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➢ Móvel
Todo corpo (porção limitada de matéria, dotado de massa e de volume) cujo
movimento é objecto de estudo da Cinemática recebe o nome de móvel.
➢ Referencial
É o corpo ou sistema físico (conjunto observável de corpos) em relação ao qual
se realizam as observações, as descrições e as formulações de leis físicas. Por
exemplo, as posições e as velocidades dos móveis dependem do referencial
adoptado.
➢ Trajectória e espaço
Trajectória é o conjunto formado por todas as posições ocupadas por um móvel
durante seu movimento, tendo em vista determinado referencial.
➢ Movimento e repouso
Um objecto estará em movimento ou em repouso dependendo do referencial
que tiver sido escolhido. Portanto, pode acontecer de um mesmo móvel estar em
repouso em relação a um referencial e em movimento em relação a outro. Assim,
podemos definir movimento e repouso como:
➢ Deslocamento escalar
As mudanças de posição de um móvel sobre certa trajectória ficam
caracterizadas pela variação do espaço, ou deslocamento escalar. Para um
objecto que se move entre uma posição de partida (𝑠𝑜 = espaço inicial) e uma
posição de chegada(𝑠𝑓 = espaço final), o deslocamento escalar (∆𝑠), em
notação algébrica, é:
∆𝒔 = 𝒔𝒇 − 𝒔𝒐
em que a letra grega ∆ (delta) indica variação.
∆𝑠 = 𝑠𝑓 − 𝑠𝑜 = 239 𝑘𝑚 − 28 𝑘𝑚 → ∆𝑠 = 211 𝑘𝑚
• deslocamentos parciais:
• 1º trecho: do km 28 ao km 135:
∆𝑠 = ∆𝑠1 + ∆𝑠2 + ∆𝑠3 = 107 𝑘𝑚 + (−2 𝑘𝑚) + 106 𝑘𝑚 → ∆𝑠 = 211 𝑘𝑚, ou seja, o
deslocamento total é igual à soma dos deslocamentos parciais.
𝑑 = |∆𝑠1 | + |∆𝑠2 | + |∆𝑠3 | = ⌊107 𝑘𝑚⌋ + |−2 𝑘𝑚| + |106 𝑘𝑚| → 𝑑 = 215 𝑘𝑚
Exercícios Propostos
No trajecto em que um móvel parte do ponto A, vai até o ponto B, de onde segue
até o ponto C, determine:
a) o deslocamento de A a B;
b) o deslocamento de B a C;
c) o deslocamento de A a C;
d) a distância efetivamente percorrida de A a C.
Exercícios Propostos
➢ Movimento uniforme
Em princípio, pode-se pensar em movimentos uniformes em qualquer tipo de
trajectória (circular, oval, sinuosa, mista etc.), basta apenas que a velocidade
escalar permaneça a mesma. Caso seja rectilínea, teremos um movimento
rectilíneo uniforme (MRU).
𝒔 = 𝒔𝒐 + 𝒗. 𝒕
Essa expressão, ou fórmula, nos diz o seguinte: é possível determinar a posição 𝑠
de um objecto que estava na posição 𝑠𝑜 e se move com velocidade constante 𝑣,
Exercícios Propostos
2- As posições ocupadas por um carro em uma estrada, que permite que ele
ande em movimento uniforme, variam como mostra a tabela:
Obter o deslocamento (∆𝒔) cumprido pelo móvel equivale a calcular a área (A)
no gráfico v x t entre os instantes t1 e t2, que nada mais é que o produto da altura
(valor constante da velocidade = v) pela base (o intervalo de tempo ∆𝒕) de um
retângulo.
Exercícios Propostos
Calcule:
a) o deslocamento escalar do móvel, no trajeto; 5 m
b) a distância d; 6 m
c) a velocidade escalar média, no trajeto. 1 m/
Diagramas a x t no MRUV
Nos diagramas de aceleração escalar instantânea (a) em função do tempo,
no movimento uniformemente variado, a aceleração é representada por uma
reta paralela ao eixo t, uma vez que ela permanece inalterada entre quaisquer
instantes t1 e t2.
Diagrama v x t no MRUV
Os diagramas da velocidade escalar em função do tempo (v x t), de um
objecto em MUV, trazem informações sobre o seu deslocamento. O deslocamento
de um móvel pode ser calculado pela área sob o gráfico da velocidade escalar
em função do tempo, entre dois instantes quaisquer.
a) Se a > 0, v(t) será uma função crescente (o valor algébrico de v aumenta com
o decorrer do tempo), sendo, portanto, uma recta ascendente.
Equação de Torricelli
As funções horárias de espaço e de velocidade no MRUV permitem a dedução,
apartir delas, de uma terceira expressão, conhecida como equação de Torricelli:
1 1
Seja 𝑠 = 𝑠𝑜 + 𝑣𝑜 . 𝑡 + 𝑎. 𝑡 2 → ∆𝑠 = 𝑣𝑜 . 𝑡 + 𝑎. 𝑡 2 (1);
2 2
𝑣 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑎. 𝑣𝑜 . 𝑡 + 𝑎2 . 𝑡 2 (2)
Exercícios Propostos
• o símbolo
da
Exercícios Propostos
Período e frequência
Período (𝑻) é o intervalo de tempo necessário para a ocorrência de um
fenômeno cíclico (ciclo).
𝟏 𝒏
𝒇= ou 𝒇 = ∆𝒕
𝑻
Atribuímos à unidade s-1 o nome hertz (Hz), ou rotações por segundo (rps), e à
unidade min-1 a expressão rotações por minuto (rpm). O nome da unidade é uma
homenagem ao físico alemão Heinrich Hertz. 1 Hz corresponde a 60 rpm.
Espaço angular
Espaço angular (𝝋), ou ângulo de fase, é o ângulo
central da circunferência que corresponde ao arcos
(espaço linear sobre a trajectória circular).
Deslocamento angular
Deslocamento angular (∆𝝋) é a variação de espaço angular, ou seja, é a
diferença entre o espaço angular final (𝝋𝒇 ) e o espaço angular inicial (𝝋𝒐 ):
∆𝒔
∆𝝋 = 𝝋𝒇 − 𝝋𝒐 ou ∆𝝋 = 𝑹
∆𝝋 𝒗𝒎
𝝎𝒎 = ou 𝝎𝒎 =
∆𝒕 𝑹
As unidades de velocidade angular são:
Aceleração angular
Adoptando o mesmo raciocínio apresentado no tópico anterior, chegamos a
três formulações a respeito da aceleração angular.
∆𝝎
• A aceleração angular média é: 𝜶𝒎 = ·
∆𝒕
𝒂𝒎
• A relação entre as acelerações angular e escalar é: 𝜶𝒎 = .
𝑹
𝒂
• A aceleração angular instantânea é: 𝜶 = .
𝑹
As unidades de aceleração angular são:
A velocidade escalar angular (𝝎) é igual à velocidade escalar linear (v) dividida
pelo raio (R) da circunferência:
𝒗
𝝎 = 𝑹 ou 𝒗 = 𝝎. 𝑹
Isso significa que, quanto maior for o raio da polia ou da roda, menor será a sua
velocidade angular, e, como esta depende da frequência (𝝎 = 𝟐𝝅. 𝒇), decorre
que, quanto maior for o raio, menor será a frequência:
𝜔𝐴 = 2𝜋. 𝑓𝐴 e 𝜔𝐵 = 2𝜋. 𝑓𝐵
⃗ =𝒂
𝒂 ⃗ 𝒄 e |𝒂
⃗ 𝒕+𝒂 ⃗| = √𝒂𝟐𝒕 + 𝒂𝟐𝒄
Onde: 𝒂𝒕 = 𝜶. 𝑹 e 𝒂𝒄 = 𝝎𝟐 . 𝑹
Exercícios Propostos
Força e efeito
Força é o agente físico capaz de produzir deformações (efeitos estáticos) e/ou
acelerações (efeitos dinâmicos) nos corpos em que atua, por contato (força de
contacto) ou a distância (força de campo).
Se existir pelo menos uma força (de contacto ou de campo) aplicada sobre
um corpo, seus efeitos dependerão de quatro variáveis: intensidade, direcção,
sentido e ponto de aplicação - o que significa dizer que a força é uma grandeza
vectorial.
Tipos de forças
Como vimos acima, as forças trocadas entre corpos podem ser de contacto
ou de campo (acção à distância). A seguir iremos destacar as orientações
(direcção e sentido) de algumas forças que usaremos na Dinâmica.
✓ Força Peso (𝑷
⃗⃗ )
Denomina-se força peso (𝑃⃗) a força de campo gravitacional
que a Terra exerce sobre qualquer objecto colocado próximo à
sua superfície. Ela tem direcção vertical e sentido para baixo.
✓ Força Normal (𝑵
⃗⃗ )
A força normal, ou força de reacção normal de apoio (𝑵 ⃗⃗ ), é a força de
empurrão que uma superfície exerce sobre um corpo nela apoiado. É uma força
de contacto.
✓ Força de atrito (𝑭 ⃗ 𝒂𝒕 )
A força de atrito é a força de resistência ao movimento relativo, ou à iminência
de movimento, entre duas superfícies em contacto. Em caso de movimento, pode
ocorrer deslizamento ou rolamento relativo. O atrito é dito seco quando não há
fluidos ou lubrificantes entre essas superfícies. Estudaremos dois tipos de atrito seco:
𝑭𝒆𝒍á𝒔 = 𝑲. 𝒙
K é a constante elástica da mola que se mede em N/m ou N/cm.
✓ Força centrípeta (𝑭
⃗ 𝒄)
Quando a resultante das forças que actuam em uma partícula (ponto material)
é nula, a sua velocidade vectorial permanece constante. Dizemos, nesse caso,
que ela se encontra em equilíbrio.
Isaac Newton foi catedrático na Inglaterra dos séculos XVII e XVIII, que formulou
as leis da Mecânica de maneira universal (com base matemática) em sua obra
Phílosophiae Natura/is Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural), de 1687, fazendo com que a Física alcançasse o status de ciência no
sentido moderno do termo. É nessa obra, ainda, que foram formuladas as três leis
ou princípios da Dinâmica, que passaremos a estudar agora:
Isso significa que um ponto material, cujas forças a ele aplicadas tem soma
vectorial nulas ou não existem, possui velocidade vectorial nula constante. Em
outras palavras, um ponto material isolado está em equilíbrio estático (repouso) ou
em equilíbrio dinâmico (movimento rectilíneo uniforme).
“A resultante das forças que agem num corpo é igual ao produto de sua massa
pela aceleração adquirida”
“Se um corpo A aplicar uma força sobre u corpo B, aquele receberá deste uma
força de mesma intensidade, mesma direcção e sentido oposto à força que
aplicou em B”.
Exercícios Propostos
1- Para que uma bola de massa 0,35 kg seja acelerada a 5 m/s2, com que
intensidade de força ela deve ser chutada? 1,75 N
4- Uma esfera metálica, de massa 5,0 kg, é puxada verticalmente para cima por
uma força F constante, de intensidade 20 N. Sendo dado g = 10 m/s2, calcule:
a) o peso da esfera; 50 N
b) a aceleração resultante do movimento da esfera. 6 m/s2
10- O arranjo experimental da figura mostra um plano inclinado, sem atrito, que
forma com a horizontal um ângulo de 30º; o fio e a polia são ideais e a
aceleração gravitacional é g = 10 m/s2. Sendo as massas dos corpos A e B
respectivamente iguais a 2 kg e 3 kg, determine:
a) a aceleração escalar dos corpos; 1m/s2
b) a tracção no fio. 18 N