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 Octavio Paz vem nos dizer que a história do homem pode ser

definida pela relação entre as palavras e o pensamento, ou seja,


enquanto a história da significação das palavras. O autor defende
que o homem é um ser de palavras, sem as quais ele não é
apreensível. Aliás, ele vai além e declara que a palavra é o
próprio homem, constituído por ela, por mais que essa lhe
escape. (desenvolver)

 Segundo Paz a linguagem é essencialmente simbólica, visto que


trata de representar um elemento por meio de outro, como no
caso das metáforas. Além disso, ele ressalta algo que é sabido
por todo poeta: que a linguagem é poesia em estado natural. Paz
defende que cada palavra ou grupo de palavras é em si uma
metáfora e, consequentemente, é mágica, visto que tem o poder
de transformar aquilo que toca. Para ele o homem se criou a partir
do momento em criou uma linguagem e que, pela palavra, o
homem é uma metáfora de si mesmo. A palavra não pode ser a
coisa mesma à qual remete, porque entre o homem e as coisas,
ou melhor, entre o homem e o seu ser existe uma distância que é
traçada pela consciência de si mesmo. A palavra é a ponte pela
qual o homem tenta ultrapassar essa distância, mas essa
distância é inerente à sua humanidade. Ou seja, para erradicar
essa distância o homem teria que renunciar à sua humanidade.
(desenvolver)

 Regresso à unidade original com a manutenção da consciência


 Experiência poética comparada ao nirvana (reler, pois tem
bastante coisa p desenvolver no sentido dessa experiência)
 A poesia é algo que se produz no horizonte de uma comunidade
(reler e desenvolver)
 O autor reúne vários tipos de obra artística e as relaciona à ideia
de poema, enquanto materialidades que emitem poesia, a partir
disso ele opõe essa noção de poema (como obra poética, ou seja,
ele refere-se tanto ao poema composto por palavras, quanto a
outras materialidades, tais como esculturas, pinturas, danças, etc)
à noção de utensílio. (desenvolver)

 O autor discorre sobre as linguagens das obras, defendendo que


cor e som são tão linguagens, quanto as palavras, ressaltando
que é mais fácil traduzir um poema para uma arquitetura
equivalente do que para outro poema de outra época. Em outras
palavras, é mais fácil relacionar um poema surrealista a um
quadro surrealista do que a um poema barroco. No entanto,
ressalta a diferença entre estilo e criação, dando a entender que
todo poeta parte de um estilo, mas que busca sempre transcendê-
lo e chegar à sua própria criação, a algo que está além do estilo
de sua época. (desenvolver)

 Paz adentra o reino das palavras para discorrer acerca da


diferença entre o poema (agora enquanto composição verbal) e a
prosa. Ele defende que a prosa se utiliza da palavra de modo a
cercear a sua ambiguidade, de modo que ela tenha uma
significação unívoca, ao passo que o poema liberta a palavra
dessa necessidade de significar uma coisa só e dá asas à sua
natureza ambígua, à sua natureza de significação múltipla. Diante
disso percebemos que a prosa serve à uma utilidade, ou seja, na
contraposição que o autor defende entre poema e utensílio, a
prosa, a linguagem cotidiana, assume o papel de um utensílio,
visto que responde a uma operação técnica, contrária a operação
poética. Segundo Paz, a matéria (que é linguagem, seja ela
palavra, seja ela cor, seja ela som) é deformada na operação
técnica de modo que sirva a alguma utilidade, ao passo que é
dignificada na operação poética de modo que se liberte à sua
própria natureza. (desenvolver)
 Além de libertar a matéria que é a palavra, que é o som, que é a
cor, a poesia transforma a matéria em algo que vai além, ela
transforma a matéria em imagem. Além disso, ele defende que o
poema é algo que está além da linguagem, mas que esse além só
pode ser alcançado por meio da própria linguagem. (desenvolver)

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