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OCULTISMO: UM SINAL DOS TEMPOS

Pr. Esequias Soares


“E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias,
nem da sua prostituição, nem das suas ladroíces” (Ap. 9.21).
A feitiçaria faz parte da apostasia religiosa prevista por Jesus e seus
apóstolos. Ciências ocultas, feitiçaria, esoterismo e ocultismo fazem parte
de um mesmo sistema religioso.
Ocultismo é a crença nas forças ocultas e práticas adivinhatórias da
magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia,
necromancia, numerologia e outras ciências ocultas. Foi Eliphas Lévi, na
França, em 1856, que usou pela primeira vez a palavra ocultismo, e seus
derivados, com o sentido de esoterismo. Hoje muitos esotéricos
questionam a equivalência ocultismo-esoterismo, mas na prática não dá
para separar essas duas coisas.
Qualquer que seja o nome dado a essas práticas, o certo é que elas
são abomináveis aos olhos de Deus e, portanto, condenadas pela Bíblia.
São uma afronta ao Senhor. A Palavra diz que os que cometem tais coisas
não herdarão o reino de Deus, estão alienados de Deus (Gl. 5.19-21).
Apesar dessas advertências, o ocultismo está hoje ganhando influência
em todos os níveis sociais, na política, nos meios de comunicação, na
indústria, no comércio, no esporte, na arte, na literatura e até na
educação. Em todas as panes da Terra, políticos, cientistas, empresários,
financistas, artistas, religiosos estão sendo influenciados pelo ocultismo.
O avanço das práticas ocultistas em todo o mundo é mais uma prova
de que a Bíblia se cumpre. A palavra grega feitiçaria, no texto sagrado em
foco, é pharmakeia, que significa magia, além de feitiçaria. O pharmakos
ou pharmakeus era o manipulador de drogas, daí vem a palavra farmácia.
Essas drogas eram usadas na medicina, mas os mágicos ou bruxos
manipulavam os efeitos alucinógenos delas para rituais de magia. Essa
palavra é também aplicada aos magos e encantadores do Egito, na
Septuaginta. Hoje envolve toda a forma de ocultismo.

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Uma avalanche de
propagandas esotéricas está
invadindo os lares brasileiros
através da TV. Magos,
cartomantes, adivinhos e toda a
sorte de bruxos apresentam e
oferecem seus serviços. Há uma
profusão deles, que não dá para
enumerar. Na educação, é
comum professores indicarem a
leitura de obras esotéricas aos
seus alunos.
No Brasil, o Congresso Nacional aprovou, em 1999, uma lei especial e
específica concedendo uma aposentadoria para um conhecido médium
do interior do Estado de Minas Gerais. Será que ele prestou relevantes
serviços à nação para merecer tamanha honra? Não. Isso aconteceu
simplesmente porque o tal médium era guru de muitos parlamentares.
O Movimento da Nova Era, que congrega em seu bojo toda a sorte de
práticas ocultistas, vem declarando há décadas que o Cristianismo
desaparecerá do planeta. Qualquer teólogo cristão reconhece que tal
declaração é uma tentativa de fugir do juízo de Deus. Em vez de se
arrepender para alcançar a misericórdia e o perdão do Senhor, arvora sua
bandeira contra o Cristianismo bíblico, pregando sua extinção para
escapar do juízo de Deus. É o que está previsto no texto sagrado em foco
(Ap. 9.21).
Um outro livro que propaga ideias ocultistas é O Mundo de Sofia, do
filósofo norueguês Jostein Gaarder. Publicada em vários idiomas, a obra
em apenas sete anos alcançou mais de 20 milhões de exemplares
vendidos. Trata-se da história do pensamento humano. É a história da
filosofia de forma romanceada, em um estilo agradável e atraente,
principalmente para o público juvenil. No entanto, a obra começa com
filosofia e termina com esoterismo.
René Guénon, mestre esotérico francês do início deste século,

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repetia o ditado latino: “O povo quer ser enganado”. E acrescentava:
“Pois então, que seja”. Mas hoje isso não se aplica apenas ao povo, é
extensivo também às autoridades. É o drama dos séculos! Levamos a vida
inteira ensinando às crianças que Papai Noel não existe. Agora temos de
persuadir cientistas de que não existem gnomos e nem duendes e a
filósofos de que Branca de Neve não tem existência real.
Será influência dos meios de comunicação? Claro que a imprensa tem
um papel significativo em tudo isso. Mas existe uma explicação mais
profunda para esse fenômeno ocultista que simplesmente o empenho da
mídia. É que “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas
do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo. 3.19). Por isso a
feitiçaria hoje virou moda na sociedade. A plataforma está pronta para
que o cenário do Apocalipse possa se desenrolar:
“Porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias” (Ap.
18.23).

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