Processo Civil IV
Correta
ErradaXXXXXXXX
CorretaXXXXXX
Errada
Correto
ErradoXXXXXXXXX
Além dele, o código civil reforça que aquele que sofreu turbação de sua posse, merece
ter sua posse mantida (art. 1210 do Código Civil).
Sendo assim, a medida judicial a ser tomada não poderia ser outra que não a “Ação de
manutenção de posse”
Vale lembrar que este tipo as ações possessórias são dotadas do princípio da
fungibilidade conforme art. 554 do NCPC, sendo assim uma ação de reintegração de posse
PODERIA ser a medida judicial utilizada no caso de dúvida.
6 - Isabel lhe procura explicando que seu filho Márcio era casado com
Flávia e, quando da união de ambos, permitiu que residissem no segundo
pavimento de seu imóvel até que conseguissem comprar ou alugar outro
imóvel. Após 15 anos de casamento, Márcio falece e Flávia continua a
residir no segundo pavimento. Com desentendimentos com Isabel, Flávia
informa que seria sucessora de Márcio e que também poderia usucapir e,
por este motivo, não sairia do imóvel. Isabel, no intuito de locar este
segundo pavimento quer que Flávia o desocupe mais rápido possível.
Como advogado de Isabel, qual caminho jurídico e demanda judicial
intentaria em defesa de seus direitos? Explique. (2 Pontos)
“Ação de reintegração de posse. Autor apelante, um dos filhos da possuidora do imóvel objeto
do litígio, que na qualidade de herdeiro do imóvel do espólio, intenta a presente ação de
reintegração de posse do bem, ocupado pela ré, ex companheira de seu irmão, com esteio em
comodato verbal firmado entre essa e a autora da herança. Sentença de extinção do processo
com fundamento no art. 485, IV do CPC, à míngua de comprovação de notificação prévia da ré
quanto ao término do comodato, em ordem a caracterizar o esbulho possessório. Apelação. Ré
apelada que vivia em união estável com o irmão do autor e ocupara o imóvel objeto do litígio a
título de empréstimo - comodato verbal -- firmado com mãe do autor apelante, morta aos
21/09/11, e que permanecera no bem desde então, do que se recolhe da prova oral produzida
em AIJ, donde se conclui que a pretendida posse que a ré apelada exerce era de caráter
precário, resultante do comodato verbal entre ela - que jamais construíra nada no imóvel -- e a
autora da herança, extinto pela morte desta, intuitu personae que se afigura. Desnecessidade
de notificação prévia da ré apelada para desocupação do bem, suprida por sua citação válida,
com apresentação de contestação. Precedentes. Recusa da ré apelada em sair do imóvel a
configurar o esbulho possessório que autoriza a procedência da ação, na linha do
entendimento jurisprudencial sobre o tema. Recurso provido.
(TJ-RJ - APL: 00018569520148190036, Relator: Des(a). MAURÍCIO CALDAS LOPES, Data de
Julgamento: 12/02/2020, DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL)”
Posse de Boa-fé;
Explicação: Segundo o art. 1.201 do Código Civil, é de boa-fé a posse quando aquele
que a possui ignora vício, ou até mesmo obstáculo que possa o impedir de adiquirir a
coisa.
Justo Título;
Explicação: Para os mestres Cristiano Chaves de Faria e Nelson Rosenvald, “Justo título
é o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se, por acreditar que lhe outorga a
condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como
instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente
algum defeito que impeça a sua aquisição. Em outras palavras, é o ato translativo
inapto a transferir a propriedade.”
Posse ininterrupta e incontestável por 10 anos, podendo ser diminuída para 5 anos
caso tenha sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e
econômico.
Explicação: Neste caso, a posso por 10 anos é autoexplicativa, de maneira que se dê
justo fim social, como por exemplo o uso como moradia, por 10 anos
ininterruptamente.
Também é importante frisar que esta posse deve ser mansa e pacífica, ou seja, não pode ser
resultante de violência.
(Apelação Cível Nº 70060060399, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 25/09/2014).(TJ-RS - AC: 70060060399 RS, Relator:
Liege Puricelli Pires, Data de Julgamento: 25/09/2014, Décima Sétima Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 01/10/2014)”