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10ª
edição. Brasília: UNB, 2008.
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p. IV: “(...). Parecia chegado o momento de fazer entender aos estudantes tão
inflamados (...) desesperados que a política era uma outra coisa e que, com certeza, era
importante transformar o mundo, mas, para transformá-lo para melhor e não para pior,
era necessário antes de tudo compreendê-lo. Para compreendê-lo, era preciso estudar,
relacionar os problemas do presente aos do passado, definir os conceitos fundamentais
para evitar as superficialidades e as confusões, dar-se conta de que a história, com seus
problemas não resolvidos, não recomeça a cada geração; em suma, fazer da política um
objeto de análise racional e não apenas uma ocasião de desabafos passionais, de projetos
fantasiosos, de controvérsias desprovidas de finalidade e infecundas. Para iniciar o meu
primeiro curso de filosofia política no outono de 1972, escolhi como tema a relação
entre sociedade civil e Estado de Hobbes a Marx e coloquei como subtítulo ‘A Lição
dos Clássicos’.
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Norberto Bobbio
Setembro de 1981.
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2
Idem.
formalismo aliás o influenciou em larga medida como rigorismo, além de deixar marcas
específicas na teoria da norma e do ordenamento – Bobbio jamais levou as plenas
consequências a ideia de uma separação impermeável e intransponível entre o estudo do
direito e o das demais ciências sociais (...) Bobbio sempre deixou que em seus estudos
jurídicos penetrasse (embora discretamente e na medida) a luz da perspectiva política,
da teoria das ideologias, e também o ponto de vista histórico 3 [enquanto em Kelsen há
uma drástica separação do jurista em relação ao mundo no sentido de analisar as normas
de modo “intra-sistemático” do direito positivo].
(...). Trata-se (...) de um livro [do presente fichamento] didático, oiundo (como
tantos outros livros seus) de um curso proferido durante o ano acadêmico de 1975-1976.
Suas explanações se aplicam sobre determinados autores e determinadas obras, um tanto
ao modo do método utilizado por Jean-Jacques Chevalier em seu valioso e conhecido
livro sobre As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Este método,
excelente como forma de fixar a atenção do estudante sobre determinados ‘momentos’
da evolução de um tema, teu seu reverso, dificultando a análise de questões ‘laterais’,
que são laterais em relação aos ‘grandes nomes’ escolhidos, mas não o seriam se o
enfoque utilizado fosse outro”.
p. 9: “Um dos méritos (...) da exposição de Bobbio, neste livro, consiste na (...)
clareza, que se alia (...) no indicar as ‘passagens’ fundamentais das obras comentadas.
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Nota 7. Idem.
estas três perspectivas (...) Todo mundo sabe que, dos três principais fundamentadores
do absolutismo moderno, Maquiavel foi sobretudo político, Bodin (...) jurista e Hobbes
(...) filósofo. Isto para não falar no teologismo já então meio anacrônico de Filmer, alvo
específico de Locke [o tema “governo” tem sido considerado de modo os mais
diversos].
p. 10: “
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Nota 8. Idem.