Você está na página 1de 6

Rev ' B.ras . Psicanál. , v . 13. n. 4, p. 467-78.

1979
~.orno t~-i-~ar -~roveitoso um mau negocio· \O...\'\"
Wilfrcél lt Bion .. ,

VocC _•deve ·estar-se pc1gu11laildo o que cu quis dizer· ao intitular cslé lraba!ho' Tornar
Prove1Loso um Mau Negócio". Qu.,ndo·dois cnrnctcres mf persorialidades se encontram cria-
~c um~ ti::mpcstad~•~~ocional.• Se eles têm um cunlnlu suficien te para cscarem seguros ~m do
ou!'°: o~ ~csmo se11ao estão-seguro~; uin"cstndo c1nocional·sc produz pcln cohjimç.ild destes
do is md1v1duos, destas duas pc r~_onal1dndcs. 'A pert urbaç~ o res ultante· é quase :como álgo <1uc

•~~:;~: :~~c~:::;ad;t~~\~;tJ t~~~é~.:~~


1
q~::ª!:~~:~;ta~;:,;::n:~\
oc~rr~u,:as'tlú_as pules ~cvcm' dCC1dir "Corno Tomar Pro\/citoso uin Mau'Ncgócio": É Oque
l
-
1s!o s1gmfii:ai em ·allâlisc. ' ' · • ' '"
O analisando ciltú1 é'n1 ·cofltató· com o' allulistn ·na sála do consulttu'io "c iniciâ uma I•

f[;:~~;:~~~~~ri~~:~~1:i ~~f~:~f5~ii tª}~~;1~~1islz~:f:


pára ' veí" 'o que' aco'.1'1tece, obsê\-~,alldo p~rn ·~c~r _ce_rtb, de 'álk~ .quê ·eu_ l'<;'ss.1, ' c'ii~O'. . te ntar
rntcrprctar; se posso,. ~ostu.mo _d~1xàr a' uuéiát1va'_ ab_ P,h'.cicn.tc:·O. r~suliado. dê 'fiCàr_'cni~s1lêncio
ol.l ·dc'\11tervu com ,Üm cull'iCiltáno,,Ou · ''
novamente · ., · '· ·

transfurmar u_i,irn cír\ú'i1si~i1ciÍÍ .a?·1;cr~1(rcSolvj ~h;un'á~la as.s,iin 'a&o~)" \'\J{túi~~'a.ü5a.b~á. -Nem o


paciente nc,,n ,u aual1 sru silo o!mgadus, â fan:r isto; u a11al1saí11Jo_i.Mxlc ~llo,c~tai-_dcsejando ou
n;io ser c;ipaz .de 0
cau~:i.. .~~·.,Sua
ll'.ll1SÍ~~r~r1a_' 1iu11m pn~)P,la~~- 'podc': scr ,~1~ 'élif6rente
Lem hro-~e ~e u.m a expcn cncrn r,1 a qui,il .º paqen,rc cst~.v.a ansioso para qu!? eµ me amoldasse ao

rf~~~t~!~(~~;;,~~~11~i:,ª/~:~t!~ctª:t~:;·~:~~/;i'.~;:,~:
1 1
~1~i~n:~;i~\t;~:t~fo~
N_C?}1.1:t~~-il ~, _c,u, .1111.ha ,lJu.T, e_~c?l!1.c'r ~n/r,Y

pensar com
".'íl ' iivalÍM
corfCtanÍéntc 'ó · ·qud é _ri:ii.1. l_ti,:rlár-;é ' cuuhcc~ilO( :U,_I r~àlí_dade pmic_ envolver u
conhééimci11ó <lo dcsprli~,cr, ~ryud da 'n'il.ó··~ r)cccssáti_nn1c 11'1 ci prn7,c~s.1 ou ,bem-vin,9a:" }sto é
'.'.t l?C~9.~l~il~ ~11~,n,\lti~~s..C)~cr scp1~ ,c.()m rcs~uas ou ~:u1sns_. Podemos estar num
1

ci~~um ~-t_ud ~s
1
•;J,~r1t1J~1;r,;;~t~~~!/J/'LJ;~~I ~;,,?~~.Jº\';; ~:~i:i:/:~tfó .,Jiç~o d~
1 111 1i1111ço/!9 do /J11/f~'ihi (>/ /1,r
•~\,l~~ ~ d,oan~•yhLal Socic1y" . _ -· '-
umvciso Je pcnsamen1u, numa cu lt urn ou mes mo nu m tipo de cultura 1emporària, que
estaremos ce1tos de sofrer n dor de sentir quC nosso unive rso não cu ndu;,;irá ao bem-estar j
?u.<;.ar conh~-cc r os fo tos do universo ~m que cstam.°s signifl.ea coragem; este uni~crso ~e não ) , /
1
;l:~1~~:e;:1~ ~o:i~::::~a~~~~rn~~s~~t~~~a~a~l~:1:1!~ : ~ n~: é
1 0 1
i~ f: !i ~,i~,~: /'1 t
1

então apelamos para outras formas de evasão co rno donnir. tornar-se inconsciente do univer s~ f,'l;,
1

do qu;,l não desejam os csln, con'leicnlcs, ficar ignonmtcs ou idcal-i7..ando. "Eva:'lão" é uma cura ' ·
fu 11Jar~1cntal, ela é básica. A criança, não dcsej11 ndo esta, cie nte de seu desa mpare,, idcal-i7..a ou
~gnora . Elo tmnbém recorre à onipotência, u.~sim onipnlência e .desamparo estão associado.~

:~~::~i:.~!-~::i1!c::\-~i~it:!~~1~::l:s~~11:,: :1 ª"r~:I 1:: ~!:~:'.~: //ii5) ,~


mseparnvelmcntc. A tcudência é objetivar a onipotência na pessoa do pai ou da mile, de um

~~~ªr~\ i: :r~~~::ªd!
sabemos através de Homero; "E e.ri~ u ro.\'tu qi,e /anço11 mor 1pil nuvio.f e que~mou a.r turrex , , , ,,
.rcm feto _d~1 /1éludc '_ "A mc~rna coisa _1>0dc ser amdn :,ph~1 da aos_Jw1~cn~ que t1_veram !I sorlc 'f 1 >-
de ser l'an~ ou. Gammcdes, cuja hab1hdad<; para co11scgu1,r 0111po lêt1c1a foi íaci)1tadn pela s ua
hernnça _íls1ca, por seu fisico cxcclenle (O corpo pode 1rnzc1 co mpensação ao .d;cspra;,.er da
men1~; de modo re\:ipr.uco 3. mente pode trazer compen!".ação ao dcspr,a:,,..cr do çorpo._ f:
suposu;ilq ,básica da ,l's1canáhsc é 11uc a "função" da mc11tc pode se r usada pa ra co rri gir
soluç~ enga_n.,<loras _q ue j;\ e.1!~1:(:ci rc~~midame.nt~). ,Mas, à.~ vc7fS. o poder, cosm~ti<;<1J1:lo é
~uflc rel)1e · nov;m1cnte ha.~em!o na realidade que parece indiqi.r -(jue a sol ução peja q ual tal
. pessoa_. ,1cm si~~ Jen!a<la <lc _f1i11, ~ã.o t: n,e m , forte nem d ura,dour.a o sufleient~ para,,enfrcntar
()Ostcnorc;s exigência.~ <,la cx1sié1\Cla. 'põr ei;t_cmplo, sc_1.1111 _so ldu<l_o obtcf°'!l autor_1da<le,alm"íés de

: : ,:~~~J~:,;,:'JE:[~:~'.'.;::~Si ::;~::~;i~i:t'."~~,::,:::·1·:::;:,,:::. i
sua aparc n_cja fisica. talvez ,.acon1eça que os ep1~údms dos combate.'. tmponhai:r,t uma

0 0 0
:

q u;mti<l:i,<le; não a duração de um11 vida, mas a qualidade de la. Não há balanças .com 3:~ ql!,aiS
:si;,;~:~i:~:c;:1_]~;:.:~,~d;a~;~~;:1::~
1
:º~::1!i;1~'. 1 1
:sin~~;'.~1 ; c:~a~:;~~~~i~~ ~::::oé~~;
1

adc1[1mdo. Esta _µ1~ dequação é /11sc1xuável <ln dirc~:iio respo'.1sávcl pela cx1stêncin dus duas
pessoa~. analista e anal isando, ua mesma ~a la_ ao mesmo tempo.
Eu [ln:\endo 1111c cs_lc tr'.h;lhu SC.Ja ' c1c_1~tifico· ~ã? penso que você Cfiico1dc qm: ele
merc,ç a se r ~uS1dc_rudo "c1Cntifico" sc cu contmuar e<~1Í1 uma série de aflnnaçiks .~ra as quai s
niio· tenhU um mirnmo ,de base coucrela. _Aqui cs1llo cl_a s O "SC\f' que o psic'ánaÍ1 ~ta ób_S Crva.
cld próprio ou ela própr!a tem 11s mesma,~ caractcrist1cas - de µCurdo com os ~•r;1~'rj,ologstas.
alguns objetos c m crcsc1mcnto que eles c_h~ni•un d,c d,rtcx e m?1ula <la.s J!Up r:1-1el1ai~, f..stes
nomes são ,dados âquela~ estrolurus_tã?. _lo,go elas 1~ssU11m o .1,llo(\~,lo que C ol;,_ s~i;v_ap<> cm
pessoas dili:rcn\1.,-s e cm épocas ~1r~ rcnte~. ~stcs corpusculo_~: cqm,o ~ .'. rcr do tempo,. tomam-
se funcionais e_ produz~rn s~bsta1~c1as1 qumucas que ~s\~u,l~gad3;5.,~1~m._.11w~ssão, lu ta ou, fuga
Prefiio si:1 _~1cnos p~cc1~ e excluir qi~~\~u,~r _e l~'.ne'.ito l111ahs~_?_i:,;1=n~? que a surra-renal não
provoca !otá., n_
cm ~ugai n,ms pro~·oca · 1111~1~u_va _. . ., ,.,_ 1,,. , .. .
Os tc m1ós que uso - fuga, luta e 1mcia\1v~ · scn~m :1propnadus, se o ,ohJelu __que esta
!;Cnd~ ob~rV,a,do ti~er un_iá '. ps iqu~ ') a{~· SoprepuJ~r ,a d1fl~u ld,ide (o·(;bst4~G1~
.ª? p rog,csso)
' que se aprese nta ,pela mJ _n hit falta d!= jn1d1gê11çia ou ·co nhccunentu, _1ccorierc1 a c~,\tjeturas
Lm.iginativas. O que vou dizei agora ~eve ser rcconhec1d<;i cnm o oonJct.urns imagi1:1111lvas cm
cuntrnstc comoqueéhamareide/1110s. ' ·· ·
A primeirâ e mais importaritc dest"as conjeturas imagina tivas é' que as glândulii.s supra-
renai s não pensam, mas a.~ estruturas que as rodeiam se desenvolvem com .anlccipaçiio ílsica

- • u ~ ·Kignor a" cumo 1nn-procc.uo'llccnsli1io pari alc1nçar"iJÇ101iocia' -


p,1.rn prc~nc.hcr a.~ Íú11~·õcs <lllr con hecemos co rn o pcusar e :;l.'fl\11 O e mbriã o ou s uas dcpressfx:3
úpt!ca. 11ud1tiv:1 e suJ}ra-rcnal niio pc:ns;un , vêcm. ouvem. lutam nem fogem, 111a., o corpo se
dcscr,1volvc na previsão de tCT q ni: pmvc r os apar elhos que irão rc:1 liw r a.~ funções de pensar.
ver, ouvir: "fng1r e as.~i m 11?' ' di:m tc Já que nfo posso sahcr e é i,:nprovávc l qu e cu ten ha
inl_c'igé.ncrn paru isto duru.hre n'ti nlm clêmcra cxis1l!ncia, tento tran.~1111~1r estas apalpade las c m
di1cção á intcl1gência' paia o corpo polhico. no caso de as minha.~ própn :is pre visões leva rem as
cóm unicaçõCS conta'g ioSas e in"fccciosas dcs1as CúllJt'turas a se torna1cm 1cal -i1..adas no devido
tempo ·
Até agora cstuü apcuas di s"cutir'1do o co rpo fl.~i co corno se-ele previsse as funções q ue
mais tarde 'irã realizar, j:i tendo o cquipamcn1o corpora l c1ue sc:rviu às finalidades de uma
fum;.ão panicu!ar ·qllc chii.m'âicmos r siquc. É isto que eu c hamo dc·"antccipação fisia:l', mna
amecipação corp() ral tórnahdo possi vcl uma posterior operação_fimc:101za/ da mente. {Voltarei a
c.~tc as.~untn rh~is 'àdi:i!itc. 'qúam.lo trntar do C~paço men!al ncccssâ1io para permiti r o
dcsenv~l11Ímc1110 da 11\eiite.)'"Rccorro à Psicolog ín para descrever um fcnômc n o ílsico; mai s
tarde vou rcéórrci- a um fcnôm c üo íisico para déscrcvc r al go psico!óg_ico. .,- 1
Vo!to agoi-it ao problema da cumunicação· demro do "Sclf' (não gosto de lermos que /Jr' 1,
ind1cn1n "o Corpo" 'c "n inCn tc"', por isso· u00. "Sclr'para in cluir o que chamo de co rpo ou · ) ·-

~:~:~;iç~c\"e~t:s~~1C:e~~~ p:~rr:~~:iotso l~~~is~:). 1/~!ªn~ ªc:m~-c ~;;:j~:· n: ·-.Y/


rsicunáliSc, na (j uill ã obscf\/açãci- de\/é dcscmpcnh<1 r um a parte exm:mame ntc importanlc
(sem pre reconhecida de cxllcnia importíincia cm (oda investigação cientifica), não devemos
rcstri1i'g ir'' no ss.a obsérvação" a um a esfera derriàsindo estreita. Então. o que estamos
obSéry~nd.o '! ~ , rnel.lÍO, ' r'espost:i cj\lc co nheço é fornecida pela foimula ç,'!o de Milton na
intrOOuyã~,do t"~1.Úiir~1 livro, de O PÕrofa-u l'crdid~.'.~911a~do o imalis.ando vem ao consultório. .j
~o:~;h~::~r~~u~~;:~::~t?i!i!J°~::i~f~~~~ s;~1:;~~: :
pa!avras q ue es la pessoa prohunc'1:i cô rno uma parlc' da op,cração da s ua m usc ulatma vocal -
~:i~ª:: fr(1~
v:;:r r~~; ':
, .-
111ió erúa1izm1do cm ]Xnlicular a ativ idade dos mú s½ ulos vu}uHlórios l nem ~rticularmente os : /
sons criad9s pelo uparel_h,o1_e P'."las cor~'.~", vucm s: m,a s, m~1 s ~o q ue 1s t?, o seu to tal.
Cotocand.o de ~utru modo, o ru,1,a!_i sta neces~lfa estar apto a ouvir nao ap,cn.a-. as palavras. m as
tm pl~r11 a· música: só ass1.m ele JX><l~;.':i 1uv1r ~omentános t)uc 111!.o são fac1lmc11te ~anspostos
para o papel. <Jll e t~m d1fe1cntes s1gmfica1os quando fe itos e~ tt.im de sarcasmo, o~ em
term os de afeto c.cumi?n::cnsào o~ por ~!na_i~ s~â \1ue !enh~ uma poSiçào real de a'u tornlade
(cm born as p!jlavras possal!l ser as,rnes1m1.~ ~m t,aaa s1tua\·ào). Por exemplo, sena posslvcl
J>e11s ~r e m tcmm; de un: mw ,do id eãl;' Unia ,Utopill Como S ir T homas More f~z. e ·escrevê-lo
com 1m\avras qu~ JX1:Ísam se r cnten~.idas, ))Oí al\Ue\es que 4 uc ini.m ler o seu ll\/ro Na sessão
an ali tica há um a difcrc1iça quando .as palav ras siío fa!ii das por um ahalisando que te m
, a~\qriC,ad~. ,acostmpa~o a cxcicer i,i ,;wt~ri<lade. Quando é/e ,foi~ sobre al gu ma co nstit ui ção
id,cal, que ~le teu,1 ;i,d \1p~ 5?fõÍ bçm_di~cre,nte do q ue se as mesirias pa lav,as forem ditas por
!nJJ.,t pcs~quc nã<1 ~çm ~) 1~ rLc a,~l~~~9adc. , ._,_ ..
, O que .cs\oti _dl?~ nJo,r,od~. parcc.e ~,,o 661110 ulula r(te. Á_minha justÍÍÍCilÇ.ão para dizei
r,~\;;~ coif.~. ~,.9ut: .fl,.9~v]!l,,,<}~,.~':iq~.. !!~'!.~. <?.h ~rv_a~I.~ -~ é.~ c/.if~rença. Por es te m otivo,
acho lJUC vale a pena mencionar o s falos óbv ios - de outr~ ma11cira eles não se toma rão o
objeto de inv.c.~tigiição do qu~l deJ)l;nde.qua!qucr tipo de Viogress.o cicntHico. Neste Con te xto,
. qua!Jdo falo cq1, ·:~ient!fico", quçro ~1 r.cr pr~ccsso de real-iz.a(,:âo cm C(1ntras\c com o
processo no o utro ~pó!f _d~ n,ic,Sll)O concc1t~, tdealimção, o se111imento que n mundo. as
coisaS uu as, pcsso,a.~ 1.1~0 sãq , adcqu,a dos,, não se r que altc_rcmoS no ss.a percepção destas
pessoa~ 9~ coisas 1dcafü.am,lo-as. /1 1eal17.a ção é fazer a mesma coisa co m · o quadro
idc11 l_lzado, quando ele se .n prcsc n! n j1111dc<1uadu 110 nos~, j ul gumcntp., ~.n tão ~cvcmos /
considerar o ~uc é o mét~do,dc C()ffi\mica~,íío do "Sc\f' ~om o '. :1S,clf:. Fi sica1i:ic11,t~ •.um_gi-andc ,ltJ ,.
tra~alhb é fe uo pelos sistema~ nervoso central, parassimpát1co ,_c 1r;ic~,~o~.~ pc,rif~,~(Co . Nilo [ , ; /
dc\cmos .cons1dcrar.- n:1 comunccaçno do ,pc nsumcn!q,ou.,cm Sl/llS antcc1pas;ocs, .i pilrte que e
rcal\1.a~a pcl_n sistema glandular, se~ que é fo_i la a.lg~m.a .. Çj~.1~0 a,,lu~rCul rst; P~tnio~a, se
t:umw11ca, thgamos, co111 os r_amc,s lmfáticns mferiorcs,_ asSJTT) .J,al_ycz;.os pc;1,~mcnt9s:' que
escamo~ acos lumados a a;ssocmr con1 as esferas cc rchr!1\f, 1xxic.~iur51 ..c!~ _H)~sma l,Il~r,1c1ra se
cumumcar com o simpático e paras.simp:'llico e vice-versa. Tal conJclura 1XIUcria ser .levada
em conta na si\u~çl"i~ especial c.m que o paeicn\e .diJ, que c,,;\l'! atcrrpr;i1~do. ou muito ansiow e
não .tem a ruinu11a 1dC1_a por.que.estfl assnn,. r.:.,;4;1110.s qC\)~\111f!ªd\!S,!':.~Sar,a ~'}SOpaçã9 livre
com a ·fina lidade de, mtcrprc,l:u; cu , mç: perg~nlu s~ ,,n~f?.. SCT~ ~~s.J,v,9,l .~rn~1n,11u.,;'ar ou
controlar estas comunic.aç1Jcs, antes d~ elas ,alcal),çarc111 o, ~ue.1~r~c,c,;S!!f.il, c_sícr~'-ceiebrnl.
antes de elas che~rem·a ar_ea que cons'.~çrnmos COl).JO, C()!ISCl~•)tf.: pu _(!~)1pensa,i;ne.1.1to.r'.!cional.
? u se ,~ma parte disso t~do pode ser feita p~lo.que, eu,9l.1,11111a:rn d,e "c~i;iJ.e,tu~a,s irn.~_&j!l_ativas".
as quais eu _acrcsccnlana tambCm as "co11JCl~as racionqj~_''., sendo qu~ 1f!,Sla~ ,par~~m estar
ligadas à at1v1dadc raç.1onal ou à quc,. tem uma ra1~fo ._Co_rn Jl-1.n;-sc .es~i;).i~. ~9 _pc?lsamento
~om aqu~!e que \c~o_s quando ficamo~ miando na carna a~o~da?us, passa,f!dO .º 9-.'f.e s;:.f,hama
uma ,no1te mnldorrn1da", ou com O- pt\~icnte f~lando. s~9~e tc_r U!l'! cata~r~ ou ll_!TI;l ,~tn\fe. Os
:matormstas cham;un uma parle do pércbro. de nrcnc~falopm),o ~e · ·
como wn cércbrq-[larir.. Atra;-é~ ios,pr~),rio!~gi~1i { e 1r~.iC?lpgÍ~~;~.

este.fluido intracelular ,dep(~i~.,dq 11:i,~c


gasoso. Ofluido ,aquoso c.m y~z,c!~,.~c
do que_ns médicos ch~fl)31Il;dc nmt~.
que não consegue parar de_lacrirn_1rj,
irr_ignr o glo)xi ocular; )~:,:,.anc!1:1o,r,6,e·~ slljc(r~. IT!à_s que;.q~J~1ó .S[fCx~c~So, t',~~é~cnte.
Proponh~ aqw repetir a c_s,s~1~c1,a, do,,quc disse _<;lté-ag?fª·,~~ un_1 la~~ e,? ~. o ~!~co de ser y 11\....,
mon6tunocpurou,trndcpa.reccrcstar nmdandodctssu11to. ' ._ .. . · •. 'e, / 0
_ . SuÍ>C!nhamo~.• ~ue 5C c/n~~i~cr(~ ~J\'o C.\';~10,'u~ 1;si~dq p~rt!cu_l'.1r da ~~."t_;}O,J~a\dse,
· · n ó sao re. 11..a as ·
\.J, cr"
1

J.
1

;t;~~, :~:~;~~i~rd;~:~:~e:i:;~~-:~i~a~°lt~·~~1~~11i1_c\1_io;spec11va
1

QL!ando se _está aC-OfdaUn C'W-statc~) , m.u ~nça é


9\~~~~~~)t~~~~<l.~~r~tIli.na~,~e~r;:
aquoso
d_ll)mssag?nl d~
ao gasos~. p[ê:~_
â1~1 ·e p{1s-l1a~,1 (m'. 'qii~l' ªréabeí dl! cl11.ér tlú.ha '1~\ll~do'~.?lr'ê~~o::na mesma
frase). Temos

~::~~ªiC
;li~ 1
dá i!Plx,rt~nci,t; 'ap~de c1e ·_pc)ü_ê: li', ·a ''11~<) ' .~c.i- 'd".~'t" d_-~~º . Ué _!lcus: ri1\Jscu\os
v 1liiitános. Não ouvimos uillltu ,si1hre os l'uftard ' ciue vi!ai.urtõs, 'bs p(magcns 'que vemos. 11.s
9
história.,; que o u y ü 1 ~ ~ ~~ i1~ov~ \li\'c,1s1·g~í\1~?,{l'~sh:~1~!i ~ 111tl1'.>.' ·~,1~1enos que
u traduzamos cstnnd1~u~or<ladu_s. . . , . .
1
: • , •

- Quc1ri oil u '(1ué Jecid~ d;~ pri,oridade <ln vi~lli~ ~-~!st~tc") s'obrc ·o S01io ·("S-stnte")7
Minha pergunlll pode rlílreeef um, 11111ü, i-i<ll~Úla,_m,aSiuci dcagcrã"f11 '_lnuddi1tl~ ·~u11 fomia e
din:ndo: quem o~ o 11u.c ,dccitk u eslnil9 ,dn mr.n\e d'c ~11n hÕ)11em qu_e ch_1~ctimo é k\:1lMlo por
1
· J-laiínn Segai, que nin'g~éul .rcConhe~~fin i1u: _uhl vihli ni~ ~ll, (:stá, ,_ ia :verJail~. :.e -~nnsturbnn<lo
em plihlico'/ E.~!c é um J)O n!o d~ .vista s11hc1cntemcn1c cl11w, não h:í dúvida. sobr~ sun
inanifest.a~·àu l'or que cnlão íltll111!1mos que uma pessoa cs1;i rcnlmcnle \111:anllo mi vmlmo o
.suiu ,de, l/111 ,CllllC~ll,; <l c lli:ilun s C ljllC CSIC p•mlo de Vl!'l111 é o u,1,t.:1 0 C é ~upcr10,r au <lc OllWI
1,çsfü1a. q1 1~ sahc_,'1uc o ·s,il1.~1:i c~1;\ de (alo .~e 111:1\ 11nba11d11 cm pi1hl 1c11'/ f Jc que vé rtice pode 11

21;~~'.~'.;í;/j\!f{=:~:~~:~;~~::,~: ;~:,:~~::~:':!:,::}:: :.: :~:~:~~::: :


lus!U11a sobrc o 11uc lí,.cmos Ju1mindo é ass im <lcsc nt:1 q u:Íhdo cS1mni1.~ bem a co1d/H.lo: ; ~
que !cv:1 .9 p::!cn 11a li~r:i H pcnqr que a c;rn~:1 Ja J1is1úria nmlada· p<.11 uma pessoa acordada

.~ffl}tifi;i~~l\i{t;\f~~JI\t fJ~t{~}ti.lt[;}t ~t 0~t~~Ii


\IY,~Jl\US \\lia\ldo d11rm_mdo il c\aho1a\·;iu (b v1g!\i,1'/ Ou 11aduz111J11,' de itCo rr.lo com a leoria
1
"/

"cµrnti yg"7 ç;,1111 cç,ilc1.1, ne nhuma claho1.ição que íni íc Íta para l!ailUzir o estado da mente
<la pc;ssc,m.quc a~ ha wid C'u éonccriO',Uc' Brnhms p;1r_a \•iolm11 'riü_n\ ·C~tad_o de mcnlc <la pessoa
4uc uc)ia, que o _ f
mdl;_,i,91(;; ~r:i.. queslfü/ f~I~ mas_l1!rbm1<lo cm pú,f)l!~o,1XJderá s~r consiJcra<la
comp cura; n,o final a maiona <los votos parecer ia estar a favor do pomo de v1sta 1dc que ta!
~~~~~~L~;~sta v,n ,,9ctcrio(:;<la. soírcu uma <l cs vc nl ura ,, comv ,csu!ta<ló ~-~. ~~iª .. cx~iência

._ tti~rj/:1r;f(,';~;~~~:::i C_ l~: ;~~C:~,~~/~~;lj~~~l:1~ ~]:1~~1:S~ll VC~Jl:\:;1;:~:,~i;'j:~:c•;C~


SC O
cons1dcra<l9, c,ql))_o tendo urn \a lor qiic é 1gualmcntc 'váffdo. i~(o cstir. in:plí,Cíto' quando Frcu<l.
1

,.," ~ .:~:~'~!~r~:~~i.:i~:~~:E:~,~::~:~•~;:::;~:!,: ~,I~,:.~~:h,f;:::i~~~'~f~~~~


.,_JY- J as facuJdad es m,crita1 s'", se de LC:rn apenas 111c1ade <lestas íacul<ladc's'I t) uãu 'desag1 adâvcl é
.• , cncontramws um.i larva numa m:tçà 1'Nrio é ·rnu t1 c'Sag1adlivc l qum\Uô cncti ritraim is mel.ade da
, larva na 11.i açfi. Assim , y , S ~líl~r chs 'fi,cu l~adcs ' stili ' dominió C um a
c!CS1:Hll.~.!!!!.!,l.~ Hbador.1 ESfo é,.(;'11,Ja das (azões por _q uc,_í1a '" u111a 'l:li visão de o pi niões

tlt~:il'.~~:~~~::f: : ~~:~:~:~: ~i: =: ~i:!:1'.:::~:~~::~:~~::::


da ,menle qu~isque! que seiam. e111ao,qual deles escolheremos para ln1e1pretação'I A ação verbal?
Es1e é ,u111 Problern.a diár io: na rlOssa cultyra alÚal não ,é cónEllÓ pÉ!nsar-sà e;n da r uma resposta
exagerada; islo quer d,zer. o ~pandono 1med1ato ela sepaiação enlré 1mpL!So e ação 1ransformando o
,m pu lso dirot.a,mcnte em açã~. sem nenhuma clemÓra. Consid~ra-~ cornó sêr1do 'fgi,a lmen le incorreto
prolongar o pensamento a té o p,:mlo no qual a ação cs1é tão atrasada que n/\o se r<ocessa , ou o
pensamen to se 1orna um su\Jst,tulo para a ação Ouaí\C.lo a ação ê v,i tua lmenle instantânea. é provável
- -prec1pi!ar- urna resposla--dire1e ao- tmpulso--eXBgeradn. é oçlm sem nenhuma ontorvençlio do
Notas

1 MILTON - O /'aruíso Perdido, Uvro J-11


Tanto l'!lclhor que tu, Luz celestial
~;~~i~~n1'.f~~ci1his(:i~~~~~é! ãaJeres dela

b~g~;:!1:rn~i::v6i: aei JiÍ1~~r:~~l contar

2 , DONNE - OSeg1111do Amver.tário de Casamento


l'uroc e!oqflcnlcsanguedc)n
Famuem suasfaccsc 1ãorn tidamcn lcclaborado
Q ue alguém Jxxleria quase di7,cr. o corpo <leia pensou

~;1t~t1;~~(;m~i
homens
~l!~~: ~-ú~~~-~t:ir;~~ J-19cu"cestá~t.~!corpo
mulheres e meu mleresse
e não o não
;,~tfr'~sim
1
n(?
~~Ií~ e na
alma <1ue sofre as dores do nascimento. O ponto mms alto da minha
arte é o_poder de p1ovar cm cada teste se o_rcsultado do pcns~mcnto
de um Jovem é um íalsn fantasma ou instmto com vida e ve rdade.
E111 rctm1to, cu sou 1ão parecido com a par!ciia que n:'io posso ~oz mho
f:u.c1 nascer a sabedoria. e a reprovação comum é tão verd,ulc1rn que.
embora cu ques1ionc ~s outro~, n11o posso soúnho trnzc r nnda à luz
porque não h.1 sabcdona cm mun.
4. Sl-lAK.ESPEARE - Mac/Jeth
Não podes lu minis11ar ;1 uma mente enferma.
5. YEATS - Salomão e a Feiticeira
. Ainda que o amor tenha um olho de aranha
Para descobrir alguma dor a1: rupri11Ja
Para sempre, embora toda p:miiio passe nu1n rcl111 1ce - l'or
lodos nervos e 1cs1a o aman1e Com cruelda des de Escolha
e Sorte: E quando po_r fim aquele crime lÍl'cr terminado
Talvez a cama d.i n01va traga desespero. Pa_ra cacfa urna
das figuras 1mag111adas llaga E encontre !á a mrngcm real

~;~:~• ;u~;~i~~~:\~j~ ~t,\~1~~ };\~{lí~/~


1
.o;..-í.b10, 4uase uhi algebrista, aos serv11;os de um sonhador
refinado
7. MAX PLANCK - Uma _A 11toluograjia Cw.wifica Uma nova
verdade cientifica não tnunfa convenccndu seus uponcnles
t~,°!' u:~!\1~~-: grr;~~i.Jtf!u:'.~7:i':r;.~~~
com aquela no va verdade, cresce com ela

:o~~
8. MJLTON - L)'mlas
fo11G°Musa Siciliana, ...
Tradução de _ülga U. Knijnik
Revisão téc mca ps1canalit1ca de C11rlos T. Knijnik
O Revista de Psicauálisc-SPPA

Você também pode gostar