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[Segurança e saúde no
Trabalho –
Identificação, avaliação
e prevenção dos riscos
de trabalho]
TIPOLOGIA:
Formação para empregados e
desempregados
DURAÇÃO: 25H
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Manual de Apoio
Índice
Enquadramento.................................................................................................5
Destinatários..................................................................................................5
Objectivos Especificos.......................................................................................6
Objectivos Gerais.............................................................................................6
Conteúdos Programáticos..................................................................................6
Saber mais...................................................................................................33
Referências Bibliográficas....................................................................................36
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Enquadramento
Esta forma de apresentação permite uma consulta rápida e direccionada. Para que possa consolidar os
conhecimentos adquiridos com a leitura deste manual propomos que realize os exercícios práticos
fornecidos pelo formador durante a sessão de formação.
Destinatários
São destinatários deste manual os/as formandos/as que frequentem a unidade “5332 – Segurança e Saúde
no Trabalho – identificação, avaliação e prevenção dos riscos de trabalho ” bem como outras pessoas que
pretendam adquirir competências ou actualizar/reciclar conhecimentos na área de formação.
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Objectivos Especificos
A unidade de formação “5332 – Segurança e Saúde no Trabalho – identificação, avaliação e prevenção dos
riscos de trabalho” tem por objectivo dotar o/a formando/a com as competências necessárias para:
Objectivos Gerais
A unidade de formação 5332 – Segurança e Saúde no Trabalho – identificação, avaliação e prevenção dos
riscos de trabalho tem por objectivo dotar o/a formando/a com as competências necessárias para:
Conteúdos Programáticos
- Por profissão
- Por operação
- Observação direta
- Entrevistas
- Listas de matérias-primas
- Produtos intermédios
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- Subprodutos
- Listas de absentismo
o Medicina do Trabalho
o Planos de prevenção
Carga horária
25 horas
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Capítulo I – Avaliação de riscos profissionais
O QUE É?
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho
(sobre a planta baixa da
empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores:
acidentes e doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho
(materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do
trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho,
postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.
AGENTES COSEQUÊNCIAS
FÍSICOS
Ruídos Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento dapressão arterial,
problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de infarto.
Vibrações Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença domovimento, artrite,
problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias, etc.
Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos, fadiga térmica,
perturbações das funções digestivas, hipertensão.
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Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos
profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades
exercidas; o ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de
organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto:
banheiro,lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos
aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais
freqüentes de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
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Tema II - Processo de avaliação de riscos – Conceitos e a terminologia
A Segurança e Saúde no trabalho (SST) é uma disciplina que trata da prevenção de acidentes e de
realização da avaliação de riscos, esta está estipulada no artigo 15º da referida Lei, segundo a qual “o
empregador deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de
segurança e saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais de prevenção (de
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1 Evitar os riscos
Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a evolução técnica, a organização do trabalho, as
2 condições de trabalho, as relações sociais e a
influência dos
Identificação fatores
dos riscosambientais
previsíveis em todas as atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, na conceção ou
construção de instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na seleção de equipamentos, substâncias e
3 produtos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos
Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto das atividades da
4 empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas adequadas de proteção;
5 Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os níveis de proteção;
Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco
a
6 psicossociais não constituem risco para segurança e saúde do trabalhador;
Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos de trabalho, à escolha de
7 equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho
monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os riscos Psicossociais;
8 Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do trabalho;
O serviço de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) tem como finalidades a gestão dos
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Analisar, avaliar e gerir os riscos profissionais;
Efetuar a vigilância de saúde dos trabalhadores e das condições ambientais dos locais de trabalho;
Efetuar a vigilância de saúde dos trabalhadores e das condições ambientais dos locais de trabalho;
Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na sua falta, os próprios
trabalhadores;
Colaborar com a organização na assessoria sobre matérias de Segurança e saúde no trabalho. Desenvolver as condições
técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção;
Saber mais
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As atividades ou trabalhos de risco elevado (artigo 79 Lei 102/2009 e Lei 3/2014) porque possui
atividades:
As atividades de risco elevado e porque tem mais de 30 trabalhadores é obrigado a possuir serviços
internos (artigo 78 Lei 102/2009 e Lei 3/2014) de segurança e saúde no trabalho exclusivamente
com trabalhadores da sua responsabilidade. Este serviço faz parte da estrutura da instituição e
Riscos físicos
São efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, caraterísticas do local de trabalho
que podem causar danos à saúde do trabalhador. Os agentes físicos encontram-se subdivididos em:
ruído, vibrações, ambiente térmico e radiações ionizantes e não ionizantes.
A exposição ao ruído pode causar surdez, fadiga, irritabilidade, alteração de ritmos cardíacos,
perturbações gastrointestinais, etc. As vibrações podem conduzir a problemas articulares, alterações
neurovasculares, problemas urológicos e problemas na coluna.
Os sintomas vulgarmente associados ao ambiente térmico quente são a desidratação, fadiga física,
distúrbios neurológicos e problemas cardiovasculares. No ambiente térmico frio são as feridas, gretas e
necrose da pele, agravamento das doenças reumáticas e problemas respiratórios.
Nas radiações ionizantes, consoante a intensidade da dose recebida, os tipos de lesões ou doenças são a
anemia, cancro, leucemia, alterações genéticas, etc. Nas radiações não ionizantes são as queimaduras,
conjuntivite, cataratas, cancro na pele, entre outros.
Riscos químicos
São representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquido, sólido e gasoso,
contidos no ar, água ou alimentação e classificam-se em: poeiras, gases, fumos, vapores, névoas e
neblinas. Os contaminantes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do
trabalhador por via respiratória, digestiva, epiderme e por via ocular (alguns produtos químicos que
permanecem no ar causam irritação nos olhos e conjuntivites, o que mostra que a penetração dos
agentes químicos também pode ocorrer por esta via).
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A exposição a estes riscos pode provocar irritação na pele e olhos, queimaduras, perturbações cutâneas,
etc.
Riscos biológicos
Ocorrem por meio de microrganismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas, germes, entre outros, que
em contacto com o homem são capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria
natureza de trabalho. Estes microrganismos podem dar origem a doenças como infeções intestinais,
gripes, hepatite, meningite, etc.
Riscos ergonómicos
Riscos psicossociais
Resultam da interação entre o indivíduo, as suas condições de vida e as suas condições de trabalho.
Podemos destacar como riscos psicossociais a sobrecarga de trabalho mental e físico, sobrecarga horária,
monotonia, assédio moral e violência, insegurança no emprego, stress, entre outros.
A exposição e estes riscos tem consequências nefastas para a saúde dos trabalhadores, quer a nível
fisiológico, mental ou psicológico. Os sintomas associados são o stress, esgotamento, dificuldades de
concentração e propensão para cometer erros, problemas em casa, abuso de álcool e drogas, problemas
de saúde física, nomeadamente, doenças cardiovasculares e problemas músculo-esqueléticos.
Pelo exposto, o trabalho deve ser realizado num ambiente seguro e saudável e as condições de trabalho
devem ser consistentes com o bem-estar dos trabalhadores. Em muitos casos, o efeito da exposição a
estes riscos é silencioso.
O empregador tem a obrigação de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores em todos os aspetos
laborais, através de medidas adequadas que incluem: prevenção dos riscos laborais, informação e
formação aos trabalhadores.
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Por Profissão
Sector de atividade
Por operação
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A aplicação do método começa com a observação da atividade desenvolvida pelo trabalhador
e a identificação de cada uma das tarefas executadas. A partir dessa observação deve
Exemplo:
Caso se opte por analisar várias tarefas, as variavas a considerar nos diferentes levantamentos
peso da carga alterar de uns levantamentos para outros, divide-se a atividade em tarefas para
cada tipo de levantamento e efetua-se a análise para cada uma isoladamente. A análise de
várias tarefas requer recolher informações de cada uma das tarefas, devendo-se aplicar a
Levantamento Composto - The Composite Lifting Index (CLI). Caso não exista uma variação
Em segundo lugar, para cada uma das tarefas identificadas se estabelecerá se existe o
aplicam os maiores esforços. Assim, em determinadas tarefas pode ocorrer que o gesto de
largar a carga provoque esforços equivalentes ou superiores aos de a levantar. Isso geralmente
acontece quando a carga tem que ser colocada com exatidão, quando se mantém suspensa
durante algum tempo antes de a colocar, ou quando local de colocação da carga tem difícil
destino. Nestes casos devem ser avaliados ambos os gestos, o início e o fim do levantamento,
aplicando duas vezes a equação NIOSH, selecionando como peso limite recomendado (RWL),
o mais desfavorável dos dois (o mais baixo), e como índice de elevação - “The Lifting Index (LI)
carga no destino, dados que as caixas deverão colocar-se de uma maneira correta e o acesso
realizar a recolha dos dados pertinentes para cada tarefa. Estes dados devem ser recolhidos na
Para além dos dados já mencionadas a obter no destino da carga, deve-se obter também os
seguintes dados:
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As distancias Horizontal (H) e vertical (V) existentes entre o ponto da pega e da projeção sobre o
solo do ponto médio da linha que une os tornozelos (ver figura 2). A distância (V) deve medir-se
de vezes por minuto que o trabalhador levanta a carga em cada tarefa. Para isso, deve-se
levantamentos por minuto na mesma tarefa em diferentes ciclos do desenrolar desta, então
Duração do levantamento e dos tempos de recuperação. Deve-se definir o tempo total gasto
O tipo de pega classificado como Bom, Regular ou Mau. (a explicação das diferentes
O ângulo de assimetria (A), formado pelo plano sagital do trabalhador e o centro de carga
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Ângulo de assimetria de medição.
Conhecidos os fatores se obterá o valor de peso limite recomendado (RWL) para cada tarefa,
RWL = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Kg
No caso de tarefas com controlo significativo da carga no destino será calculado RWL para a
origem do deslocamento e outro para o destino. Considera-se que o RWL dessas tarefas será o
O RWL de cada tarefa é o peso máximo que é aconselhável para manipular nas condições de
tarefa pode ser desenvolvida pela maioria dos trabalhadores sem problemas. Se o RWL é menor
Conhecido o RWL é calculado Índice de Levantamento - The Lifting Index (LI). É necessário
distinguir a forma em que se calcula o LI, se o cálculo é apenas para uma única tarefa, ou se
para várias:
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Cálculo do LI para uma tarefa
O Índice de levantamento (LI), calcula-se como o quociente entre o peso da carga levantada
LW (Peso da carga
levantada)
LI =
R
W
A média simples dos diferentes IE das diversas tarefas daria lugar a uma compensação de
efeitos que não valorizaria o risco real. Por outro lado, a seleção do maior índice para avaliar a
atividade globalmente não teria em conta o incremento do risco que contribui para o resto das
fórmula é:
CLI = LIT1 + LI Ti
LITi = (LIT2 (F1 + F2) - LIT2 (F1)) + (LIT3 (F1 + F2 + F3) - LIT3 (F1 + F2)) +
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....+ (LITn(F1 + F2 + F3 +...+ Fn ) - (LITn(F1 + F2 + F3 +...+ F (n-1)) )
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onde:
frequência da tarefa j;
LITi (Fj +Fk) é o índice de elevação da tarefa i, calculado na frequência da tarefa j, mais a
frequência da tarefa k.
Ordenação de maior a menor dos índices simples (LIT1, LIT2, LIT3..., LITn ).
O cálculo do acumulado de incrementos entre o risco das tarefas simples. Este incremento é
todas as tarefas consideradas até ao momento, menos a atual LIT i (F1+ F2+ F3+...+Fi) - LITi
Embora seja aconselhável realizar o cálculo do índice de elevação composto de acordo com a
equação risco acumulado, outros autores consideram a possibilidade de cálculo do CLI de três
maneiras:
Após se conhecer o valor do LI podem ser avaliados os riscos inerentes à tarefa para o
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Se o LI é menor ou igual a 1, a tarefa pode ser realizada pela maioria dos trabalhadores sem
causar problemas;
Se o LI está entre 1 e 3, a tarefa pode causar problemas para alguns trabalhadores. Convêm
Se o LI for maior ou igual a 3, a tarefa irá causar problemas para a maioria dos
Definir as tarefas a serem avaliadas e se realizar a análise a uma única tarefa ou a várias
tarefas; Para cada uma das tarefas, verificar se existe controlo significativo da carga no
destino do levantamento;
Obter o valor do Peso Limite Recomendado (RWL) para cada tarefa, mediante a aplicação da
equação NIOSH;
Validar os valores dos fatores multiplicadores para determinar onde é necessário aplicar
necessário;
Caso tenham ocorrido alterações, reavaliar a tarefa com a equação NIOSH para comprovar a
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Penaliza os levantamentos em que a carga é levantada mais afastada do corpo. Para o cálculo
25
HM =
H
Onde H é a distância projetada num plano horizontal, entre o ponto médio entre da pega da
carga e do ponto médio entre os tornozelos (figura 2). Será tido em conta que:
Em alternativa de medição direta para obter o H é estimar a partir da altura das mãos, medida
desde o solo (V) e da largura da carga no plano sagital do trabalhador (w). Para isso considera-
se:
Se houver controlo significativo da carga no destino MH deve ser calculado com o valor de H na
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Penaliza levantamentos com origem ou destino em posições muito baixas ou muito elevadas. É
VM = (1-0,003 | V-75 |)
em que V é a distância entre o ponto médio entre a pega da carga e solo, medida verticalmente
(Figura 7). É fácil ver que na posição padrão de elevação o fator é 1, pois V assume o valor de
75. MV diminui consoante a altura da origem do levantamento se afaste mais de 75 cm. Será
Penaliza as elevações em que a distância vertical da carga é grande. Para o cálculo usa-se a
seguinte:
4,5
DM=0,82+
D = | Vo-Vd |
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AM – Multiplicador da assimetria - (Asymmetric
assimétrico. Em geral, os levantamentos assimétricos devem ser evitados. Para calcular o fator
AM = 1 - (0,0032 A)
onde A é o ângulo de rotação (em graus sexagésimais) que deve medir-se como mostra a
(figura 3). AM assume o valor 1 quando não há assimetria, e o seu valor decresce à medida que
Se houver controlo significativo da carga sobre o destino AM deve ser calculado com o valor de
A na origem e A no destino.
Fator de Frequência
Penaliza elevações realizada muitas vezes por períodos prolongados e sem tempo de
recuperação.
DURAÇÃO DO TRABALHO
FREQUÊNCIA Curta Moderada Longa
elev / min
V V> V <75 V> 75 V <75 V> 75
0,2 <75
1,00 75
1,00 0,95 0,95 0,85 0,85
0,5 0,97 0,97 0,92 0,92 0,81 0,81
1 0,94 0,94 0,88 0,88 0,75 0,75
2 0,91 0,91 0,84 0,84 0,65 0,65
3 0,88 0,88 0,79 0,79 0,55 0,55
4 0,84 0,84 0,72 0,72 0,45 0,45
5 0,80 0,80 0,60 0,60 0,35 0,35
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6 0,75 0,75 0,50 0,50 0,27 0,27
7 0,70 0,70 0,42 0,42 0,22 0,22
8 0,60 0,60 0,35 0,35 0,18 0,18
9 0,52 0,52 0,30 0,30 0,00 0,15
10 0,45 0,45 0,26 0,26 0,00 0,13
11 0,41 0,41 0,00 0,23 0,00 0,00
12 0,37 0,37 0,00 0,21 0,00 0,00
13 0,00 0,34 0,00 0,00 0,00 0,00
14 0,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00
15 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00
> 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cálculo do fator de Frequência
Para se considerar uma tarefa "Curta" deverá durar no máximo 1 hora e seguido por um tempo
este requisito deve ser assumida a duração "Moderada". Para ser considerada uma tarefa
"moderada" esta deve durar entre 1 a 2 horas e será seguido por um tempo de recuperação de
pelo menos 0 a 3 vezes do tempo de trabalho. Em caso de não se cumprir este requisito deve ser
v <75 v> = 75
1,00 1,00
Bem
0,95 1,00
Regular
Mau 0,90 0,90
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Consideram-se boas pegas as que realizadas com recipientes com “asas” para pegar ou aqueles
Uma pega regular é realizada em recipientes com “asas”, mas podem não ser as ideais devido ao
tamanho do objeto, ou então as pegas sujeitam os dedos a uma a flexão de 90º, para agarrar o
objeto. É considerado uma má pega as que são efetuadas com recipientes mal concebidos, objetos
volumoso a granel ou com arestas irregulares e os que são realizados sem flexionar os dedos,
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Capítulo II – Metodologias e técnicas de avaliação de riscos
potencias na fase de concepção
Finalmente, a etapa ”Ajustar” fecha o ciclo com uma análise do sistema no contexto de uma
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Saber mais
prevenção dos riscos profissionais. Assim, a noção de risco profissional é a base a partir da
para provocar dano”; risco é “a probabilidade de concretização do dano em função das condições
ou de uma situação nociva, que provoca efeitos adversos na saúde ou causa danos materiais.
Pode ter origem em produtos químicos (propriedades intrínsecas), numa situação de trabalho
com utilização de escada, em eletricidade, num cilindro de gás comprimido (energia potencial),
Um “fator de risco” é uma fonte de efeito adverso potencial ou uma situação capaz de causar
efeito adverso em termos de saúde, lesão, ambiente ou uma sua combinação) ou; um
“perigo” é uma fonte, situação, ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afeção
probabilidade de que uma pessoa fique ferida ou sofra efeitos adversos na sua saúde quando
exposta a um perigo, ou que os bens se danificam quem ou se percam. A relação entre perigo e
risco é a exposição, seja imediata ou a longo prazo, e é ilustrada por uma equação simples:
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Para o concretizar, a deteção de fatores de risco/perigos e a avaliação de riscos têm de ser
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Observação direta
Existem vários processos que permitem o levantamento dos perigos existentes nos locais de trabalho de uma
organização.
Por observação direta dos postos de trabalho, são registadas algumas das observações, seguido da aplicação de
listas de verificação (checklists) sobre determinados itens previamente definidos com base naquilo que é
observado.
Ordem e limpeza;
Agentes químicos;
Entrevistas
Na identificação dos perigos podem ser realizadas entrevistas aos trabalhadores, relativamente ao ambiente que
os rodeia, as tarefas que desempenham e aos riscos a que se encontram expostos.
A informação e a consulta aos trabalhadores constituem, também, um dos deveres fundamentais da entidade
empregadora, devendo os seus representantes para a segurança e saúde no trabalho, ou na sua falta, os
próprios trabalhadores serem consultados, por escrito, pelo menos duas vezes por ano e disporem de
informação relativamente às matérias constantes dos artigos n.ºs 18.º e 19.º da Lei n.º 102/2009.
A informação obtida deste questionário é de grande importância para a empresa, pois permite detetar
problemas, necessidades de formação e informação, e sobretudo promover a melhoria contínua nas condições
de trabalho de todos.
Exemplo:
Questão Sim Não NS/NR
1 Considera que a empresa cumpre com as suas obrigações ao nível de segurança, higiene e saúde no trabalho?
2 Considera que dispõe de condições adequadas de higiene e segurança no seu local de trabalho?
3 São-lhe transmitidas informações sobre os riscos a que está exposto aquando da execução do seu trabalho?
4 São-lhe transmitidas informações sobre as medidas de prevenção que visam eliminar ou minimizar a
ocorrência de riscos?
9 As avarias e deficiências por si detetadas nos equipamentos, máquinas ou ferramentas são comunicadas ao
seu superior?
10 Procede com regularidade à elevação e movimentação manual de cargas pesadas (superiores a 25Kg)?
11 Tem cuidados especiais com as posturas que adota para transportar cargas?
17 A empresa disponibiliza os Equipamentos de Proteção Individual (EPI): mascara, luvas, entre outros?
18 Quando faz uso de um EPI sabe contra que tipo de risco se está a proteger?
Em função do tipo de metodologia utilizada, as avaliações de riscos podem ser classificadas de diversos
modos.
Segundo o critério mais corrente, a avaliação de riscos pode classificar-se em quatro grandes grupos,
conforme se segue:
Avaliação de riscos imposta por legislação específica (ex: legislação industrial, legislação sobre
Avaliação de riscos para os quais não existe legislação específica, mas que se encontra estabelecida
Avaliação de riscos que necessitam de métodos especializados de análise (ex: What If, Hazop, Árvore
Lista de matérias-primas
Quer isto dizer que na análise das tarefas/operações são identificados os componentes do meio envolvente,
sem exceções.
Acontece muitas vezes os subprodutos e os produtos intermédios consistirem na maior percentagem de risco
da envolvente laboral, como por exemplo na manipulação de substâncias químicas.
Resíduos e produtos finais
A entidade pode contratar um serviço externo para a gestão de resíduos (se o volume produzido assim o
justificar).
Resíduos perigosos
Os resíduos perigosos são produzidos essencialmente no sector industrial, mas também na saúde, na
agricultura, no comércio, nos serviços e até nas casas dos cidadãos comuns. Devido à sua perigosidade quer
para o Homem quer para o meio ambiente, deve ser levada a cabo uma correta gestão dos mesmos. A Portaria
n.º 209/2004, de 3 de março, publica no seu anexo I a Lista Europeia de Resíduos, sendo indicado para cada tipo
de resíduo incluído na Lista se o mesmo é ou não perigoso. As características de perigosidade de um resíduo
podem ser consultadas no anexo II da Portaria n.º 209/2004, de 3 de março e no anexo III do Decreto-Lei n.º
178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho.
Em Portugal existem diversas unidades de gestão de resíduos perigosos, sendo de salientar os dois centros
integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos (CIRVER), CIRVER ECODEAL e CIRVER
SISAV, tendo estas unidades sido licenciadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2004, de 3 de janeiro.
As unidades de gestão de resíduos perigosos não CIRVER, são licenciadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º
178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho.
O regime geral de gestão de resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro, na redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho (diploma RGGR), transpõe para a ordem jurídica interna a
Directiva n.º2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro, relativa aos resíduos.
Este diploma é aplicável às operações de gestão de resíduos destinadas a prevenir ou reduzir a produção de
resíduos, o seu carácter nocivo e os impactes adversos decorrentes da sua produção e gestão, bem como a
diminuição dos impactes associados à utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua utilização
e a proteção do ambiente e da saúde humana definindo também às exclusões do seu âmbito.
Pode entender-se a gestão de resíduos como o conjunto das atividades de carácter técnico, administrativo e
financeiro necessário à deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos,
incluindo o planeamento e a fiscalização dessas operações, bem como a monitorização dos locais de destino
final, depois de se proceder ao seu encerramento. É essencial que estas atividades se processem de forma
ambientalmente correta e por agentes devidamente autorizados ou registados para o efeito estando proibidas a
realização de operações de tratamento de resíduos não licenciadas, o abandono de resíduos, a incineração de
resíduos no mar e a sua injeção no solo, a queima a céu aberto, bem como a descarga de resíduos em locais
não licenciados para realização de tratamento de resíduos.
A avaliação da absorção provável dos agentes químicos após exposição dos trabalhadores, em circunstâncias
particulares de trabalho, pode ser estruturada em torno de 4 questões:
Para estimar a exposição a agentes químicos e determinar as medidas a adotar deverão ser considerados os
seguintes aspetos:
A exposição a agentes químicos deve ser avaliada em qualquer atividade que envolva este tipo de substâncias.
Esta exposição pode ocorrer essencialmente por via cutânea ou inalatória.
Na avaliação do risco químico devem ser consideradas as indicações fornecidas pelos fabricantes, quer constem
nos rótulos das embalagens, quer nas fichas de dados de segurança ou disponibilizadas em literatura técnica e
científica.
A exposição por inalação deve ser tida em conta quando são manipulados sólidos pulverulentos, liofilizados,
líquidos voláteis ou aerossóis. Se estiver em causa a via inalatória deve ponderar-se a adoção das seguintes
medidas:
O dano pode manifestar-se de forma rápida, ou imediata, após o contato (efeito agudo) ou pode revelar-se a
longo prazo, normalmente na sequência de uma exposição repetida (efeito crónico). Os principais efeitos
adversos a considerar são toxicidade, corrosividade, irritação, sensibilização, carcinogénese, mutagenicidade,
toxicidade para a reprodução.
Associado ao tipo de perigosidade, existem pictogramas que facilitam a identificação da natureza do perigo
envolvido na produção, manuseamento, armazenagem e transporte de cada substância ou preparação química.
Quando for caso disso, para além do pictograma, o rótulo apresenta palavra-sinal e advertências de perigo.
O Regulamento (CE) n.º 1272/2008 CRE (classificação, rotulagem e embalagem) harmoniza a anterior legislação
da UE com o GHS (Sistema Mundial Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos), um
sistema das Nações Unidas destinado a identificar produtos químicos perigosos e a informar os utilizadores
sobre esses perigos. Tem também ligações com o Regulamento REACH.
Listas de absentismo
Um estudo europeu elaborado pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) mostra
que os fatores de risco psicossociais são a principal causa de absentismo laboral em Portugal e no resto da
Europa. O mesmo estudo revelou ainda que a perda de produtividade das empresas devido ao absentismo
laboral ascende a 136 mil milhões de euros na União Europeia.
Neste contexto, é fundamental que as empresas façam uma gestão adequada dos seus recursos humanos e das
faltas dos seus trabalhadores, já que a ausência de um funcionário pode representar um problema grave
quando ultrapassa os dez dias por ano.
Por norma, estas ausências frequentes são um sintoma de falhas na gestão de recursos humanos da empresa,
devendo ser corrigidas de imediato. Má liderança, ausência de ‘feedback’ e de motivação, falta de liberdade
criativa, controlo excessivo, falta de transparência, são alguns dos motivos mais frequentes para os funcionários
ficarem desmotivados e faltarem ao trabalho, entre outras razões.
Apesar de ser um problema frequente existem algumas estratégias ao nível da gestão de recursos humanos que
podem ser postas em prática no dia-a-dia da sua empresa para reduzir o absentismo e evitar as falhas.
Para o médico de família e para o médico do trabalho (bem como para outros profissionais que direta ou
indiretamente têm a ver com o sistema de gestão da Saúde e Segurança do Trabalho, dentro e fora da
empresa), é importante perceber o processo do absentismo por doença, onde interagem fatores de natureza
individual, organizacional e social:
Quando há uma continuada discrepância entre as exigências (físicas, mentais, cognitivas, psicológicas,
sociais, etc.) do posto de trabalho e a capacidade de resposta do trabalhador (motivação, satisfação,
qualificação, conhecimentos, competências técnicas, humanas e relacionais, potencial de saúde, idade,
género, biologia, suscetibilidade, história de vida, etc.), é muito provável que surjam problemas de
saúde;
Faltar ou não ao trabalho é uma decisão que ninguém toma de ânimo leve; em todo caso, depende
sobretudo da perceção da barreira do absentismo, representada por uma série de custos e benefícios
para o trabalhador (por ex., o grau de motivação e de satisfação do indivíduo em relação ao seu
trabalho, a gravidade do estado de saúde, o clima organizacional da empresa, a pressão dos colegas ou
do chefe, as regras da organização, a perda de antiguidade, a perda de remuneração - incluindo muitas
vezes o prémio de produção, de produtividade ou de assiduidade -, o sistema de proteção social na
doença, o montante do subsídio de doença, a exigência da certificação da baixa pelo médico de família
- tratando-se de um trabalhador abrangido pelo Regime Geral da Segurança Social -, a deslocação ao
centro de saúde, a negociação com o seu médico de família).
Do mesmo modo, a duração da baixa e a decisão de voltar ao trabalho não dependem apenas das razões
clínicas ou terapêuticas (incluindo o número de dias de baixa concedidos pelo médico de família) como
sobretudo da perceção da barreira da reintegração, constituída por outros tantos fatores endógenos e
exógenos, de natureza individual, organizacional e social (por. ex., a gravidade do problema de saúde e as suas
sequelas, o tratamento e a recuperação, as listas de espera nos serviços de saúde, a fiscalização da baixa por
parte do serviço de verificação das incapacidades temporárias, as pressões da empresa e da família, os exames
de alta, a vontade de retomar o trabalho, o apoio dos colegas e chefias, a existência de programas de
reintegração e reabilitação no local de trabalho, o papel dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no
trabalho).
De doenças profissionais e de acidentes de trabalho
Considera-se que uma doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho e que
causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte. As doenças profissionais em nada se distinguem das
outras doenças, salvo pelo facto de terem a sua origem em fatores de risco existentes no local de trabalho.
Existe uma Lista de Doenças Profissionais, aprovadas através do Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de
Julho, embora a Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas
na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e direta, da atividade
exercida e não representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do art. 310).
É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou
indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte.
Um acidente de trabalho não é um acontecimento fortuito, cuja responsabilidade se possa imputar a um acaso,
a uma “fatalidade”.
Acidente - Acontecimento não intencional que provoca danos corporais, danos materiais ou perdas de
produção.
Sempre que um dano corporal necessitar de cuidados médicos ou de enfermagem é um acidente, mesmo que o
acidentado, por razões diversas, não tenha procurado esses cuidados.
Todos os anos na União Europeia cerca de 5 milhões de pessoas são vítimas de acidentes de trabalho que
ocasionam ausências superiores a 3 dias, num total de aproximadamente 146 milhões de dias de trabalho
perdidos:
Dois terços das 30 000 substâncias químicas mais utilizadas na EU, não foram submetidas a testes
Além disso, um estudo separado revelou que 20% das Fichas de Dados de Segurança fornecidas pelos
fabricantes de substâncias perigosas continham erros.
Apenas as substâncias químicas notificadas desde 1981 são obrigatoriamente submetidas a esses testes,
embora a EU esteja a desenvolver uma estratégia para a avaliação sistemática das chamadas substâncias
químicas existentes.
Em todo o mundo ocorrem por ano cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160
milhões de doenças profissionais.
Algumas consequências desses acidentes são permanentes e afetam a capacidade de trabalho das vítimas e a
sua vida extralaboral.
Os acidentes de trabalho ocorrem em todas as indústrias e incluem escorregões, tropeções, quedas de pessoas
ou de objetos, objetos cortantes e quentes, e acidentes que envolvem veículos e máquinas.
Segundo Vincoli “Uma investigação de acidentes é um esforço metódico para recolher e interpretar factos. É um
olhar sistemático à natureza e extensão do acidente, dos riscos assumidos e das perdas envolvidas. É um
inquérito ao como e porquê da ocorrência de tal evento. Como uma das funções básicas da investigação de
acidentes é prevenir a ocorrência futura de eventos similares, é também um processo de planeamento para
explorar as ações que podiam ter sido tomadas para prevenir ou minimizar a recorrência do acidente.”
Para que a IIAT possa ser uma ferramenta tão produtiva quanto possível para a gestão, é necessário que
primeiro sejam estabelecidos os parâmetros dentro dos quais essa mesma investigação deve decorrer, é
essencial que exista um modelo operacional que potencie os ganhos de eficiência e eficácia, e que permita
obter resultados dentro dos constrangimentos e realidades encontradas.
Se tomarmos como referência Jeffrey W. Vincoli e James Thornhill, poderemos verificar que ambos sustentam a
mesma relevância na necessidade de preparação e existência de um modelo operacional de IIAT que possibilite
ganhos de eficiência e de tempo aquando da ocorrência de incidentes ou acidentes. Para Thornill “É sempre
uma boa ideia ter termos de referência acordados antecipadamente, quer para a investigação de acidentes quer
para o relatório final” Segundo Vincoli “Assim que os procedimentos estiverem desenvolvidos, todos os
possíveis membros de uma equipa de investigação (incluindo todos os membros da gestão) devem familiarizar-
se inteiramente com os conteúdos de cada procedimento para que não haja lugar a surpresas imprevistas, caso
uma equipa de investigação seja chamada num futuro próximo”.
O sucesso na realização da análise e avaliação dos riscos é resultado de um amplo e detalhado mapeamento
das ameaças e riscos, e da compreensão das consequências resultantes da sua concretização. Desta forma fica
claro a necessidade de se realizar o estudo dos riscos, através de técnicas apropriadas.
A realização de um estudo inicial, que permita a coleta e identificação das ameaças, que se apresentam,
usualmente fornece subsídios, que indicam qual técnica de análise de riscos deve ser utilizada, e quais cuidados
devem ser tomados na utilização da técnica , levando em conta suas vantagens e desvantagens. Deve ficar claro,
ao profissional encarregado de realizar a análise que, muitas das vezes técnicas similares não fornecem
necessariamente os mesmos resultados.
O primeiro grupo, utiliza técnicas subjetivas, são os métodos Qualitativos ( Mosler, RAM, Listas de Verificação,
APP, Matriz SWOT, CARVER e etc), o segundo grupo utiliza técnicas objetivas, são os métodos Quantitativos
( Monte Carlo, FMEA, MORT e etc).
Em alguns casos pode ser necessário a utilização de métodos, que utilizem ambas as técnicas, o que pode
resultar em resultados mais consistentes, principalmente para a gerência de riscos, poder planejar e gerenciar os
investimentos necessários.
As técnicas Qualitativas são comparativamente mais baratas e de simples aplicação, embora não sejam
apropriadas para fornecerem estimativas numéricas, e não realizarem o tratamento de dados estatísticos e
dados históricos, que possam vir a ser utilizados, e portanto ranquear os riscos identificados. São técnicas que
se ajustam muito bem, quando não temos conhecimento profundo do objeto da análise, nossa incerteza é
muito grande, dependendo em grande parte da opinião, conhecimento e experiência do profissional ou grupo
de profissionais que estiverem realizando o trabalho de análise dos riscos. São técnicas amplamente aceitas e
utilizadas por profissionais da área de Segurança.
As técnicas Quantitativas são mais caras e complexas, mais oferecem como atrativo o fato de suprirem as
deficiências dos métodos Qualitativos.
Encontram grande aplicação, e produzem ótimos resultados, aonde a segurança ou “safety” e a criticidade são
requisitos necessários.
São exemplos de aplicações dos métodos Quantitativos, a análise de riscos catastróficos, utilizando as técnicas
de Árvore de Falhas ou Árvore de Eventos.
Os resultados também podem ser utilizados em análises de custo beneficio, gerenciamento de riscos, estudos
de impacto ambiental entre outros. Como outro exemplo de utilização dos métodos Quantitativos, podemos
citar a utilização do Método de Monte Carlo, para realizar análises nas áreas de engenharia e finanças,
fornecendo resultados confiáveis.
Os métodos FORM (First Order Reability Method), são os métodos Quantitativos mais apropriados para análises
mais complexas, tendo como vantagem sobre os outros métodos a habilidade, de não somente lidar com as dos
dados estatísticos , mais também permitir que o usuário tire proveito destas incertezas, transformando-as em
vantagens, pois , vários resultados obtidos nas análises , fornecem informações sobre as vulnerabilidades , como
função destas incertezas nos dados.
Método indutivo: É aquele que parte de questões particulares até chegar a conclusões generalizadas. Este
método é cada vez menos utilizado, por não permitir ao autor uma maior possibilidade de criar novas leis, novas
teorias.
Método Dedutivo: O raciocínio dedutivo parte da dedução formal tal que, postas duas premissas, delas, por
inferência, se tira uma terceira, chamada conclusão. Entretanto, deve-se frisar que a dedução não oferece
O método de árvore de causas foi desenvolvido pelo Institute Nacional de Rechercheet Sécurité (INRS) em
1972 e é tributário das teorias multicausais. Trata-se de uma técnica dedutiva que, partindo do evento
adverso (acidente, incidente, acontecimento perigosos, não conformidade), pretende identificar as suas
causas do evento adverso e as suas relações, utilizando um percurso ascendente ou inverso (do AT para as
causas), estabelecendo a concatenação de factos e disfunções que originaram AT e que contribuíram
sequencialmente para a sua consecução (Leplat & Cuny, 1979).
I – Relação dos factos, II – Construção da árvore de causas que conduziu ao acidente, III
Fase I – Relação dos Factos. Devem ser recolhidos de forma objetiva todos os factos relacionados com a
rotina normal do trabalho e dos desvios realizados antes da ocorrência do acidente. É importante recolher a
informação: sobre o acidentado, sobre as ordens que recebeu e das testemunhas.
Fase II – Construção da árvore de causas que conduziu ao acidente. Consiste em estabelecer o esquema
completo, colocando em evidência desencadeamento lógico dos factos que se sucederam cronologicamente
e foram registados na etapa anterior. Nesta fase é muito importante definir a inter-relação dos factos ou
alterações, respondendo às questões: O que ocorreu para produzir este facto? Qual o antecedente lógico que
implicou este facto? Este antecedente é necessário à produção deste facto? Este antecedente foi suficiente?
Não existem outros antecedentes?
As respostas às questões anteriores desencadeiam-se em relações de factos que podem estruturar-se nos
seguintes tipos de relações lógicas (Carvalho, 2007):
Relação de encadeamento – o facto (x) tem apenas como antecedente o facto (y) e não se produziria se o
facto (y) não tivesse ocorrido previamente.
Relação de disjunção – vários factos (x1), (x2) que não têm relação entre si, apenas são explicáveis através de
um único antecedente (y) e qualquer deles não se produziria se o facto (y) não tivesse acontecido
previamente.
Relação de conjunção – o facto (x) não aconteceria se não tivesse ocorrido previamente o facto (y). No
entanto, o facto (y), só por si, não desencadearia o facto (x), sendo necessária a ocorrência também
do facto (z) e os factos (y) e (z) são independentes entre si.
Depois de construída a árvore de causas é necessário verificar a sua congruência lógica, devendo realizar-se
um novo processo de questionamento: Se o facto (y) não tivesse acontecido, teria acontecido o facto (x)? Para
que tivesse acontecido o facto (x), foi necessário o facto (y) e apenas o facto (y)?
Fase III – Determinação das medidas e ações corretivas possíveis. Uma vez identificadas as causas básicas que
desencadearam o acidente, pode-se agir sobre elas de forma a impedir que aquele tipo de acidente se repita.
Nesta etapa é elaborada uma lista de soluções possíveis para a eliminação e ou controlo das causas do
acidente. Como causas iguais podem originar diversos acontecimentos e consequências, é muito importante
considerar que quanto mais básicas ou elementares sejam as causas do acidente a que se aplicam medidas
corretivas, maior será o número de acontecimentos não desencadeados que se evitarão.
Fase IV – Discussão e decisão. Consiste na discussão das medidas identificadas para corrigir as causas básicas,
decidir quais as medidas possíveis implementar e definir o responsável para a sua execução.
A árvore de causas considera-se terminada quando se identificam os eventos primários que estão na origem
dos AT e não carecem de uma situação anterior. Depois de construída a árvore causal importa verificar a sua
congruência lógica.
As causas que integram um nível de significância podem ser de diversos tipos. No entanto será expectável
que nos níveis mais baixos – mais “perto” da ocorrência – predominem as causas ativas presença de agentes
agressores, por exemplo) e os atos inseguros específicos (nomeadamente, operação errada por ação
incorreta ou por omissão, negligência, distração, excesso de confiança, inadequação à tarefa). Em geral –
embora não necessariamente sempre – uma ocorrência profissional danosa acontece devido à conjugação
destes dois tipos de causas. A níveis superiores são comuns outros tipos de causas, de caracterização mais
envolvente, em particular causas organizacionais, psicossociais, de saúde, familiares, económicas, de gestão,
ambientais ou políticas.
As causas que correspondem a pares [perigo/atividade de trabalho] caracterizáveis no subsistema homem-
máquina encontram-se, em geral no 1º nível de significância ou, eventualmente, no 2º nível.
A atividade de LMTD é de facto um sério problema da atividade de enfermagem. As posturas adotadas pelos
enfermeiros (Gomes, 2009) permitem verificar a deslocação de carga animada como peso de adultos
habitualmente manuseada sem ajuda de equipamentos mecânicos, ou então efetuada por dois operadores
de características antropométricas distintas, obrigando a frequentes movimentações do tronco em flexão com
extensão do pescoço, nos momentos de mudança de planos dos doentes e ainda na execução de técnicas
específicas em doentes acamados e/ou sentados. Nestas atividades a posição mais utilizada é a de pé, em
flexão do tronco, com os braços frequentemente em flexão e os antebraços igualmente em flexão acentuada.
Aspetos como posturas extremas, carga física, manipulação de cargas elevadas, mobiliários e equipamentos e
espaços de trabalho inadequados são referenciados em vários estudos (Alexopoulos et al., 2003,2006; Barroso
et al., 2007a,*; Baumann, 2007; Estryn-Behar et al., 2004; Fonseca, 2005; Maia, 2002; Murofuse &
Marziale, 2005;
Índice das Diretivas Comunitárias e sua transposição para o direito interno sobre Valores limite de exposição
profissional.
Diretiva 2006/15/CE, de 07 de Fevereiro , que estabelece uma segunda lista de valores limite de
exposição profissional indicativos para execução da Diretiva 98/24/CE do Conselho e que altera as
Diretivas 91/322/CEE e 2000/39/CE.
Diretiva 2000/39/CE, de 08 de Junho , relativa ao estabelecimento de uma primeira lista de valores limite
de exposição profissional indicativos para execução da Diretiva 98/24/CE do Conselho relativa à
proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes
químicos no trabalho.
Diretiva 91/322/CE, de 29 de Maio , relativa ao
estabelecimento de valores limite com carácter
indicativo por meio da aplicação da Diretiva
80/1107/CEE do Conselho relativa à proteção dos
trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos durante o
trabalho.
Exemplos:
[Ruído no local de trabalho] De acordo com o atual diploma legal que regula a exposição ao ruído durante o
trabalho (Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de Setembro) e que transpôs para o direito nacional a Directiva n.º
2003/10/CE, os «valores de ação superior e inferior» correspondem aos níveis de exposição diária ou semanal
ou aos níveis da pressão sonora de pico que, em caso de ultrapassagem, implicam a tomada de medidas
preventivas adequadas à redução do risco para a segurança e saúde dos trabalhadores.
[Ruído no local de trabalho] De acordo com o atual diploma legal que regula a exposição ao ruído durante o
trabalho (Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de Setembro) e que transpôs para o direito nacional a Diretiva n.º
2003/10/CE, os «valores limite de exposição» correspondem ao nível de exposição diária ou semanal ou ao nível
da pressão sonora de pico que não deve ser ultrapassado.
Na sequência desta avaliação, e tendo em conta a existência de risco, deve proceder-se à determinação da
concentração das fibras de amianto no ar dos locais de trabalho.
O valor limite de exposição (VLE)* para o amianto encontra-se fixado em 0,1 fibra/cm3, medida relativamente a
uma média ponderada no tempo para um período de 8 horas.
O recurso a indicadores biológicos, sempre que possível, permite um conjunto de informações de acrescido
valor e significado para a interpretação das reais interações entre um agente químico e os trabalhadores a ele
expostos, designadamente pelo facto de que a exposição a um agente químico a concentrações inferiores aos
limites considerados admissíveis não invalida que alguns dos indivíduos expostos possam apresentar respostas
de intensidade acrescida, efeitos adversos não-esperados ou agravamento de situações pré-existentes.
Os indicadores biológicos devem, assim, ser privilegiados no estudo das capacidades fisiológicas de resposta à
agressão química e da evolução das reações de adaptação ou de desajuste do organismo dos indivíduos
expostos, face à absorção dos tóxicos.
Medidas de Prevenção
As medidas de prevenção incidem quer a nível intrínseco (na aquisição de equipamentos que possuam sistemas
fechados
Manter os níveis de humidade em locais interiores abaixo dos 80% (reduz a quantidade de
microrganismos em suspensão)
Evitar o contacto com animais doentes (estes devem ser colocados de quarentena e separados dos
processos húmidos
Retirar o lixo e os dejetos que se encontrem perto dos locais de trabalho para contentores ou locais
próprios
Evitar mexer nos olhos com as mãos sujas ou após o contacto com animais
Lavar e/ou desinfetar as mãos e braços após o contacto com animais ou sempre que se considere
necessário
Utilizar EPI´s adequados durante o trabalho (proteção respiratória, roupa de trabalho e luvas).
Em Portugal
Tipo de Acidente
Mensal
Nacionalidade
Desvio
Contacto - Modalidade da lesão
Grupo profissional
Distrito
Tipo de empresa
Dia da semana
Sexo
Faixa etária
Tipo de lesão
Parte do corpo atingida
Fonte: http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Estatistica/Paginas/default.aspx
Em termos de manifestação clínica as doenças com maior incidência são as Músculo-Esqueléticas que no seu
conjunto representam 66,32% (2925 doenças) seguidas dos casos de Hipoacúsia (surdez) que representam
12,97% (572 Casos) do total.
De acordo com o Código do Trabalho, Artigo 283.º, Artigo 284.º Regulamentação da prevenção e reparação.
Tema III–Planos de prevenção
É conjunto de procedimentos de prevenção a adotar pelos ocupantes, destinados a garantir a manutenção das
condições de segurança. Devem ser do conhecimento geral de todos os colaboradores da organização em geral
e especialmente da equipa de segurança.
No caso de sistemas de segurança configuráveis – por exemplo, sistemas automáticos de deteção de incêndios
– os procedimentos de exploração mencionados deverão incluir também a forma como o sistema está
configurado – por exemplo, a organização do alarme, respectivas temporizações e matriz de comando.
Os procedimentos de manutenção referidos podem ser de vários tipos, consoante a instalação técnica, o
dispositivo, o equipamento ou o sistema: os recomendados pelos respectivos fabricantes, pelas Normas
Portuguesas ou harmonizadas, pelas regras ou recomendações técnicas. Das Normas aplicáveis destacam-se as
seguintes:
Nota: Pelo facto das plantas serem um dos elementos constituintes do projeto de segurança, apesar dos
edifícios existentes não serem obrigados a ter projeto, a exigência de plano obriga, muitas vezes, a ter de se
fazer o projeto
Procedimentos de prevenção
Programa de simulacros
Programa de formação de sensibilização
De referir que os planos de prevenção devem ser atualizados sempre que as modificações ou alterações
efetuadas na Utilização-Tipo o justifiquem. Estes planos estão sujeitos a verificação durante as inspeções
regulares e extraordinárias, devendo existir, no Posto de Segurança, um exemplar do Plano de Prevenção.
A participação dos/as trabalhadores/as no domínio da Segurança e da Saúde não constitui apenas um Direito, é
um pressuposto fundamental para garantir a eficácia da gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho por parte
dos empregadores.
Nunca é demais relembrar que os/as trabalhadores/as e/ou os seus representantes têm o direito de:
Ser informados sobre os riscos para a sua Segurança e Saúde e as medidas necessárias para eliminar ou reduzir
esses riscos;
Solicitar ao empregador que tome as medidas adequadas e apresente propostas no sentido de minimizar os
perigos ou eliminar os riscos na origem;
Zelar, na medida das suas possibilidades, pela sua Segurança e Saúde, bem como pela Segurança e Saúde das
outras pessoas afetadas pelas suas ações, de acordo com a formação e as instruções fornecidas pelo
empregador.
A avaliação de riscos constitui a base de uma gestão eficaz da segurança e da saúde e é fundamental para
reduzir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais.
Se for bem realizada, esta avaliação pode melhorar a segurança e a saúde, bem como, de um modo geral, o
desempenho das empresas.
As medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para controlarem os riscos.
Não esqueça:
Um perigo pode ser qualquer coisa (material ou equipamento de trabalho, métodos ou práticas de
trabalho) com potencial para causar danos;
Um risco é a probabilidade, alta ou baixa, de alguém sofrer lesões ou danos devido a esse perigo.
Trabalhadores migrantes
Trabalhadores da manutenção
Trabalhadores imunocomprometidos
AA VV., Compilação de dados estatísticos sobre sinistralidade laboral e doenças profissionais em Portugal , Ed.
UGT, 2012
AA VV., Participação dos Trabalhadores na Segurança e Saúde no Trabalho: Guia Prático, Ed. Agência Europeia
para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2012
AA VV., Qualificação de Técnicos Superiores de Higiene e Segurança no Trabalho: Manual de Formação, Ed.
Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial, 2007
Espiga, M., Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho: textos de apoio , Ed. CECOA
Sites Consultados
O Portal da Construção
http://www.oportaldaconstrucao.com
Legislação