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08/06/2008
Dr Sergio Vaisman
Ao fazer uma consulta ao seu médico, provavelmente existe uma grande sensação de confiança e esperança. Você está num
momento de grande vulnerabilidade devido à presença de uma doença mas você confia suficientemente no seu médico que,
certamente, fará o melhor que puder para que você se saia bem. Infelizmente, a relação médico-paciente já não é mais como outrora
quando esse profissional tinha um laço também afetivo com os pacientes e suas famílias. É claro que o médico quer fazer o melhor por
você e é justamente por isso que ele escolheu sua profissão mas, de forma crescente, ele se vê dominado por forças poderosas que
chegam mesmo a afetar suas decisões profissionais quanto à melhor forma de aplicar o tratamento. Essas pressões relativamente
escondidas são tão fortes que, caso os médicos de formação mais ortodoxa queiram visualizar alternativas de tratamentos para
doenças graves, chegam a ser advertidos e até punidos pelas suas entidades de classe que, também, se curvam aos “donos do
poder”.
O lado negro da Medicina foi criado pelas poderosas indústrias farmacêuticas que vêem os médicos como meros receitadores dos seus
caros e, muitas vezes, perigosos remédios. Para conseguir conquistar o receituário médico, essas indústrias cativam o profissional com
bônus, prêmios, jantares, viagens, patrocínios de toda natureza etc., principalmente numa época em que os proventos profissionais
deixam a desejar e as formas de atualização na Medicina ficam cada vez mais distantes dos seus profissionais devido aos altos custos.
Essa atualização é feita diretamente dos laboratórios para os consultórios por meio da propaganda comercial. É claro que aí só são
enaltecidas as qualidades dos medicamentos em questão.
No final de todas as contas, os pacientes pagam um preço muito alto, tornando-se reféns de tratamentos “intermináveis”, contribuindo
para a falência da verdadeira Medicina que, antes mesmo de procurar a cura, deveria se preocupar com o conforto físico e espiritual
dos doentes, tarefa das mais nobres que o médico deveria praticar.
Sempre defendi a posição de se questionar o médico quando de uma prescrição.Questionar no bom sentido, diga-se de passagem. Ele
não é milagroso e nem mesmo dono das razões.
A vontade de acertar não significa a certeza de acertar, portanto nada mais lógico do que perguntar tudo que ser tem de dúvidas para
que hajam explicações aceitáveis. Muitos profissionais, dentro de um narcisismo injustificado, ofendem-se quando questionados mas
não se deixe afetar por isto. Uma segunda opinião também pode servir para tirar dúvidas e escolher outros caminhos.
Recuse-se a ser mais uma estatística médica. Procure confiar num profissional médico e seguir suas recomendações desde que sejam
satisfatórias as formas dele lhe esclarecer.
Finalmente, lembre-se que às indústrias que fabricam medicamentos interessa mais a nossa doença do que a SAUDE.
(junho de 2.008)
As coisas não são realmente como parecem para o grupo de apoio contra o câncer denominado Cancer United, criado recentemente
em Bruxelas. Eles se descrevem como uma coalizão pioneira de médicos, enfermeiros e pacientes, em luta por um tratamento
igualitário contra o câncer em toda Europa. No entanto, é apenas uma fachada para a gigante farmacêutica Roche, que faz do
Herceptin, a nova “droga maravilhosa” contra o câncer de mama, insuperável em todos os sentidos. Isto vem causando indignação por
parte dos pesquisadores de outros produtos, principalmente os concorrentes do medicamento do Roche.
A fabricante de remédios está subsidiando a coalizão, representada como uma companhia executiva sênior no conselho do Cancer
United. E seu secretariado nada mais é do que a Weber Shandwick, a agência de propaganda da companhia de remédios.
Muitos politicos e a cúpula da Coalizão de Pacientes contra o Câncer na Europa afastaram-se do conselho do United assim que ficaram
sabendo do envolvimento financeiro da Roche.
Como chamariz da campanha do novo grupo está um estudo controverso que tem aparecido com resultados dúbios, curiosamente,
também subsidiado pela Roche. Ainda assim, se o estardalhaço sobre os benefícios do Herceptin continuarem, novas críticas, calúnias e
controvérsias virão à tona.
Segundo a fonte da referida denúncia, The Guardian, é um dossiê que contém “verdades sujas” sobre tudo o que acontece em nome
da ciência médica e que revela os segredos das empresas que fabricam remédios onde nem todos jogam desta maneira mas a
credibilidade já tem se desmoronado há muito tempo.
(abril de 2007)
Ainda na opinião de um médico que raciocina com os neurônios herdados dos seus progenitores :
O antibiótico TEQUIN foi retirado da praça nos Estados Unidos e, naturalmente, seguido por outros países, incluindo o Brasil, pois
relatórios afirmaram que poderia causar grandes oscilações nas taxas de glicose (açúcar) no sangue. Pelo menos vinte pessoas
morreram enquanto o usavam e outras cento e cinqüenta tiveram que procurar hospitais às pressas nos últimos seis anos. Os
pacientes mais vulneráveis a este tipo de efeito são os diabéticos e os portadores de doenças renais.
É um medicamento que despertou o interesse dos consumidores devido à propaganda positiva levada aos médicos que, lógicamente,
se sentiram seguros em prescrever para seus pacientes.Passaram-se alguns anos e a entidade denominada Public Citizen conseguiu,
após muito esforço, uma posição da agência oficial reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, o FDA, que passou a alertar para
os efeitos inconvenientes aos diabéticos que foram anunciados apenas em fevereiro deste presente ano.
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do-0551.pdf http://www.medicinacomplementar.com.br/convertido/do-0551.htm
Eventualmente, foi o próprio fabricante do remédio, e não o FDA, que fez a coisa certa e interrompeu a comercialização do antibiótico
que ficou com a imagem de uma droga perigosa para o uso. Da mesma forma, foi deixado para o laboratório Merck interromper as
vendas do Vioxx, aquele antinflamatório potencialmente causador de problemas cardíacos que foi retirado do mercado há cerca de dois
anos. Os órgãos oficiais pressionaram o laboratório e, como sempre, mantiveram-se na expectativa de longe, apenas observando e
mantendo-se livres de ataques.
Se o FDA não retira do mercado o medicamento capaz de matar e que foi por ele aprovado após questionáveis testes para a liberação,
qual é sua verdadeira responsabilidade? Temos que considerar que alguns de seus membros façam parte dos quadros profissionais dos
próprios laboratórios farmacêuticos ou, o que é pior, fazem parte apenas de suas folhas de pagamentos.
Esse tipo de problema tem sido cada vez mais freqüente e coloca o FDA e outros órgãos reguladores com cada vez menos
credibilidade. Infelizmente, a corda arrebenta sempre do lado mais fraco pois somente depois de sustos e tragédias, as pessoas podem
ficar livres do efeito dessas armas potencialmente letais.
Continuaremos a viver à mercê daqueles que, em função de grandes interesses econômicos, pouco se importam e pouco se
importarão com a saúde das pessoas. Afinal, quem produz e vende remédios prefere nos ver DOENTES ou com SAÚDE? A resposta
parece óbvia, não é mesmo?
(junho de 2.007)
Está se criando uma verdadeira paranóia entre os fabricantes de estatinas, drogas usadas para a redução dos níveis de colesterol,
fazendo-os acreditarem que existe uma “teoria da conspiração” a respeito. A grande razão para manifestações que pedem prudencia
no emprêgo dessas substancias é que, a cada dia, mais evidências de efeitos colaterais, mais ou menos sérios, surgem e são
divulgados para o conhecimento da classe médica e da população leiga no assunto. Essas drogas sabidamente colaboram para o
aparecimento de dores e processos degenerativos musculares, tendência à depressão pela diminuição de síntese de serotonina (neuro-
transmissor essencial para a manutenção de equilíbrio emocional), tonteiras, ansiedade, insônia, lesões no fígado (incluindo hepatite),
diminuição de libido, catarata progressiva e até a doença de Parkinson, hoje também suspeitada como podendo se originar com
tomada progressiva dessas substancias.
Existem estudos que comprometem as estatinas como possíveis causadoras de certos tipos de câncer se utilizadas por tempo
prolongado. O problema maior está exatamente aí!. Influenciados pela máquina das indústrias farmacêuticas, os médicos são induzidos
a acreditarem que o uso contínuo das estatinas , e por todo o resto da vida, levará os pacientes a se protegerem de situações cárdio-
vasculares provocadas pelos excessos dos níveis colesterol. Até hoje se discute se realmente é válido o emprêgo dessas drogas em
pacientes que se manifestam com valores de colestrerol acima do normal mas que não desenvolveram problemas coronarianos. Os
estudiosos que se mostram contrários às estatinas por períodos longos recomendam seu uso apenas para a redução dos valores e
que níveis normais sejam mantidos com mudanças no estilo de vida de forma adequada e uso, quando necessário, de substancias
mais naturais e sabidamente isentas de efeitos colaterais tais como a vitamina B3, por exemplo.
Sabemos que o colesterol é uma substancia fundamental para a manutenção da saúde de nossas células e na produção de hormônios
nobres e vitais. Leigamente, passamos a acreditar que o colesterol é simplesmente um vilão para nossos organismos e esta falsa
afirmação parte daqueles que se interessam em fabricar e auferir lucros com vendas milionárias das estatinas.
Não estou em campanha contra as estatinas mas simplesmente alertando para a existência de seus inúmeros efeitos colaterais e que
seu emprego pode ser reavaliado pelos médicos que as prescrevem, sinalizando aos seus pacientes que melhor do que tomarem
remédios indefinidamente para reduzirem os níveis do colesterol, medidas higieno-dietéticas saudáveis podem desempenhar esse papel
com mais eficácia.
(julho de 2.007)
Estatinas são substancias largamente usadas na redução dos níveis elevados de colesterol e na prevenção de doenças das artérias
coronárias.
Nos anos ´90, quando estudos clínicos mostraram que as estatinas poderiam diminuir as taxas de mortalidade de doenças coronárias
e derrames cerebrais, elas foram elevadas à categoria de “milagrosas” e entusiasmadamente adotadas pelos médicos tradicionais.Hoje
em dia, as estatinas são líderes em vendas em todo o mundo,atingindo cifras de arrecadação acima de 20 bilhões de dólares por ano
aos seus fabricantes. São rotineiramente prescritas a homens e mulheres de todas as idades, incluindo aqueles indivíduos que não
apresentam quaisquer sinais clínicos ligados a problemas cardíacos. Apesar da impetuosidade desse “caso de amor” entre estatinas e
médicos, evidências cada vez maiores aparecem, para muitos usuários,de que elas podem causar importantes efeitos colaterais que se
sobrepõem aos benefícios. Este alerta não tem o interesse de fazer com que os pacientes que utilizam essas substancias passem
simplesmente a dispensá-las, contrariando a prescrição de seus médicos, mas de informar o suficiente para que cada um saiba de seus
contra-efeitos, ao contrário do que os fabricantes afirmam, e passem a trocar idéias mais a fundo com os médicos assistentes para
que se esclareçam dúvidas importantes e se evitem lesões futuras.
Sabemos que as estatinas podem ser benéficas a certos grupos de pacientes, principalmente homens que apresentam doença
coronária. Entretanto, mesmo esses pacientes beneficiados devem conhecer o fato de que esses medicamentos podem efetivamente
provocar grande número de sérios efeitos colaterais prejudiciais, e freqüentemente provocam.O que mais nos tem preocupado é o
fato das estatinas poderem provocar danos à saúde que, incrivelmente, continuam sendo ignorados ou menosprezados pelos próprios
médicos que até parecem ser incapazes de aceitar essas evidências já tão bem constatados.Dentre os mais conhecidos danos
relacionados às estatinas estão severos comprometimentos musculares, principalmente fraqueza, perda progressiva de memória,
aumento dos riscos de insuficiência cardíaca, más-formações congênitas e até câncer em animais de laboratório.Mesmo assim, grande
percentagem de médicos permanecem impressionantemente ignorantes quanto a isto.
Quando padecemos de algum mal, recorremos a profissionais da saúde para nos orientarem na questão do alívio e cura. Infelizmente,
aos laboratórios interessa a venda de remédios que, mesmo possuidores de efeitos negativos, pouco são divulgados e a maioria dos
médicos, pelas suas atribuições excessivas e dificuldades econômicas até para se manterem atualizados, tem na propaganda dos
laboratórios seu mais confiável meio de aprimoramento de conhecimentos.
(maio de 2007)
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do-0551.pdf http://www.medicinacomplementar.com.br/convertido/do-0551.htm
Médicos estão cada vez mais confiantes nos equipamentos de diagnóstico de alta tecnologia, mas estes são imprecisos ou usados de
forma tão errônea que estão sendo responsáveis por 59% de todas as reclamações das seguradoras contra os médicos.
Trinta por cento dos pacientes morreram por causa do resultado errado ou pelo atraso das avaliações médicas.
Dignósticos que prejudicam – ou matam – pacientes são comuns, concluiu um estudo que analisou os resultados de quatro
seguradoras norte-americanas.
Infelizmente, o médico não pode culpar apenas a tecnologia. Vítimas e familiares reclamam que os profissionais de medicina falharam
em avaliar o diagnóstico e o histórico do paciente, pediram exames errados ou não acompanharam o quadro corretamente. Ao todo,
99% de todos os reclamantes falaram que os médicos não estavam pensando corretamente ou tomavam decisões erradas ou
esqueciam coisas ou, ainda, “não tentava conhecê-los em primeiro lugar”
Os diagnósticos, às vezes, demoram anos para serem concluídos, e esta análise, em muitos casos, envolve outros profissionais de
saúde. As pessoas que mais sofrem com diagnóstico errado são aquelas com câncer de mama ou de cólon retal, cujas doenças foram
invariavelmente não detectadas a tempo.
Estes dados foram publicados pela revista Annals of Internal Medicine, em 2.006, e servem para corroborar a afirmação de que os
médicos são tão falíveis como quaisquer outros profissionais e seus procedimentos e ações devem ser bem observados para que não
aumentem os riscos de erros cruciais que envolvem tratamentos de doenças graves.
(abril de 2.007)
Cada um de nós que acredita desesperadamente que as indústrias farmacêuticas se preocupam em melhorar a qualidade de vida da
Humanidade e, no mínimo, se dedicam ao benefício nos tratamentos dos indivíduos, deveria prestar um pouco mais de atenção às
últimas estatísticas sobre as pesquisas globais referentes a saude. Enquanto a pesquisa ligada à saúde tem aumentado cerca de 10
bilhões de dólares por ano, virtualmente NADA desse montante se aplica aos estudos das doenças que afligem os povos mais pobres e
necessitados do nosso planeta. Em 2003, o ano mais recente em que os dados foram apresentados, cerca de 129 bilhões de dólares
foram gastos nas pesquisas de saúde mas apenas 7% do total foi para doenças infecciosas transmissíveis. O restante, que proveio de
companhias farmacêuticas e agencias governamentais, foi concentrado em “doenças do estilo de vida”, na civilização ocidental.
A pesquisa do Fórum Global para a Saúde reconhece que aquele pequeno número (7%) existiu devido à contribuição principalmente de
organizações não lucrativas e filantrópicas tais como a Fundação de Bill e Melinda Gates.
Podemos concluir que as companhias fabricantes de medicamentos gastam quase NADA a cada ano em pesquisas de doenças que
afligem os países mais pobres, aqueles que certamente não dão retorno financeiro referente às descobertas e vendas de
medicamentos.
É uma hipocrisia acreditarmos que os remédios, tão necessários para nosso equilíbrio orgânico após a existência de alguma doença,
existam para nos conduzir a curas. Está cada vez mais claro que em nossas mãos estão os segredos de manutenção da SAÚDE tão
desestimulados hoje em dia pelos que adoram constatar o aumento da incidência de doenças. Quantas mais, MELHOR.
(março de 2007)
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