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Ética
Um Alicerce Fundamental
3
Ética
Um Alicerce Fundamental
Lecturis salutem
Copyright © 2002 by José Campello de Oliveira Junior
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É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a
produção de apostilas, sem autorização prévia, por escrito, da Editora.
Catalogação-na-fonte do
Departamento Nacional do Livro
046e
Oliveira Junior, José Campello de.
Ética: um alicerce fundamental / José Campello de
Oliveira Junior. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2002.
1. Ética. I. Título.
CDD: 170
I
Dedicatória .................................................... 9
II
Prefácio ......................................................... 11
III
Apresentação ................................................ 13
IV Palavras do Autor ........................................... 15
VIntrodução ..................................................... 19
VI Advocacia e a Constituição ............................. 22
VIIDa Constituição para a Ética ........................... 24
VIIICarta de Brasília ............................................ 26
IXRegra Deontológica Fundamental .................... 28
XAdvogado e Cliente ........................................ 36
XIÉtica e Honorários ......................................... 38
XIIProcuração e Cliente ...................................... 43
XIIIÉtica nas Palavras ......................................... 45
XIV Ética e o Cidadão-Advogado ............................ 48
XV Ética e a Sociedade de Advogados .................. 50
XVI Ética e Internet .............................................. 52
XVII Ética e seu Processo ...................................... 55
XVIIIQuestões de Exames de Ordem ...................... 59
XIX Jurisprudências de Tribunais de Ética
e Disciplina ................................................... 124
XX Código de Ética e Disciplina da OAB ................ 139
Das Regras Deontológicas Fundamentais ... 139
Das Relações com o Cliente ...................... 141
Do Sigilo Profissional ................................ 143
Da Publicidade ......................................... 144
7
8 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
I
DEDICATÓRIA
ESTUDA: o direito está em constante transformação.
Se não lhe segues os passos,
será cada dia um pouco menos advogado.
Eduardo J. Couture
II
PREFÁCIO
As palavras de um amigo sempre serão escutadas,
mesmo as recriminadoras.
11
12 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
III
APRESENTAÇÃO
A sabedoria cresce com a idade.
13
PALAVRAS DO AUTOR
IV
PALAVRAS DO AUTOR
PENSA: estudando se aprende o Direito,
Mas é pensando que se o exerce.
Eduardo J. Couture
15
16 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
ORAÇÃO DO ADVOGADO
Senhor,
que eu Te encontre no escritório,
ao sair de casa;
que eu Te encontre no Foro,
ao sair do escritório;
que eu Te encontre em casa;
quando regressar.
Está no meu caminho.
Vigia-me.
Dá-me clientes e compreensão para seus problemas;
palavras para conciliar e confortar.
Ensina-me a ler na alma do cliente,
para distinguir o mau do bom.
Que eu nunca insulte,
nem lisonjeie os julgadores das causas que patrocinar.
Ensina-me a arte amável de saber perder.
Faze-me respeitado pela minha vida
em público e em particular.
Dá-me a riqueza do espírito.
Esta me bastará.
Que o pão de meus filhos
venha de meus honorários.
Que meus honorários nunca venham
do pão dos filhos de meu cliente.
Ajuda-me a ser advogado,
só advogado,
sempre advogado.
Senhor.
19
20 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
22
ADVOCACIA E A CONSTITUIÇÃO 23
24
DA CONSTITUIÇÃO PARA A ÉTICA 25
26
CARTA DE BRASÍLIA 27
Comissão redatora
Alberto de Paula Machado (Conselheiro Federal-PR)
Carlos Fernando Corrêa de Castro (TED-PR)
Maurício de Albuquerquer (TED-PR)
Robison Baroni (TED-SP)
IX
REGRA DEONTOLÓGICA
FUNDAMENTAL
SÊ LEAL: leal para com teu cliente, a quem não
deves abandonar senão quando te convenceres
de que é indigno de ti. Leal para com teu adversário,
ainda quando ele seja desleal para contigo. Leal para
com o juiz, que desconhece os fatos e que deve confiar
no que lhe dizes, e que mesmo quanto ao direito,
às vezes tem de aceitar aquele que invocas.
Eduardo J. Couture
28
REGRA DEONTOLÓGICA FUNDAMENTAL 29
36
ADVOGADO E CLIENTE 37
38
ÉTICA E HONORÁRIOS 39
43
44 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
XIII
ÉTICA NAS PALAVRAS
Uma vez pronunciada, a palavra é irreparável.
Provérbio latino
45
46 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
48
ÉTICA E O CIDADÃO-ADVOGADO 49
50
ÉTICA E A SOCIEDADE DE ADVOGADOS 51
Art. 16...
§ 1º. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome
de, pelo menos, um advogado responsável pela
sociedade,...
Art. 15....
§ 2º. Aplica-se à sociedade de advogados o Código
de ÉTICA e Disciplina, no que couber.
52
ÉTICA E INTERNET 53
XVII
ÉTICA E SEU PROCESSO
TEM FÉ: crê no direito como o melhor instrumento
para o humano convívio;
crê na justiça como o objetivo moral do direito;
crê na paz como o substitutivo piedoso da justiça;
acima de tudo, crê na liberdade,
sem a qual não há direito, nem justiça, nem paz.
Eduardo J. Couture
55
56 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
59
60 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
1 OAB/RJ agosto. 99
2 OAB/RJ agosto. 99
3 OAB/RJ agosto. 99
4 OAB/RJ agosto. 99
5 OAB/RJ agosto. 99
6 OAB/RJ agosto. 99
7 OAB/RJ dezembro. 99
JOSÉ DA SILVA, Advogado militante, inscrito na OAB/
RJ, escolhido em lista tríplice (quinto constitucional), foi
nomeado e empossado como Desembargador do Tribunal
de Justiça deste Estado.
Pergunta-se: como fica a situação de José da Silva na
OAB/RJ?
a. Continuará inscrito na OAB/RJ e exercendo a advocacia,
ficando, porém, impedido de advogar contra a fazenda
que o remunera e perante o TJ/RJ.
b. Continuará inscrito na OAB/RJ e exercendo livremente a
advocacia.
c. Ficará licenciado da advocacia.
d. Terá cancelada sua inscrição na OAB/RJ.
8 OAB/RJ dezembro. 99
O advogado ANTÔNIO BRITO que já havia sofrido
uma punição aplicada pela OAB/RJ por desinteresse e
QUESTÕES DE EXAMES DE ORDEM 63
9 OAB/RJ dezembro. 99
O Advogado RICARDO ROCHA, constituído por Pedro
dos Anjos e em nome deste, ingressou em juízo com ação
de Despejo por falta de pagamento em face de Marcelo
Barros (locatário do imóvel de Pedro dos Anjos), sabendo
que esse encontrava-se em dia com todas as suas obriga-
ções contratuais.
Pergunta-se: o procedimento do advogado Ricardo
Rocha constitui:
a. Tergiversação.
b. Lide temerária.
c. Patrocínio infiel.
d. Exercício ilegal da advocacia.
10 OAB/RJ dezembro. 99
Ao constituir um advogado para defender seus inte-
resses em juízo, o cliente confidenciou ao mesmo um se-
gredo. Dois anos após o encerramento da causa e do res-
pectivo mandato, aquele advogado revelou, propositadamen-
te, e sem justa causa, o referido segredo.
Pergunta-se: o que pode ocorrer àquele advogado.
a. Apenas ser punido disciplinarmente pela OAB.
b. Ser punido disciplinarmente pela OAB e também ser res-
ponsabilizado civilmente por perdas e danos.
c. Ser punido criminalmente e ser punido disciplinarmente
(pela OAB) e, ainda, ser responsabilizado por perdas e da-
nos.
64 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
11 OAB/RJ dezembro. 99
12 OAB/RJ dezembro. 99
35 OAB/AM março. 99
36 OAB/AM março. 99
37 OAB/AM março. 99
38 OAB/AM março. 99
No exercício da advocacia a regra é o sigilo profissio-
nal, exceto quando ocorrer:
a. Grave ameaça ao direito a vida do advogado;
b. Grave ameaça à honra de advogado;
c. Grave ameaça à segurança nacional;
d. Grave afronta pelo próprio cliente.
39 OAB/AM março. 99
Compete ao Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem
do Advogados do Brasil, exceto:
a. Orientar, aconselhar, responder consultas e julgar os
processos disciplinares sobre ética profissional;
b. Instaurar de ofício ou mediante representação expressa
dos interessados no processo disciplinar;
c. Apresentar defesa prévia, como pré-requisito de instala-
ção do processo, esta regulada em disposição estatutária
específica;
QUESTÕES DE EXAMES DE ORDEM 77
40 OAB/AM março. 99
41 OAB/AM março. 99
42 OAB/AM março. 99
43 OAB/AM março. 99
A advocacia é incompatível, em qualquer caso, no
exercício:
a. De mandato parlamentar, quando licenciado;
78 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
44 OAB/AM março. 99
58 OAB/MG dezembro. 99
O mandato judicial:
a. ( ) Extingue-se pelo decurso do tempo, ainda que perma-
neça a confiança recíproca entre o outorgante e o
seu patrono;
b. ( ) Será outorgado em nome da sociedade constituída
pelos advogados contratados pelo outorgante;
c. ( ) advogados integrantes da mesma sociedade podem
representar em juízo quaisquer clientes, mesmo
aqueles com interesses opostos;
d. ( ) Sobrevindo conflitos de interesses entre constituin-
tes, com a devida prudência e discernimento, opta-
rá o advogado por um dos mandatos, renunciando
aos demais, resguardado o sigilo profissional;
Os honorários advocatícios:
a. ( ) Incluídos na condenação, por arbitramento ou
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este
direito autônomo para executar a sentença nesta
parte, ainda que, no mesmo processo a parte con-
tratante esteja promovendo execução da sentença;
b. ( ) Na falta de estipulação ou de acordo serão fixados
pela OAB;
c. ( ) renome do profissional é irrelevante para fixação do
seu valor;
110 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
O processo disciplinar:
a. ( ) Somente pode ser instaurado pelo Tribunal de Ética
mediante representação dos interessados;
b. ( ) Pode ser instaurado de ofício ou anonimamente;
c. ( ) Admite revisão na forma prescrita no Estatuto dos
Advogados;
d. ( ) Não é passível de revisão;
É correto afirmar:
a. ( ) são anuláveis os atos privativos de advogado prati-
cados por causídicos não inscritos na OAB;
b. ( ) é dever do advogado exercer, com liberdade, a pro-
fissão em todo o território nacional;
c. ( ) é válido o advogado fazer um carimbo, apenas com
o seu nome e número do CPF, para apor nos docu-
mentos que assina no exercício de sua atividade;
d. ( ) é vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade
relacionada com a advocacia ou uso da expressão
única escritório de advocacia;
É correto asseverar:
a. ( ) a sociedade de advogados tem personalidade mer-
cantil;
b. ( ) nenhum advogado pode integrar mais de uma socie-
dade de advogados, com sede ou filial na mesma
área territorial do respectivo Conselho Seccional;
c. ( ) a procuração, em sociedade de advogados, pode ser
outorgada a esta última;
d. ( ) o Código de Ética é aplicável, na sociedade de advoga-
dos, apenas quanto ao diretor presidente da mesma.
É ético dizer:
a. ( ) ao cliente sobre os riscos de sua pretensão e das
conseqüências que poderão advir da demanda;
b. ( ) sobre os pontos fracos de seu colega, patrocinador
da parte adversa;
118 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
OAB/RJ
TED/RJ
Órgão Julgador: 2ª Turma
Honorários.
Ementa: Processo administrativo Honorários de 50% de
proventos previdenciários vencidos Violação ao Código
de ÉTICA Procedência na Representação Pena de
124
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 125
TED/RJ
Órgão Julgador: 1ª Turma.
Honorários. Locupletamento.
Ementa: Não caracterizado infração ÉTICO disciplinar. Repre-
sentado e seu constituído celebram contrato de honorários
no percentual de 30%, comprovada a vontade sem vícios
dos contratantes. A expedição de ofício para possível puni-
ção não vislumbrada a hipótese em tese de locupletamento.
Pelo Arquivamento. Decisão unanime.
(Processo nº 195.732/96, Rel. Tânia Rodrigues de Araújo,
J. 18.5.98)
TED/RJ
Órgão Julgador: 2ª Turma.
Recusa de Prestação de Contas. Honorários.
Ementa: Advogado que presta contas ao seu cliente, entre-
gando-lhe quantia ao percentual aproximado de 70%, do res-
pectivo valor recebido e se credita do percentual de 30%, a
pretexto de retenção de honorários, em ação trabalhista, não
comete infração disciplinar punível, devendo o constituinte
socorrer-se da justiça comum, para dirimir eventual discrepân-
cia. Decisão por maioria. Voto divergente: Dayse Martins Couto.
(Processo nº 120.545/95, Relª Dayse Martins Couto, J.
15.9.98)
TED/RJ
Órgão Julgador: 2ª Turma.
Honorários.
Ementa: A cobrança de percentual de 50% a título de hono-
rários profissionais em ação trabalhista configura infração
ao inciso XX do art. 34 da Lei 8.906/94, devendo ser apli-
cada a pena de censura. Decisão unânime.
126 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/RJ
Órgão Julgador: 2ª Turma.
Honorários.
Ementa: Não constitui cobrança abusiva os honorários na
base de 30% dos ganhos dos clientes nas ações traba-
lhistas. A aceitação das contas prestadas pelo advogado
a cliente comprovada por recibo, demonstra o cumprimen-
to da obrigação, impondo-se o arquivamento. Decisão unâ-
nime.
(Processo nº 112.526/93, Relª Maria Lúcia Teixeira da Sil-
va, J. 17.3.97)
TED/RJ
Órgão Julgador: 3ª Turma.
Honorários. Improcedência da Representação.
Ementa: Procedimento ÉTICO instaurado a partir de Repre-
sentação de cliente contra advogado, com alegação de co-
brança excessiva de honorários. Divergência sobre o
percentual honorário verbalmente contratado, afirma o Re-
presentante ter sido 15%, enquanto o Representado sus-
tenta 20%. Ausência de provas quanto à alegação de ambas
as partes. Improcedência da Representação. Decisão unâ-
nime.
(Processo nº 109.233/93, Rel. Paulo Roberto Alves Rama-
lho, J. 27.8.97)
TED/RJ
Órgão Julgador: 3ª Turma.
Honorários. Imputação de Crime.
Ementa: Contratação abusiva de honorários em percentual
de 50%, sobre o valor venal do imóvel, objeto de ação, cujo
patrocínio foi confiado ao Representado. Incidência do art.
34, XV, do EOAB. Aplicação da pena de censura prevista no
art. 36, I, do aludido diploma legal. Decisão unânime.
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 127
OAB/SP
TED/SP
Atividades Simultâneas.
Ementa: Exercício de outras atividades profissionais simul-
taneamente com a advocacia Corretor de imóveis, des-
pachante policial e corretor de seguros Proibição total
quanto ao exercício conjunto com a atividade de despachan-
te policial (art. 28 da Lei 8.906/94 e art. 1º do Provimento
nº 62/88). Inexistência de impedimento ou incompatibili-
dade com relação às atividades de corretagem, embora não
recomendável. Necessidade imperiosa de preservação dos
preceitos ÉTICOS e de ordem pública, não podendo, por
conseqüência, serem as atividades conjuntas exercidas no
mesmo espaço físico nem angariar causas ou clientes e
comprometer o direito/dever de sigilo profissional e
inviolabilidade do escritório de advocacia, além da estrita
obediência ao § 3º do art. 1º da EAOAB, que veda a divulga-
ção de advocacia em conjunto com outras atividades, me-
lhor entendimento pela leitura do art. 31 do Código de ÉTI-
CA e Disciplina.
(Processo nº E-1.389 Rel. Benedito Édison Trama)
TED/SP
Atividade Simultânea.
Ementa: Local de atividade Separação de salas Não
constitui falta disciplinar o advogado exercer atividades em
prédio onde se acham instalados terceiros com outras ati-
vidades profissionais, principalmente se as salas são se-
paradas e independentes. O entendimento pacífico deste
Tribunal é no sentido de que não seja utilizado o mesmo
espaço físico para o exercício da advocacia com outra pro-
fissão.
(Processo nº E- 1.398, Rel. José Carlos Magalhães Teixeira)
128 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Exercício concomitante com outra atividade
regulamentada.
Ementa: Escritório de Advocacia Exercício concomitante
no mesmo local com outra atividade regulamentada Ne-
cessidade de distribuição inclusive da sala de espera O
exercício da advocacia não pode se desenvolver no mesmo
local e em conjunto com qualquer outra profissão, ainda que
regulamentada. A participação em outra atividade deve con-
servar nítida e absoluta separação de sala do escritório de
advocacia, inclusive sala de espera de clientes, o que tam-
bém se reflete na publicidade que se pretenda fazer, inclusi-
ve na afixação de placas de anúncios. A confusão que possa
existir entre o exercício das atividades concomitantes fere a
prerrogativa da inviolabilidade profissional do advogado e de
seus arquivos, com ofensa ao princípio fundamental do sigi-
lo profissional no tratamento com os clientes. Inteligência
dos arts. 2º, parágrafo único, inciso VIII, b, 28 e 31, § 2º,
do CED e Resolução n. 13/97 do TED-I
(Processo n. E-1.836/99, Rel. Licínio dos Santos Silva Filho)
TED/SP
Exercício da advocacia e corretor de imóveis.
Ementa: Exercício concomitante por advogado da atividade
de corretor de imóveis CRECI Invasão por advogados
do campo profissional dos corretores de imóveis O Tribu-
nal de ÉTICA e Disciplina I Seção Deontológica, por dis-
posição regimental, não pode conhecer e responder con-
sultas formuladas por não advogados inscritos nos qua-
dros da OAB ou consultas versando sobre fatos de tercei-
ros. Caso de não conhecimento e arquivamento da consul-
ta, máxima porque o órgão consulente indaga sobre maté-
rias concernentes ao exercício profissional não apreciáveis
por este colegiado de ÉTICA. Em razão do interesse geral
de que sejam divulgadas decisões sobre o comportamento
ÉTICO do advogado que acumula a atividade de corretor, foi
decidido encaminhar ao CRECI cópias de decisões em ca-
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 129
TED/SP
Advocacia e Administração de Bens.
Ementa: Exercício da advocacia Administração de Bens
Inscrição em outro órgão Desnecessidade Inexiste
obrigatoriedade de inscrição de advogado no Conselho Re-
gional de Corretores de Imóveis, para o exercício de admi-
nistração de bens, pois esta última atividade se compreen-
de no procuratório extrajudicial. Precedente nº E-966/93.
(Processo n. E-1.671/98, Rel. Geraldo de Camargo Vidigal)
TED/SP
Advocacia e Contador.
Ementa: Advogado e contador Exercício de ambas as
atividades no mesmo local O exercício da advocacia não
pode se desenvolver no mesmo local e em conjunto com
qualquer outra profissão diversa. A participação do advoga-
do em outra atividade não advocatícia deve conservar níti-
da e absoluta separação em relação ao exercício da advo-
cacia. A confusão de atividades ofende o princípio funda-
mental do sigilo profissional, imposto pela inviolabilidade
da pessoa, do domicílio do advogado e de seus arquivos
arts. 2º, parágrafo único, inciso VIII, b, 28, 31, § 2º do
CED; Resolução n. 13/97 do TED-I.
(Processo E-1.595/97, Relª Maria Cristina Zucchi)
TED/SP
Sociedade de advogados
Ementa: Sociedade de advogados Situação de fato
Possibilidade Impossibilidade, contudo, de divulgação
com nome fantasia Não existindo formalmente a socie-
130 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Sociedade de advogados
Ementa: Sociedade de advogados Denominação de fan-
tasia Nome de genitora Impossibilidade Não são
admitidas denominações de fantasia às sociedades de
advocacia, ainda que a pretensão envolva o nome da
genitora dos advogados associados (art. 16 do EOAB). Tema
estranho à Seção Deontológica. Não conhecimento.
(Processo n. E-1.829/99 Rel. Biasi Antônio Ruggiero)
TED/SP
Associação de escritório estrangeiro com escritório
brasileiro.
Ementa: Associação de escritório estrangeiro com escritó-
rio brasileiro para a prestação de serviços de advocacia no
Brasil e no exterior Formalização de associação a ser
submetida ao exame e aprovação da OAB como condição
de sua atuação Inarredável a regra estatutária nacional
estipulando que o exercício da advocacia no Brasil é priva-
tivo dos inscritos na OAB. Mesmo a reserva da postulação
em juízo, mantida nos restritos países de origem aos seus
nacionais, a atividade preventiva e orientadora não podem
acobertar o exercício desautorizado da advocacia, impon-
do-se para tanto a delimitação de tal atuação, com a elabo-
ração de regras que viabilizem o regular desempenho de
advogados estrangeiros no País, quer isolada ou associa-
damente com escritórios brasileiros. Uma vez disciplinado
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 131
TED/SP
Escritório de advocacia Anúncios
Ementa: Escritório de advocacia Advogados associados
Sociedade de fato Anúncios Vedação estatutária.
Sociedades de advogados com contrato aprovado pela OAB
são regularmente registradas na seção competente, para
que haja transparência e segurança quanto à responsabili-
dade de seus integrantes, transmitindo credibilidade à clien-
tela. Sociedades de fatos são irregulares porque incompa-
tíveis com a imagem pública de idoneidade que o advogado
deve inspirar, por transparecer propósitos enganosos à boa-
fé de terceiros, levando-os a contratar advogados que su-
põem estar organizados solidariamente para a defesa de
seus interesses. Inteligência do art. 14, parágrafo único,
EAOAB. Precedente E-1.228, julgados, vol. IV, p. 122.
(Processo n. E-1.735/98 Rel. Carlos Aurélio Mota de
Souza)
TED/SP
Prestação de serviços jurídicos mediante consultoria
Cuidados.
Ementa: Sociedade de advogados e ou empresas Presta-
ção de serviços jurídicos mediante consultoria Cuidados.
Empresas ou associações que prestem serviços de consul-
toria jurídica devem ter seus atos constitutivos registrados
132 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Honorários.
Ementa: Tabela de Honorários e Assistência Judiciária
Remuneração condizente à dignidade da profissão. A Tabe-
la de Honorários, adotada pela Ordem dos Advogados, es-
tabelece parâmetros para a fixação objetiva da remunera-
ção dos serviços advocatícios, indicando o mínimo que pode
ser cobrado, devendo o advogado estipulá-los com modera-
ção, tendo em vista os critérios estabelecidos pelo Código
de ÉTICA e Disciplina (art. 36). O advogado integrante da
Assistência Jurídica, nos patrocínios por essa abrangidos,
está ETICAMENTE impedido de alterar o quantum estabele-
cido nas Tabelas de Assistência Judiciária que aceitou,
podendo receber, todavia, a verba honorária de sucumbência
que lhe pertence (art. 40 do Código de ÉTICA). Não deve o
advogado, quando empregado, submeter-se ao recebimen-
to de salários aviltantes, devendo defender a dignidade da
profissão, que também se expressa por remuneração con-
dizente com seu status social, enquanto representante de
uma classe profissional.
(Processo n. E-1.387 Rel. Carlos Aurélio Mota de Souza)
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 133
TED/SP
Honorários inferiores ao mínimo.
Ementa: Honorários Valores mínimos de remuneração
na hipótese de licitação. Comete infração ÉTICA e legal o
advogado que aceitar honorários, salário, remuneração ou
retribuição de seus trabalhos inferiores aos mínimos esta-
belecidos na Tabela de Honorários ou em sentença
normativa (arts. 19 do EAOAB e 41 do CED). O mesmo en-
tendimento deve ser dado à contratação de remuneração
de advogado, mediante processo de licitação, não poden-
do ser confundida a moderação com modicidade.
(Processo n. E-1.822/99 Rel. Clodoaldo Ribeiro Machado)
TED/SP
Honorários estabelecidos em 50%.
Ementa: Honorários Estabelecimento de 50% sobre atra-
sados e prestações vincendas, além da sucumbência e
custeio da causa. Locupletamento Para a livre contratação
de honorários, além dos critérios de moderação recomenda-
dos pelo art. 36 do Código de ÉTICA e Disciplina da OAB,
deve-se sempre atender às condições pessoais do cliente,
de modo a estabelecer honorários dignos, compatíveis e
eqüitativos. Remuneração ultrapassando os limites da mo-
deração, com percentuais de 50% sobre o resultado, além
da sucumbência legal, não se abriga nos preceitos da ÉTICA
profissional, podendo-se vislumbrar hipótese de locupleta-
mento. Reajuste do contrato é recomendável, sobretudo se
as vantagens auferidas pelo advogado, ao término da de-
manda, são superiores às do cliente. Entendimento dos arts.
35 e § 1º, 36, 37 e 38 do CED da OAB.
(Processo n. E-1.454 Rel. Carlos Aurélio Mota se Souza)
TED/SP
Honorários Óbito do cliente.
Ementa: Honorários advocatícios Contrato escrito Óbito
do cliente.
134 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Honorários Pacto Quotas Litis
Ementa: Honorários Pacto Quotas Litis
Em contrato com pacto quotas litis, ou ad exitum, com des-
pesas processuais suportadas pelo próprio advogado, 30%
não representam imoderação, dada a dificuldade dos servi-
ços prestados, a duração da lide em cerca de três anos,
mais as despesas processuais suportadas pelo próprio pro-
fissional. Quanto à sucunbência, pertencente ao advogado,
é ela matéria legal e não ÉTICA, por força da Lei 8.096/94,
art. 24, § 3º.
(Processo n. E-1.577 Rel. Geraldo José Guimarães da
Silva)
TED/SP
Honorários Cobrança extrajudicial para condomínio.
Ementa: Honorários Cobrança do devedor em procedi-
mento extrajudicial Imoderação.
Advogado contratado por condomínio, para atuação na es-
fera extrajudicial, não deve cobrar verba honorária de 20%
dos condôminos inadimplentes, por ferir o princípio da mo-
deração, estabelecido no artigo 36 do CED. A praxe indica
que a verba honorária deve ser paga pelo condomínio con-
tratante, conforme art. 35 do CED, que, para tanto, já rece-
be as multas estabelecidas na convenção. A conduta tipifica
as infrações disciplinares estabelecidas nos incisos IV e
XX, do art. 34 do EAOAB.
(Processo E-1.760/98 Rel Bruno Sammarco)
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 135
TED/SP
Honorários Justiça gratuita.
Ementa: Honorários Contrato formalmente estabelecido
com o constituinte beneficiário da justiça gratuita
Substabelecimento sem reservas Possibilidade de co-
brança pelo anterior advogado.
Assistência judiciária, desde que não originada em convê-
nio da OAB, não inibe procedimentos usuais para a cobran-
ça de honorários contratados formalmente e que prevê sua
exigibilidade imediata, conforme assegura o art. 22 do
EAOAB. Validade da opção entre cobrança direta ou pela
via indicada no § 4º do referido diploma.
(Processo n. E-1.712/98 Rel. Biasi Antônio Ruggiero)
TED/SP
Publicidade.
Ementa: Publicidade Correspondência ou mala-direta
A remessa pelo advogado de comunicado, em forma de
correspondência impessoal, não configura infringência ÉTI-
CA, se enviada exclusivamente aos clientes do escritório
ou integrantes do seu relacionamento profissional, com in-
formes que não caracterizem mercantilização de serviços
advocatícios, concorrência desleal, nem captação de cau-
sas e clientes.
(Processo n. E-1.591/97 Rel. Elias Farah)
OAB/SP
Publicidade.
Ementa: Internet Participação de advogados em site pu-
blicitário Consultoria jurídica Moderação e discrição
Vedação à utilização de nome de fantasia.
Em princípio não existe proibição para que os advogados
mantenham as denominadas home page na internet. En-
tretanto, recomendação que o façam com discrição e mo-
deração, valendo em tudo, as regras para publicações
em jornais e revistas. É vedada a utilização de comunica-
ção de fantasia em qualquer tipo de anúncio, tanto às
136 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Publicidade.
Ementa: Publicidade Anúncio através de inserção em
BIP Configurativo da infração ÉTICA Imoderação.
O Código de ÉTICA e Disciplina permite o anúncio de advo-
gado, desde que moderado e para simples informação.
Veda, porém, sua veiculação pelo rádio e televisão, ou seja,
através de ondas sonoras ou transformadas em imagens,
por processos analógico ou digital, caso dos denominados
BIPs. Assim, infringe o Código de ÉTICA e Disciplina a pu-
blicidade feita por BIP, porque, além de agressiva e incisi-
va, não encontra qualquer tipo de amparo na discrição de
que cuida o Código de ÉTICA e Disciplina e Resolução nº
02/92 desse Tribunal.
(Processo n. E-1.608/97 Rel. José Roberto Bottino)
TED/SP
Publicidade.
Ementa: Publicidade Mala-direta
Correspondência a uma coletividade indiscriminada comu-
nicando a instalação de escritório de advocacia. Na forma
do disposto no § 2º do art. 31 do Código de ÉTICA e Disci-
plina, considera-se imoderado esse tipo de anúncio profis-
sional, porque não é dirigido a colegas ou clientes do advo-
gado.
(Processo n. E-1.600/97 Rel. Júlio Cardella)
JURISPRUDÊNCIAS DE TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA 137
TED/SP
Publicidade.
Ementa: Formulários impressos Papéis profissionais
Discrição, moderação e bom-senso estético devem orientar
o advogado na elaboração da forma, dimensão e contextura
dos papéis de seu uso profissional, com especial atenção
para os de petição, em face da relevância que podem ou
precisam assumir na sua circulação ou utilidade judicial e
extrajudicial. Tais papéis estão submetidos à recomenda-
ção ÉTICA de que não insinuem qualquer aspecto
mercantilista e não contenham figuras, sob qualquer for-
ma, coloração ou disposição. O Provimento nº 75 do Con-
selho Federal da OAB, de 1º.12.1992, adverte que a utiliza-
ção, na publicidade advocatícia, de figuras, desenhos ou
expressões suscetíveis de gerarem confusão constituirá
transgressão ÉTICA, configurando, em conseqüência, infra-
ção disciplinar.
(Processo n. E-1.429 Rel. Elias Farah)
TED/SP
Anúncio.
Ementa: Anúncio Captação de colegas para audiência
trabalhistas Remuneração em desacordo com a tabela
de honorários da OAB Aviltamento Inadmissibilidade.
Caracteriza postura ANTIÉTICA a angariação de colegas
de trabalho visando ao mero comparecimento dos mes-
mos a audiências trabalhistas, com remuneração aviltante
por ato praticado. Flagrante mercantilização do trabalho
do colega em desrespeito ao princípio da confraternidade
que rege a relação entre colegas advogdos. Omisso o nome
do profissional responsável pelo anúncio, identificado ape-
nas indiretamente por seu endereço e telefone. Vislum-
brado o desrespeito às normas e princípios ÉTICOS vigen-
tes, impõe-se o encaminhamento do processo para sua
identificação e posterior apreciação pelas Turmas Disci-
plinares.
(Processo n. E-1.838/99)
138 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
TED/SP
Internet
Ementa: Publicidade de advogado Internet Existência
de regras.
A publicidade do advogado através de home page, na Internet,
fica, evidentemente, sujeita às regras do Estatuto da Advo-
cacia, do Código de ÉTICA e Disciplina e Resolução nº 02/
92 desse Tribunal, tal como se exige para todos os outros
meios de comunicação. O prestígio profissional do advogado
não se constrói pela autopromoção, mas há de decorrer de
sua competência e da capacidade de pôr a serviço dos clien-
tes seus conhecimentos jurídicos e a técnica de melhor aplicá-
los, para fazer triunfar os interesses dos patrocinados. Dis-
crição e moderação sempre se compatibilizam com essa ati-
tude e afastam condenável e vulgar insinuação para a capta-
ção de clientela. Precedentes.
(Processo n. E-1.640/98 Rel. José Eduardo Dias Collaço)
TED/SP
Periódico.
Ementa: Publicidade Distribuição de periódico por escri-
tório da advocacia Notícias e temas da área jurídica
Inculta a captação de clientela.
A veiculação de informações noticiando decisões jurispru-
denciais existentes, bem como de artigos escritos sobre
temas de interesse geral, em folheto do próprio escritório,
com indicação dos nomes dos advogados associados e da
sede e escritórios colaboradores, ricamente elaborado, em-
bora contendo ressalva de distribuição limitada, caracteri-
za imoderação e falta de discrição, deixando transparecer
evidente intuito mercantilista, ensejando inculca e capta-
ção de clientela, com infringência aos arts. 28, 29 e 31, §
1º, do Código de ÉTICA e Disciplina da OAB. Ante as faltas
ÉTICAS, caracterizadas em tese, a competência passa a
ser das Seções Disciplinares, nos termos do art. 48 do
Código de ÉTICA e Disciplina e do art. 137 do Regimento
Interno da OAB-SP.
(Processo n. E-1.641/98 Relª. Maria Cristina Zucchi)
XX
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
DA OAB
Título I
Da Ética do Advogado
Capítulo I
Das Regras Deontológicas Fundamentais
139
140 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
Capítulo II
Das Relações com o Cliente
Capítulo III
Do Sigilo Profissional
Capítulo IV
Da Publicidade
Capítulo V
Dos Honorários Profissionais
Capítulo VI
Do Dever de Urbanidade
Capítulo VII
Das Disposições Gerais
Título II
Do Processo Disciplinar
Capítulo I
Da Competência do Tribunal
De Ética e Disciplina
Art. 49. O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para
orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendo
às consultas em tese, se julgar os processos disciplinares.
Parágrafo único. O Tribunal reunir-se-á mensalmente ou em
menor período, se necessário, e todas as sessões serão
plenárias.
Art. 50. Compete também ao Tribunal de Ética e Disciplina:
I instaurar, de ofício, processo competente sobre ato ou
matéria que considere passível de configurar, em tese, in-
fração a princípio ou norma de ética profissional;
II organizar, promover e desenvolver cursos, palestras,
seminários e discussões a respeito de ética profissional,
inclusive junto aos Cursos Jurídicos, visando à formação da
consciência dos futuros profissionais para os problemas
fundamentais da Ética;
III expedir provisões ou resoluções sobre o modo de
proceder em casos previstos nos regulamentos e costu-
mes do foro.
IV mediar e conciliar nas questões que envolvam:
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB 151
Capítulo II
Dos Procedimentos
Art. 51. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou me-
diante representação dos interessados, que não pode ser
anônima.
§ 1º. Recebida a representação, o Presidente do Conselho
Seccional ou da Subseção, quando esta dispuser de con-
selho, designa relator um de seus integrantes, para presi-
dir a instrução processual.
§ 2º. O relator pode propor ao Presidente do Conselho
Seccional ou da Subseção o arquivamento da representa-
ção, quando estiver desconstituída dos pressupostos de
admissibilidade.
§ 3º. A representação contra membros do Conselho Fede-
ral e Presidentes dos Conselhos Seccionais é processada
e julgada pelo Conselho Federal.
Art. 52. Compete ao relator do processo disciplinar deter-
minar a notificação dos interessados para esclarecimento,
ou do representado para a defesa prévia, em qualquer caso
no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º. Se o representado não for encontrado ou for revel, o
Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe
defensor dativo.
§ 2º. Oferecidos a defesa prévia, que deve estar acompa-
nhada de todos os documentos, e rol de testemunhas, até
o máximo de cinco, é proferido o despacho saneador e,
ressalvada a hipótese do § 2º do art. 73 do Estatuto, desig-
152 ÉTICA. UM ALICERCE FUNDAMENTAL
Capítulo III
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 62. O Conselho Seccional deve oferecer os meios e
suporte imprescindíveis para o desenvolvimento das ativi-
dades do Tribunal.
Art. 63. O Tribunal de Ética e Disciplina deve organizar seu
Regimento Interno, a ser submetido ao Conselho Seccional
e, após, ao Conselho Federal.
Art. 64. A pauta de julgamentos do Tribunal é publicada em
órgão oficial e no quadro de avisos gerais, na sede do Con-
selho Seccional, com antecedência de 07 (sete) dias, de-
vendo ser dada prioridade nos julgamentos para os interes-
sados que estiverem presentes.
Art. 65. As regras deste Código obrigam igualmente as so-
ciedades de advogados e os estagiários, no que lhes forem
aplicáveis.
Art. 66. Este Código entra em vigor, em todo o território na-
cional, na data de sua publicação, cabendo aos Conselhos
Federal e Seccionais e às Subseções da OAB promover a sua
ampla divulgação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília-DF, 13 de fevereiro de 1995
XXI
GABARITO DAS QUESTÕES
Quem reestuda o que já havia aprendido
e adquire sempre novos conhecimentos,
esse merece ser professor.
Confúcio
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XXII
BIBLIOGRAFIA
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