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REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO RECIFE

METODOLOGIA PARA IMPLANTAR SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM


BASE NA NORMA ISO 14001:2004 EM INDÚSTRIAIS DE ARGAMASSAS

Alba Veronica Paz de Carvalho


Alvaro Ochoa Villa
Ana Elisa Schuler
Marcelo Oliveria Marins

RESUMO
Este artigo tem como objetivo esboçar um método que possa auxiliar a implantação
de sistemas de gestão ambiental em pequenas industriais de argamassa, tendo por
base a ISO 14001:2004. A metodologia utilizada se deu principalmente através de
pesquisa bibliográfica e documental, a partir da análise e descrição da norma ISO
14000:2004, baseado em um padrão internacional conhecido. Também foi utilizado
um estudo de caso para aplicação em uma indústria de argamassas. O trabalho
apresenta as etapas necessárias para implantar o sistema com base na norma ISO
14001 (2004), bem como auxiliar e esclarecer cada uma destas etapas. Tem como
ponto significativo a identificação dos aspectos e impactos ambientais causados
pelas industriais de argamassa no sentido de buscar mitigar estes impactos.

Palavras-chave: Sistema de Gestão Ambiental; ISO 14000; Aspectos e Impactos.

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1 INTRODUÇÃO
Existe forte preocupação da sociedade com o grande consumo de recursos não
renováveis utilizados nas indústrias de argamassas. Esse consumo se dá pelo
próprio desenvolvimento econômico. O IBGE divulgou em 31 de agosto de 2011, as
estimativas das populações residentes nos 5.565 municípios brasileiros em 1º de
julho de 2011, quando a população chegou a 192.376.496 habitantes, 1.620.697 a
mais que em 2010 (IBGE 2011).

O crescimento populacional aumenta a demanda de moradias, impulsionando o


(PIB) produto interno bruto da construção. A Folha de São Paulo divulga um
crescimento de 6.1% em 2011, conforme estimativas do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do estado de São Paulo (SINDUSCOM).
Segundo Nakakura (2003), até o presente momento não existe informações precisas
quanto ao volume de argamassas produzidas no Brasil, mas é possível estimar o
volume de argamassa produzido em obra e na indústria a partir da produção de
cimento. No ano de 2001 foram produzidas 38.264.000 toneladas de cimento sendo
que, deste total, 68% distribuídos através de revendas. (SINDICATO NACIONAL DA
INDÚSTRIA DO CIMENTO).
Supondo que metade do cimento distribuído através de revendas seja revertida em
argamassa e, considerando-se um consumo médio de 15% em massa de cimento,
estima-se um volume de 87.343.000 toneladas de argamassa produzida em obra. A
produção de cimento destinada à argamassa industrializada foi de 193.000t, e pelo
mesmo raciocínio, tem-se uma produção de argamassa industrializada de
1.286.000t.
A população sente diretamente os impactos causados pelo crescimento desenfreado
das indústrias através da extração sem controle dos recursos naturais, das unidades
poluidoras através de queima e processo produtivo. Desta forma, o processo de
viabilização ambiental passa ser um ponto importante para sobrevivência das
industriais de argamassas. Torna-se primordial convencer os acionistas,
empresários, funcionários e a sociedade da importância de buscar práticas e
tecnologias mais limpas e seguras. Por esse motivo é fundamental que as industriais
implementem um sistema de gestão ambiental (SGA).

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Tal cenário fortalece a razão de implantar um sistema de gestão ambiental com


objetivo de identificar, eliminar ou diminuir riscos ambientais reais ou potenciais que
possam causar impactos significativos ao meio ambiente.
O objetivo geral do trabalho é apresentar uma metodologia de implantação do
sistema de gestão ambiental nas industriais de argamassa, para melhorar os
processos e operações utilizando a norma ISO 14001:2004 como manual
orientativo, podendo ou não ser submetido a auditorias internas e externas.

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O assunto sobre gestão ambiental ainda é um paradigma para grande parte da
população. As questões ambientais vêm ganhando divulgações em grande escala
com o advento dos programas ambientais, da sustentabilidade, e da proteção ao
meio ambiente. Alguns trabalhos referentes às questões ambientais buscam a
conscientização ambiental universal. Esses trabalhos retratam a necessidade de
conviver com o crescimento econômico de forma equilibrada e sustentável. Sendo
assim, são mencionados alguns autores que se destacaram nessa linha de
pesquisa: Caron & Galtier apud LLerena (1996), Bogo (1998), Affonso L. (2001),
Silva (2001), Corazza (2003), Chaib (2005), Mendes (2005), Lima & Lira (2007),
Limeira (2010), Bastos et al (2011).
Chiavenato (2000) define sistema como um conjunto de elementos
interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados que
esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada. Morales (2006) afirma
que a Gestão Ambiental surgiu da necessidade do ser humano organizar melhor
suas diversas formas de se relacionar com o meio ambiente. O sistema de gestão
interage com todas as etapas de forma que as entradas e saídas de cada etapa
sejam analisadas. Jabbour C.; Jabbour A. (2013) também mostram a importância da
gestão ambiental na empresa tendo em vista a sustentabilidade. Campos (2002)
ainda menciona que a gestão ambiental consiste na administração do uso dos
recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e
potenciais institucionais e jurídicos, com a finalidade de manter ou recuperar a
qualidade de recursos e desenvolvimento social. Hoyos et al (2006) afirmam que é
necessário uma gestão consciente e sustentável.

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Quando as organizações começaram a entender os efeitos e resultados da gestão


ambiental, os agentes reguladores começaram a pensar em termos como
ecossistema e ecorregiões. Desta forma um número cada vez maior de
organizações começou a pensar no meio ambiente de forma sistemática. Para que
as questões ambientais fizessem parte de um processo mais amplo de tomada de
decisões, as empresas começaram a tratá-la como questões estratégicas.
Isso aconteceu quando as empresas começaram a buscar a comercialização
internacional. Considerando que as exigências ambientais variam de país para país,
ficou claro para empresas que considerar e administrar as questões ambientais
como custo nos negócios colocava-as em desvantagem competitiva. Desta forma,
foi extremamente necessário encontrar maneiras para diminuir os custos e
transformar as desvantagens em vantagens. As organizações descobriram logo que
isso não era, na verdade, difícil de alcançar. Em função da demanda de
consumidores, leis de países etc., as empresas levaram a gestão ambiental a níveis
hierárquicos mais altos, conforme os seis passos: baseada em artifícios; baseada
em respostas; baseada na conformidade; gestão ambiental; prevenção de poluição;
e desenvolvimento sustentável.
A ISO 9001 foi desenvolvida para ser compatível com outras normas e
especificações de sistemas de gestão, tais como a OHSAS 18001 de Saúde
Ocupacional e de Segurança e a ISO 14001 de Meio Ambiente. Elas podem ser
integradas perfeitamente através de sistema integrado. Estas normas compartilham
muitos princípios comuns, portanto a escolha de um sistema de gestão integrada
pode agregar um excelente valor a organização.
A série de normas ISO 14000, que determina os elementos para um sistema de
gestão ambiental eficaz, tem por finalidade equilibrar a proteção ambiental e a
prevenção da poluição com as necessidades socioeconômicas e é aplicável a todos
os tipos e tamanhos de organização. (RIBEIRO NETO et al, 2008).
As normas de gestão, auditoria e avaliação de desempenho ambiental são utilizadas
pela organização como uma espécie de manual e deve ser utilizada pela
organização em toda sua plenitude.

3 METODOLOGIA

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A metodologia utilizada no trabalho foi a pesquisa bibliográfica, além da pesquisa


exploratória com observação direta e intensiva na empresa. O modelo do sistema de
gestão ambiental segundo a NBR ISO 14001:2004, envolve a política ambiental,
planejamento, implementação e operação, verificação, análise pela alta
administração, tendo em vista a melhoria contínua.
A sequencia de interação proposta dos requisitos possibilita à organização a
implementação de um sistema, com política e objetivos alinhados aos seus
requisitos legais aplicáveis e aos seus aspectos ambientais significativos. O sistema
de gestão ambiental deve buscar a melhoria continua dos seus produtos e
processos, para isso, o sistema deve estar alicerçado em uma abordagem por
processos, adotando a metodologia do PDCA – Plan, Do, Check and Act, no sentido
de promover essa melhoria.
O PDCA é um método amplamente aplicado para controle eficaz e confiável das
atividades de uma organização, principalmente àquelas relacionadas às melhorias,
possibilitando a padronização nas informações do controle de qualidade e a menor
probabilidade de erros nas análises ao tornar as informações mais compreensíveis.

3.1 Requisitos para implementar um SGA


Um sistema de gestão ambiental segundo definição na própria norma ABNT
14001:2004, corresponde a “parte de um sistema de gestão de uma organização
utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar
seus aspectos ambientais”. Conceito também observado na obra de Donaire (2010).
Além disso, Campos e Fogliatti (2011) enfatizam a consciência social e a
necessidade da preservação ambiental. Desta forma, para que o SGA seja
implantado com sucesso, a gestão ambiental deve fazer parte da estratégia
organizacional da empresa e deve considerar aspectos importantes para esta
implementação, tais como: a) definir a gestão ambiental como prioridade corporativa;
b) levantar e identificar os requisitos legais e outros aplicáveis às atividades,
produtos e serviços da organização; c) comunicar e dialogar com as partes
interessadas, tanto internas como externas; d) estar comprometido com a proteção
ambiental; e) levantar, monitorar e avaliar o desempenho ambiental; f) disponibilizar
recursos necessários; g) integrar quando necessário a harmonização do SGA com
outros sistemas de gestão; h) comunicar e envolver todos no objetivo.
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3.2 Requisitos gerais – subseção 4.1


A diretriz deve ser observada pela organização que esteja buscando implementar
um sistema de gestão ambiental, segundo a NBR ISO 14001:2004.
Política Ambiental – subseção
A política ambiental contempla as diretrizes da organização em relação aos seus
compromissos com o meio ambiente. Deve buscar a melhoria contínua e a
prevenção da poluição. É também a base para o estabelecimento das metas e
objetivos ambientais. A divulgação interna é extremamente importante para garantir
que todos entendam as diretrizes do sistema e estejam envolvidos com os objetivos
estabelecidos. Sua divulgação externa tem por finalidade demonstrar o
comprometimento da organização com a prevenção ambiental. (RIBEIRO NETO et
al, 2008).
3.2.1 Planejamento – subseção 4.3
Os requisitos de planejamento têm por objetivo permitir o alinhamento das ações da
organização de modo a atender a seus requisitos ambientais e aos requisitos da
Norma ISO 14001, otimizando recursos. Para tanto, é preciso fazer a identificação
dos seus aspectos ambientais significativos, os requisitos legais pertinentes, outros
requisitos, quando aplicáveis, e a definição de seus objetivos e metas.
3.2.2.1 Escopo
Escopo significa 1 “Alvo”, “Mira”, 2 “Objetivo”, 3 “Propósito”, “intuito.”
A faixa de valor que pode ser assumida por uma variável qualquer, segundo o
dicionário da língua portuguesa (FERREIRA, 1986).
O escopo da certificação inclui o cumprimento da legislação, o que, em principio,
leva a pensar que uma empresa para ter sua certificação pela ISO 14001 deve estar
em dia com as condicionantes das licenças ambientais. E, não abrange
obrigatoriamente todas as áreas da empresa, podendo se ater apenas aos
processos que se quer melhorar naquele momento. (SANTOS, 2004).

3.2.2.2 Identificação de Pontos crítico


A organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar e levantar
os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços que possam por ela
ser controlados e sobre os quais presume-se que ela tenha influencia, a fim de
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determinar aqueles que tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio
ambiente. (RIBEIRO NETO et al 2008).

3.2.2.3 Aspectos ambientais – Subseção 4.3.1 (ISO NBR 14001:2004)


A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para:
a) identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, dentro
do escopo definido de seu sistema da gestão ambiental, que a organização possa
controlar e aqueles que ela possa influenciar, levando em consideração os
desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades, produtos e serviços novos ou
modificados; e b) determinar os aspectos que tenham ou possam ter impactos
significativos sobre o meio ambiente (Isto é, aspectos ambientais significativos).
Pode também incluir a identificação sobre o impacto a saúde e a segurança, além da
avaliação do risco ambiental (SEBRAE, 2004).
Os aspectos são geralmente categorizados de acordo com entradas e saídas, tanto
controlados como não controlados, benéficos ou adversos. Alguns aspectos típicos:
a) uso de matéria prima; b) uso de energia; c) emissões atmosféricas; d)
lançamentos em corpos d’água; e) alterações no solo; f) resíduos sólidos; g)
resíduos perigosos; e h) odor.
Sanchez (2006) afirma que impactos ambientais vêm ganhando importância para
empreendedores e instâncias oficiais que licenciam as atividades econômicas, à
medida que na sociedade cresce a consciência ambiental e as decisões devem ser
tomadas com base em estudos técnicos e fundamentados.
A organização deve identificar e medir os impactos classificando-os em significativos
e/ou não significativos. Os impactos considerados significativos devem ser tratados,
a fim de eliminar, substituir ou diminuir esses impactos.

3.2.3 Requisitos Legais e Outros. subseção 4.3.2(ISO NBR 14001:2004)


A ISO NBR 14001 (2004) requer que a organização deva assegurar que esses
requisitos legais aplicáveis e outros requisitos pela organização sejam levados em
consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema
ambiental.

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Considera-se somente os aspectos legais, nas esferas federal, estadual e municipal,


o universo torna-se bastante significativo, requerendo uma metodologia criteriosa
para seleção do que de fato é relevante para o tipo de atividade ou serviço.

3.2.4 Objetivos e Metas do SGA. subseção 4.3.4 (ISO NBR 14001:2004)


A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas ambientais
documentados, nas funções e níveis relevantes na organização.
Os objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exequível, e coerentes com a
política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção de poluição,
com atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela
organização e com a melhoria contínua.
A empresa deve também considerar suas opções tecnológicas, seus requisitos
financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas.
3.2.5 Programas de Gestão Ambiental – subseção 4.3.4
A organização deve estabelecer e manter um programa, ou programas para atingir
seus objetivos e metas. O programa deve incluir: a) a atribuição de responsabilidade
a cada função e nível relevante da organização, visando atingir os objetivos e metas;
e b) os meios e o prazo em que devem ser atingidos.

3.2.6 Estrutura e Responsabilidade. subseção 4.4.1 (ISO NBR 14001:2004)


A administração deve fornecer recursos humanos e qualificação específica,
tecnológica e financeira. A alta direção da organização deve nomear um
representante específico que, independentemente de outras atividades deve ter
funções, responsabilidades e autoridade definidas para: a) assegurar que os
requisitos do sistema de gestão ambiental sejam estabelecidos, implementados e
mantidos de acordo com a norma; e b) relatar à alta direção o desempenho do
sistema de gestão ambiental, para análise crítica, como base para o aprimoramento
do sistema de gestão ambiental.
3.2.7 Treinamento, Conscientização e Competência. subseção 4.4.2 (ISO NBR
14001:2004)
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para informar
o staff sobre: a) a importância da conformidade com a política; b) impactos
ambientais significantes – atuais e potencias; c) benefícios na melhoria do
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desempenho pessoal; d) funções e responsabilidades incluindo preparação a


resposta à emergências; e c) consequências potenciais da inobservância aos
procedimentos.
A ISO 9001:2008 no seu requisito 6.2.2, define competência como um somatório de
atributos: Conhecimento para execução das suas tarefas com qualidade; b)
Habilidade de executar na prática o que lhe foi estipulado; e c) Atitude para realizar
seu trabalho com qualidade, eficiência e eficácia.

3.2.8 Comunicação. subseção 4.4.3 (ISO NBR 14001:2004)


A organização deve estabelecer e manter procedimentos para: a) comunicação
interna entre os vários níveis e funções da organização; b) recebimento,
documentação e resposta á comunicações pertinentes oriundas de partes
interessadas externas.
Para comunicação interna os meios utilizados são: a) mural; b) reuniões; c)
informativos de segurança e meio ambiente; d) integrações; e) e-mail; f) palestras/
treinamentos, e; g) comunicação direta com o gestor de SGI.

3.2.9 Documentação. subseção 4.4.4/4.4.5 (ISO NBR 14001:2004)


A documentação do sistema de gestão ambiental deve incluir: a) política, objetivos e
metas ambientais; b) descrição do escopo do sistema da gestão ambiental; c)
descrição dos principais elementos do sistema da gestão ambiental e sua interação
e referencia aos documentos associados; d) documentos, incluindo registros,
requeridos por norma; e e) documentos, incluindo registros, determinados pela
organização como sendo necessários para assegurar o planejamento, operação e
controle eficazes dos processos que estejam associados com seus aspectos
ambientais significativos.

3.2.10 Controle Operacional. subseção 4.4.6 (ISO NBR 14001:2004)


O requisito básico é identificar e planejar as atividades e operações "associadas aos
aspectos ambientais significativos identificados em alinhamento com suas políticas,
objetivos e alvos". De acordo com Tibor (1996) as organizações alcançam o controle
operacional da seguinte forma: a) preparando procedimentos documentados para as
atividades e operações a fim de assegurar que não se desviem de políticas,
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objetivos e alvos; b) especificando critérios operacionais; e c) estabelecendo e


comunicando aos fornecedores e subcontratados procedimentos relevantes que se
relacionem com os aspectos ambientais significativos das mercadorias e serviços
utilizados pela organização.
O controle operacional pode ser realizado através de uma planilha de Excel básica,
identificando todas as entradas e saídas da atividade com objetivo de identificar os
aspectos e impactos.

3.2.11 Atendimento à Emergência. subseção 4.4.7 (ISO NBR 14001:2004)


A organização deve estar preparada para quaisquer situações de emergência, para
tal, deve identificar situações de emergências e responder aos incidentes, com
objetivo de prevenir e mitigar os riscos de danos pessoais que possam estar
relacionados.
Para realizar um simulado de emergência, podemos desenvolver um manual de
simulado, com as definições de responsabilidades, analise e escolha de cenários,
treinamentos, ações de contenções e avaliação dos pontos fortes e fracos.
3.2.12 Verificação – Monitoramento e Medição. subseção 4.5.1
(ISO NBR 14001:2004)
O monitoramento e medição são utilizados para monitorar e medir regularmente as
características principais das operações que possam ter impacto ambiental
significativo.
As folhas de verificação são formulários utilizados para padronizar e verificar
resultados de trabalho ou levantar coleta de dados. São elaborados gráficos que
podem ser utilizados para realizar o monitoramento de tendências e balizar as
tomadas de decisão.

4 IMPLANTAÇÃO DO SGA EM INDUSTRIA DE ARGAMASSA – ESTUDO DE


CASO.
A metodologia segue os requisitos normativos da NBR ISO 14001 com detalhes de
sistemáticas e metodologias.
As industrias produtoras de argamassas corantes e rejuntes tem aumentado sua
capacidade produtiva e desenvolvido novos produtos para atender a grande
demanda do mercado nacional. A alta produtividade requer uma quantidade maior
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de matérias primas. As matérias primas utilizadas no processo produtivo dos


produtos são em maioria extraídas de fontes não renovaveis, tais como: areia,
calcario, cimento, pigmentos minerais e outros. A industria fruto deste estudo fica
localizada na cidade de Paulista-Pe, onde sua circuvizinhança apresenta área
urbana com moradias, escolas, creches, comércios, rios e áreas de proteção
permanente. O Group movido pela conscientização da proteção ambiental e por
necessidade de diminuir os aspectos e impactos oriundos de suas atividades, inciou
o processo de certificação ambiental da unidade fabril, utlizando a norma ISO
14001:2004 como base e ferramenta para adequação e certificação.
As etapas de implantação seguirá uma ordem sistêmica seguindo o método de
itermização da norma ISO 14001:2004, esta forma de detalhamento mostra passo a
passo as etapas em ordem cronológica das atividades a serem executadas.
4.1 Estrutura e Responsabilidade.
Para implantar um sistema de gestão ambiental, faz-se necessário que a
organização tenha estrutura física, financeira e humanas para atender as diversas
atividades e solicitações que a implantação necessita. Sugere-se que seja realizado
uma reunião para definir o planejamento estratégico da implantação, nesta reunião
deve estar presente o executivo responsável pela empresa ou um representante
delegado pelo mesmo, a possivel equipe de certificação e o responsavel pelo SGA.
O responsável pelo SGA deve ser designado representante da direção (RD) da
organização. Ele passa ser o contato direto da equipe de certificação com a alta
direção, com responsabilidade de relatar o andamento das atividades e com
autoridade de agir em casos de desvios. Ele também fica responsável em solicitar
recursos necessários para o andamento do projeto e realiza a análise crítica de todo
fluxo de trabalho.
Definido a equipe de certificação o RD elabora uma matriz de responsabilidade e um
plano de ação de implantação. A matriz tem objetivo de apresentar a distribuição do
trabalho, a responsabilidade, o planejamento e o controle unificado, considerando a
integração das diversas ações do programa. A elaboração do plano de ação permite
o planejamento de todas as ações necessárias para atingir o resultado desejado.
Nele deve constar todas as atividades com o desdobramento necessário para a
realização da mesma, as definições de metas e objetivos, prazos e responsáveis. O
plano de ação serve como um manual para realização das diversas atividades e
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deve ser revisado periodicamente pela equipe de certificação, de forma que uma
atividade não gere atraso a outras.
A equipe de certificação deve ser conscientizada, pois serão multiplicadores e
facilitadores na emissão de documentos e procedimentos. Foi indicado um curso
de interpretação da norma ISO 14001:2004 e posteriormente quando estiver na
etapa de análise é indicado um curso de auditor interno. Foi contratado um
especialista consultor para dar suporte em assuntos específicos.

4.2 Programas e planos de treinamentos e conscientização


É importante ter bem definido um plano de treinamento dos colaboradores e partes
interessadas. A estratégia utilizada foi de iniciar os treinamentos de forma prática,
realizando mini-treinamentos diários de 15 minutos para todos os colaboradores.
Na empresa já existia uma atividade chamada (DDS) dialogo diário de segurança,
utilizamos esta atividade e passamos a chamá-la de (DDSMA) dialogo diário de
saúde e meio ambiente. Neste mini treinamento foi abordado temas diversos
ligados à norma ISO 14001:2004 tais como, coleta seletiva, aspectos e impactos,
emergência ambiental, proteção ambiental, sustentabilidade e outros. O objetivo de
realizar os mini treinamentos foi criar uma conscientização que pudesse aguçar a
curiosidade e formar uma base de informações para facilitar a compreensão dos
treinamentos mais específicos dos novos procedimentos. Foi definido um plano de
cursos e treinamentos específico para equipe facilitadora, direcionando o curso
para as atividades necessárias ao cumprimento de requisitos normativos. A
evidência de competência dos colaboradores deve ser registrada através de lista
de presença, ata de reunião, certificado de participação de curso e outros. O (RD)
estabeleceu metas e objetivos para a realização dos treinamentos planejados, de
forma que o nível de treinamentos realizados no mês não seja menor que 70%.
Para garantir excelente resultado é apresentada a lista de presença e uma ficha
para avaliação de eficácia, que deve ser preenchida pelo superior imediato do
colaborador. Essa avaliação tem finalidade de medir a competência do colaborador
nas atividades a qual foi treinamento.
4.3 Documentos e controle de documentos
A empresa já tinha um sistema de gestão da qualidade implantado, conforme a

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NBR ISO 9001:2008, esse sistema serviu como plataforma para implantação do
SGA. Realizamos adaptações e unificação dos procedimentos, controles e
fluxogramas. para atendimento a norma ISO 9001:2008.
Para cada requisito normativo, foram desenvolvidos documentos e procedimentos
específicos. Todos os documentos foram estruturados de forma que permitisse
controle de revisão e atualização.

4.2 4.4 Levantamento de aspectos e impactos ambientais


Os aspectos ambientais oriundos das atividades, produtos e serviços realizados
pela organização foram identificados e avaliados quanto á significância, servindo
de base para definição dos objetivos e metas ambientais. Um aspecto e impacto
ambiental, quando regido por lei federal, estadual e municipal tornam-se
significativo e são tratados de forma a atenuar os impactos. Foi desenvolvido
sistemática para o Levantamento e Avaliação dos Aspectos e Impactos Ambientais,
visando detectar os que são significativos e seus respectivos controles, assim
como monitoramentos e medições.
Para avaliação de perigos e riscos e aspectos e impactos deve-se proceder da
seguinte forma: a) análises das atividades, situações operacionais, podendo ser
normais ou emergenciais; b) determinar se os riscos e impactos são aceitáveis ou
não; c) determinar quais controles são apropriados e como devem ser controlados;
e) Perigos e Riscos, Aspectos e Impactos normais e anormais devem ser
identificados nas Planilhas de PRAI; Perigos e Riscos, Aspectos e Impactos
emergenciais, são identificadas e tratadas segundo o PAE, Plano de Atendimento
as Emergências.
A realização da identificação e da avaliação de aspectos e impactos e de perigos e
riscos, considerados como normais, se faz necessário nas seguintes condições: a)
identificação e avaliação inicial: na implantação do sgi; b) sempre que houver
alterações de processos, produtos e serviços. ex.: aquisições de novos
equipamentos, mudanças na estrutura física, mudança de maquinário, novas
atividades e processos; c) sempre que houver mudança e ou inclusão de requisito
legal ou outro requisito; d) solicitações oriundas de ações corretivas e ou ações
preventivas; e) análise após incidentes e situações de emergência; e f) após 12

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meses da última revisão do levantamento atual.

4.4.1 Identificação dos Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos.


Foram desenvolvidos planilhas para ajudar a identificar Perigos / Riscos e Aspectos
/ Impactos: a) Tabela orientativa para descrição dos perigos e riscos; b) Tabela
orientativa para descrição dos aspectos e impactos.
O levantamento e a avaliação dos Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos normais
e anormais são listadas em uma Planilha PRAI.
Depois de levantados os Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos das tarefas que
compõem os processos, na coluna da Planilha PRAI constarão os campos que
identificarão a “Sub Atividades”, “Perigos e ou Aspectos”, “Riscos e ou Impactos”.

4.4.2 Avaliação de Significância dos Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos


Após a identificação dos Perigos / riscos e Aspectos / Impactos de cada “sub
atividade”, analisar as condições dos campos “Avaliação de Significância”. O
objetivo da avaliação é definir o grau em que o risco se encontra perante os
critérios de avaliação.

4.4.3 Avaliação da Importância dos Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos:


O Cálculo da importância dos Perigos / Riscos e Aspectos / Impactos foram feito
através da multiplicação dos pontos referentes à Probabilidade de Ocorrência
vezes a Gravidade. Equação:
Avaliação da Importância = Probabiliadade de ocorrência x Gravidade
Resultados entre 4 e 16 são considerados Significativos, portanto devem ter
controles e monitoramento, estes devem estar listados no campo “Controles
Aplicados” da Planilha de PRAI (Planilhas de Perigos / Riscos e Aspectos e
Impactos).

4.5 Controles Operacionais


Quando os Perigos / Risco e Aspectos / Impactos são avaliados e sua conclusão
for significativa, existe a necessidade de determinação de ações para seu controle,
estas devem ser listadas no campo “Controles Aplicados” da Planilha de PRAI.

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4.6 Monitoramento
Quando necessário deve-se monitorar os controles aplicados no levantamento de
perigos e avaliação de riscos.

4.7 Requisitos Legais e Outros


4.7.1 Identificação
Após o levantamento de perigos e riscos deve-se avaliar a aplicabilidade de
requisitos legais e/ou outros requisitos de ordem técnica ou administrativa sobre o
perigo e risco identificado.
A responsabilidade pela identificação dos requisitos legais aplicáveis à unidade é
do Gestor local de SST / MA. Os produtos químicos utilizados no processo têm sua
FISPQ, Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico, para consulta
quando necessário, seu controle é feito em formulário próprio.

4.7.2 Atualização
A atualização dos requisitos legais é feita periodicamente via consulta ao órgão
gerador do requisito para verificar a última revisão disponível.
A responsabilidade pela atualização dos requisitos legais e ou outros aplicáveis à
unidade Gestor local de SST / MA, através de Controle de Documentos Externos.

4.8 Avaliação de Conformidade


Semestralmente é realizada pelo gestor local de SST / MA da unidade a avaliação
de conformidade com os requisitos legais e ou outros identificados como
pertinentes.

4.9 Requisitos legais, outros requisitos e monitoramento da legislação


Uma das maiores dificuldades encontrada em todo o processo, foi realizar o
levantamento dos requisitos legais, pois as legislações ambientais de âmbito
federal, estadual e municipal demandavam esforço excessivo e ferramenta
computacionais que não estavam disponíveis. Solicitamos ao (RD) representante
da direção recursos para contratação de uma empresa de gerenciamento de

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requisitos legais e estatutários. A empresa foi contratada para realizar todos os


gerenciamentos dos requisitos.
A partir do conhecimento e da análise dos aspectos ambientais considerados
significativos, foi possível estabelecer e definir objetivos e metas para
monitoramentos das atividades que geram impactos.
Uma vez estabelecida à política ambiental e os objetivos da organização a próxima
etapa foi definir os indicadores que serviram para avaliar e medir as metas
estabelecidas tais como: produtos inovadores, melhoria contínua, capacitar os
colaboradores, cumprir as legislações e requisitos aplicáveis, prevenir e controlar a
poluição, prevenir acidentes, manter fornecedores parceiros e fortalecer a
rentabilidade da empresa.

4.10 Controle operacional


O controle se aplica as operações e atividades associadas aos perigos e riscos de
Saúde e Segurança no Trabalho e Aspectos e Impactos do Meio Ambiente
identificados nas atividades. Os controles operacionais devem ter como objetivo
uma ou mais das ações abaixo, em ordem hierárquica, sempre que possível: 1)
eliminação do risco; 2) substituição do risco; 3) controles de engenharia; 4)
sinalização / alertas / controles administrativos; 5) EPI e/ou EPC, utilização de
equipamento de proteção individual e/ou equipamentos de proteção coletiva; 6)
controle de manutenção de equipamento; 6) segregação do processo,
enclausuramento da fonte.

4.11 Registros
Faz parte dos registros: a) levantamento de Perigos e Riscos Aspectos e Impactos;
b) Controle de EPI’s e EPC’s Aprovados; c) Ficha de Entrega de EPI’s e Uniformes
e d)Lista de presença.

4.12 Preparação e resposta a emergências


Utilizamos a base de emergência para acidentes de trabalho e a estrutura de
sistema de alarme de incêndio instalado na fabrica. Foi desenvolvido um cenário
onde envolvesse um acidente ambiental com contaminação do solo. Toda equipe

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de brigada foram treinadas em relação a situações de emergências ambientais. Foi


desenvolvido um Plano de Atendimento á Emergência (PAE), com critérios e
orientações para atendimento a emergências. O simulado de emergência foi
realizado de surpresa, acionando o alarme de evacuação do prédio e chamando os
brigadistas para contenção e analise do acidente. Todos os colaboradores foram
direcionados para o ponto de encontro, localizado a 100m da área afetada e toda
área onde ocorreu o sinistro foi isolada para contenção.
No final da atividade foi realizada uma reunião extraordinária para tratar dos pontos
positivos e negativos do simulado. Uma vez identificado às não conformidades às
medidas e ações possíveis foram postas em prática para reduzir ou evitar os
efeitos reais ou potências. A metodologia do diagrama de causa e efeito foi então
utilizada para identificação das prováveis causas básicas da não conformidade.

4.13 Auditoria interna


A auditoria foi realizada com a equipe de auditores internos treinados e com
independência em relação à implantação do SGA da fabrica, foram realizadas duas
auditorias sendo a primeira para analise documental e avaliação do
comprometimento da empresa com a política ambiental, requisitos legais e o
controle dos aspectos e impactos. Esta primeira auditoria identificou não
conformidades maiores, pois evidenciaram que alguns requisitos da norma ainda
não tinham sido implementados. Ficou evidenciado que a organização das pastas
de documentos facilita para apresentação e comprovação de atendimento aos
requisitos. Já na segunda auditoria, pelo fato do SGA esta num estagio avançado
de implementação, o processo de auditoria correu normalmente garantindo assim
para o terceiro nível de avaliação que era a auditoria externa.

5 RESULTADOS
O grande crescimento da demanda de produtos voltados para construção civil faz-se
necessário uma avaliação aos aspectos ambientais. A implantação de um sistema
de gestão ambiental mostrou que a empresa pode aumentar sua capacidade
produtiva, sem depreciar o meio ambiente e garantindo a sustentabilidade dos
recursos naturais.

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Foi possível criar uma série de procedimentos e controles específicos que serviram
para nortear a implantação do SGA em organizações similares. A etapa de
identificação dos aspectos e impactos ambientais foi definida e possível à
mensuração através de probabilidade estatística para medição da gravidade dos
riscos potencias e existentes no local de trabalho. A etapa de identificação e
levantamento dos requisitos legais e aplicáveis foi desenvolvida pela empresa IUS
Natura, especializada em gerenciamento de requisitos legais. Esta ação foi adotada,
sendo considerado um marco na empresa, pois todo levantamento era realizado
manualmente. A busca da melhoria continua passou a ser objetivo de todos, visto
que a partir da certificação ISO 14001, fizeram-se necessário a analise do sistema
periodicamente. Por fim, através do controle operacional foi possível controlar as
entradas e saídas dos processos com objetivo de diminuir, e eliminar ou reciclar os
resíduos gerados pelas atividades.

5 CONCLUSÕES
Conclue-se que utilizar a implantação do SGA para desenvolver um manual generico
para futuras implantações, somente se aplica a organizações com atividades fins
similares, visto que as variáveis encontradas nas etapas de implantação esta
relacionada a essas atividades. Também foi observado que é necessário maior
comprometimento e participação da alta direção para melhor desempenho das
atividades e implementação, principalmente no ponto de vista de liberação de
recursos.
A razoável conscientização dos colaboradores em relação as questões ambientais,
foi um ponto crítico na implantação de procedimentos e regras. Observamos que a
questão cultural e o fato de não praticar as ações sustentaveis foram prejudicias
para a assimilação da mudança na organização. Mesmo adotando a estratégia de
realizar mini treinamentos de 10 minutos todos os dias, não foi suficiente para
conscientizar a equipe. Outro foi garantir que os fornecedores apresentassem as
licenças ambientais e de extração de seus produtos. Principalmente na extração de
areia natural, visto que este mercado ainda é complexo. A falta de fornecedores
licenciados tornou a certificação fragilizada, sendo necessário a substituição de
alguns fornecedores, visto que não conseguiam garantir que seus materiais fossem
extraidos de forma controlada e devidamente licenciados.
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