Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1979
~.orno t~-i-~ar -~roveitoso um mau negocio· \O...\'\"
Wilfrcél lt Bion .. ,
VocC _•deve ·estar-se pc1gu11laildo o que cu quis dizer· ao intitular cslé lraba!ho' Tornar
Prove1Loso um Mau Negócio". Qu.,ndo·dois cnrnctcres mf persorialidades se encontram cria-
~c um~ ti::mpcstad~•~~ocional.• Se eles têm um cunlnlu suficien te para cscarem seguros ~m do
ou!'°: o~ ~csmo se11ao estão-seguro~; uin"cstndo c1nocional·sc produz pcln cohjimç.ild destes
do is md1v1duos, destas duas pc r~_onal1dndcs. 'A pert urbaç~ o res ultante· é quase :como álgo <1uc
rf~~~t~!~(~~;;,~~~11~i:,ª/~:~t!~ctª:t~:;·~:~~/;i'.~;:,~:
1 1
~1~i~n:~;i~\t;~:t~fo~
N_C?}1.1:t~~-il ~, _c,u, .1111.ha ,lJu.T, e_~c?l!1.c'r ~n/r,Y
pensar com
".'íl ' iivalÍM
corfCtanÍéntc 'ó · ·qud é _ri:ii.1. l_ti,:rlár-;é ' cuuhcc~ilO( :U,_I r~àlí_dade pmic_ envolver u
conhééimci11ó <lo dcsprli~,cr, ~ryud da 'n'il.ó··~ r)cccssáti_nn1c 11'1 ci prn7,c~s.1 ou ,bem-vin,9a:" }sto é
'.'.t l?C~9.~l~il~ ~11~,n,\lti~~s..C)~cr scp1~ ,c.()m rcs~uas ou ~:u1sns_. Podemos estar num
1
ci~~um ~-t_ud ~s
1
•;J,~r1t1J~1;r,;;~t~~~!/J/'LJ;~~I ~;,,?~~.Jº\';; ~:~i:i:/:~tfó .,Jiç~o d~
1 111 1i1111ço/!9 do /J11/f~'ihi (>/ /1,r
•~\,l~~ ~ d,oan~•yhLal Socic1y" . _ -· '-
umvciso Je pcnsamen1u, numa cu lt urn ou mes mo nu m tipo de cultura 1emporària, que
estaremos ce1tos de sofrer n dor de sentir quC nosso unive rso não cu ndu;,;irá ao bem-estar j
?u.<;.ar conh~-cc r os fo tos do universo ~m que cstam.°s signifl.ea coragem; este uni~crso ~e não ) , /
1
;l:~1~~:e;:1~ ~o:i~::::~a~~~~rn~~s~~t~~~a~a~l~:1:1!~ : ~ n~: é
1 0 1
i~ f: !i ~,i~,~: /'1 t
1
então apelamos para outras formas de evasão co rno donnir. tornar-se inconsciente do univer s~ f,'l;,
1
do qu;,l não desejam os csln, con'leicnlcs, ficar ignonmtcs ou idcal-i7..ando. "Eva:'lão" é uma cura ' ·
fu 11Jar~1cntal, ela é básica. A criança, não dcsej11 ndo esta, cie nte de seu desa mpare,, idcal-i7..a ou
~gnora . Elo tmnbém recorre à onipotência, u.~sim onipnlência e .desamparo estão associado.~
~~~ªr~\ i: :r~~~::ªd!
sabemos através de Homero; "E e.ri~ u ro.\'tu qi,e /anço11 mor 1pil nuvio.f e que~mou a.r turrex , , , ,,
.rcm feto _d~1 /1éludc '_ "A mc~rna coisa _1>0dc ser amdn :,ph~1 da aos_Jw1~cn~ que t1_veram !I sorlc 'f 1 >-
de ser l'an~ ou. Gammcdes, cuja hab1hdad<; para co11scgu1,r 0111po lêt1c1a foi íaci)1tadn pela s ua
hernnça _íls1ca, por seu fisico cxcclenle (O corpo pode 1rnzc1 co mpensação ao .d;cspra;,.er da
men1~; de modo re\:ipr.uco 3. mente pode trazer compen!".ação ao dcspr,a:,,..cr do çorpo._ f:
suposu;ilq ,básica da ,l's1canáhsc é 11uc a "função" da mc11tc pode se r usada pa ra co rri gir
soluç~ enga_n.,<loras _q ue j;\ e.1!~1:(:ci rc~~midame.nt~). ,Mas, à.~ vc7fS. o poder, cosm~ti<;<1J1:lo é
~uflc rel)1e · nov;m1cnte ha.~em!o na realidade que parece indiqi.r -(jue a sol ução peja q ual tal
. pessoa_. ,1cm si~~ Jen!a<la <lc _f1i11, ~ã.o t: n,e m , forte nem d ura,dour.a o sufleient~ para,,enfrcntar
()Ostcnorc;s exigência.~ <,la cx1sié1\Cla. 'põr ei;t_cmplo, sc_1.1111 _so ldu<l_o obtcf°'!l autor_1da<le,alm"íés de
: : ,:~~~J~:,;,:'JE:[~:~'.'.;::~Si ::;~::~;i~i:t'."~~,::,:::·1·:::;:,,:::. i
sua aparc n_cja fisica. talvez ,.acon1eça que os ep1~údms dos combate.'. tmponhai:r,t uma
0 0 0
:
q u;mti<l:i,<le; não a duração de um11 vida, mas a qualidade de la. Não há balanças .com 3:~ ql!,aiS
:si;,;~:~i:~:c;:1_]~;:.:~,~d;a~;~~;:1::~
1
:º~::1!i;1~'. 1 1
:sin~~;'.~1 ; c:~a~:;~~~~i~~ ~::::oé~~;
1
adc1[1mdo. Esta _µ1~ dequação é /11sc1xuável <ln dirc~:iio respo'.1sávcl pela cx1stêncin dus duas
pessoa~. analista e anal isando, ua mesma ~a la_ ao mesmo tempo.
Eu [ln:\endo 1111c cs_lc tr'.h;lhu SC.Ja ' c1c_1~tifico· ~ã? penso que você Cfiico1dc qm: ele
merc,ç a se r ~uS1dc_rudo "c1Cntifico" sc cu contmuar e<~1Í1 uma série de aflnnaçiks .~ra as quai s
niio· tenhU um mirnmo ,de base coucrela. _Aqui cs1llo cl_a s O "SC\f' que o psic'ánaÍ1 ~ta ób_S Crva.
cld próprio ou ela própr!a tem 11s mesma,~ caractcrist1cas - de µCurdo com os ~•r;1~'rj,ologstas.
alguns objetos c m crcsc1mcnto que eles c_h~ni•un d,c d,rtcx e m?1ula <la.s J!Up r:1-1el1ai~, f..stes
nomes são ,dados âquela~ estrolurus_tã?. _lo,go elas 1~ssU11m o .1,llo(\~,lo que C ol;,_ s~i;v_ap<> cm
pessoas dili:rcn\1.,-s e cm épocas ~1r~ rcnte~. ~stcs corpusculo_~: cqm,o ~ .'. rcr do tempo,. tomam-
se funcionais e_ produz~rn s~bsta1~c1as1 qumucas que ~s\~u,l~gad3;5.,~1~m._.11w~ssão, lu ta ou, fuga
Prefiio si:1 _~1cnos p~cc1~ e excluir qi~~\~u,~r _e l~'.ne'.ito l111ahs~_?_i:,;1=n~? que a surra-renal não
provoca !otá., n_
cm ~ugai n,ms pro~·oca · 1111~1~u_va _. . ., ,.,_ 1,,. , .. .
Os tc m1ós que uso - fuga, luta e 1mcia\1v~ · scn~m :1propnadus, se o ,ohJelu __que esta
!;Cnd~ ob~rV,a,do ti~er un_iá '. ps iqu~ ') a{~· SoprepuJ~r ,a d1fl~u ld,ide (o·(;bst4~G1~
.ª? p rog,csso)
' que se aprese nta ,pela mJ _n hit falta d!= jn1d1gê11çia ou ·co nhccunentu, _1ccorierc1 a c~,\tjeturas
Lm.iginativas. O que vou dizei agora ~eve ser rcconhec1d<;i cnm o oonJct.urns imagi1:1111lvas cm
cuntrnstc comoqueéhamareide/1110s. ' ·· ·
A primeirâ e mais importaritc dest"as conjeturas imagina tivas é' que as glândulii.s supra-
renai s não pensam, mas a.~ estruturas que as rodeiam se desenvolvem com .anlccipaçiio ílsica
J.
1
;t;~~, :~:~;~~i~rd;~:~:~e:i:;~~-:~i~a~°lt~·~~1~~11i1_c\1_io;spec11va
1
~::~~ªiC
;li~ 1
dá i!Plx,rt~nci,t; 'ap~de c1e ·_pc)ü_ê: li', ·a ''11~<) ' .~c.i- 'd".~'t" d_-~~º . Ué _!lcus: ri1\Jscu\os
v 1liiitános. Não ouvimos uillltu ,si1hre os l'uftard ' ciue vi!ai.urtõs, 'bs p(magcns 'que vemos. 11.s
9
história.,; que o u y ü 1 ~ ~ ~~ i1~ov~ \li\'c,1s1·g~í\1~?,{l'~sh:~1~!i ~ 111tl1'.>.' ·~,1~1enos que
u traduzamos cstnnd1~u~or<ladu_s. . . , . .
1
: • , •
- Quc1ri oil u '(1ué Jecid~ d;~ pri,oridade <ln vi~lli~ ~-~!st~tc") s'obrc ·o S01io ·("S-stnte")7
Minha pergunlll pode rlílreeef um, 11111ü, i-i<ll~Úla,_m,aSiuci dcagcrã"f11 '_lnuddi1tl~ ·~u11 fomia e
din:ndo: quem o~ o 11u.c ,dccitk u eslnil9 ,dn mr.n\e d'c ~11n hÕ)11em qu_e ch_1~ctimo é k\:1lMlo por
1
· J-laiínn Segai, que nin'g~éul .rcConhe~~fin i1u: _uhl vihli ni~ ~ll, (:stá, ,_ ia :verJail~. :.e -~nnsturbnn<lo
em plihlico'/ E.~!c é um J)O n!o d~ .vista s11hc1cntemcn1c cl11w, não h:í dúvida. sobr~ sun
inanifest.a~·àu l'or que cnlão íltll111!1mos que uma pessoa cs1;i rcnlmcnle \111:anllo mi vmlmo o
.suiu ,de, l/111 ,CllllC~ll,; <l c lli:ilun s C ljllC CSIC p•mlo de Vl!'l111 é o u,1,t.:1 0 C é ~upcr10,r au <lc OllWI
1,çsfü1a. q1 1~ sahc_,'1uc o ·s,il1.~1:i c~1;\ de (alo .~e 111:1\ 11nba11d11 cm pi1hl 1c11'/ f Jc que vé rtice pode 11
"cµrnti yg"7 ç;,1111 cç,ilc1.1, ne nhuma claho1.ição que íni íc Íta para l!ailUzir o estado da mente
<la pc;ssc,m.quc a~ ha wid C'u éonccriO',Uc' Brnhms p;1r_a \•iolm11 'riü_n\ ·C~tad_o de mcnlc <la pessoa
4uc uc)ia, que o _ f
mdl;_,i,91(;; ~r:i.. queslfü/ f~I~ mas_l1!rbm1<lo cm pú,f)l!~o,1XJderá s~r consiJcra<la
comp cura; n,o final a maiona <los votos parecer ia estar a favor do pomo de v1sta 1dc que ta!
~~~~~~L~;~sta v,n ,,9ctcrio(:;<la. soírcu uma <l cs vc nl ura ,, comv ,csu!ta<ló ~-~. ~~iª .. cx~iência
~;1t~t1;~~(;m~i
homens
~l!~~: ~-ú~~~-~t:ir;~~ J-19cu"cestá~t.~!corpo
mulheres e meu mleresse
e não o não
;,~tfr'~sim
1
n(?
~~Ií~ e na
alma <1ue sofre as dores do nascimento. O ponto mms alto da minha
arte é o_poder de p1ovar cm cada teste se o_rcsultado do pcns~mcnto
de um Jovem é um íalsn fantasma ou instmto com vida e ve rdade.
E111 rctm1to, cu sou 1ão parecido com a par!ciia que n:'io posso ~oz mho
f:u.c1 nascer a sabedoria. e a reprovação comum é tão verd,ulc1rn que.
embora cu ques1ionc ~s outro~, n11o posso soúnho trnzc r nnda à luz
porque não h.1 sabcdona cm mun.
4. Sl-lAK.ESPEARE - Mac/Jeth
Não podes lu minis11ar ;1 uma mente enferma.
5. YEATS - Salomão e a Feiticeira
. Ainda que o amor tenha um olho de aranha
Para descobrir alguma dor a1: rupri11Ja
Para sempre, embora toda p:miiio passe nu1n rcl111 1ce - l'or
lodos nervos e 1cs1a o aman1e Com cruelda des de Escolha
e Sorte: E quando po_r fim aquele crime lÍl'cr terminado
Talvez a cama d.i n01va traga desespero. Pa_ra cacfa urna
das figuras 1mag111adas llaga E encontre !á a mrngcm real
:o~~
8. MJLTON - L)'mlas
fo11G°Musa Siciliana, ...
Tradução de _ülga U. Knijnik
Revisão téc mca ps1canalit1ca de C11rlos T. Knijnik
O Revista de Psicauálisc-SPPA