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O desenvolvimento infantil e a sua relação com a ludicidade

CUNHA, André Ricardo1


1501286
Professor orientador 2

RESUMO

Este artigo, elaborado mediante revisão bibliográfica e o fichamento de obras físicas


e digitais, busca demonstrar a importância das atividades lúdicas para o
desenvolvimento infantil. Cada vez mais os professores e a família tem relevado a
importância da ludicidade na progressão das crianças, desta maneira ao revisitar as
teorias sobre o desenvolvimento infantil de autores como Fröbel, Piaget, Vygotsky e
Wallon, que revolucionaram o estudo da pedagogia ao explanar como se dá a
aquisição de conhecimentos e habilidades durante a infância. Os jogos, brinquedos
e brincadeiras sempre estiveram presentes na vida da criança, sendo espontâneos
ou direcionados eles têm um forte fator educacional e de desenvolvimento
psicossocial, uma vez que trabalham uma série de habilidades no relacionamento
interpessoal, tais como, segurança, o saber compartilhar, autoconfiança, a
criatividade. Voltado a comunidade escolar este artigo demonstra que as atividades
lúdicas é a maneira mais orgânica de propiciar o desenvolvimento adequado das
crianças.

Palavras-chave: Desenvolvimento. Lúdico. Brincadeiras

1 INTRODUÇÃO

O lúdico faz parte do universo infantil desde o início dos tempos, não
importando o lugar e o contexto a criança tem a capacidade de com um simples
objeto criar um universo ao seu redor e é desda forma que a criança se apropria de
uma série de habilidades e conhecimentos.
No mundo da criança, não há diferença entre os jogos brinquedos e
brincadeiras, que ensinam e aqueles que são apenas para divertimento, na fase da
educação infantil todos eles são repletos de significado e ignorar essa ferramenta
didática é um erro cada vez mais comum nas fases iniciais do processo educacional.
As práticas lúdicas são capazes de potencializar a imaginação e a atenção
facilitando o processo de aprendizagem da criança, além de ser um meio de
desenvolvimento de habilidades psicossociais.

1
Aluno do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de
Curso 01 -2020. (semestre e ano).
2
Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.

1
Professores e pais tem relevado a importância das atividades lúdicas na
construção do conhecimento das crianças. Por pura desídia repetem de forma
massiva atividades de completar, colorir, ligar imagens a textos e se esquecem do
seu papel de mediador no processo de aprendizagem e as aulas que poderiam ser
plenas em significado e satisfação mediante a adoção de jogos, brinquedos e
brincadeiras se tornam uma ferramenta de alienação na qual se ocupa o tempo dos
estudantes.
É um fato que o currículo de formação acadêmica fornece aos profissionais
da educação o referencial teórico, porém a didática em sala de aula é algo
construído na prática e é justamente neste ponto que existem falhas na formação
destes profissionais. Durante a formação acadêmica o único contato que o futuro
professor tem com a realidade em sala de aula é durante a realização do estágio
obrigatório. Que na maioria das vezes é composto pela observação e realização de
relatórios. Salvo em alguns casos em que o futuro professor prepara uma aula. De
acordo Lavoratti (2008), em pesquisa foi identificado que:
95% dos cursos analisados, os estágios não são integrados à prática de
sala de aula e não há acompanhamento adequado por parte dos
orientadores; os saberes relacionados a tecnologias no ensino estão
praticamente ausentes; as ementas não especificam como são usadas as
muitas horas dedicadas a atividades complementares(...) (LAVORATTI,
2008, p. 76)
Neste artigo foram revisitadas teorias que revolucionaram o processo de
ensino ao considerar como ocorre o desenvolvimento cognitivo durante a infância e
como o lúdico transforma-se em uma ferramenta apropriada para a construção do
conhecimento na educação infantil.
Ao apresentar como a ludicidade está ligada ao desenvolvimento infantil
esperamos resgatar, principalmente aos professores que atuam na educação infantil,
mas também aos pais, professores e a comunidade escolar, de que ao usar o lúdico,
de forma direcionada e mediada, o estudante desenvolverá uma série de habilidades
sociais importantes e tornará o ensino e aprendizagem mais efetivo e prazeroso.

2 METODOLOGIA

2
Para o desenvolvimento deste artigo foram revisitados os estudos de autores
que são referência no desenvolvimento infantil e que foram determinantes para que
a forma como o processo de aprendizagem fosse reinventado.
O desenvolvimento deste artigo de revisão bibliográfica qualitativa foi
desenvolvido mediante a leitura e fichamento de obras, livros, artigos, monografias,
sites acadêmicos etc, em meios físicos e digitais que foram marcos para mudança
no processo de ensino pra os anos iniciais da educação, tomando o cuidado de não
se afastar dos estudos e contribuições mais recentes na área, desta maneira, de
acordo com CERVO “a pesquisa bibliográfica, a fonte das informações, por
excelência estará sempre na forma de documentos escritos(...) (CERVO, 2007,
pag.80).
Em virtude da abundância de material sobre o tema proposto no artigo o
fichamento do material foi dividido em textual, temático e bibliográfico.
Fichamento Textual - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a
sequência do pensamento do autor e destacando: ideias principais e
secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às
ideias principais. Traz, de forma racionalmente visualizável - em itens e de
preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma
espécie de “radiografia” do texto. Fichamento Temático - reúne elementos
relevantes (conceitos, fatos, ideias, informações) do conteúdo de um tema
ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na
transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no
registro de ideias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem
vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra,
cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das
ideias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As
que trazem simplesmente ideias pessoais não exigem qualquer indicação.
Fichamento Bibliográfico - consiste em resenha ou comentário que dê idéia
do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito
também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o
tema ou a área de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a
documentação textual e temática.

3 AS BASES TEÓRICAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

3.1 Fröbel o criador dos jardins de infância

De acordo com Heiland (2010), Friedrich Wilhelm August Fröbel, nasceu em


21 de abril de 1782, na vila de Oberweissbach, situada em meio as florestas da

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Turíngia, era o sexto filho do pastor luterano Johann J. Fröbel e de sua esposa
Jakobine E. Hoffman.
Órfão de mãe aos seis meses de idade e com as constantes viagens do pai,
Friedrich Fröbel é criado praticamente por seus irmão e pelos empregados de seu
pai. De certo modo o falecimento de sua mãe moldou a sua infância, que foi
marcada pela negligência de seu pai e posteriormente pela indiferença de sua
madrasta, uma vez que seu pai casa-se novamente em 1785.
A negligência parental torna Friedrich Fröbel em uma criança introspectiva,
mas aos olhos de seu pai essa introspecção é vista como insolência e falta de
inteligência. É nesse processo de introversão que Fröbel cria o hábito de observar e
analisar a natureza ao seu redor.
No ano de 1796, na cidade de Stadtilm, Friedrich Fröbel termina sua
escolaridade em uma escola comunal. Já no ano de 1799 matricula-se na
Universidade de Jena para fazer o curso de ciências naturais, porém interrompe sua
formação para cuidar de seu pai doente e também por dificuldades financeiras.
Em 1802, ano da morte de seu pai, Fröbel se torna agrimensor na localidade
de Baumach e depois exerce o mesmo ofício em Bamberg. Já em 1803, mediante
anúncio que manda publicar, é admitido para exercer a atividade de secretário
privado da localidade de Gross-Miltzow.
O ano de 1805 é considerado um marco biográfico para Fröbel, Neste ano ele
vai para Frankfurt tentar carreira na função de arquiteto para a qual não logra êxito,
porém é contratado por uma escola que aplica os princípios de Pestalozzi e é ali que
encontra sua verdadeira vocação.
Graças a ajuda de benfeitores, em 1808, Fröbel, muda-se para a Suíça para
se profundar seus conhecimentos nos métodos pedagógicos propostos por
Pestalozzi. Neste período inicia-se a sua produção científica.
Entender a infância e como se deu início a produção científica de Friedrich
Fröbel é importante, pois é possível determinar o motivo pelo qual ele valorizava a
puerícia. De acordo com Oliveira-Formosinho (2007):
Reunindo as proposições de Rousseau, Pestalozzi, bem como princípios de
Schelling, Fichte, Schiller, Krause e Richter, compôs um constructo teórico
original de sugestões práticas que superam o seu tempo e inspiram muitas
reflexões pedagógicas. (OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2007, p.37)

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A compreensão do contexto histórico e a descoberta de sua vocação é
importante para significar a relevância das contribuições de Fröbel para a mudança
das práticas e da mentalidade pedagógica e por quais motivos seus textos ficaram
primeiramente conhecidos na Europa do que no seu país. Quando do seu
falecimento em 1852, não havia ainda sido forma o Império Alemão, ou seja, toda a
vida e obra de Fröbel se deu na Prússia, inclusive, de acordo com Heiland (2010), se
alistou para o corpo de voluntários na guerra Franco-Prussiana, tendo combatido os
exércitos de Napoleão no período entre 1813 e 1814.
Em 1816, de acordo com Heiland (2010), devido a morte de um de seus
irmãos, passa a cuidar da educação de seus sobrinhos. Fundando em 1817, na
localidade de Keilhau, uma escola privada denominada de Instituto Geral Alemão de
Educação. Nesta Instituição Fröbel tem a oportunidade de colocar em prática as
suas teorias e pedagógicas. O período em que esteve em Keilhau, a frente de sua
instituição de ensino, foi um época de extensa produção científica tendo escrito seis
manifestos, nos quais expõe as bases teóricas de sua pedagogia e a sua mais
importante obra intitulada “A Educação do Homem”.
A fama de nacionalista e liberal atribuída a Fröbel ocasionou a ruína de sua
instituição em Keilhau, uma vez que a vigília era constante por parte da polícia
prussiana, desta forma, sua instituição entra em crise em 1829, porém Fröbel
permanece em Keilhau até 1831.
Com a impossibilidade de prosseguir com seu trabalho, ainda no ano1831, vai
a Frankfurt onde conhece o compositor Xaver Schnyder com o qual abre o Instituto
de Educação de Wartensee na Suíça.
Nos anos seguintes suas tentativas de colocar em prática as suas práticas
pedagógicas não logram êxito, por este motivo, em 1836, retorna para a Turíngia,
onde abre um estabelecimento voltado para a infância e a juventude. É neste
estabelecimento que Fröbel cria os seus primeiros “dons”.
No ano que segue, 1837, escreve os primeiros textos sobre os “dons” e os
jogos que serão publicados posteriormente em sua própria revista semanal.
Somente no ano de 1840, inaugura o primeiro jardim de infância na sede da
municipalidade de Bad Blankenburg.

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Fröbel fez com que as práticas pedagógicas para as crianças fossem
totalmente repensadas e reconstruídas. Antes de Fröbel já haviam autores que
discorreram sobre os jogos para as crianças, porém como sendo para divertimento,
passa tempo, ou pra desenvolvimento de funções motoras. Fröbel é o primeiro autor
a colocar a criança como protagonista da construção do conhecimento.
Ao admitir conexões internas feitas pela criança, Fröbel supera a proposta
de Pestalozzi de usar as coisas reais como um fundamento para o treino
intelectual pelos sentidos, definindo a auto-atividade como princípio central
que move a ação da criança. Assim, o filófoso a compreende como ser ativo
e criativo, a qual faz conexões internas, tem capacidade de aprender,
adquire experiência por meio da auto-atividade, faz reflexão e chega à
autoconsciência com o auxílio do adulto. (OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2007,
p.44)
As atividades realizadas no Jardim de Infância faziam uso da ludicidade, as
crianças entoavam cantigas, dançavam, brincavam, jogavam e etc, porém Fröbel
fazia questão de que todas essas atividades fossem planejadas para que as
crianças tirassem o máximo de conhecimento de cada uma delas. Inclusive os
“dons” por ele fabricados, nada mais era do que brinquedos, novelos de lã coloridos,
pirâmides, esferas, dados, e conjuntos de dados e blocos de madeira, com fins
pedagógicos e a sua utilização também era planejada.

3.2 Vygotsky e a zona de desenvolvimento proximal

Conforme Ivic (2010), Lev Semionovich Vygotsky nasceu em17 de novembro,


em Orsha, um pequeno povoado situado na Bielorrússia. Faleceu em 11 de junho de
1934, aos 37 anos em virtude da Tuberculose. Filho de uma prosperá família judia,
sua educação é realizada por tutores. Somente aos 15 anos de idade que Vygotsky
ingressa em uma unidade formal de ensino. Inicia o curso de direito, no ano de
1913, na Universidade de Moscou. Seu gosto por filosofia e história o levam a
Universidade Popular de Shanyavskii, aonde assisti aulas paralelamente ao curso de
direito. Vygostky recebe a confirmação do diagnostico de tuberculose no ano de
1920, isto faz com que acelere a sua produção científica imbuído de um senso de
urgência, em virtude da perspectiva de vida reduzida em decorrência da doença.
No livro “A Formação Social da Mente”, Vygotsky(1991) aponta as principais
correntes de pensamento no que diz respeito a como se dá o desenvolvimento e a

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aquisição do conhecimento em crianças em idade correspondente a Educação
Infantil.
A primeira corrente de pensamento posta por Vygotsky é aquela que torna os
processos de desenvolvimento e aprendizado como não interdependentes, ou seja,
o desenvolvimento da criança seria algo natural e alheio as suas experiências
escolares como segue:
O aprendizado é considerado um processo puramente externo que não está
envolvido ativamente no desenvolvimento. Ele simplesmente se utilizaria
dos avanços do desenvolvimento ao invés de fornecer um impulso para
modificar seu curso.Em estudos experimentais sobre o desenvolvimento do
ato de pensar em crianças em idade escolar, tem-se admitido que
processos como dedução, compreensão, evolução das noções de mundo,
interpretação da casualidade física, o domínio das formas lógicas de
pensamento e o domínio da lógica abstrata ocorrem todos por si mesmos,
sem qualquer influência do aprendizado escolar.(VYGOTSKY, 1991, p.52)
A segunda corrente teórica identificada por Vygostky em sua obra é aquela
que torna o aprendizado e o desenvolvimento indissociáveis, ou seja, o aprendizado
refletiria imediatamente no desenvolvimento como segue:
Uma dessas teorias se baseia no conceito de reflexo, uma noção
essencialmente velha, que, recentemente, tem ido extensivamente revivida.
O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados, não
importando se o que se considera é o ler, o escrever ou a aritmética, isto é,
o processo de aprendizado está completa e inseparavelmente misturado
com o processo de desenvolvimento.(VYGOTSKY, 1991, p.53)
A última corrente teórica identificada por Vygotsky é uma tentativa de
suplantar as teorias anteriores combinando-as. Em seu livro Vygotsky exemplifica
essa corrente da seguinte maneira:
Um exemplo claro dessa abordagem é a teoria de Koffka, segundo a qual o
desenvolvimento se baseia em dois processos inerentemente diferentes,
embora relacionados, em que cada um influencia o outro; - de um lado a
maturação, que depende diretamente do desenvolvimento do sistema
nervoso; de outro o aprendizado, que é em si mesmo, também um processo
de desenvolvimento.(VYGOTSKY, 1991, p.53)
Como julga essas correntes teóricas insuficientes Vygotsky postula sua
própria teoria denominada de “Zona de Desenvolvimento Proximal”. Em suma a
zona de desenvolvimento proximal é tudo aquilo que a criança ainda não é capaz de
realizar sozinha, ou seja, que necessitaria do auxílio de um adulto ou até mesmo de
uma outra criança que já tenha desenvolvido aquela habilidade. Atualmente, na
educação infantil, é um conceito muito utilizado, desta maneira as crianças, na
maioria das vezes, realizam as atividades em pares ou em pequenos grupos e

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contam sempre com o auxílio uma das outras. Vygotsky define a zona de
desenvolvimento proximal da seguinte forma:
A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não
amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que
amadurecerão, mas que estão presentemente em estado embrionário.
Essas funções poderiam ser chamadas de "brotos" ou "flores" do
desenvolvimento, ao invés de "frutos" do desenvolvimento. O nível de
desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental
retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal
caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente. (VYGOTSKY,
1991, p.57).
Os pensamentos e teorias desenvolvidas por Vygotsky o caracteriza na
corrente interacionista, ou seja, que seria mediante a interação da criança com o seu
meio que se daria o seu desenvolvimento cognitivo. Cabe ressaltar que, para
Vygotsky, as atividades lúdicas, tais como, o brincar, o jogar e o jogo de papéis era
uma maneira de interação na qual a criança usava de forma significante a zona de
desenvolvimento proximal. Brincando a criança se torna capaz de desenvolver,
mesmo que de forma rudimentar, de significar normas e regras culturais do “mundo
adulto” ao seu entorno.
O “brincar” no contexto da teoria de Vygotsky, além de uma atividade lúdica, é
um conduto para que a criança desenvolva o seu intelecto e as suas habilidades
socioemocionais.

3.3 Os estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget

Jean Piaget, nasceu em Neuchatel, na Suíça, no dia nove de agosto de 1896.


Faleceu em Genebra em 16 de setembro de 1980. Forma-se em biologia no ano de
1915 na Universidade de Neuchatel e três anos após conclui o seu doutorado.
Muda-se para Zurique para estudar psicologia com ênfase em psicoanálise. O ano
de 1919 é considerado um marco biográfico na vida e obra de Jean Piaget, é neste
ano que ele se muda para a França e inicia os trabalhos que culminam na
formulação da sua teoria sobre o desenvolvimento cognitivo infantil. (MUNARI,2010)
Piaget é o criador da “Epistemologia Genética” que é o estudo da relação
entre o homem e o objeto do conhecimento, bem como, as mudanças evolutivas que
decorrem desta relação. Neste campo desenvolveu sua teoria a respeitos dos

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estágios do desenvolvimento que tem grande relevância na aplicabilidade de
práticas pedagógicas em crianças na fase de educação infantil.
O primeiro estágio do desenvolvimento é denominado de sensório-motor,
período compreendido entre o nascimento até aproximadamente os dois anos, nesta
fase a criança percebe o ambiente a sua volta através dos seus sentidos e
movimentos. Esta fase é caracterizada pela ausência de linguagem e da
incapacidade de formular símbolos, visto que é uma fase essencialmente sensorial
os estímulos dessa natureza devem ser diversos e ricos, pois são a base para o
desenvolvimento do próximo estágio.
O segundo estágio do desenvolvimento é denominado de pré-operatório,
período compreendido dos dois aos sete anos aproximadamente, nesta fase a
criança já é capaz de formar símbolos linguísticos ou não, ou seja, consegue evocar
signos ausentes através dos conhecimentos adquiridos e realizar a leitura de
imagens. A cognição ainda é marcada pelo egocentrismo e pela irreversibilidade,
desta maneira, a criança ainda não é capaz de pensar por uma ótica diferente da
própria ou a ponderar pontos de vista deferentes daqueles já interiorizados. As
manifestações, nessa idade, são livres e intuitivas, o uso da imaginação de torna
frequente, bem como os jogos simbólicos que usam como uma maneira de recriar a
realidade ao seu redor
O terceiro estágio do desenvolvimento é denominado de operatório concreto,
período compreendido dos sete aos 11 anos aproximadamente. Nesta fase ocorre a
migração da forma de linguagem que deixa de ser egocêntrica e passa a ser
socializada. Cabe ressaltar que esta migração da forma de linguagem é
extremamente dependente dos estímulos verbais recebidos na fase anterior. A
incapacidade de entender pontos de vista diferentes do seu é substituído por uma
reversibilidade rudimentar. Apesar de já compreender o mundo ao seu redor e de
diversas estruturas psíquicas já terem sido desenvolvidas seu raciocínio ainda é
baseado em situações concretas.
O quarto estágio do desenvolvimento é denominado operatório formal,
período compreendido a partir dos 12 anos aproximadamente, nesta fase a cognição
é hipotética dedutiva, ou seja, o adolescente é capaz de formular e reformular
conceitos com base em fatos concretos e abstratos. (FORMOSINHO, 2007, p.207-209)

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3.4 Os estágios de desenvolvimento para Wallon

Henri Paul Hyacinthe Wallon, foi um médico, filósofo, politico e psicólogo,


Nasceu em Paris na França, em 15 de junho de 1879. Filho de uma família burguesa
faleceu no dia 1º de Dezembro de 1962, aos 83 anos, em sua cidade natal. Em 1902
forma-se filósofo pela Escola Normal Superior aonde se torna professor agregado no
ano posterior. Após um ano exercendo a docência, em 1904, inicia os estudos em
medicina, em 1908, conclui a sua formação em medicinada com especialização em
psiquiatria infantil. No ano de 1925 publica “A criança turbulenta” como sua tese de
doutorado. Esta obra é considerado o início de uma vasta produção científica
devotada a infância. (GRATIOT-ALFANDÉRY, 2010)
Segundo Galvão (1995), assim como Piaget, Wallon, é caracterizado, por
suas teorias, como cognitivista e em seus estudos identificou os estágios de
desenvolvimento, porém, diferentemente de Piaget que se baseou na crescente
linear das capacidades cognitivas, a teoria de Wallow focou também em aspectos
afetivos e nos conflitos existentes entre o universo da criança e o mundo adulto ao
seu redor.
No primeiro estágio é denominado de Impulsivo Emocional, período
compreendido do nascimento até um ano aproximadamente, nos primeiros meses
de vida, até aproximadamente o terceiro mês, o recém-nascido vivi em um período
onde é governado essencialmente pelos impulsos fisiológicos. Até o final do primeiro
ano de vida, a criança, possui uma ligação afetiva muito forte com a figura materna,
sendo que para o bebê as emoções é a forma de comunicação com o seu meio.
O estágio seguinte é denominado de Sensório-Motor e Projetivo, período
compreendido aproximadamente de um a tês anos, esta fase se inicia com a
exploração sensório motora do espaço ao seu redor. Com a aquisição de autonomia,
através do movimento, e da linguagem, a criança avança para o estado projetivo,
uma vez que ainda necessita de movimentos para auxiliar a “projetar” os seus
pensamentos.
O terceiro estágio é denominado de Personalismo, período compreendido dos
três aos seis anos aproximadamente, está é a fase em que a criança imprime a sua

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personalidade, tal construção se dá mediante a ressimbolização do “eu” mediante as
interações sociais. Surge a linguagem simbólica, ou seja, a capacidade de invocar
objetos ausentes mediante a compreensão de signos e também os jogos
representativos de papéis.
O estágio seguinte é denominado Categorial, período compreendido entre os
seis e 11 anos aproximadamente, nesta fase, com a assentamento da função
simbólica e com a diferenciação da personalidade surgem interesses e gostos
próprios. A função de diferenciação/categorização que surge nesta idade representa
um grande avanço nas funções cognitivas, pois o indivíduo passa a perceber que há
diferenças entre um objeto e suas qualidades.
O último estágio é denominado de Puberdade e Adolescência, ocorre
aproximadamente a partir dos 11 anos, esta fase é marcada por uma ruptura da
tranquilidade emocional e afetiva. Para o adolescente surge a necessidade de
autoafirmação e de reconstruir traços de personalidade e valores.

3.5 O desenvolvimento infantil na visão neurocientífica

A neurociência dedica-se ao estudo do cérebro e ao sistema nervoso, bem


como ocorre o seu desenvolvimento, alterações e a sua influência sobre o corpo
humano.
No artigo “Neurociência dos seis primeiros anos – implicações educacionais”
(BARTOSZECK 2004)”, faz um compilado as informações básicas dos avanços no
campo da neurociência que julga como pontos de interesse para a prática educativa.
O artigo supracitado dá um panorama de como ocorre o desenvolvimento do
cérebro durante a infância e como as informações referentes a este
desenvolvimento tem se modificado graças aos modernos aparelhos de neuro
mapeamento. Antigamente acreditava-se que a arquitetura neuro celular do cérebro
já estava determinada no nascimento, porém essa teoria não é mais aceita, pois
hoje sabe-se que a formação dos circuitos cerebrais são influenciados pelos
estímulos do meio desde o início de sua formação ainda no útero materno.
Uma considerável parcela da formação cerebral se dá na fase embrionaria, na
gênese do cérebro, primeiro trimestre de gestação, o desenvolvimento do feto pode

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ser particularmente comprometido por neurotoxinas, provenientes de álcool, drogas,
tabaco e metais pesados. Da mesma maneira os estímulos vindouros de um lar
abusivo, com histórico de dependência química e violência geram comprometimento
no desenvolvimento das funções cognitivas da criança com impactos até a vida
adulta.
A concepção moderna do neuro desenvolvimento refuta a concepção de que
a formação do cérebro e das funções cerebrais seriam fruto exclusivo de
determinação genética. A concepção moderna da neurociência admite que o neuro
desenvolvimento sofre influências das vivências cotidianas, ou seja, este
desenvolvimento seria fruto de uma intrincada e complexa interação de
determinações genéticas com as experiências de vida, sendo que tais experiências
refletem na arquitetura cerebral do sujeito na fase adulta. Porém, foi a constatação
de que o desenvolvimento neurológico não segue uma linearidade e de que há
períodos criticos de aquisição de habilidades durante a infância que causou um
frenesi nos entusiastas da educação infantil.
Os períodos críticos nada mais são do que fases do desenvolvimento de
neurológico no qual seria mais propicia a aquisição de funções e habilidades. Para a
visão o período crítico é de 0 a 6 anos, para o controle emocional seria de 9 meses
aos 6 anos, as formas comuns de reação de 6 meses aos 6 anos, linguagem
simbólica dos 18 meses aos 6 anos, linguagem dos 9 meses aos 8 anos, habilidades
sociais dos 4 aos 8 anos.
Cabe ressaltar que um ambiente empobrecido de estímulos pode retardar o
desenvolvimento neurológicos humano, porém o processo formador de novas
sinapses não se interrompe após o período crítico. Para exemplificar esta
plasticidade do cérebro humano vamos pensar em um homem adulto que não
apreendeu a ler e a escrever. Se você mostrar para esta pessoa diversas imagens,
dentre elas a de um relógio, e lhe pedir para identificar o relógio ela apontará
corretamente a imagem, isto significa que a linguagem simbólica foi devidamente
adquirida. Já se mostrar diversas palavras escritas, inclusive a palavra “relógio” ela
não será capaz de fazer a identificação, pois não houve a aquisição da linguagem
simbólica referente aos signos da linguagem escrita. Sabe-se que o período crítico

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da linguagem está situado na infância, porém isso não impede um homem já adulto
de aprender a ler e a escrever.
Para concluir o autor pondera que não há evidências de que um ambiente
enriquecido desempenhe algum beneficio no desenvolvimento infantil, ou seja, as
atividades cotidianas do universo infantil lhe garantem o desenvolvimento e
habilidades deficitárias por ambientes empobrecidos podem ser recuperadas.

4 OS BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES LÚDICAS

As bases epistemológicas e científicas apresentadas no decorrer deste artigo


mostram que a criança não vê e interage com ao mundo ao seu redor como os
adultos. A infância é um período de constante desenvolvimento de funções motoras,
sociais, afetivas e cognitivas e o entendimento de com o se dá estes processos foi
fundamental para que as práticas pedagógicas voltadas para as crianças fossem
repensadas.
As atividades lúdicas são o caminho mais natural para o desenvolvimento
infantil, uma vez que, o brincar já faz parte do universo da criança. Através destas
simples atividades as crianças se tornam capazes de apropriar-se de habilidades
importantes ao convívio social e para o seu autodesenvolvimento.
O uso da ludicidade nas atividades realizadas com as crianças na educação
infantil têm um papel importante ao se criar um ambiente de aprendizagem simples,
espontâneo e divertido, no qual, a criança, com o auxílio das ferramentas
pedagógicas adequadas se torna protagonista do processo de aprendizagem
desenvolvendo conhecimentos, conceitos e habilidades.
Por outro lado os jogos e brincadeiras no espaço escolar devem ser pensados
como um instrumento pedagógico, ou seja, é necessário que o professor planeje as
atividades e os resultados que deseja alcançar. Em suma estas atividades devem
apresentar finalidades gerais e específicas, que mediante a intermediação do
professor, espera-se atingir.
Como uma atividade comum da infância os jogos brinquedos e brincadeiras
possuem múltiplas finalidades, tais como, desenvolvimento psicomotor, verbalização
e aquisição de vocabulário, compreensão simbólica e de signos, leitura de imagens,

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compreensão de normas e regras, socialização e etc. sendo que, os conhecimentos
adquiridos servirão de alicerce para a desenvolvimento de novas habilidades e o
aprimoramento daquelas já adquiridas.

4.1 Brinquedos, brincadeiras e jogos tipos e funções

O “brinquedo” pode ser conceituado como qualquer tipo de objeto através do


qual a criança obtenha satisfação ou desenvolva uma narrativa própria. Desta
maneira um brinquedo não é necessário algo adquirido mediante uma relação
comercial, uma vez que, a capacidade imaginativa de uma criança pode facilmente
transformar uma caixa de fósforos em um carrinho. Na realidade qualquer objeto
para a criança passa a ter uma finalidade lúdica a partir do momento que é utilizado
como forma de expressão com uso da imaginação e da criatividade.
Nos primeiros meses de vida, o recém-nascido de até três meses, responde
principalmente aos estímulos fisiológicos e reflexos motores, tanto que crianças
nessa idade, quando tocadas nos pés, tentam fechar os dedos em um reflexo para
segurar assim como ocorre nos dedos das mãos. Os meses seguintes são
marcados pelo desenvolvimento do reconhecimento de faces e emoções. Neste
período há um forte vínculo com os seus cuidadores que são na realidade o primeiro
“brinquedo” para a criança.
Com o desenvolvimento das funções motoras o próprio corpo da criança
passa a ser um brinquedo. Se torna comum ver as crianças em seus berços
manipulando os pés. Com o engatilhar e posteriormente com o andar a criança
passa a ir em direção de objetos de seu interesse, os segura e os arremessa.
Até que haja o desenvolvimento da linguagem os brinquedos servem
principalmente para o desenvolvimento das funções motoras, porém com o
desenvolvimento da linguagem passam a servir também para a aquisição de
vocabulário, verbalização, construção de linguagem simbólica e socialização.
Os brinquedos podem ser divididos em categorias conforme a função que
possuem que são:
Os brinquedos de estímulo sensorial: são aqueles que combinam diferentes
texturas, aromas, sons. Tem a finalidade de desenvolver os sentidos principalmente

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o táctil, o olfativo e a audição. Exemplos desde tipo de brinquedo são os tapetes
tácteis, massinha de modelar, slime, caixa sensorial e etc.
Os brinquedos de estímulo motor: são aqueles que possuem peças de
encaixe, compartimentos que abrem e fecham, botões, alavancas e etc. Em suma
são aqueles brinquedos que estimulam a movimentação da criança, tais como caixa
de blocos para montagem, caixa de encaixe de formas geométricas, andadores,
carrinhos para empurrar e puxar e etc.
Os brinquedos de estímulo da função simbólica: são aqueles que auxiliam a
formação de imagens mentais representativas de números, objetos, letras, ou seja, a
formação de uma imagem mental de um signo qualquer. Exemplos desde tipo de
jogo o jogo da memória, alfabeto móvel, sílabas móveis.
Os brinquedos educativos: erroneamente chamados de brinquedos
pedagógicos, pode ser qualquer brinquedo que o adulto utilize como ferramenta
pedagógica para o processo de ensino e aprendizagem.
Na dinâmica infantil é muito difícil que um brinquedo assuma apenas a função
de um estímulo específico, uma vez que durante a manipulação do brinquedo as
crianças exercitarão a criatividade, a imaginação, a socialização, a verbalização
dentre outros.
Já a brincadeira pode ser caracterizada como a ação de brincar, pode
envolver ou não o uso de brinquedos. As brincadeiras podem ser dirigidas, quando
contam com a orientação de um adulto, ou espontâneas, quando partem do
interesse próprio da criança.
É no ato de brincar que o brinquedo obtém significado para a criança e se
torna a matéria-prima pra o alicerce de novos conhecimentos e habilidades. Em uma
brincadeira os blocos de montar deixam de ser apenas peças de encaixe e se
tornam casas, prédios e a criança pode imaginar uma série de situações de um
mundo que ainda não é o seu.
A brincadeira é a ludicidade em ação, mas também é uma forma efetiva da
criança obter e potencializar conhecimentos e habilidades. Veja o que Vygotsky
(1991) diz:
Continuamente a situação de brinquedo exige que a criança aja contra o
impulso imediato. A cada passo a criança vê-se frente a um conflito entre as
regras do jogo e o que ela faria se pudesse, de repente, agir
espontaneamente. No jogo, ela age de maneira contrária à que gostaria de

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agir. O maior autocontrole da criança ocorre na situação de brinquedo.
(VYGOTSKY, 1991 p. 65)
O conceito de “jogo” está intimamente ligado aos conceitos de brinquedo e
brincadeira, porém neste surge a figura do jogador. Deferentemente dos conceitos
abordados anteriormente o jogo é considerado mais elaborado pela sua
contextualização no tempo e espaço e cultural e também pelo surgimento da
necessidade de seguir normas e regras para que seja real.
Alguns jogos surgem naturalmente para a criança e são característicos da
idade. Esse é o caso do jogo representativo de papéis. Neste tipo de jogo as
crianças representam, através da imitação, os papéis e proposições das relações
sociais de um mundo que ainda não é o seu. Neste tipo jogo as crianças tentam agir,
falar, e se comportar seguindo aquilo que entendem serem as normas socioculturais
de seu meio. Essa representação feita pela criança o coloca na posição de poder
internalizar regras e normas sociais que ainda estão situadas na sua zona de
desenvolvimento proximal. De acordo com Vygotsky (1991):
Essa subordinação estrita às regras é quase impossível na vida; no entanto,
torna-se possível no brinquedo. Assim, o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se
comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na
realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém
todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele
mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento.(VYGOTKY, 1991, p.67)
Os jogos tradicionais, são aqueles da cultura popular de um país ou região
cujas regras são passadas de uma geração para a outra. Dentre os jogos
tradicionais podemos citar a amarelinha, esconde-esconde, boca de forno, pique
bandeira, queimado e etc. Os jogos tradicionais, como são atividades coletivas,
trabalham a socialização através das relações interpessoais firmadas pelas crianças,
a psicomotricidade fina e grossa, a verbalização uma vez que muitas são
estruturadas com base em cantigas, dentre outras.

5 CONCLUSÃO

Com este artigo pretendeu-se, mediante a revisão de bibliografia, demonstrar


que o desenvolvimento infantil está diretamente ligado a ludicidade. Para cumprir
este objeto foram revisitados as contribuições de grandes nomes que

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desenvolveram estudos relacionados ao desenvolvimento infantil pontuando o que é
considerado por muitos como as contribuições mais relevantes no estudo da
Pedagogia, no que diz repeito ao processo de aquisição de conhecimento e
habilidades pelas crianças e qual a sua relação com as atividades lúdicas.
O resultado obtido é uma união da contribuição de diversos estudiosos que
demonstra de maneira clara e inequívoca que a criança não vê e interage com o
mundo ao seu redor como os adultos fazem e que as atividades lúdicas são o meio
mais orgânico para que a criança desenvolva conhecimentos e habilidades. Desta
maneira conscientizando a comunidade escolar que a utilização do lúdico, de
maneira planejada e intermediada por um adulto, é indispensável para a formação
de conhecimentos, valores e habilidades.

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REFERÊNCIAS

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