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6/11/2019

Universidade Federal do Pará


Instituto de Tecnologia

Estatística Aplicada I

Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes

Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria das Probabilidades

Universidade Federal do Pará


Instituto de Tecnologia

Capítulo IV

Modelos de Distribuições

Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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IV – Modelos de Distribuições

❑ Introdução
❑ Distribuições teóricas discretas
❑ Distribuições teóricas contínuas

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IV – Modelos de Distribuições

❑ Introdução
❑ Distribuições teóricas discretas
❑ Distribuições teóricas contínuas

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4.1 Introdução

✓ Existem variáveis aleatórias que têm uma função de


distribuição pertencente a uma classe de distribuições
teóricas.

✓ As distribuições teóricas, como o próprio nome indica,


foram submetidas a estudos prévios e têm propriedades
conhecidas; portanto, podem servir como modelo em
determinadas situações em que a distribuição esteja
identificada, poupando tempo na análise do problema
estudado.

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4.1 Introdução

✓ As distribuições teóricas que aqui serão estudadas são:

• Caso discreto
- Distribuição binomial
- Distribuição hipergeométrica
- Distribuição de Poisson

• Caso contínuo
- Distribuição uniforme
- Distribuição exponencial
- Distribuição normal
- Distribuição qui-quadrado
- Distribuição t de Student
- Distribuição F
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IV – Modelos de Distribuições

❑ Introdução
❑ Distribuições teóricas discretas
❑ Distribuições teóricas contínuas

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Prova de Bernoulli

• A prova de Bernoulli é uma experiência aleatória que serve de


base a várias distribuições teóricas (distribuição binomial,
distribuição binomial negativa e distribuição geométrica).

• Consideremos uma experiência aleatória na qual existem apenas


dois acontecimentos em que estamos interessados: o
acontecimento A que será designado por sucesso e o
acontecimento contrário, A, que será designado por falha. O
sucesso ocorre com probabilidade p, e o insucesso com
probabilidade q = 1− p .

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Prova de Bernoulli

• O espaço de resultados está assim particionado em


dois acontecimentos S = { A , A } em que:

A = sucesso P( A ) = p
A = falha P( A ) = q = 1 − p

• A uma experiência aleatória com estas características


dá-se o nome de prova de Bernoulli.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Prova de Bernoulli

• Principais características:
1
Média :  =  xi f ( xi ) = 0  q + 1  p = p
0

Variância :  2 = E ( x i −  ) 2  = E ( X 2 ) −  2 =
1
=  x i2 f ( x i ) −  2 = 0 2 q + 1 2 p − p 2 =
0

= p − p 2 = p( 1 − p ) = pq

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Prova de Bernoulli

• Sucessão de provas de Bernoulli: Defini-se como o


processo caracterizado por repetidas provas que têm lugar nas
seguintes condições:
1. Cada prova resultem em somente dois resultados possíveis,
designados como “sucesso” e “falha”.
2. A probabilidade de um sucesso em cada prova, designada por
p, permaneça constante. A probabilidade de falha designa-se
por q = 1− p.
3. As provas sejam independentes, isto é, os resultados obtidos
numa sequência de provas não influenciam os resultados da(s)
provas(s) subsequente(s).
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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial
• Trata-se de uma distribuição de probabilidade adequada aos
experimentos que apresentam apenas dois resultados: sucesso ou
falha.

• Este modelo fundamenta-se nas seguintes hipóteses:


- H1. n provas independentes e do mesmo tipo são realizadas;
- H2. cada prova admite apenas dois resultados – sucesso ou
falha;
- H3. a probabilidade de sucesso é p e de falha é 1 – p = q.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial
• Considerando-se uma sucessão de n provas de Bernoulli, a
variável aleatória que representa o número de sucessos obtidos
nessas n provas de Bernoulli tem distribuição binomial.

• A variável aleatória X, que é igual ao número de provas que


resultam em um sucesso, tem uma distribuição binomial com
parâmetros p e n em que 0 < p < 1 e n = {1, 2, 3, ..., n}.

• A função de probabilidade de X é

n
f ( x ) =   p x q n− x , x = 0 , 1 , 2 , ..., n
 x

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial
• É assim chamada (binomial), pois variando X (número de vezes
do sucesso) obtemos os termos correspondentes do
desenvolvimento do binômio (q + p)n. Com efeito,
n( n − 1 ) n − 2 2
( q + p )n = q n + nq n− 1 p + q p + ... + p n =
2!
n! n!
= q n p0 + q n− 1 p0 +
0! ( n − 0 )! 1! ( n − 1 )!
n! 0 n
+ ... + q p
n!0!
• Generalizando, tem-se: n! n
f( x)= q n− x p x =   p x q n− x
x! ( n − x )!  x
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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial

• Principais características:

- De acordo com as hipóteses, observa-se que X é a soma de n


variáveis do tipo “Bernoulli”, daí

Média : E ( X ) = n = np

Variância : Var ( X ) = n 2 = npq

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial

• Exemplo: Cada amostra de ar tem 10% de chance de conter


uma certa molécula rara. Considere que as amostras sejam
independentes em relação à presença da molécula rara. Encontre
a probabilidade de que, nas próximas 18 amostras, exatamente 2
contenham a molécula rara.

- Seja X = número de amostras de ar que contenham a molécula


rara nas próximas amostras analisadas (sucessos); então, X é a
variável aleatória binomial com p = 0,1 e n = 18. Assim,

n  18 
f ( x ) =   p x q n− x  P ( X = 2 ) =  ( 0 ,1 ) 2 ( 0 ,9 )16 = 0 ,284
 x 2
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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial

• Exemplo: Determine a probabilidade de que no mínimo 4


amostras contenham a molécula rara.

- Neste caso, a probabilidade requerida é

18
 18 
P ( X  4 ) =   ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 − x =
x=4  x 

3
 18 
= 1 −   ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 − x =
x =0  x 

= 1 − ( 0 ,150 + 0 ,300 + 0 ,284 + 0 ,168 ) =


= 0 ,098

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição binomial

• Exemplo: Determine a probabilidade de que o número de


amostras que contenham a molécula rara esteja entre 3 e 6.

- Neste caso, a probabilidade requerida é

6
 18 
P ( 3  X  6 ) =   ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 − x =
x=3  x 

= 0 ,168 + 0 ,070 + 0 ,022 + 0 ,005 =


= 0 ,265

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição hipergeométrica
• Suponhamos que temos um conjunto de N elementos e que M
destes elementos têm uma certa característica em que estamos
interessados (sucesso); logo os outros N-M elementos não têm
essa característica.
• Ao retirarmos n elementos do conjunto inicial de N elementos
(retirar de forma aleatória e sem reposição – probabilidade do
sucesso não constante) consideremos X a variável aleatória que
representa o número de elementos que são retirados e que têm a
característica em que estamos interessados.
• A variável aleatória definida nas condições anteriores tem
distribuição hipergeométrica com parâmetros N, M e n.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição hipergeométrica
• A probabilidade da variável aleatória assumir o valor x é dada
por:
M N − M
    
 x   n− x 
P ( X = x ) = b( x , N , M , n ) =
N
 
n 
com x = máx0 , n − ( N − M ), ..., minn , M 

• Demonstra-se que se a variável aleatória X tem distribuição


hipergeométrica com parâmetros N, M e n, então:
M M  N − M   N − n
E( X ) = n  Var( X ) = n    
N N  N   N −1
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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição hipergeométrica

• Exemplo: Na produção de 1000 parafusos em uma máquina A


foi observado que 100 apresentam algum tipo de defeito. Como
vão ser utilizados 10 parafusos de cada vez, determine a
probabilidade de todos serem perfeitos.

- Neste caso, N = 1000, M = 100 e n = 10, a probabilidade


requerida, portanto, será:

 100   1000 − 100  900  899  ...  891 


     1   
 0   10 − 0   1  2  ...  10 
P( X = 0 ) = = = 0 ,35
 1000 1000  999  ...  991
 
 10  1  2  ...  10

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson
• A distribuição de Poisson (que deve o seu nome ao físico francês
Simon Poisson) está associada a um grande conjunto de situações
práticas cujos alguns exemplos são os seguintes:

- Número de mensagens que chegam em um servidor no intervalo


de uma hora.
- Número de partículas defeituosas em um cm3 de volume de um
certo líquido.
- Número de defeitos em um metro de comprimento, de um fio
produzido por uma máquina têxtil.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson

• Todos os exemplos apresentados têm uma


característica comum: a variável aleatória em estudo
representa o número de ocorrências de um certo
evento ao longo de um intervalo (tempo,
comprimento, área ou volume).

• Os valores que a variável aleatória pode assumir são


valores inteiros não negativos: 0, 1, ..., n,... .

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson
• Outras características que identicam uma distribuição de Poisson
são:

- O número de ocorrências em intervalos não sobrepostos são


variáveis independentes.
- A probabilidade de um certo número de ocorrências se verificar
é a mesma para intervalos da mesma dimensão; isto é, a
probabilidade depende apenas da amplitude do intervalo e não
da posição em que se situa nesse intervalo.
- As ocorrências do fenômeno descrito verificam-se uma a uma e
nunca em grupos.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson
• Para encontrar a expressão que dá a probabilidade de x sucessos
num intervalo t, algumas hipóteses precisam ser admitidas:

H1. P(X = 1, ∆t) = λ ∆t (ou seja, a probabilidade de um sucesso


num intervalo ∆t é proporcional à amplitude do intervalo).
H2. P(X > 1, ∆t) = 0.
H3. P (X – 0, ∆t) = 1 – λ
H4. As ocorrências de sucessos em intervalos são independentes.

• Tem-se que ∆t = t/n, logo P(X = 1, ∆t) = λt/n.

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson
• Para encontrar a expressão que dá P(X,t), ou seja, a probabilidade
de X sucessos no intervalo t, pode-se calcular o limite de uma
distribuição binomial com parâmetros n e t/n. Assim:

n− x
 n   t   t 
x

P ( x , t ) = lim     1 −  =
x →
 x  n   n
(  t ) x − t
= P( x , t ) = e
x!

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson
• Se o número médio de ocorrências no intervalo em estudo for λ >
0, a variável aleatória X, que é igual ao número de ocorrências no
intervalo, terá uma distribuição de Poisson, com parâmetro λ,
sendo a função de distribuição de X dada por

(  t ) x − t
f( x)= e , x = 0 , 1 , 2 , ...
x!

• Características:
Média : E ( X ) = t
Variância : Var( X ) =  t

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson

• Exemplo: Mensagens chegam a um servidor de computadores


de acordo com a distribuição de Poisson, com uma taxa média de
10 por hora.

a) Qual a probabilidade de 3 mensagens chegarem em 1 hora?

b) Qual a probabilidade de 6 mensagens chegarem em 30


minutos?

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4.2 Distribuições Teóricas Discretas

✓ Distribuição de Poisson

• Exemplo:
a) Seja X a representação do número de mensagens em 1 hora.
Então E(X) = 10 mensagens e
E ( x ) = t = 10
(  t ) x − t ( 10  1 )3 − 101 ( 10 )3 − 10
f( x)= e  P( X = 3 ) = e = e = 0 ,0076
x! 3! 3!

b) Seja X a representação do número de mensagens em 30


minutos (0,5 hora). Então E(X) = 10.0,5 = 5 mensagens e
(  t ) x − t ( 10  0 ,5 )6 − 100 ,5 ( 5 )6 − 5
f( x)= e  P( X = 6 ) = e = e = 0 ,1462
x! 6! 6!

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IV – Modelos de Distribuições

❑ Introdução
❑ Distribuições teóricas discretas
❑ Distribuições teóricas contínuas

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição uniforme
• A distribuição uniforme é a mais simples distribuição contínua;
entretanto, é uma das mais importantes e utilizadas dentro da
teoria de probabilidade.
• Tem uma importante característica a qual a probabilidade de
acontecer um fenômeno de mesmo comprimento é a mesma.
• Consideremos uma variável aleatória contínua, cujos valores
podem ocorrer dentro dum intervalo limitado (aberto ou fechado)
[a,b]. Se quaisquer dois subintervalos de igual amplitude têm a
mesma probabilidade, então a variável aleatória tem distribuição
uniforme.

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição uniforme

• Diz-se que a variável aleatória contínua X tem


distribuição uniforme no intervalo [a,b] se a sua
função de densidade de probabilidade for dada por:

 1
 a xb
f ( x ) = b − a

0 para outros valores de x

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição uniforme
• Os parâmetros caracterizadores desta distribuição são a e b, que
satisfazem a condição −∞ < a < b < +∞.
• Sua função de distribuição cumulativa F(x) é dada por:
0 xa
x−a

F( x ) =  a xb
b− a
1 xb

• Características: Se a variável aleatória X tem distribuição


uniforme no intervalo [a,b] então:
a+b ( b − a )2
E( X ) = , Var( X ) =
2 12
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição uniforme
• Exemplo: A ocorrência de panes em qualquer ponto de uma rede
telefônica de 7 km foi modelada por uma distribuição uniforme no
intervalo [0,7] . Qual é a probabilidade de que uma pane venha a
ocorrer nos primeiros 800 metros? E qual a probabilidade de que
ocorra nos 3 km centrais da rede?
1 1 1
f( x)= = = , para 0  x  7
b−a 7 −0 7
0 ,8 0 ,8
1 x 0 ,8
b
( a ) P ( 0  x  0 ,8 ) =  7 dx = 7
0 0
=
7
= 0 ,1142
P ( a  x  b ) =  f ( x ) dx 5
5−2
5
1 x
( b ) P ( 2  x  5 ) =  dx =
a
= = 0 ,4285
2
7 7 2 7
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição uniforme
• Exemplo: Um ponto é escolhido ao acaso no segmento de reta
(0,2). Qual a probabilidade de que este ponto esteja entre 1 e 1,5?

- Seja X a representação da variável escolher um ponto de (0,2).


A função densidade de probabilidade de X é dada por:
1 1
f(x)= = = 0 ,5 , para 0  x  2
b−a 2−0
Então: b
P ( a  x  b ) =  f ( x ) dx 
a
1 ,5

P ( 1  x  1 ,5 ) =  0 ,5 dx = 0 ,25
1
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial
• A distribuição exponencial está intimamente ligada à distribuição de
Poisson.
• Se o número de ocorrências de um certo acontecimento segue uma
distribuição de Poisson, a “medida de espaço” entre duas
ocorrências consecutivas ou a “medida de espaço” até à primeira
ocorrência segue uma distribuição exponencial.
• A distribuição de probabilidade de um intervalo entre dois sucessos
consecutivos de uma lei de Poisson é a distribuição exponencial.
• A distribuição exponencial é também usualmente utilizada na
descrição do tempo de vida de aparelhos, de organismos etc. (lei de
falhas exponencial).
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial
• Sua função densidade de probabilidadea é dada por

f ( x ) = λ e − λx para x  0

onde λ é o parâmetro caracterizador da distribuição, sendo λ > 0.

• Características:
1
Média : E( X ) =

1
Variância : Var ( X ) =
2
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial
• O gráfico de f(x) é dado por:
f(x)
λ

0 x

• Função distribuição cumulativa:

F( x ) = 0 , para x  0
x

 λe
− λx
F( x ) = dx = 1 − e − λx , para x  0
0

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial
• Conhecida a função distribuição cumulativa de x, pode-se
facilmente determinar

 
P ( X  x 0 ) = 1 − F ( x 0 ) = 1 − 1 − e −  x 0 = e − x 0

f(x)
λ

e-λxo

0 xo x

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial

• Exemplo: Os defeitos de um tecido seguem a


distribuição de Poisson com média de um defeito a
cada 400 m de tecido. Qual a probabilidade de que o
intervalo entre dois defeitos consecutivos seja:

a) No mínimo de 1000 m;
b) Entre 800 e 1000 m.
Calcule a média e a variância.

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial

• Exemplo:
- Sabe-se que na distribuição de Poisson E(x) = λt,
então:
1 defeito 1 / 400 defeito 1
E ( x ) = t =  = = defeito / m
400 m 1m 400
1000

a ) P ( x  1000 ) = e − x = e 400
= 0 ,081 ou 8 ,1%

b ) P ( 800  x  1000 ) = P ( x  800 ) − P ( x  1000 ) =


800 1000
− −
=e 400
−e 400
= 0 ,0532 ou 5 ,32%
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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Exponencial

• Exemplo:
1 1
Média : E( X ) = = = 400 m
 1 400
1 1
Variância : Var( X ) = = = 160.000 m 2
2 (1 400)2

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• É a mais importante distribuição de probabilidade, sendo aplicada
em inúmeros fenômenos e utilizada para o desenvolvimento
teórico da estatística.
• A grande maioria das variáveis aleatórias contínuas que descrevem
processos físicos ou características humanas seguem uma
distribuição normal. Algumas vezes, as variáveis aleatórias não
seguem uma distribuição normal, mas aproximam-se muito desta.
Por outro lado, a distribuição normal desempenha um papel
crucial na inferência estatística.
• É também conhecida como distribuição de Gauss, Laplace ou
Laplace-Gauss

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• Seja X uma variável aleatória contínua, X terá uma distribuição
normal se
− ( x − μ )2
1
f(x)= e 2σ 2 , para −   x  
σ 2π

onde μ e σ são os parâmetros caracterizadores da distribuição.


• Se a variável aleatória X tem distribuição normal então:
E( X ) =  e Var( X ) =  2

• A notação N(μ,σ2) é frequentemente usada para denotar uma


distribuição normal, com média μ e variância σ2.
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

22
6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Quando se utiliza a distribuição normal na forma como se


apresenta, para o cálculo das probabilidades, surgem dois
problemas:

- A integração de f(x) fica difícultada, pois para o cálculo é


necessário o desenvolvimento da função em série;
- A elaboração de uma tabela de probabilidades única inexiste,
pois como f(x) depende de dois parâmetros, isto acarreta um
grande trabalho para tabelar essas propriedades considerando-se
as várias combinações de μ e σ2.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Esses problemas podem ser contornados por meio de uma


mudança de variável, obtendo-se, assim, a distribuição normal
padronizada ou reduzida.

• Distribuição normal padrão:


- Seja Z uma variável aleatória tal que:

Xi − 
Zi =

em que X é uma variável normal de média μ e variância σ2.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

23
6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• Distribuição normal padrão:
- A média e a variância de Z serão:
X − 1
 = E ( X −  ) = E ( X ) − E (  ) =  −   = 0
1 1
E( Z ) = E
     
X − 2
 = 2 Var ( X −  ) = 2 Var ( X ) = 2 = 1
1 1
Var ( Z ) = Var 
     

- Logo, a função densidade de probabilidade será:


− z2
1
( z ) = e 2
, − z 
2
- Como a média de Z é 0 e a variância 1, as probabilidades podem
ser facilmente calculadas e tabeladas.
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

1. f(x) é simétrica em relação à média x = μ, ou φ(z) é simétrica em


relação a z = 0.

f(x)
φ(z)

μ
0

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

2. f(x) possui um máximo para x = μ, ou φ(z) possui um máximo


para z = 0.

φ(z) 0,39

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

3. f(x) tende a zero quando x tende para ± ∞, o mesmo acontecendo


com φ(z) quando z tende para ± ∞; isto é, x ou z são assíntotas de
f(x) ou φ(z).

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

4. f(x) tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem μ + σ


e μ – σ, da mesma forma φ(z) tem dois pontos de inflexão cujas
abscissas valem +1 e –1.

μ-σ μ+σ -1 0 1
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

5. Em ambas as funções 99,99% dos valores da variável pertencem


ao intervalo [μ - 4σ, μ + 4σ].

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

6. Na figura (a) estão representadas duas distribuições que têm o


mesmo valor médio (μ1 = μ2), mas diferentes desvios padrões (σ1
< σ2). Na figura (b) estão representadas duas distribuições que
têm o mesmo desvio padrão, mas médias diferentes.
(a) 1 (b)

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

6. Alguns resultados úteis relativos à distribuição normal, são


sumarizados na figura abaixo. Para qualquer variável aleatória
normal,

P (  −   X   +  ) = 0 ,6827
P (  − 2  X   + 2 ) = 0 ,9545
P (  − 3  X   + 3 ) = 0 ,9975

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

- Pelo fato de 0,9975 da probabilidade de uma distribuição normal


estar dentro do intervalo (μ - 3σ, μ + 3σ), 6σ é frequentemente
referida como a largura de uma distribuição normal.

- A integração numérica pode ser usada para mostrar que a área


sob a função densidade de probabilidade normal de – ∞ < x < ∞
é igual a 1.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


- Existem vários tipos de tabelas que oferecem as áreas
(probabilidades) sob a curva normal padrão.
- Essa tabela fornece a área sob a curva normal padrão entre z = - ∞
até o valor de z considerado, ou seja, P(Z ≤ z).

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


- O uso da tabela para encontrar, por exemplo, P(Z ≤ 1,53) é
ilustrado na figura abaixo:

P(Z ≤ 1,53) = Φ (1,53) z 0.00 0,01 0,02 0,03 ... 0,09

= área sombreada 0 0,500000 0,503989 0,507978 0,511967 ... 0,535856

0,1 0,539828 0,503795 0,547758 0,551717 ... 0,575345


.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
1,5 0,933193 0,934478 0,935744 0,936992 ... 0,944083
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
1,53
3,9 0,999952 0,999954 0,999956 0,999958 ... 0,999967

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Definição: A função Φ(z) = P(Z ≤ z) é usada para denotar uma


probabilidade proveniente da tabela anterior. Ela é chamada de
função distribuição cumulativa de uma variável aleatória normal
padrão.

- Uma tabela é requerida porque a determinação da probabilidade


pelos métodos elementares é complexa.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Outros exemplos:

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Exemplos: Os seguintes cálculos são mostrados de forma


diagramática na figura a seguir.

1 ) P ( Z  1 ,26 ) = 1 − P ( Z  1 ,26 ) = 1 − 0 ,89616 = 0 ,10364

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

2 ) P ( Z  −0 ,86 ) = 0 ,19490

3 ) P ( Z  −1 ,37 ) = P ( Z  1 ,37 ) = 0 ,91465

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

4 ) P ( −1 ,25  Z  0 ,37 ) = P ( Z  0 ,37 ) − P ( Z  −1 ,25 ) =


= 0 ,64431− 0 ,10565 =
= 0 ,53886

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


5 ) P ( Z  −4 ,6 )  P ( Z  −3 ,99 )
P ( Z  −3 ,99 ) = 0 ,00003
P ( Z  −4 ,6 )  0 ,0003
P ( Z  −4 ,6 )  0

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

6 ) P ( Z  z ) = 0 ,05  P ( Z  z ) = 0 ,95
Da tabela : P ( Z  0 ,95 )  z = 1 ,65 ( valor mais próximo ).

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


7 ) P ( − z  Z  z ) = 0 ,99
Por simetria, a área em cada extremidade da distribuição
é igual a ( 1 − 0 ,99 ) / 2 = 0 ,005. O valor de z corresponde a
probabilidade de 0 ,995 na tabela. A probabilidade mais
próxima desse valor na tabela é 0 ,99506, quando z  2 ,58.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária

- Todas as distribuições normais estão relacionadas algebricamente


e a tabela da distribuição normal padrão pode ser usada para
encontrar as probabilidades associadas com uma variável aleatória
normal arbitrária usando a transformação

Xi − 
Zi =

onde X é a variável aleatória normal de média μ e variância σ2.

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária
- Exemplo: Suponha que as medidas de corrente em um
segmento de fio elétrico sigam a distribuição normal,
com uma média de 10 miliamperes e uma variância de
4 miliamperes2 (desvio padrão de 2 miliamperes). Qual
a probabilidade de a medida exceder 13 miliamperes?

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária

- Seja X a representação da corrente em miliamperes. A


probabilidade requerida pode ser representada por P(X > 13).
Usando a transformação de variável tem-se:
X − 10 13 − 10
Z= = = 1 ,5
2 2
Logo,
P ( X  13 ) = P ( Z  1 ,5 ) = 1 − P ( Z  1 ,5 ) =
1 − 0 ,93319 = 0 ,06681

11/06/2019 08:03 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Trata-se de um modelo de distribuição contínua muito importante


para a teoria da inferência estatística.

• Seja X1, X2, ..., Xn, como uma amostra aleatória de uma
distribuição normal, com média µ e variância σ2 desconhecidas. A
grandeza
( n − 1 )S 2
2 =
2

tem uma distribuição qui-quadrado, com n-1 graus de liberdade,


abreviada como  n−1 ou  .
2 2

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Entendendo a ideia de graus de liberdade (Retirado e


adaptado de parte do texto assinado por Rafael Guariento
no site UFRJ):
Imagine o seguinte:
• z + x + y = 10, se x é fixada, z e y são livres pra variar e
ainda assim se conseguiria obter um resultado 10, por
exemplo, x = 0, z pode ser 5 e y 5, z pode ser 8 e y 2, etc.
• Mas se z e x forem fixadas, agora y não é mais livre pra
variar e o resultado ser 10, perde-se graus de liberdade.
• A estimativa “10” acaba ficando muito dependente da
amostragem (tendo apenas 3 observações).
11/06/2019 08:46 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

• Se fossem 10 observações e se fixasse z e x, y e outras


poderiam ser livres pra variar, a dependência da
amostragem diminuiria.
• Por isso que quanto menos graus de liberdade se tem,
mais restritivo vai sendo pra se achar uma diferença
significativa.
• As estimativas vão ficando cada vez mais dependentes
umas das outras, o que faz com que o resultado possa
ser muito dependente da amostragem, e aí se penaliza
a inferência de alguma forma.

11/06/2019 08:54 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

• Grau de liberdade, em estatística, é determinado pelo


número de observações na amostra e o número de
parâmetros no modelo estudado.
• Aumentar o tamanho amostral fornece mais
informações sobre a população e, desta forma,
aumenta os graus de liberdade em seus dados.

11/06/2019 08:58 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

36
6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado
• Em geral, a função densidade de probabilidade de uma
variável qui-quadrado é dada abaixo, em que k é o
número de graus de liberdade e Γ(k/2) é a função gama:

1
f( x)=  ( k / 2 )− 1 e −  / 2 ,  ( m ) =  e − x x m −1dx
2 k/2
 (k / 2) 0

• Pode-se demonstrar que a média de uma distribuição


qui-quadrado é igual ao número de graus de liberdade,
e que a variância é igual ao dobro do número de graus
de liberdade: E 2  =  ( 2 ) = 
 
Var 2 =  2 ( 2 ) = 2
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• A forma da curva que descreve a função densidade varia conforme


o valor do grau de liberdade (valor do parâmetro φ):

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- A distribuição qui-quadrado está tabelada. A tabela fornece a
abscissa da distribuição para diversas áreas (probabilidades) da
cauda à direita. Assim:

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 01: Admita φ = 9 e α = 5%.
Entra-se na 1ª coluna com φ = 9, e na 1ª linha com α = 0,05; na
intersecção dessas obtém-se o número 16,9.

φ=9

α = 5%

16,9

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02: Considere uma distribuição qui-quadrado com
parâmetro 18. Encontre: (a) a média, a variância e o desvio
padrão; (b) a mediana; (c) o 1º quartil e (d) o 90º percentil.

a) A média, a variância e o desvio padrão:

 (  182 ) =  = 18
 2 (  182 ) = 2 = 36
 (  182 ) =  2 = 36 = 6

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

b) A mediana

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

c) O 1º quartil

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

d) O 90º percentil

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student
• Trata-se de um modelo de distribuição contínua que se assemelha
à distribuição normal padrão, N(0,1).

• É utilizada para inferências estatísticas, particularmente, quando se


tem amostras com tamanhos inferiores a 30 elementos (Fonseca &
Martins, 1996).

• Considere X1, X1, ..., Xn como uma amostra aleatória para uma
distribuição normal com média e variância desconhecidas. A
grandeza, X −
T=
S/ n
tem uma distribuição t, com n - 1 graus de liberdade.
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student

• A função densidade de probabilidade t é dada abaixo, sendo k o


número de graus de liberdade:
 [( k + 1 ) / 2 1
f( x)=  − x  
k  ( k / 2 ) [( x 2
/ k ) + 1 ] ( k +1 ) / 2

• Como visto, a distribuição t também possui um parâmetro


denominado grau de liberdade (k = φ = n - 1), e é simétrica em
relação à sua média.
• A média dessa distribuição é zero, e sua variância é dada por:

Var t   =  2 ( t  ) = (  2 )
−2
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student
• Gráfico da distribuição t de Student (para φ = 4):

• Observa-se que para valores de φ < 30 a distribuição t apresenta


maior dispersão do que a normal padrão N(0,1), já que o desvio
padrão, nesses casos, é maior do que 1, que é o desvio padrão da
distribuição normal padrão.
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student
• Exemplo:

- Para φ = 4 tem-se:
4
 ( t4 ) = = 1 ,41
4−2

- Para φ = 35 tem-se:
35
 ( t 35 ) = = 1 ,03
35 − 2

- Para φ = 60 tem-se:
60
 ( t 60 ) = = 1 ,02
60 − 2
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student

• Uso da tabela de distribuição t de Student


- Trata-se de uma tabela unicaudal. Assim:

1–α α

Encontra-se na tabela

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student

• Uso da tabela de distribuição t de Student


- Procedimento de uso da tabela:

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student

• Exemplo: Considere uma distribuição t com parâmetro igual a


18. Encontre: (a) a média, a variância e o desvio padrão; (b) a
mediana; (c) o 1º quartil e (d) o 95º percentil.

a) A média, a variância e o desvio padrão:

Média :  ( t 18 ) = 0
18
Variância :  2 ( t 18 ) = = 1 ,13
18 − 2
Desvio padrão :  ( t 18 ) = 1 ,13 = 1 ,06

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição t de Student

• Exemplo:
b) A mediana – Md(t18) :
Md =

c) O 1º quatil – Q1:

d) O 95º percentil – P95:


11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor
• Trata-se de um modelo de distribuição contínua também útil para
inferências estatísticas.
• A distribuição F é a razão entre duas variáveis aleatórias
independentes com distribuições qui-quadrado. Assim, uma
distribuição F com υ (pronuncia-se upsilon) graus de liberdade no
numerador e ν (pronuncia-se ni) graus de liberdade no
denominador é expressa por:
2
2 
F (  , ) = 2 = 2 
  

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor
• Sejam W e Y variáveis aleatórias independentes qui-quadrado,
com υ e ν graus de liberdade, respectivamente. Então a razão
W /
F=
Y /
tem a função densidade de probabilidade
/2
  +     (  / 2 )− 1
   x
 2   
f( x)= (  + )− 1
0 x
         
         x + 1
    2     

e é dita seguir a distribuição F com υ graus de liberdade no


numerador e ν graus de liberdade no denominador, geralmente
abreviada com Fυ,ν.
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor
• A função F possui dois parâmetros: o grau de liberdade do
numerador e o grau de liberdade do denominador, que são
denominados, comumente, por υ e ν ou φ1 e φ2 .
• A média, a variância e a moda dessa distribuição são dadas por:

2
Média : =
2 − 2
2 22 ( 1 +  2 − 2 )
Variância : 2 =
 1 ( 2 − 4 )( 2 − 2 )
2

  1 − 2   2 
Moda :   
  1   2 + 2 
11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor

• Formas de gráficos da distribuição F :

11/06/2019 07:14 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

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6/11/2019

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor

• Uso da tabela de distribuição F


- A tabela fornece as abscissas que deixam α na cauda à direita,
dados os parâmetros φ1 e φ2.

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4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

✓ Distribuição F de Snedecor

• Uso da tabela de distribuição F


- Para se encontrar o valor da abscissa F1-α(u,v) utiliza-se a
fórmula:
1
F1− ,u ,v =
F ,v ,u

- Exemplo: Admita uma


distribuição F com u = 9,
v = 5 e α = 5, determine as
abscissas.

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6/11/2019

IV – Modelos de Distribuições

FIM

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