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O PARADOXO DA ORAÇÃO

NA TEOLOGIA SISTEMÁTICA
DE PAUL TILLICH *

ELISEU ROQUE DO ESPÍRITO SANTO**

Resumo: a partir da teologia de Paul Tillich se busca uma compreensão mais profunda da
oração, na correlação entre oração e a criatividade diretiva de Deus (providência). A oração
muda a relação do sujeito que ora com Deus e com a situação. Essa correlação também rompe
com o dualismo natural e/ou sobrenatural. Milagre não é necessariamente evento sobrenatural
ou assombroso, mas evento-sinal que aponta para preocupação última, Deus. A oração é luta
intensa do ser no esforço de se reconectar com a fonte de vida e sentido, Deus. No mais pro-
fundo do ser, quando palavras perdem sentido e valia, é o momento em que a contemplação,
como metalinguagem, se torna meio de comunicação entre o ser humano e Deus. Na oração
autêntica começamos com a palavra, seguimos no silêncio, penetramos no lugar santíssimo
da mente divina e a mente divina penetra na nossa mente. O paradoxo da oração é o seu
caráter extático, é quando o Espírito ora ao Espírito, representando-nos.

Palavras-chave: Paul Tillich. Oração. Providência. Espírito. Milagre

A 
oração é “um dos eventos centrais da vida religiosa” (MAUSS apud CROATTO,
2010, p. 376). Para alguns, a oração é tão natural que não necessita de explicitação
teológica. No entanto, alguns reconhecem que nos tempos atuais a oração preci-
sa ser revalorizada, e, alguns ainda mantêm dúvidas a respeito de sua eficácia ou mesmo
necessidade. Como abordagem teológica, devemos sair do lugar comum e perguntar se a
oração ainda faz sentido para nossa geração. A resposta a esta pergunta poderá modificar
não somente o valor que damos a oração, mas também nosso modo de orar.

* Recebido em: 07.09.2016. Aprovado em: 22.10.2016.


** Doutor e Mestre em Teologia (área de concentração: Religião e Educação) pela Escola Superior em Teologia
de São Leopoldo/RS. Licenciado em Pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especialista
em Educação a Distância pela Pós-Graduação do Senac. Professor na Pedagogia do Instituto Superior de
Educação do Rio de Janeiro e na Teologia da Unigranrio. E-mail: eliseu.roque@gmail.com.

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Esta análise tem como referencial teórico a obra “Teologia Sistemática” de Paul
Tillich. Suas reflexões nos ajudam a ter uma compreensão mais profunda da oração. Pri-
meiramente, veremos a partir do método da correlação a relação entre oração e criatividade
diretiva de Deus, tradicionalmente chamada de providência. Essa abordagem permite avaliar
a oração e seus efeitos para além da perspectiva naturalista e supranaturalista. Em um segundo
momento analisaremos o que ele chama de “paradoxo da oração”, onde, de forma extática, o
Espírito ora ao Espírito nos representando.

PAUL TILLICH E SUA OBRA

Paul Tillich (1886-1965) é considerado por muitos o maior teólogo protestante


do século XX (MONDIN, 2003). Sua maior obra Systematic Theology (Teologia Sistemá-
tica) lhe custou em torno de quarenta anos de trabalho (1925 – 1965). Tamanho esforço se
justifica em suas palavras: “Certamente os três volumes da minha Teologia Sistemática não
teriam sido escritos se eu não estivesse convicto de que o evento que deu origem ao cristia-
nismo possui um significado central para toda a humanidade tanto antes quanto depois dele”
(TILLICH, 2005, p. 470).
Tillich (2005) desenvolve sua teologia com o método de correlação onde pretende
unir mensagem e situação, perguntas (situação existenciais) e respostas (Revelação), ressalvan-
do que uma não determina a outra, mas que na correlação entre estas se estabelece o conteúdo
da fé. O método é resumido nas seguintes palavras: “faz uma análise da situação humana a
partir da qual surgem perguntas existenciais e demonstra que os símbolos usados na mensa-
gem cristã são as respostas a estas perguntas” (TILLICH, 2005, p. 76). No caso da oração,
para compreendermos, temos que compreendê-la na correlação com a providência ou como
prefere Tillich (2005), “criatividade diretiva de Deus”.
Encontramos na teologia de Tillich um esforço de responder as grandes questões da
existência. Nessa busca envereda pela ontologia (estudo do ser), o que marca sua teologia por
uma densa discussão filosófica. No entanto, sua elevada reflexão teológica-filosófica, por estar
compremetida com as grandes questões da existência, não se perde nas grandes e profundas
abstrações, mas desce o terreno do humano, do dia-a-dia. É neste espaço que encontramos
suas reflexões sobre oração, contemplação, culto, política, tecnologia etc.
Importante também destacar a categoria símbolo como fundamental no esforço
hermenêutico tillichiano. Tillich (2005) entende a linguagem religiosa como essencial-
mente simbólica. Ele reconhece que muitos movimentos teológicos interpretaram simboli-
camente a linguagem religiosa para “anular seu sentido realista e enfraquecer sua seriedade,
seu poder e seu impacto espiritual” (p. 247). No entanto, Tillich (2005) assume o risco
afirmando que o símbolo “amplia, e não diminui, a realidade e o poder da linguagem reli-
giosa” (p. 248).

ORAÇÃO EM CORRELAÇÃO COM A CRIATIVIDADE DIRETIVA DE DEUS

Qual o sentido da oração? Se estou em perigo devo orar por socorro? Se estou com
fome devo orar pelo pão? Tillich (2005) entende as orações como participantes da ação di-
vina, logo como um elemento muito importante numa determinada situação. Estas orações
farão parte da criatividade diretiva de Deus.
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A providência é uma atividade permanente de Deus. Deus nunca é um espectador; ele
sempre dirige tudo à plenitude. Mas a atividade diretiva de Deus sempre cria através da
liberdade do ser humano e através da espontaniedade e integralidade estrutural de todas
as criaturas. [...] Providência não é interferência; é criação (TILLICH, 2005, p. 271-2).

A afirmação de Jesus de que “o Pai trabalha até agora” (Jo 5,17) confirma a ativi-
dade permanente de Deus, e Paulo confirma que Deus dirige tudo à plenitude (Rm 8,28).
A questão é entender como se dá essa direção. Conforme vimos acima, em sua criatividade
diretiva, Deus usa constelações de fatores, dentre as quais a liberdade humana, as condições
naturais e existenciais para esse fim. A lista do apóstolo Paulo inclui tribulação, angústia,
perseguição, fome, nudez, perigo, espada (Rm 8,35), que são condições usadas por Deus na
sua criatividade diretiva. Tillich (2005, p. 272) afirma que “Toda oração autêntica está car-
regada de poder, não pela intensidade do desejo expresso nela, mas pela fé com que se crê na
atividade diretiva de Deus, uma fé que transforma a situação existencial”.
Cabe esclarecer o que Tillich entende por oração autêntica e inautêntica. Uma ora-
ção autêntica não é uma conversa entre dois seres, para ele essa seria uma definição blasfema
e ridícula. Oração é “elevação do coração” (TILLICH, 2005, p. 139). Não é em vão que a
linguagem bíblica usa a expressão “súplica” que inclui o sentido de humildade e insistência
(cf. Lc 18,3; 1 Tm 5,5) . A oração autêntica “reúne o ser humano a Deus, tem caráter extático”
(TILLICH, 2005, p. 572).
Qual o lugar da oração na criatividade diretiva de Deus, isto é, na providência?
Quem ora é transformado, logo altera a configuração da situação. Tillich (2005, p. 640)
observa que “toda oração séria produz algo novo em termos de liberdade criatural”. Esse re-
sultado independe de se o pedido é ou não atendido. A oração muda a relação do sujeito que
ora com Deus e com a situação; foi o que aconteceu com Jesus no Getsêmani (Mt 26,36-39).

ORAÇÃO E MILAGRE

As narrativas bíblicas estão repletas de “milagres” atribuídos a respostas de orações.


Não podemos falar de oração sem abordar o tema de milagres. Para Tillich (2005) milagre é
um “evento-sinal” que aponta para uma preocupação última que para tal não depende nem
necessita da negação de leis naturais, e adverte sobre o erro de um “racionalismo irracional
em que o grau de absurdo numa história de milagre se torna a medida de seu valor religioso”
(TILLICH, 2005, p. 128). Ele argumenta:

Já no NT podemos observar que, quanto mais tardia a tradição, tanto mais se enfatiza
o elemento antinatural em oposição ao elemento de sinal. No período pós-apostólico,
quando se escreveram os evangelhos apócrifos, não havia freio algum para o absurdo.
Tanto pagãos quanto cristãos estavam mais interessados na sensação produzida em suas
mentes racionalistas pelos acontecimentos anti-racionais do que na presença do divino
em eventos abaladores e significativos (TILLICH, 2005, p. 128).

Tillich (2005) crítica tanto posições naturalistas como supranaturalistas. O na-


turalismo se evidencia em posições como o deísmo, onde se admite a existência de Deus
ou um Ser Superior que cria o universo, mas após criá-lo não interfere em seu funciona-
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mento. O universo é visto como uma máquina que funciona a partir de leis previamente
estabelecidas e que não podem se violadas. Na perspectiva deísta não há espaço para a
doutrina da providência. Não faz sentido a oração já que quem ora espera e anseia por
uma intervenção divina.
Contra a posição supranaturalista, que admite uma intervenção divina sobrenatu-
ral como se houvesse um mundo natural e outro sobrenatural, Tillich (2005, p. 129) reitera:
“Milagres não podem ser interpretados em termos de uma interferência sobrenatural em
processos naturais. Se esta interpretação fosse verdadeira, a manifestação do ser destruiria
a estrutura do ser”. A estrutura racional da realidade e estrutura do ser não se contradizem.
Portanto, a criatividade diretiva de Deus pode conjugar fatos, eventos, circunstâcias, para
conduzir a determinada situação de forma que os propósitos de Deus se cumpram; mas não
podem, nem precisam, violar a estrutra racional da realidade. Para Tillich (2005), é preciso
manter em correlação a liberdade divina e as leis da natureza.
A interpretação de Tillich (2005) do lugar da oração na criatividade diretiva de
Deus se fundamenta no seu método da correlação, que neste caso rompe com o dualismo
natural e/ou sobrenatural. Um fenômeno não é necessariamente natural ou sobrenatural.
Se supormos que o Espírito divino, anima no sentido de dar vida ao mundo natural pos-
sibilitando a existência (Gn 1,2), então o divino está unido ao natural (MONDIM, 2003,
p. 129). Em termos práticos podemos intuir que o resultado de uma oração seria a conju-
gação de elementos naturais e divinos, onde um não anula o outro, mas que se afirmam
mutualmente.
Então como entender os milagres narrados no Novo Testamento onde o sobrena-
tural parece sobressair? Como compreender o relato da alimentação de mais de cinco mil ho-
mens com cinco pães e dois peixes e ter uma sobra de doze cestos cheios (Mc 6,38-44)? Como
transformar em vinho seis toneis de água de aproximadamente oitenta litros cada (Jo 2,1-10)
e ressucitar um morto a quatro dias sepultado sem violar as leis naturais (Mt 8,50-55)? Inter-
pretaremos todas essas narrativas como símbolo? Seriam todas as narrativas de milagres mitos
ou lendas? Teria a tradição histórica aumentado o caráter miraculoso?
Para Goppelt (2003, p. 166),

[...] o que é cientificamente impossível também não pode ter ocorrido historicamente,
somente é correto se logo continuarmos a pergunta criticamente: o que afinal é cien-
tificamente impossível? [...] Não se deveria abraçar irrefletidamente um cienificismo,
mas chamar à atenção de que hoje não existe uma compreensão filosófica uniforme e
universalmente reconhecida da realidade. Justamente por isso é completamente errado
querer-se constatar lacunas na ciência natural, para nelas introduzir ‘milagres’.

Além dessa importante crítica contra uma visão cientificista na interpretação dos
milagres, Gopelt (2003) chama a atenção para o mesmo ponto de reflexão de Tillich (2005) –
a intenção propriamente dita das narrativas de milagres. Para Goppelt (2003), milagre é um
acontecimento que aponta aponta para Deus.
Tillich (2005) chama a atenção para um aspecto importante na compreensão do
milagre: “Milagres tão somente são dados àqueles para quem eles são eventos-sinais, para
aqueles que o recebem em fé” (p. 129). A relação (correlação) entre fé e milagre se dá nesse
ponto, “milagre é extase da realidade” (p. 129). Neste sentido não é o milagre que produz a

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fé , mas o contrário, a fé que cria condições para que o milagre ocorra e é bom lembrar que
a fé é um dom de Deus (Ef 2,8). Desse modo, o milagre perde o seu sentido mágico de
manipulação humana do sagrado, ele está única e exclusivamente dependente da vontade
soberana de Deus.

O PARADOXO DA ORAÇÃO

A oração autêntica precisa ser expressão do mais profundo do ser. Exige ultrapassar a
superfície das impressões e memória. Esse “cavar no mais profundo” faz parte da dinâmica da
oração. O mergulho no mais profundo do ser pode revelar que não sabemos exatamente como
orar ou que dizer (Rm 8,26). No fundo sabemos que Deus quer o melhor para nós, mas não
compreendemos como isso se dará. Uma luta se estabelece. Carne e espírito, pulsão de vida e
pulsão de morte, nós e Deus. Experiência bem ilustrada na saga etiológica da luta de Jacó com
o anjo nas margens do ribeiro de Jaboque (Gn 32,22-29). A oração termina com a rendição.
De quem? De nós? De Deus? Essa parece ser uma luta em que os dois lados saem vencedores.
O apóstolo Paulo diz: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza,
pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inex-
primíveis” (Romanos 8,26). Tillich (2005) observa que na oração autêntica “É o Espírito
que fala ao Espírito”. Aí reside o caráter extático da oração. O que será que Paulo quer dizer
quando fala em “orar com o espírito” (1 Co 14,15)?
Aqui se encontram a oração e a contemplação. Tillich (2005, p. 640) observa que “A
contemplação é uma filha bastarda no protestantismo. Só ultimamente se introduziu o silêncio
litúrgico em algumas igrejas protestantes, e, obviamente, não existe contemplação sem silêncio”.
Será esse o motivo da crítica de Jesus quando diz “E quando orarem, não fiquem sempre repe-
tindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos”
(Mt 6,7)? Oração não é palavras lançadas ao vento. A oração é luta intensa do ser no esforço de
se reconectar com a fonte de vida e sentido que é Deus. No mais profundo do ser as palavras
perdem sentido e valia, esse é o momento em que a contemplação, como metalinguagem, se
torna o meio de comunicação entre o ser humano e Deus. Seria essa a experiência que Paulo se
refere de orar com o espírito (1 Co 14,14) ou a de Ana em 1 Samuel 1,12?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O escritor norte-americano Yansey (2006, p. 15) inicia seu livro sobre oração com
a seguinte pergunta: “O que explica a disparidade entre Lutero e Simeão, que passavam horas
de joelho, e o cristão de hoje, que se agita na cadeira após dez minutos de oração?” Conclui
seu livro com a confissão “Oro na assombrosa crença de que Deus deseja um relacionamento
continuado. Oro confiando que o ato da oração é a maneira designada por Deus para elimi-
nar o vasto abismo entre mim e a infinitude. Oro para colocar-me no fluir da obra restaura-
dora de Deus aqui” (YANSEY, 2005, p. 404).
Com Tillich passamos a compreender a oração em correlação com criatividade dire-
tiva de Deus. Através dela buscamos a Deus e Deus nos busca. Oração é encontro. O paradoxo
da oração é o Espírito orar ao Espírito em nosso lugar. Manifesta-se o caráter extático da ora-
ção que supera o caráter objetivante da linguagem humana. Na oração autêntica começamos
com a palavra, seguimos no silêncio, penetramos no lugar santíssimo da mente divina ou a
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mente divina penetra na nossa mente (um tipo de pericórese divina-humana). Será a oração
uma antecipação escatológica da nossa unidade com Deus?

Naquele dia vocês não me perguntarão mais nada. Eu lhes asseguro que meu Pai lhes
dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu
nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa (Jo 16. 23,24).[...]
“Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim,
por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim
e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste (Jo 17. 20,21).

Em um tempo onde a oração ganhou um caráter mágico e até perverso, onde o ser
humano procura controlar o sagrado exigindo-lhe o cumprimento de promessas, a reflexão de
Tillich se torna cada vez mais relevante. Ao compreender a oração como parte da criatividade
diretiva de Deus, Tillich não somente resgata o valor da oração, mas a submete ao princípio
da soberania divina. Orar é entrar numa constelação de circunstâncias e fatos através dos
quais Deus dirige a termo sua criação.

PARADOX OF PRAYER IN PAUL TILLICH

Abstract: from the theology of Paul Tillich was seeking a deeper understanding of prayer. In it
indicates the correlation between prayer and directive creativity of God, traditionally called provi-
dence. Prayer changes the relationship of the subject who prays to God and to the situation. This
correlation also breaks with the natural dualism and / or supernatural. A miracle is not necessarily
a supernatural or amazing event, it is a signal event that points to an ultimate concern to God.
Prayer is intense struggle of being in the effort to reconnect with the source of life and sense that God
is. In the deepest of being the words lose their meaning and value, this is the time to contempla-
tion, as metalanguage, becomes the means of communication between man and God. In authentic
prayer begin with the word, followed in silence, we enter the most holy place of the divine mind
and the mind of God penetrates the mind. The paradox of prayer is its ecstatic character, is when
the Spirit prays to the Spirit representing us.

Keywords: Paul Tillich. Prayer. Providence. Spirit. Miracle.

Referências

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com.br> Acesso em: 14, maio, 2016.
CROATTO, José Severino. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenome-
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GOPPELT, Leonhard. Teologia do Novo Testamento. 3. ed. São Paulo: Teológica, 2003.
MONDIN, Batista. Os grandes teólogos do século vinte. São Paulo: Teológica, 2003.
PANNENBERG, Wolfhart. Teologia Sistemática. V. II. Santo André; São Paulo: Academia
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SAVIOLI, Roque Marcos. Oração e cura – fato ou fantasia? O Mundo da Saúde, São Paulo,
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TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 5. ed. São Leopoldo: Sinodal; EST, 2005.
YANSEY, Philip. Oração: ela faz alguma diferença? São Paulo: Vida, 2007.

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