Você está na página 1de 13

DIDÁCTICA GERAL

TEMA 1: A CIENCIA DIDACTICA E O SEU OBJECTO DE ESTUDO

TEMPO: 04C E 03EI


Objectivos específicos

 Compreender o significado de didáctica e seu objecto de estudo


 Explicar as categorias didácticas
 Fundamentar a inter-relação didáctica entre as categorias didácticas
 Relacionar a didáctica com as ciências da educação

1.1.SENTIDO DA CIÊNCIA DIDÁCTICA

A palavra didáctica vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se
pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A didáctica é a parte da pedagogia que
se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as
directrizes da teoria pedagógica. A didáctica estuda os diferentes processos de ensino e
aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é
reconhecido como o pai da didáctica moderna, um dos maiores educadores do século
XVII.

O significado ou essência da didáctica é a arte de ensinar: o procedimento pelo qual o


mundo da experiência e da cultura é transmitido (?) pelo educador ao educando, nas
escolas ou obras especializadas, portanto a didáctica se ocupa do conjunto de teorias
relativas à mediação da aprendizagem, no quadro do fenómeno sociocultural da
enculturação, base da vitalidade da humanidade. Assim, os principais elementos da
acção didáctica são: o professor, o aluno, a disciplina (matéria ou conteúdo), o
contexto da aprendizagem e as estratégias metodológicas.
Triângulo didáctico

CONTEÚDOS

PROFESSOR
ALUNO

Sociedade

Objectivos
de ensino
Métodos e meios de
ensino
Actividades
do professor

Actividades Condições concretas


do aluno

Resultados
do ensino
1.1.1. Professor

Este é o elemento central na formação de professores ou magistério, trata-se da pessoa


que ensina e educa, portanto para além de transmitir conhecimentos científicos, cuida da
formação da personalidade do aluno. Contudo, pode-se ensinar sem educar, tentativas
de separação entre o ensino e a educação ensaiadas nos países do leste, não tiveram
resultados muito vistosos e o exemplo de Macarengo não foi continuado. Assim, para
realizar com zelo e simultâneas as duas tarefas, há um conjunto de requisitos que o
professor deve reunir:

 Vocação: inclinação especial a alguma coisa, jeito ou mestria de fazer bem,


resulta de uma motivação intrínseca e extrínseca, mas sobretudo cultiva-se. Ela
associa-se a aquele egocentrismo profissional dos indivíduos que os leva a
considerar a sua profissão como a mais bela e difícil e a dos outros de fácil e
irrelevante [veja-se o deontologia do professorado].
 Segundo a associação norte americana do professor, este não deve ter grandes
ambições materiais, pois a sua profissão é a menos remunerada, excepto no
Japão e na Alemanha [tese consoladora],
 Ser didacta: Não basta conhecer as matérias, mas saber articular a linguagem e
as actividades para ser compreendido. Para a didáctica tradicional (teórica) se
houve ensino houve também aprendizagem, mas na prática não é assim,
constitui uma falácia sem cabimento o argumento de que eles não sabem mas eu
ensinei. O processo educativo é um processo de comunicação, e só há
comunicação quando há feedback e para que a comunicação seja eficaz o
professor deve:
 Saber escutar o aluno e transmitir saberes que vão ao encontro das suas
necessidades, não se trata de decidir por ele, mas leva-lo a reflectir e
posicionar-se em função das suas vivências, como dizia Dom Bosco “se
não atingirmos o coração da criança não conseguiremos educá-la”.
Portanto os gritos, o tratamento rude, abusos verbais, ameaças e castigos
físicos, devem ser evitados e, por outro lado deve-se moderar nos
gracejos e ignorar erros triviais;
 Ser justo: elogiar os bons feitos, evitar apenas reprimir o erro. O
professor ensina, o educador educa, o mestre é o modelo de vida, o que
ensina é mensagem.
 Ter amor ao próximo: o professor deve gostar da humanidade, isto é, ter
inclinação e simpatia pelo ser humano.
 O professor deve ser alegre (conservar o sorriso): A seriedade não é oposta da
alegria, esta facilita a comunicação com os alunos pois se sentem atraídos e
ficam contaminados pela alegria do professor. Ora, a alegria é uma característica
de quem se sente em paz consigo próprio e, é resultado do dever cumprido pelo
professor que não sente remorso de ter despachado ou enganado os alunos. Não
se fazem amigos de cara fechada e o professor precisa de ser amigo e confidente
dos seus alunos, principalmente quando adolescentes.

EM SUMA: Ser professor é sobretudo saber escutar, saber transmitir, saber


ensinar/aprender, saber despertar interesse nos alunos pela matéria, saber dosear a
matéria em função no nível etário e cognitivo, ter um método de trabalho claro, de tal
maneira que todos, ou pelo menos, a maioria entenda. Assim, dizer que os alunos não
aprendem [são burros] ou que não querem ou não cooperam com o professor, não é
próprio de professores conscientes, pois para saber se ele ensina bem ou não também
recorre-se aos resultados do seu trabalho que são os conhecimentos que seus alunos
adquiriram.

1.1.2. Aluno

O aluno deve ser tratado em função dos seus interesses e expectativas que são
correspondentes ao seu nível de desenvolvimento cognitivo e meio social, portanto são
a base de um processo activo de aquisição de Ctos (Psicologia de desenvolvimento).

O aluno deve ser educado com espirito positivo, ser escutado, o uso pleno da bondade e
da razão. Ele por sua vez escuta atentamente, reflecte sobre a matéria, repete os factos
mais importantes, explica seu conteúdo, registando-os no caderno, comunica com os
colegas e com o professor e compara as várias experiências teóricas e práticas.

1.1.3. Matéria ou conteúdo de ensino

O conteúdo de leccionação é a secular experiência cultural da humanidade, teorizada


para responder às preocupações de uma certa sociedade, por isso, para ser motivante
deve reflectir quotidiano dos alunos. Por exemplo, os curricula de formação dos
professores devem ser úteis na escola, onde a matéria deve ajudar a compreender e
melhor intervir na natureza e sociedade, melhorando a qualidade de vida individual e
colectiva, através do aproveitamento da herança universal do conhecimento.

O elemento didáctico que define o conteúdo de ensino é o OBJECTIVO de ensino que,


através de um verbo de acção, expressa os conhecimentos, capacidades, habilidades,
atitudes e convicções projectados para a personalidade-base que o sistema educativo
pretende que os alunos exibam depois da realização de uma determinada etapa de
ensino, ou seja, os RESULTADOS nos domínios do saber intelectual ou cognitivo; do
saber fazer ou psicomotor e do saber ser/estar ou afectivo (ATT: Aprova é o meio de
verificação a curto e médio prazo e a longo prazo? São as atitudes perante cada
realidade ou problema novo).
1.1.4. Contexto da aprendizagem

É o meio natural, social, político, cultural e económico em que decorre a aprendizagem.


No sistema moçambicano o conselho da escola e o currículo local são algumas das
figuras que procuram contextualizar o processo educativo ao meio em que a escola se
insere.

Por outro lado, o contexto inclui as condições concretas em que decorre o PEA, como a
sala, os móveis, os meios didácticos, os materiais individuais dos alunos. Faz parte
também o nível de conhecimentos em que se encontram os alunos no momento da
transmissão do conteúdo novo (pressupostos de entrada... testes diagnósticos), as suas
experiências sobre o assunto, nível intelectual, grau de autoridade do professor
(autoritário ou deixa andar?), a disciplina consciente dos alunos, sua atitude perante a
aprendizagem, o nível de preparação psico-pedagógica (preparação profissional e
conhecimento do psiquismo etário de seus alunos) e científica do professor.

1.1.5. Estratégias metodológicas

São as técnicas e recursos que o professor usa para organizar as actividades de


transmissão e as actividades de aprendizagem dos alunos, desde a exposição até o
trabalho independente.

1.2. OBJECTO DE ESTUDO (DA PEDAGOGIA A D. GERA): Processo de


ensino-aprendizagem

Historicamente podem ser reconhecidas três fases na evolução da educação: na


primeira os pais únicos educadores dos seus filhos, na segunda as famílias
responsabilizam a educação dos adolescentes a anciãos de experiência comprovada
(ritos de iniciação), enquanto na Grécia antiga, famílias aristocratas contrataram
escravos (pedagogos) para educar seus filhos e na terceira um grupo de famílias se
juntava para contratar um filósofo ou um educador profissional, esta situação evoluiu
até a idade média quando a igreja católica criou as primeiras escolas com a função de
preparar as crianças para a vida.

Etimologicamente, escola significa descanso ou vagar, porque era uma actividade para
as horas vagas, era um passa-tempo que podia ocupar principalmente as pessoas que não
trabalhavam.
Com o desenvolvimento, os homens perceberam que não se devia ensinar qualquer
coisa a qualquer criança, que devia-se subordinar a pedagogia a outras ciências da
educação, deixando de ser arte de educar as crianças, para ser da educação, onde os
adultos também podem frequentar a escola nas horas de lazer.Tal como as outras
ciências, a pedagogia tinha de ter um objecto próprio, mas como etimologicamente é a
criança [pedagogo escravo que conduzia (ágo) os meninos (paídes) à escola], mas ela
não pode tratar dela em todos os aspectos, ela têm o seu campo específico que é o
estudo do fenómeno educativo em si ou seja a preparação do indivíduo para a vida.

1.3.RELAÇÃO ENTRE A DIDÁCTICA E OUTRAS CIÊNCIAS


pedagógicas (lugar da DG nas ciências pedagógicas)

A pedagogia estabelece relações com outras ciências da educação em três níveis,


segundo a finalidade que busca:

 O grupo das disciplinas filosóficas, que buscam os fins da educação: História,


Filosofia e Política educacional.
 O grupo das disciplinas científicas, que buscam os princípios da educação: a
Biologia educacional, Psicologia educacional, Sociologia educacional,
Estatística educacional e Educação comparada.
 O das disciplinas técnicas, que se preocupam com os meios de ensino: Higiene
escolar, Legislação escolar, administração escolar, Didáctica (Geral e
especifica), Orientação educacional e práticas do ensino ou Prática Pedagógica
(Geral e especifica -Estágio).

Assim, segundo Luís Alves, a Didáctica é a teoria ou disciplina pedagógica de carácter


prático e normativo que tem por objectivo específico a técnica do ensino, isto é, as
técnicas de orientar e incentivar eficazmente os alunos na sua aprendizagem.

A didáctica é também definida como o conjunto sistemático de princípios, de normas e


procedimentos específicos que todo o professor deve conhecer e saber aplicar para
orientar com segurança os seus alunos na aprendizagem das matérias. Ora, enquanto a
primeira definição distingue a didáctica das demais disciplinas da moderna pedagogia, a
segunda é descritiva e caracteriza o seu conteúdo específico.

Em suma a Didáctica é a direcção da aprendizagem dos alunos, portanto o foco está no


aluno, não se trata de ensinar o aluno mas fazer com que ele aprenda. O professor deve
se perguntar permanentemente se está motivando os alunos, se esta a ser percebido, se
esta a transmitir o que é importante ou a ajudar seus alunos a serem felizes em relação
às suas perspectivas de vida futura.
À partida o objecto da didáctica é a aprendizagem, mas no final de contas é o
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM onde actuam de forma dinâmica o aluno,
o professor, a matéria, o objectivo e os meios técnicos. No passado o mais importante
era a matéria e, em caso de maus resultados não se reviam os métodos de ensino, mas
sim a revisão dos programas, depois questionava-se o professor porque ele é quem
devia dar e mais tarde pensava-se no aluno [Nos países desenvolvidos o sistema de
promoção ou passagem dos alunos deixou de ser centralizado no ministério ou distrito
passando à inteira responsabilidade do professor o que demanda grande
responsabilidade deste].

1.4.RAMOS DA DIDACTICA GERAL:


 Didáctica geral, cujo campo compreende o estudo dos problemas que são gerais
no processo de ensino, como:
 Teoria geral do ensino,
 Sistemas de ensino
 A metodologia de ensino(conhecimento dos vários métodos, processos e
modos de ensino)
 O ciclo docente que inclui:
 A planificação do ensino: Planos do curso ou programa, da
unidade e da aula
 A direcção da aprendizagem: Motivação, apresentação da
matéria, fixação da aprendizagem…
 O controlo da aprendizagem: a sondagem, o manejo da turma e a
correcção da aprendizagem (os erros e conteúdos mal entendidos
podem ser identificados através dos testes e trabalhos).
 Técnicas para o desenvolvimento das actividades discentes
 Tipos de ensino especial (Pré-primária, adultos, deficientes/surdos,
cegos, mudos e débeis mentais).
 Estudo do material didáctico, sua confecção e utilização para aumentar o
rendimento do ensino.
 Didáctica especial ou específica (Metodologia de cada disciplina)
 Aplicação dos princípios gerais do ensino, em cada disciplina
 Distribuição da matéria pelos anos lectivos do curso, em função das
idades e habilidades científicas anteriores
 Indicação da motivação mais adequada para cada matéria
 Direcção da aprendizagem, apresentação das melhores técnicas e
processos a seguir em cada caso, para obter maior eficiência do E-A
 Indicação dos exercícios para a fixação da aprendizagem
 Discussão dos problemas mais frequentes e busca de soluções a serem
adoptadas pelo professor .
1.5.PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

São orientações e regras para a planificação e realização do PEA. Sendo a didáctica


parte da teoria do ensino, as regularidades da transmissão e aquisição, portanto as
relações objectivas entre professor e aluno, as regularidades do acto de ensinar e
aprender

Rigidamente, princípios didácticos são regras ou normas que emanam de teorias gerais,
axiomas e exigências para as actividades e comportamento do professor, de modo a
planificar e dirigir o ensino com base nas regularidades e experiências positivas do
passado ou seja, os princípios didácticos apoiam o professor na realização dos
objectivos da educação e do ensino.

1.5.1. Características dos princípios didácticos


 Determinam a definição dos objectivos, a escolha do
conteúdo, a planificação e a utilização de métodos e das
técnicas de organização do PEA;
 Concretizam os princípios gerais da pedagogia e da
política educacional determinada, orientando o professor a
dirigir a sua acção de forma a concretizar tais princípios
gerais;
 São validos para todas as disciplinas e todos os níveis de
ensino;
 São gerais e obrigatórios para o professor
 Orientam o trabalho do professor numa etapa concreta do
processo histórico do desenvolvimento do ensino (P. ex:
na Democracia popular, na Democracia liberal, com a
globalização e glocalidade, etc.)
Nota: Eles constituem uma unidade inseparável, pois ao aplicar um, os outros exercem
sua influência e estão ordenados num sistema concretizando o princípio de unidade
entre a instrução e educação. Contudo, eles não sobressaem com o mesmo peso em
todas as tarefas, uma vez que uns podem actuar com maior intensidade que os outros,
mantendo o equilíbrio necessário.

1.5.2. Principais princípios


 Unidade da instrução científica com a educação. Realiza-se com êxito através
da ligação entre as teorias científicas com os pontos de vista e considerações
morais; usar o conteúdo programático para que os alunos alcancem os objectivos
da educação e da instrução; organizar, controlar, corrigir e avaliar o processo de
aprendizagem individual, recorrendo às vantagens do trabalho colectivo e aplicar
os conhecimentos da vida para a aquisição dos conhecimentos científicos
(ensino/teoria versos pratica/vida).
 Unidade do carácter científico do ensino e da compreensibilidade: Necessidade
de o professor informar os aspectos essenciais para que os alunos destaquem e a
terminologia científica não deve ser reduzida em busca da compreensão dos
alunos.
 Unidade entre teoria/prática e entre o concreto/abstracto: O professor deve
planificar a estrutura do conteúdo partindo das coisas conhecidas (próximas e
simples) para as desconhecidas (distantes e complexas).
 Carácter sistemático do ensino: Na formação da personalidade considerar todas
as qualidades em desenvolvimento, a lógica da transmissão da matéria consiste
em mostrar parte do todo, realizar um processo completo de aquisição e
planificar o aumento de novas exigências.
 A actividade do aluno deve ser dentro da colectividade: Sem descorar o ensino
individualizado.
 Papel dirigente do professor: O professor dirige o PEA, mas não tem o
monopólio do conhecimento.
 Contradição entre o aspecto individual de cada aluno e o colectivo: para criar
um nível aceitável na transmissão de informação, atender as dificuldades de uns
e a facilidade de outros.
 Inter-conexabilidade do ensino: Todo o fenómeno depende do outro, eles
interagem numa interconexão.
1.6.PRINCIPAIS CATEGORIAS DIDACTICAS E SEU SIGNIFICADO

São as orientações que o professor deve ter em consideração para a realização do


processo completo da aquisição de conhecimentos e outras qualidades da personalidade.
Representam fins pedagógicos em cada etapa do ensino, cada etapa de uma aula cumpre
uma finalidade dentro do processo de aquisição, esta finalidade designa-se função
didáctica dominante.

Esta função dominante realiza-se na base de outras funções, o que significa que na
introdução de conteúdo novo, por exemplo, como função dominante, o professor
controla simultânea e permanentemente a compreensão, verifica e consolida esse
conteúdo novo, realizando desta forma outras funções didácticas, mas em ligação com a
função didáctica dominante.

Para organizar um processo completo de aquisição, o professor deve realizar as


seguintes funções didácticas, que tem relações múltiplas entre si e se realizam de
diversas formas, sendo que o ordenamento abaixo não é de prioridade da realização,
poder-se começar com um controlo para a partir desses resultados conduzir os alunos à
aquisição de um conteúdo novo, ou começar pele introdução do conteúdo novo em
forma de apresentação de um problema, para cuja solução os alunos não tenham
conhecimentos:

a) Estimulação: visa criar motivos e interesses para a aprendizagem e


compreensão, o que inclui o conhecimento dos objectivos, a reactivação dos
conhecimentos já adquiridos.

Os resultados da aprendizagem dependem da maneira como os alunos são activados


para aprender, esta motivação não deve constituir preocupação apenas no inicio da aula
(motivação permanente). Para criar motivos, interesses, necessidades cognitivas,
disposição e atitude positiva à aprendizagem o professor deve:

 Estimular para uma determinada tarefa: o professor deve tomar em consideração


as condições necessárias, onde o mais importante é que os alunos conheçam os
objectivos da aprendizagem, isto e, que os conteúdos são úteis na sua vida
futura. EX : Perante o conhecimento de que se faz preces para a chuva, não é
necessário dizer que é mentira e entrar em choque com este saber oferecido pelo
ethos, mas colocar à sua disposição a explicação científica e contextualizar
aquele sei saber. Assim, deixar ao seu critério o julgamento e opções que
reflectem uma nova forma de percepção e mudança de atitude.
 Consolidação e reactivação no nível inicial: os conhecimentos e habilidades já
adquiridos são a base da resolução de tarefas novas e compreensão do conteúdo.
O nível inicial pode ser constituído pela matéria dada anteriormente (aula,
semana, classe ou disciplina). Pode-se recorrer ao controlo ou diagnostico oral
ou escrito, ou pela repetição ou recapitulação feita pelo professor no inicio ou no
fim da aula.
 Estimulação permanente: Ela reactiva o interesse da aprendizagem, através da
explicação dos objectivos, da lógica do conteúdo, marcando ou destacando os
pontos essenciais.
b) Transmissão do conteúdo novo: Visa tornar possível organizar a aquisição de
novos conhecimentos, novas operações mentais e novas actividades.
 Repetição e exercício: Permite fixar na memória os conhecimentos essenciais e
exercitar as operações mentais de modo a formar capacidades, habilidades e
hábitos.
 Sistematização: Consiste em integrar os conhecimentos num sistema para
compreender as relações entre eles e facilitar a fixação da aprendizagem.
 Aplicação: permite utilizar os conhecimentos já existentes para elaborar novos
conhecimentos e resolver problemas práticos.
 Controlo e avaliação: Permite provar a eficácia do processo de aquisição e dos
seus resultados, levando à comparação desses resultados com os objectivos
inicialmente previstos, valorizando deste modo esses resultados como forma
importante de estimulação.
1.7. TEMAS DE PESQUISA
1.7.1. Temas para trabalho individual: Dividir a turma em seis partes
 História da didáctica: Da antiguidade aos nossos dias (destacar a vida e obra dos
maiores teóricos de educação como Platão, Aristóteles, Coménius, São João
Baptista de la Sale, Pestalozzi, Herbart, Dom Bosco, etc.
 Deontologia para a educação: Princípios éticos e deontológicos na educação
(Monteiro, A. Dos R. educação e deontologia, Porto: editora Escolar, 2004, pp87-
109); deveres e direitos profissionais (pp111-147) e Direitos e deveres profissionais
do professor em Moçambique (Estatuto do professor).
 Métodos para lidar com adolescentes no processo educativo geral
 Fases do desenvolvimento cognitivo: Particularidades e desafios para a educação
 O currículo local como estratégia de contextualização do processo educativo
escolar: Caso do distrito de STR (2013-2016)
 O conselho de escola como estratégia de contextualização do processo educativo
escolar: caso da escola secundária de ABC (2015-2020)

1.7.2. Temas para seminários em grupos


a) A didáctica como teoria da educação e do ensino
 Conceito de didáctica
 Objecto da didáctica
 Componentes do processo didáctico
 A didáctica e as tarefas do professor
 Objectivos e elementos da didáctica
 A divisão da didáctica

Fontes: LIBÂNIO (pp51 a 71); NÉRICI (pp.24 a 28) e NÉRICI-2 (pp46 a 67)

b) O ciclo docente e o processo de ensino


 Conceito de ciclo docente
 Processo de E-A
 Modelos de E-A
 Características do processo de ensino
 Estrutura, componentes e dinâmica do processo de ensino
 Estrutura do trabalho docente e o carácter educativo do processo de ensino

Fontes: LIBÂNIO (pp77 a 110) e NÉRICI-2 (pp89 a 103)

c) A direcção da aprendizagem
 Direcção da aprendizagem e do ensino
 A aprendizagem propriamente dita
 O decurso do processo de aprendizagem
 Modos de aprender
 Tipos de aprendizagem
 Leis de aprendizagem
 Condições de aprendizagem
 Princípios de economia na aprendizagem
 Normas para uma aprendizagem eficaz
 A transferência da aprendizagem
 Recomendações da aprendizagem
 A aprendizagem segundo a fase evolutiva

Fontes: NÉRICI (pp141-164)

d) A planificação do processo de ensino aprendizagem


 A quem leccionar?
 Porque leccionar?
 O que leccionar?
 Como leccionar?
 Como verificar e avaliar?
 Conceito de avaliação
 Funções e tipos de avaliação
 Técnicas e instrumentos de avaliação
 Princípios de avaliação
 Níveis ou fases da planificação do PEA
 Programação do PEA ou plano do curso
 Plano de unidade temática
 Plano de aula: Significado de aula (ambiente de aprendizagem);
estrutura didáctica da aula (Fases e sua inter-relação dinâmica e
dialéctica)
 Esquema geral de planificação do ensino

Fontes: LIBÂNIO (pp233 a 243); NÉRICI (pp.138 a 161) e NÉRICI-2 (pp177 a 191)

e) Variantes metodológicas básicas na concretização do PEA


 Conceito de método e técnica de ensino
 Relação entre objectivos - conteúdos - método
 Classificação das variantes metodológicas: lado exterior e interior
 Princípios didácticos
 Classificação geral dos métodos de ensino
 Formas de organização/cooperação e técnicas de dinâmica de grupo
 Procedimentos de ensino - aprendizagem

Fontes: LIBÂNIO (pp149 a 173); NÉRICI (pp.265 a 277) e NÉRICI-2 (pp284 a 292)

f) Meios e recursos do PEA


 Significado de meios/recursos de ensino - aprendizagem
 Classificação dos meios
 Linguagem didáctica e material didáctico

Fontes: LIBÂNIO (pp91 a 139) e NÉRICI-2 (pp204 a 249)

OBSERVAÇÃO: volume de 15 a 20pp, entregar 30 dias antes do fim do semestre, no dia


08/10/2019.

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL

 LIBÂNIO, José Carlos (1992) Didáctica, São Paulo: Cortez


 NÉRICI, Emílio Giuseppe (1988), Didáctica: Uma introdução, 2ª Edição, São Paulo:
Atlas.
 NÉRICI, Emílio Giuseppe (1987), Didáctica geral dinâmica, 10ª Edição, São Paulo:
Atlas.
 Piletti, Claudino (2004). Didáctica Geral, 23ª edição. São Paulo: Ática.

Você também pode gostar