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A. GERAL
Em Portugal, o INFARMED I.P fazendo uso do artigo 54.a (5) da Directiva 2001/83/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho alarga o âmbito de aplicação dos dispositivos de segurança
aos medicamentos não sujeitos a receita comparticipados.
Esta alteração é introduzida com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/2018, de 24 de Abril que
altera a redacção do artigo 105º-A do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto.
Transcrição da redacção dos n.os 1 e 2 do Artigo 105.º-A:
«1 - Os medicamentos sujeitos a receita médica devem ser dotados dos dispositivos de
segurança a que se refere a alínea u) do n.º 1 do artigo anterior, excepto se constarem de lista
aprovada pela Comissão Europeia.
2 - Os medicamentos não sujeitos a receita médica não devem ser dotados dos dispositivos de
segurança a que se refere a alínea u) do n.º 1 do artigo anterior, excepto se, depois de ter sido
identificado um risco de falsificação, vierem a constar de lista aprovada pela Comissão
Europeia ou se forem medicamentos comparticipados.»
4. Que sistema de codificação deve ser usado para que sejam cumpridos os requisitos
estabelecidos pelo Regulamento Delegado?
Resposta: De acordo com o n.º2 do Art.5.º do Regulamento (UE) n.º 2016/161, “presume-se
que os códigos de barras conformes com a norma da Organização Internacional de
Normalização/Comissão Eletrotécnica Internacional (ISO/IEC) 16022:2006 [i.e Simbologia Data
Matrix] cumprem os requisitos estabelecidos no presente número”.
7. Qual o tipo de código que será implementado como código do produto, em Portugal?
Resposta: De acordo com a Circular Informativa do INFARMED I.P. N.º 108/CD, de 01/09/2017,
o código a ser implementado em Portugal é código GTIN (Global Trade Item Number) como
código do produto [artigo 4.º al. b) ponto i) do Regulamento Delegado].
11. O n.º de registo nacional no código datamatrix tem que estar obrigatoriamente na
quinta posição?
Resposta: Não. De acordo com o Decreto-Lei n.º 26/2018, de 24 de Abril que altera a redacção
do artigo 105º-A do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto as especificações técnicas,
onde se inclui o n.º de registo nacional, não cumprem nenhuma ordem específica.
Transcrição da redacção do n.º7 do Artigo 105.º-A:
«7 - Sem prejuízo do disposto na legislação europeia, o identificador único dos dispositivos de
segurança deve incluir, independentemente da ordem abaixo indicada, as seguintes
especificações técnicas:
a) Código do produto;
b) Número de série;
c) Número de registo nacional atribuído pelo INFARMED, I. P.;
d) Número de lote;
e) Prazo de validade.»
12. Poderá existir uma 6ª posição no identificador único para incluir informação adicional no
caso de embalagens partilhadas (ex. número de registo nacional de outros países)?
Resposta: Sim. O sistema está preparado para reconhecer a informação codificada fazendo a
correspondência entre as linhas de código e os identificadores de aplicação (IA). O
identificador de aplicação que precede o número de registo (nacional) é o “71X”, sendo “X” o
elemento informativo do IA que identifica o país. Ainda que o IA “71x” faça a correspondência
para a informação nacional, a ordem de leitura do número de registo nacional português não é
independente da posição no identificador único.
16. Qual a posição em que devem ser colocados os elementos informativos na embalagem
dos medicamentos?
Resposta: De acordo com o Regulamento (UE) n.º 2016/161, quando a dimensão da
embalagem o permitir, os elementos informativos previstos no artigo 7.º devem ser colocados
junto ao código de barras bidimensional que contém o identificador único. As exceções a esta
regra aplicam-se ao número de lote e prazo de validade, para os quais não é obrigatória a sua
colocação junto ao código de barras bidimensional.
Para Portugal, além destes elementos informativos, a impressão do número de registo de
autorização de introdução no mercado em formato legível por pessoas poderá ser continuar a
ser efetuada nos termos atualmente em vigor, não sendo obrigatória a sua colocação junto
dos demais elementos previstos no artigo 7.º do Regulamento Delegado, junto ao código de
barras bidimensional [8º parágrafo; Ponto B) Constituição do Identificador Único da Circular
Informativa do INFARMED I.P. N.º 108/CD, de 01/09/2017].
17. Quanto a informação adicional como o preço nas embalagens, onde deve ser colocada
esta informação?
Resposta: A legislação relativa à rotulagem, nomeadamente a prevista no artigo 105.º do
Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, na sua redação atual, continuará a aplicar-se sem
quaisquer alterações, mesmo após a entrada em vigor da nova regulamentação relativa aos
dispositivos de segurança. Assim, a impressão dos elementos em formato legível por pessoas
poderá continuar a ser efetuada nos termos atualmente em vigor.
Entendemos da Circular Informativa N.º 108/CD do INFARMED I.P., de 01/09/2017que não é
obrigatória a sua colocação junto dos demais elementos previstos no artigo 7.º do
Regulamento Delegado, junto ao código de barras bidimensional.
18. Qual a informação obrigatória na Blue Box após a aplicação do identificador único?
Resposta: A mesma. Até ao momento não foram introduzidas alterações no que se refere à
informação que deve constar na Blue Box (Art. 57.º da Diretiva 2001/83/CE).Em todo o caso,
no futuro, deverá ser feita uma revisão da respectiva guidance de modo a refletir as alterações
introduzidas pela nova regulamentação nomeadamente, a remoção do código 39 para
Portugal.
21. Qual será o processo nas devoluções por alteração de preço que ocorre anualmente?
Resposta: Opor ora, o mesmo, pois a legislação relativa à rotulagem, nomeadamente a
prevista no artigo 105.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, na sua redação atual,
continua a aplicar-se sem quaisquer alterações.
24. Como proceder [em termos regulamentares] nas situações em que a colocação ou
remoção do dispositivo de prevenção de adulterações afecta o acondicionamento
primário do medicamento ou o seu sistema de fecho?
Resposta: De acordo com a Circular Informativa do INFARMED I.P. N.º 108/CD, de 01/09/2017,
os titulares de autorização de introdução no mercado do medicamento devem proceder à
submissão do(s) respetivo(s) pedido(s) de alteração aos termos de AIM, juntando toda a
informação disponível sobre o dispositivo de prevenção de adulterações e a forma como o
dispositivo de prevenção de adulteração afeta a embalagem e o seu método de fecho.
25. O artigo 23.º estabelece que os Estados-Membros podem exigir que sejam atendidas
características específicas da cadeia de abastecimento no seu território e que o
distribuidor grossista (ou a indústria que seja responsável pela distribuição) verifique os
29. Quem é a entidade responsável pela criação, gestão e acessibilidade da Hub Europeia? E
pelo sistema de repositórios nacional?
Resposta: Em conformidade com o mesmo artigo – 54.º-A, n.º 2, alínea e), da Directiva
2001/83/CE – o sistema de repositórios deve ser criado e gerido por uma ou várias entidades
legais sem fins lucrativos estabelecidas na União pelos fabricantes e titulares de autorizações
de introdução no mercado de medicamentos dotados de dispositivos de segurança.
Neste contexto foi constituída a nível europeu a “European Medicines Verification
Organisation, A.S.B.L.” abreviadamente designada pela sigla «EMVO».
Também a nível nacional foi criada e constituída a correspondente entidade que agrupa as
associações representativas dos diferentes sectores que intervêm no circuito do medicamento,
denominada Organização e Verificação de Medicamentos Nacional (NMVO).
[Para mais informações consultar secção H].
36. Está previsto algum período transitório após 9 de Fevereiro que permita a coexistência
de embalagens no mercado com os dois códigos (código 39+código datamatrix)?
Resposta: A coexistência é permitida desde que o código 39 não tenha impacto na legibilidade
da embalagem exterior. O período transitório definido pelo art. 48.º do Regulamento
Delegado prevê o escoamento das embalagens que tenham sido libertadas para venda ou
distribuição sem os dispositivos de segurança, antes da data de aplicação do Regulamento
Delegado, permitindo que estas embalagens, que não tenham sido posteriormente
reembaladas ou novamente rotuladas possam ser colocadas no mercado, distribuídas e
fornecidas ao público até ao respetivo prazo de validade. Após o dia 9 de Fevereiro é provável
que ocorra a coexistência de embalagens no mercado com os dois códigos.
38. Durante o período em que o sistema de repositórios ainda não está operacional, como
podem as entidades registar as embalagens no sistema de repositórios que vão
produzindo com o novo código datamatrix?
Resposta: Não é possível haver registo dos identificadores únicos até que exista um
repositório nacional em funcionamento.
44. Atuando as filiais como representantes em Portugal do Titular de AIM, qual é o seu papel
na Associação?
Resposta: As filiais, representantes em Portugal do Titular de AIM, sendo estas pessoas
coletivas associadas da APIFARMA têm o estatuto de membro associado, a menos que sejam
admitidas individualmente como membro efetivo. O artigo 8.º dos Estatutos da MVO Portugal
define os direitos e os deveres dos membros efetivos e membros associados, como se
apresenta:
«Artigo 8.º
Direitos e deveres
1. São direitos dos Membros Efetivos:
a) Participar e votar nas Assembleias-Gerais;
b) Participar e votar em grupos de trabalho que sejam constituídos;
c) Eleger e ser eleitos para cargos sociais;
d) Requerer a convocação de Assembleias-Gerais extraordinárias nos termos do n.º 2 do
artigo 16.º.
e) Apresentar as sugestões que julguem convenientes para a realização dos fins
estatutários;
f) Solicitar auditorias independentes à segurança e desempenho do Sistema, desde que
estas ocorram com intervalos razoáveis e sejam suportadas financeiramente pelo
membro requerente;
g) Quaisquer outros que venham a ser deliberados pela Assembleia-Geral ou pela Direção.
2. São deveres dos Membros Efetivos:
a) Pagar pontualmente a quota anual e demais contribuições fixadas pela Assembleia-
Geral;
b) Exercer os cargos associativos para que forem eleitos ou designados;
c) Comparecer às Assembleias-Gerais e às reuniões para que forem convocados;
d) Observar o preceituado nos presentes Estatutos, nos Regulamentos da Associação e
nas deliberações dos órgãos sociais;
e) Respeitar as obrigações que venham a ser impostas na sequência de deliberações da
Assembleia-Geral ou da Direção.
3. São direitos dos Membros Associados:
a) Assistir às Assembleias-Gerais na qualidade de observadores;
b) Ser consultados sobre as atividades da Associação, conforme deliberado pela
Assembleia-Geral;
c) Quaisquer outros que venham a ser deliberados pela Assembleia-Geral ou pela Direção.
4. São deveres dos Membros Associados:
a) Pagar pontualmente a taxa de participação anual e demais contribuições fixadas pela
Assembleia-Geral;
47. No artigo 33, número 2, não é limitado ao Grupo a) e b) o pagamento da quota anual
para o funcionamento da MVO - Portugal, i.e., 5 Grupos irão pagar a quota?
Resposta: Sim. O montante de cada quota é suportado pelos Membros de cada Grupo de
acordo com o princípio estabelecido no n.º 2 do artigo 7.º:
«Os Membros Efectivos que exerçam a mesma actividade principal constituem um Grupo para
efeitos de votação em Assembleia-Geral, de proposta do seu candidato para a Direcção e de
pagamento de quotas (…)».
48. Em Portugal, como vai ser calculado o valor a pagar pelos Titulares de AIM?
Resposta: A prestação anual aponta ser calculada de acordo com o definido na tabela
seguinte:
49. Podem acrescer contribuições novas ou adicionais a ser cobradas à Empresa titular de
AIM?
Resposta: Sim, a MVO Portugal pode cobrar contribuições novas ou adicionais a partir do ano
em que tiverem sido aprovadas pelo órgão competente da MVO Portugal. Se a Empresa
representar mais do que um Titular de Autorizações, os Custos de Participação acima referidos
serão cobrados por cada Titular de Autorizações representado. Contudo, para 2018, não estão
previstas contribuições adicionais.
50. Relativamente ao Sistema de IT, já existe alguma informação sobre o seu financiamento?
Resposta: O financiamento dos Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)
integra os custos do Sistema, tal como previsto pelo n.º1 do artigo 33.º.
[Para mais informações consultar Q48 sobre os Custos de Participação e Plano de Facturação].
A leitura deste documento não dispensa a consulta da legislação publicada e das FAQ’s
elaboradas pelas instituições oficiais, como a Comissão Europeia e o INFARMED I.P.:
Para mais informações consultar:
- Falsified medicines - Major developments
- Comissão Europeia – Q&A
- INFARMED I.P.| Dispositivos de Segurança - FAQ
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