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Nota introdutória
Diante desse contexto, se faz necessário um repensar nas práticas existentes e a busca de um
novo sentido e uma nova postura que vise a ampliação do conhecimento a partir de uma reflexão
da realidade do aluno como um todo e do ensino básico em particular. Nesta vertente, a
Didáctica/Pedagogia do Ensino Básico ocupa-se dos conteúdos, das formas e com as condições
de organização e da realização do processo de ensino e aprendizagem no ensino básico. Ou
melhor, do processo/fenómeno educativo no Ensino Básico
O Ensino Básico é definido como sendo o eixo do sistema educativo uma vez que, neste nível, as
crianças deverão adquirir as competências necessárias para o seu desenvolvimento posterior. Ou
seja, o sucesso da aprendizagem escolar da criança nos níveis subsequentes é condicionado, em
larga medida, pela sua preparação no Ensino Primário, constituindo, assim, um dos seus
objectivos. Ao mesmo tempo, de acordo com a Lei 6/92, a criança deverá, neste nível de ensino,
adquirir bases que lhe permitam o ingresso na vida produtiva.
A Pedagogia do Ensino Básico sendo uma sub-pedagogia, ela tem o seu objecto próprio de estudo que é
o processo/fenómeno educativo no Ensino Básico, desde os conteúdos, as formas e com as
condições de organização e da realização do processo de ensino e aprendizagem no ensino básico,
ou seja, educação no EB. Assim, visa analisar as condições das quais ocorre o processo educativo, tendo
em conta aos aspectos metodológicos e organizativos para o processo de transmissão1 e assimilação de
1
Termo tradicional a ser substituido por medicação- ensino de estratégias ou aprender a aprender
O que é educação?
Conceitos e Tipos de Educação
Educação - Etimologicamente a palavra ”Educação deriva do Latim (educere), que significa por
um lado, “conduzir”- chegar dum estado ao outro, de uma situação a outra, por uma lado significa
”tirar de, “extrair”. No segundo, a educação seria a acção de tirar algo de dentro do homem. Assim,
a educação seria definida, como o aperfeiçoamento intencional das competências especialmente
humanas.
“Educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se
encontram ainda preparadas para a vida social.” (Durkhein, 1987).
“Educação é uma prática social que acontece em todos os lugares onde exista uma
sociedade. Ela é a condição da continuidade da vida social.” (Valdir, 2002).
Tipos de Educação
A educação informal pode definir-se como tudo que aprendemos mais ou menos
espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos livros que lemos, da televisão
que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos quotidianamente.
Existem várias teorias que explicam ou falam em torno do PEA, mas para nossa abordagem
ficaremos pelo conceito que referencia como sendo uma sequência de actividades entre o
professor e o aluno com vista alcançar resultados em termos de domínio de conhecimentos,
habilidades, hábitos, atitudes, convicções e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos
alunos.
Ensino
Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é “um processo bilateral de ensino e
aprendizagem”. Daí, que seja axiomático explicitar que não existe ensino sem “aprendizagem”.
Seu posicionamento sempre foi muito claro, quando estabeleciam entre ensino e aprendizagem,
uma unidade dialética.
O ICCP (1988, p. 31) define “o ensino como o processo de organização da atividade cognoscitiva”
processo que se manifesta de uma forma bilateral: a aprendizagem, como assimilação do material
estudado ou atividade do aluno, e o ensino como direção deste processo ou atividade do professor.
A palavra aprendizagem neste contexto, não está sendo utilizada desde a perspectiva
terminológica que distinguiria semanticamente os termos: aprendência, aprendizado e
aprendizagem.
Portanto, o ensino, como objeto de estudo e pesquisa da Didática, é uma atividade direcionada
por docentes à formação qualificada dos discentes. Por isso, na implementação do ensino se dão
a instrução e o treinamento, como formas de manifestar-se, concretamente, este processo na
realidade objetiva.
Diferenciando Educação, de Ensino, seria interessante refletir com as palavras de J.M. Guyau,
quando diz que “educar a um homem não é ensinar alguma coisa que não sabia, senão fazer dele
o homem que não existia.” (GUYAU, J apud. ISÓIS, J. 1976, p. 14).
As componentes da DEB
Toda aprendizagem precisa estar embasada num bom relacionamento entre os elementos que
participam do processo: aluno, professor e colegas de turma.
Resumindo, pode-se concluir que aprender não é a mesma coisa que ensinar, já que aprender é
um processo que acontece com o aluno e do qual o aluno é o agente essencial. Dessa forma,
torna-se essencial que o professor compreenda adequadamente esse processo, entendendo o
seu papel como o de facilitador da aprendizagem de seus alunos, ou seja, que não esteja
preocupado em ensinar, mas sim em ajudar o aluno a aprender.
Objetivos:
(2) Objetivos Gerais - São as metas estabelecidas para os alunos no âmbito dos sistemas
educacionais, com suas abrangências específicas, que podem alcançar o macro sistema (Pais,
estado), a escola (Proposta Pedagógica), o professor (com seu planejamento de curso
expressando sua visão de educação e sociedade). Expressam propósitos mais amplos acerca do
papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do
desenvolvimento da personalidade dos alunos. É o ponto de partida, as premissas gerais do
processo pedagógico. Refletem as opções políticas e pedagógicas dos agentes em face das
contradições sociais existente na sociedade.
Específicos: determinam exigências e resultados esperados das atividades dos alunos referente
a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem
em processo de transmissão assimilação ativa das matérias de estudo.
IMPORTANTE: O trabalho docente é uma actividade que envolve convicções e opções sobre o
destino do homem e da sociedade – tem haver diretamente com o nosso relacionamento com os
Ele precisa sim, conhecer no mundo existe o conhecimento do computado, a cibernética, da física
quântica, no sentido de elevar o mínimo necessário de conhecimento para que ele possa competir
em igualdade com os demais. Isso é utópico, mas muitos professores utilizam o sistema de
negação como justificativa de que o aluno não conseguirá).
Esses objectivos não esgotam a riqueza da ação pedagógica escolar em relação a formação
individual e social dos alunos em sua capacitação para a vida adulta na sociedade.
É necessário que haja vinculo entre os objetivos gerais. Os objetivos específicos devem seguir as
seguintes recomendações:
Conteúdos:
É tarefa da didática destacar o que deve constituir objeto de ensino nas escolas, selecionando os
elementos dos conteúdos a serem assimilados ou apropriados pelos alunos, em função das
exigências social e do desenvolvimento da personalidade.
O professor utilizará para selecionar os conteúdos do plano de ensino e organiza suas aulas três
fontes:
Pode parecer que as três fontes não são conciliáveis. Como introduzir nos conteúdos as
necessidades e problemas existentes na prática de vida dos alunos, se os conteúdos já estariam
previamente estruturados?
Ao estabelecer objetivos de âmbito nacional, o Estado não só organiza o sistema de ensino como
pretende também unificá-lo nacionalmente e o desenvolvimento cultural da sociedade.
Neste ponto, encontra-se a importância dos programas oficiais. Contudo devemos encara-los
como diretrizes de orientação geral. As particularidades em relação ao desdobramento dos
programas, a resseleção dos conteúdos, a escolha de métodos e técnicas são determinadas pelo
professor de modo mais ou menos independente, tendo em sua conta as condições locais da
escola, dos alunos, bem como as situações didáticas específicas frente, as diferente séries. Além
disso, devemos avaliar criticamente os programas, confrontando-os com a nossa visão de
homem/mulher, de mundo e do processo pedagógico.
A escolha de conteúdo vai além portanto , dos programas sociais e da simples organização lógica
da matéria, ligando-se as exigências teóricas e práticas da vida social.
É necessário o conhecimento do conjunto das características dos alunos para telo como ponto de
partida para o trabalho escolar e, portanto, elementos de escolha dos conteúdos.
Uma pedagogia de cunho crítico social reconhece a objetividade e universalidade dos conteúdos,
assim como reconhece que nas sociedades capitalistas difunde-se um saber que reflete os
interesses do poder. (hegemonia da classe dominante).
Existe um saber objetivo e universal que constitui a base dos conteúdos de ensino, mas não se
trata de um saber neutro.
Mas o conhecimento é sempre interessado, uma vez que é produzido “em sociedade”
(socialmente), isto é, na relação entre as classes sociais e suas contradições. Apropriado pela
força que detém o poder na sociedade, há interesse de que idéias e explicações vinculadas a uma
visão particular de uma classe social afirmadas como válidas para todas as demais classes sociais.
Nesse sentido, a escola na sociedade capitalista controla a distribuição do saber científico, ora
escondendo aspectos da realidade, ora simplificando esse saber contentando-se apenas com as
Essa constatação entretanto não deve levar a sacrificar a riqueza do conhecimento científico e das
experiências acumuladas pela humanidade. O que cabe é sbmeter os conteúdos de ensino ao
crivo de seus determinantes sociais para recuperar o seu núcleo de objetividade. Tendo em vista
possibilitar o conhecimento científico, vale dizer, crítico da realidade. É o que chamamos dimensão
crítico-social dos conteúdos.
Métodos de Ensino:
Os métodos de ensino dizem respeito às ações bem planejadas a serem tomadas pelos alunos e
professor para atender os objetivos e conteúdos do ensino de uma determinada unidade. Ou seja,
é o caminho para atingir um objetivo.
Em suma: a escolha dos métodos de ensino, vai depender da adequação aos objectivos
estabelecidos para o ensino e aprendizagem; A natureza do conteúdo a ser ensinado e tipo de
aprendizagem a efetivar-se; As características dos alunos, como, por exemplo, sua faixa etária, o
nível de desenvolvimento mental, o grau de interesse, suas expectativas de aprendizagem; e as
condições físicas e o tempo disponíveis, entre outros factores.
A relação objetivo-conteúdo-método.
Podemos dizer assim que o conteúdo determina o método, pois é a base informativa concreta para
atingir os objetivos. Mas o método pode ser um conteúdo quanto é também objeto de assimilação,
ou seja, requisitos para assimilação ativa dos conteúdos.
Definidos como aspctos gerais do processo de ensino que expressam os fundamentos teóricos de
organização do trabalho docente. Devem levar em conta:
A cinentificidade e sistematicidade devem ser compatíveis com as condições prévias com as quais
os alunos se apresentam em relação à assimilação de novos conteúdos.
OBS.: Ligar teoria à prática não significa ensinar ao aluno só “conhecimentos práticos”.
Atividade autônoma e independência não significa deixar o aluno “trabalhar sozinho” sem
orientação como objetivo de mantê-lo sempre “ocupado”.
A recaptulação da matéria;
Exercício de fixação;
Trabalho individualizado para solucionamento das dúvidas.
O trabalho docente deve ser organizado e orientado para educar a todos os alunos da classe
coletivamente. O professor deve empenhar-se para que os alunos aprendam a comportar-se tendo
em vista o interesse de todos ao mesmo tempo em que presta atenção às diferenças individuais
e as peculiaridades de aproveitamento escolar.
Dentro da concepção de processo de ensino defendida por Libânco, o critério de classificação dos
métodos de ensino resulta da relação existente entre ensino e aprendizagem, concretizada pelas
atividades do professor e alunos no processo de ensino.
De acordo com esse critério e eixo do processo é a relação cognoscitiva entre o aluno e a matéria.
Nesse sentido, os métodos de ensino consistem na medição escolar tendo em vista ativar as forças
mentais dos alunos para assimilação da matéria.
Exposição Verbal ou dialogada: ocorre em circunstância em que não é possível prover a relação
direta do aluno com o material de estudo. Sua função principal e explicar de modo
sistematizado quando o quando o assunto é desconhecido ou quando as ideias que os
alunos trazem são insufiientes ou imprecisas;
Demonstração; é uma forma de representar fenômenos e processos que ocorrem na
realidade;
Ilustração: é uma forma de apresentação gráfica de fatos e fenômenos da realidade, por
meio de gráficos mapas, esquemas, gravuras, etc… a partir dos quais o professor
enriquece a explicação da matéria;
Explicação: ocorre quando o professor realiza uma atividade objetiva servir de ponte
entre o conhecimento existente e o novo. Ex. Apresentar o método de modo correto de se
usar o dicionário. Fazer uma leitura destacando a pontuação do texto;
Exposição dogmática: é uma posição em que a mensagem transmitida não pode ser
contestada, devendo ser aceite sem discussões e com obrigação de repeti-la.
Este método corresponde à tarefas orientadas e dirigidas pelo professor para que os alunos as
resolvam de forma criativa e independe. Terão que ser atividades que possam realizar sem a
orientação direta do professor. É indicado para tarefa preparatória (observações, questionários,
testes, redação, etc.), tarefa de assimilação de conteúdo (exercícios de aprofundamento e/ou
aplicação da matéria tratada, estudo dirigido, solução de problema, pesquisa com base em um
problema novo, leitura de um determinado texto, desenho de mapas, etc.), tarefa de elaboração
pessoal (exercícios nos quais os alunos produzem respostas surgidas do seu próprio pensamento:
uma pergunta de incentivo é necessária para incentivar a imaginação e a criatividade do aluno).
Ou seja:
O trabalho independente pode ser adotado em qualquer que seja a modalidade de tarefa
planejada pelo professor para estudo individual.
O uso desta técnica visa não apenas a aplicação de conhecimentos a situações novas no âmbito
da matéria, mas também a situação da vida prática. Favorece o desenvolvimento das capacidades
criadoras e incentiva a atitude de participação dos alunos na problemática que afeta a vida coletiva
e estimula o comportamento crítico perante os fatos da realidade social.
Outras formas de trabalho indepandente são as chamadas fichas didáticas, a pesquisa escolar e
a instrução programada.
(3) Tempestade Cerebral -A partir de um assunto, os alunos falam o que vem à mente. Estas
palavras são anotadas na lousa e o professor prossegue com a aula associando as anotações ao
assunto em estudo;
(4) Grupo de Verbalização e Grupo de Observação (GV-GO) - Uma parte da classe forma um
círculo central para discutir um tema (GV), enquanto os demais formam um círculo ao redor para
observar (GO) e depois, no grande grupo, fazer comentários necessários a respeito do
comportamento do GV e dos assuntos discutidos. Posteriormente, ou na mesma aula, os papéis
dos grupos podem se inverter;
(5) Seminário - Um aluno ou grupo de aluno prepara um tema para apresentá-lo à classe de forma
expositiva e formal; é permitida a conversação entre os apresentadores e os restantes dos alunos
desde que haja interesse e planejamento do grupo apresentador;
(6) Maria Não Vai com as Outras - Todos os alunos, a partir de estudo de um tema, escreve um
argumento falso ou verdadeiro, ou seu ponto de vista, em uma ficha, e a coloca numa cesta em
cima de uma linha de barbante que dividirá a sala de aula ao meio: um lado da sala se chama
Concordo e o outro Discordo. O Professor indica um aluno para retirar uma ficha e a partir
da leitura cada indivíduo deverá se posicionar indo para o Discordo ou para o Concordo e
justificando sua escolha;
(6) Júri Simulado - Dado um assunto polêmico, é separado da turma, para julgar a ilegalidade do
acto de um fato ou coisa polêmica, o Juiz, para presidir o julgamento e ler o veredicto, o réu, para
representar a coisa ou fato em estudo, o advogado de devesa do réu, o promotor, para acusar o
réu, refutando os argumentos do advogado de defesa. O júri, que se convencerá ou não do crime
do réu, se pronunciará por escrito, será constituído pelos demais membros da turma ou parte dela.
Assim são designados todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor pelos alunos
para organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem.
Meios de ensino:
Assim são designados todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos
para organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem.
Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares de ensino, conhecendo-
os e aprendendo a utiliza-los.
Avaliação:
É utilizada para constatar os progressos e as dificuldades do trabalho e a partir daí para reorientar
o trabalho para as correções necessárias. Serve para ver o nível do trabalho escolar, o que indica
(2) função de diagnóstico - permite verificação dos progressos e dificuldades dos alunos e
atuação do professor, que por sua vez determinam modificações no processo de ensino;
(3) função de controle - refere-se aos meios e à freqüência das verificações e de qualificação
dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didácticas.
Características da avaliação:
Reflecte a unidade objetivos-conteúdos-métodos; possibilita a revisão do plano de ensino; ajuda
a desenvolver capacidades e habilidades; Ser objetiva sem excluir a subjetividade; é termômetro
do esforço do professor. Instrumentos de verificação do rendimento: prova escrita dissertativa,
prova escrita objetiva; questões certo-errado, questões de lacunas, questões de correspondência,
questões e múltipla escolha, interpretação de texto, questões de ordenação, questões de
identificação/localização. Procedimentos auxiliares de avaliação: observação (desenvolvimento
afetivo, intelectual; relacionamento, organização e hábitos pessoais); entrevista.
Princípios da avaliação
HAYDT, R. C. Cazaux; Curso de Didáctica Geral; 8ª ed. Ática Editora; São Paulo-
2009.