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.. Parque das linhas correntes .

PARQUE NA ANTIGA LINHAS CORRENTES


COMENTÁRIOS MOISÉS BASÍLIO: Uma boa notícia para a nossa região e para nós do Conjunto Mascarenhas de Moraes. Um novo parque onde era a antiga
fábrica das Linhas Correntes no Jardim Independência é mais uma opção de lazer para nossa comunidade.Vamos acompanhar de perto para ver se tudo
segue como o promotido no decreto do prefeito Kassab. Axé Mascarenhas!
Fonte: Jornal O Paulistano, dezembro 2009 - http://www.jornalpaulistano.com/regiao/regiao06.html

Decretada criação de parque nas Linhas Corrente


André Kuchar • Reprodução: Carlos Henrique A. Soares
A notícia pegou de surpresa o Parque São Lucas e a Vila Prudente. Na última sexta-feira, dia 11, o Diário Oficial do Município publicou Decreto nº 51.097
que declara de utilidade pública uma área de 180.250 m² para serem desapropriados judicialmente ou adquiridos mediante acordo, situada no Distrito do
São Lucas, Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba, necessária à implantação de parque público. Trata-se da área da antiga fábrica das Linhas Corrente,
no Jardim Independência, que foi adquirida pelo Grupo Bourbon em 1997 para abrigar um hipermercado e um shopping center da Companhia Zaffira, do
Rio Grande do Sul. Naquela época o prédio da fábrica chegou a ser demolido, mas as obras foram logo paralisadas. Por questões internas o grupo
interrompeu o projeto e resolveu investir em outra área, no bairro da Pompéia. Há três meses, trecho de 50 mil m² desse terreno foi desapropriado pela
Companhia do Metropolitano (Metrô) para abrigar o pátio de manobras dos trens do sistema de transporte elevado do monotrilho, que vai ligar Vila
Prudente à Cidade Tiradentes.
Embora a novidade esteja sendo bem vinda pela população, em virtude dos índices irrisórios de áreas verdes na região, persistem algumas dúvidas em
relação ao decreto e a localização exata dos imóveis que serão afetados para o parque e o pátio do monotrilho. “Esse decreto ainda não é de
desapropriação, mas o primeiro passo. E a área é toda das Linhas Corrente, inclusive os 50 mil do metrô que estão dentro dos 180 mil”, esclareceu o
subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba, Wilson Pedroso. “O pátio dos trens não vai retirar área verde. A medida do prefeito Kassab traz mais qualidade
de vida às pessoas, além de atender ao apelo da sociedade local”.
Uma defensora do verde, a dona de casa Ivani Fernandes de Souza, que mora colada à área, sempre estava atenta aos movimentos dentro do terreno
desocupado há mais de 15 anos. Qualquer gesto de retirada de árvores provocava reclamações imediatas. “Ainda estou temerosa se o pátio do monotrilho
vai tirar árvores, mas essa notícia é ótima, pois sou pela preservação do verde e da fauna”, disse. Para que o local se tornasse público, ela já tinha
pensado até em organizar protesto com moradores abraçando a área. “Por pouco tempo pudemos usar a pista de caminhada, mas logo fecharam o local”,
acrescenta.
Outro local em que a notícia ecoou de forma bastante positiva foi na EMEF Cleomenes Campos, do Parque São Lucas. Alunos, pais e professores lançaram
no começo deste ano movimento pela implantação do parque nessa área. “Os alunos notaram que existe uma grande preocupação com a retirada de
árvores da Amazônia e que perto de suas casas não se dava tanta importância”, conta o professor de Matemática, Airton Aparecido do Carmo. Ao lado das
professoras Marli Davas e Silmara Paiva, eles começaram a despertar preocupação nos alunos. “Eles canalizaram essa angústia e começaram a enviar
mensagens por e-mail para a mídia regional e para as autoridades”.
FORTALECER O COMÉRCIO
Além dos ganhos para os moradores do entorno, a implantação do parque pode trazer outras melhorias para o bairro. “Conseguimos vender bem imóveis
em Vila Zelina, Jardim Avelino e Vila Alpina, mas no Jardim Independência os compradores mostram desinteresse, pois o comércio básico naquele trecho
do bairro não é forte”, opina o corretor de imóveis e dono da Imobiliária Catedral, João Tadeu Racz. “O parque em si não vai valorizar os imóveis das
proximidades, mas com o movimento de pessoas pode atrair novos estabelecimentos comerciais”.
De acordo com esse corretor, um outro aspecto é importante. “Com o parque, a preservação daquela vegetação vai ser garantida, o que poderia não
acontecer com a construção do shopping”, comenta. “Quantas árvores forma retiradas de lá sob a alegação de que estavam secando ou com pragas?”
Estabelecida há 20 anos quase em frente da área em questão, a comerciante Dirce Nishitani vê com bons olhos a medida. “O comércio dessa parte da
Avenida Oratório está muito parado, ao contrário da parte perto da Delegacia e da Avenida São Lucas”, relata. “Com área vazia estamos vulneráveis e
temos bastante trabalho com serviços rotineiros de descupinização e dedetização. O parque pode incentivar e fortalecer novos comércios neste trecho”.
ALÍVIO E SAUDADES
A implantação do parque também é motivo de alívio para a comunidade que mora em habitações modestas da Rua Irulegui Cunha. “Se fossem mesmo
construir o shopping, corríamos grandes riscos de ter de sair da área. Esse tipo de empreendimento não quer moradias humildes por perto”, conta o
presidente da Associação dos Moradores dessa comunidade, Paulo Rodrigues. “Com o parque público nossas crianças, que hoje brincam na rua, terão um
local apropriado para suas recreações. E todos sem distinção de classes poderão frequentá-lo”.
Dos tempos da fábrica das Linhas Corrente restam também boas lembranças e saudades. “Tínhamos um clube completo dentro da área com piscina
recreativa, campo de futebol gramado, quadras esportivas, salão de festas e playground para os 1.200 funcionários e seus familiares”, conta o técnico de
segurança no trabalho, Jair Vicente Ortega, que trabalhou nessa empresa por cinco anos até 1991. “A direção da empresa incentivava o lazer e apoiou o
surgimento do Grupo de Escoteiros Corrente que era aberto a toda comunidade”.
GRUPO ZAFFARI E METRÔ
Via Assessoria de Imprensa, o Grupo Zaffari informou que “desenvolveu e aprovou projeto para a implantação de um centro comercial na área da antiga
fábrica das Linhas Correntes, no Parque São Lucas, Vila Prudente.
Nos últimos dias, a Prefeitura do Município de São Paulo e o Estado de São Paulo demonstraram interesse de utilização da área para a realização de obras
públicas (Parque Municipal e/ou Pátio de Manobras de Trens do Metrô) mediante desapropriação.
Por ora, o Grupo Zaffari aguarda a definição das autoridades responsáveis quanto ao efetivo destino que será dado à referida área, para então decidir
sobre a retomada de nosso projeto para o local. A empresa permanece no firme propósito de investir na cidade de São Paulo, com empreendimentos que
geram emprego, renda e desenvolvimento local”.
Já o Metrô informou que “não há incompatibilidade e nem prejuízo na área desapropriada no Parque São Lucas. Apesar do trecho de 50 mil m²
desapropriado pela Companhia estar inserido nos 180 mil m² declarados de utilidade pública no decreto municipal nº 51.097, as obras para a construção do
pátio de trens da extensão da Linha 2-Verde seguirão o cronograma estabelecido”.

Fonte: Site da Prefeitura de São Paulo - http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=11122009D


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DECRETO Nº 51.097, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2009
Declara de utilidade pública, para desapropriação, imóveis particulares situados no Distrito de São Lucas, Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba,
necessários à implantação de parque público.
GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, e na conformidade do disposto nos artigos 5º,
alínea “i”, e 6º do Decreto-lei Federal nº 3.365, de 21 de junho de 1941,
D E C R E T A:
Art. 1º. Ficam declarados de utilidade pública, para serem desapropriados judicialmente ou adquiridos mediante acordo, os imóveis particulares, situados
no Distrito de São Lucas, Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba, necessários à implantação de parque público, contidos na área de 180.250,00m²
(cento e oitenta mil, duzentos e cinquenta metros quadrados), delimitada pelo perímetro 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-11-12-13-14-15-16-17-18-19-20-21-22-23-24-
25-26-1, indicado na planta P-30.845-A0, do arquivo do Departamento de Desapropriações, cuja cópia se encontra juntada à fl. 8 do processo
administrativo nº 2009-0.307.584-5.
Art. 2º. As despesas decorrentes da execução deste decreto correrão por conta das dotações próprias, consignadas no orçamento de cada exercício.
Art. 3º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 10 de dezembro de 2009, 456º da fundação de São Paulo.
GILBERTO KASSAB, PREFEITO
CLAUDIO SALVADOR LEMBO, Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 10 de dezembro de 2009.
NELSON HERVEY COSTA, Secretário do Governo Municipal - Substituto

Lei cria parque em área da Linhas Corrente


FOLHA 18 de maio de 2017
  área verde  Jardim Independência  Parque Linhas Corrente  Parque São Lucas

Em exercício no cargo de prefeito, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), sancionou na última quarta-feira, dia 17,  o Projeto de Lei de
2013, de autoria da vereadora Edir Sales (PSD), que institui o Parque Verde do São Lucas em parte do terreno da antiga fábrica da Linhas Corrente, no Jardim
Independência. A aprovação foi publicada hoje do Diário Oficial do Município.
A lei estabelece que o parque seja implantado no espaço de 90 mil m² entre a avenida do Oratório, rua General Irulegui Cunha, rua Ribeirópolis, avenida Secondino, rua
Antonio Rodrigues dos Ouros e rua Carlos Censi. Na outra metade da área foi construído o pátio dos trens do monotrilho pelo Governo do Estado.
No decreto consta também que no local poderão ser desenvolvidas atividades temáticas relacionadas à cultura, educação ambiental e preservação do meio ambiente.
A criação do parque é uma antiga reivindicação da comunidade. Em setembro de 2013 cerca de 500 pessoas realizaram um abraço simbólico em parte do terreno para
chamar a atenção das autoridades. “Agora é lei, estamos mudando a realidade do bairro que hoje está entre os que apresentam menores índices de áreas verdes da capital,
além de incentivar o esporte e lazer dos moradores. A nossa luta, que começou com o abraço no parque em 2013, reuniu muitas pessoas que hoje fazem parte dessa
vitória”, afirmou a vereadora.
Para o tão sonhado parque sair do papel é necessário que a Prefeitura desaproprie a área que pertence ao Grupo Zaffari, do Rio Grande do Sul, que no passado
demonstrou vontade de erguer um shopping center e um hipermercado no local.

Secretário promete empenho na preservação de áreas verdes


Acontece na região
FOLHA 14 de julho de 2017
áreas verdes  Jardim Independência  Parque Linhas Corrente  Parque Vila Ema  Secretaria do Verde  Vila Ema
Vereadora Juliana Cardoso, o secretário Gilberto Natalini e o presidente da Folha, Newton Zadra
 
Na tarde da última quarta-feira, dia 12, o secretário do Verde e Meio Ambiente, Gilberto Natalini, recebeu em seu gabinete a vereadora Juliana Cardoso (PT), o
presidente da Folha e do Círculo de Trabalhadores, Newton Zadra, e o representante do movimento Viva o Parque Vila Ema, Fernando Salvio. Na
pauta, reivindicações de implantação de parques públicos nos espaços verdes que restam na Vila Ema e no Jardim Independência. A vereadora tem projetos de lei
para ambas as áreas e entregou vasta documentação ao secretário com o histórico completo da luta pela preservação.
Natalini ressaltou que São Paulo precisa ter juízo e proteger o que resta de mata e espaços arborizados, caso contrário a qualidade de vida na cidade ficará cada vez mais
prejudicada pelo aumento da temperatura. Porém, ressaltou que a Prefeitura não tem verba para desapropriar terrenos particulares, como as áreas na Vila Ema e no Jardim
Independência.
Para o terreno de mais de 16 mil m² na avenida Vila Ema esquina com a rua Batuns, que no passado abrigou uma chácara de imigrantes alemães e ainda possui diversas
espécies nativas, ficou acordado que Natalini vai encaminhar ofício ao prefeito João Doria pedindo que ele decrete a área de utilidade pública, o que impede qualquer ação
por parte da construtora proprietária enquanto a Prefeitura tenta levantar recursos para desapropriação. O espaço já foi alvo de um Decreto de Utilidade Pública (DUP) que
expirou em outubro de 2015 e a legislação determina que não pode ser renovado automaticamente, sendo necessário aguardar pelo menos um ano. Juliana destacou que a
gestão anterior já deixou todo o processo encaminhado na Secretaria do Verde.
Sobre o terreno da antiga fábrica da Linhas Corrente na avenida Oratório, Natalini ficou entusiasmado ao ser informado pela vereadora que o grupo proprietário, o Zaffari do
Rio Grande do Sul, manifestou interesse em negociar a área por potencial construtivo em outro ponto da cidade. “Quando o proprietário está disposto a dialogar, facilita
muito a questão”, ressaltou. Parte da área foi desapropriada pelo Metrô para construção do pátio Oratório do monotrilho, ocasião em que houve a supressão de diversas
árvores. Restam 86 mil m² do terreno ainda bastante arborizado.
Na reunião também foi discutida a instalação de um busto para a patrona do Parque Professora Lydia Natalizio Diogo, em Vila Prudente. Newton Zadra explicou que o
Círculo arcará com todas as despesas. Natalini afirmou que é favorável a iniciativa, mas precisa da anuência do Conselho Gestor do parque. Por fim, Zadra apresentou ao
secretário os ambientalistas Nicola Grego e Emir Marçal, responsáveis por um projeto de reciclagem de sucata de madeira que já funciona no ABC e a intenção é reproduzir
nos ecopontos da cidade. Natalini direcionou o caso para uma equipe técnica da Secretaria avaliar se é possível implantar um projeto piloto em uma das prefeituras
regionais. (Kátia Leite)

Oásis em meio ao concreto no São Lucas


FOLHA Acontece na região 7 de fevereiro de 2020
áreas verdes  Jardim Independência  Linha 15-Prata  Parque Linhas Corrente  Parque São Lucas
 

Nem parece que a vasta área fica em plena cidade de São Paulo. Em meio aos espigões de concreto crescendo por toda parte, um terreno de cerca de 86 mil m² no Jardim
Independência, no São Lucas, abriga densa vegetação, variadas espécies de pássaros e um pouco da história do que foi a passagem da companhia inglesa Linhas Corrente
pela região.
A atual empresa proprietária, o Grupo Zaffari, do Rio Grande do Sul, abriu a área para uma visita monitorada da comunidade na tarde do último dia 31. É necessário fazer
uma verdadeira trilha por um bosque fechado para percorrer toda a extensão do terreno. Além da natureza, chama atenção as construções remanescentes da antiga fábrica,
como um enorme galpão e as vilas com as residências de funcionários.
Uma das vilas, que concentra várias moradias erguidas todas no mesmo estilo, abrigava gerentes. Em outra área, há residências maiores que chegaram a receber ingleses
e escoceses do alto escalão da companhia que ainda mantém sede no Reino Unido.
O Grupo Zaffari tem um projeto tramitando na Prefeitura para transformar o espaço em parque público. A empresa se prontifica a doar o terreno em troca de potencial
construtivo em outro ponto da cidade – prática permitida por lei e alternativa diante da falta de verba nos cofres municipais para comprar a área.
De acordo com os diretores que acompanharam a visita, a proposta é entregar o parque pronto ao governo municipal. Arquitetos responsáveis pelo projeto do parque
destacaram que a ideia é preservar também as antigas vilas e o amplo galpão, que poderá sediar feiras, exposições e apresentações musicais.
No processo em tramitação na Prefeitura consta que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) emitiu no ano passado, o Termo de Reabilitação, definindo
que a área está apta para uso como parque público. Também é citado parecer da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente propondo aceitar a doação desde que o
proprietário projete e construa o parque.
Os diretores ressaltaram que abrir o espaço para a visita é uma forma de a comunidade tomar conhecimento desse processo junto à Prefeitura. E, claro, depois de conhecer
a área, ajudar na pressão junto ao governo, principalmente neste ano de eleição.
Histórico

Por anos a fábrica da Linhas Corrente foi grande geradora de empregos e desenvolvimento na região. Com a saída da empresa do Jardim Independência, o terreno de
quase de 180 mil m², ficou ocioso e enfrentou anos de incertezas. Em 2002, o novo proprietário, o Grupo Zaffari, manifestou a intenção de implantar um grande shopping
com hipermercado no local, preservando a área com maior concentração de árvores que seria aberta à comunidade. Porém, no fim do mesmo ano, a Secretaria Municipal
do Verde e Meio Ambiente suspendeu a autorização de obra para análise ambiental. Sete anos após, em 2009, a Prefeitura propôs a desapropriação total do terreno,
através de um Decreto de Utilidade Pública.
A surpresa foi quando, pouco depois, o Governo do Estado acabou desapropriando metade do terreno – uma área de mais de 87 mil m². Grande parte das instalações da
antiga fábrica e várias árvores foram abaixo e no local foi construído pelo Metrô o Pátio Oratório da Linha 15-Prata do monotrilho – já em funcionamento.   Agora estão em
jogo os 86 mil m² restantes.
 Apoie
este Abaixo-Assinado. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.
Abaixo-assinado Parque Municipal Linhas CorrenteS
Para: PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ABAIXO ASSINADO
Parque São Lucas

São Paulo, setembro de 2012

Nós, abaixo assinados, membros atuantes do Movimento Viva o Parque Vila Ema, União dos Moradores de Vila Santa Clara, Associação e Cidadania Planeta 21, OSCIP – Aliança
Luz, Gazeta de Vila Prudente, vimos respeitosamente solicitar que o Parque Municipal Linhas Correntes, situado na Zona Leste/Sudeste da cidade de São Paulo, pertencente a
subprefeitura da Vila Prudente, seja implantado de imediato, conforme solicitação do PL 566/2013 da Exma Vereadora Juliana Cardoso, e dos Decretos: 51.097/2009 e
52.714/2011, os quais visam a desapropriação da área.
A desapropriação para a implantação do Parque Verde do São Lucas, se torna mister, pelo fato do futuro parque estar situado numa área de 180.250m2, que pertencia a Antiga
Fabrica das Linhas Correntes. Uma área verde, remanescente da Mata Atlântica. Desta área, 70.730,72 foram destinadas a ao pátio de manobras do metro e para a construção da
estação Oratório, da linha 2 verde do metrô.

Dada a carência de áreas verdes, na região da Vila Prudente, preservar uma região de mata nativa, e com o intuito de melhorar a condição de vida dos moradores em seu entorno e
ao mesmo tempo beneficiando outros cidadãos que poderão visitar a região e desfrutar dos mesmos benefícios, os quais também assinaram este d. documento. Assim, esperamos
que Vossa Exma Sabedora, que é do seu dever público para com seus eleitores e fazendo jus à confiança depositada nas urnas, que tome medidas urgentes no afã de preservar o
verde, visando às melhoras das condições climáticas, da preservação do verde e do meio ambiente, da preservação das espécies, da diminuição de poluentes na atmosfera, além
de manter espaço de lazer e cultura na cidade de São Paulo; tal discussão já chegou aos meios de comunicações e agora queremos que chegue a presença de Vossa Senhoria.
Os signatários
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

JUSTIFICATIVA
PROJETO DE LEI 01-00566/2013 da Vereadora Juliana Cardoso (PT)
““Dispõe sobre a implantação do Parque Municipal Linhas Corrente e dá outras providências.”
A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA:
Art. 1º Fica instituído o Parque Municipal Linhas Correntes, na área municipal de 90.000 m2, localizada na Avenida do Oratório, Rua Antônio Rodrigues, Avenida Secondino Rua
Ribeirópolis, Rua General. Irulegui Cunha, no Jardim Independência, Distrito de São Lucas, Subprefeitura Vila Prudente, conforme decreto 51.097/2009.
Art. 2º As despesas decorrentes da execução desta lei, correrão por conta de dotações orçamentarias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 3º - A implantação do Parque Municipal Linhas Correntes tem com objetivo a preservação da flora e fauna
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrario.
Sala das Sessões, 20 de agosto de 2013. Às Comissões competentes.”

Os signatários

ASSINAR Abaixo-Assinado

História de Vila Prudente


09:39 06/06/2019 
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Fábrica de Chocolates Falchi: a primeira indústria de Vila Prudente (1897)
Acervo do Colégio João XXIII

No dia 7 de outubro de 1890, o jornal O Estado de S. Paulo publicava o nascimento da Vila Prudente em uma pequena nota que afirmava: "Nesta capital foi constituída uma empresa
que adquiriu terras entre São Caetano e Mooca, com o fim de estabelecer uma vila que terá o nome encima citado nesta notícia (Vila Prudente), em homenagem ao governador do
Estado, dr. Prudente de Moraes".

Mapa antigo de Villa Prudente, grafado ainda com dois "eles", que mostra os primeiros proprietários dos lotes vendidos
pelos irmãos Falchi no loteamento em 1890
Acervo do Colégio João XXIII

Poucos sabem, mas os distritos que formam a Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba são tão populosos quanto
algumas importantes cidades do estado de São Paulo.

São áreas de grandes contrastes, parte delas desenvolvidas, outras com problemas típicos de uma grande metrópole,
como falta de verde, favelas (uma delas entre as maiores da cidade), ruas de terra, e o descaso do poder público em
gestões anteriores que acabaram por quase desfigurar a região, a segunda mais populosa, com 523.676 habitantes, de
acordo com o Censo de 2002 - atrás apenas da regional de Capela do Socorro, numa área total de 33,3 km².

Hoje, com a vinda do metrô, depois de longa espera, e da chegada do Monotrilho Leste, terá uma importância
fundamental para o desenvolvimento da região, beneficiando dezenas de comerciantes e melhorando a qualidade do
transporte da população por reduzir consideravelmente o tempo de viagem.  O ramal Vila Prudente do Monotrilho Leste
tem previsão de entrega em 2013.

Assim como outros bairros próximos, a Vila Prudente vai tomando aos poucos um novo fôlego para receber novos
empreendimentos, e discute, através de suas lideranças, o que fazer com grandes vazios deixados pela saída de
fábricas, a exemplo da Ford, que por muitos anos esteve ali presente, agora abrigando um Shopping Center, e da Linhas Corrente, adquirida por um grupo supermercadista.
De terras de pasto a centro urbano

Em 1829, o comerciante João Pedroso, dono de extensas áreas de Vila Prudente, utilizava as terras para pastos e cultivo de frutas. O terreno do comerciante correspondia às áreas
conhecidas hoje como Vila Ema, Vila Diva, Vila Guarani, Vila Zelina, Vila Bela, Jardim Independência, Vila Alpina, Parque São Lucas, Parque Santa Madalena, Fazenda da Juta, Vila
Industrial e Jardim Guairaca. Após a morte do comerciante, o herdeiro Antônio Pedroso, e sua esposa Martinha Maria, passaram a administrar as terras do pai.

Em 1870, pouco mais da metade do que é hoje a Vila Prudente, Mooca e Belenzinho, pertenciam a Martinha Maria, já viúva na época. Vinte anos depois, ela venderia suas terras -
conhecidas como Campo Grande - a três irmãos, imigrantes italianos, que transformariam o grande terreno em uma próspera vila industrial, a Fábrica de Chocolates e Confeitos
Falchi, com loteamentos para moradia de operários.

A fundação de Vila Prudente acontece em 4 de outubro de 1890. Foi neste ano que os irmãos Emídio, Panfílio e Bernardino Falchi, com auxílio do financista Serafim Corso,
compraram a gleba de terra dos Pedroso e instalaram a primeira indústria da região, a Fábrica de Chocolates Falchi. Os Falchi tinham a pretensão de lotear e realizar outros
negócios no grande terreno adquirido.

Assim, fundaram a Vila Prudente, novo bairro da zona Leste de São Paulo. A princípio o empreendimento dos três irmãos parecia uma investida audaciosa demais numa região com
pouca mão-de-obra. Mas os Falchi não erraram ao investir na região.

O operariado da fábrica de chocolates foi constituído basicamente de imigrantes italianos, que vieram das regiões da Mooca, Ipiranga e Brás. Além disso, os irmãos promoviam
mutirões para construção de moradias operárias no entorno da fábrica. Emprego e moradia, essa combinação fez com que se iniciasse um processo acelerado de povoamento da
Vila Prudente.

A fábrica dos Falchi impulsionou o desenvolvimento industrial e comercial da região. No início do século XX, depois da fábrica de chocolates, vieram outras importantes indústrias,
como a Cerâmica Vila Prudente, a Indústria de Louças Zappi, a Manufatura de Chapéus Oriente e a Fábrica Paulista de Papel e Papelão. De uma região quase deserta do final do
século XIX, a Vila Prudente se transformava em uma grande vila fabril.

O então Presidente do Brasil, Prudente de Moraes, prestou apoio direto à iniciativa dos Falchi, e acabou sendo homenageado por eles que batizaram o nascente distrito de "Vila
Prudente de Moraes".

Com a implantação de indústrias de papelão, cerâmica, louças e tecelagem, o sistema de transporte evoluiu, através dos ônibus e bondes, assim como os recursos de lazer.

Em 1923, Vila Prudente ganha autonomia política, pois até então era subordinada ao Ipiranga. Paralelamente ao desenvolvimento dos bairros, vão surgindo também os problemas
característicos das grandes metrópoles, como a formação da Favela de Vila Prudente, em 1940, composta basicamente por migrantes e trabalhadores da construção civil.

Com a inauguração da então Administração Regional de Vila Prudente (AR/VP), em 1973, o acesso dos moradores locais ao poder público municipal fica facilitado.

Texto: Elizabeth Florido - assessora de Imprensa da Subprefeitura de Vila Prudente / Sapopemba, com pesquisa de Thais Ernandes Gonçalves e Rodrigo Gomes de Carvalho -
estagiários

Fontes de consulta:
- O bairro de Vila Prudente - "O gigante paulistano" - Sua história, sua gente - de Mário Ronco Filho e Gilberto Mauerberg
- Arquivo de jornais da Folha de V. Prudente
- São Paulo, uma cidade em transformação - Secretaria de Coordenação das Subprefeituras

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