1) A história do homem é definida pela relação entre palavras e pensamento, sendo o homem um ser constituído por palavras.
2) A linguagem é essencialmente simbólica e poética, com cada palavra tendo poder de transformação através de metáforas.
3) Paz discute a noção de poema comparando-a a outros tipos de obras artísticas que emitem poesia através de materialidades como cor e som.
Descrição original:
Título original
Roteiro do texto a escrever - parte do Octávio Paz sobre poesia
1) A história do homem é definida pela relação entre palavras e pensamento, sendo o homem um ser constituído por palavras.
2) A linguagem é essencialmente simbólica e poética, com cada palavra tendo poder de transformação através de metáforas.
3) Paz discute a noção de poema comparando-a a outros tipos de obras artísticas que emitem poesia através de materialidades como cor e som.
1) A história do homem é definida pela relação entre palavras e pensamento, sendo o homem um ser constituído por palavras.
2) A linguagem é essencialmente simbólica e poética, com cada palavra tendo poder de transformação através de metáforas.
3) Paz discute a noção de poema comparando-a a outros tipos de obras artísticas que emitem poesia através de materialidades como cor e som.
Octavio Paz vem nos dizer que a história do homem pode ser
definida pela relação entre as palavras e o pensamento, ou seja,
enquanto a história da significação das palavras. O autor defende que o homem é um ser de palavras, sem as quais ele não é apreensível. Aliás, ele vai além e declara que a palavra é o próprio homem, constituído por ela, por mais que essa lhe escape. (desenvolver)
Segundo Paz a linguagem é essencialmente simbólica, visto que
trata de representar um elemento por meio de outro, como no caso das metáforas. Além disso, ele ressalta algo que é sabido por todo poeta: que a linguagem é poesia em estado natural. Paz defende que cada palavra ou grupo de palavras é em si uma metáfora e, consequentemente, é mágica, visto que tem o poder de transformar aquilo que toca. Para ele o homem se criou a partir do momento em criou uma linguagem e que, pela palavra, o homem é uma metáfora de si mesmo. A palavra não pode ser a coisa mesma à qual remete, porque entre o homem e as coisas, ou melhor, entre o homem e o seu ser existe uma distância que é traçada pela consciência de si mesmo. A palavra é a ponte pela qual o homem tenta ultrapassar essa distância, mas essa distância é inerente à sua humanidade. Ou seja, para erradicar essa distância o homem teria que renunciar à sua humanidade. (desenvolver)
Regresso à unidade original com a manutenção da consciência
Experiência poética comparada ao nirvana (reler, pois tem bastante coisa p desenvolver no sentido dessa experiência) A poesia é algo que se produz no horizonte de uma comunidade (reler e desenvolver) O autor reúne vários tipos de obra artística e as relaciona à ideia de poema, enquanto materialidades que emitem poesia, a partir disso ele opõe essa noção de poema (como obra poética, ou seja, ele refere-se tanto ao poema composto por palavras, quanto a outras materialidades, tais como esculturas, pinturas, danças, etc) à noção de utensílio. (desenvolver)
O autor discorre sobre as linguagens das obras, defendendo que
cor e som são tão linguagens, quanto as palavras, ressaltando que é mais fácil traduzir um poema para uma arquitetura equivalente do que para outro poema de outra época. Em outras palavras, é mais fácil relacionar um poema surrealista a um quadro surrealista do que a um poema barroco. No entanto, ressalta a diferença entre estilo e criação, dando a entender que todo poeta parte de um estilo, mas que busca sempre transcendê- lo e chegar à sua própria criação, a algo que está além do estilo de sua época. (desenvolver)
Paz adentra o reino das palavras para discorrer acerca da
diferença entre o poema (agora enquanto composição verbal) e a prosa. Ele defende que a prosa se utiliza da palavra de modo a cercear a sua ambiguidade, de modo que ela tenha uma significação unívoca, ao passo que o poema liberta a palavra dessa necessidade de significar uma coisa só e dá asas à sua natureza ambígua, à sua natureza de significação múltipla. Diante disso percebemos que a prosa serve à uma utilidade, ou seja, na contraposição que o autor defende entre poema e utensílio, a prosa, a linguagem cotidiana, assume o papel de um utensílio, visto que responde a uma operação técnica, contrária a operação poética. Segundo Paz, a matéria (que é linguagem, seja ela palavra, seja ela cor, seja ela som) é deformada na operação técnica de modo que sirva a alguma utilidade, ao passo que é dignificada na operação poética de modo que se liberte à sua própria natureza. (desenvolver) Além de libertar a matéria que é a palavra, que é o som, que é a cor, a poesia transforma a matéria em algo que vai além, ela transforma a matéria em imagem. Além disso, ele defende que o poema é algo que está além da linguagem, mas que esse além só pode ser alcançado por meio da própria linguagem. (desenvolver)
O ouvido da serpente: pensar com a voz na escrita de Valéry9Ver especialmente Philippe Willemart, La pulsion invocante. Paris: PUF, 2009.10Idem, p. 30.11Idem, p. 31.!5