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Antropologia
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A antropologia é uma ciência vinculada às


ciências sociais que visa entender a formação
da humanidade, por seus vários aspectos
Mobilidade Urbana no Enem
Em nossa aula de hoje, veremos o tema
(culturais, físicos e históricos), no mundo. Para mobilidade urbana, ou seja, a forma em que
compreender as formações humanas, os pessoas e cargas movimentam-se pelas
antropólogos (cientistas que estudam cidades, destacando os conteúdos mais
apresentados pelas provas, como
antropologia) comumente procuram vestígios engarrafamento, geração de poluentes,
desse desenvolvimento por meio de estudos poluição sonora. Veremos também sobre as
arqueológicos de sociedades antigas ou da possíveis soluções, inclusive apresentadas
pela lei de mobilidade de 2012 no Brasil.
compreensão cultural das mais diversas formas
de sociedade. Enem Videoaulas

Leia também: Sociologia – outro ramo do saber constituinte das ciências sociais
Enem Digital
Entenda como vai funcionar a versão digital do
Conceito de antropologia Enem

A palavra antropologia é formada com base nos vocábulos gregos antropos, que Redação nota 1000
significa homem (no sentido de humanidade), e logos, que significa razão, Saiba como estudante superou o medo da
redação e alcançou nota máxima no exame.
racionalidade ou ciência. A antropologia, nesse sentido, é um ramo das ciências
humanas, mais especificamente das ciências sociais, que tem como objetivo o
entendimento das formações estruturais daquilo que foi feito pela humanidade.
Podemos contabilizar como produção estritamente humana a linguagem, a cultura, a
ciência, a intelectualidade e o conhecimento racional.

Diferentes usos do termo


Ao longo da história do conhecimento, vinculou-se a palavra antropologia à produção
humana, não necessariamente por um viés científico. Por exemplo, ocorreu na Grécia
Antiga uma imensa diferença entre a filosofia produzida por Sócrates e a filosofia
produzida pelos pensadores anteriores, hoje chamados de pré-socráticos.
Hoje, os historiadores da filosofia, que tomam uma boa distância histórica daquele
período, chamam o período socrático (formado conjuntamente por Sócrates e Platão)
de período antropológico. Isso se dá porque a filosofia pré-socrática tentava
compreender a origem do Universo, enquanto a filosofia de Sócrates e Platão ocupava-
se de elementos constituídos com base no convívio humano no mundo: a política, a
ética, a justiça, a sociedade etc.
A partir do século XIX, com a necessidade de compreender-se outras culturas e povos
de fora do eixo europeu por uma questão relacionada a um novo movimento
colonialista daquele tempo, os pensadores debruçaram-se sobre os aspectos das
diferentes formações humanas. Nesse sentido, a antropologia estabeleceu-se como
uma ciência inciada sobre bases equivocadas, mas que se fortaleceu ao longo do
século XX como capaz de compreender as formações humanas.

História da antropologia
Antecedentes históricos
Podemos encontrar as primeiras e mais remotas preocupações que levaram ao
surgimento da antropologia no século XVI. O movimento colonizador observado nas
Grandes Navegações, ocorridas a partir do final do século XV, colocou o europeu em
contato com um tipo humano jamais visto por ele. A cultura, o modo de vida, a
religião e as estruturas sociais tão diferentes causaram espanto aos europeus. Tanto
quanto o espanto foi causado, houve o movimento de tomada da terra e dos bens
naturais dos nativos por parte daqueles.
Para isso os colonizadores apresentaram a lógica religiosa como legitimação da
colonização, pois povos tão, na visão deles, atrasados e profanos deveriam ser
forçadamente civilizados. No entanto, apesar da visão predominantemente
etnocentrista dos europeus, nem toda a intelectualidade manteve-se uníssona em
defender a colonização e a civilização forçadas e etnocentristas dos povos nativos.
Um dos pontos desviantes da linha de raciocínio corrente foi o pensamento do filósofo,
político, escritor, jurista e humanista francês Michel de Montaigne. Montaigne foi um
crítico da visão europeia, que não reconhecia na cultura diferente da sua uma
legitimidade.
No século XIX, houve um novo movimento colonizador, denominado neocolonialismo
ou imperialismo. O imperialismo desse período promoveu uma divisão das terras dos
territórios da África e da Ásia entre as principais potências europeias, em especial
Inglaterra e França, que receberam as maiores porções nessa partilha.
Então, o europeu colocava-se novamente em posição de domínio de outros povos e
contato com culturas diferentes. Era, novamente, necessário justificar-se o movimento
colonizador, porém com certas diferenças epistemológicas. O século XIX tinha
vivenciado a revolução científica do século XVI e caminhava para um positivismo
cientificista que necessitava de explicações científicas (e não religiosas) para justificar
o domínio de povos. Além da simples partilha das terras, os europeus precisavam de
matéria-prima para suprir a necessidade imposta pela expansão industrial do século
XIX.
Leia também: Como se deu o surgimento da sociologia?

Darwinismo social
Na esteira dessa necessidade, era preciso criar-se uma ciência sólida capaz de
mostrar as diferenças culturais entre os diferentes povos. O primeiro movimento
antropológico com pretensão científica foi promovido a partir da década de 1870 e
liderado pelo biólogo inglês Edward Burnett Tylor e pelo geógrafo e biólogo Herbert
Spencer.
O geógrafo e antropólogo inglês Edward Burnett Tylor é considerado, junto a Herbert Spencer, um dos
primeiros antropólogos.
A teoria construída por esses pensadores ficou conhecida, mais tarde, como
evolucionismo ou darwinismo social. O darwinismo social é puramente etnocentrista e
tem pretensões científicas. Podemos dizer que a pretensão ao cientificismo não se
concretizou, pois tal ideia foi construída em cima de teorias abstratas sobre os povos
de fora da Europa sem, de fato, que se houvesse o conhecimento efetivo e prático
daqueles povos.
Na visão bairrista e etnocentrista dos primeiros antropólogos, há uma hierarquia das
raças que poderia ser medida com a cultura. Ainda nessa visão, a cultura produzida
pelo homem branco europeu é superior à cultura produzida pelos outros povos.
Assim, medindo pela cultura, eles afirmavam que a raça branca é superior às outras
raças, estabelecendo uma hierarquia que coloca os asiáticos em segundo lugar, os
indígenas americanos em terceiro, e, por último, os povos negros africanos. Assim,
eles justificavam a colonização como um movimento que poderia levar o
desenvolvimento “civilizado e superior” aos povos “menos desenvolvidos”.
O biólogo inglês Charles Darwin foi uma das inspirações teóricas para o desenvolvimento das
primeiras teorias antropológicas.

Desenvolvimento da antropologia
Já no fim do século XIX, as ideias etnocentristas começaram a modificar-se dentro da
antropologia com os trabalhos desenvolvidos pelo geógrafo e antropólogo alemão
Franz Boas. Boas conheceu povos nativos que viviam no norte do Alasca quando foi
contratado como cartógrafo para mapear um conjunto de ilhas da região. Passando
um bom tempo no local, ele percebeu que era necessário aprofundar-se na cultura de
um povo, fazer o que eles faziam e conhecer a sua língua para realmente entendê-lo
sem preconceitos.
No século XX, o antropólogo polonês Bronislaw Malinowski revolucionou os estudos
antropológicos ao fundar um método funcionalista para a antropologia, que entende a
sociedade com base no papel e na função dos seus vários elementos.
Para a consumação de seu método, é necessário que o antropólogo mantenha um
contato bem próximo com a sociedade em questão (ideia já preconizada por Boas),
mas com um método bem específico de análise para que o resultado da produção seja
cientificamente confiável. Foi por meio de Malinowski que os estudos antropológicos
ganharam maior fundamentação e distanciaram-se de vez do risco do etnocentrismo e
da pseudociência.
O antropólogo polonês Bronislaw Malinowski revolucionou a antropologia.
Outro importante método antropológico que surgiu no século XX foi o estruturalismo,
desenvolvido primeiramente pelo antropólogo belga Claude Lévi-Strauss. Esse
pensador procurou entender, por meio dos estudos linguísticos e da imersão cultural,
as estruturas fundamentais que estabelecem laços comuns entre todas as sociedades.
Uma delas seria, na visão de Lévi-Strauss, o parentesco, algo comum a todas as
sociedades.
Leia também: Darcy Ribeiro – importante nome da antropologia do Brasil

O que é antropologia cultural e social?


Com base no fato de que todos os agrupamentos humanos criam cultura, a
antropologia cultural analisa a formação e os elementos dessas culturas para
compreender o ser humano. Nesse sentido, o conjunto formado por hábitos, religião,
linguagem, artes e toda a gama de produção cultural de uma sociedade é objeto de
estudo da antropologia cultural. Essa disciplina da antropologia também pode ser
chamada de antropologia social.

Antropologia física
Os diferentes fatores geográficos e biológicos resultam no desenvolvimento de traços
diferentes nas pessoas. Os traços físicos e evolutivos são o objeto de estudos dessa
vertente da antropologia, que usualmente trabalha junto à arqueologia e à
paleontologia para procurar vestígios físicos do desenvolvimento das sociedades
humanas.
Publicado por: Francisco Porfírio

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