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O Candidato O Supervisor
_________________________ _________________________
DECLARAÇÃO DE HONRA
ii
Declaro por minha honra que o presente trabalho é inteiramente da minha autoria e
que nunca foi anteriormente apresentado para avaliação científica.
O Licenciando
_______________________________
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
iv
(…) A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do
povo e não pela riqueza dos príncipes….
Adam Smith
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar aos meus pais e avós, que cuidaram me na Vida toda. Directa
ou indirectamente prestam atenção nos meus estudos.
v
RESUMO
Palavras-chave:
vi
SIGLAS E ACRÓNOMOS
ABREVIATURA SIGNIFICADO
vii
LISTA DE TABELAS
viii
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS
ix
x
ÍNDICE
DECLARAÇÃO DE HONRA..................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................iv
EPÍGRAFE................................................................................................................................v
RESUMO.................................................................................................................................vii
SIGLAS E ACRÓNOMOS.....................................................................................................viii
LISTA DE TABELAS..............................................................................................................ix
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS.......................................................................................x
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................2
1.1. Delimitação do tema no tempo e no espaço..................................................................3
1.2. Contextualização..........................................................................................................3
1.3. Problema de Pesquisa...................................................................................................4
1.4. Pergunta de Partida.......................................................................................................4
1.5.1. Objectivo Geral........................................................................................................4
1.5.2. Objectivos específicos..............................................................................................4
1.6. Justificativa..................................................................................................................5
1.7. Metodologia.................................................................................................................5
CAPÍTULO I: QUADRO TEÓRICO E CONCEPTUAL..........................................................6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA........................................................................8
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS...............................................9
4.1. Breve Introdução..........................................................................................................9
4.2. Descrição do local de estudo........................................................................................9
4.2. Codificação de Dados.........................................................................................................9
Tabela 1: Codificação de Participantes da pesquisa...................................................................9
4.3. Interpretação dos Resultados........................................................................................9
Tabela 2: Dados Referentes ao Guião de Entrevista dirigido aos Gestores do SDEJT-Mocuba 9
Tabela 3: Dados Referentes ao Guião de Entrevista dirigido aos Gestores da EPCN..............10
Tabela 4: Dados Referentes à Entrevista dirigida aos professores da EPCN...........................10
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES........................................................................11
4.2. Recomendações................................................................................................................13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................14
APÊNDICES E ANEXOS.......................................................................................................14
APÊNDICE I...........................................................................................................................15
APÊNDICE II..........................................................................................................................16
APÊNDICE III........................................................................................................................17
INTRODUÇÃO
A presente monografia constitui um estudo de caso subordinado ao tema “Análise do
Impacto das Pequenas e Médias Empresas para o Desenvolvimento Económico do
Distrito de Mocuba- Caso Bombas Xcelent Fuel (2016-2019)”.
As Pequenas e Médias Empresas representam cerca de vinte milhões de empresas no
espaço económico Europeu, constituindo uma fonte substancial de criação de empregos,
comportam também um desafio a competitividade, a sua capacidade da identificação de
novas necessidades, tanto dos consumidores finais como dos operadores industriais, o
seu potencial de absorção de novas tecnologias e sua contribuição para aprendizagem, a
formação profissional e o desenvolvimento local determinam, com efeito, os futuros
ganhos de produtividade do conjunto da União Europeia, (GUNTER, 2006).
Em Moçambique o sector empresariado é constituído maioritariamente pelas Pequenas e
Médias Empresas totalizando cerca de 78% do total do universo empresarial, sendo
assim, o comportamento e desempenho são fundamentais no desenvolvimento da
economia moçambicana (VALÁ, 2009).
Actualmente existem no país cerca de 28.474 Pequenas e Médias Empresas registadas
na base dos dados do Censo de Empresas realizado em 2004, com cerca de 129.225
trabalhadores, do total das empresas existentes no país, 98,6% são Pequenas e Médias
Empresas, o comércio é a actividade dominante, seguida pela indústria de hotelaria e de
processamento (manufactura), o comércio representa 57,4%, ou seja 16,357 empresas,
do número total no sector das Pequenas e Médias Empresas como um todo, o sector do
alojamento constitui 20,2% (5.793) e a manufactura totaliza 9,9% (2.828). A agricultura
representa apenas 2,17% (MIC, 2008 apud VALÁ, 2009).
A Xcelente Fuel é uma empresa do ramo petrolífero que actua na cidade de Mocuba a
sensivelmente 10 anos, no entanto, é sabido que as PMEs constituem importante campo
das políticas de crescimento e desenvolvimento económico de qualquer país, e é neste
contexto que este estudo apresenta e explora diferentes ângulos acerca do contributo das
PMEs para o desenvolvimento económico da cidade de Mocuba, apontando direcções
que podem ser perseguidas para obterem melhores resultados de redução do desemprego
e na desigualdade de renda. O trabalho apresenta três capítulos. O primeiro trata do
quadro teórico e conceptual, o segundo trata da revisão da literatura e o último, da
análise de dados, conclusão e recomendações.
2
1.1. Delimitação do tema no tempo e no espaço
A pesquisa foi direccionada á Bomba de abastecimento Xcelent Fuel uma instituição de
natureza privada pertencente a rede SILMO Lda, que cita na Estrada Nacional Nº1,
Distrito de Mocuba, Província da Zambézia com vista a obter resultados significativos
através da Análise do Impacto das PMEs para o desenvolvimento Económico, no
período compreendido entre 2015-2018
1.2. Contextualização
Na África Sub-Sahariana (ASS) encontram-se em grande número empresários
informais, muitas vezes emigrados dos países vizinhos ou vindo das zonas rurais para as
grandes cidades. A abundância de micro-empresas assegura uma função essencial de
regulação económica e de prestação de serviços sempre que as empresas formais falham
ou são demasiado caras para uma parte da população. Ademais, permitem de uma certa
maneira criar empregos e evitar um desemprego aparentemente demasiado importante.
Os empresários que dirigem as PME’s procuram desenvolver as suas firmas, entre o
sector informal e as grandes empresas. Contribuem para a flexibilidade e dinâmica da
economia.
As micro, PME’s são o motor da economia moçambicana, particularmente nas zonas
rurais, constituindo uma fonte importante das nossas exportações, contribuem
decisivamente para a criação da riqueza e geram um elevado número de postos de
trabalho. Moçambique é, na verdade, um país de PME’s, pois elas representam o padrão
do nosso tecido produtivo. Apesar da sua relevância prática, as PME’s ainda não
ocupam o seu lugar de destaque na nossa política económica.
O fortalecimento da economia dos distritos passa necessariamente pelo nascimento de
novos projectos empresariais, em quantidade e qualidade, para fazer face à taxa de
mortalidade elevada das PME’s moçambicanas.
Mostra-se pertinente apostar numa cultura de empreendedorismo, fomentada
particularmente por jovens e mulheres, assegurando-se que o ambiente económico dos
Distritos esteja preparado para acolher micro e pequenas iniciativas económicas que
resultem num uso mais apropriado dos recursos naturais disponíveis ao nível local e
com incorporação de tecnologias mais produtivas.
Alguns especialistas em questões económicas e de desenvolvimento (Ratilal, 2002;
Magid 2003) tem a percepção de que só com a viabilização das PME’s é que será
3
possível assegurar maior sustentabilidade do tecido económico e social em
Moçambique.
Sem uma atitude arrojada e coerente para reestruturar, sanear as PME’s e apoiá-las
técnica e financeiramente, corre-se o risco de manter muitas das PME’s no sector
informal, contribuir para o aumento do desemprego e consequentemente incrementar a
marginalidade e o crime. Em Moçambique, em virtude do sector privado ser frágil e
haver défice de capacidade e iniciativa empresarial, cabe ao Estado a responsabilidade
de estimular e incentivar o fortalecimento duma classe empresarial capaz de assumir o
seu papel de motor do desenvolvimento económico e social nacional.
Muitos dos problemas que afligem tanto os países ricos como os pobres no mundo
moderno, refere Bill Clinton (2008: 18), não podem ser adequadamente resolvido sem
um maior número de políticas governamentais esclarecidas, administração pública mais
competente e honesta e um maior investimento do dinheiro que resulta dos impostos.
Existem provas suficientes de que um Governo mais eficiente pode gerar rendimentos
mais elevados, melhores condições de vida, mais justiça social e um ambiente mais
limpo. Quando o Governo funciona bem, o serviço prestado pelos cidadãos pode
reforçar e complementar os esforços governativos. Quando não funciona bem, o serviço
prestado pelos cidadãos tem uma montanha mais difícil a escalar para preencher as
lacunas no tecido económico e social. É nesse prisma que é de vital importância a
formulação de adequadas políticas de desenvolvimento e que sejam acompanhadas pela
existência de capacidade institucional para as implementar e monitorar. Nesse quadro
importa, pois, que a reforma na função pública possam contribuir, de forma concreta,
para o fomento do empreendedorismo e o reforço das PME’s.
Para o fortalecimento das PME’s moçambicanas, em particular as que operam nos
Distritos, é vital remover os estrangulamentos financeiros existentes, investir no
aumento da sua produtividade, estimular o aumento dos negócios das PME’s, a
simplificar os mecanismos de relacionamento das PME’s com o Estado e a
massificação da cultura empreendedora entre os moçambicanos. Para as PME’s é
fundamental que sejam identificados e explorados “nichos de mercado” específicos, se
consolide a formação técnico-profissional em todos nos Distritos para fomentar o
espírito empreendedor, e que se estimule a criação de incubadoras de empresas, centros
de prestação de serviços e parques tecnológicos. As PME’s não tem alternativa, têm de
apostar seriamente nas novas Técnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), na
4
inovação, na ciência e no conhecimento, optando por explorar os recursos naturais
disponíveis para a criação de riqueza a partir dos Distritos.
Um dos recursos mais valiosos que Moçambique possuem é a sua população, que parte
significativa dela ainda vive abaixo da linha de pobreza. Se é verdade que o pobre
moçambicano não está nessa situação por falta de esforço, e muito menos por opção,
mas por falta de oportunidade e “instrumentos” concretos de acção para romper o ciclo
vicioso da pobreza, então o desenvolvimento rápido e sustentável da economia nacional
vai depender, grosso modo, da forma como forem orientadas as “energias adormecidas”
dos pobres economicamente activos e inseri-las no circuito económico através de nuitas
e diversificadas PME’s lideradas por empreendedores dos Distritos que serão movidos
pelo desejo de realização, superação e almejando obter lucros.
Ate que ponto as Pequenas e Médias Empresas (Bombas Xcelent Fuel) contribuem
para o desenvolvimento económico do distrito de Mocuba?
5
1.4. Pergunta de Partida
Pergunta 1: Qual foi o número de trabalhadores admitidos de 2016 á 2019?
Pergunta 2: Qua foi o salário mínimo e máximo dos trabalhadores das Bombas
Xcelente Fuel no período em análise?
Pergunta 3: Qual foi a contribuição das Bombas Xcelente Fuel para o sector tributário
do distrito de Mocuba no período em análise?
6
É nesta ordem de ideias que o estudo focalizou a Xcelent Fuel por ser uma empresa
subordinada ao ramo petrolífero sendo que este ramo desempenha um forte papel na
economia do país.
1.7. Metodologia
1.7.1. Métodos de pesquisa
1.7.1.1. Estudo de caso
Segundo (Yin, 2002 Apud Alegre, 2012), o estudo de caso permite uma investigação
para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real,
tais como ciclo de vida individuais, processos organizacionais, administrativos,
mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturidade de
alguns sectores. Conforme afirma Ponte (2006) Apud Araujo et al., (2008), é uma
investigação que se assume como particularistas, isto é, que se debruça deliberadamente
sobre uma situação específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos
aspectos, procurando descobrir a que há nela de mais essencial e característico e, desse
modo, contribuir para a compreensão global de um certo fenómeno de interesse.
Desta feita o estudo foi feito na empresa Xcelente Fuel com vista a se apurar o seu
contributo no desenvolvimento económico do distrito de Mocuba.
Por seu torno os autores Silveira e Córdova (2009) apub Gil (2008) julgam que
investigadores buscam este método de pesquisa qualitativa para explicar o porquê das
coisas, vão mais longe ao dizerem que, nesse processo o que convém é ser feito, mas
não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem submetem a prova de factos.
1.7.2. Recolha de dados
Os instrumentos frequentemente usados para a colecta de dados são, a pesquisa
bibliográfica, a entrevista, a observação e os questionários (Gil, 2008). Quanto às
técnicas de pesquisa, o estudo tomou em conta três instrumentos, abrangendo a pesquisa
bibliográfica, em paralelo realizou-se a observação participante e as entrevistas semi-
estruturadas.
7
1.7.2.1. Pesquisa bibliográfica
8
Para os autores Marconi e Lakatos (2003), asseveram que o objectivo da análise de
conteúdo é deduzir criticamente as informações ou dados colhidos no campo, com vista
a revelar as suas significações implícitas para explícitas.
Porém, à pesquisa socorreu-se os métodos de análises de conteúdos por meio de
explicação baseando no julgamento da informação colectada dos entrevistados e desse
cruzando com as diferentes abordagens dados pelos autores, citados ao longo trabalho
através da codificação e categorização dos entrevistados, ou seja, a combinação, ou
triangulação dos dados.
9
Entende-se por empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma
jurídica, exerce uma actividade económica. São, nomeadamente, consideradas como tal
as entidades que exercem uma actividade artesanal ou outras actividades a título
individual ou familiar, as sociedades de pessoas ou as associações que exercem
regularmente uma actividade económica, (JORNAL OFICIAL DA UNIÃO
EUROPEIA, 2003).
2.1.3. Emprego
10
reduzir o crescimento econômico. Países em desenvolvimento não possuem renda
média que permitiria altas taxas de poupança, e, portanto a acumulação de capital
através do investimento é baixa. O modelo implica que o crescimento econômico pode
ser afetado por políticas que aumentem o investimento, através da taxa de poupança. O
modelo conclui que uma economia não alcança o pleno emprego e taxas estáveis de
crescimento naturalmente, de forma similar ao pensamento keynesiano.
O modelo Harrod-Domar foi muito utilizado para explicar os ciclos econômicos e teve
seu auge no período do pós-guerra, sendo rebatido pelo modelo de Robert Solow.
2.2.2. O modelo de Perroux
François Perroux (1903-1987) formulou a conhecida teoria dos pólos de crescimento
económico. Usando a cidade de Paris como exemplo, Perroux demonstrou que pólos
industriais podem surgir em torno de aglomerações urbanas, pólos de distribuição de
matéria prima e ao longo das passagens de fluxos comerciais. Para Perroux o
desenvolvimento económico se daria justamente pela presença desses pólos industriais.
A indústria, segundo Perroux, é a maior motivadora do crescimento e desenvolvimento
econômico, pois emprega diversos fatores de mão-de-obra e estimula investimentos em
máquinas e equipamento, além de possuir uma forte identificação geográfica, criando
conglomerados industriais.
O modelo de desenvolvimento de Perroux se baseia no desenvolvimento da indústria, na
geração de emprego que estimulará a renda e consequentemente o bem-estar social e o
crescimento e desenvolvimento da economia.
2.2.3. Os modelos endógenos de Lucas e Romer
Os modelos de crescimento endógeno se baseiam, conforme Barquero (2001) é
constituído principalmente, ainda que não exclusivamente, sobre os recursos localmente
disponíveis, tais como as potencialidades da ecologia local, das forças de trabalho,
conhecimentos e modelos locais para articular produção e consumo, etc. Seria o
desenvolvimento realizado com recursos oriundos da própria região.
Robert Lucas Jr. (1937) elaborou um modelo de crescimento econômico considerado
endógeno baseado numa tentativa de reformulação da macroeconomia – até então
dominada pelas teorias keynesianas – argumentando que o os modelos
macroeconômicos podem ser desfragmentados em diversos modelos microeconômicos.
11
Ele desenvolveu as hipóteses das expectativas racionais criando uma nova teoria da
oferta onde acreditava que assim minimizaria os efeitos da inflação e do desemprego
que impedem as nações de se desenvolverem.
Mas o modelo de crescimento endógeno mais popular é do economista Paul Romer
(1955), que torna endógeno o progresso tecnológico ao introduzir a busca por novas
idéias por pesquisadores interessados em lucrar a partir de suas invenções. O modelo de
Romer busca explicar o porquê e como os países avançados exibe um crescimento
econômico sustentado. Seu modelo é sustentado pela premissa de que as descobertas
que podem ser usadas por diversas pessoas ao mesmo tempo possui uma característica
pública.
Romer assume que o Produto Interno Bruto (PIB) real por pessoa cresce porque as
escolhas que as pessoas fazem na busca de lucros e que o crescimento pode persistir
indefinidamente. Nesse modelo existe também o papel das externalidades, que devem
ser consideradas como influenciadoras no modelo.
2.3. Crescimento Económico Versus Desenvolvimento Económico
Crescimento Económico” é geralmente medido pelo aumento do Produto Interno Bruto
(PIB), ou seja, a variação (positiva) da produção de uma determinada região ou país.
Este indicador basicamente soma todos os produtos e serviços dessa região ou país num
determinado período (geralmente um ano).
“Desenvolvimento Económico”, por seu lado, está relacionado com a melhoria do bem-
estar da população, sendo geralmente medido através de indicadores de educação,
saúde, segurança, justiça, rendimento, pobreza, entre outros. Atualmente, o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) é o critério mais utilizado para comparar o
desenvolvimento de diferentes economias. O IDH varia entre 0 (o pior possível) e 1 (o
melhor possível).
O conceito de desenvolvimento é (mais) qualitativo, pois considera sempre a afetação
dos recursos aos diferentes setores de atividade para melhorar os indicadores de bem-
estar económico e social. Resumindo, podemos dizer que o “desenvolvimento
económico” combina o crescimento com a (boa) distribuição do rendimento. Por outro
lado, podemos estar seguros que crescimento não é necessariamente significado de
desenvolvimento.
12
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
3.1. Classificação das Pequenas e Medias Empresas
A Comissão Europeia define Pequena e Média Empresa como as empresas com menos
de 250 pessoas ao serviço, cujo volume de negócios anual não exceda 50 milhões de
euros ou cujo activo total líquido anual não exceda 43 milhões de euros (INE-P, 2010).
Em países em desenvolvimento, por sua vez, onde o tamanho do mercado e os
indicadores de tamanho das organizações são menores, os pontos de corte estão entre
100 trabalhadores e 250 trabalhadores (CAMPOS e NISHIMURA s/d). Entretanto,
segundo USAID (2014), em Moçambique, o Estatuto Geral das Pequenas e Médias
Empresas define-as de acordo com o número de trabalhadores e volume de negócios
anual, sendo que o volume de negócios é o factor prevalecente na classificação. A
distinção é feita da seguinte forma:
13
ao financiamento como sendo o seu principal constrangimento. Na Europa e Ásia
Central, as taxas de tributação são apontados como a principal preocupação (17%).
A (OIT, 2015) afirma que as políticas de apoio às PME abordam estas falhas do
mercado, tais como informação incompleta, falta de disponibilidade e o elevado custo
de determinados serviços, ou ainda problemas relacionados com bens públicos. Alguns
dos exemplos frequentemente referidos são:
14
reduzido acesso às infra-estruturas económicas e sociais básicas, aos mercados e a
tecnologias e conhecimento, (VALÁ, 2009).
DIMANDE (2010), afirma que as PMEs tem baixo nível de formalização, baixo grau de
especialização e raramente são capacitadas. Tem dificuldades na gestão empresarial,
dificuldades no acesso a mercados; Falta de acesso a Informação, (MIC, 2013). No
entanto, a USAID (2014), afirma que as empresas consideram que os impostos são
elevados e não são adequados a jovens empresas em crescimento, instabilidade política,
insuficiência de infraestruturas públicas os serviços públicos - energia eléctrica,
abastecimento de água potável e segurança pública, e as infra-estruturas de transporte –
rodoviário, marítimo, ferroviário e aéreo.
USAID (2014), O problema da fraca qualificação da mão-de-obra no mercado nacional
é uma preocupação expressa pela maioria das PMEs. Foi notado que as empresas têm
como prática a realização de relatório de contas, contudo, torna se crucial que as
empresas garantam a qualidade da informação financeira prestada. Algumas empresas
identificam a falta de fundos como entrave para crescerem, resultando numa fraca
capacidade de investimento (em capital fixo e inovação) e um modelo de funcionamento
centrado no curto prazo. Existem empresas já devidamente enquadradas no mercado e a
terem a capacidade de gerar valor, contudo, a maioria não desenvolve planeamento
estratégico e determina as suas necessidades de forma pouco organizada.
Nos últimos anos, vem sendo crescente o interesse em torno das pequenas e médias
empresas, em todos níveis socioeconómico, industrial e político. Isto porque, em quase
todo o mundo a participação das PMEs na economia é altamente significativa. O
potencial de geração de empregos é altamente desejável num cenário em que o
desemprego tornou se um problema estrutural, por isso o fortalecimento das PMEs
constitui uma preocupação de tadas nações, devido a sua importância para o
crescimento económico regional e global, principalmente pela sua capacidade de
absorção de mão-de-obra. (CÂNDIDO, 1998 apud CASCAVEL, 2002).
15
às necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem, significativamente para a
redução da informalidade e da pobreza.
16
desempenho das PMEs no período analisado confirmou a sua importância para a
economia.
O (BANCO MUNDIAL, 2003 apud CAMPOS, s/d), afirma que as pequenas e médias
empresas possuem pelo menos três contribuições para a economia:
17
oportunidades de emprego à força de trabalho de um país, ao contrário das
grandes empresas.
As PMEs são cruciais para a competitividade de um país, encorajam a
concorrência e a produção e inspiram inovações e o empreendedorismo. As
PMEs são inerentemente guiadas para o mercado, procurando capturar as
oportunidades de negócio criadas pela procura de mercado.
As PME diversificam as actividades, estimulam a inovação e a criatividade,
diversificam as actividades económicas oferecendo produtos e serviços que o
mercado procura num determinado momento, disponibilizando assim novas
linhas de produtos e serviços que ainda não foram introduzidos no mercado e
estimulam a inovação e a criatividade.
As PMEs mobilizam recursos sociais e económicos. As PMEs são os agentes
sociais que mobilizam recursos sociais e económicos nacionais que ainda não
tenham sido explorados. Daí o papel chave desempenhado pelas PMEs no
desenvolvimento socioeconómico dos países.
19
suas transformações e comercializações, consideramos que existem oportunidades de
negócios.
20
A segunda contribuição é que as mesmas são fonte de consideráveis actividades
de inovação, o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e
competitividade de exportação como base para uma futura expansão industrial.
Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade à estrutura industrial e
promovem um grande dinamismo na economia.
Para atrair a criação das empresas numa certa região ou país, são apresentadas as
empresas vários tipos de incentivos e apoios nomeadamente:
21
Empresas francas (isenção total de quaisquer impostos ou outras imposições
sobre os rendimentos durante um certo período de tempo);
Incentivos aduaneiros (isenção de direitos aduaneiros e impostos de consumo
aplicáveis às importações de equipamentos e materiais diversos).
As PME’s são responsáveis pela grande maioria dos empregos formais em todo o País,
segundo os dados do BM, mais de 3 milhões de trabalhadores, demonstrando a
importância de investimento nas PME´s, associados a políticas publicas voltada para
esse sector, visando aumentar a força e a capacidade de crescimento dessas empresas.
Neste, em Mocuba as PME’s, representam mais de 60% das empresas instaladas, isso
demonstra a força e a importância que essas PME’s vem desempenhando e contribuindo
para o seu desenvolvimento.
Diante do cenário, para que o distrito de Mocuba tenha empresas competitivas, seria
necessário um melhor tratamento paras as PME’s, uma carga tributária menor, uma
política de incentivo que atenda com maior amplitude os anseios do sector, bem como
realizar uma política de desburocratização ainda maior e que facilite a abertura de
muitas PME’s.
23
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
4.1. Breve Introdução
Neste capítulo faz-se a apresentação e descrição do local de pesquisa, para o nosso caso
é a Escola Primária Completa de Nacungo, tendo em conta aspectos como: a sua
localização geográfica, o seu historial, e estrutura administrativa. De seguida, faz-se a
análise de dados e apresentação de conclusão e recomendações.
4.2. Descrição do local de estudo
Fonte: Dados colhidos do Director (a) Geral da Xcelent Fuel (Adaptação do autor, 2020)
24
Tabela 3: Dados Referentes ao Guião de Entrevista dirigido aos Gestores da EPCN
No Pergunta Código Resposta
1.
2.
3
4
5
6
7
6.
7.
8.
25
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Esta representa a última parte desta pesquisa. Ela consta de duas secções, sendo a
primeira, a que apresenta as principais constatações do estudo de caso, e a segunda, a
que apresenta a conclusão e as recomendações.
4.1. Conclusão
26
27
4.2. Recomendações
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
28
1. Alegre, T. V. N. G. (2012) Cooperativas Agrícolas e Desenvolvimento
Comunitário no Distrito de Boane: O Caso das Cooperativas 25 de Setembro e
AgroPecuária de Campoane. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento
Agrário) - Universidade Eduardo Mondlane.
2. Anamm (2013) Perfil dos dados das Cidades de Moçambique
3. Araújo, G. M (s/d) Espaço Urbano Demograficamente Multifacetado: As
Cidades de Maputo e Matola
4. Banco Mundial (2009) Moçambique Análise de Clima de Investimento
5. Boni, Valdete e Quaresma, Sílvia Jurema, (2005). Como fazer Entrevista em
Ciências Sociais.
6. Campos, J. G. D. Nishimura, A. T. (s/d). As Pequenas e Médias Empresas no
Brasil e na China uma Análise Comparativa.
7. Carvalho, J. A. D. (2010). Um Factor dinâmico de sucesso em formação
8. Cascavel, Edunioeste (2002). A gestão da tecnologia nas pequenas e médias
empresas.
9. Conselho De Ministros (2007) Estratégias para o Desenvolvimento de
Pequenas e Médias Empresas em Moçambique.
10. Dinand, J. P. (2012). Estudos de caso em educação matemática.
11. Gil, A. C. (2008) Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, São Paulo,
12. Gunter, Alessandro, (2006). O mundo do trabalho: novos desafios para os
jovens desempregados do Bairro Chamanculo C de Maputo.
13. Ine De Portugal, (2010). Estudos sobre Estatísticas Estruturais das Empresas
14. Ine, (2009) 2º Edição do Retrato da Província Da Zambézia
15. Jochen, Oppenheimer, (S/d) Pobreza no contexto do ajustamento estrutural - a
situação urbana em Moçambique.
16. Jornal Oficial Da União Europeia (2003). Relativa à definição de Micro,
Pequena e Médias Empresas.
17. Junior, Nelson Alonso e Junior, Lincoln Etchebéhère (2009) As Micro,
Pequenas e Médias Empresa e as Principais Barreiras à Exportação
18. Magid, Tomas Adriano (2003) Evolução dos Sistemas Agrários no Vale do
Infulene, Cidade de Matola- Província de Maputo
29
19. MarconI, M. De A. e Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia
Cientifica, São Paulo,
20. Organização Internacional do Trabalho (2015). Pequenas e médias empresas
e a criação de emprego digno e produtivo
21. Ratilal, N. M.A. (2002). A Responsabilidade Social das Empresas - a dimensão
interna, uma ferramenta para a criação de valores. Lisboa.
22. Sanches, G. (2014). A nova definição de PME.
23. Sandroni, P. (1999). Novíssimo Dicionário de Economia.
24. Sebrae, (2013). Na Micro, Pequena e Média Empresa.
25. Usaid (2014). PME em Moçambique oportunidades e desafios.
26. Valá, S. C. (2009) Pobreza, Pequenas e Médias Empresas e Desenvolvimento
Económico dos Distritos em Moçambique.
30
APÊNDICES E ANEXOS
31
APÊNDICE I
ROTEIRO DE ENTREVISTA DIRIGIDA AO DIRECTOR (A ) GERAL DA XCELENTE FUEL
Caro entrevistado (a), a presente pesquisa é subordinada ao tema “Análise do Impacto das Pequenas e
Médias Empresas para o Desenvolvimento Económico do Distrito de Mocuba- Caso Bombas Xcelent
Fuel (2016-2019)”, cujo objectivo da pesquisa é meramente académico, com vista a obtenção do grau
académico de Licenciatura em Administração Pública, Comércio e Finanças.
1- Sexo _________________
2- Tempo de serviço
3- Nível de formação profissional____________________
4- Como avaliais o desenvolvimento económico do distrito de Mocuba nos últimos 4 anos?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5- De que forma a Xcelente Fuel contribui para o desenvolvimento económico deste distrito?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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6- Como avalias a qualidade de vida dos seus trabalhadores?
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7- Com quantos trabalhadores a Xcelente fuel conta actualmente?
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8- Qual é o salário máximo e mínimo na Xcelente Fuel?
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9- Qual é o valor do IRPC que a Xcelente Fuel paga mensalmente ou anualmente a Autoridade
Tributária?
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10- Para além das actividades típicas da Xcelent, quais são as outras actividades a empresa tem
desenvolvido para ajudar a combater a pobreza no distrito de Mocuba?
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32
APÊNDICE II
ROTEIRO DE ENTREVISTA DIRIGIDA AOS TRABALHADORES DA XCELENT FUEL
Caro entrevistado (a), a presente pesquisa é subordinada ao tema “Análise do Impacto das Pequenas e
Médias Empresas para o Desenvolvimento Económico do Distrito de Mocuba- Caso Bombas Xcelent
Fuel (2016-2019)”, cujo objectivo da pesquisa é meramente académico, com vista a obtenção do grau
académico de Licenciatura em Administração Pública, Comércio e Finanças.
1. Sexo _________________
2. Cargo______________________
3. Tempo de serviço___________________
4. Nível de formação profissional ___________________
5. Quantidade de dependentes _________________________
6. Idade____________________________
7. Como era sua vida antes e depois de ser contratado pela Xcelent Fuel?
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8. Quanto ganha mensalmente?
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9. Desde que foste contratado quais foram as realizações mais marcantes na sua vida e da sua
família?
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10. Que contributo a Xcelent Fuel tem para o desenvolvimento económico do distrito de Mocuba?
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11. Em que aspecto a empresa deveria melhorar?
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12. Qual é o salário mínimo e máximo da Xcelent Fuel?
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13. Como avalia o desenvolvimento do distrito de Mocuba nos últimos 4 anos?
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ANEXOS
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