Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CULTIVO DE BONSAI
Apresentação
Perguntas do tipo “como montar uma fábrica de aguardente?”, “como montar uma escola
infantil?”, “como iniciar uma criação de escargot?” são respondidas pelo Ponto de Partida, que
contempla questões relativas a registro, legislação, tributação, implantação, normas técnicas,
matérias-primas, máquinas e equipamentos e outros esclarecimentos.
O Ponto de Partida também orienta sobre a elaboração do Plano de Negócio, instrumento que
oferecerá uma visão antecipada de ações e resultados do empreendimento, através da apuração
de dados relativos a valores de investimento inicial e de impostos, custos fixos e variáveis,
pesquisa de mercado e outros.
Perfil Empreendedor
Você não vê a hora de se tornar dono do seu nariz e fazer parte da lista dos empreendedores
que dão certo? Saiba que, para começar um negócio próprio, é fundamental ter o perfil
empreendedor. Então, confira se você se encaixa nas características abaixo descritas.
Capacidade de assumir riscos: não ter medo de desafios, arriscar conscientemente. Calcular
detalhadamente as chances do empreendimento ser bem-sucedido.
Senso de oportunidade: enxergar oportunidades onde os outros só vêem ameaças. Prestar
atenção nos "furos" que outros empresários não viram e nos quais você pode atuar de forma
eficaz, rápida e lucrativa.
Conhecimento do ramo: conhecer bem o ramo empresarial escolhido ou, melhor ainda,
trabalhar no setor.
Organização: ter senso de organização e compreender que os resultados positivos só aparecem
com a aplicação dos recursos disponíveis de forma lógica, racional e funcional. Definir metas,
executar as ações de acordo com o planejamento e corrigir os erros rapidamente.
Iniciativa e garra: gostar de inovações. Não esperar pelos outros (parentes, sócios, governo,
etc.). Apresentar propostas sem se intimidar.
Liderança: ter capacidade de influenciar pessoas, conduzindo-as em direção às suas idéias ou
soluções de problemas. Ter habilidade para definir tarefas, orientar, delegar responsabilidades,
valorizar o empregado, formar uma cultura na empresa para alcançar seus objetivos. Ser alguém
em quem todos confiam.
Manter-se atualizado: buscar sempre novas informações e aprender tudo o que for relacionado
com o seu negócio (clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes, colaboradores, etc.).
Ser otimista e saber motivar-se.
Nem sempre uma pessoa reúne todas as características que marcam a personalidade de um
empreendedor de sucesso. No entanto, se você se identificou com a maioria delas, terá grandes
chances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade com sua vida profissional, reflita
sobre o assunto e procure desenvolver-se. Busque informações em centros tecnológicos, cursos,
livros e revistas especializadas ou junto a pessoas que atuam na área.
4
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Mercado
No passado, as atividades agropecuárias restringiam-se à subsistência humana. Com o
desenvolvimento das sociedades, tornou-se necessária a profissionalização e o enquadramento
destas atividades como oportunidades de negócios sujeitas à mesma dinâmica dos demais
setores econômicos.
Neste sentido, uma empresa rural não se “fecha em si mesma”. Ela mantém constante
intercâmbio com o ambiente, através de contatos com fornecedores, distribuidores,
concorrentes e consumidores, e também é afetada por aspectos sociais, tecnológicos,
econômicos, políticos, legais, ecológicos, demográficos, dentre outros.
Para gerir o negócio, o empreendedor deve conhecer a atividade, a propriedade rural, quanto as
suas potencialidades e limitações, e o mercado que deseja atender.
É importante destacar que o setor rural tem características próprias e depende de fatores
diversos, que, muitas vezes, não podem ser controlados pelo empreendedor. São eles:
5
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
- Clima
Condiciona a maioria das explorações agropecuárias, determinando épocas em que ocorrem
modificações expressivas da atividade;
- Condições biológicas
O ciclo biológico determina a inversibilidade do ciclo produtivo e limita a adoção de recursos
que acelerem a produção, como, por exemplo, um terceiro turno de trabalho;
- Incidência de riscos
As proporções dos riscos na agropecuária são maiores, já que a atividade pode ser afetada pelo
clima, pelo ataque de pragas e doenças e pelas flutuações de preços do produto;
O MERCADO CONSUMIDOR
6
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Para garantir que o cliente escolha a sua empresa, é preciso conhecê-lo bem e saber exatamente
o que ele quer. Oferecer ao cliente o produto que ele deseja será o melhor meio de garantir que
as vendas aumentem e sua empresa continue crescendo.
Se você já tem idéia da atividade e do ramo específico aos quais pretende se dedicar, precisa
agora descobrir seu mercado consumidor, pois nem todas as pessoas ou empresas são seus
clientes potenciais (aqueles que podem comprar os produtos que você vende).
Mesmo que sua empresa tenha vários tipos de consumidores, haverá sempre um grupo em
destaque. Para obter as informações que irão ajudá-lo a enxergar mais claramente o seu
mercado consumidor, procure responder as seguintes perguntas:
O MERCADO CONCORRENTE
Procure descobrir empresas ou pessoas que ofereçam produtos idênticos ou semelhantes aos
seus e que concorram direta ou indiretamente com o seu negócio. Pode-se aprender muito com o
levantamento destas informações e com a análise dos acertos e/ou erros dos concorrentes.
Estabeleça prioridades, planeje como obter estas informações e organizá-las, para que seja
possível a análise dos seguintes pontos:
FORNECEDORES
Os fornecedores também são muito importantes para a atividade rural. Para o estudo do
mercado fornecedor, considere as seguintes questões:
Quais são os produtos/serviços que sua empresa consome no processo de produção e/ou
comércio?
Quem são os seus principais fornecedores de produtos e/ou serviços?
Como os fornecedores trabalham? (preços, prazos praticados, condições de pagamento,
pontualidade na entrega do produto, qualidade, garantia oferecida, relacionamento, localização,
facilidade de acesso)
Depois de identificar os itens acima, faça um quadro comparativo das características dos
fornecedores. Utilize a mesma escala citada no estudo do mercado concorrente. Analise e
descubra as melhores opções para a sua empresa.
8
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Legislação Específica
Não encontramos em nosso acervo registro de legislação específica regulamentando a atividade
de cultivo de bonsai.
A pessoa jurídica também não está sujeita à responsabilidade técnica; ou seja, não se exige
do empreendimento a manutenção, em seus quadros, de profissional habilitado junto a
órgão ou conselho de classe fiscalizador de profissão regulamentada.
As instruções recebidas sobre legislação devem ser confirmadas junto às autoridades fiscais e
junto ao contador ou contabilista responsável pela escrita fiscal da empresa.
9
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Esclarecimentos Tributários
Setor/Atividade: Produtor rural.
Tipo de negócio: Cultivo de bonsai.
Principais tributos instituídos em lei: IRPJ, PIS, COFINS, CONTRIBUIÇAO SOCIAL
SOBRE O LUCRO, ICMS.
Estão relacionados acima tributos instituídos em lei por setor de atividade. Outros tributos
serão devidos, conforme situações peculiares ou atividades/operações definidas, cujo
tratamento diferenciado deverá ser verificado caso a caso.
TRIBUTAÇÃO
As autoridades fiscais devem ser enxergadas como parceiras do empreendedor, das quais
será possível exigir a contrapartida pelo recolhimento regular e pontual dos tributos,
principalmente quanto à prestação dos serviços públicos que toda a sociedade tem direito.
Dentro de noções básicas que são do interesse do empreendedor, pode-se iniciar por
esclarecer que os tributos são prestações pecuniárias (em dinheiro), que o contribuinte deve
ao fisco, por força de legislação específica que institui a obrigação.
Os tributos são, por isso, recolhidos necessariamente em dinheiro, não se admitindo pagamento
através da entrega de mercadorias ou serviços. E todo tributo é instituído por lei. Os tributos
são classificados ou subdivididos em impostos, taxas e contribuições de melhorias. Fica assim
fácil entender que imposto e tributo não são a mesma coisa, já que tributo é o gênero, e
imposto é uma espécie de tributo.
Os tributos são instituídos em leis, que têm origem federal, estadual, distrital (Distrito
Federal) ou municipal.
São denominados tributos vinculados aqueles oriundos das atividades executadas pelo Poder
Público, configurando taxas e contribuições de melhoria. É o caso, por exemplo, de taxas
que o contribuinte recolhe quando solicita, junto à repartição pública, a emissão de
documentos e certidões. Os tributos vinculados à atividade do contribuinte são denominados
tributos não vinculados e caracterizam impostos e contribuições sociais, podendo ser citados
como exemplos o Imposto de Renda e as contribuições para a Previdência Social.
a) Tributos Federais: IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), PIS (Contribuição para o Programa de Integração Social), COFINS
11
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
(Contribuição Social sobre o faturamento das empresas) e a CSLL (Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido);
b) Tributo Estadual: ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços);
c) Tributo Municipal: ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza);
d) Contribuições Previdenciárias: INSS recolhido sobre a folha de pagamento de segurados
empregados e retirada pró-labore de sócios e administradores, mais pagamentos efetuados a
prestadores de serviços autônomos.
As obrigações mencionadas acima não estão classificadas de acordo com a doutrina, haja visto
que os estudiosos do assunto divergem quanto à definição da natureza jurídica dos encargos
tributário-fiscais. Todavia, a indicação das obrigações na forma acima tem cunho meramente
didático e objetiva apresentar ao empreendedor, de forma simples e prática, suas principais
obrigações oriundas da execução de suas atividades econômicas.
Empresas cuja receita bruta anual não ultrapassa R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos
mil reais) recebem tratamento diferenciado, gozando de benefícios fiscais e, por isso, sendo
sujeitas a carga tributária reduzida. São classificadas em microempresas ou empresas de
pequeno porte, conforme o valor da receita bruta anual que realizam.
Este tratamento diferenciado dispensado às micro e pequenas empresas foi instituído para
regulamentar o artigo 179 da Constituição da República, decorrendo de legislação
específica de origem federal e estadual. A legislação federal institui benefícios fiscais
quanto aos tributos federais e às contribuições previdenciárias, enquanto a legislação
estadual institui benefícios quanto aos tributos estaduais.
Os municípios também podem instituir benefícios quanto aos tributos municipais. Recomenda-
se ao empreendedor solicitar informações sobre o assunto diretamente junto à Prefeitura do
município onde pretende estabelecer a sede da empresa.
Tendo em vista que os benefícios fiscais são instituídos em leis de origem federal e estadual,
os critérios para gozo dos benefícios variam de acordo com a origem da lei. Algumas regras
são idênticas para aproveitamento do empreendedor, variando outras conforme há de se
esclarecer através do estudo das respectivas leis federal e estadual.
12
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Em nível federal os benefícios fiscais foram instituídos pela Lei nº 9.317, de 05 de dezembro
de 1996, tendo a Lei nº 9.841, de 05 de outubro de 1999, instituído o Estatuto da
microempresa e da empresa de pequeno porte. No Estado de Minas Gerais, os benefícios fiscais
quanto aos tributos estaduais foram instituídos pela Lei nº 13.437, de 30 de dezembro de 1999,
regulamentada pelo Decreto nº 40.987, de 31 de março de 2000.
13
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
A legislação classifica como MICROEMPRESA aquela cuja receita bruta anual não ultrapassa
R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), e EMPRESA DE PEQUENO PORTE aquela
cuja receita bruta anual ultrapassa o limite de microempresa (R$ 240.000,00), mas não
ultrapassa R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
Os valores acima foram estipulados pela Lei federal nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, que
produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.
A tabela abaixo indica o valor do percentual a ser aplicado sobre a receita mensal da empresa,
conforme sua faixa de enquadramento.
MICROEMPRESA
Receita Bruta Anual (R$) Percentual (%)
Até 60.000,00 3
Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 4
Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 5
Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 5,4
EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Receita Bruta Anual (R$) Percentual (%)
Acima de 240.000,00 Até 360.000,00 5,8
Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 6,2
Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 6,6
Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 7
Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 7,4
Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 7,8
Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 8,2
Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 8,6
Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 9,0
Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 9,4
Acima de 1.440.000,00 Até 1.560.000,00 9,8
Acima de 1.560.000,00 Até 1.680.000,00 10,2
Acima de 1.680.000,00 Até 1.800.000,00 10,6
14
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pela
Lei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.
Os percentuais mencionados no quadro acima não incluem a alíquota definida para empresas
que exploram atividade industrial e são contribuintes do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados). Na hipótese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e for
contribuinte do IPI, sobre as alíquotas indicadas no quadro acima, deverá adicionar 0,5% (cinco
décimos porcento), ficando o quadro assim:
MICROEMPRESA
RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)
Sem IPI Com IPI
Até 60.000,00 3 3,5
Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 4 4,5
Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 5 5,5
Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 5,4 5,9
EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Receita Bruta Anual (R$) Percentual (%)
Sem IPI Com IPI
Acima de 240.000,00 Até 360.000,00 5,8 6,3
Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 6,2 6,7
Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 6,6 7,1
Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 7 7,5
Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 7,4 7,9
Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 7,8 8,3
Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 8,2 8,7
Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 8,6 9,1
Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 9,0 9,5
Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 9,4 9,9
Acima de 1.440.000,00 Até 1.560.000,00 9,8 10,3
Acima de 1.560.000,00 Até 1.680.000,00 10,2 10,7
Acima de 1.680.000,00 Até 1.800.000,00 10,6 11,1
Acima de 1.800.000,00 Até 1.920.000,00 11,0 11,4
Acima de 1.920.000,00 Até 2.040.000,00 11,4 11,9
Acima de 2.040.000,00 Até 2.160.000,00 11,8 12,3
Acima de 2.160.000,00 Até 2.280.000,00 12,2 12,7
Acima de 2.280.000,00 Até 2.400.000,00 12,6 13,1
15
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pela
Lei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.
Algumas empresas são impedidas de optar pelo SIMPLES, mesmo que sua receita esteja dentro
dos limites de enquadramento no referido regime especial de tributação. O artigo 9º da Lei nº
9.317/96 exclui do SIMPLES, independentemente da receita da empresa, aquela que encontra-
se numa das seguintes situações:
XVI - cujo titular, ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por cento),
adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com os rendimentos por ele declarados.
Por força das leis retro-mencionadas, empresas que exploram atividade de creche e pré-escola,
estabelecimentos de ensino fundamental, centro de formação de condutores (auto escola),
agências lotéricas e agência terceirizadas de correios, podem optar pelo SIMPLES. Nesses
casos, o contribuinte fica obrigado a recolher o imposto mediante acréscimo de 50% (cinquenta
porcento), sobre o valor dos percentuais indicados na tabela acima.
Nos casos que a legislação impõe acréscimo de 50% (cinquenta porcento) da alíquota, para fins
de apuração do SIMPLES, conforme acima mencionado (Leis nº 10.034/00 e nº 10.684/03), a
tabela passa a ser da seguinte forma:
MICROEMPRESA
RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)
Até 60.000,00 4,5
Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 6,0
Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 7,5
Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 8,1
EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Receita Bruta Anual (R$) Percentual (%)
Acima de 240.000,00 Até 360.000,00 8,7
Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 9,3
Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 9,9
Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 10,5
Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 11,1
Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 11,7
Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 12,3
Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 12,9
Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 13,5
Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 14,1
17
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pela
Lei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.
Os percentuais mencionados no quadro acima não incluem a alíquota definida para empresas
que exploram atividade industrial e são contribuintes do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados). Na hipótese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e for
contribuinte do IPI, sobre as alíquotas indicadas no quadro acima, deverá adicionar 0,5% (cinco
décimos porcento).
18
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
A nova redação dada aos artigos 10, 11 e 12 da Lei nº 10.992/92 contemplou somente o
PRODUTOR DE LEITE E DERIVADOS, assegurando tratamento diferenciado ao respectivo
segmento de produção rural, mediante redução do ICMS. O regime especial é optativo. O
produtor rural de leite e derivados pode aderir ou não. Caso faça opção pelo regime especial, o
produtor apura o ICMS através do sistema normal (débito e crédito), e sobre o valor apurado
recolhe o ICMS reduzido aos seguintes percentuais:
A Lei nº 15.219, de 7 de julho de 2004, é a legislação vigente no Estado de Minas Gerais, que
assegura tratamento diferenciado ao pequeno empreendedor e estabelece expressamente em seu
artigo 42, que permanece em vigor, as disposições relativas ao pequeno produtor rural,
preceituadas na Lei nº 10.992/92 (artigos 10, 11 e 12).
19
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
O SIMPLES MINAS permite também abater sobre o ICMS apurado as despesas comprovadas
pelo contribuinte com investimentos na aquisição de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal
(ECF).
O contribuinte é obrigado a recolher o ICMS que resulta da somatória das duas operações acima
mencionadas (letras “a” e “b”).
O ICMS que resulta da diferença da alíquota (letra “a”) e o ICMS que resulta da aplicação da
tabela simplificada (letra “b”) são somados, e o resultado (soma) é o valor total do imposto a ser
recolhido.
A orientação para a apuração do ICMS segue abaixo, dividida em duas etapas (itens “a” e “b”),
sendo a primeira (item “a”) relativa à diferença de alíquota, e a segunda etapa (letra “b”)
relativa à aplicação da tabela simplificada.
Na segunda etapa (letra “b”) da orientação abaixo, que refere-se à aplicação da tabela
simplificada, o contribuinte deve estar atento à opção de apurar a RECEITA TRIBUTÁVEL
REAL ou aplicar o índice sobre a RECEITA TRIBUTÁVEL PRESUMIDA.
20
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
a.1) O contribuinte soma o valor das notas fiscais de compra de mercadorias que destinam-se
à industrialização ou revenda, aplicando sobre o resultado a alíquota de 18% (dezoito
porcento);
a.2) Sobre as notas fiscais somadas para alcançar o resultado acima, o contribuinte
soma apenas o valor do ICMS QUE VEM INDICADO EM CADA NOTA FISCAL, como
incluso/incluído no valor total;
a.3) O contribuinte então calcula a diferença entre o resultado obtido na primeira operação
(item a.1) e o resultado obtido na segunda operação (item a.2);
a.4) Nos casos em que o valor do imposto indicado em cada nota fiscal como sendo
incluso/incluído no valor total (item a.2 acima) for exatamente igual ao valor obtido pela
aplicação da alíquota de 18% (dezoito porcento) sobre as notas fiscais de compra de
mercadorias (item a.1 acima), NÃO HAVERÁ DIFERENÇA DE ALÍQUOTA a ser somada no
valor do ICMS para recolhimento.
21
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
A tabela acima pode ser RELIDA pelo contribuinte na forma abaixo, que permite a apuração do
imposto numa única operação direta, através da qual o ICMS é calculado mediante aplicação da
alíquota correspondente à faixa de RECEITA TRIBUTÁVEL, deduzindo-se a parcela
respectiva, em que o saldo final já incluiu os princípios de progressividade e não
cumulatividade, que são característicos do SIMPLES MINAS.
PARCELA
FAIXA ALÍQUOTA A
RECEITA TRIBUTÁVEL
DEDUZIR
Os valores constantes das tabelas acima foram atualizados pela Portaria nº 26, de 11 de
janeiro de 2006, do Secretário da Receita Estadual do Estado de Minas Gerais, para
vigorar no exercício de 2006.
APURAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁVEL – OPÇÕES: REAL OU PRESUMIDA
A RECEITA TRIBUTÁVEL que serve como base de cálculo do ICMS pode ser REAL ou
PRESUMIDA.
A RECEITA TRIBUTÁVEL REAL é o valor total das saídas promovidas pelo contribuinte é
registrado em notas fiscais, cupom fiscal ou outro documento fiscal autorizado pelo Poder
Público. O contribuinte realiza a somatória das saídas promovidas no mês e registrada em
documentos fiscais, que corresponde à RECEITA TRIBUTÁVEL REAL sujeita à aplicação das
alíquotas indicadas na tabela acima, variando de acordo com a faixa de incidência.
automotores
43 Serviços de manutenção e reparação de automóveis 36%
Serviços de manutenção e reparação de caminhões, ônibus e outros
44 34%
veículos pesados
45 Serviços de lavagem, lubrificação e polimento de veículos 26%
46 Serviços de borracheiros e gomaria 26%
Comércio por atacado de peças e acessórios novos para veículos
47 30%
automotores
48 Comércio por atacado de pneumáticos e câmaras de ar 42%
Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos
49 26%
automotores
50 Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras de ar 26%
Representantes comerciais e agentes do comércio de peças e acessórios
51 26%
novos e usados para veículos automotores
Comércio a varejo de peças e acessórios usados para veículos
52 26%
automotores
Comércio por atacado de peças e acessórios para motocicletas e
53 26%
motonetas
54 Comércio a varejo de motocicletas e motonetas 32%
55 Comércio a varejo de peças e acessórios para motocicletas e motonetas 30%
Comércio a varejo de combustíveis e lubrificantes para veículos
56 40%
automotores
57 Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 30%
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de
58 produtos alimentícios, com área de venda superior a 5000 metros 26%
quadrados - hipermercados
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de
59 produtos alimentícios, com área de venda entre 300 e 5000 metros 26%
quadrados - supermercados
60 Minimercados 26%
61 Mercearias e armazéns varejistas 26%
62 Comércio varejista de mercadorias em lojas de conveniência 30%
63 Lojas de departamentos ou magazines 30%
64 Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou magazines 30%
65 Comércio varejista de produtos de padaria e de confeitaria 26%
66 Comércio varejista de laticínios, frios e conservas 26%
67 Comércio varejista de balas, bombons e semelhantes 26%
68 Comércio varejista de carnes - açougues 26%
69 Comércio varejista de bebidas 45%
70 Tabacaria 26%
71 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros 26%
72 Peixaria 26%
Comércio varejista de outros produtos alimentícios não especificados
73 40%
anteriormente
74 Comércio varejista de tecidos 30%
24
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
26
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Não se aplica a exclusão do contribuinte que participe com mais de 10% (dez porcento) do
capital de outra sociedade empresária, quando a referida participação ocorrer em centrais de
compras, em bolsas de subcontratação ou em consórcios de exportação ou de venda no mercado
interno, mesmo que a receita bruta anual global das empresas interligadas for superior a
R$2.197.831,00.
Importante:
27
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Microprodutor Rural
Lei n.º 10.992, de 29 de dezembro de 1992 – Dispõe sobre microempresa, empresa de pequeno
porte, microprodutor e produtor de pequeno porte no Estado de Minas Gerais; estabelece
tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, creditício e de
desenvolvimento empresarial a eles aplicáveis; e dá outras providências.
Lei n.º 14.131, de 20 de dezembro de 2001 – Revigora, com nova redação, os artigos 10,11 e 12
da Lei nº 10.992/92.
PRODUTOR RURAL é a pessoa, física ou jurídica, que explora atividade primária com fins
econômicos. O produtor rural explora atividade econômica para produção e circulação de
produtos rurais, in natura ou beneficiados, utilizando ou não de meios técnicos, com ou sem o
concurso de colaboradores e auxiliares.
O empresário rural e a sociedade empresária rural NÃO são obrigados a obter registro na Junta
Comercial. O registro na Junta Comercial é FACULTATIVO para o produtor rural.
Sem prejuízo do registro na Junta Comercial, que é facultativo, o produtor rural ESTÁ
OBRIGADO a obter sua inscrição no Cadastro de Produtor Rural da Secretaria de Estado da
Fazenda de Minas Gerais, desde que:
28
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Para PESSOAS JURÍDICAS, que exercem atividade rural EM IMÓVEL URBANO, a inscrição
no Cadastro de Produtor Rural é dispensada, porque a inscrição ocorre no Cadastro de
Contribuintes do ICMS.
O produtor rural deve comunicar à Administração Fazendária (AF) a que estiver circunscrito as
ocorrências que implicarem alterações de dados cadastrais, mediante apresentação da
Declaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais), acompanhada, quando for o caso, dos
documentos que possam comprová-las. A comunicação deve ser feita até o dia 15 (quinze) do
mês subseqüente ao da ocorrência do fato ou do registro do ato no órgão competente.
29
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Se o imóvel estender-se a outro Estado da Federação (fora dos limites de Minas Gerais), o
produtor deve promover o cadastramento e a inscrição relativamente à área situada em
território mineiro, ainda que sua sede ou a maior parte da área se encontrem no Estado limítrofe.
O produtor rural é responsável pela guarda do Cartão de Inscrição de Produtor e responde por
todos os atos praticados em decorrência de sua utilização. No caso de perda ou destruição do
cartão, o produtor deve requerer a emissão de 2ª (segunda) via, mediante apresentação da
Declaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais).
Importante:
As instruções recebidas sobre opção pelo regime de microempresa e empresa de pequeno
porte devem ser confirmadas junto às autoridades fiscais e junto ao contador ou
contabilista responsável pela escrita fiscal.
30
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Um negócio próprio envolve, além de capital para investir, muita disposição para o
trabalho, garra e persistência. Essas características devem estar presentes já na fase de
abertura da empresa, para o cumprimento da verdadeira maratona imposta pela burocracia. O
empreendedor deve estar preparado para lidar com diversas siglas, taxas e impostos em
repartições municipais, estaduais e federais, até que o primeiro cliente da nova empresa seja
finalmente atendido.
2 - Para o empreendedor que explora qualquer outra atividade NÃO enquadrada como
intelectual ou cooperativa, a legislação permite o registro do EMPRESÁRIO ou a
constituição de sociedade empresária. O registro do EMPRESÁRIO ocorre quando NÃO
HÁ constituição de sociedade. NO CASO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE, as opções
previstas em lei são:
É importante entender que apenas serviços intelectuais são explorados por sociedades
SIMPLES. Serviços NÃO INTELECTUAIS, podendo citar atividade explorada por
prestador de serviço de limpeza, portaria e conservadoras, oficina mecânica e outros tantos,
NÃO são explorados por sociedade denominada SIMPLES. São também legalmente definidas
como SOCIEDADES SIMPLES as diversas espécies de COOPERATIVAS.
Em resumo:
1 - São sociedades simples:
Aquelas que exploram serviço intelectual (natureza científica, literária ou artística);
As cooperativas.
32
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Também é necessária a realização de consulta da situação fiscal dos sócios junto à Secretaria
da Receita Federal e à Secretaria Estadual da Fazenda, para verificar a existência de
pendências ou irregularidades, que impeçam a obtenção da inscrição nos respectivos cadastros
fiscais (federal e estadual).
CONTRATO SOCIAL
Sociedades simples e sociedades empresárias são criadas inicialmente pela elaboração do
contrato de sociedade, denominado CONTRATO SOCIAL, que é assinado pelos sócios e
arquivado no órgão competente de registro.
O contrato social das sociedades simples e das sociedades limitadas deve conter:
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios;
Nome empresarial, objeto, sede e prazo da sociedade;
Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie
de bens suscetíveis de avaliação pecuniária;
Quota de cada sócio no capital social e o modo de realizá-la;
Indicação dos administradores, seus poderes e atribuições;
Participação dos sócios nos lucros e perdas.
Além dos requisitos acima relacionados, o contrato social da sociedade limitada também deve
conter:
Declaração de que a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor exato das cotas subscritas;
Indicação da regência supletiva das normas aplicáveis às sociedades anônimas, se for do
interesse do empreendedor;
Designação do objeto da sociedade na denominação social, integrada no final da palavra
limitada ou sua abreviatura.
Imprevistos podem acontecer e, além disso, são comuns atritos entre sócios. O importante é
que, em qualquer litígio ou situação excepcional, a última palavra caberá ao texto do
Contrato Social. Uma forma de eliminar dúvidas é a consulta a um Contrato Social
lavrado por outra empresa em condições semelhantes. Porém, se as dúvidas persistirem ou
não se chegar a um acordo, o melhor mesmo será recorrer a um advogado ou contador.
A - EMPRESÁRIO
Requerimento específico em quatro vias e em formulário próprio;
Declaração de microempresa, se for o caso;
Capa de processo;
Cópia autenticada da carteira de identidade do titular da empresa;
Taxa de registro.
B - SOCIEDADE LIMITADA
Contrato ou estatuto social, assinado pelos sócios e duas testemunhas (três vias);
Declaração de microempresa, se for o caso (duas vias);
34
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
IMPORTANTE
Algumas atividades exigem licenças e registros especiais e específicos. Tanto o
contabilista quanto os órgãos competentes poderão orientar o empreendedor para o
cumprimento de tais exigências, se for seu caso.
O Código Civil em vigor veda a constituição de sociedade entre pessoas casadas pelos
regimes de comunhão universal de bens ou separação obrigatória de bens.
ÓRGÃOS DE REGISTROS
Junta Comercial (contrato social ou estatuto social) - site: www.jucemg.mg.gov.br
Ministério da Fazenda (CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) - site:
www.receita.fazenda.gov.br
Secretaria de Estado da Fazenda (inscrição estadual - cadastro de contribuintes do ICMS) - site:
www.sef.mg.gov.br
Prefeitura Municipal (Alvará de Localização e Funcionamento)
36
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Marcas e Patentes
Registrar a marca da empresa significa ter a garantia sobre o uso de um nome (nome de
fantasia), um sinal visual ou mesmo uma figura.
É a marca que identifica e distingue uma empresa, um produto, uma mercadoria ou um serviço
dos demais no mercado em que atua.
Por isso, é relevante que seja feito o registro da marca junto ao INPI (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial), para que seja garantido o uso exclusivo da marca em benefício do
titular da mesma, coibindo seu uso indevido por terceiros.
Pessoa Jurídica
Cópias do Contrato Social, das alterações contratuais, do cartão CNPJ e da declaração da
microempresa (se for o caso);
Pessoa Física
Carteira de identidade, CPF e cópia da carteira profissional (se for o caso).
Marca mista
Se a marca for mista (nome com figura) ou apenas figurativa (apenas figura), é necessário
apresentar 16 (dezesseis) etiquetas na metragem 6cm X 6cm. As etiquetas devem ser impressas
em papel ofício e em preto e branco.
37
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Taxas
O INPI cobra taxas pelos serviços que presta, desde o pedido de registro de marca até a
expedição do Certificado de Registro. Os valores variam de acordo com o tipo de serviço
pedido e, ainda, de acordo com a característica do usuário do serviço (pessoa física, pessoa
jurídica, microempresa).
O interessado poderá solicitar mais informações sobre busca e registro de marcas diretamente
no Ponto de Atendimento SEBRAE-MG mais próximo.
38
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Implantação
Introdução
O objetivo principal dos chineses, quando começaram a cultivar o bonsai, era poder
contemplar a natureza de perto, através da árvore miniaturizada, plantada em pedras ou em
bandejas. Daí vem o significado da palavra bonsai: BON = bandeja ou bacia; SAI = cultivo. Ou
seja, "cultivado em uma bandeja".
A palavra bonsai é de origem japonesa. Porém, na China, diz-se mais naturalmente panorama
ou paisagem (Jing) e não cultivo ("sai", pronúncia japonesa do ideograma "zai",
cultivo). Daí se origina-se o nome penjing (paisagem em bandeja).
Durante muitos anos, a arte permaneceu, praticamente, restrita aos japoneses e seus
descendentes. Após algum tempo, começaram a ser vendidos alguns exemplares na Feira
do Bairro da Liberdade, em São Paulo. Começava, então, a popularização do bonsai, que
foi intensificada pela influência norte-americana.
Estilos de bonsai
A) Básicos
Os estilos de bonsai são as formas que ele pode ter e, por isso, todas existem na natureza.
Dos cinco primeiros estilos básicos derivam os demais.
1) Chokkan (ereto formal): este estilo baseia-se nas árvores gigantes, que crescem
isoladamente. Deve ter um único tronco reto e rígido e uma distribuição de galhos perfeita.
A quantidade de galhos diminui à medida que o tronco se afasta do solo, formando um
triângulo. Os galhos podem ser horizontais ou dirigidos para baixo. Mas, nos dois casos,
devem se harmonizar com a árvore.
2) Moyogi (ereto informal): o bonsai neste estilo tem um único tronco, com certa sinuosidade
ou inclinação, e assume a forma correspondente à maioria das árvores nas praças, parques,
ruas e na própria natureza. O bonsai Moyogi pode ter galhos exageradamente tortuosos
ou com pouco tortuosidade. O mais importante é que a árvore apresente um aspecto geral de
informalidade.
39
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
4) Kengai (cascata): neste estilo a maior parte da árvore cresce para baixo, atingindo um
nível inferior ao da borda do vaso. A diferença entre o estilo Kengai e o Han-Kengai (semi-
cascata) é que no primeiro a parte da árvore em queda realmente cai, enquanto que no
segundo ocorre uma insinuação de queda, uma queda parcial. Para o bonsai Kengai são
utilizados vasos mais profundos. Este estilo é baseado na situação que ocorre na natureza
com as árvores que nascem nas encostas dos penhascos.
B) Específicos
Estes são os estilos derivados dos básicos. Um bonsai com características de dois estilos irá
assumir o estilo específico e não o básico. Por exemplo: um bonsai de raízes expostas
(Neagari) geralmente é originário de um Moyogi; mas, seu estilo não será Moyogi e Neagari,
somente Neagari.
1) Neagari (raiz exposta): tem raízes grossas e aparentes, que sustentam o tronco acima do
solo. Este estilo é característico do bonsai chinês.
2) Fukinagashi (varrido pelo vento): apresenta todos os galhos "caídos" para um lado, como
se fossem soprados constantemente pelo vento.
3) Hokidachi (vassoura): tem o tronco vertical, com os galhos muito ramificados, formando
uma copa única. Parece uma vassoura invertida.
5) Sharimiki (madeira exposta): não é difícil encontrarmos na natureza uma árvore com
troncos inicialmente vivos, mas com uma terminação seca e morta, muitas vezes por ter sido
atingida por um raio. São essas árvores que o estilo Sharimiki representa. Este estilo é
obtido através da coleta de árvores na natureza (Yamadori) ou artificialmente (Jin, Shari e
Madeira Arrastada).
6) Bankan (serpentina): este talvez seja o mais excêntrico de todos os estilos, pois o bonsai
Bankan tem um tronco formando círculos e arcos consecutivos.
40
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
8) Sekijoju (raiz sobre rocha): as raízes são aparentes como no estilo Neagari, mas, nesse
caso, abraçam firmemente uma pedra ou um pedaço de rocha antes de penetrar no solo.
10) Netsuranari (raízes interligadas): caracteriza-se por apresentar várias árvores, que
crescem de uma única raiz serpentiforme.
11) Kabudachi (troncos múltiplos): neste estilo vários troncos partem de um único tronco
mais grosso. Os troncos devem aparecer a poucos centímetros da superfície, pois, dessa
forma o tronco-mãe será mais curto.
12) Saikei (paisagem em uma bandeja): aqui é criada uma paisagem em miniatura, formada
por árvores, que são pequenas mudas ou mame bonsai de árvores de folhas muito pequenas.
13) Yose-Uê (floresta): representa uma floresta e deve ter mais de nove árvores na mesma
bandeja. Com quantidade menor de árvores, o estilo é Yamamori ou árvores em grupo.
14) Yamamori (árvores em grupo): duas árvores, Soju; três árvores, Sambon-Yose; cinco
árvores, Gohon-Yose; sete árvores, Nanahon-Yose; nove árvores, Kyuhon-Yose.
A seguir, estão relacionadas algumas espécies, entre dezenas de outras, que podem ser utilizadas
para se obter um bonsai.
2) Mudas por estacas (podem ser obtidas tanto de um bonsai já formado, como de
plantas colhidas na natureza) - Yamadori (mudas colhidas na natureza)
A prática do Yamadori está ligada à origem do bonsai. Este método consiste na procura e coleta,
na natureza, de araki: mudas que sirvam como matéria-prima para obtenção de um bonsai. A
época mais adequada para obtenção de estacas é o começo da primavera, antes dos
brotos novos começarem a aparecer. Porém, existem espécies que são muito vigorosas e podem
ser plantadas em qualquer época do ano. A escolha das estacas deve ser feita levando-se em
conta o vigor do galho, que deve ser podado sempre em ângulo, com tesoura bem afiada, e
medir de 5cm a 10cm de comprimento. Em seguida, é preciso retirar 70% das folhas
existentes na estaca. As folhas que sobrarem devem ser cortadas pela metade, com a
finalidade de diminuir a evaporação, evitando-se assim o ressecamento da estaca por excesso
42
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
de perda de umidade. Plante as mudas, colocando cerca de 2/3 do caule delas na terra. Deixe
espaço entre as mudas, para que as folhas não esbarrem umas nas outras. Em seguida, regue
bem, até que a água comece a sair pelos drenos do vaso. As árvores recém-transplantadas
devem ser colocadas à meia sombra, protegidas dos raios diretos do sol e do vento. Como
este é o estágio de crescimento de raízes novas, as mudas têm de ser regadas nos três
primeiros meses, duas vezes ao dia. Mas, é aconselhável não molhar a terra demais. É
necessário regar apenas o suficiente para deixar a terra levemente umedecida. Após um ano,
a planta deverá ser replantada e seu torrão deverá ser desmanchado, substituindo o máximo
da terra original por solo para bonsai.
3) Mudas de viveiro
A prática do Yamadori é muito gratificante. Porém, o método a partir de mudas de viveiro é
mais prático e mais aconselhável para iniciantes. Nesse caso, o mesmo processo visto
anteriormente, na prática do Yamadori, deverá ser utilizado no plantio e também
observando-se os cuidados posteriores.
4) Método de enxertia
É utilizado para a obtenção de espécies raras, plantas que não se propagam facilmente por
outros métodos. Utiliza-se uma planta rústica, denominada "cavalo", que é o porta-enxerto, e
uma planta rara, que é o " cavaleiro", a que será enxertada. As plantas utilizadas neste
método devem ser da mesma espécie. São dois os métodos de enxertia: o enxerto de
copa e o enxerto lateral. No lateral, o cavaleiro é enxertado perto das raízes do porta-
enxerto e, após o pegamento, o enxerto desenvolve-se usando seu sistema radicular.
Todo o tronco e a copa do cavalo são descartados. No enxerto de copa, o cavaleiro usará
não só as raízes, mas também parte do tronco do porta-enxerto. Este método é difícil,
exige muita prática, assepsia e rapidez.
5) Alporquia
É o processo mais rápido para a obtenção de um bonsai. Escolha ramos ou galhos com
crescimento vigoroso e saudável. Evite usar galhos velhos, com tronco descascado, galhos
mortos ou que apresentem algum tipo de dano. A melhor época para se fazer o alporque é na
primavera, logo após os brotos começarem a aparecer. As raízes começarão a desenvolver
entre um e dois meses. Escolha um ramo ou galho com potencial para se transformar em
bonsai. Faça dois cortes circundando o galho, deixando uma distância de 3cm entre eles,
aproximadamente. Retire a casca entre os cortes, cuidadosamente. Depois amarre um
cordão ou barbante em torno da incisão mais baixa. Molhe essa região descascada e coloque
em volta dela uma camada de musgo de sfagno molhado (material encontrado em
floriculturas). Sobre o musgo, coloque uma tela fina de nylon ou um pedaço de plástico,
enrolando-o bem. Amarre de baixo para cima. Depois regue de vez em quando e aguarde o
aparecimento das raízes. A eficácia deste método pode aumentar, se for utilizado no
tronco descascado um pouco de hormônio de enraizamento (Penex). Não existe uma dose
recomendada, apenas polvilhe um pouco ao longo da área descascada.
Podas
A poda é a forma pela qual pode-se limitar o comprimento do tronco e dos galhos, regular
o número de galhos e folhas e, ainda, diminuir o tamanho das folhas. As podas de galhos
secundários, de ramificações ainda menores e de folhas são chamadas de podas de
43
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Poda das folhas: através desta poda podemos reduzir o tamanho das folhas, na medida em que
são podados os novos brotos, aumentar ou diminuir a densidade e estabelecer o formato da parte
aérea da planta. Esta técnica só deve ser aplicada em plantas sadias e de crescimento vigoroso.
Poda das raízes: deve ser realizada, principalmente, durante o replantio, cuja freqüência
depende da espécie da planta utilizada e do grau de desenvolvimento. Geralmente, em plantas
jovens com crescimento ativo, o replantio é feito a cada dois anos. Em espécies cujas raízes
crescem mais rapidamente, ele é feito uma vez por ano. Já nas plantas de crescimento mais
lento, como os pinheiros e os carvalhos, o replantio é feito a cada três ou cinco anos. Para se
fazer o replantio correto, o torrão deve ser desprendido cuidadosamente do vaso com uma faca
ou uma ferramenta adequada. A planta deve ser retirada segurando-a pela base do tronco.
Então, utilizando um palito de bambu ou madeira, a terra em volta do torrão deve ser
desprendida, e as raízes em volta do torrão devem ser desenroladas. Depois disso, de 60% a
80% da terra do torrão deve ser removida cuidadosamente, e a poda, então, será feita nas
raízes de aparência vigorosa e nas que crescem verticalmente sob o torrão. Em seguida, é
realizado o plantio em um vaso, utilizando uma mistura de terra previamente preparada.
Vaso
Após aplicado um dos métodos para se obter um bonsai, é necessário escolher um vaso
ideal e que se harmonize com a árvore, já que o vaso é parte do trabalho e não apenas um
acessório.
Medidas do vaso
Estabelecendo regras, poderíamos dizer que a altura do vaso deverá ser igual ou menor
do que a largura da base, ou considerando-se a metade das raízes principais. E que o
comprimento deve ser de aproximadamente 2/3 da altura da árvore. E ainda que, se a altura da
árvore for menor do que a largura, determina-se o comprimento do vaso com pouco mais de
2/3 da largura da árvore. Concluindo, o volume visual do vaso não deve ser maior do que 26%
do volume visual da árvore, inclusive no estilo cascata (Kengai), no qual o vaso deve ser
mais profundo. Após uma atenta observação veremos se a cor, o tamanho, a textura, enfim
todos os aspectos do vaso estão em harmonia com as características da planta. Um vaso muito
grande ou muito pequeno formam um conjunto desarmonioso com a planta. Os orifícios do
vaso, para drenagem da água, devem ser pelo menos três vezes maiores em número e em
tamanho do que num vaso convencional para flores. Exemplo: um vaso de 22cm x 14cm deve
ter furos de 2,5cm de diâmetro. A base interna do vaso deve ser plana, para que não se
acumulem bolsas de água, que poderiam causar podridão nas raízes.
Amarrações
As amarrações são feitas para estabelecer a direção dos galhos e troncos, conforme o estilo do
bonsai. São utilizados arames de cobre ou de alumínio e deve-se tomar cuidado ao fazer as
amarrações em plantas com crescimento vigoroso, para que os galhos não sejam
estrangulados. O tempo de permanência de uma amarração varia muito, dependendo da
grossura do galho, da espécie em questão e do ritmo de crescimento no período. Dessa forma,
44
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
uma amarração pode ser retirada após dois meses, enquanto outra deve ficar um ano e meio
ou até mais, para surtir efeito.
Solo
A composição ideal do solo para bonsai varia de acordo com o clima de cada região e o tipo de
planta. A mistura deve manter a umidade ideal para o bom desenvolvimento do bonsai, sem
que, ao longo do tempo, se torne compacto. Para os pinheiros e carvalhos, pode ser feita uma
mistura de quatro partes de terra vegetal não adubada com seis de cascalho (2mm a 8mm).
Para as outras espécies, podem ser utilizadas seis partes de terra vegetal não adubada, três
partes de cascalho fino e uma parte de folhas secas bem maceradas ou composto orgânico.
Além disso, o fundo do vaso pode ser preenchido até aproximadamente 1/4 da profundidade,
com cascalho lavado grosso, para facilitar a drenagem de água.
Adubação
É o método pelo qual são repostos os nutrientes para o bonsai. Através da adubação, é obtido
um crescimento mais vigoroso da planta, o que nos permite obter mudas para bonsai em menos
tempo. Existem dois tipos de adubação: orgânica e química. Na primeira podem ser usados
casca de ovo, esterco, folhas secas, húmus de minhoca, farinha de osso, torta de mamona.
Experiências comprovam bons resultados com os formulados NPK (10-10-10 ou 04-14-
08), não devendo ser esquecidos os micronutrientes como molibdênio, boro, zinco, etc.
Pode ser utilizada a farinha de osso, nos meses de março e abril e no final do inverno, para as
árvores transplantadas há mais tempo, e a torta de mamona, em dezembro, no caso de
árvores transplantadas e em pleno desenvolvimento. O fertilizante para bonsai deve ser
isento de sais precipitados (de formação de sais, quando em repouso) e de corantes. Esses
elementos se agregam às raízes fibrosas dos bonsai, prejudicando sua função de
absorção de água e nutrientes e impedindo sua aeração.
Além disso, não deve provocar o aumento do tamanho das folhas e nem o engrossamento das
pontas dos novos ramos. A melhor receita obtida para fertilizantes de bonsai veio dos mestres
Kyuzo Murata e Yuji Yoshimura e é baseada exclusivamente na fermentação de
componentes vegetais e de cinzas. Para cada dez partes de água adicione uma parte da
seguinte mistura: 1/3 de colza, 1/3 de torta de soja ou de mamona, 1/3 de cinzas de palhas (de
trigo, de arroz ou de milho).
Deixe fermentar por um mês, num vidro fechado por uma tela, que permita a saída dos gases e
impeça a entrada de insetos. Neste ponto, você interrompe a fermentação, antes que se
precipitem os nitratos e os nitritos. O cheiro é bastante desagradável. Coe em um pedaço de
pano de textura bem fina, filó, por exemplo, e descarte a parte sólida. Se colocá-la em seu lixo,
cubra esta parte sólida com uma solução forte de Cruzwaldina ou similar, senão moscas e
outros insetos chegarão.
Coloque a parte líquida restante num outro recipiente de vidro limpo e também coberto por
uma tela, durante um mês, para o fim da operação e do desprendimento do odor.
Certifique-se de que a parte líquida coada não contenha partículas sólidas, pois, em caso
contrário, o processo de fermentação continuará e você estará perdendo tempo, pois terá
que repetir a operação de coar. Ao final do período, você pode usar uma solução de uma
45
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
colher de sopa do fertilizante por litro de água para fertilizar seu bonsai, molhando apenas
o solo com a solução.
Irrigação e Luminosidade
Regar um bonsai, às vezes, pode ser uma tarefa difícil, pois não existe uma regra geral para
a quantidade de água que devemos administrar. Vários fatores influenciam nesta questão: a
espécie, o tamanho da árvore, o tamanho e o material de que é feito o vaso, a composição do
solo, o clima da região, a época do ano, etc. . O ideal é que o solo onde está plantado o
bonsai possua uma composição que facilite a drenagem da água, para que possa ser feita
uma rega diária de manhã cedo, ou duas vezes nos dias muito quentes (uma de manhã e
outra no fim da tarde), até que a água comece a sair pelos orifícios no fundo do vaso, os
quais devem ter um tamanho razoável para uma boa drenagem da água.
Porém, devem ser tomados alguns cuidados, pois uma rega muito exagerada faz com que o
solo torne-se encharcado, o que pode causar o apodrecimento das raízes e,
consequentemente, a morte da planta. Além disso, poderá ser feita uma rega de imersão, no
caso do ressecamento do bonsai, colocando-o dentro de um recipiente (uma bacia ou pia)
com o nível da água superior à altura do vaso, durante uns 15 minutos.
A luz é um fator importante para o cultivo do bonsai, pois ela influencia no crescimento da
planta. O ideal é que o bonsai fique meio período do dia ( preferencialmente durante a manhã )
exposto ao sol e durante o resto do dia à sombra. Mas, isso não quer dizer que esta é
a forma correta, pois não existe regras que estabeleçam quanto tempo um bonsai deve ser
exposto ao sol. No caso de maior exposição à luz solar, a atenção deve ser dobrada, para
que não ocorra desidratação. Outro fator importante a ser observado é que plantas recém-
transplantadas ou que tiveram sua raízes podadas não devem ficar muito expostas à luz
solar e ao vento.
Ferramentas
Serrote: usado para a poda de galhos muito grossos, impossíveis de serem cortados com os
alicates.
Outras ferramentas
Palitinho: é essencial para retirar a terra das raízes e desmanchar o torrão e para colocar de volta
a terra nos espaços entre as raízes;
Alicate para cortar arame: indispensável para quem usa a técnica de amarração. Existe uma
versão nacional, que é utilizada por eletricistas. Porém, ele deve ser bem amolado, para que a
eficiência de seu corte se iguale ao da ferramenta japonesa;
Pá: é de grande na prática do Yamadori (coleta de mudas para bonsai na natureza).
Pragas e Doenças
O tratamento com inseticida e fungicida sistêmico poderá ser realizado uma ou duas vezes ao
ano, visando diminuir a infestação por fungos e pragas. Quando for detectada a presença de
vírus e bactérias, a planta deve ser descartada e queimada e as ferramentas e o vaso utilizados
nela devem ser desinfetados. A maioria das viroses e bacterioses são pouco conhecidas e de
difícil controle. As infecções por fungos diminuem bastante quando os substratos são
preparados cuidadosamente e as árvores são mantidas bem ventiladas. Podem ser
utilizados fungicidas à base de cobre para controle.
Cuidados Gerais
Não adube plantas doentes ou recém-transplantadas.
Durante o inverno, diminua ou suspenda a adubação do bonsai.
Somente aplique fertilizantes, inseticidas ou fungicidas após regar completamente o bonsai.
Quando forem feitas amarrações, é preciso prestar atenção para que os galhos não sejam
estrangulados, pois a planta poderá adquirir marcas permanentes.
Para a composição do solo do bonsai, utilize sempre uma mistura que mantenha a umidade, não
torne o solo compacto ao longo do tempo e permita a boa drenagem da água.
47
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Perguntas Específicas
Onde devo colocar o bonsai? Posso colocá-lo dentro de casa? Ele tem que tomar sol? Ele
tem que tomar sereno? Ele pode tomar vento?
Ocorrem duas situações quando você adquire ou ganha um bonsai: você poderá usá-lo para
enfeitar um ambiente ou irá criá-lo ou cultivá-lo.
Acontece que, a maioria dos locais que ele poderia enfeitar, na sua casa - em cima da mesa de
centro da sala, na mesa de jantar, dentro do quarto ou do banheiro - não é adequada para a saúde
da planta, pois a quantidade de luz, geralmente, é insuficiente.
48
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Você pode também construir uma estufa de sombrite para colocar as suas plantas. Com certeza,
este é o melhor local para cultivá-las. Sombrite é aquela tela plástica preta, usada nas
floriculturas para proteger as plantas do excesso de sol. Caso necessite de mais informações
sobre essa "estufa de sombrite", envie-nos um e-mail ou ligue para nós.
Posso colocar minhas plantas em um determinado local e levá-las para tomar sol três
horas por dia ?
Não, como já dissemos, você deve colocar suas plantas em um local extremamente claro, onde
elas recebam mais ou menos três horas de sol por dia. Ou seja: o sol passa, incide seus raios
diretamente sobre as plantas durante mais ou menos três horas e vai embora. Nada de dar banho
de sol nas plantas. Agora, se realmente não tiver outro jeito... Fazer o quê? Mas, sempre tem
jeito!
Comprei/ganhei uma planta e a ela morreu rapidamente, não durou nem um mês. Não sei
o que aconteceu. Eu estava cuidando dela direitinho ... - ah, eu não dou sorte com plantas,
não tenho mão boa, foi mau olhado, plantas morrem à toa, são muito difíceis de cuidar,
dão um trabalhão danado.
Isso acontece, na maioria da vezes, porque você errou na rega e, se estivesse cuidando dela
direitinho, é lógico que a ela não morreria. Se você não concordar com isso e aprender como
regar corretamente uma planta, vai ficar velho/a e continuar a dizer: "Ah, eu não dou sorte com
as plantas, não tenho mão boa, etc., etc. .”
Entenda que não existe outra coisa que mate uma planta rapidamente, a não ser erro na rega ou
excesso de adubação. A não ser fogo, bomba atômica ...
Como saberei que a terra está quase seca ou que já é hora de regar ?
Existem diversas formas de você ver isto. A terra, quando está molhada, apresenta brilho, tem
coloração mais escura, pode ser perfurada facilmente com um palito e o tato também denuncia a
49
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
presença de umidade. Observe ou faça testes com um palito (tipo picolé): quando a terra está
seca, o palito ou qualquer objeto da espessura de um lápis, tem dificuldade de penetrar no solo.
Faça teste pela coloração, molhe a terra seca e observe a diferença de cor.
Certa vez, fui molhar um bonsai e a água não queria penetrar no solo. Por que isto
aconteceu?
Isto acontece, porque a terra já está quase seca ou já está seca. Por isso, a orientação da rega é:
molhe devagar, em volta do tronco, certificando-se de que a água esteja penetrando no solo.
Quando a terra seca muito, a água penetra no solo com muita dificuldade. Neste caso, você tem
outra opção para molhar a terra: mergulhe o vaso em uma bacia ou tanque, até que a água cubra
a superfície do solo, deixe aí por uns dois minutos e o trabalho da rega estará terminado. Ou
então, “molhe devagar, em volta do tronco...”
Você não deve molhar as folhas de plantas da família dos pinheiros (pinus, tuias, juníperus,
coníferas em geral). Você pode ou deve apenas lavar as folhas delas uma ou duas vezes por
mês.
Ouvi dizer que não se pode molhar muito uma planta. É verdade ?
Depende. Primeiro, você precisa saber o que é muita água para as plantas. O excesso de água
não ocorre pela quantidade que você usa. Você pode usar um, dois, cinco e até mil litros de
água, que não vai fazer mal para as plantas, vai fazer mal é para o seu bolso. O excesso de água
ocorre quando você faz a rega antes da hora. Ou seja, a terra ainda está molhada e você rega
novamente, a terra ainda está molhada e você rega... Entre cinco a dez dias, a planta poderá
começar a sentir e, se a rega contínua persistir, certamente ela irá morrer. Manter a terra
constantemente úmida é que faz mal para as plantas.
Molhe bem, bastante, até que vaze pelos orifícios de drenagem, situados na parte inferior do
vaso e só regue novamente quando a terra estiver quase seca. Mas, tenha cuidado para não
deixar a planta passar sede ...
Dá para informar quando devo molhar a planta? É diariamente, dia sim, dia não, etc. ?
50
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
É muito difícil acertar a freqüência de rega de uma planta, quando ela não está com a gente. A
freqüência da rega vai depender do local em que a planta está, da temperatura deste local e da
quantidade de sol que ela recebe.
Mas, como referência e apenas como referência, daremos algumas dicas: se a sua planta está no
melhor local possível (veja item “Local de Cultivo”), é bem provável que você tenha que regá-
la diariamente, no verão; se o local não é tão satisfatório, talvez a rega seja dia sim, dia não ou
de dois em dois dias. Isto é uma apenas uma referência.
Mas, eu cuidei direitinho da minha planta. Segui todas as orientações de rega e, mesmo
assim, ela sentiu ou morreu. O que aconteceu?
Volto a dizer, se você tivesse cuidado de sua planta direitinho, é lógico que ela não teria
morrido. Pode ter havido algo que te fez confundir. Vamos dar alguns exemplos de situações
que podem confundir as pessoas:
a) Quando duas pessoas cuidam do Bonsai: é muito comum ocorrer problemas nesta situação,
porque não se tem um único responsável e aí pode acontecer de um achar que o outro já molhou
a planta ou, molhar mais do que deveria, etc. .
b) Quando a terra do bonsai chega a secar: neste caso, é mais difícil a penetração da água no
solo e, consequentemente, há maior dificuldade para regar a planta. Então, caso coincida com
um dia que você esteja com pressa, a rega pode não ter sido feita adequadamente. Pode
coincidir também que, neste dia, tenha feito um extremo calor e você esquece de molhar no dia
seguinte. Não pense que estas coisas não vão acontecer com você.
c) Pela forma que o bonsai é plantado: quando plantamos o bonsai, deixamos a terra no mesmo
nível ou até acima da borda do vaso. Assim, na hora de regar você tem uma certa dificuldade,
pois a água não penetra rapidamente no solo, passando a vazar por cima da borda do vaso e,
consequentemente, não molhando a terra na parte mais profunda, deixando as raízes sem água.
É como se não tivesse regado a planta. Esta forma de plantio é correta e, por isso, deve-se regar
devagar, certificando-se de que a água esteja penetrando na terra, até vazar por baixo do vaso.
d)Quando se fica totalmente perdido/a: já aconteceram casos de pessoas darem tanto valor ao
bonsai e ficarem totalmente perdidos(as). Mesmo tendo experiência em lidar com plantas, com
o bonsai parece que esqueceu tudo o que já sabia. A pessoa fica tão perdida, que já não sabe
nem mais regar uma planta ou faz coisas sem necessidade, achando que com o bonsai os
cuidados são diferentes. Relaxe, pois as plantas são muito resistentes, dão pouquíssimo trabalho
e, no caso do bonsai, os cuidados são semelhantes aos pedidos pelas outras plantas.
“Para criar, cuidar ou cultivar plantas, é preciso conhecer, ser disciplinado e freqüente e
fazer dos cuidados de cultivo uma rotina.” (Antônio Celso de Castro)
“Olha, eu adoro bonsai. Já tive três, mas todos já morreram e olha que eu cuidava deles
direitinho...”
“Eu tenho um lá em casa, já tem um tempão.... Mal, mal jogo água e ele está lindo.”
“Tem algum pozinho que vocês colocam nele, para não crescer?”
“Isso é de verdade ?”
“Parece de plástico.”
52
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Finanças
Para se administrar uma empresa, além dos conhecimentos do ramo e de uma boa política de
comercialização, é absolutamente necessário controlar a movimentação dos recursos
financeiros. O capital é o sangue que move o organismo empresarial e, como tal, deve ser bem
cuidado e constantemente monitorado. São duas as perguntas que, geralmente, o empreendedor
se faz: “Qual é o capital necessário para abrir o empreendimento?” e “Como será o desempenho
da empresa?”.
Muitos podem entender que todo o trabalho deve ser feito pelo contador, mas não é bem assim.
A função financeira é muito diferente da função contábil, embora exista uma estreita relação
entre elas, já que as informações utilizadas são as mesmas. A função financeira tem como
finalidade a tomada de decisões, e a função contábil, o registro das informações acerca da vida
financeira da empresa. Nas pequenas empresas, a função financeira normalmente está nas mãos
dos donos, e a função contábil fica a cargo de um profissional da área. Quando a empresa
cresce, torna-se necessário que este trabalho seja delegado, surgindo, assim, o responsável pela
execução dos controles financeiros.
E o que são, afinal, os controles financeiros? São controles que permitem ao empreendedor
conhecer e acompanhar a movimentação financeira e tomar as decisões necessárias ao
empreendimento, no momento certo.
Quais são esses controles financeiros? São os controles de caixa e bancos, que trazem a posição
imediata dos recursos da empresa; os controles de contas a pagar e a receber, que permitem
antever os compromissos a pagar e os direitos a receber. Da união desses controles temos o
Fluxo de Caixa, a ferramenta de previsão cada vez mais indispensável na condução dos
negócios e na gerência eficaz dos recursos financeiros da empresa.
Os conceitos financeiros
- Investimento fixo
São todos os bens duráveis (máquinas, equipamentos, linhas de telefone, móveis e utensílios,
imóveis, luvas para aquisição do ponto, licenças para franquias, ferramentas, instalações,
veículos, etc.) com seus respectivos custos de aquisição, necessários à montagem do negócio.
Estão condicionados ao padrão do negócio que se quer abrir e também à disponibilidade do
capital para se investir.
- Investimentos pré-operacionais
São todos os gastos feitos antes de se iniciar operacionalmente o empreendimento. Podem ser
gastos com projetos arquitetônicos de decoração, iluminação, viabilidade financeira, pesquisa
de mercado, etc; despesas com a organização da empresa (taxa de registros, livros fiscais,
contratos, formulários).
- Capital de giro
São os recursos necessários para fazer frente a todas as despesas geradas pela atividade
produtiva da empresa (compras, vendas a prazo, giro de estoques, pagamentos de salários,
impostos e todos os demais custos e despesas), até que a empresa comece a receber dos clientes.
É fundamental que o capital de giro exista e seja bem definido, pois sua falta pode levar o
empreendimento ao insucesso.
1º) O empreendedor não deve imobilizar (empregar todo o capital na montagem do negócio) e
se esquecer:
54
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
da manutenção do estoque;
do financiamento de clientes;
do pagamento de despesas pré-operacionais.
2º) Para evitar que todo o capital fique imobilizado, o empreendedor poderá adquirir uma parte
do ativo fixo (maquinário, equipamentos, utensílios, imóveis, etc. necessários para a montagem
do negócio) e tomar atitudes como:
alugar terrenos e construções;
terceirizar transporte;
terceirizar parte da produção;
alugar ou fazer leasing dos equipamentos.
4º) Estudar a possibilidade de financiar maquinário com recursos de longo prazo, por exemplo,
operações tipo FINAME.
5º) Ter uma reserva técnica, correspondente a 10% ou mais dos demais custos, que poderá ser
utilizado para cobrir despesas eventuais e imprevistas.
Agora que já entendemos o que é investimento, passaremos aos outros conceitos necessários
para a criação da empresa e também para a análise do seu dia a dia.
Gastos
É o comprometimento financeiro realizado pela empresa na obtenção de produtos ou serviços,
representado por entrega imediata (compra à vista) ou promessa de entrega de recursos
55
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
financeiros (compra a prazo) em troca daquele produto ou serviço. Exemplo: gasto com a
compra de mercadorias, gastos com salários, etc.
Desembolso
É o pagamento resultante da aquisição de bens e serviços. É a “efetivação do gasto”. Pode
ocorrer antes, durante ou depois da aquisição do bem ou serviço. Exemplo: pagamento de
compra de matéria-prima, à vista ou a prazo.
Custos
São todos os gastos realizados efetivamente na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente no preço de venda. Exemplo: as matérias-primas são um gasto na
aquisição, um investimento no estoque e um custo na produção.
Despesas
São os gastos que se destinam à comercialização dos produtos e serviços e à administração geral
da empresa, isto é, referem-se às atividades não produtivas da empresa, mas necessárias para a
manutenção de seu funcionamento. São também incorporados no preço de venda. Exemplo:
comissão sobre vendas, honorários contábeis, etc.
Como podemos ver, os termos acima têm semelhanças, mas representam conceitos diferentes na
gestão de uma empresa. Saber disso é importante para o empreendedor, principalmente a
diferenciação entre custos e despesas, pois os custos são incorporados aos produtos, ao passo
que as despesas reduzem o lucro.
Como já vimos, os custos são gastos relativos a bens e serviços utilizados na produção de outros
bens e serviços. Dessa forma, seus valores são incorporados aos novos bens e serviços. Como
exemplos de custos temos: a matéria-prima, a mão-de-obra utilizada na produção, a energia
elétrica, as máquinas e equipamentos, etc. Vamos definir alguns deles.
56
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Você poderá ainda, nos seus estudos e pesquisas, se deparar com os conceitos de Custos
diretos e Custos indiretos.
- Custos diretos são aqueles que estão diretamente vinculados aos produtos/serviços. Esses
custos surgem com os produtos/serviços e não existem sem eles. Matérias-primas, mercadorias
para revenda são exemplos.
- Custos indiretos são aqueles que não podem ser facilmente vinculados aos produtos, mas são
vinculados ao seu conjunto e/ou à empresa. Para serem atribuídos aos produtos e serviços esses
custos têm que ser rateados, ou seja, divididos entre os produtos e serviços concluídos no
período em que os custos foram levantados. Um exemplo desse tipo de custo é o salário do
supervisor de produção.
Porém, como já vimos anteriormente, não só os custos acontecem. Temos ainda as despesas.
Então, vejamos alguns conceitos e exemplos de despesas.
Conceitos de despesas
As despesas são diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a administração
geral da empresa e a comercialização dos produtos e serviços, ao passo que os custos estão
ligados à produção.
- Despesas de comercialização
São os gastos relacionados com as vendas da empresa. As despesas de comercialização variam
conforme o número de clientes ou volume de vendas. Normalmente, são os impostos, as
contribuições e as comissões de vendedores.
. ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (varia por produto e Estado);
. ISSQN: Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza;
. COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social;
. PIS: Programa de Integração Social;
. IR: Imposto de Renda;
. CS: Contribuição Social;
. CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira;
. Comissões: Comissão de vendedores e encargos financeiros.
- Despesas fixas
São todos os gastos que a empresa terá com a manutenção de suas operações, não relacionados
a qualquer produto ou serviço. Como exemplos podemos citar:
. Água, luz e telefone;
. Correios e telégrafos;
57
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
. Material de escritório;
. Material de limpeza;
. Manutenção de máquinas, aparelhos e veículos;
. IPTU e IPVA;
. Aluguéis e taxas de condomínio;
. Seguros;
. Vale-transporte;
. Despesas com leasing;
. Depreciações;
. Despesas administrativas (salário do pessoal administrativo, honorários de diretores, encargos
sociais);
. Despesas de publicidade e propaganda;
. Salário fixo de vendedores acrescidos de encargos sociais;
. Honorários de terceiros;
. Taxas de funcionamento;
. Despesas financeiras, juros bancários e IOF;
. Outras despesas.
Dentre todas as despesas fixas, a única que iremos conceituar em separado, por ser normalmente
a menos conhecida, será a depreciação.
Conceitos de resultado
- Receita operacional
É o faturamento total da empresa com as vendas dos produtos / serviços por ela fabricados ou
realizados. Representa o resultado da operação de multiplicação da quantidade de produtos
vendidos pelo seu preço de venda. O preço de venda é o valor encontrado pelo empreendedor,
que cobre todos os custos e despesas, deixando ainda uma parcela de lucro e sendo aceito pelo
mercado.
- Lucro
58
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
- Margem de contribuição
Representa o quanto sobra das vendas depois de retirados os custos e as despesas variáveis. A
margem de contribuição tem que ser o suficiente para pagar todas as despesas fixas e o lucro.
- Prazo de retorno
É o tempo necessário para se recuperar todo o capital investido no empreendimento. Seu cálculo
pode ser feito através da fórmula:
Investimento
Prazo de retorno = ---------------------------
Lucro mensal
- Ponto de Equilíbrio
É o momento em que a empresa não tem lucro nem prejuízo. O faturamento realizado consegue
cobrir todos os custos e despesas, não sobrando mais nada. O cálculo do ponto de equilíbrio é
muito importante para se ter uma noção real da viabilidade do empreendimento. Seu cálculo em
unidades pode ser feito através da fórmula:
59
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Plano de Negócio
O plano de negócio descreve detalhadamente como o empreendimento será e como funcionará.
Ele permite que se tenha uma idéia prévia do negócio, antecipando expectativas de ações e
resultados.
Implantação – procedimentos que serão adotados para antecipar ou detectar erros no plano ou
falhas na sua execução, bem como para prevenção e correção contínua dos mesmos.
- questionamentos sobre as definições de vida e carreira, tais como quanto tempo quer
trabalhar, que tipo de vida quer levar, qual é o objetivo prioritário na vida, onde e como
quer viver;
Ao elaborar um plano de negócio o empreendedor terá uma visão clara de sua futura empresa e
as reais possibilidades de sucesso ou insucesso. Um bom plano de negócio permitirá ao
empreendedor:
- aprimorar sua idéia, tornando-a mais clara e precisa, através da busca de informações
completas e detalhadas sobre o seu futuro empreendimento;
- conhecer os pontos fortes e fracos do seu negócio, concorrentes, fornecedores, futuros clientes
e a gestão adequada dos seus processos e recursos;
O plano de negócio não é um documento que se desenvolve em um piscar de olhos. Leva tempo
para ser produzido e o ideal é que esteja sempre atualizado. Sua eficiência será medida pelo
quanto ele contribui para o alcance dos objetivos da empresa, descontados os custos e outras
conseqüências necessárias para formulá-lo e pô-lo em funcionamento.
61
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Endereços Úteis
FAEMG - FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
Av. Carandaí, 1115 - Funcionários
30130-915 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3074-3054 (Biblioteca)- Fax (geral):(31) 3074-3030
www.faemg.org.br
e-mail: faemg@faemg.org.br
63
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
64
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Fontes Consultadas
SEBRAE-MG. Pesquisa de mercado: noções básicas para tomada de decisão. Belo
Horizonte, 1999.
65
ASSUNTO: CULTIVO DE BONSAI
DATA DA ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006
Fornecedores1
FORNECEDORES GENÉRICOS:
BONSAI
BIOKITS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
R. Joaquim Laranjo, 351-B. Industrial
Contagem - MG - 32220-360
Tel.: (31) 3333-6000
Fax: (31) 3333-6426
www.biokits.com.br
e-mail: biokits@biokits.com.br
* Vendas de fertilizantes para plantas, bonsais.
BONSAI BRASIL
Av. Manoel Ribas, 3640 - Santa Felicidade
Curitiba – PR - 82020-000
Fone: (041) 3336-6215
Fax: (041) 3339-3614
www.bonsaibrasil.com.br
e-mail: bonsai@bonsaibrasil.com.br
* Fornece insumos, acessórios, pré-bonsai, vasos, bonsai, fitas de vídeo.
1
O SEBRAE-MG se isenta de responsabilidades quanto à forma da atuação dessa empresa no mercado.
66