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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Disciplina: Física Experimental I


Turma: 09
Professor: Wilton

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO:
LEI DE BOYLE - MARIOTTE

ALUNO: YUKIO FERREIRA YABUTA


MATRÍCULA: 21021637
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

Este experimento teve como objetivo verificar experimentalmente a lei de


Boyle-Mariotte e, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a
densidade do ar no local da experiência.

1.2 MATERIAL UTILIZADO

Foram utilizados nesse experimento:

 Manômetro a mercúrio;
 Termômetro;
 Paquímetro;
 Funil;
 Mangueira;
 Haste;
 Suporte.

1.3 MONTAGEM
2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1. PROCEDIMENTOS

Medimos, com o paquímetro, o diâmetro interno do ramo direito do manômetro.


Anotamos a temperatura ambiente. Abrimos a válvula na parte superior do tubo
esquerdo, certificando de que o funil encontra-se a parte mais baixa da haste e, então,
zeramos o manômetro (os dois ramos no mesmo nível). Em seguida, fechamos a
válvula. Anotamos o comprimento L0 (L + h1) da coluna de ar confinada no ramo
esquerdo do manômetro.
Levantamos o funil fixado na haste, em uns 3 cm, aproximadamente. Em
seguida anotamos as alturas h1 e h2 , na tabela I. Repetimos esse processo até preencher a
tabela I.
Posteriormente, abaixamos o funil até mais ou menos a metade da altura em
que se encontrava (para evitar vazamento). Em seguida, abrimos a válvula e observe o
que acontece com os níveis de mercúrio.

2.2. DADOS E TABELAS

Dados coletados:

Mar = 29 g/mol
1 atm = 76,0 cmHg = 1,013 x 105 N/m2
Diâmetro Interno do Ramo: D = 6,9 mm = 0,69 cm.
Temperatura ambiente: T = 25 °C = 298 K.
Comprimento do ramo: L0 = 35,0 cm.

TABELA 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h1 (cmHg) 0,0 1,0 2,0 2,9 3,5 4,3 5,0 5,6 6,1 6,8
h2 (cmHg) 0,0 2,3 5,5 8,5 11,0 13,2 15,8 18,4 20,5 23,0

Observação: Ao abrir a válvula o ar comprimido sai igualando os níveis de


mercúrio, ou seja, ficaram iguais na posição 14 cmHg.

2.3. ANÁLISE

Foram feitas algumas análises neste experimento.

Com a temperatura constante, podemos enunciar a lei de Boyle-Mariotte, que diz


que à temperatura constante, a pressão de um gás varia inversamente com o volume,
mostrando assim que o produto Pressão e volume é uma constante, ou seja,

PV = Constante.

A figura abaixo representa o processo isotérmico num diagrama P x V:

4P

2P

V
V/ 4 V/ 2 V

Como nesse processo P e V estão relacionados por uma proporção inversa,


podemos concluir que a curva é uma hipérbole, também denominada isoterma, pois
todos os seus pontos representam estados de um gás com a mesma temperatura.
A pressão manométrica é dada pelo h = h2 – h1, com isto, preenchemos a
TABELA II-A. Para sabermos o valor de L, fizemos L = L 0 – h1, que também estes
valores foram inseridos na TABELA II-A.

TABELA II

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 1,3 3,5 5,6 7,5 8,9 10,8 12,8 14,4 16,2
L (cm) 35,0 34,0 33,0 32,1 31,5 30,7 30,0 29,4 28,9 28,2

Agora com o comprimento da coluna de gás e o diâmetro interno do tubo


podemos encontrar o volume do gás pela equação abaixo e assim conseguir os dados
para o preenchimento da TABELA III que se segue.

D 2 D 2
V =π
2 () ( )
L=π
2
( L0 −h1 )
0 ,69 2
V =π
2 ( ) (35−0 )=13 . 09 cm ³

TABELA III

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 1,3 3,5 5,6 7,5 8,9 10,8 12,8 14,4 16,2
V (cm3) 13,09 12,71 12,34 12,00 11,79 11,48 11,22 10,99 10,81 10,54

Temos que a equação dos gases ideais é:

PV = nRT,

 P: pressão absoluta (P = P0 + h);

 V: volume;

 n: número de moles;

 R: constante universal dos gases (R = 0,0821Latm/mol.K =


1,987cal/mol.K = 8,31J/mol.K);

 T: temperatura absoluta (escala Kelvin).

Como no processo isotérmico podemos dizer que o termo nRT é constante,


podemos escrever:
1
PV  C  P  C
V , com C=nRT .

Chamando de X = 1/V, isto é, fazendo uma linearização, e lembrando que P = P 0


+ h, teremos:

P 0 +Δh=CX ou Δh=CX−P 0

Lembrando que X = 1/V preenchemos a TABELA IV.

TABELA IV

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 1,3 3,5 5,6 7,5 8,9 10,8 12,8 14,4 16,2
X (1/cm-3) 0,076 0,079 0,081 0,083 0,085 0,087 0,089 0,091 0,093 0,095

A partir dos dados da TABELA IV traçamos, em papel milimetrado, o gráfico da


pressão manométrica h em função do inverso do volume, que simbolizamos por X (ver
anexo). A partir do gráfico, determinamos a pressão atmosférica P 0 no local do
experimento:

P0 = 66,2 cmHg.

3. CONCLUSÃO

Neste experimento foram obtidas as seguintes conclusões:

Calculamos o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica


local (P0), considerando como o melhor valor, em Campina Grande, P0 = 71,5 cmHg:

|E exp−Eteo| |66 ,2−71,5|


E%= ×100%= ×100=7,4%
Eteo 71,5
Usando a equação dos gases ideais e os dados experimentais, calculou-se o
número de moles existentes no ramo esquerdo do tubo U.

C 866 , 7 cmHg /cm−3 12 , 00 atm. cm 3


C=nRT ⇒n= = = ⇒
RT (0 , 0821 ℓ atm /mol . k )(303 k ) (82, 1 cm3 atm/mol . k )(303 k )
n=0 , 000482moles
Podemos determinar também a densidade do ar no ambiente, usando para isso o
primeiro ponto da TABELA I, obtendo, portanto: (Mar = 29g/mol)

m nM ar ( 4 , 82×10 mol ) 29 g/mol


−4
ρar = = = ⇒ ρ=11, 00×10−3 g /cm3
V V 13 , 09
É importante destacarmos o fato de não podermos usar outro ponto além do
primeiro, pois foi fazendo uso do primeiro ponto garantimos que estamos trabalhando
com a pressão local, o que seria necessário para determinarmos a densidade.

Caso a válvula não estivesse bem fechada, o volume do gás estaria variando e,
nesse caso, não poderíamos considerar PV constante.

O principal erro sistemático desse experimento foi considerar a temperatura


constante e o ar como gás ideal durante todo o experimento.

4. ANEXO

Dados do gráfico da pressão manométrica Δh em função do inverso do volume,


que simbolizamos por X.

Para “X”:

 Cálculo do Módulo de “X”

Lx
mx =
0 , 095−0 , 070
150
mx =
0 , 025
mx =6000 ⇒m x=5000 mm /cm -3

 Degrau e Passo

Δl x =m x ΔX
20 mm=5000 mm /cm−3 xΔX
ΔX =0 , 004 cm−3
 Equação da Escala
l x =m x ( X− X o )
l x 1=5000 (0 ,076−0 , 070 )=30 mm
l x 2=5000 (0 ,079−0 , 070 )=45 mm
l x 3=5000(0 , 081−0 , 070)=55 mm
l x 4 =5000(0 , 083−0 , 070)=65 mm
l x 5=5000(0 , 085−0 , 070 )=75 mm
l x 6 =5000(0 , 087−0 ,070 )=85 mm
l x 7 =5000(0 , 089−0 , 070 )=95 mm
l x 8 =5000(0 , 091−0 , 070 )=105 mm
l x 9 =5000(0 , 093−0 , 070 )=115 mm
l x 10=5000(0 , 095−0 ,070 )=125 mm

PARA “Δh”

 Cálculo do Módulo de “Δh”

LΔh
m Δh=
16 ,2−0
100
m Δh=
16 ,6
m Δh=6 ,17 ⇒ m Δh=5 mm/cmHg

 Degrau e Passo

Δl Δh=mΔh Δ( Δh)
20 mm=5 mm/cmHgx Δ( Δh)
Δ( Δh)=4 cmHg
 Equação da Escala
l Δh =mΔh ( Δh−Δh o )
l Δh1 =5(0,0−0 )=0,0 mm
l Δh2 =5(1,3−0 )=6,5 mm
l Δh3 =5(3,5−0 )=17 , 5 mm
l Δh 4 =5(5,6−0)=28 mm
l Δh5 =5(7,5−0 )=37 , 5 mm
l Δh6 =5 (8,9−0 )=44 , 5 mm
l Δh7 =5(10 , 8−0 )=54 , 0 mm
l Δh8 =5(12 , 8−0)=64 , 0 mm
l Δh9 =5 (14 , 4−0 )=72 , 0 mm
l Δh10=5 (16 ,3−0 )=81 , 5 mm

 Equação da Reta

P1=(0,078;1,4)
P2=(0,096;17,0)

Temos:
17−1,4
a=
0,096−0,078
a=866,6666667

y = ax + b ⇒ 1 = 866,6666667 . (0,078) + b ⇒ b = -66,2cmHg

Logo:

Δh=CX −P0

Portanto, a partir do gráfico, ou seja, do parâmetro b, pode-se determinar a


pressão atmosférica Po = 66,2 cmHg.

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