de nascentes, córregos
e rios.
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diminuindo a velocidade da enxurrada e
armazenando a água nos pontos mais altos.
Fazer uso dos restos de culturas (palhada): esse
material, também chamado de matéria orgânica,
quando se decompõe, favorece os organismos que
vivem na terra, melhorando as condições de
infiltração e armazenamento de água no solo, além
de diminuir o impacto das gotas de chuva sobre a
superfície.
Construir terraços – O terraço é uma estrutura
formada por um canal e deve ser construído em
nível, em áreas onde outras práticas de conservação
do solo não são capazes de controlar a erosão,
tendo como função captar as águas que caem na
área de cultivo e conter as enxurradas, permitindo a
infiltração de água no solo e, consequentemente, o
abastecimento do lençol freático.
Evitar colocar muitos animais na área de uma só
vez – A caminhada constante do gado provoca o
endurecimento da terra, dificultando a infiltração
da água da chuva no terreno. Além desse problema,
o excesso do pastejo diminuí a altura da pastagem,
deixando várias falhas que favorecem a destruição
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do solo pela chuva e o vento, dificultando a
infiltração da água.
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sua grande importância, a mata ciliar é protegida por lei. O
Código Florestal Brasileiro determina que seja obrigatório
a conservação de uma faixa ciliar, de acordo com a largura
do curso d’agua. Esta faixa é também conhecida como
Área de Preservação Permanente (APP).
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Serve como local de abrigo, alimento e reprodução
de muitas espécies de animais.
PAPEL DA VEGETAÇÃO NA
MANUTENÇÃO DO SISTEMA NATURAL
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Os caules, troncos e folhas retardam a chegada da
parte da água das chuvas no solo e o excesso chega
com menos força. Assim, o solo fica mais
protegido e a perda por erosão diminui.
A vegetação nativa evita que as margens dos cursos
d’agua desbarranquem, controlando o
assoreamento.
A vegetação nativa presente na propriedade rural,
normalmente em áreas de Preservação Permanente
(APPs) e de Reserva Legal, pode agir como
corredores ecológicos, onde animais se alimentam,
se abrigam e se encontram para a reprodução.
A presença de plantas nativas ajuda a controlar
pragas agrícolas, pois elas abrigam inimigos
naturais das pragas, e favorece o aumento da
produção de grãos de cultivo agrícola, já que elas
atraem animais que fazem a polinização das flores.
No manejo de pastos, uma proporção de 100
árvores por hectare dá conforto aos animais que se
abrigam que se abrigam na sombra, além de
melhorar a fertilidade e a umidade do solo.
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O LIXO NOSSO DE CADA DIA
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O lixo orgânico são aqueles restos de materiais
como vegetais, frutos, cascas de ovos, papel, madeira,
ossos e sementes que não comemos, assim como tudo
aquilo que é de origem vegetal. Este tipo de lixo é
reciclado por meio da compostagem, que pode ser no
próprio quintal de casa, o que origina um composto
excelente para flores, ervas e mudas de plantas.
CIDADANIA
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A educação para a cidadania representa a
possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas, para que
transformem as diversas formas de participação em
potenciais caminhos de dinamização da sociedade e de
concretização de uma proposta de sociabilidade, baseada
na educação para a participação.
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temas diretamente relacionados com o social, o ambiental
e o cultural das comunidades envolvidas.
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PROTEÇÃO DE ÁGUAS
TERRA, PLANETA ÁGUA
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Apesar da privilegiada situação quanto à
abundância e qualidade de suas águas, nossos recursos
hídricos não estão sendo utilizados de forma apropriada e
responsável. A alta exploração, a falta de atenção com os
mananciais, má distribuição, poluição, desmatamento e
desperdício são fatores que evidenciam descuido com a
água. O mau uso põe em risco a vida de todos os seres
vivos e afeta diretamente as diversas atividades humanas.
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em questão. Por isso, a manutenção dessa importante
reserva hídrica subterrânea depende da sustentabilidade
desse bioma. Além disso, é válido mencionar que as águas
do Pantanal também são altamente dependentes do
Cerrado.
Segundo a WWF Brasil, nove em cada dez
brasileiros consomem eletricidade gerada por águas do
Cerrado, ressaltando que até a hidrelétrica de Itaipu não
existiria sem as nascentes existentes na região do Planalto
Central. Assim, mais do que um importante conjunto de
recursos hídricos, esse domínio também garante boa parte
do potencial hidrelétrico do país.
A aparente abundância de água no Cerrado, por sua
vez, vem sofrendo várias ameaças. As águas superficiais,
em termos de drenagem, não são abundantes e estão
parcialmente comprometidas; em função disso, procura-se
água subterrânea para suprir a demanda. Contudo, devido a
características região, caracterizada pelo predomínio de
rochas metamórficas com fissuras estreitas, o volume de
água armazenado é pouco significativo para um
aproveitamento sistemático desses aquíferos.
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Consumo e Uso da Água
Os recursos hídricos no mundo são assim
empregados: 70% para a agricultura; 22% para indústria;
8% para residências.
SANEAMENTO BÁSICO
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de algas, que pode provocar mau cheiro e gosto ruim na
água, mesmo após o tratamento.
A solução para o problema é a diminuição da
quantidade de nutrientes despejada nos rios, por meio do
tratamento do esgoto. Outra solução, principalmente para
áreas rurais, é agregar a sistemas agroecológicos
alternativos de saneamento básico, como canteiros bio-
sépticos e círculos de bananeiras.
USO AGRÍCOLA
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Reduzir o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos
na agricultura;
Implantar medidas de controle de erosão de solos e de
redução dos processos de assoreamento de corpos de
água, tanto em nível urbano como rural.
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É necessário implanta técnicas conservacionistas
do solo e água, além de sistemas agroecológicos e
saneamento rural, que colaboram na proteção das águas do
cerrado.
Instalação de Pluviômetros
O pluviômetro é um aparelho de meteorologia
usado para recolher e medir, em milímetros lineares, a
quantidade de líquidos ou sólidos (chuva, neve, granizo)
precipitados durante um determinado tempo e local. Com
o objetivo de monitorar o índice pluviométrico nas
propriedades.
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Isolamento da Área
Realizar a recuperação e conservação dos recursos
hídricos através do isolamento e plantio de nativas em
nascentes, córregos e ribeirão. As atividades de reflorestar
e isolar corpos hídricos são essenciais para a recuperação
de áreas naturais, fertilidade do solo, aumento da água no
lençol freático e maior vazão nas nascentes e córregos da
região, estimulando o plantio e a produção na área, antes
degastada.
As atividades de reflorestar e isolar corpos hídricos
são essenciais para a recuperação de áreas naturais,
fertilidade do solo, aumento da água no lençol freático e
maior vazão nas nascentes e córregos da região,
estimulando o plantio e a produção na área, antes
desgastada.
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armazenamento e cisternas ou tanques de armazenamento:
onde a água coletada é armazenada.
O aproveitamento da água da chuva incentiva a
população a preservar os recursos hídricos e minimiza o
escoamento de alto volume de água nas redes pluviais
durante as chuvas fortes.
Canteiro Bio-Séptico
Substituto da fossa séptica, o Canteiro Bio-Séptico
funciona como uma horta, só que é regado de baixo para
cima, com os efluentes das “águas negras” (do vaso
sanitário) domésticos gerados por uma família de até 6
pessoas. O efluente é digerido anaerobicamente pelos
micro-organismos presentes.
O Canteiro Bio-séptico viabiliza o tratamento de
efluentes, impedindo a poluição do solo e dos mananciais.
No caso das bananeiras percebeu-se que elas, como outras
plantas de folhas largas como o mamoeiro, evaporavam
grandes quantidades de água.
Círculo de Bananeiras
O círculo de bananeiras é um elemento
fundamental na habitação urbana ou rural por cumprir
mais de uma função importante: tratar a água cinza
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localmente, compostar resíduos e produzir alimentos, tudo
em um círculo de 2 m de diâmetro.
O círculo de bananeira é usado para tratar os
efluentes da casa (provenientes das pias, tanques e
chuveiros), as chamadas águas cinzas.
Estas atividades, além de contribuir para a
preservação dos recursos hídricos, possibilita ás famílias
acesso à água de melhor qualidade e um solo fértil.
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até 3 cm, suas folhas e frutos são comestíveis e as raízes
abortivas.
A plantação dessa espécie pode ser usada ainda
para recuperação de áreas degradadas, além de poder ser
associada à prática da apicultura uma vez que suas flores
são muito procuradas por abelhas.
As descobertas recentes do uso de sementes
trituradas de Moringa oleífera para o tratamento de água a
um custo de apenas uma fração do tratamento químico
convencional, constituem uma alternativa da mais alta
importância.
Em recentes pesquisas realizadas, afirmam que as
sementes de Moringa oleífera contêm proteínas com baixo
peso molecular e quando seu pó é dissolvido em água
adquirem carga positivas que atraem partículas
negativamente carregadas tais como, argilas e siltes
(sujeiras), formando flocos densos que sedimentam. Os
autores afirmam ainda, que o coagulante à base de
sementes de moringa, por ser de origem natural, possui
significativa vantagem, quando comparado ao coagulante
químico, sulfato de alumínio, principalmente para
pequenas comunidades uma vez que pode ser preparado no
próprio local. Com isso, a Moringa oleífera provou ser
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eficiente na filtração lenta e sedimentação na remoção de
partículas sólidas em suspensão da água.
Processo de filtração
1. Lave bem as mãos, limpando com cuidado as
unhas, para evitar a transmissão de bactérias;
2. Separe três sementes de moringa para cada litro
de água que você deseja purificar; retire as cascas das
sementes, uma por uma, e coloque o miolo em um pilão e
amasse todas (é importante que o miolo das sementes seja
bem amassado); para obter a solução coagulante, retiram-
se as sementes das vagens e as mesmas são descascadas e
piladas, obtendo um pó que é adicionado a água.
3. Jogue o conteúdo do pilão na água que você quer
purificar e mexa lentamente o liquido durante 5 minutos;
4. Cubra a lata ou garrafa e espere durante duas
horas, até que água fique bem limpa e todo o barro e a
sujeira vão para o fundo;
5. Bem devagar retire com um caneco a água limpa
que fica submersa e coloque em um pote ou jarra.
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A eficiência da redução de turbidez e cor aparente
está relacionada com o aumento da concentração da
solução coagulante, ou seja, quanto mais concentrada a
solução coagulante de sementes de moringa melhor será a
remoção.
Coagulação: A coagulação é o mecanismo que tem
como objetivo desestabilizar as partículas em suspensão,
facilitando a sua aglomeração.
Floculação: promove a colisão entre as partículas
desestabilizadas, favorecendo a sua agregação em flocos
de grande dimensão que sedimentam mais facilmente por
gravidade. Para isso, a mistura deve ser lenta, porém
intensa, de forma a ser capaz de favorecer o contato entre
as partículas e consequentemente a sua aglomeração em
flocos de maiores dimensões.
Não desmatar;
Denunciar desmatamentos, comércio ilegal de madeira
e animais;
Jogar lixo no lixo - a poluição, por menor que seja,
pode contaminar fontes hídricas e entupir bueiros.
59
.,.,.,.,,.,,.,.
Economizar água na rotina - com o banho, na hora de
escovar os dentes, ao lavar o carro, no momento de
lavar louças, roupas, calçadas, entre outros.
Buscar por tecnologias que promovem a redução do
consumo de água – como por exemplo vasos
sanitários com volumes de descarga reduzidos e
chuveiros acoplados a um registro, que reduz a vasão
de água.
RESPONSABILIDADE NA PRESERVAÇÃO
DE ÁGUA
60
.,.,.,.,,.,,.,.
produtos tóxicos agrícolas e domiciliares, tais como
restos de tinta, solventes, petróleo, embalagem de
agrotóxicos, entre outros;
Organizar-se. Os consumidores organizados podem
pressionar as empresas para que produzam
detergentes, produtos de limpeza, embalagens etc. que
produzam menores impactos ambientais.
Sendo assim, a educação ambiental é o melhor
caminho para entender a complexidade da relação
homem-natureza na realidade local. Essa compreensão
na escola, por meio da formação de professores e dos
alunos, poderá fazer a diferença na formação de
indivíduos críticos, participativos, preparados a
enfrentar os problemas ambientais e uma possível
crise dos recursos naturais disponíveis, dentre eles a
água.
61
.,.,.,.,,.,,.,.
FIXAÇÃO DE CARBONO
EFEITO ESTUFA
62
.,.,.,.,,.,,.,.
problema são os extremos. Quando o gás carbônico está
presente em baixas concentrações, a temperatura cai, mas
quando ele está presente em altas concentrações a
temperatura sobe.
Este gás possui uma propriedade interessante, ele
tem o poder de armazenar energia em forma de calor.
Todo o calor do sol seria facilmente refletido para o espaço
se não fosse o gás carbônico. O problema é seu excesso,
quanto mais concentrado, mais a atmosfera armazena
calor.
Este aumento de temperatura atinge diretamente
todos os seres vivos do planeta, animais, plantas e até seres
microscópicos como bactérias e fungos, além de também
pode mudar correntes marítimas e de ar, mudando o clima
no mundo inteiro, levando tempestades, seca e
alagamentos para regiões que nunca antes presenciaram
estes fenômenos, além de acelerar o descongelamento das
calotas polares.
O aumento de temperatura pode atingir um patamar
irreversível, pois quanto mais quente é a temperatura, mais
gás carbônico passa a ser emitido na atmosfera, e assim,
mais calor será armazenado, iniciando este ciclo
catastrófico.
63
.,.,.,.,,.,,.,.
A ação humana tem sido responsável pelo aumento
da concentração deste gás. Desde a invenção do motor, a
mais de 100 anos, o homem passou a queimar
combustíveis para produção em larga escala.
Com o surgimento das grandes cidades, aumento
no número de automóveis, queimadas para expansão da
área agrícola e desmatamento de grandes florestas.
Estamos envenenando nosso planeta, que antes vivia em
um equilíbrio perfeito.
E agora, existe solução para este problema?
Felizmente existe uma maneira de reverter este processo e
pegar de volta todo esse carbono que está provocando o
efeito estufa.
FIXAÇÃO DE CARBONO
64
.,.,.,.,,.,,.,.
O petróleo queimado na forma de combustíveis, um
dia foi carbono armazenado em plantas. Estas plantas
foram soterradas a milhares de anos, e pela ação do tempo,
o carbono armazenado nelas foi transformado em petróleo.
O efeito estufa acontece quando há mais carbono
sendo liberado do que fixado. Para corrigir este problema
devemos inverter esta equação. Devemos armazenar mais
carbono do que emitir na atmosfera.
Toda prática que consome combustíveis e recursos
vegetais emite carbono na atmosfera. Nos últimos anos, o
homem tem mais emitido carbono, do que fixado. A
agricultura tem sido responsável por grande parte das
emissões de gás carbônico, porém ela é uma das únicas
práticas que possui poder de inverter esta situação.
Toda prática agrícola tem que ser guiada e
planejada para manter o carbono nas plantas, e há mais
carbono do que se imagina estocado nos campos. Toda
massa vegetal viva e morta é um estoque em potencial de
carbono. Quanto mais vegetada for uma área, mais
carbono ela tem armazenado. Em áreas bem preservadas,
até 20% do peso do solo é composto de carbono fixado.
Assim, a fixação do carbono ou assimilação do
carbono são processos biológicos, que visa o
armazenamento do dióxido de carbono gasoso sob a forma
65
.,.,.,.,,.,,.,.
de compostos orgânicos presente em todos os seres vivos
por meio da fotossíntese.
Num sentido mais amplo, pode também designar o
uso de dióxido de carbono em processos em que não há
uma posterior redução do carbono, tal como nos processos
de calcificação, que ocorre na formação de ossos ou as
conchas dos organismos marítimos.
E todo este carbono vai para atmosfera se estas
áreas não forem bem manejadas. Vamos supor que uma
área é queimada para a expansão e produção. Em um
primeiro momento todo o carbono, antes preso nas árvores
e plantas, vai para a atmosfera, após isso, o solo estará
desprotegido, e o calor do sol incidira diretamente sobre
ele. Nestes casos, sem a proteção das plantas, o solo pode
chegar até temperaturas de 60°C. Esta temperatura elevada
provoca a queima dos estoques de carbono do solo que
também vão para a atmosfera.
Após perder os estoques de carbono no solo, é a
vez dos organismos que ali vivem sofrerem com isso. Sem
alimento, estes pequenos animais morrem e também viram
carbono que vai ser liberado na atmosfera. Logo a chave
para resolver esta questão é preservar.
Mas é possível produzir alimentos e preservar o
carbono nas plantas ao mesmo tempo? É possível.
66
.,.,.,.,,.,,.,.
Pesquisas comprovam que se pode produzir mantendo o
estoque de carbono igual ao de ecossistemas sem
influência do homem. Evitando queimadas, revolvimento
do solo, buscando biodiversidade, mantendo a cobertura
natural no solo.
Após o tratado de Kyoto, em que países
industrializados se comprometeram a diminuírem as
emissões de CO², ainda é possível extrair uma renda extra
com a venda de créditos de carbono. Funcionam da
seguinte maneira, países e indústrias que não conseguem
diminuir suas emissões pagam para outros países
diminuírem por eles. Logo, além de extrair renda das
atividades agrícolas, o produtor pode obter renda deixando
de emitir carbono e preservando a natureza.
E como eu faço para saber quanto carbono está
fixando na minha área? Existem alguns métodos que
podem quantificar a quantidade de carbono fixado.
ATIVIDADES DE ARMAZENAMENTO DE
CARBONO
67
.,.,.,.,,.,,.,.
recuperação de áreas degradadas, conservação de florestas
e áreas naturais.
A utilização de sistemas agroflorestais tem sido,
nas últimas décadas, bastante difundida como alternativa
para recuperação de áreas degradadas, atribuindo-se à
combinação de espécies arbóreas com culturas agrícolas e,
ou, animais a melhoria nas propriedades físico-químicas de
solos degradados, bem como na atividade de
microrganismos, considerando a possibilidade de um
grande número de fontes de matéria orgânica.
Os serviços de reflorestamento contribuem para a
diminuição do efeito estufa, por meio do armazenamento
de gás carbônico e também restabelecem diversos serviços
ambientais, econômicos e sociais de grande importância
para a sociedade.
Entretanto, nem sempre é possível o retorno de um
ecossistema degradado à sua condição original, devido,
entre outras causas, ao estado de degradação a que foi
submetido.
Os sistemas agroflorestais, embora não restaurem
aspectos importantes, como estrutura e biodiversidade, se
estes forem bem manejados, podem aproximar-se
ecologicamente das comunidades florestais recuperando
68
.,.,.,.,,.,,.,.
funções como ciclagem de nutrientes, além de trazer
retorno econômico ao produtor.
PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA
INTEGRADA E SUSTENTÁVEL (PAIS)
69
.,.,.,.,,.,,.,.
Esse sistema permite, ainda, o melhor
aproveitamento da mão-de obra e aumenta a oferta de
empregos, bem como diversos benefícios ambientais,
dentre eles, o melhoramento dos solos e aumento da
biodiversidade local.
70
.,.,.,.,,.,,.,.
ISOLAMENTO DE FONTES HIDRICAS
CONSERVAÇÃO DE SOLO
71
.,.,.,.,,.,,.,.
SANEAMENTO RURAL
QUANTIFICAÇÃO DA FIXAÇÃO DE
CARBONO
72
.,.,.,.,,.,,.,.
O carbono fixado em matéria vegetal viva, também
conhecido como Carbono de Matéria Verde Fresca, é o
carbono que compõe a estrutura de árvores, arbustos,
pastagens e raízes de plantas, ou seja, toda planta viva
estoca carbono.
O carbono fixado em matéria vegetal morta,
também conhecido como carbono de serapilheira, ou
carbono de camada liteira, é aquele que está preso nos
estoques de palhada, galhos, folhas secas, árvores mortas e
todo resto vegetal sem vida. Este estoque é muito
importante, pois é a principal fonte de nutrientes naturais
dos ecossistemas.
O carbono fixado na matéria orgânica do solo,
também conhecido como carbono do solo, é aquele
oriundo da decomposição da matéria vegetal morta e é o
principal estoque de nutrientes dos ecossistemas.
PEGADA ECOLOGICA
73
.,.,.,.,,.,,.,.
Você já parou para pensar que a forma como
vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo,
nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”,
que podem ser maiores ou menores, dependendo de como
caminhamos.
A Pegada Ecológica é uma metodologia de
contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo
das populações humanas sobre os recursos naturais.
Expressada em hectares globais (gha), permite comparar
diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro
da capacidade ecológica do planeta. Um hectare global
significa um hectare de produtividade média mundial para
terras e águas produtivas em um ano.
Já a biocapacidade, representa a capacidade dos
ecossistemas em produzir recursos úteis e absorver os
resíduos gerados pelo ser humano.
Sendo assim, a Pegada Ecológica contabiliza os
recursos naturais biológicos renováveis (grãos e vegetais,
carne, peixes, madeira e fibras, energia renovável etc.),
segmentados em Agricultura, Pastagens, Florestas, Pesca,
Área Construída e Energia e Absorção de Dióxido de
Carbono (CO2).
74
.,.,.,.,,.,,.,.
Água
Todos os dias você escova os dentes, toma banho,
lava as mãos, faz comida, lava a louça e a roupa, utiliza a
descarga. Você já pensou o quanto tudo isso consome de
água por dia?
Energia elétrica
No Brasil a maior parte da energia elétrica
consumida é produzida por hidroelétricas, que exigem,
para seu funcionamento, a construção de grandes
barragens. Assim, com o aumento de consumo e a
decorrente necessidade de produzir cada vez mais energia
elétrica, torna-se necessário represar mais rios e inundar
mais áreas, reduzindo as florestas, impactando a vida de
milhares de outros seres vivos, retirando comunidades de
suas terras e alterando os climas locais e regionais como
aumento das superfícies de evaporação.
Consumo e descarte
Quanto mais consumimos, mais lixo produzimos.
Os resíduos naturais, ou matéria orgânica, podem ser
inteiramente absorvidos e reutilizados pela Natureza, mas
o tipo de resíduos que nossa civilização produz nos dias de
75
.,.,.,.,,.,,.,.
hoje, especialmente os plásticos, não podem ser
eliminados da mesma forma.
Transporte
Quanto você se desloca por dia? De que forma:
carro, ônibus, trem, metrô, a pé ou de bicicleta? A maioria
dos meios de transporte que utilizamos em nosso cotidiano
utilizam combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis.
Esta fonte energética que vem do petróleo, do carvão e do
gás natural polui o ar, principalmente nos grandes centros
urbanos, devido à enorme quantidade de automóveis.
76
.,.,.,.,,.,,.,.
77
.,.,.,.,,.,,.,.
Trocar as válvulas hidro-assistidas de descargas por
caixas acopladas ao vaso sanitário com limitador
(es) de volume (s) por descarga;
Diminuir o tempo no banho, e ajustar o fluxo de
água;
Procurar usar a máquina de lavar roupas apenas
quando tiver uma quantidade de roupas (sujas)
suficiente para usar o volume máximo da máquina;
Se tiver que lavar mais de uma leva de roupas, e se
a máquina permitir, antes da máquina jogar fora a
água do enxágue, dê uma pausa, tire a roupa limpa,
coloque a segunda leva de roupas sujas e reinicie o
trabalho da máquina. Depois quando a máquina for
centrifugar, dê uma pausa e junte as roupas da
primeira leva para centrifugar tudo junto. Assim
você economizar um tanque de água;
Reduzir a vazão de água do seu chuveiro ou ducha
(um chuveiro normal gasta em média 3,5 litros por
minuto);
Reduzir ou eliminar o consumo de carne (segundo
o conceito de água virtual que leva em
consideração toda a água usada para fabricar um
produto industrial ou um alimento, uma dieta
básica com carne consome cerca de 4.000 litros de
78
.,.,.,.,,.,,.,.
água virtual do dia, enquanto a dieta vegetariana
requer em torno de 1.500 litros).
OBJETIVOS DO APROVEITAMENTO DE
ÁGUA DA CHUVA
79
.,.,.,.,,.,,.,.
(telhados ou lajes) de qualquer tipo de edificação, como
casas, prédios residenciais e comerciais, indústrias, etc.
O sistema consiste em recolher, filtrar, armazenar e
disponibilizar a água da chuva, deixando-a própria para o
uso das famílias em áreas internas e externas.
A técnica utilizada na construção do Sistema de
Captação de Agua da Chuva é o ferrocimento, composta
de uma armação de ferro e tela de arame subdividida e
distribuída em meio a massa forte de cimento e areia,
permitindo a construção rápida e econômica dos
reservatórios de armazenamento da água coletada.
80
.,.,.,.,,.,,.,.
A TÉCNICA DO FERROCIMENTO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
81
.,.,.,.,,.,,.,.
21 sacos de cimento
12 m de tela 1,5
12 m de tela 1,0
10 m de tela para mosquito 1,5
12 m de tubo PVC 100 mm
2 joelhos PVC 90º 100 mm
1 peça CAP 150 mm
1 pote de cola 175 g
4 m de tubo soldável 50 mm
1 registro soldável 50 mm
4 joelhos soldáveis 50 mm
3 m de tubo PVC 150 mm
1 T PVC 100 mm
1 torneira simples 1/2
1 luva LXR
1 tampão de ferro fundido T33
1 redução 150x100
4 malhas pop. Ref. Painel 2x5 15x15 6 metros
5 calhas galvanizadas 0,43 galv. 043 c. 300 3
metros
2 kg de arame reduzido recozido nº18
1 barra de ferro 1/8 x 3/4 6 metros
82
.,.,.,.,,.,,.,.
5 barras de ferro redondo ca50 3/8 10 mm 12
metros
15 barras de ferro redondo 1/4
2 latas de impermeabilizante (uso interno após
acabamento e secagem da caixa)
12 sacos de 20 kg de cal hidratada
5 peças de zinco de 50 x 12
1º Massa do fundo: 3 cm
2 carrinhos de areia lavada + 1 saco de cimento +
10 kg de cal hidratada
2º Massa do fundo: 7 cm
3 carrinhos de areia lavada + 2 sacos de cimento +
10 kg de cal hidratada
Massa lateral:
3 carrinhos de areia lavada + 2 sacos de cimento +
10 kg de cal hidratada
2 malhas pop para a circunferência
2 malhas pop para a tampa (recortar em quadrado
de acordo com o tamanho da tampa)
83
.,.,.,.,,.,,.,.
24 barras de ferro:
2,10 metros de 1/4
12 barras de ferro:
5 metros de 3/8
Amarrar a barra de 45 cm
Volume: 3,14 x R2 x H
Exemplo:
3,14 x 1,7 m2 x 2,2 m = volume da cisterna é de 19,919 l.
84
.,.,.,.,,.,,.,.
Colocar a massa da base, instalamos o cano e o
joelho de pvc, que servirão para esgotar a água da cisterna.
Para instalá-los, abrimos uma “valeta” a partir do
ponto central da caixa, onde fica posicionado o joelho, até
um dos lados. Esta será a saída de água do Sistema de
Captação. Este cano deverá ser coberto com cimento,
deixando a base nivelada.
CONSTRUÇÃO DO CONTRAPISO
85
.,.,.,.,,.,,.,.
de barras de ferro de 1/4, que serão dobrados, da seguinte
forma, na horizontal, 1,6 m e na vertical, 0,4 m.
As barras, após dobrados, devem ser amarradas
com arame recozido, uma a uma, aos aros anteriormente
posicionados.
CONSTRUÇÃO DA PAREDE
CONSTRUÇÃO DA TAMPA
86
.,.,.,.,,.,,.,.
É importante ressaltar que a amarração deve ser
feita a medida que as barras são posicionadas na estrutura,
para que não se soltem durante o processo. Com as barras
amarradas, montamos 3 círculos com barras de ferro de 1/4
em volta da estrutura da tampa. Os círculos são montados
em cima da estrutura e devem ser amarrados com arame
recozido a todas as barras de ferro.
Com esta estrutura montada, fixamos a Malha Pop,
recobrindo toda a tampa. A malha deve ser amarrada na
maior quantidade de pontos possível e as sobras devem ser
recortadas. O passo final da armação da tampa é a
colocação da tela de mosquito de 1,5. A tela é colocada na
parte interna da tampa e deve ser amarrada com arame
recozido e ficar bem estirada, pois é ela quem vai segurar o
peso da massa, colocada na parte externa.
Ao terminar a colocação da tela devemos fazer a
abertura na tampa, onde, no momento do reboco,
instalaremos um tampão de ferro t33. A base do tampão
deve ser fixada com a massa e assim teremos acesso ao
interior do Sistema de Captação de Água da Chuva para a
limpeza e manejo.
87
.,.,.,.,,.,,.,.
REBOCO
88
.,.,.,.,,.,,.,.
cimentos e 10 kg de cal hidratada. O sistema de captação
está pronto para receber as calhas. Utilizaremos calhas
comuns conectadas a canos que levarão a água do telhado
até o tanque.
Para que a água do seu sistema de captação fique
limpa e própria para o consumo, é importante que
descartemos a água que cai durante os vinte primeiros
minutos de chuva. Para isso, instalaremos um filtro, feito
basicamente com uma câmara e uma bola flutuante. A bola
sobe e veda o desvio da água, que nesse momento começa
a encher o tanque.
Com a colocação das calhas, filtro, torneira e
ladrão, o sistema de Captação da Água da Chuva está
pronto. Depois de totalmente seco, devemos fazer o
processo de cura, que evitará rachaduras e fortalecerá o
sistema. O enchemos com água e, de tempos em tempos,
molhamos a parte externa com uma mangueira. Após 15
dias, devemos esvaziá-los e pronto! Esperamos a chuva
para utilizar a água captada.
MANUTENÇÃO
89
.,.,.,.,,.,,.,.
Use tela nas partes não vedadas para manter
afastados mosquitos, pássaros e pequenos animais
Não deixe a caixa de captação vazia por muito
tempo, ela pode trincar ou rachar.
Antes da época de chuva, limpe a parte interna com
água e água sanitária, escovando as paredes e o
piso.
90
.,.,.,.,,.,,.,.
AGROFLORESTA (SAF)
O QUE É MONOCULTURA?
91
.,.,.,.,,.,,.,.
aumentando muito a produtividade de cada metro cúbico
de terra.
SISTEMA AGROFLORESTAL
VANTAGENS
92
.,.,.,.,,.,,.,.
4. Aumentam o potencial de retorno econômico ao
longo do tempo, porque combinam espécies de
crescimento rápido com outras de crescimento mais
lento.
5. Quando as espécies a serem cultivadas são bem
escolhidas, geram rendimentos econômicos mais
favoráveis.
6. Ajudam a recuperar áreas de preservação
permanente, nascentes, e margens de igarapés e
lagos, mantendo a produção econômica. Ajudam a
restaurar e manter os serviços ambientais das
florestas, como a manutenção de estoques de
carbono, sem queima, e uma maior diversidade
biológica de animais polinizadores, dispersores de
sementes, de compositores de matéria orgânica,
entre outros.
DESVANTAGENS
93
.,.,.,.,,.,,.,.
2. O retorno do capital pode ser mais lento. O manejo
incorreto pode diminuir o rendimento dos cultivos.
3. Ausência de pesquisas atuais para os cultivos
consorciados, é uma desvantagem pela falta de
aprimoração do Sistema.
CLASSFICAÇÕES
94
.,.,.,.,,.,,.,.
b) Sistemas agroflorestais simultâneos; integração
simultânea e continua de cultivos anuais e perenes,
árvores madeiráveis ou de uso múltiplo e/ou
pecuária. Incluem: associações de árvores com
cultivos anuais ou perenes; hortos caseiros mistos e
sistemas agrossilvipastoris.
c) Sistemas complementares: cercas vivas e cortinas
quebra-vento: fileiras de árvores para delimitar
uma propriedade ou gleba ou servir de proteção
para outros componentes e outros sistemas. São
considerados complementares as outras duas
categorias, pois podem estar associados e sistemas
sequenciais ou simultâneos.
DIAGNÓSTICO
95
.,.,.,.,,.,,.,.
realização do diagnóstico é necessário empregar métodos e
ferramentas da metodologia.
É importante que o diagnóstico seja feito de forma
participativa, buscando-se interagir o saber ecológico
acumulado dos agricultores com o saber institucional dos
técnicos, de forma a gerar um ambiente necessário para o
desenvolvimento agroflorestal bem-sucedido.
Com o diagnóstico buscar-se zonear as áreas para o
plantio e seus critérios, desde a paisagem até a
propriedade, elaborar uma lista de espécies vegetais
conhecidas pelos agricultores para plantio, propor os
desenhos ou arranjos agroflorestais e definir as etapas de
implantação, manejo e monitoramento.
96
.,.,.,.,,.,,.,.
ESCOLHA DAS ESPÉCIES
97
.,.,.,.,,.,,.,.
DESENHO DO SISTEMA
IMPLANTAÇÃO
98
.,.,.,.,,.,,.,.
ciclo curto (arroz, milho, feijão, mandioca/macaxeira)
associados a criação de pequenos animais domésticos.
Na fase de implantação do SAF, esses componentes
cumprem um papel importante na segurança alimentar da
família.
Uma forma recomendada para a construção do
sistema em uma propriedade rural é por meio do mutirão,
onde o agricultor convida os conhecidos da comunidade,
da associação, ou do assentamento para um dia de
trabalho. Essa é uma forma de apoio mútuo que deve ser
estimulada entre os assentados, já que a mão-de-obra na
área rural é insuficiente.
MANEJO NO SAF
99
.,.,.,.,,.,,.,.
os galhos ou ramos mortos, secos, ou que
apresentem má formação; Poda drástica, consiste
no corte total da copa, feita em leguminosas na
eliminação de plantas envelhecidas.
b) Capina seletiva: trata-se de arrancar pela raiz todos
os capins e as plantas invasoras em floração. Essa
prática é muito importante, pois evita que haja a
concorrência daquelas ervas com as culturas que
serão implantadas após a poda. A medida que o
sistema agroflorestal se desenvolve, ocorre o
sombreamento progressivo das plantas cultivadas e
o mato que nasce no solo é muito pouco, tornando
a capina seletiva um trabalho cada vez mais leve.
c) Adubação: As espécies implantadas nos sistemas
agroflorestais podem ser adubadas em cobertura
com biofertilizantes líquidos e farelados
produzidos no próprio sitio. Essa prática reduz os
custos e facilita o trabalho para o agricultor. A
adubação de espécies no SAF também pode ser
feita incorporando-se “espécies adubadoras” no
sistema, como é o caso das plantas que
posteriormente poderão ser podadas para a
produção de matéria orgânica.
100
.,.,.,.,,.,,.,.
*Possíveis correções: Nos Sistemas Agroflorestais as
plantas podem ser substituídas, de acordo com a sua
disponibilidade, adequando-se seu porte, necessidade de
nutrientes e luz.
CÓDIGO FLORESTAL
101
.,.,.,.,,.,,.,.
madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura
vegetal nativa existente”.
Assim, a implementação dos Sistemas
Agroflorestais é considerada de interesse social e de baixo
impacto ambiental, sendo, assim, possível de ser cultivada
legalmente em APP’s. Dessa forma, para realizar a
regulamentação da prática agroflorestal em APP’s, ou em
Reserva Legal, os agricultores e comunidades necessitam
realizar uma simples declaração ao órgão ambiental, como
o imóvel devidamente inscrito no chamado Cadastro
Ambiental Rural (CAR).
102
.,.,.,.,,.,,.,.
evitar erosão com suas raízes, reduzem a poluição do ar,
entre outros.
Infelizmente esses benefícios são pouco percebidos
pelas pessoas e ficam mais evidentes somente quando se
tornam escassos e as consequências indesejáveis
aparecem.
Dessa forma, a educação ambiental nas escolas é
importante na disseminação e desenvolvimento de jovens
com consciência crítica a respeito da proteção das árvores
e da natureza.
103
.,.,.,.,,.,,.,.
O agricultor consegue obter leite, frutos e
outros alimentos da terra.
O nitrogênio fixado pelas árvores beneficia as
espécies vegetais.
104
.,.,.,.,,.,,.,.
AGROECOLOGIA E USO
SUSTENTÁVEL DA TERRA
AGROECOLOGIA
105
.,.,.,.,,.,,.,.
de diversificação que aumentam o sinergismo entre os
componentes de cada agroecossistema.
SISTEMAS AGROFLORESTAIS
106
.,.,.,.,,.,,.,.
TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO
107
.,.,.,.,,.,,.,.
108
.,.,.,.,,.,,.,.
de contatos com as prefeituras, os órgãos públicos
estaduais e federais e o comércio local. Organizados em
entidades, a exemplo de associações e cooperativas, os
agricultores familiares reúnem condições para participar de
compras governamentais como fornecedores de alimentos.
Durante o plantio, uma das principais iniciativas
que devem ser tomadas pelos agricultores é a escolha das
espécies a serem cultivadas na propriedade e isso ter que
ser feito com auxílio de um técnico que dará informações a
respeito das decisões a serem tomadas. Devem ser
escolhidas espécies que ofereçam melhores condições de
produção e comercialização. Vale destacar também a
importância da diversidade das espécies, que facilita a
comercialização dos alimentos. Também podem verificar
com comerciantes e outros agricultores da região quais as
espécies que está no mercado garantido ou que possam
conquistar novos consumidores.
109
.,.,.,.,,.,,.,.
CERRADO, AGRICULTURA
ORGÂNICA E CIDADANIA
PRINCIPAIS PLANTAS DO CERRADO
110
.,.,.,.,,.,,.,.
apesar da dificuldade devido aos espinhos dentro da
polpa. Faz-se também licor. É uma espécie de
crescimento lento.
Bouganville
Natural da Mata Atlântida, o bouganville adora sol,
calor e tolera bem mudanças bruscas de temperatura e
o tempo seco, o que faz com que se adapte bem ao
clima do Cerrado. Na planta o que julgamos serem
suas coloridas flores são, na verdade, folhas
modificadas, chamadas brácteas, que servem para
chamar atenção dos polinizadores para suas
inflorescências.
111
.,.,.,.,,.,,.,.
sementes aladas da espécie não precisam de quebra de
dormência. O desenvolvimento da planta é rápido.
O BIOMA CERRADO
112
.,.,.,.,,.,,.,.
estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minais Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia,
Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no
Amapá, Roraima e Amazonas.
Bacias Hidrográficas
No espaço territorial do Cerrado encontram-se
nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América
do Sul, que são a Amazônica, Tocantins, São Francisco e
Prata, o que deriva em um alto potencial aquífero, o que
favorece a biodiversidade do bioma.
Fauna e Flora
O Cerrado apresenta extrema abundância de
espécies, sendo que mais de 220 espécies nativas têm uso
medicinal e mais de 416 podem ser usadas na recuperação
de solos degradados, como barreiras contra o vento,
proteção contra a erosão, ou para criar habitat de
predadores naturais de pragas. Mais de 10 tipos de frutos
comestíveis são regularmente consumidos pela população
local e vendidos nos centros urbanos, como os frutos do
Pequi (Caryocar brasiliense), Buriti (Mauritia flexuosa),
Cagaita (Eugenia dysenterica), Bacupari (Salacia
crassifolia), Cajuzinho do cerrado (Anacardium humile),
113
.,.,.,.,,.,,.,.
Araticum (Annona crassifolia) e as sementes do Baru
(Dipteryx alata).
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais
correm de risco de extinção. Estima-se que pelo menos
137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão
ameaçadas de extinção. Depois de Mata Atlântica, o
Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações
com a ocupação humana.
ENTENDENDO SOBRE O
DESMATAMENTO
114
.,.,.,.,,.,,.,.
O fator que contribui para tamanha preferência
pelas árvores do cerrado é o valor. Elas são muito mais
baratas que outras de ecossistemas diferentes. O ipê é uma
espécie muito explorada para ser transformada em carvão,
pois não queima muito rápido, uma madeira dura e de
baixo preço.
Dessa forma, apesar do reconhecimento de sua
importância, o Cerrado é o que possui a menor
porcentagem de áreas sobre proteção. O Bioma apresenta
8,21% de seu território legalmente protegido por unidades
de conservação; desse total, 2,85% são unidades de
conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de
conservação de uso sustentável.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
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As áreas naturais sempre existiram, mas para se
tornaram um espaço de conservação precisa de um ato
legal, que ajuda a proteger e conservar.
A criação de unidades de conservação é necessária
para a preservação dos recursos naturais e todas as suas
implicações, influenciando todas as populações. Dessa
forma, atualmente existem 768 unidades de conservação
em todo o país. Porém, o Cerrado goiano possui apenas
3% de sua área total protegida. Expandir essa área
conservada é fundamental para garantir a manutenção da
biodiversidade e dos serviços ambientais prestados pela
natureza.
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Outra forma de queimadas nesse bioma são os
tocos de cigarro jogados na mata – temperaturas elevadas,
o tempo seco e baixa umidade relativa do ar contribuem
para a propagação do fogo.
Porém, o fogo no cerrado pode iniciar por fatores
naturais, isso acontece através do acúmulo de biomassa
seca, de palha, baixa umidade e alta temperatura, que
acabam criando condições favoráveis para as “queimadas
naturais”, as quais podem ser benéficas para o bioma, pois
contribuem para a germinação de sementes. A rápida
elevação da temperatura causa fissuras na semente,
favorecendo a penetração de água e iniciando o processo
de germinação.
O cerrado apresenta um rápido poder de
recuperação, com cascas grossas que servem como
proteção as queimadas, além em um curto período e atrair
diversos animais herbívoros em busca de forragem nova.
No entanto, a intensificação das queimadas pelo homem,
sem o manejo adequado, tem ocasionado degradação do
ambiente, esgotamento das terras, erosão, perda de
biodiversidade do cerrado, entre outros fatores negativos.
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O PERIGO DOS AGROTÓXICOS
Recomendações Importantes:
Nunca compre produto só porque é mais barato.
Existem agrotóxicos específicos para cada cultura,
para cada momento e para cada praga.
Não compre produtos contrabandeados. Eles são,
geralmente, muito piores a saúde, a lavoura e o meio
ambiente. Nossos médios vão ter dificuldade para
tratar a intoxicação que eles causarão.
Peça também explicações sobre a melhor maneira de
manipular os agrotóxicos e sobre os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) que você deverá utilizar.
Lembre-se que estes equipamentos são muito
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importantes para evitar a contaminação durante a
preparação da calda e a aplicação dos produtos.
Aproveite a visita do especialista para tirar todas as
dúvidas que encontrar no rótulo e bula de produtos.
Não deixe para trás nenhuma dúvida.
ALTERNATIVAS AO USO DE
AGROTÓXICOS (AGRICULTURA
ORGÂNICA)
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32,6%; em 8º lugar, a couve com 31,9%; em 9º lugar, o
mamão com 30,4% e em 10º lugar, o tomate com 16,3%.
As técnicas utilizadas são:
Respeito à natureza: reconhecimento da dependência
de recursos naturais não renováveis;
A diversificação de culturas: leva ao desenvolvimento
de inimigos naturais, sendo item chave para a
obtenção de sustentabilidade;
O solo é um organismo vivo: o manejo do solo
propicia oferta constante de matéria orgânica (adubos
verdes, cobertura morta e composto orgânico),
resultando em fertilidade de solo;
Independência dos sistemas de produção: ao substituir
insumos tecnológicos e agroindustriais.
O CONTROLE BIOLÓGICO
Visto como alternativa, consiste no emprego de um
organismo (predador, parasita ou patógeno) que ataca
outro que esteja causando danos econômicos as lavouras.
Trata-se de uma estratégia que pode ser utilizada em
sistemas agroecológicos e na agricultura convencional.
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O LIXO DE CADA DIA
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lixo gera trabalho e renda para o país. A população deve
ter um comportamento diretamente ecológico, como por
exemplo, dar preferência a produtos cujas embalagens não
agridam a natureza, exigir que seus condomínios ou
residências façam a coleta seletiva.
A “guimba” ou “bituca” de cigarro é encontrada
nas ruas e nas praias das cidades. No entanto, talvez,
poucos saibam que gera um grave problema ambiental,
pois é revestida em uma espécie de resina que dificulta sua
decomposição.
Com isso, a solução para o lixo gira em torno dos
quatro R’s:
Reduzir (o uso de matérias-primas e energia, a
quantidade de material a ser descartado);
Reutilizar (os produtos usados, dando a eles novas
funções);
Reciclar (retornar o que foi utilizado no ciclo de
produção);
Repensar a real necessidade do consumo.
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Estudos mostram que desde o final dos anos 70 a
demanda da população mundial por recursos naturais é
maior do que a capacidade do planeta em renová-los.
Dados mais recentes demonstram que estamos
utilizando cerca de 25% a mais do o que temos disponível
em recursos naturais, ou seja, precisamos de um planeta e
um mais um quarto dele para sustentar nosso estilo de
vida atual.
Esta situação não pode perdurar, pois, desta forma,
enfrentaremos em breve uma profunda crise
socioambiental e uma disputa de recursos.
O problema é que muitas vezes esquecemos que
nós somos parte da natureza. Por mais que tenhamos
propriedades que nos diferenciam dos outros seres vivos
que compõe o meio ambiente, isso não nos dá o direito de
usá-lo de forma arbitrária, como bem entendemos.
A melhor orientação é consumir conscientemente.
Devemos saber diferenciar o que realmente necessitamos
do que é puro consumismo. Não podemos nos deixar
hipnotizar pela propaganda. Além disso, devemos
observar se o produto a ser comprado respeita as normas
ambientais e/ou faz ações sociais. Uma maneira de
fomentar o consumo consciente é por meio da educação.
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A educação para a cidadania representa a
possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas, para
que transformem as diversas formas de participação em
potenciais caminhos de dinamização da sociedade e de
concretização de uma proposta de sociabilidade, baseada
na educação para a participação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A educação ambiental, como o objetivo de
desenvolver multiplicadores comunitários, voltadas as
práticas agroecológicas, produtivas, saneamento ecológico
e preservação do Cerrado. Assim, as atividades podem
obter resultados positivos em longo prazo.
Além disso, contribuir para a proteção e
recuperação de Áreas de Preservação Permanente e
Reserva Legal. Suas ações são voltadas a conservação dos
recursos hídricos e do solo da comunidade e a proteção de
sua fauna e flora.
Incentivar os trabalhadores do campo quanto ao
uso de novas tecnologias, mostrando a importância das
técnicas conservacionistas para o incremento de renda e na
preservação do solo para as gerações futuras, através de
resultados como melhoria da fertilidade do solo, qualidade
das sementes, diminuição da ocorrência de pragas, doenças
e ervas invasoras e melhoria da renda familiar e na
qualidade de vida de beneficiários.
Destaca-se três projetos: Projeto Águas do Cerrado,
Projeto Cerrado Vivo e Projeto Verde Vida executados na
região do Vale do São Patrício nos assentamentos Novo
Oriente, Presente de Deus e Assentamento Vitória, pela
Associação Gente do Cerrado que contou com o patrocínio
da Petrobras pelo programa Petrobras Socioambiental.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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