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Produtor do espetáculo que for vender seus ingressos na

internet deverá fazer isso por meio de mais de uma empresa


e não poderá cobrar valor taxa extra por estar vendendo
online
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

É abusiva a venda de ingressos em meio virtual (internet) vinculada a uma única


intermediadora e mediante o pagamento de taxa de conveniência. STJ. 3ª Turma.
REsp 1737428-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/03/2019 (Info 644).

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Não é prática abusiva a conduta do hotel que estipule o


horário do check-in às 15h e do check-out às 12h
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

Não é abusiva a cobrança de uma diária completa de 24 horas em hotéis que


adotam a prática de check-in às 15:00h e de check-out às 12:00h do dia de término
da hospedagem. STJ. 3ª Turma. REsp 1717111-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 12/03/2019 (Info 644).

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Rescisão unilateral de plano de saúde coletivo só é válida


com motivação idônea
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É válida a cláusula contratual que permite a rescisão unilateral do contrato de plano


de saúde coletivo, no entanto, desde que a operadora apresente uma motivação
idônea (uma justificativa) para o rompimento do pacto. Não se pode admitir que a
rescisão unilateral do contrato de saúde venha a interromper tratamento de doenças
e impedir o pleno restabelecimento da saúde do beneficiário enfermo. STJ. 3ª
Turma. REsp 1762230/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/02/2019.

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Cirurgia plástica reparadora para retirar excesso de pele de


paciente que foi submetido à bariátrica deve ser paga pelo
plano de saúde
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ
Se houver indicação médica, o plano de saúde não pode se recusar a custear a
realização de cirurgia plástica para retirada de excesso de tecido epitelial decorrente
de rápido emagrecimento ocasionado por cirurgia bariátrica. O excesso de pele
pode causar dermatites, candidíase, assaduras e até mesmo infecções bacterianas.
Desse modo, a cirurgia plástica para corrigir essa situação não se constitui em
procedimento unicamente estético, servindo para prevenir ou curar enfermidades
(tem um caráter funcional e reparador). STJ. 3ª Turma. REsp 1757938/DF, Rel. Min.
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 05/02/2019.

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É cabível indenização por danos morais em caso de demora


excessiva para atendimento na fila do banco?
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

A mera invocação de legislação municipal que estabelece tempo máximo de espera


em fila de banco não é suficiente para ensejar o direito à indenização. Em outras
palavras, o simples fato de a pessoa ter esperado por atendimento bancário por
tempo superior ao previsto na legislação municipal não enseja indenização por
danos morais. Ex: a lei estipulava o máximo de 15 minutos e o consumidor foi
atendido em 25 minutos. No entanto, se a espera por atendimento na fila de banco
for excessiva ou associada a outros constrangimentos, pode ser reconhecida como
provocadora de sofrimento moral e ensejar condenação por dano moral. STJ. 3ª
Turma. REsp 1662808/MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/05/2017. STJ.
4ª Turma. REsp 1647452/RO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
26/02/2019. O descumprimento da lei municipal que estabelece parâmetros para a
adequada prestação do serviço de atendimento presencial em agências bancárias
é capaz de configurar dano moral de natureza coletiva. A violação aos deveres de
qualidade do atendimento presencial, exigindo do consumidor tempo muito superior
aos limites fixados pela legislação municipal pertinente, afronta valores essenciais
da sociedade, sendo conduta grave e intolerável, de forma que se mostra suficiente
para a configuração do dano moral coletivo. A instituição financeira optou por não
adequar seu serviço aos padrões de qualidade previstos em lei municipal e federal,
impondo à sociedade o desperdício de tempo útil e acarretando violação injusta e
intolerável ao interesse social de máximo aproveitamento dos recursos produtivos,
o que é suficiente para a configuração do dano moral coletivo. A condenação em
danos morais coletivos cumprirá sua função de sancionar o ofensor, inibir referida
prática ilícita e, ainda, de oferecer reparação indireta à sociedade, por meio da
repartição social dos lucros obtidos com a prática ilegal com a destinação do valor
da compensação ao fundo do art. 13 da Lei nº 7.347/85. STJ. 2ª Turma. REsp
1402475/SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 09/05/2017. STJ. 3ª Turma.
REsp 1737412/SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/02/2019 (Info 641).

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Concessionária de transporte ferroviário deve pagar


indenização à passageira que sofreu assédio sexual
praticado por outro usuário no interior do trem?
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral
Origem: STJ

Concessionária de transporte ferroviário deve pagar indenização à passageira que


sofreu assédio sexual praticado por outro usuário no interior do trem? O STJ está
dividido sobre o tema: • 3ª Turma do STJ: SIM: A concessionária de transporte
ferroviário pode responder por dano moral sofrido por passageira, vítima de assédio
sexual, praticado por outro usuário no interior do trem. STJ. 3ª Turma. REsp
1662551-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 628). • 4ª Turma
do STJ: NÃO. A concessionária de transporte ferroviário não responde por ato ilícito
cometido por terceiro e estranho ao contrato de transporte. STJ. 4ª Turma. REsp
1748295-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Marco Buzzi, julgado em
13/12/2018 (Info 642).

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O banco não pode cobrar do consumidor o valor gasto com


o registro do pré-gravame
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É abusiva a cláusula que prevê o ressarcimento pelo consumidor da despesa com


o registro do pré-gravame, em contratos celebrados a partir de 25/02/2011, data de
entrada em vigor da Resolução CMN 3.954/2011, sendo válida a cláusula pactuada
no período anterior a essa resolução, ressalvado o controle da onerosidade
excessiva. STJ. 2ª Seção. REsp 1639259-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 12/12/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

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Instituição financeira não pode exigir que o contratante faça


um seguro como condição para a assinatura do contrato
bancário
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ Julgado marcado como Lido

Nos contratos bancários em geral, o consumidor não pode ser compelido a contratar
seguro com a instituição financeira ou com seguradora por ela indicada. STJ. 2ª
Seção. REsp 1639259-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
12/12/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

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A inserção de cartões informativos no interior das


embalagens de cigarros não constitui prática de publicidade
abusiva apta a caracterizar dano moral coletivo
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas
Origem: STJ

A Lei nº 9.294/96 estabelece que as fabricantes de cigarro são obrigadas a inserir,


nas embalagens e nos maços do produto, uma imagem e uma mensagem
informando sobre os malefícios do tabaco para a saúde. O que algumas fabricantes
de cigarro começaram a fazer? Inseriram, dentro das embalagens, um “cartão”
móvel, de papel, do tamanho exato da embalagem.Um dos lados do cartão traz a
mensagem e a foto determinados pelo Ministério da Saúde. No entanto, é possível
virar o cartão e, neste outro lado, há o logotipo da empresa. Assim, o consumidor
pode retirar do plástico esse cartão e virar o seu lado, de forma que a mensagem e
a imagem de advertência ficarão cobertos. O STJ entendeu que a inserção de
cartões informativos no interior das embalagens de cigarros não constitui prática de
publicidade abusiva apta a caracterizar dano moral coletivo. O suposto dano moral
coletivo estaria alicerçado na possibilidade de o consumidor utilizar os cartões para
obstruir a advertência sobre os malefícios do cigarro. Assim, a responsabilidade civil
estaria sendo imputada a alguém que não praticou o ato, além do dano ser
presumido, uma vez que não se tem notícia que algum consumidor os teria utilizado
para encobrir as advertências. O fumante que se utiliza dos cartões inserts ou
onserts quer tampar a visão do aviso dos malefícios que ele sabe que o cigarro
causa à saúde. STJ. 3ª Turma. REsp 1703077-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel.
Acd. Min. Moura Ribeiro, julgado em 11/12/2018 (Info 642).

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A empresa que utiliza marca internacionalmente


reconhecida, ainda que não tenha sido a fabricante direta do
produto defeituoso, enquadra-se na categoria de fornecedor
aparente
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O conceito legal de “fornecedor” previsto no art. 3º do CDC abrange também a figura


do “fornecedor aparente”, que consiste naquele que, embora não tendo participado
diretamente do processo de fabricação, apresenta-se como tal por ostentar nome,
marca ou outro sinal de identificação em comum com o bem que foi fabricado por
um terceiro, assumindo a posição de real fabricante do produto perante o mercado
consumidor. O fornecedor aparente, em prol das vantagens da utilização de marca
internacionalmente reconhecida, não pode se eximir dos ônus daí decorrentes, em
atenção à teoria do risco da atividade adotada pelo CDC. Dessa forma, reconhece-
se a responsabilidade solidária do fornecedor aparente para arcar com os danos
causados pelos bens comercializados sob a mesma identificação (nome/marca), de
modo que resta configurada sua legitimidade passiva para a respectiva ação de
indenização em razão do fato ou vício do produto ou serviço. STJ. 4ª Turma. REsp
1580432-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 06/12/2018 (Info 642).

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Companhia aérea é civilmente responsável por não
promover condições dignas de acessibilidade de pessoa
cadeirante ao interior da aeronave
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A sociedade empresária atuante no ramo da aviação civil possui a obrigação de


providenciar a acessibilidade do cadeirante no processo de embarque quando
indisponível ponte de conexão ao terminal aeroportuário (“finger”). Se não houver
meio adequado (com segurança e dignidade) para o acesso do cadeirante ao interior
da aeronave, isso configura defeito na prestação do serviço, ensejando reparação
por danos morais. Assim, caso a pessoa com deficiência (“cadeirante”) tenha que
ser carregado pelos funcionários da companhia aérea para entrar no avião, este fato
configura defeito na prestação do serviço, gerando indenização por danos morais.
A companhia aérea não se exime do pagamento daindenização alegando que o
dever de fornecer o equipamento para a entrada da pessoa com deficiência na
aeronave seria da ANAC. Isso porque a companhia aérea integra a cadeia de
fornecimento, de forma que possui responsabilidade solidária em caso de fato do
serviço, nos termos do art. 14 do CDC. Ademais, tal alegação não se amolda à
excludente de responsabilidade por fato de terceiro (art. 14, § 3º, II, do CDC). STJ.
4ª Turma. REsp 1611915-RS, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 06/12/2018 (Info
642).

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É abusiva a previsão no contrato bancário de cobrança


genérica por serviços prestados por terceiros
Direito do Consumidor Práticas comerciais Cláusulas Abusivas

Origem: STJ

É abusiva a cláusula que prevê a cobrança de ressarcimento de serviços prestados


por terceiros, sem a especificação do serviço a ser efetivamente prestado. STJ. 2ª
Seção. REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

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O banco não pode cobrar do consumidor o valor gasto pela


instituição com a comissão do correspondente bancário
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É abusiva a cláusula que prevê o ressarcimento pelo consumidor da comissão do


correspondente bancário, em contratos celebrados a partir de 25/02/2011, data de
entrada em vigor da Resolução CMN 3.954/2011, sendo válida a cláusula no período
anterior a essa resolução, ressalvado o controle da onerosidade excessiva. STJ. 2ª
Seção. REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).
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Em regra, o banco pode cobrar tarifa de avaliação do bem


dado em garantia
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É válida a tarifa de avaliação do bem dado em garantia, bem como da cláusula que
prevê o ressarcimento de despesa com o registro do contrato, ressalvadas: • a
abusividade da cobrança por serviço não efetivamente prestado; e • a possibilidade
de controle da onerosidade excessiva, em cada caso concreto. Tarifa de avaliação
do bem dado em garantia: valor cobrado do banco para remunerar o especialista
que realiza a avaliação do preço de mercado do bem dado em garantia.
Ressarcimento de despesa com o registro do contrato: valor cobrado pela instituição
financeira como ressarcimento pelos custos que o banco terá para fazer o registro
do contrato no cartório ou no DETRAN. Ex: despesas para registrar a alienação
fiduciária de veículo no DETRAN. STJ. 2ª Seção. REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

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Em regra, o banco pode cobrar o ressarcimento de despesa


com o registro do contrato
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É válida a tarifa de avaliação do bem dado em garantia, bem como da cláusula que
prevê o ressarcimento de despesa com o registro do contrato, ressalvadas: • a
abusividade da cobrança por serviço não efetivamente prestado; e • a possibilidade
de controle da onerosidade excessiva, em cada caso concreto. Tarifa de avaliação
do bem dado em garantia: valor cobrado do banco para remunerar o especialista
que realiza a avaliação do preço de mercado do bem dado em garantia.
Ressarcimento de despesa com o registro do contrato: valor cobrado pela instituição
financeira como ressarcimento pelos custos que o banco terá para fazer o registro
do contrato no cartório ou no DETRAN. Ex: despesas para registrar a alienação
fiduciária de veículo no DETRAN. STJ. 2ª Seção. REsp 1578553-SP, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 639).

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É lícita a manutenção do banco de dados conhecido como


“cadastro de passagem” ou “cadastro de consultas
anteriores”, desde que subordinado às exigências previstas
no art. 43 do CDC
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema
Origem: STJ

O “cadastro de passagem” ou “cadastro de consultas anteriores” é um banco de


dados de consumo no qual os comerciantes registram consultas feitas a respeito do
histórico de crédito de consumidores que com eles tenham realizado tratativas ou
solicitado informações gerais sobre condições de financiamento ou crediário. É lícita
a manutenção do “cadastro de passagem”, ou seja, ele pode existir. No entanto,
assim como ocorre com todo e qualquer banco de dados ou cadastro de consumo,
o “cadastro de passagem” deve cumprir às exigências previstas no art. 43 do CDC.
Assim, somente poderão constar no “cadastro de passagem” informações dos
consumidores se essa inclusão tiver sido previamente comunicada ao respectivo
consumidor. A inserção de informações dos consumidores no “cadastro de
passagem” sem prévia comunicação é prática ilícita. Vale ressaltar, no entanto, que
a prática é que é ilícita, não o cadastro em si. STJ. 3ª Turma. REsp 1726270-BA,
Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em
27/11/2018 (Info 641).

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É legítima a recusa do plano de saúde em custear


medicação importada não nacionalizada, ou seja,
semregistro vigente na ANVISA
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

As operadoras de plano de saúde não estão obrigadas a fornecer medicamento não


registrado pela ANVISA. STJ. 2ª Seção. REsp 1.712.163-SP, Rel. Min. Moura
Ribeiro, julgado em 08/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 638).

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A Súmula 302 do STJ se aplica à segmentação hospitalar (e


não à ambulatorial)
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O art. 12, II, “a”, da Lei nº 9.656/98 proíbe que os planos de saúde limitem o tempo
para a internação hospitalar. No mesmo sentido, foi editada a súmula do STJ:
Súmula 302-STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no
tempo a internação hospitalar do segurado. Vale ressaltar, no entanto, que o
disposto no art. 12, II, “a” e na Súmula 302 do STJ referem-se, expressamente, à
segmentação hospitalar, e não à ambulatorial. Assim, não é abusiva a cláusula
inserta em contrato de plano de saúde individual que estabelece, para o tratamento
emergencial ou de urgência, no segmento atendimento ambulatorial, o limite de 12
horas. STJ. 3ª Turma. REsp 1764859-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 06/11/2018 (Info 637).

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O art. 31 da Lei 9.656/98 assegura que os aposentados
paguem os mesmos preços praticados aos funcionários em
atividade, acrescido dos reajustes legais
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O “pagamento integral” previsto no art. 31 da Lei nº 9.656/98 deve corresponder ao


valor da contribuição do ex-empregado, enquanto vigente seu contrato de trabalho,
e da parte antes subsidiada por sua ex-empregadora, pelos preços praticados aos
funcionários em atividade, acrescido dos reajustes legais. STJ. 3ª Turma. REsp
1713619-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/10/2018 (Info 637).

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Não é abusiva a cláusula de coparticipação para internação


superior a 30 dias decorrentes de transtornos psiquiátricos
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Não é abusiva a cláusula de coparticipação expressamente contratada e informada


ao consumidor para a hipótese de internação superior a 30 (trinta) dias decorrentes
de transtornos psiquiátricos. Não há abusividade porque o objetivo dessa cobrança
é manter o equilíbrio entre as prestações e contraprestações que envolvem a gestão
dos custos dos contratos de planos de saúde. STJ. 2ª Seção. EAREsp 793323-RJ,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/10/2018 (Info 635).

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Contrato de conta-corrente mantida entre corretora de


Bitcoin e instituição financeira: não se aplica o CDC
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Contrato de conta-corrente mantida entre corretora de Bitcoin e instituição


financeira: não se aplica o CDC A empresa corretora de Bitcoin que celebra contrato
de conta-corrente com o banco para o exercício de suas atividades não pode ser
considerada consumidora. Não se trata de uma relação de consumo. A empresa
desenvolve a atividade econômica de intermediação de compra e venda de Bitcoins.
Para realizar essa atividade econômica, utiliza o serviço de conta-bancária oferecido
pela instituição financeira. Desse modo, a utilização desse serviço bancário
(abertura de conta-corrente) tem o propósito de incrementar sua atividade produtiva
de intermediação, não se caracterizando, portanto, como relação jurídica de
consumo, mas sim de insumo. Em outras palavras, o serviço bancário de conta-
corrente é utilizado como implemento de sua atividade empresarial, não se
destinando, pois, ao seu consumo final. Logo, não se aplicam as normas protetivas
do Código de Defesa do Consumidor. STJ. 3ª Turma. REsp 1696214-SP, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 09/10/2018 (Info 636).

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Em se tratando de relação de consumo, todos da cadeia


produtiva são solidariamente responsáveis
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Há responsabilidade solidária de todos os integrantes da cadeia de fornecimento por


vício no produto adquirido pelo consumidor, aí incluindo-se o fornecedor direto (ex:
concessionária de veículos) e o fornecedor indireto (ex: o fabricante do automóvel).
Os integrantes da cadeia de consumo, em ação indenizatória consumerista, também
são responsáveis pelos danos gerados ao consumidor, não cabendo a alegação de
que o dano foi gerado por culpa exclusiva de um dos seus integrantes. STJ. 3ª
Turma. REsp 1684132/CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/10/2018. STJ.
4ª Turma. AgInt no AREsp 1183072/SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
02/10/2018.

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Termo inicial do prazo prescricional da pretensão de


restituição de comissão de corretagem
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

É abusiva a cláusula prevista em promessa de compra e venda que transfira para o


promitente-comprador a responsabilidade pelo pagamento da comissão de
corretagem? NÃO. Segundo decidiu o STJ, é válida a cláusula contratual que
transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem
nos contratos de promessa de compra e venda de unidade autônoma em regime de
incorporação imobiliária, desde que previamente informado o preço total da
aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da comissão de
corretagem (STJ. 2ª Seção. REsp 1.599.511-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 24/8/2016). Imagine, no entanto, que o adquirente não foi
informado previamente que ele teria a obrigação de pagar a comissão de
corretagem, ou seja, houve falha no dever de informar. Neste caso, ele poderá
ajuizar ação pedindo a restituição dos valores pagos. Qual é o prazo prescricional?3
anos (art. 206, § 3º, IV, do Código Civil). Qual é o termo inicial deste prazo
prescricional? A data do efetivo pagamento. E se o pagamento foi parcelado? Se o
pagamento da comissão de corretagem foi parcelado, o prazo prescricional é
contado da última parcela paga, ou seja, da data em que o adquirente terminou de
pagar (data do desembolso total). O termo inicial da prescrição da pretensão de
restituição dos valores pagos parceladamente a título de comissão de corretagem é
a data do efetivo pagamento (desembolso total). STJ. 3ª Turma. REsp 1724544-SP,
Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 02/10/2018 (Info 634).
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É constitucional lei municipal que proíbe a conferência de


mercadorias realizada na saída de estabelecimentos
comerciais após o cliente efetuar o pagamento no caixa
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STF

É constitucional lei municipal que proíbe a conferência de mercadorias realizada na


saída de estabelecimentos comerciais localizados na cidade. A Lei prevê que, após
o cliente efetuar o pagamento nas caixas registradoras da empresa instaladas, não
é possível nova conferência na saída. Os Municípios detêm competência para
legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, da CF/88), ainda que, de modo
reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor. STF. 2ª Turma. RE 1052719
AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/9/2018 (Info 917).

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A lanchonete tem o dever de indenizar o consumidor que


sofreu roubo armado na fila do drive-thru
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A lanchonete responde pela reparação de danos sofridos pelo consumidor que foi
vítima de crime ocorrido no drive-thru do estabelecimento comercial. A lanchonete,
ao disponibilizar o serviço de drive-thru em troca dos benefícios financeiros indiretos
decorrentes desse acréscimo de conforto aos consumidores, assumiu o dever
implícito de lealdade e segurança. A empresa, ao oferecer essa modalidade de
compra, aumentou os seus ganhos, mas, por outro lado, chamou para si o ônus de
fornecer a segurança legitimamente esperada em razão dessa nova atividade. STJ.
4ª Turma. REsp 1450434-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/09/2018
(Info 637).

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Há solidariedade entre as empresas integrantes de um


consórcio quanto às obrigações consumeristas, desde que
relacionadas com a atividade do consórcio
Direito do Consumidor Práticas comerciais Concessionárias de serviço público

Origem: STJ

Como regra geral, as sociedades consorciadas apenas se obrigam nas condições


previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem
presunção de solidariedade, de acordo com o disposto no art. 278, § 1º, da Lei nº
6.404/76. Essa regra, no entanto, não é absoluta. Há solidariedade entre as
sociedades consorciadas em relação às obrigações derivadas de relação de
consumo desde que essas obrigações guardem correlação com a esfera de
atividade do consórcio. Existe previsão nesse sentido no art. 28, § 3º do CDC, que
preconiza: “as sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas
obrigações decorrentes deste código.” STJ. 3ª Turma. REsp 1635637-RJ, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 18/09/2018 (Info 633).

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Qual é o termo inicial do prazo máximo de 5 anos que o


nome de devedor pode ficar inscrito em órgão de proteção
ao crédito?
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Os cadastros e bancos de dados não poderão conter informações negativas do


consumidor referentes a período superior a 5 anos (art. 43, § 1º do CDC). Passado
esse prazo, o próprio órgão de cadastro deve retirar a anotação negativa,
independentemente de como esteja a situação da dívida (não importa se ainda está
sendo cobrada em juízo ou se ainda não foi prescrita). Qual é o termo inicial deste
prazo de 5 anos? A partir de quando ele começa a ser contado: do dia em que
venceu a dívida ou da data em que o nome do consumidor foi inserido no cadastro?
O termo inicial do prazo máximo de cinco anos que o nome de devedor pode ficar
inscrito em órgão de proteção ao crédito é o dia seguinte à data de vencimento da
dívida. STJ. 3ª Turma. REsp 1630889-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
11/09/2018 (Info 633). STJ. 3ª Turma. REsp 1.316.117-SC, Rel. Min. João Otávio
de Noronha, Rel. para acórdão Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
26/4/2016 (Info 588).

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SPC/SERASA, quando forem inserir títulos que estão


protestados, deverão incluir a data de vencimento e
controlar os prazos máximos que poderão ficar nos bancos
de dados
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

As entidades mantenedoras de cadastros de proteção ao crédito não devem incluir


em sua base de dados informações coletadas dos cartórios de protestos sem a
informação do prazo de vencimento da dívida, sendo responsáveis pelo controle de
ambos os limites temporais estabelecidos no art. 43 da Lei nº 8.078/90. STJ. 3ª
Turma. REsp 1630889-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/09/2018 (Info
633).
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Plano de saúde não pode negar tratamento prescrito por


médico sob o fundamento de que sua utilização está fora
das indicações descritas na bula (uso off-label)
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A operadora de plano de saúde não pode negar o fornecimento de tratamento


prescrito pelo médico sob o pretexto de que a sua utilização em favor do paciente
está fora das indicações descritas na bula/manual registrado na ANVISA (uso off-
label). STJ. 3ª Turma. REsp 1721705-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
28/08/2018 (Info 632).

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Direito de o ex-empregado continuar beneficiário em plano


de saúde coletivo empresarial
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Nos planos de saúde coletivos custeados exclusivamente pelo empregador não há


direito de permanência do ex-empregado aposentado ou demitido sem justa causa
como beneficiário, salvo disposição contrária expressa prevista em contrato ou em
acordo/convenção coletiva de trabalho, não caracterizando contribuição o
pagamento apenas de coparticipação, tampouco se enquadrando como salário
indireto. STJ. 3ª Turma. REsp 1594346-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 9/8/2016 (Info 588). STJ. 2ª Seção. REsp 1680318-SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 22/08/2018 (recurso repetitivo) (Info 632).

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É válida a cláusula que autoriza o desconto em conta-


corrente para pagamento das prestações do contrato de
empréstimo, ainda que se trate de conta utilizada para
recebimento de salário
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É lícito o desconto em conta-corrente bancária comum, ainda que usada para


recebimento de salário, das prestações de contrato de empréstimo bancário
livremente pactuado, sem que o correntista, posteriormente, tenha revogado a
ordem. STJ. 2ª Seção. REsp 1555722-SP, Rel. Min. Lázaro Guimarães
(Desembargador Convocado do TRF 5ª Região), julgado em 22/08/2018 (Info 634).
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A inobservância do dever de informar e de obter o


consentimento informado do paciente viola o direito à
autodeterminação e caracteriza responsabilidade
extracontratual
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O médico deverá ser condenado a pagar indenização por danos morais ao paciente
que teve sequelas em virtude de complicações ocorridas durante a cirurgia caso ele
não tenha explicado ao paciente os riscos do procedimento. O dever de informar é
dever de conduta decorrente da boa-fé objetiva e sua simples inobservância
caracteriza inadimplemento contratual, fonte de responsabilidade civil per se. A
indenização, nesses casos, é devida pela privação sofrida pelo paciente em sua
autodeterminação, por lhe ter sido retirada a oportunidade de ponderar os riscos e
vantagens de determinado tratamento que, ao final, lhe causou danos que poderiam
não ter sido causados caso não fosse realizado o procedimento, por opção do
paciente. O dever de informação é a obrigação que possui o médico de esclarecer
o paciente sobre os riscos do tratamento, suas vantagens e desvantagens, as
possíveis técnicas a serem empregadas, bem como a revelação quanto aos
prognósticos e aos quadros clínico e cirúrgico, salvo quando tal informação possa
afetá-lo psicologicamente, ocasião em que a comunicação será feita a seu
representante legal. Para que seja cumprido o dever de informação, os
esclarecimentos deverão ser prestados de forma individualizada em relação ao caso
do paciente, não se mostrando suficiente a informação genérica (blanket consent).
O ônus da prova quanto ao cumprimento do dever de informar e obter o
consentimento informado do paciente é do médico ou do hospital, orientado pelo
princípio da colaboração processual, em que cada parte deve contribuir com os
elementos probatórios que mais facilmente lhe possam ser exigidos. STJ. 4ª Turma.
REsp 1540580-DF, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado do
TRF 5ª Região), Rel. Acd. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 02/08/2018 (Info
632).

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Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil


pública na defesa de consumidores que adquiriram imóvel
com cláusulas abusivas
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O Ministério Público possui legitimidade ativa para postular em juízo a defesa de


direitos transindividuais de consumidores que celebram contratos de compra e
venda de imóveis com cláusulas pretensamente abusivas. STJ. Corte Especial.
EREsp 1378938-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 20/06/2018 (Info
629). Vale a pena relembrar: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade
ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos
dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público.

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Validade do repasse da comissão de corretagem ao


consumidor pela incorporadora imobiliária mesmo no
Programa Minha Casa, Minha Vida
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

Ressalvada a denominada Faixa 1, em que não há intermediação imobiliária, é


válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a obrigação de
pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda do
Programa Minha Casa, Minha Vida, desde que previamente informado o preço total
da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da comissão de
corretagem. STJ. 2ª Seção. REsp 1.601.149-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13/06/2018
(recurso repetitivo) (Info 630).

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Alteração do transporte aéreo para terrestre e ocorrência de


roubo: dever de indenizar
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A alteração substancial e unilateral do contrato firmado de transporte aéreo para


terrestre impede a utilização da excludente de fortuito externo para eximir a empresa
de transporte aéreo da responsabilidade civil por danos causados por roubo ao
ônibus. STJ. 3ª Turma. REsp 1728068-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 05/06/2018 (Info 627).

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Concessionária de transporte ferroviário deve pagar


indenização à passageira que sofreu assédio sexual
praticado por outro usuário no interior do trem?
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Maria estava voltando para casa, por volta das 18h, em um trem da CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na cidade de São Paulo/SP. Ela
estava em pé dentro do vagão e, de repente, “foi importunada por um homem que
se postou atrás da mesma, esfregando-se na região de suas nádegas”, sendo que,
ao se queixar com o agressor, verificou que ele “estava com o órgão genital ereto”.
Vale ressaltar que, na parada seguinte, Maria informou o fato à equipe da CPTM,
que localizou e conduziu o agressor à delegacia. A vítima ficou muito abalada
emocionalmente com o episódio e ingressou com ação de indenização por danos
morais contra a CPTM, empresa concessionária do transporte ferroviário, alegando
que não foi oferecida a devida segurança a ela enquanto passageira. A questão
chegou até o STJ. A empresa concessionária tem o dever de indenizar neste caso?
O STJ está dividido sobre o tema: • 3ª Turma do STJ: SIM. • 4ª Turma do STJ: NÃO.
A concessionária de transporte ferroviário pode responder por dano moral sofrido
por passageira, vítima de assédio sexual, praticado por outro usuário no interior do
trem. STJ. 3ª Turma. REsp 1.662.551-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
15/05/2018 (Info 628). As empresas de transporte coletivo (ex: CPTM) não têm
responsabilidade diante de ato libidinoso cometido por terceiro contra passageira no
interior do veículo. Assim, a 4ª Turma do STJ negou indenização em favor de mulher
que foi molestada sexualmente dentro de um vagão da CPTM. STJ. 4ª Turma. REsp
1.748.295-SP, Rel. para acórdão Min. Marco Buzzi, julgado em 13/12/2018.

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Legitimidade do Município para defesa dos consumidores


Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ação civil pública em defesa de
direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias. Em relação ao
Ministério Público e aos entes políticos, que têm comofinalidades institucionais a
proteção de valores fundamentais, como a defesacoletiva dos consumidores, não
se exige pertinência temática e representatividadeadequada. STJ. 3ª Turma. REsp
1509586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 626).

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Atraso na entrega do imóvel e lucros cessantes


Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

O atraso na entrega do imóvel enseja pagamento de indenização por lucros


cessantes durante o período de mora do promitente vendedor, sendo presumido o
prejuízo do promitente comprador. Os lucros cessantes serão devidos ainda que
não fique demonstrado que o promitente comprador tinha finalidade negocial na
transação. STJ. 2ª Seção. EREsp 1341138-SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti,
julgado em 09/05/2018 (Info 626).

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O consumidor paga uma multa para a operadora do cartão
de crédito caso atrase as parcelas, não se podendo querer
aplicar essa mesma multa, com base no equilíbrio
contratual, para a empresa que vende os produtos pela
internet
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Em compras realizadas na internet, o fato de o consumidor ser penalizado com a


obrigação de arcar com multa moratória, prevista no contrato com a financeira,
quando atrasa o pagamento de suas faturas de cartão de crédito não autoriza a
imposição, por sentença coletiva, de cláusula penal ao fornecedor de bens móveis,
nos casos de atraso na entrega da mercadoria e na demora de restituição do valor
pago quando do exercício do direito do arrependimento. STJ. 4ª Turma. REsp
1412993-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Maria Isabel Gallotti,
julgado em 08/05/2018 (Info 628).

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Limitação do direito à indenização em viagens


internacionais
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

É possível a limitação, por legislação internacional especial, do direito do passageiro


à indenização por danos materiais decorrentes de extravio de bagagem. STJ. 3ª
Turma. REsp 673048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018
(Info 626). Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os
tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas
de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. STF. Plenário. RE
636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866).

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Responsabilidade do hospital pela atuação de médico


contratado que nele trabalha
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A responsabilidade dos hospitais, no que tange à atuação dos médicos contratados


que neles laboram, é subjetiva, dependendo da demonstração de culpa do
profissional, não se podendo, portanto, excluir a culpa do médico e responsabilizar
objetivamente o hospital. Assim, a responsabilidade do hospital somente se
configura quando comprovada a culpa do médico integrante de seu corpo
plantonista, conforme a teoria de responsabilidade subjetiva dos profissionais
liberais abrigada pelo CDC. Vale ressaltar que, comprovada a culpa do médico,
restará caracterizada a responsabilidade objetiva do hospital. STJ. 3ª Turma. REsp
1579954/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 08/05/2018.

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É possível o corte da energia elétrica por fraude no medidor,


desde que cumpridos alguns requisitos
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no


aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos
princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do
fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor,
pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90
(noventa) dias anterior à constatação da fraude, contanto que executado o corte em
até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a
concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive
antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação. STJ. 1ª Seção. REsp
1412433-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/04/2018 (recurso
repetitivo) (Info 634).

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Não se aplica o CDC ao contrato de plano de saúde


administrado por entidade de autogestão
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Súmula 608-STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de


plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. STJ. 2ª Seção.
Aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018.

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A injusta recusa de plano de saúde à cobertura securitária


enseja reparação por dano moral
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Em caso de recusa indevida de cobertura de tratamento de saúde, o plano deverá


ser condenado ao pagamento de indenização por danos morais considerando que
essa conduta agrava a situação física e psicológica do beneficiário. Assim, é pacífica
a jurisprudência do STJ no sentido de reconhecer a existência do dano moral nas
hipóteses de recusa injustificada pela operadora de plano de saúde, em autorizar
tratamento a que estivesse legal ou contratualmente obrigada, por configurar
comportamento abusivo. STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 1168502/CE, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/03/2018. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp
1207934/RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/03/2018.

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Supermercado não responde por roubo ocorrido em


estacionamento público localizado em frente à loja
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Não há responsabilidade civil da rede de supermercados por conta de roubo de


veículo de cliente, com emprego de arma de fogo, ocorrido em estacionamento
gratuito, localizado em área pública externa ao estabelecimento comercial. A
empresa não possui responsabilidade pelo furto de veículo ocorrido em
estacionamento público e externo ao seu estabelecimento comercial, tendo em vista
que a utilização do local não é restrita aos seus consumidores. A prática do crime
de roubo, com emprego inclusive de arma de fogo, de cliente de atacadista, ocorrido
em estacionamento gratuito, localizado em área pública em frente ao
estabelecimento comercial, constitui verdadeira hipótese de caso fortuito (ou motivo
de força maior) que afasta da empresa o dever de indenizar o prejuízo suportado
por seu cliente (art. 393 do Código Civil). Não se aplica ao caso a Súmula 130 do
STJ já que o roubo ocorreu em área pública, externa ao estabelecimento comercial.
STJ. 3ª Turma. REsp 1642397/DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
20/03/2018.

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Prazo prescricional para cobrar reembolso de seguro-saúde


é de três anos
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O prazo prescricional para as ações fundadas no inadimplemento contratual da


operadora que se nega a reembolsar o usuário de seguro-saúde ou de plano de
saúde por despesas realizadas em procedimento médico coberto é de 3 anos,
conforme a regra do art. 206, § 3º, IV, do Código Civil. STJ. 3ª Turma. REsp
1597230/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 20/03/2018.

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É abusiva a cláusula contratual que exclui da cobertura do


plano de saúde o custeio de prótese necessária ao pleno
restabelecimento da saúde do segurado, em procedimento
cirúrgico coberto pelo plano
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É abusiva a cláusula que exclua da cobertura órteses, próteses e materiais


diretamente ligados ao procedimento cirúrgico a que se submete o consumidor. STJ.
4ª Turma. AgInt no AREsp 1074241/MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado
em 27/06/2017. Vale ressaltar, no entanto, que não é abusiva a cláusula contratual
de plano de saúde coletivo que estabelece a cobrança de coparticipação do usuário
para órteses, próteses e materiais especiais indispensáveis a procedimento
cirúrgico: A operadora está obrigada ao fornecimento de próteses, órteses e seus
acessórios ligados ao ato cirúrgico (art. 10, VII, da Lei 9.656/98). Todavia, esta
obrigação de fornecimento não implica dizer que o respectivo pagamento seja
suportado exclusivamente pela operadora, pois é da própria essência da
coparticipação servir como fator moderador na utilização dos serviços de assistência
médica e hospitalar. A conduta da operadora, na hipótese dos autos, de cobrar 20%
dos materiais cirúrgicos tem respaldo no art. 16, VII, da LPS e não implica em
restrição exagerada ao consumidor. STJ. 3ª Turma. REsp 1671827/RS, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 13/03/2018.

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É abusiva a cláusula contratual que exclua da cobertura do


plano de saúde algum tipo de procedimento ou
medicamento necessário para assegurar o tratamento de
doenças previstas pelo referido plano
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo
de tratamento utilizado, sendo abusiva a negativa de cobertura do procedimento,
tratamento, medicamento ou material considerado essencial para sua realização de
acordo com o proposto pelo médico. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1181628/SP,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 06/03/2018. Vale ressaltar que, em caso
de recusa indevida à cobertura médica, cabe o pagamento de reparação a título de
dano moral, uma vez que agrava a situação de aflição psicológica e de angústia no
espírito do segurado, já combalido pela própria doença. STJ. 4ª Turma. AgInt no
REsp 1619259/GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 06/03/2018.

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Plano de saúde coletivo que mais se assemelha a um


contrato individual e impossibilidade de rescisão unilateral
imotivada
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Não é válida a rescisão unilateral imotivada de plano de saúde coletivo empresarial


por parte da operadora em face de microempresa com apenas dois beneficiários.
No caso concreto, havia um contrato coletivo atípico e que, portanto, merecia
receber tratamento como se fosse um contrato de plano de saúde individual. Isso
porque a pessoa jurídica contratante é uma microempresa e são apenas dois os
beneficiários do contrato, sendo eles hipossuficientes frente à operadora do plano
de saúde. No contrato de plano de saúde individual é vedada a rescisão unilateral,
salvo por fraude ou não-pagamento da mensalidade. STJ. 3ª Turma.REsp 1701600-
SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/03/2018 (Info 621).

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Se a construtora atrasar a entrega do imóvel, o adquirente


terá direito de ser indenizado por danos materiais e morais?
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

O atraso na entrega do imóvel gera direito à indenização? DANOS MORAIS: Em


regra, não são devidos. O mero descumprimento do prazo de entrega previsto no
contrato não acarreta, por si só, danos morais. Em situações excepcionais é possível
haver a condenação em danos morais, desde que devidamente comprovada a
ocorrência de uma significativa e anormal situação que repercuta na esfera de
dignidade do comprador. Ex1: atraso muito grande (2 anos); Ex2: teve que adiar o
casamento por conta do atraso. STJ. 3ª Turma. REsp 1654843/SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 27/02/2018. DANOS MATERIAIS: O atraso pode
acarretar a condenação da construtora/imobiliária ao pagamento de: a) dano
emergente (precisa ser provado pelo adquirente); b) lucros cessantes (são
presumidos; o adquirente não precisa provar). Os lucros cessantes devem ser
calculados como sendo o valor do aluguel do imóvel atrasado. Isso porque: • o
adquirente está morando em um imóvel alugado, enquanto aguarda o seu; ou • o
adquirente não está morando de aluguel mas comprou o novo imóvel para investir.
Está perdendo “dinheiro” porque poderia estar alugando para alguém. STJ. 3ª
Turma. REsp 1662322/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/10/2017.

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Cláusula contratual que prevê reajuste de mensalidade de


plano de saúde em decorrência de mudança de faixa etária
do segurado
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O reajuste de mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na


mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que (i) haja previsão
contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos
governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais desarrazoados
ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea, onerem
excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso. STJ. 2ª Seção. REsp
1568244/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/12/2016 (recurso
repetitivo). STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1191139/RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 27/02/2018.
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Aplicação do CDC aos empreendimentos habitacionais


promovidos pelas sociedades cooperativas
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Súmula 602-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos


empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. STJ. 2ª
Seção. Aprovada em 22/2/2018, DJe 26/2/2018.

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Prazo prescricional em caso de vício de qualidade e de


quantidade em imóvel adquirido por consumidor
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A ação de indenização por danos materiais proposta por consumidor contra


construtora em virtude de vícios de qualidade e de quantidade do imóvel adquirido
tem prazo prescricional de 10 anos, com fundamento no art. 205 do CC/2002. Não
se aplica o prazo decadencial do art. 26 do CDC. O art. 26 trata do prazo que o
consumidor possui para exigir uma das alternativas previstas no art. 20 do CDC.
Não se trata de prazo prescricional. Não se aplica o prazo do art. 27 do CDC porque
este se refere apenas a fato do produto. STJ. 3ª Turma. REsp 1534831-DF, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. Acd. Min. Nancy Andrighi, julgado em
20/02/2018 (Info 620).

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Bancorbrás responde por acidente de consumo ocorrido em


hotel conveniado
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A Bancorbrás é parte legítima para figurar no polo passivo de ação indenizatória de


dano moral decorrente de defeito do serviço prestado por hotel integrante de sua
rede conveniada. STJ. 4ª Turma. REsp 1378284-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 08/02/2018 (Info 620).

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A Lei 9.656/98 é constitucional, mas não pode ser aplicada


para contratos celebrados antes da sua vigência
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde
Origem: STF

A Lei nº 9.656/98, que disciplina os planos e seguros privados de assistência à


saúde, é constitucional. Este diploma, contudo, não pode ser aplicado para contratos
celebrados antes de sua vigência. Assim, são inconstitucionais os dispositivos da
Lei nº 9.656/98 que determinavam a sua aplicação para contratos celebrados antes
da sua edição. STF. Plenário.ADI 1931/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
7/2/2018 (Info 890).

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É possível a resilição unilateral do contrato de prestação de


plano de saúde de natureza coletiva
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Nos termos da jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, é possível a


rescisão unilateral do contrato coletivo de saúde, não incidindo a norma prevista no
artigo 13, II, b, parágrafo único, da Lei n° 9.656/98, a qual se aplica exclusivamente
aos contratos individuais ou familiares. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 638928/SP,
Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 07/12/2017.

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TV por assinatura e cobrança pelo ponto adicional


Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

É lícita a conduta da prestadora de serviço que em período anterior à Resolução da


ANATEL nº 528, de 17 de abril de 2009, efetuava cobranças pelo aluguel de
equipamento adicional e ponto extra de TV por assinatura. STJ. 4ª Turma.REsp
1.449.289-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Marco Buzzi, por
maioria, julgado em 14/11/2017 (Info 617).

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É abusiva a prática da companhia aérea que cancela


automaticamente o voo de volta em razão de “no show” na
ida
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

É abusiva a prática comercial consistente no cancelamento unilateral e automático


de um dos trechos da passagem aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro
se apresentado para embarque no voo antecedente. STJ. 4ª Turma. REsp 1595731-
RO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/11/2017 (Info 618).
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Legitimidade ativa de usuário de plano de saúde coletivo


para questionar a rescisão unilateral promovida pela
operadora
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O beneficiário de plano de saúde coletivo por adesão possui legitimidade ativa para
se insurgir contra rescisão contratual unilateral realizada pela operadora. STJ. 3ª
Turma.REsp 1705311-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 09/11/2017 (Info
615).

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Para ocorrer indenização por danos morais em função do


encontro de corpo estranho em alimento industrializado, é
necessária a sua ingestão?
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Para ocorrer a indenização por danos morais em função do encontro de corpo


estranho em alimento industrializado, é necessária a sua ingestão? A jurisprudência
é dividida sobre o tema: • Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para
o consumo em virtude da presença de corpo estranho, não se configura o dano
moral indenizável. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 489.030/SP, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/04/2015. • A aquisição de produto de
gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o consumidor
à risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão
de seu conteúdo, dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito
fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa
humana. O simples ato de “levar à boca” o alimento industrializado com corpo
estranho gera dano moral in re ipsa, independentemente de sua ingestão. Nesse
sentido: STJ. 3ª Turma. REsp 1.644.405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
09/11/2017 (Info 616); STJ. 3ª Turma. REsp 1744321/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 05/02/2019.

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Saque indevido em conta-corrente não configura, por si só,


dano moral
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ
O saque indevido de numerário em conta-corrente, reconhecido e devolvido pela
instituição financeira dias após a prática do ilícito, não configura, por si só, dano
moral in re ipsa. O saque indevido em conta corrente não configura, por si só, dano
moral, podendo, contudo, observadas as particularidades do caso, ficar
caracterizado o respectivo dano se demonstrada a ocorrência de violação
significativa a algum direito da personalidade do correntista. STJ. 3ª Turma. REsp
1573859-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 07/11/2017 (Info 615).
Sobre o tema, vale a pena recordar: O banco deve compensar os danos morais
sofridos por consumidor vítima de saque fraudulento que, mesmo diante de grave e
evidente falha na prestação do serviço bancário, teve que intentar ação contra a
instituição financeira com objetivo de recompor o seu patrimônio, após frustradas
tentativas de resolver extrajudicialmente a questão. STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp
395426-DF, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi,
julgado em 15/10/2015 (Info 574).

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É válida a cláusula exclui da cobertura do plano o


tratamento de inseminação artificial por meio de fertilização
in vitro
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Os planos de saúde não têm obrigação de custear tratamento de inseminação


artificial por meio da técnica de fertilização in vitro. A técnica de fertilização in vitro
consiste num procedimento artificial expressamente excluído do plano-referência
em assistência à saúde, nos termos do art. 10, III, da Lei nº 9.656/98. STJ. 3ª Turma.
REsp 1590221/DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 07/11/2017.

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Assalto à mão armada ocorrido no interior de


estacionamento pago: empresa tem responsabilidade civil
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A prática do crime de roubo no interior de estacionamento de veículos, pelo qual


seja direta ou indiretamente responsável a empresa exploradora de tal serviço, não
caracteriza caso fortuito ou motivo de força maior capaz de desonerá-la da
responsabilidade pelos danos suportados por seu cliente vitimado. Em outras
palavras, se houve roubo à mão armada ocorrido nas dependências de
estacionamento privado, cuja atividade-fim é a guarda e manutenção da integridade
do veículo, a empresa responsável pelo estacionamento terá responsabilidade civil,
não havendo que se falar em caso fortuito. STJ. 2ª Seção. AgInt nos EREsp
1118454/RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 25/10/2017.

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Indenização em caso de curso de ensino superior não
reconhecido
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Súmula 595-STJ: As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos


danos suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido
pelo Ministério da Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e
adequada informação. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 25/10/2017, DJe 06/11/2017.

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A reclamação obstativa da decadência, prevista no art. 26, §


2º, I, do CDC, pode ser feita documentalmente ou
verbalmente
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O CDC prevê que é causa obstativa da decadência a reclamação comprovadamente


formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a
resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca,
nos termos do art. 26, § 2º, I: Art. 26 (...)§ 2º Obstam a decadência:I - a reclamação
comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e
serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma
inequívoca; De que forma tem que ocorrer essa “reclamação”? Pode ser verbal?
SIM. A reclamação obstativa da decadência, prevista no art. 26, § 2º, I, do CDC,
pode ser feita documentalmente ou verbalmente. STJ. 3ª Turma.REsp 1442597-DF,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/10/2017 (Info 614).

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Prazo prescricional para ação de indenização em caso de


furto de joia empenhada
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A parte celebrou contrato de mútuo com a instituição financeira e deu uma joia em
penhor como garantia do débito. Ocorre que a joia foi furtada de dentro do banco.
Diante disso, o devedor (mutuário) terá que pleitear indenização pelos prejuízos
sofridos com o furto, sendo de 5 anos o prazo prescricional para essa ação de
ressarcimento. O furto das joias, objeto do penhor, constitui falha do serviço
prestado pela instituição financeira, devendo incidir o prazo prescricional de 5 anos
para a ação de indenização, conforme previsto no art. 27 do CDC. STJ. 4ª
Turma.REsp 1369579-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/10/2017
(Info 616).

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O banco não responde por danos decorrentes de operações
bancárias que, embora contestadas pelo correntista, foram
realizadas com o uso de cartão e senha
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A responsabilidade da instituição financeira deve ser afastada quando o evento


danoso decorre de transações que, embora contestadas, são realizadas com a
apresentação física do cartão original e mediante uso de senha pessoal do
correntista. O cartão magnético e a respectiva senha são de uso exclusivo do
correntista, que deve tomar as devidas cautelas para impedir que terceiros tenham
acesso a eles. Se ficou demonstrado na perícia que as transações contestadas
foram feitas com o cartão original e mediante uso de senha pessoal do correntista,
passa a ser do consumidor a incumbência de comprovar que a instituição financeira
agiu com negligência, imprudência ou imperícia ao efetivar a entrega de numerário
a terceiros. O cliente que permite que terceiro tenha acesso à senha do seu cartão
não pode atribuir ao banco a responsabilidade pelos saques indevidos. STJ. 3ª
Turma. REsp 1633785/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
24/10/2017.

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Não se aplica o CDC para as discussões envolvendo o


DPVAT
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

As normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor não se aplicam ao seguro


obrigatório (DPVAT). STJ. 3ª Turma. REsp 1635398-PR, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 17/10/2017 (Info 614).

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Para que haja compartilhamento de dados do consumidor,


é necessária a sua autorização expressa
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

É abusiva e ilegal cláusula prevista em contrato de prestação de serviços de cartão


de crédito que autoriza o banco contratante a compartilhar dados dos consumidores
com outras entidades financeiras ou mantenedoras de cadastros positivos e
negativos de consumidores, sem que seja dada opção de discordar daquele
compartilhamento. STJ. 4ª Turma.REsp 1348532-SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 10/10/2017 (Info 616).

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Carência de 24 horas para procedimentos de urgência e
emergência
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Súmula 597-STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de
urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas
contado da data da contratação. • Aprovada em 08/10/2017. • Importante.

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Custeio das sessões de psicoterapia além dos limites


previstos no contrato
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É abusiva a cláusula contratual ou o ato da operadora de plano de saúde que limite


ou interrompa o tratamento psicoterápico oferecido ao usuário sob o argumento de
que já se esgotou o número máximo de sessões anuais asseguradas no Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS. Depois que terminarem as sessões
obrigatórias que o plano tem o dever de custear integralmente, deverão continuar
sendo oferecidas as sessões necessárias para o tratamento, no entanto, a partir daí,
o custo delas será dividido, em regime de coparticipação, entre o plano de saúde e
o usuário. Ex: o médico solicitou para João 40 sessões de psicoterapia.Contudo, a
ANS prevê que os planos de saúde são obrigados a custear apenas 18; para o STJ,
isso significa que essas 18 o plano irá pagar sozinho e as 22 a mais deverão ser
custeadas, de forma dividida, entre o plano e o usuário (João). STJ. 3ª Turma. REsp
1679190-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 26/09/2017 (Info
612).

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Além de avisar que “contém glúten”, as embalagens dos


produtos deverão também alertar que o glúten é prejudicial
para celíacos
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O fornecedor de alimentos deve complementar a informação-conteúdo "contém


glúten" com a informação-advertência de que o glúten é prejudicial à saúde dos
consumidores com doença celíaca. STJ. Corte Especial. EREsp 1515895-MS, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 20/09/2017 (Info 612).

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Dever do comerciante de receber e enviar os aparelhos
viciados para a assistência técnica ou para o fabricante
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Se o produto que o consumidor comprou apresenta um vício, ele tem o direito de ter
esse vício sanado no prazo de 30 dias (art. 18, § 1º do CDC). Para tanto, o
consumidor pode escolher para quem levará o produto a fim de ser consertado: a)
para o comerciante; b) para a assistência técnica ou c) para o fabricante. Em outras
palavras, cabe ao consumidor a escolha para exercer seu direito de ter sanado o
vício do produto em 30 dias: levar o produto ao comerciante, à assistência técnica
ou diretamente ao fabricante. STJ. 3ª Turma.REsp 1634851-RJ, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 12/09/2017 (Info 619).

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Não é abusiva a cláusula que repasse os custos


administrativos assumidos pelo banco para cobrar o
consumidor inadimplente
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

Não há abusividade na cláusula contratual que estabeleça o repasse dos custos


administrativos da instituição financeira com as ligações telefônicas dirigidas ao
consumidor inadimplente. Ex: João resolveu tomar um empréstimo junto ao
banco.No contrato, há uma cláusula prevendo que se o contratante atrasar o
pagamento das parcelas do empréstimo e, em razão disso, a instituição financeira
tiver que fazer ligações telefônicas ao devedor para cobrar o débito, o consumidor
deverá pagar, além dos juros e da multa, os custos com as ligações telefônicas. Tal
cláusula, em princípio, é válida. STJ. 3ª Turma. REsp 1361699-MG, Rel. Min.
Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 12/9/2017 (Info 611).

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Validade da cláusula de tolerância


Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

No contrato de promessa de compra e venda de imóvel em construção (“imóvel na


planta”), além doperíodo previsto para o término do empreendimento, há,
comumente, uma cláusula prevendo a possibilidade de prorrogação excepcional do
prazo de entrega da unidade ou de conclusão da obra por um prazo que varia entre
90 e 180 dias. Isso é chamado de “cláusula de tolerância”. Não é abusiva a cláusula
de tolerância nos contratos de promessa de compra e venda de imóvel em
construção, desde que o prazo máximo de prorrogação seja de até 180 dias. STJ.
3ª Turma. REsp 1582318-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
12/9/2017 (Info 612).
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O limite de desconto do empréstimo consignado não se


aplica aos contratos de mútuo bancário em que o cliente
autoriza o débito das prestações em conta-corrente
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

A limitação de desconto ao empréstimo consignado, em percentual estabelecido


pelo art. 45 da Lei nº 8.112/90 e pelo art. 1º da Lei nº 10.820/2003, não se aplica
aos contratos de mútuo bancário em que o cliente autoriza o débito das prestações
em conta-corrente. Empréstimo consignado é diferente de débito das prestações do
empréstimo em conta-corrente autorizado pelo cliente. Na consignação em folha de
pagamento, antes mesmo de a pessoa receber sua remuneração, já há o desconto
da quantia, o que é efetuado pelo próprio empregador/órgão pagador. No segundo
caso, o devedor faz um empréstimo e autoriza que o credor desconte as parcelas
do valor que ele tiver na conta-corrente. Os arts. 45 da Lei nº 8.112/1990 e 1º da Lei
nº 10.820/2003 preveem que o limite de desconto das parcelas do empréstimo
consignado é de 30%. Tal limite, contudo, não vale para os contratos de mútuo
bancário em que o cliente autoriza o débito das prestações em conta-corrente. STJ.
4ª Turma.REsp 1586910-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 29/08/2017
(Info 612).

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Plano de saúde pode exigir dos médicos que indiquem a CID


nas requisições de exames
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Não é abusiva a exigência de indicação da CID (Classificação Internacional de


Doenças), como condição de deferimento, nas requisições de exames e serviços
oferecidos pelas prestadoras de plano de saúde, bem como para o pagamento de
honorários médicos. A exigência de menção da CID nas requisições de exames e
demais serviços de saúde decorre do fato de que as operadoras de planos de saúde
estão obrigadas a prestar apenas os serviços previstos no contrato.Logo, é
importante essa informação para que os pagamentos e as requisições de exames
não se voltem para tratamentos que ultrapassem as obrigações contratuais do plano
de saúde. STJ. 3ª Turma. REsp 1509055-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 22/8/2017 (Info 610).

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Aplicação do CDC aos contratos de promessa de compra e


venda mediante financiamento
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis
Origem: STJ

O Código de Defesa do Consumidor atinge os contratos de promessa de compra e


venda nos quais a incorporadora se obriga a construir unidades imobiliárias
mediante financiamento. STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp 1261198/GO, Rel. Min.
Moura Ribeiro, julgado em 17/08/2017.

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Lanchonete não tem o dever de indenizar consumidor vítima


de roubo ocorrido no estacionamento externo e gratuito do
estabelecimento
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

A Súmula 130 do STJ prevê o seguinte: a empresa responde, perante o cliente, pela
reparação de DANO ou FURTO de veículo ocorridos em seu estacionamento. Em
casos de roubo, o STJ tem admitido a interpretação extensiva da Súmula 130 do
STJ, para entender que há o dever do fornecedor de serviços de indenizar, mesmo
que o prejuízo tenha sido causado por roubo, se este foi praticado no
estacionamento de empresas destinadas à exploração econômica direta da referida
atividade (empresas de estacionamento pago) ou quando o estacionamento era de
um grande shopping center ou de uma rede de hipermercado. Por outro lado, não
se aplica a Súmula 130 do STJ em caso de roubo de cliente de lanchonete fast-food,
se o fato ocorreu no estacionamento externo e gratuito por ela oferecido. Nesta
situação, tem-se hipótese de caso fortuito (ou motivo de força maior), que afasta do
estabelecimento comercial proprietário da mencionada área o dever de indenizar.
Logo, a incidência do disposto na Súmula 130 do STJ não alcança as hipóteses de
crime de roubo a cliente de lanchonete praticado mediante grave ameaça e com
emprego de arma de fogo, ocorrido no estacionamento externo e gratuito oferecido
pelo estabelecimento comercial. STJ. 3ª Turma.REsp 1431606-SP, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
15/08/2017 (Info 613).

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Prescreve em um ano o prazo para ajuizamento de ação que


visa a discutir validade de cláusula contratual reguladora de
reajuste de prêmios mensais pagos a seguro de saúde, nos
termos do art. 206, § 1º, II, b, do Código Civil
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A pretensão do segurado de revisar as cláusulas do contrato e também a de reaver


valores pagos a maior prescrevem em um ano, por aplicação do art. 206, § 1º, “b”,
do Código Civil 2002. STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 745.841/RJ, Rel. Min. Moura
Ribeiro, julgado em 15/08/2017.
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É possível aferir a abusividade das cláusulas dos planos e


seguros privados de saúde celebrados antes da Lei nº
9.656/98, em virtude da natureza contratual de trato
sucessivo, não havendo que se falar em retroação do
referido diploma normativo
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A Lei nº 9.656/98 foi editada com o objetivo de disciplinar os planos e seguros


privados de assistência à saúde. Embora as regras da Lei nº 9.656/98 não retroajam
para atingir contratos celebrados antes de sua vigência, a eventual abusividade das
cláusulas pode ser aferida à luz do Código de Defesa do Consumidor. Isto porque o
contrato de seguro de saúde é obrigação de trato sucessivo, que se renova ao longo
do tempo e, portanto, se submete às normas supervenientes, especialmente às de
ordem pública, a exemplo do CDC, o que não significa ofensa ao ato jurídico perfeito.
STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 835326/SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em
27/06/2017.

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Transporte aéreo internacional e aplicabilidade das


Convenções de Varsóvia e de Montreal
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STF

Em caso de extravio de bagagem ocorrido em transporte internacional envolvendo


consumidor, aplica-se o CDC ou a indenização tarifada prevista nas Convenções de
Varsóvia e de Montreal? As Convenções internacionais. Nos termos do art. 178 da
Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Consumidor. Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte
internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da
reciprocidade. STF. Plenário. RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE
766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017 (repercussão geral)
(Info 866). O STJ passou a acompanhar o mesmo entendimento do STF: É possível
a limitação, por legislação internacional espacial, do direito do passageiro à
indenização por danos materiais decorrentes de extravio de bagagem. STJ. 3ª
Turma. REsp 673.048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018
(Info 626).

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Prazo prescricional em caso de acidente aéreo
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STF

Qual é o prazo prescricional da ação de responsabilidade civil no caso de acidente


aéreo em voo doméstico?5 anos, segundo entendimento do STJ, aplicando-se o
CDC. Qual é o prazo prescricional da ação de responsabilidade civil no caso de
acidente aéreo em voo internacional?2 anos, com base no art. 29 da Convenção de
Varsóvia. Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os
tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas
de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. STF. Plenário.RE
636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866).

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A instituição pode cobrar tarifa bancária pela liquidação


antecipada do saldo devedor?
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

• Contratos celebrados antes da Resolução CMN nº 3.516/2007 (antes de


10/12/2007): SIM. • Contratos firmados depois da Resolução CMN nº 3.516/2007
(de 10/12/2007 para frente): NÃO Assim, para as operações de crédito e
arrendamento mercantil contratadas antes de 10/12/2007, podem ser cobradas
tarifas pela liquidação antecipada no momento em que for efetivada a liquidação,
desde que a cobrança dessa tarifa esteja claramente identificada no extrato de
conferência. É permitida, desde que expressamente pactuada, a cobrança da tarifa
de liquidação antecipada de mútuos e contratos de arrendamento mercantil até a
data da entrada em vigor da Resolução nº 3.501/2007 (10/12/2007). STJ. 3ª Turma.
REsp 1370144-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/2/2017 (Info
597). STJ. 2ª Seção. REsp 1392449-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em
24/5/2017 (Info 605).

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Fabricante de veículo tem o dever de indenizar danos muito


graves decorrentes da abertura do air bag
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A comprovação de graves lesões decorrentes da abertura de air bag em acidente


automobilístico em baixíssima velocidade, que extrapolam as expectativas que
razoavelmente se espera do mecanismo de segurança, ainda que de periculosidade
inerente, configura a responsabilidade objetiva da montadora de veículos pela
reparação dos danos ao consumidor. STJ. 3ª Turma. REsp 1656614-SC, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 23/5/2017 (Info 605).
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A fonte utilizada nas ofertas publicitárias pode ser inferior


ao tamanho 12
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não
pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º NÃO se aplicapara ofertas
publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte
publicitário não precisam ter, no mínimo, tamanho 12. STJ. 3ª Turma. REsp
1602678-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 23/5/2017 (Info
605).

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Multa pela quebra do prazo mínimo de fidelidade não pode


ser fixa, devendo ser proporcional ao tempo que faltava para
terminar o contrato
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

As empresas de TV a cabo podem estipular um contrato de permanência mínima,


ou seja, uma cláusula de fidelização segundo a qual se o consumidor desistir do
serviço antes do término do prazo combinado (máximo de 12 meses) ele deverá
pagar uma multa. Isso é considerado válido pelo STJ. Vale ressaltar, no entanto,
que a cobrança da multa de fidelidade pela prestadora de serviço de TV a cabo deve
ser proporcional ao tempo faltante para o término da relação de fidelização, não
podendo ser um valor fixo. Ex: se o consumidor desistir no 1º mês, paga R$ 300,00,
no entanto, se rescindir somente no penúltimo mês, paga R$ 100,00. A Resolução
nº 632/2014 da ANATEL veio reforçar a ideia de que a multa pela quebra da
fidelização deve ser proporcional. No entanto, pode-se dizer que, mesmo antes da
Resolução, a jurisprudência já considerava abusiva a cobrança de uma multa fixa,
ou seja, que não levasse em consideração o tempo que faltava para terminar o
contrato. STJ. 4ª Turma.REsp 1362084-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 16/5/2017 (Info 608).

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Prazo prescricional em caso de repetição de indébito de


tarifas de água e esgoto
Direito do Consumidor Práticas comerciais Concessionárias de serviço público

Origem: STJ

Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto


sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil. O prazo prescricional
para as ações de repetição de indébito relativo às tarifas de serviços de água e
esgoto cobradas indevidamente é de: a) 20 (vinte) anos, na forma do art. 177 do
Código Civil de 1916; ou b) 10 (dez) anos, tal como previsto no art. 205 do Código
Civil de 2002, observando-se a regra de direito intertemporal, estabelecida no art.
2.028 do Código Civil de 2002. STJ. 1ª Seção. REsp 1532514-SP, Rel. Min. Og
Fernandes, Primeira Seção, julgado em 10/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 603).

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Prazo para ajuizamento da ação de indenização por conta


de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes: 3 anos
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

No que se refere ao prazo prescricional da ação de indenização por danos morais


decorrente da inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, promovida por
instituição financeira ou assemelhada, como no caso dos autos, por tratar-se de
responsabilidade extracontratual, incide o prazo de 3 (três) anos previsto no art. 206,
§ 3º, V, do CC/2002. Não se aplica o art. 27 do CDC, que prevê o prazo de 5 (cinco)
anos para ajuizamento da demanda, considerando que este dispositivo se restringe
às hipóteses de responsabilidade decorrente de fato do produto ou do serviço. STJ.
3ª Turma. AgRg no AREsp 586219/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
09/12/2014. STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 663730/RS, Rel. Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, julgado em 09/05/2017.

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O fornecimento de bem durável ao seu destinatário final põe


termo à eventual cadeia de seus fornecedores originais
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O fornecimento de bem durável ao seu destinatário final, por removê-lo do mercado


de consumo, põe termo à cadeia de seus fornecedores originais. A posterior revenda
desse mesmo bem por seu adquirente constitui nova relação jurídica obrigacional
com o eventual comprador. Assim, os eventuais prejuízos decorrentes dessa
segunda relação não podem ser cobrados do fornecedor original. Não se pode
estender ao integrante daquela primeira cadeia de fornecimento a responsabilidade
solidária de que trata o art. 18 do CDC por eventuais vícios que o adquirente da
segunda relação jurídica venha a detectar no produto. Ex: a empresa “Via Autos”
alienou um carro para João que, depois de dois anos utilizando o veículo, vendeu o
automóvel para Pedro. Em seguida, Pedro percebeu que o hodômetro do carro havia
sido adulterado para reduzir a quilometragem. Pedro não poderá exigir a
responsabilização da “Via Autos” pelo vício do produto. STJ. 3ª Turma. REsp
1517800-PE, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 2/5/2017 (Info 603).

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Para que haja a condenação em dano moral NÃO é
necessário que seja provado o prejuízo sofrido pelo
consumidor
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

A indenização por danos morais decorre da simples ausência de prévia notificação,


circunstância que se mostra suficiente à caracterização do dano moral. Não há
necessidade da prova do prejuízo sofrido. Trata-se de dano moral in re ipsa, no qual
o prejuízo é presumido. STJ. 3ª Turma. REsp 1369039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602).

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Valor da indenização por danos morais em caso de


inscrição indevida em cadastro de devedores
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

O STJ considerou que R$ 5 mil era um valor adequado para a condenação por
danos morais decorrente de inscrição indevida do consumidor em cadastro de
inadimplentes, o que fez com que lhe fosse negado um financiamento bancário. STJ.
3ª Turma. REsp 1369039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
4/4/2017 (Info 602).

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O valor do empréstimo que o consumidor não conseguiu


obter pelo fato de seu nome ter sido indevidamente
negativado não pode servir como parâmetro para a fixação
da indenização
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

O valor que seria objeto de mútuo, negado por força de inscrição indevida em
cadastro de inadimplentes, não pode ser ressarcido a título de dano emergente. Não
há perda material efetiva pelo fato de ter sido negado crédito ao consumidor. Dessa
forma, o ressarcimento por dano emergente, neste caso, seria destituído de suporte
fático, consistindo a condenação, nessas condições, em verdadeira hipótese de
enriquecimento ilícito. STJ. 3ª Turma. REsp 1.369.039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602).

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Produto de periculosidade inerente e ausência de
responsabilidade civil
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Para a responsabilização do fornecedor por acidente do produto não basta ficar


evidenciado que os danos foram causados pelo medicamento. O defeito do produto
deve apresentar-se, concretamente, como sendo o causador do dano
experimentado pelo consumidor. Em se tratando de produto de periculosidade
inerente (medicamento com contraindicações), cujos riscos são normais à sua
natureza e previsíveis, eventual dano por ele causado ao consumidor não enseja a
responsabilização do fornecedor. Isso porque, neste caso, não se pode dizer que o
produto é defeituoso. STJ. 3ª Turma. REsp 1599405-SP, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 4/4/2017 (Info 603).

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Indivíduo que contrata serviço de corretagem de valores e


títulos mobiliários é considerado consumidor
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que
visa a atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma
habitual e profissional, o serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários. Ex:
João contratou a empresa “Dinheiro S.A Corretora de Valores” para que esta
intermediasse operações financeiras no mercado de capitais. Em outras palavras,
João contratou essa corretora para investir seu dinheiro na Bolsa de Valores. A
relação entre João e a corretora é uma relação de consumo. STJ. 3ª Turma. REsp
1599535-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/3/2017 (Info 600).

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Se o consumidor beneficiário de contrato de participação


financeira cede seus direitos, a cessionária não será
considerada consumidora
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

A condição de consumidor do promitente-assinante não se transfere aos


cessionários do contrato de participação financeira. Ex: João firmou contrato de
participação financeira com a empresa de telefonia. João cedeu os direitos
creditícios decorrentes do contrato para uma empresa privada especializada em
comprar créditos, com deságio. A empresa cessionária, ao ajuizar demanda contra
a companhia telefônica pedindo os direitos decorrentes deste contrato, não poderá
invocar o CDC. As condições personalíssimas do cedente não se transmitem ao
cessionário. STJ. 3ª Turma. REsp 1608700-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 9/3/2017 (Info 600).
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Não se aplica o CDC para contrato de transporte de insumos


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor - CDC ao contrato de transporte


de mercadorias vinculado a contrato de compra e venda de insumos. STJ. 3ª Turma.
REsp 1442674-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/3/2017 (Info
600).

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Ex-empregado demitido sem justa causa tem direito de


permanecer vinculado ao plano de saúde em que se
encontrava antes da demissão com as mesmas condições
de valor
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É indevido cobrar reajuste de ex-empregado demitido sem justa causa que opta por
permanecer vinculado ao plano de saúde em que se encontrava antes da demissão,
na condição de beneficiário, pelo prazo que lhe assegura o art. 30, § 1º, da Lei nº
9.656/98, nas mesmas condições de cobertura assistencial e mediante o pagamento
integral das mensalidades, só lhe podendo ser atribuído algum aumento que
também tenha sido estipulado aos empregados em atividade. Em 2011, a ANS
editou a Resolução ANS 279/2011, prevendo que "a manutenção da condição de
beneficiário no mesmo plano privado de assistência à saúde em que se encontrava
quando da demissão ou exoneração sem justa causa ou aposentadoria observará
as mesmas condições de reajuste, preço, faixa etária e fator moderador existentes
durante a vigência do contrato de trabalho" (art. 16). Vale ressaltar, no entanto, que,
mesmo antes da Resolução ANS 279/2011, os empregados demitidos sem justa
causa já possuíam esse direito de permanecerem pagando o mesmo valor. Isso
porque esse direito decorre diretamente do art. 30 da Lei nº 9.656/98 (e não da
Resolução, que só veio confirmar essa conclusão). STJ. 3ª Turma. REsp 1539815-
DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 7/2/2017 (Info 599).

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Trabalhador aposentado que é contratado por empresa e


posteriormente demitido tem direito de manter o plano de
saúde, nos termos do art. 31 da Lei 9.656/98
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

Em 1999, João aposentou-se pelo INSS. Em 2000, voltou a trabalhar para uma
empresa e passou a usufruir do plano de saúde coletivo empresarial no qual a
empregadora pagava metade e ele a outra metade das mensalidades. Em 2009,
João foi demitido sem justa causa, mas continuou no plano, assumindo o pagamento
integral das mensalidades. Em 2015, João faleceu e Maria continuou no plano, não
mais na condição de dependente, mas sim na de beneficiária principal. Em 2017,
contudo, o plano enviou uma carta para Maria comunicando que havia cessado a
sua condição de segurada no plano de saúde coletivo. O argumento utilizado pelo
plano de saúde para cessar a condição de segurada de Maria foi o de que a sua
situação se enquadrava no art. 30 da Lei nº 9.656/98. Maria não concordou e afirmou
que, quando João faleceu, ele estava aposentado, de forma que deveria incidir a
regra do art. 31 da Lei nº 9.656/98. A manutenção de Maria no plano ocorreu com
base no art. 30 ou no art. 31 da Lei nº 9.656/98? Aplica-se o disposto no art. 31 da
Lei nº 9.656/98 ao aposentado – e ao grupo familiar inscrito, na hipótese de seu
falecimento – que é contratado por empresa e, posteriormente, demitido sem justa
causa. No caso concreto, Maria terá direito de continuar no plano por tempo
indeterminado (regra do caput do art. 31) ou por prazo determinado (regra do § 1º
do art. 31)? Por prazo determinado. A lei somente assegura ao aposentado a sua
manutenção como beneficiário, sem qualquer restrição temporal, quando houver
contribuído para os planos de assistência à saúde pelo prazo mínimo de 10 anos
(regra do caput do art. 31). A vigência do contrato de seguro saúde iniciou-se em
2000, quando João foi contratado pela empresa X. Em 2009 João foi demitido sem
justa causa e continuou como beneficiário do plano de saúde, assumindo o ônus
integral do pagamento das mensalidades, o que fez até a data de seu óbito, em
2015. Desta feita, tem-se que o tempo de filiação original ao plano foi de 9 anos
(2000 a 2009), mostrando-se, impossível, portanto, a aplicação do art. 31, caput, da
Lei, que exige tempo de contribuição mínimo de 10 anos. Maria alegou que, com a
morte de João, ela o teria sucedido no plano de saúde, devendo, portanto, somar o
tempo que João contribuiu (9 anos) com o tempo que ela também pagou o plano (2
anos, ou seja, de 2015 a 2017). Logo, somando esses dois períodos, haveria mais
que 10 anos de contribuição ao plano. Essa tese foi aceita pelo STJ? NÃO. O art.
31 da Lei expressamente exige que o APOSENTADO tenha contribuído por prazo
mínimo de 10 anos, não prevendo a possibilidade de haver a soma do período de
contribuição do aposentado com seus eventuais sucessores. João contribuiu por 9
anos para o plano coletivo de assistência à saúde. Logo, a manutenção do contrato
em favor de Maria deve se dar por 9 anos. O termo inicial para a contagem desses
9 anos de manutenção do contrato não pode ser considerado a data do óbito de
João (2015) mas sim a data em que ocorreu a cessação do vínculo empregatício
(2009), considerando que foi neste momento que nasceu o direito à manutenção do
titular, bem como de sua dependente no plano de saúde. STJ. 3ª Turma. REsp
1371271-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 2/2/2017 (Info 597).

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Logo depois de ter sido publicada a Lei 10.098/2000, as


empresas de transporte coletivo já tinham o dever de
adaptar seus veículos para pessoas com deficiência
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

A Lei nº 10.048/2000 determinou que os proprietários de veículos de transporte


coletivo teriam o prazo cento e oitenta dias, a contar da regulamentação da Lei, para
proceder às adaptações necessárias ao acesso facilitado das pessoas portadoras
de deficiência. A regulamentação da Lei nº 10.048/2000 só foi feita em 2004, com a
edição do Decreto nº 5.296/2004. As empresas alegavam, portanto, que o seu dever
de adaptar os ônibus só começou a ser contado após o Decreto nº 5.296/2004. O
STJ, contudo, não concordou. Isso porque a Lei nº 10.098/2000 trouxe nova regra
posterior estipulando o dever das empresas de adaptarem os ônibus sem
condicionar essa obrigação ao regulamento. Essa nova regra posterior é a Lei nº
10.098/2000, que previu o seguinte: "Art. 16. Os veículos de transporte coletivo
deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicas
específicas." Muito antes do Decreto nº 5.296/2004 existiam diversas normas
regulamentares sobre a acessibilidade dos transportes coletivos. Desse modo, logo
depois de ter sido publicada a Lei nº 10.098/2000, as empresas de transporte
coletivo já tinham o dever de adaptar seus veículos considerando que isso foi
previsto no art. 16 e, nesta época, existiam normas técnicas específicas que diziam
como deveria ser feita essa acessibilidade. Em suma, o STJ decidiu que: o dever de
adaptar os veículos de transporte coletivo para pessoas com deficiência foi
suficientemente disciplinado pela Lei nº 10.098/2000, de modo que, a partir da
edição da Lei nº 10.098/2000, as empresas de transporte já deveriam cumprir essa
determinação, sendo desnecessário esperar a regulamentação da Lei nº
10.048/2000 (o que só ocorreu com o Decreto nº 5.296/2004). STJ. 2ª Turma. REsp
1292875-PR, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/12/2016 (Info 599).

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Responsabilidade por notificação do consumidor no


endereço errado
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

O que acontece se o órgão mantenedor do cadastro restritivo (ex: SERASA) enviar


a notificação para um endereço errado, ou seja, um endereço que não seja o do
consumidor? Neste caso, o consumidor terá que ser indenizado, mas quem pagará
a indenização? O consumidor deverá propor a ação contra o credor (ex: loja onde
foi feita a compra) ou contra o órgão mantenedor do cadastro e que enviou a
notificação? Depende: • Se o credor informou o endereço certo para o órgão
mantenedor do cadastro e este foi quem errou: a responsabilidade será do órgão
mantenedor. • Se o credor comunicou o endereço errado do consumidor para o
órgão mantenedor do cadastro e este enviou exatamente para o local informado: a
responsabilidade será do credor. Veja, no entanto, uma situação diferente julgada
pelo STJ: É passível de gerar responsabilização civil a atuação do órgão
mantenedor de cadastro de proteção ao crédito que, a despeito da prévia
comunicação do consumidor solicitando que futuras notificações fossem remetidas
ao endereço por ele indicado, envia a notificação de inscrição para endereço
diverso. Neste caso concreto, o consumidor informou ao órgão mantenedor do
cadastro que seu endereço estava errado no banco de dados e pediu para ser
comunicado no endereço certo em futuras notificações. Apesar disso, o órgão
mandou novamente para o endereço errado. STJ. 3ª Turma. REsp 1620394-SP,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 15/12/2016 (Info 597).
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Validade da cobrança de tarifa bancária a partir do quinto


saque mensal
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

O cliente paga alguma tarifa bancária quando ele saca dinheiro de sua conta? Os
bancos adotam a seguinte prática contratual: o cliente pode fazer até quatro saques
por mês sem pagar nada. A partir do quinto saque, é cobrada uma tarifa bancária.
Esta prática bancária é válida? SIM. É legítima a cobrança, pelas instituições
financeiras, de tarifas relativas a saques quando estes excederem o quantitativo de
quatro realizações por mês. STJ. 3ª Turma. REsp 1348154-DF, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 13/12/2016 (Info 596).

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Responsabilidade dos provedores de busca de produtos à


venda on-line
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O provedor de buscas de produtos à venda on-line que não realiza qualquer


intermediação entre consumidor e vendedor não pode ser responsabilizado por
qualquer vício da mercadoria ou inadimplemento contratual. Exemplos de
provedores de buscas de produtos: Shopping UOL, Buscapé, Bondfaro. STJ. 3ª
Turma. REsp 1444008-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 25/10/2016 (Info
593).

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Aplicação do CDC em ação proposta por condomínio contra


construtora na defesa dos condôminos
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas


hipóteses em que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente a
construtora ou incorporadora. STJ. 3ª Turma. REsp 1560728-MG, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 18/10/2016 (Info 592).

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O denunciado não poderá invocar a proibição de


denunciação da lide prevista no art. 88 do CDC
Direito do Consumidor Práticas comerciais Aspectos processuais
Origem: STJ

O art. 88 do CDC proíbe que o fornecedor que foi acionado judicialmente pelo
consumidor faça a denunciação da lide, chamando para o processo outros
corresponsáveis pelo evento. Esta norma é uma regra prevista em benefício do
consumidor, atuando em prol da brevidade do processo de ressarcimento de seus
prejuízos devendo, por esse motivo, ser arguida pelo próprio consumidor, em seu
próprio benefício. Assim, se o fornecedor/réu faz a denunciação da lide ao
corresponsável e o consumidor não se insurge contra isso, haverá preclusão, sendo
descabido ao denunciado invocar em seu benefício a regra do art. 88. Em outras
palavras, não pode o denunciado à lide invocar em seu benefício a regra de
afastamento da denunciação (art. 88) para eximir-se de suas responsabilidades
perante o denunciante. STJ. 4ª Turma. REsp 913687-SP, Rel. Min. Raul Araújo,
julgado em 11/10/2016 (Info 592).

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Garrafas de vinhos não precisam indicar a quantidade de


calorias e de sódio existente
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Não existe obrigação legal de se inserir nos rótulos dos vinhos informações acerca
da quantidade de sódio e de calorias (valor energético) existentes no produto. STJ.
3ª Turma. REsp 1605489-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
4/10/2016 (Info 592).

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Portabilidade especial de carências


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É ilícita a exigência de cumprimento de carência de ex-dependente de plano coletivo


empresarial, extinto em razão da demissão sem justa causa do titular, ao contratar
novo plano de saúde, na mesma operadora, mas em categoria diversa (plano
coletivo por adesão). Nos termos do art. 7º-C da RN nº 186/2009 da ANS, o ex-
empregado demitido ou exonerado sem justa causa ou aposentado ou seus
dependentes ficam dispensados do cumprimento de novos períodos de carência na
contratação de novo plano individual ou familiar ou coletivo por adesão, seja na
mesma operadora, seja em outra, desde que peçam a transferência durante o
período de manutenção da condição de beneficiário garantida pelos arts. 30 e 31 da
Lei nº 9.656/98. STJ. 3ª Turma. REsp 1525109-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 4/10/2016 (Info 592).

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Quando um hospital credenciado não prestar determinados


serviços para os usuários do plano, este deverá informar ao
consumidor a restrição existente, sob pena de estarem
todos incluídos
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

No caso em que, nas informações divulgadas por plano de saúde aos seus usuários,
determinado hospital particular figure como instituição credenciada sem ressalvas,
se o usuário optar pela realização de tratamento contratado e disponibilizado pelo
aludido hospital, a operadora do plano será obrigada a custeá-lo, ainda que o serviço
seja prestado em parceria com instituição não credenciada, cuja unidade de
atendimento funcione nas dependências do hospital, sendo irrelevante o fato de
haver, na mesma localidade, outras instituições credenciadas para o mesmo tipo de
tratamento de saúde. Ex: João, cliente do plano de saúde, precisava fazer
quimioterapia. Na página do plano na internet consta que o Hospital São Carlos
integra a rede credenciada. Dentro deste hospital, no setor de oncologia, funciona o
Instituto Santa Marta. Diante disso, ele pediu as guias de serviço para fazer a
quimioterapia lá. O plano de saúde não autorizou alegando que o Instituto Santa
Marta, apesar de funcionar dentro do Hospital São Carlos, é uma instituição diferente
e que apenas o Hospital é credenciado. João terá direito de fazer o tratamento lá.
Quando um hospital credenciado não prestar determinados serviços para os
usuários do plano, este deverá informar ao consumidor, de forma clara, qual é a
restrição existente e quais as especialidades oferecidas pela entidade que não estão
cobertas, sob pena de todas elas estarem incluídas no credenciamento. STJ. 3ª
Turma. REsp 1613644-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
20/9/2016 (Info 590).

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É inaplicável o CDC ao contrato de franquia


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

A franquia é um contrato empresarial e, em razão de sua natureza, não está sujeito


às regras protetivas previstas no CDC. A relação entre o franqueador e o franqueado
não é uma relação de consumo, mas sim de fomento econômico com o objetivo de
estimular as atividades empresariais do franqueado. O franqueado não é
consumidor de produtos ou serviços da franqueadora, mas sim a pessoa que os
comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatários finais. STJ. 3ª Turma.
REsp 1602076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591).

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Mesmo sem 1 ano de constituição, associação poderá


ajuizar ACP para que fornecedor preste informações ao
consumidor sobre produtos com glúten
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ
Como regra, para que uma associação possa propor ACP, ela deverá estar
constituída há pelo menos 1 ano. Exceção. Este requisito da pré-constituição poderá
ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
protegido (§ 4º do art. 5º da Lei nº 7.347/85). Neste caso, a ACP, mesmo tendo sido
proposta por uma associação com menos de 1 ano, poderá ser conhecida e julgada.
Como exemplo da situação descrita no § 4º do art. 5º, o STJ decidiu que: É
dispensável o requisito temporal (pré-constituição há mais de um ano) para
associação ajuizar ação civil pública quando o bem jurídico tutelado for a prestação
de informações ao consumidor sobre a existência de glúten em alimentos. STJ. 2ª
Turma. REsp 1600172-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/9/2016 (Info
591).

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Validade do repasse da comissão de corretagem ao


consumidor pela incorporadora imobiliária
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

É válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a obrigação


de pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda
de unidade autônoma em regime de incorporação imobiliária, desde que
previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o
destaque do valor da comissão de corretagem. STJ. 2ª Seção. REsp 1599511-SP,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016 (recurso repetitivo)
(Info 589).

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Abusividade de cobrança de SATI ao consumidor pelo


promitente-vendedor de imóvel
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

É abusiva a cobrança pelo promitente-vendedor do serviço de assessoria técnico-


imobiliária (SATI), ou atividade congênere, vinculado à celebração de promessa de
compra e venda de imóvel. STJ. 2ª Seção. REsp 1599511-SP, Rel. Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).

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Legitimidade passiva ad causam de incorporadora


imobiliária em demanda que objetiva restituição de
comissão de corretagem e de SATI
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ
Tem legitimidade passiva "ad causam" a incorporadora, na condição de promitente-
vendedora, para responder a demanda em que é pleiteada pelo promitente-
comprador a restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem e de
taxa de assessoria técnico-imobiliária, alegando-se prática abusiva na transferência
desses encargos ao consumidor. STJ. 2ª Seção. REsp 1551968-SP, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).

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Prazo prescricional da pretensão de restituição de


comissão de corretagem ou de SATI
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

Prescreve em 3 anos a pretensão do promitente-comprador de restituição dos


valores pagos a título de comissão de corretagem ou de serviço de assistência
técnico-imobiliária (SATI), ou atividade congênere (art. 206, § 3º, IV, CC). STJ. 2ª
Seção. REsp 1551956-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).

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Cancelamento de voos sem razões técnicas ou de


segurança é prática abusiva
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O transporte aéreo é serviço essencial e pressupõe continuidade. Considera-se


prática abusiva o cancelamento de voos sem razões técnicas ou de segurança
inequívocas. Também é prática abusiva o descumprimento do dever de informar o
consumidor, por escrito e justificadamente, quando tais cancelamentos vierem a
ocorrer. Nas ações coletivas ou individuais, a agência reguladora não integra o feito
em litisconsórcio passivo quando se discute a relação de consumo entre
concessionária e consumidores, e não a regulamentação emanada do ente
regulador. STJ. 2ª Turma. REsp 1469087-AC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado
em 18/8/2016 (Info 593).

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Prazo prescricional da pretensão condenatória decorrente


de nulidade de cláusula de reajuste de plano ou seguro de
assistência à saúde
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Em caso de pretensão de nulidade de cláusula de reajuste prevista em contrato de


plano ou seguro de assistência à saúde ainda vigente, com a consequente repetição
do indébito, a ação ajuizada está fundada no enriquecimento sem causa e, por isso,
o prazo prescricional é trienal, nos termos do art. 206, § 3º, IV, do Código Civil. Em
outras palavras, se o usuário do plano de saúde (ou do seguro-saúde), ainda com o
contrato em vigor, pretende declarar a nulidade da cláusula de reajuste e obter a
devolução dos valores pagos a mais, o prazo prescricional para isso é de 3 anos.
No Código Civil passado, não havia uma previsão como a do art. 206, § 3º, IV, do
CC/2002. O art. 177 do CC/1916 afirmava que, se para a situação concreta não
houvesse prazo prescricional expressamente previsto na lei, deveria ser aplicado o
prazo de 20 anos caso a ação versasse sobre direitos pessoais. Logo, se o fato
ocorreu na vigência do CC/1916, o prazo prescricional aplicável é de 20 anos.
Resumindo, foi fixada a seguinte tese: Na vigência dos contratos de plano ou de
seguro de assistência à saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração
de nulidade de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do
CC/1916) ou em 3 anos (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002), observada a regra de
transição do art. 2.028 do CC/2002. STJ. 2ª Seção. REsp 1361182-RS, Rel. Min.
Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 10/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 590).

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Direito de o ex-empregado continuar beneficiário em plano


de saúde coletivo empresarial
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É assegurado ao trabalhador demitido sem justa causa ou ao aposentado que


contribuiu para o plano de saúde em decorrência do vínculo empregatício o direito
de continuar no plano durante certo período com as mesmas condições de cobertura
assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que
assuma o seu pagamento integral (arts. 30 e 31 da Lei nº 9.656/98). Para isso, no
entanto, é necessário que, durante o vínculo empregatício, ele contribuísse para o
pagamento do plano. Quando se fala em "contribuição" para o plano, isso significa
pagamento de mensalidade. Assim, se apenas a empresa contribuía para o plano,
o ex-empregado não terá direito de continuar nele mesmo que este plano fosse sob
a modalidade de coparticipação (quando o usuário, apesar de não pagar
contribuição mensal, paga uma parte do tratamento/consulta). Resumindo: o
empregado que for aposentado ou demitido sem justa causa não terá direito de ser
mantido em plano de saúde coletivo empresarial custeado exclusivamente pelo
empregador - sendo irrelevante se houver coparticipação no pagamento de
procedimentos de assistência médica, hospitalar e odontológica -, salvo disposição
contrária expressa em contrato ou em convenção coletiva de trabalho. STJ. 3ª
Turma. REsp 1594346-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
9/8/2016 (Info 588).

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É abusiva cláusula que autoriza plano de saúde a indeferir


procedimentos médico-hospitalares solicitados por
médicos não integrantes do plano
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde
Origem: STJ

O plano de saúde não pode se recusar a custear exames, internações e tratamentos


hospitalares usando como único argumento o fato de que tais procedimentos foram
solicitados por médico não integrante da rede de atendimento do plano. A cláusula
contratual que prevê o indeferimento de quaisquer procedimentos médico-
hospitalares, se estes forem solicitados por médicos não cooperados, deve ser
reconhecida como cláusula abusiva, nos termos do art. 51, IV, do CDC. STJ. 4ª
Turma. REsp 1330919-MT, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 02/08/2016
(Info 588).

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Não se aplica o CDC ao contrato de plano de saúde


administrado por entidade de autogestão
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Não se aplica o CDC às relações entre as operadoras de planos de saúde


constituídas sob a modalidade de autogestão e seus filiados. Assim, os planos de
saúde de autogestão podem ser considerados como uma exceção à Súmula 469 do
STJ: "Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de
saúde." A operadora de plano privado de assistência à saúde na modalidade de
autogestão é pessoa jurídica de direito privado sem finalidades lucrativas que,
vinculada ou não à entidade pública ou privada, opera plano de assistência à saúde
com exclusividade para um público determinado de beneficiários. A constituição dos
planos sob a modalidade de autogestão diferencia, sensivelmente, essas pessoas
jurídicas quanto à administração, forma de associação, obtenção e repartição de
receitas, dos contratos firmados com empresas que exploram essa atividade no
mercado e visam ao lucro. Em razão disso, não se aplica o CDC ao contrato de
plano de saúde administrado por entidade de autogestão, por inexistência de
relação de consumo. STJ. 2ª Seção. REsp 1285483-PB, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 22/6/2016 (Info 588).

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Validade da cláusula de coparticipação


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Não é abusiva cláusula contratual de plano privado de assistência à saúde que


estabeleça a coparticipação do usuário nas despesas médico-hospitalares em
percentual sobre o custo de tratamento médico realizado sem internação, desde que
a coparticipação não caracterize financiamento integral do procedimento por parte
do usuário, ou fator restritor severo ao acesso aos serviços. STJ. 3ª Turma. REsp
1566062-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 21/6/2016 (Info 586).

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Configura prática abusiva a conduta da rede de cinemas que


somente permite a entrada do consumidor na sala de
projeção com lanche se este tiver sido comprado na própria
lanchonete do cinema
Direito do Consumidor Práticas comerciais Práticas Abusivas

Origem: STJ

A venda casada ocorre em virtude do condicionamento a uma única escolha, a


apenas uma alternativa, já que não é conferido ao consumidor usufruir de outro
produto senão aquele alienado pelo fornecedor. Ao compelir o consumidor a
comprar dentro do próprio cinema todo e qualquer produto alimentício, o
estabelecimento dissimula uma venda casada (art. 39, I, do CDC), limitando a
liberdade de escolha do consumidor (art. 6º, II, do CDC), o que revela prática
abusiva. STJ. 3ª Turma. REsp 1331948/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 14/06/2016.

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Instituição não pode negar a matrícula inicial do aprovado


no vestibular porque ele tem outros débitos anteriores
relativos a outro curso
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Instituição de ensino superior não pode recusar a matrícula de aluno aprovado em


vestibular em razão de inadimplência em curso diverso anteriormente frequentado
por ele na mesma instituição. STJ. 2ª Turma. REsp 1583798-SC, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 24/5/2016 (Info 591).

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Dever de assistência ao neonato durante os trinta primeiros


dias após o seu nascimento
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Quando o contrato de plano de saúde incluir atendimento obstétrico, a operadora


tem o dever de prestar assistência ao recém-nascido durante os primeiros trinta dias
após o parto (art. 12, III, "a", da Lei nº 9.656/1998), independentemente de a
operadora ter autorizado a efetivação da cobertura, ter ou não custeado o parto,
tampouco de inscrição do neonato como dependente nos trinta dias seguintes ao
nascimento. STJ. 4ª Turma. REsp 1269757-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 3/5/2016 (Info 584).
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A Súmula 385 do STJ aplica-se também para ações


propostas pelo consumidor contra o credor que efetivou a
inscrição irregular
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

A inscrição indevida comandada pelo credor em cadastro de proteção ao crédito,


quando preexistente legítima inscrição, não enseja indenização por dano moral,
ressalvado o direito ao cancelamento. A Súmula 385-STJ também é aplicada às
ações voltadas contra o suposto credor que efetivou inscrição irregular. STJ. 2ª
Seção. REsp 1386424-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 27/4/2016 (Info 583).

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O prazo máximo de 5 anos que o nome do consumidor pode


permanecer negativado inicia-se no dia seguinte ao
vencimento da dívida
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

O termo inicial do prazo de permanência de registro de nome de consumidor em


cadastro de proteção ao crédito (art. 43, § 1º, do CDC) inicia-se no dia subsequente
ao vencimento da obrigação não paga, independentemente da data da inscrição no
cadastro. Assim, vencida e não paga a obrigação, inicia-se no dia seguinte a
contagem do prazo de 5 anos previsto no §1º do art. 43, do CDC, não importando a
data em que o nome do consumidor foi negativado. STJ. 3ª Turma. REsp 1316117-
SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Rel. para acórdão Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 26/4/2016 (Info 588).

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Cláusula de remissão de plano de saúde


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O companheiro faz jus à cobertura de cláusula de remissão por morte de titular de


plano de saúde na hipótese em que a referida disposição contratual faça referência
a cônjuge, sendo omissa quanto a companheiro. Após o transcurso do período
previsto na cláusula de remissão, o dependente já inscrito pode assumir, nos
mesmos moldes e custos avençados, a titularidade do plano, voltando a pagar as
mensalidades. STJ. 3ª Turma. REsp 1457254-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 12/4/2016 (Info 581).

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Competência internacional e relação de consumo


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

A Justiça brasileira é absolutamente incompetente para processar e julgar demanda


indenizatória fundada em serviço fornecido de forma viciada por sociedade
empresária estrangeira a brasileiro que possuía domicílio no mesmo Estado
estrangeiro em que situada a fornecedora, quando o contrato de consumo houver
sido celebrado e executado nesse local, ainda que o conhecimento do vício ocorra
após o retorno do consumidor ao território nacional. A vulnerabilidade do
consumidor, ainda que amplamente reconhecida em foro internacional, não é
suficiente, por si só, para alargar a competência concorrente da justiça nacional
prevista no art. 88 do CPC/1973. Nas hipóteses em que a relação jurídica é firmada
nos estritos limites territoriais nacionais, ou seja, sem intuito de extrapolação
territorial, o foro competente, aferido a partir das regras processuais vigentes no
momento da propositura da demanda, não sofre influências em razão da
nacionalidade ou do domicílio dos contratantes, ainda que se trate de relação de
consumo. Obs: julgado baseado no CPC/1973. Provavelmente, o desfecho seria
outro se o caso envolvesse o CPC/2015 por conta do art. 22, II. STJ. 3ª Turma. REsp
1571616-MT, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 5/4/2016 (Info 580).

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Necessidade de filiação à entidade aberta de previdência


para contratar empréstimo
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

É possível impor ao consumidor sua prévia filiação à entidade aberta de previdência


complementar como condição para contratar com ela empréstimo financeiro.
Segundo o parágrafo único do art. 71 da LC 109/2001, as entidades de previdência
privada abertas podem realizar operações financeiras apenas com seus
patrocinadores, participantes e assistidos. Dessa forma, a entidade de previdência,
ao exigir que o consumidor, antes de realizar o empréstimo, fizesse um plano de
previdência complementar, não praticou qualquer ato ilícito, considerando que tais
entidades somente podem realizar este tipo de operação com seus patrocinadores,
filiados e assistidos. Logo, sem essa prévia filiação, a entidade estaria impedida de
conceder o empréstimo. Assim, não se trata de "venda casada" (art. 39, I, do CDC),
mas sim de uma providência que é imposta por lei. STJ. 4ª Turma. REsp 861830-
RS, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 5/4/2016 (Info 581).
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Reembolso de despesas médicas realizadas em hospital


não conveniado ao plano
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O plano de saúde deve reembolsar o segurado pelas despesas que pagou com
tratamento médico realizado em situação de urgência ou emergência por hospital
não credenciado, ainda que o referido hospital integre expressamente tabela
contratual que exclui da cobertura os hospitais de alto custo, limitando-se o
reembolso, no mínimo, ao valor da tabela de referência de preços de serviços
médicos e hospitalares praticados pelo plano de saúde. STJ. 3ª Turma. REsp
1286133-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 5/4/2016 (Info 580).

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Ausência de dano moral in re ipsa pela mera inclusão de


valor indevido na fatura de cartão de crédito
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Não configura dano moral in re ipsa a simples remessa de fatura de cartão de crédito
para a residência do consumidor com cobrança indevida. Para configurar a
existência do dano extrapatrimonial, é necessário que se demonstre que a
operadora de cartão de crédito, além de ter incluído a cobrança na fatura, praticou
outras condutas que configurem dano moral, como por exemplo: a) reiteração da
cobrança indevida mesmo após o consumidor ter reclamado; b) inscrição do cliente
em cadastro de inadimplentes; c) protesto da dívida; d) publicidade negativa do
nome do suposto devedor; ou e) cobrança que exponha o consumidor, o submeta à
ameaça, coação ou constrangimento. STJ. 4ª Turma. REsp 1550509-RJ, Rel. Min.
Maria Isabel Gallotti, julgado em 3/3/2016 (Info 579).

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Migração de plano de saúde empresarial para individual e


inexistência de direito de manutenção do valor da
mensalidade
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A migração de beneficiário de plano de saúde coletivo empresarial extinto para plano


individual ou familiar não enseja a manutenção dos valores das mensalidades
previstos no plano primitivo. STJ. 3ª Turma. REsp 1471569-RJ, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 1º/3/2016 (Info 578).

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Requisitos para a propositura de ação de exibição de


documentos relativos ao Crediscore
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

Em relação ao sistema credit scoring, o interesse de agir para a propositura da ação


cautelar de exibição de documentos exige, no mínimo, a prova de: i) requerimento
para obtenção dos dados ou, ao menos, a tentativa de fazê-lo à instituição
responsável pelo sistema de pontuação, com a fixação de prazo razoável para
atendimento; e ii) que a recusa do crédito almejado ocorreu em razão da pontuação
que lhe foi atribuída pelo sistema Scoring. Assim, o consumidor só poderá ingressar
com ação cautelar de exibição de documentos pedindo o extrato de sua pontuação
no sistema Crediscore se provar esses dois requisitos acima. STJ. 2ª Seção. REsp
1304736-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/2/2016 (recurso
repetitivo) (Info 579).

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Nulidade de cláusula de renúncia à entrevista qualificada


para contratar plano de saúde
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É nula a cláusula inserta por operadora de plano privado de assistência à saúde em


formulário de Declaração de Doenças ou Lesões Preexistentes (Declaração de
Saúde) prevendo a renúncia pelo consumidor contratante à entrevista qualificada
orientada por um médico, seguida apenas de espaço para aposição de assinatura,
sem qualquer menção ao fato de tal entrevista se tratar de faculdade do beneficiário.
A inserção de cláusula de renúncia em declaração de saúde é abusiva por induzir o
segurado a abrir mão do direito ao exercício livre da opção de ser orientado por um
médico por ocasião do preenchimento daquela declaração, notadamente porque se
trata de documento que tem o condão de viabilizar futura negativa de cobertura de
procedimento ou tratamento. STJ. 3ª Turma. REsp 1554448-PE, Rel. Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 18/2/2016 (Info 578).

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Banco postal não precisa atender aos requisitos de


segurança da Lei 7.102/83
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral
Origem: STJ

A imposição legal de adoção de recursos de segurança específicos para proteção


dos estabelecimentos que constituam sedes de instituições financeiras (Lei nº
7.102/83) não alcança o serviço de correspondente bancário (Banco Postal)
realizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Isso porque o
correspondente bancário não exerce atividade-fim e primária das instituições
financeiras na forma definida no art. 17 da Lei nº 4.595/64 STJ. 2ª Turma. REsp
1497235-SE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 1º/12/2015 (Info 574).

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Necessidade de provocar o fornecedor no prazo


decadencial
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Não tem direito à reparação de perdas e danos decorrentes do vício do produto o


consumidor que, no prazo decadencial, não provocou o fornecedor para que este
pudesse sanar o vício. STJ. 3ª Turma. REsp 1520500-SP, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 27/10/2015 (Info 573).

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Publicidade enganosa por omissão


Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

É enganosa a publicidade televisiva que omite o preço e a forma de pagamento do


produto, condicionando a obtenção dessas informações à realização de ligação
telefônica tarifada. STJ. 2ª Turma. REsp 1428801-RJ, Rel. Min. Humberto Martins,
julgado em 27/10/2015 (Info 573).

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Saque indevido em conta bancária e dano moral


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O banco deve compensar os danos morais sofridos por consumidor vítima de saque
fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente falha na prestação do serviço
bancário, teve que intentar ação contra a instituição financeira com objetivo de
recompor o seu patrimônio, após frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente
a questão. STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 395426-DF, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi, julgado em 15/10/2015 (Info 574).
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Não pode negar os meios e materiais necessários ao


desempenho do tratamento clínico ou do procedimento
cirúrgico coberto ou de internação hospitalar
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter cláusulas


limitativas dos direitos do consumidor, revela-se abusiva a cláusula que exclua o
custeio (pagamento) dos meios e materiais necessários ao melhor desempenho do
tratamento clínico ou do procedimento cirúrgico coberto ou de internação hospitalar.
Ex: no caso julgado, a operadora de plano de saúde recusou-se, indevidamente, a
proceder ao pagamento do medicamento apto a dar continuidade ao tratamento de
beneficiário portador de câncer pulmonar, por se tratar de uso domiciliar. Nestas
situações, em que há recusa injustificada de cobertura por parte da operadora do
plano de saúde para tratamento do segurado, o STJ entende que há dano moral,
não se tratando apenas de mero aborrecimento. STJ. 4ª Turma. AgRg no REsp
1390449/SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 15/10/2015.

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Abusividade na distinção de preço para pagamento em


dinheiro, cheque ou cartão de crédito
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

Caracteriza prática abusiva quando o fornecedor de bens e serviços prevê preços


mais favoráveis para o consumidor que paga em dinheiro ou cheque em detrimento
daquele que paga em cartão de crédito. STJ. 2ª Turma. REsp 1479039-MG, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 6/10/2015 (Info 571). Obs: o julgado está
superado. Isso porque foi editada a Lei nº 13.455/2017 permitindo a distinção de
preço para pagamento em dinheiro, cheque ou cartão de crédito.

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Abusividade da cláusula-mandato que permite emitir título


cambial
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

Nos contratos de cartão de crédito, é abusiva a previsão de cláusula-mandato que


permita à operadora emitir título cambial contra o usuário do cartão. STJ. 2ª Seção.
REsp 1084640-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/9/2015 (Info 570).
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Não cabimento de denunciação da lide


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Não cabe a denunciação da lide nas ações indenizatórias decorrentes da relação


de consumo, seja no caso de responsabilidade pelo fato do produto, seja no caso
de responsabilidade pelo fato do serviço (arts. 12 a 17 do CDC). STJ. 3ª Turma.
REsp 1165279-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 22/5/2012. A
vedação à denunciação da lide nas relações de consumo refere-se tanto à
responsabilidade pelo fato do serviço quanto pelo fato do produto. STJ. 3ª Turma.
AgRg no AREsp 472875/RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em
03/12/2015. A vedação à denunciação da lide prevista no art. 88 do CDC não se
restringe à responsabilidade de comerciante por fato do produto (art. 13 do CDC),
sendo aplicável também nas demais hipóteses de responsabilidade civil por
acidentes de consumo (arts. 12 e 14 do CDC). STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp
694980/MS, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 22/09/2015.

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Plano de saúde e cirurgia de gastroplastia


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Plano de saúde não pode negar o custeio de cirurgia de gastroplastia (indicada para
tratamento de obesidade mórbida) Assim, é abusiva a negativa do plano de saúde
em cobrir as despesas de intervenção cirúrgica de gastroplastia, necessária à
garantia da sobrevivência do segurado. STJ. 3ª Turma. REsp 1.249.701-SC, Rel.
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 4/12/2012 (Info 511). A cirurgia para
redução do estômago (gastroplastia), indicada para o tratamento de obesidade
mórbida, é procedimento essencial à sobrevida do segurado, sendo ilegítima a
negativa de cobertura das despesas médicas pelo plano de saúde. A recusa a
cobertura de tratamento é causa de fixação de indenização por danos morais. STJ.
3ª Turma. AgRg no AREsp 512484/PA, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado
em 22/09/2015.

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Ação de cancelamento de diversas inscrições em cadastro


negativo de proteção ao crédito
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ
Há interesse de agir na ação em que o consumidor postula o cancelamento de
múltiplas inscrições de seu nome em cadastro negativo de proteção ao crédito,
mesmo que somente uma ou algumas delas ultrapassem os prazos de manutenção
dos registros previstos no art. 43, §§ 1º e 5º, do CDC. STJ. 4ª Turma. REsp 1196699-
RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/9/2015 (Info 571).

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Responsabilidade por ausência de notificação de inscrição


de correntista no CCF
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) é um cadastro que reúne


informações sobre pessoas que emitiram cheques e que estes foram devolvidos por
falta de provisão de fundos, por conta encerrada ou por prática espúria. O CCF é
organizado e mantido pelo Banco do Brasil, mas abrange informações sobre os
cheques de todos os bancos. Assim, por exemplo, se João emite um cheque do Itaú
e o beneficiário não consegue descontá-lo porque não havia fundos, o próprio Itaú
irá comunicar esse fato ao Banco do Brasil, que irá incluir o nome do emitente no
CCF. É indispensável que o emitente do cheque seja notificado antes de ser incluído
no CCF. A inclusão no CCF sem prévia notificação pode ensejar indenização por
danos morais. O Banco do Brasil, na condição de gestor do CCF, NÃO tem a
responsabilidade de notificar previamente o devedor acerca da sua inscrição no
aludido cadastro, tampouco legitimidade passiva para as ações de reparação de
danos diante da ausência de prévia comunicação. A responsabilidade pela inclusão
do emitente no CCF é do banco sacado. Logo, ele é que tem responsabilidade pela
notificação prévia do emitente e, caso isso não seja feito, ele é que tem o dever de
indenizar o lesado. STJ. 2ª Seção. REsp 1354590-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado
em 9/9/2015 (recurso repetitivo) (Info 568).

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É abusiva a cláusula contratual que exclui da cobertura do


plano de saúde o fornecimento de medicamento para
quimioterapia tão somente pelo fato de ser ministrado em
ambiente domiciliar
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Se o contrato do plano de saúde cobrir o tratamento de quimioterapia, será abusiva


a cláusula que exclua o fornecimento de medicamento ministrado do domicílio do
segurado e prescrito pelo médico responsável pelo tratamento. Em outras palavras,
se o plano cobrir a quimioterapia, ela poderá ser feita em casa, desde que haja
indicação para isso. STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 746.940/SP, Rel. Min. Maria
Isabel Gallotti, julgado em 03/09/2015.
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Participantes ou assistidos de plano de benefício e entidade


de previdência complementar
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação jurídica entre


participantes ou assistidos de plano de benefício e entidade de previdência
complementar fechada, mesmo em situações que não sejam regulamentadas pela
legislação especial. STJ. 2ª Seção. REsp 1536786-MG, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 26/8/2015 (Info 571). Vide súmula 563 do STJ.

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Responsabilização de consumidor por pagamento de


honorários advocatícios extrajudiciais
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Não é abusiva a cláusula prevista em contrato de adesão que impõe ao consumidor


em mora a obrigação de pagar honorários advocatícios decorrentes de cobrança
extrajudicial. Ex: João resolveu comprar um carro financiado por meio de leasing.
No contrato, há uma cláusula prevendo que se o comprador atrasar as parcelas e a
instituição financeira tiver que recorrer aos meios extrajudiciais para cobrar o débito,
o financiado deverá pagar, além dos juros e multa, honorários advocatícios, desde
já estabelecidos em 20% sobre o valor da dívida. Esta cláusula não é abusiva. STJ.
4ª Turma. REsp 1002445-DF, Rel. originário Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão
Min. Raul Araújo, julgado em 25/8/2015 (Info 574).

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É válido o desconto de pontualidade presente em contratos


de serviços educacionais
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

O denominado "desconto de pontualidade", concedido pela instituição de ensino aos


alunos que efetuarem o pagamento das mensalidades até a data do vencimento
ajustada, não configura prática comercial abusiva. STJ. 3ª Turma. REsp 1424814-
SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 4/10/2016 (Info 591). Obs: sobre
este tema, importante reler o REsp 832293-PR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em
20/8/2015 (Info 572) que traz um entendimento ligeiramente diferente em
determinado aspecto.
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Cobertura de home care por plano de saúde


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

João é cliente de um plano de saúde. Após ficar doente, ele foi internado no hospital,
onde permaneceu por algumas semanas. Até então, o plano de saúde estava
pagando todas as despesas. O médico que acompanhava seu estado de saúde viu
que seu quadro clínico melhorou e recomendou que ele fosse para casa, mas lá
ficasse realizando tratamento domiciliar (home care) até que tivesse alta completa.
Ocorre que o plano de saúde não aceitou, afirmando que, no contrato firmado com
João, havia uma cláusula proibindo o serviço de home care. Segundo a operadora,
apenas o tratamento hospitalar está incluído. O plano de saúde pode ser obrigado
a custear o tratamento domiciliar (home care) mesmo que isso não conste
expressamente do rol de serviços previsto no contrato? Mesmo que exista cláusula
no contrato proibindo o home care? SIM. Ainda que, em contrato de plano de saúde,
exista cláusula que vede de forma absoluta o custeio do serviço de home care
(tratamento domiciliar), a operadora do plano será obrigada a custeá-lo em
substituição à internação hospitalar contratualmente prevista, desde cumpridos os
seguintes requisitos: 1) tenha havido indicação desse tratamento pelo médico
assistente; 2) exista real necessidade do atendimento domiciliar, com verificação do
quadro clínico do paciente; 3) a residência possua condições estruturais para fazer
o tratamento domiciliar; 4) haja solicitação da família do paciente; 5) o paciente
concorde com o tratamento domiciliar; 6) não ocorra uma afetação do equilíbrio
contratual em prejuízo do plano de saúde (exemplo em que haveria um
desequilíbrio: nos casos em que o custo do atendimento domiciliar por dia supera a
despesa diária em hospital). STJ. 3ª Turma. REsp 1378707-RJ, Rel. Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 26/5/2015 (Info 564). STJ. 3ª Turma. REsp 1537301-
RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015 (Info 571).

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Interpretação de cláusulas contratuais e aplicação de


sanções pelo Procon
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O Procon pode interpretar as cláusulas de um contrato de consumo e, se considerá-


las abusivas, aplicar sanções administrativas ao fornecedor de bens e serviços. STJ.
2ª Turma. REsp 1279622-MG, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 6/8/2015
(Info 566).

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Fixação em reais de multa por infração das normas de
defesa do consumidor
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

A pena de multa aplicável às hipóteses de infração das normas de defesa do


consumidor (art. 56, I, do CDC) pode ser fixada em reais, não sendo obrigatória a
sua estipulação em Unidade Fiscal de Referência (UFIR). O art. 57 do CDC, ao
estabelecer que a "multa será em montante não inferior a duzentas e não superior
a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice
equivalente que venha a substituí-lo", apenas define os limites para a fixação da
multa. STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1466104-PE, Rel. Min. Humberto Martins,
julgado em 6/8/2015 (Info 567).

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Legitimidade ativa de usuário de plano de saúde coletivo


para questionar cláusulas contratuais
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A Unimed fez convênio com a Caixa de Assistência dos Advogados por meio do
qual disponibilizou um plano de saúde coletivo de adesão. Assim, o advogado que
quisesse poderia aderir ao plano de saúde oferecido com a interveniência da Caixa
de Assistência e que tinha condições mais vantajosas do que se ele fizesse um
plano de saúde individual. Centenas de advogados aderiram ao plano, dentre eles
João. Ocorre que passados alguns anos, houve um grande reajuste no valor da
mensalidade do plano de saúde. Inconformado, João ação de revisão de cláusula
contratual contra a Unimed alegando que o reajuste foi abusivo e requerendo a
manutenção dos valores originais. O autor tem legitimidade para, sozinho, discutir a
validade desse aumento mesmo se tratando de plano de saúde coletivo? SIM. O
STJ decidiu que o usuário de plano de saúde coletivo tem legitimidade ativa para
ajuizar individualmente ação contra a operadora pretendendo discutir a validade de
cláusulas contratuais, não sendo empecilho o fato de a contratação ter sido
intermediada por caixa de assistência da categoria profissional. STJ. 3ª Turma.
REsp 1510697-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 9/6/2015 (Info
564).

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É abusiva a cláusula contratual que exclua da cobertura do


plano de saúde o tratamento de AIDS ou de doenças
infectocontagiosas
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ
Ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter cláusulas
limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com destaque, permitindo
imediata e fácil compreensão, nos termos do § 4º do art. 54 do CDC, revela-se
abusivo o preceito excludente do custeio de tratamento de doenças infecto-
contagiosas, tais como a hepatite C. STJ. 4ª Turma. AgRg no REsp 1446987/SP,
Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 12/05/2015.

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Responsabilidade de transportadora de passageiros e culpa


exclusiva do consumidor
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A sociedade empresária de transporte coletivo interestadual não deve ser


responsabilizada pela partida do veículo, após parada obrigatória, sem a presença
do viajante que, por sua culpa exclusiva, não compareceu para reembarque mesmo
após a chamada dos passageiros, sobretudo quando houve o embarque tempestivo
dos demais. STJ. 4ª Turma. REsp 1354369-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 5/5/2015 (Info 562).

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Responsabilidade do fabricante que garante na publicidade


a qualidade dos produtos
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Responde solidariamente por vício de qualidade do automóvel adquirido o fabricante


de veículos automotores que participa de propaganda publicitária garantindo com
sua marca a excelência dos produtos ofertados por revendedor de veículos usados.
Ex: a concessionária “XXX” revende veículos seminovos da fabricante GM. A
concessionária lançou uma propaganda na qual anunciava diversos veículos para
venda e, ao final do comercial, era divulgada a seguinte informação: “os únicos
seminovos com o aval da GM”. STJ. 4ª Turma. REsp 1365609-SP, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 28/4/2015 (Info 562).

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Dever de utilização do sistema braille por instituições


financeiras
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ
As instituições financeiras devem confeccionar em Braille os contratos de adesão
que são assinados para contratação de seus serviços a fim de que os clientes com
deficiência visual possam ter conhecimento, por meio próprio, das cláusulas
contratuais ali contidas. Os bancos devem também enviar os extratos mensais
impressos em linguagem Braille para os clientes com deficiência visual. Além disso,
tais instituições devem desenvolver cartilha para seus empregados com normas de
conduta para atendimentos ao deficiente visual. A relutância da instituição financeira
em utilizar o método Braille nos contratos bancários de adesão firmados com
pessoas portadoras de deficiência visual representa tratamento manifestamente
discriminatório e tem o condão de afrontar a dignidade deste grupo de pessoas
gerando danos morais coletivos. STJ. 3ª Turma. REsp 1315822-RJ, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 24/3/2015 (Info 559).

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Ilegalidade da cobrança de tarifa de água realizada por


estimativa de consumo
Direito do Consumidor Práticas comerciais Concessionárias de serviço público

Origem: STJ

Imagine que em determinada residência a companhia de água não instalou


hidrômetro (aparelho com que se mede a quantidade de água consumida). Nesse
caso, como será a cobrança da tarifa? Será possível cobrar um valor com base na
estimativa? NÃO. Na falta de hidrômetro ou defeito no seu funcionamento, a
cobrança pelo fornecimento de água deve ser realizada pela tarifa mínima, sendo
vedada a cobrança por estimativa. Isso porque a tarifa deve ser calculada com base
no consumo efetivamente medido no hidrômetro. STJ. 2ª Turma. REsp 1513218-RJ,
Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 10/3/2015 (Info 557).

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Conceito de fato do produto


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O aparecimento de grave vício em revestimento (pisos e azulejos), quando já se


encontrava devidamente instalado na residência do consumidor, configura FATO
DO PRODUTO, sendo, portanto, de 5 anos o prazo prescricional da pretensão
reparatória (art. 27 do CDC). O art. 12, § 1º do CDC afirma que defeito diz respeito
a circunstâncias que gerem a insegurança do produto ou serviço. Está relacionado,
portanto, com o acidente de consumo. No entanto, a doutrina e o STJ entendem que
o conceito de “fato do produto” deve ser lido de forma mais ampla, abrangendo todo
e qualquer vício que seja grave a ponto de ocasionar dano indenizável ao patrimônio
material ou moral do consumidor. Desse modo, mesmo o produto/serviço não sendo
“inseguro”, isso poderá configurar “fato do produto/serviço” se o vício for muito grave
a ponto de ocasionar dano material ou moral ao consumidor. Foi nesse sentido que
o STJ enquadrou o caso acima (do piso de cerâmica). Assim, vício do produto é
aquele que afeta apenas a sua funcionalidade ou a do serviço, sujeitando-se ao
prazo decadencial do art. 26 do CDC. Quando esse vício for grave a ponto de
repercutir sobre o patrimônio material ou moral do consumidor, a hipótese será de
responsabilidade pelo fato do produto, observando-se, assim, o prazo prescricional
quinquenal do art. 27 do referido diploma legal. STJ. 3ª Turma. REsp 1176323-SP,
Rel. Min. Villas Bôas Cueva, julgado em 3/3/2015 (Info 557).

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Correios possuem responsabilidade por roubo ocorrido no


interior de banco postal
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A ECT é responsável pelos danos sofridos por consumidor que foi assaltado no
interior de agência dos Correios na qual é fornecido o serviço de banco postal. STJ.
4ª Turma. REsp 1183121-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/2/2015
(Info 559).

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Devolução dos valores pagos em virtude de defeitos na


construção de imóvel
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Havendo vícios de construção que tornem precárias as condições de habitabilidade


de imóvel incluído no Programa de Arrendamento Residencial (PAR), não configura
enriquecimento sem causa a condenação da CEF a devolver aos arrendatários que
optaram pela resolução do contrato o valor pago a título de taxa de arrendamento.
STJ. 3ª Turma. REsp 1352227-RN, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado
em 24/2/2015 (Info 556).

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Validade da cláusula-mandato que permite que o cartão


tome empréstimos
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

A cláusula-mandato que, no bojo do contrato de cartão de crédito, permite que a


administradora do cartão de crédito tome recursos perante instituições financeiras
em nome do contratante para saldar sua dívida é válida. STJ. 4ª Turma. AgRg no
REsp 1256866/RS, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. p/ Acórdão Min. Maria Isabel Gallotti,
julgado em 10/02/2015.
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Inexistência de abusividade na cobrança de custo extra em


pagamento por boleto bancário
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Determinada empresa que oferece assinatura de revistas permite que os clientes


paguem de três formas: por boleto bancário, débito em conta corrente e cartão de
crédito. Se o cliente optar pelo boleto bancário, ele é informado que terá que pagar
mais um R$ 1 referente ao custo que o banco exige para emitir e receber o boleto.
Essa prática é abusiva? NÃO. O STJ entendeu que, no caso concreto, a cobrança
feita pela empresa não era abusiva considerando que: 1) o consumidor tinha outras
opções de pagamento; 2) a quantia exigida pela utilização dessa forma de
pagamento não foi excessivamente onerosa; 3) houve informação prévia de sua
cobrança; e 4) o valor pleiteado correspondeu exatamente ao que o fornecedor
recolheu à instituição financeira responsável pela emissão do boleto bancário. STJ.
3ª Turma. REsp 1339097-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
3/2/2015 (Info 555).

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Responsabilidade civil dos correios por extravio de carta


registrada
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O extravio de correspondência registrada acarreta dano moral in re ipsa (sem


necessidade de comprovação do prejuízo), devendo os Correios indenizar o
consumidor. A responsabilidade civil dos Correios é objetiva (art. 37, § 6º da CF/88
e arts. 14 e 22 do CDC). Assim, se a ECT não comprovar a efetiva entrega de carta
registrada postada por consumidor nem demonstrar causa excludente de
responsabilidade, há de se reconhecer o direito a reparação por danos morais in re
ipsa, desde que o consumidor comprove minimamente a celebração do contrato de
entrega da carta registrada. STJ. 2ª Seção. EREsp 1097266-PB, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 10/12/2014 (Info 556).

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Venda casada por operadora de celular gera dano moral


coletivo in re ipsa
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ
Configura dano moral coletivo in re ipsa a realização de venda casada por operadora
de telefonia. A prática de venda casada por parte de operadora de telefonia é capaz
de romper com os limites da tolerância. No momento em que oferece ao consumidor
produto com significativas vantagens — no caso, o comércio de linha telefônica com
valores mais interessantes do que a de seus concorrentes — e de outro, impõe-lhe
a obrigação de aquisição de um aparelho telefônico por ela comercializado, realiza
prática comercial apta a causar sensação de repulsa coletiva a ato intolerável, tanto
que encontra proibição expressa em lei. Afastar, da espécie, o dano moral difuso, é
fazer tábula rasa da proibição elencada no art. 39, I, do CDC e, por via reflexa,
legitimar práticas comerciais que afrontem os mais basilares direitos do consumidor.
STJ. 2ª Turma. REsp 1397870-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
2/12/2014 (Info 553).

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Compra de imóvel residencial e área total informada no


contrato
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

Na compra e venda de imóvel, a vaga de garagem, ainda que individualizada e de


uso exclusivo do proprietário da unidade residencial, não pode ser considerada no
cômputo da área total do imóvel vendido ao consumidor caso esse fato não tenha
sido exposto de forma clara na publicidade e no contrato. STJ. 4ª Turma. REsp
1139285-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 18/11/2014 (Info 552).

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SERASA/SPC pode reproduzir informações dos cartórios de


protesto e de distribuição judicial mesmo sem prévia
intimação do consumidor
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Diante da presunção legal de veracidade e publicidade inerente aos registros do


CARTÓRIO DE PROTESTO ou do CARTÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO JUDICIAL, a
reprodução objetiva, fiel, atualizada e clara desses dados na base de órgão de
proteção ao crédito — ainda que sem a ciência do consumidor — não tem o condão
de ensejar obrigação de reparação de danos. STJ. 2ª Seção. REsp 1444469-DF e
REsp 1.344.352-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgados em 12/11/2014
(recurso repetitivo) (Info 554).

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Legalidade do sistema “credit scoring”


Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

O STJ analisou a validade do chamado sistema “credit scoring”, fixando as seguintes


teses: a) “Credit scoring”, também chamado de “crediscore”, é um método
desenvolvido para avaliação do risco de concessão de crédito, a partir de modelos
estatísticos, considerando diversas variáveis, com atribuição de uma pontuação ao
consumidor avaliado (nota do risco de crédito); b) O “credit scoring” é considerado
como prática comercial LÍCITA, estando autorizada pelo art. 5º, IV, e pelo art. 7º, I,
da Lei 12.414/2011 (Lei do Cadastro Positivo); c) Vale ressaltar, no entanto, que
para o “credit scoring” ser lícito, é necessário que respeite os limites estabelecidos
pelo sistema de proteção do consumidor no sentido da tutela da privacidade e da
máxima transparência nas relações negociais, conforme previsão do CDC e da Lei
12.414/2011; d) Apesar de desnecessário o consentimento do consumidor
consultado, devem ser a ele fornecidos esclarecimentos, caso solicitados, acerca
das fontes dos dados considerados (histórico de crédito), bem como as informações
pessoais valoradas; e) O desrespeito aos limites legais na utilização do sistema
“credit scoring” configura abuso no exercício desse direito, podendo ensejar a
responsabilidade objetiva e solidária do fornecedor do serviço, do responsável pelo
banco de dados, da fonte e do consulente pela ocorrência de danos morais nas
hipóteses de utilização de informações excessivas ou sensíveis, bem como nos
casos de comprovada recusa indevida de crédito pelo uso de dados incorretos ou
desatualizados. STJ. 2ª Seção. REsp 1419697-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 12/11/2014 (recurso repetitivo) (Info 551). Vide Súmula 550
do STJ.

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Rescisão de compra de veículo e responsabilidade do


banco financiador
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

Consumidor adquire veículo novo e, para pagar o carro, contrata leasing oferecido
pelo banco da própria montadora. O automóvel apresenta vício redibitório que o
torna imprestável ao uso. O banco que realizou o financiamento será também
responsável? O contrato de leasing também será rescindido? SIM. A instituição
financeira vinculada à concessionária do veículo (“banco da montadora”) possui
responsabilidade solidária por vício do produto (veículo novo defeituoso), uma vez
que ela foi parte integrante da cadeia de consumo. Todos aqueles que participam
da introdução do produto ou serviço no mercado devem responder solidariamente
por eventual defeito ou vício. O contrato de arrendamento mercantil não foi feito de
forma independente. Ao contrário, está atrelado ao contrato de compra e venda, de
forma que é possível vislumbrar a existência de uma “operação casada”. STJ. 3ª
Turma. REsp 1379839-SP, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para Acórdão
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/11/2014 (Info 554).

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Atraso de voo e falta de informação e de assistência aos
passageiros
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

No caso em que companhia aérea, além de atrasar desarrazoadamente o voo de


passageiro, deixe de atender aos apelos deste, furtando-se a fornecer tanto
informações claras acerca do prosseguimento da viagem (em especial,
relativamente ao novo horário de embarque e ao motivo do atraso) quanto
alimentação e hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio aeroporto), tem-se
por configurado dano moral indenizável “in re ipsa”, independentemente da causa
originária do atraso do voo. STJ. 3ª Turma. REsp 1280372-SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 7/10/2014 (Info 550).

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Reajuste de mensalidade de seguro-saúde em razão de


alteração de faixa etária
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

Em regra, é válida a cláusula prevista em contrato de seguro-saúde que autoriza o


aumento das mensalidades do seguro quando o usuário completar 60 anos de
idade. Exceções. Essa cláusula será abusiva quando: a) não respeitar os limites e
requisitos estabelecidos na Lei 9.656/98; ou b) aplicar índices de reajuste
desarrazoados ou aleatórios, que onerem em demasia o segurado. STJ. 4ª Turma.
REsp 1381606-DF, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para acórdão Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 7/10/2014 (Info 551).

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Qual é o prazo que tem o credor para retirar (dar baixa) do


nome do devedor no cadastro negativo?
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

O prazo é de 5 (cinco) dias úteis. Assim, mesmo havendo regular inscrição do nome
do devedor em cadastro de órgão de proteção ao crédito, após o integral pagamento
da dívida, incumbe ao CREDOR requerer a exclusão do registro desabonador, no
prazo de 5 dias úteis, a contar do primeiro dia útil subsequente à completa
disponibilização do numerário necessário à quitação do débito vencido. STJ. 2ª
Seção. REsp 1424792-BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/9/2014
(recurso repetitivo) (Info 548).
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Aquisição de avião por empresa imobiliária


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Empresa administradora de imóveis adquire um avião para servir como meio de


transporte para seus sócios e funcionários. Há relação de consumo neste caso?
Esse contrato é regido pelo CDC? A administradora é considerada consumidora na
situação em tela? SIM. Há relação de consumo entre a sociedade empresária
vendedora de aviões e a sociedade empresária administradora de imóveis que
tenha adquirido avião com o objetivo de facilitar o deslocamento de sócios e
funcionários. Aplica-se a teoria finalista mitigada. STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp
1321083-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 9/9/2014 (Info 548).

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ACP pleiteando nulidade de cláusula abusiva e condenação


pelos danos causados
Direito do Consumidor Práticas comerciais Aspectos processuais

Origem: STJ

Em uma mesma ação coletiva, o autor pode formular pedidos relacionados com
direitos individuais homogêneos, direitos coletivos em sentido estrito e direitos
difusos. As tutelas pleiteadas em ações civis públicas não são necessariamente
puras e estanques. Não é preciso que se peça, de cada vez, uma tutela referente a
direito individual homogêneo, em outra ação uma de direitos coletivos em sentido
estrito e, em outra, uma de direitos difusos, especialmente em se tratando de ação
manejada pelo Ministério Público, que detém legitimidade ampla no processo
coletivo. Havendo violação a direitos transindividuais, é cabível, em tese, a
condenação por dano moral coletivo que se caracteriza como uma categoria
autônoma de dano e que não está relacionado necessariamente com os tradicionais
atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo psíquico). No caso concreto
julgado, o STJ entendeu que não cabia condenação por dano moral coletivo. Os
usuários do Plano de Saúde “ZZZ” que precisassem de próteses para cirurgias de
angioplastia precisavam pagar um valor extra, considerando que determinada
cláusula excluía da cobertura o implante de próteses cardíacas. Essa cláusula é
abusiva e ilegal, entretanto, ela não gerou danos difusos ou coletivos, mas apenas
individuais homogêneos. STJ. 4ª Turma. REsp 1293606-MG, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 2/9/2014 (Info 547).

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ACP para cobrança de valores indevidamente cobrados de


consumidores
Direito do Consumidor Práticas comerciais Aspectos processuais
Origem: STJ

Sobre esse julgado, é importante que sejam destacadas três conclusões: I — em


sede de ação civil pública ajuizada por associação civil de defesa do consumidor,
instituição financeira pode ser condenada a restituir os valores indevidamente
cobrados a título de Taxa de Emissão de Boleto Bancário (TEB) dos usuários de
seus serviços; II — é possível que sentença condenatória proferida em ação civil
pública em que se discuta direito individual homogêneo contenha determinações
explícitas da forma de liquidação e/ou estabeleça meios tendentes a lhe conferir
maior efetividade, desde que essas medidas se voltem uniformemente para todos
os interessados. Ex: determinação de que a ré envie correspondência aos
beneficiários da decisão, publicação da sentença nos jornais etc.; III — o Tribunal
não pode, de ofício, fundado na aplicabilidade de prazo prescricional maior do que
o definido em primeira instância, aumentar o alcance dos efeitos da sentença que
reconheceu o direito a ressarcimento de valores cobrados indevidamente ao longo
do tempo. Ex: o juiz reconheceu que os beneficiários da decisão poderiam receber
as verbas dos últimos 5 anos; o TJ, sem recurso da parte vencedora, ampliou esse
prazo para 10 anos, afirmando que prescrição é matéria de ordem pública e que
pode ser reconhecida sem provocação. Ocorre que somente pode ser reconhecida
de ofício se isso gerar a perda da pretensão, em homenagem à economia
processual. No caso concreto, contudo, o reconhecimento de ofício ampliaria o
prazo, o que não é admitido. STJ. 3ª Turma. REsp 1304953-RS, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 26/8/2014 (Info 546).

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Aplicação do CDC a contrato de seguro empresarial


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

O STJ decidiu que há relação de consumo entre a seguradora e a concessionária


de veículos que firmam seguro empresarial visando à proteção do patrimônio desta
(destinação pessoal) — ainda que com o intuito de resguardar veículos utilizados
em sua atividade comercial —, desde que o seguro não integre os produtos ou
serviços oferecidos por esta. STJ. 3ª Turma. REsp 1352419-SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 19/8/2014 (Info 548).

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Dano moral decorrente de carro 0 km que apresentou


inúmeros problemas
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

É cabível dano moral quando o consumidor de veículo automotor zero quilômetro


necessita retornar à concessionária por diversas vezes para reparar defeitos
apresentados no veículo adquirido. STJ. 3ª Turma. REsp 1443268-DF, Rel. Min.
Sidnei Beneti, julgado em 3/6/2014 (Info 544).

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Veículo importado que não poderia ser abastecido com


combustível nacional
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O consumidor tem direito à indenização por danos morais e materiais pelo fato de
ter adquirido no mercado nacional um veículo 0 km que apresentou inúmeros
problemas obrigando o adquirente a retornar à concessionária, recorrentemente por
mais de 30 dias, para sanar panes decorrentes da incompatibilidade, não informada
no momento da compra, entre a qualidade do combustível necessário ao adequado
funcionamento do veículo e a do combustível disponibilizado nos postos nacionais.
STJ. 3ª Turma. REsp 1443268-DF, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 3/6/2014
(Info 544).

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As normas do CDC são de ordem pública


Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

As normas e princípios do CDC são de ordem pública e interesse social, devendo


ser aplicados imperativamente, inclusive pelo juiz, por serem de conhecimento ex
officio. STJ. 2ª Turma. REsp 1419557/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
06/05/2014.

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Contrato de investimento e descumprimento do mecanismo


de “stop loss”
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

I — O CDC é aplicável ao contrato firmado entre um cliente pessoa física e uma


instituição financeira por meio do qual esta se comprometeu a realizar a aplicação
do dinheiro do correntista em fundos de investimento. II — A instituição financeira
que, descumprindo o que foi oferecido a seu cliente, deixa de acionar mecanismo
denominado “stop loss” pactuado em contrato de investimento incorre em infração
contratual passível de gerar a obrigação de indenizar o investidor pelos prejuízos
causados. III — A jurisprudência do STJ entende que o simples descumprimento
contratual, por si, não é capaz de gerar danos morais. É necessário que haja um
plus, uma consequência fática capaz, esta sim, de acarretar dor e sofrimento
indenizável pela sua gravidade. No caso concreto, o STJ considerou que o banco
que não aciona o mecanismo do “stop loss” e que, por isso, causa prejuízos aos
clientes não deve pagar indenização por danos morais, considerando que houve
mero inadimplemento, que gerou dissabor, mas que não chegou a acarretar dano
moral indenizável. STJ. 4ª Turma. REsp 656932-SP, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, julgado em 24/4/2014 (Info 541).

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Prazo prescricional em caso de danos decorrentes do


extravio de talão de cheques pelo banco
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Prescreve em cinco anos a pretensão de correntista de obter reparação dos danos


causados por instituição financeira decorrentes da entrega, sem autorização, de
talonário de cheques a terceiro que, em nome do correntista, passa a emitir várias
cártulas sem provisão de fundos, gerando inscrição indevida em órgãos de proteção
ao crédito. STJ. 3ª Turma. REsp 1254883-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 3/4/2014 (Info 542).

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Competência para julgar demanda e consumidor por


equiparação
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Determinada pessoa teve seu nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito


porque alguém utilizou seu nome em um cheque falsificado para pagar estadia em
hotel. Diante do não pagamento do cheque, o Hotel levou a protesto o título de
crédito. Essa pessoa negativada será considerada consumidora por equiparação,
nos termos do art. 17 do CDC. Houve um acidente de consumo causado pela
suposta falta de segurança na prestação do serviço por parte do estabelecimento
hoteleiro que, no caso concreto, poderia ter identificado a fraude. Logo, sendo a
vítima considerada consumidora e sendo o causador do dano um fornecedor de
serviços, a ação de indenização poderá ser proposta contra o Hotel no foro do
domicílio do autor (consumidor por equiparação), nos termos do art. 101, I, do CDC.
STJ. 2ª Seção. CC 128079-MT, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 12/3/2014 (Info
542).

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Início do prazo prescricional e danos decorrentes de


contaminação do lençol freático
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Conta-se da data do conhecimento do dano e de sua autoria — e não da data em


que expedida simples notificação pública a respeito da existência do dano ecológico
— o prazo prescricional da pretensão indenizatória de quem sofreu danos pessoais
decorrentes de contaminação de solo e de lençol freático ocasionada por produtos
utilizados no tratamento de madeira destinada à fabricação de postes de luz. STJ.
3ª Turma. AgRg no REsp 1365277-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 20/2/2014 (Info 537).

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Tentativa de roubo ocorrida no estacionamento de


shopping center
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O shopping center deve reparar o cliente pelos danos morais decorrentes de


tentativa de roubo, não consumado apenas em razão de comportamento do próprio
cliente, ocorrida nas proximidades da cancela de saída de seu estacionamento, mas
ainda em seu interior. STJ. 4ª Turma. REsp 1269691-PB, Rel. originária Min. Isabel
Gallotti, Rel. para acórdão Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 21/11/2013 (Info
534).

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Tentativa de roubo ocorrida na cancela do estacionamento


do shopping center
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A ocorrência de roubo não constitui causa excludente de responsabilidade civil nos


casos em que a garantia de segurança física e patrimonial do consumidor é inerente
ao serviço prestado pelo estabelecimento comercial. STJ. 4ª Turma. REsp
1269691/PB, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, Rel. p/ Acórdão Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 21/11/2013.

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Vícios existentes em vestido de noiva devem ser


reclamados em até 90 dias
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral
Origem: STJ

Vestido de noiva é bem durável e os vícios nele existentes devem ser reclamados
em até 90 dias. STJ. 3ª Turma. REsp 1161941-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 5/11/2013 (Info 533).

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Compra de um veículo e modificação de seu design pouco


tempo depois
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

É lícito ao fabricante de veículos antecipar o lançamento de um modelo meses antes


da virada do ano, prática usual no mercado de veículos. Não há que se falar em
prática comercial abusiva ou propaganda enganosa quando o consumidor, no ano
de 2006, adquire veículo modelo 2007 e a reestilização do produto atinge apenas
os de modelo 2008, ou seja, não realizada no mesmo ano. STJ. 3ª Turma. REsp
1330174-MG, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 22/10/2013 (Info 533).

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Perda integral dos valores pagos em caso de desistência de


pacote turístico
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

É abusiva a cláusula penal de contrato de pacote turístico que estabeleça, para a


hipótese de desistência do consumidor, a perda integral dos valores pagos
antecipadamente. STJ. 3ª Turma. REsp 1321655-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 22/10/2013 (Info 533).

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É nula cláusula que limita valor da indenização em caso de


furto, roubo ou extravio do bem empenhado
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Em contrato de penhor firmado por consumidor com instituição financeira, é nula a


cláusula que limite o valor da indenização na hipótese de eventual furto, roubo ou
extravio do bem empenhado. STJ. 4ª Turma. REsp 1155395-PR, Rel. Min. Raul
Araújo, julgado em 1º/10/2013 (Info 529).
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Cobrança dos pacientes de plano de saúde por atendimento


fora do horário comercial
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

O hospital não pode cobrar, ou admitir que se cobre, dos pacientes conveniados a
planos de saúde valor adicional por atendimentos realizados por seu corpo médico
fora do horário comercial. STJ. 4ª Turma. REsp 1324712-MG, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 24/9/2013 (Info 532).

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É incabível a exigência de caução para atendimento médico-


hospitalar emergencial
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É incabível a exigência de caução para atendimento médico-hospitalar emergencial.


STJ. 4ª Turma. REsp 1324712-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
24/9/2013 (Info 532).

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Roubo ocorrido em veículo sob a guarda de vallet parking


que fica localizado em via pública
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

No serviço de manobrista em via pública não existe exploração de estacionamento


cercado com grades, mas simples comodidade posta à disposição do cliente. Logo,
as exigências de garantia da segurança física e patrimonial do consumidor são
menos contundentes do que aquelas atinentes aos estacionamentos de shopping
centers e hipermercados. STJ. 3ª Turma. REsp 1321739/SP, Rel. Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 05/09/2013.

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Resolução de promessa de compra e venda e restituição


imediata dos valores pagos
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis
Origem: STJ

Súmula 543-STJ: Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e


venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a
imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador —
integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou
parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. STJ.
2ª Seção. Aprovada em 26/8/2015, DJe 31/8/2015 (Info 567). É abusiva a cláusula
contratual que determina a restituição dos valores devidos somente ao término da
obra ou de forma parcelada, na hipótese de resolução de contrato de promessa de
compra e venda de imóvel submetido ao CDC, por culpa de quaisquer contratantes.
Em tais avenças, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo
promitente comprador — integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente
vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu
causa ao desfazimento. STJ. 2ª Seção. REsp 1300418-SC, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 13/11/2013 (recurso repetitivo) (Info 533). É abusiva a cláusula
de distrato, fixada no contrato de promessa de compra e venda imobiliária, que
estabeleça a possibilidade de a construtora vendedora promover a retenção integral
ou a devolução ínfima do valor das parcelas adimplidas pelo consumidor distratante.
Vale ressaltar, no entanto, que a jurisprudência entende que é justo e razoável que
o vendedor retenha parte das prestações pagas pelo consumidor como forma de
indenizá-lo pelos prejuízos suportados, notadamente as despesas administrativas
realizadas com a divulgação, comercialização e corretagem, além do pagamento de
tributos e taxas incidentes sobre o imóvel, e a eventual utilização do bem pelo
comprador. A jurisprudência normalmente considera razoável a retenção, pelo
promitente vendedor, de um percentual que varia de 10% a 20% dos valores já
pagos, devendo o restante ser devolvido ao promitente comprador. STJ. 4ª Turma.
REsp 1132943-PE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/8/2013 (Info 530).
ATENÇÃO! Veja ao final os comentários à Lei nº 13.786/2018, que acrescentou o
art. 67-A à Lei nº 4.591/64 prevendo o seguinte: Art. 67-A. Em caso de desfazimento
do contrato celebrado exclusivamente com o incorporador, mediante distrato ou
resolução por inadimplemento absoluto de obrigação do adquirente, este fará jus à
restituição das quantias que houver pago diretamente ao incorporador, atualizadas
com base no índice contratualmente estabelecido para a correção monetária das
parcelas do preço do imóvel, delas deduzidas, cumulativamente: I - a integralidade
da comissão de corretagem; II - a pena convencional, que não poderá exceder a
25% (vinte e cinco por cento) da quantia paga.

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Contaminação por causa de transfusão de sangue ocorrida


em hospital
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O hospital que realiza transfusão de sangue observando todas as cautelas exigidas


por lei não é responsável pelo fato de o paciente ter sido contaminado com hepatite
C, ainda que se considere que essa contaminação ocorreu por conta do fenômeno
da janela imunológica. STJ. 4ª Turma. REsp 1322387-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 20/8/2013 (Info 532).

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Direito de arrependimento: ônus de pagar as despesas


postais é do fornecedor
Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

Se o consumidor comprar algum produto ou serviço por telefone, pela TV ou internet


e, quando o receber, perceber que não gostou, ele tem direito de devolver,
percebendo de volta o que pagou. A isso se dá o nome de direito de arrependimento
(art. 49 do CDC). Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão
devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados (parágrafo único do art. 49 do
CDC). O ônus de arcar com as despesas postais decorrentes do exercício do direito
de arrependimento é do fornecedor e não pode ser repassado ao consumidor,
mesmo que o contrato assim preveja. STJ. 2ª Turma. REsp 1340604-RJ, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 15/8/2013 (Info 528).

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Vício de quantidade e direito à informação


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Ainda que haja abatimento no preço do produto, o fornecedor responderá por vício
de quantidade na hipótese em que reduzir o volume da mercadoria para quantidade
diversa da que habitualmente fornecia no mercado, sem informar na embalagem, de
forma clara, precisa e ostensiva, a diminuição do conteúdo. STJ. 2ª Turma. REsp
1364915-MG, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 14/5/2013 (Info 524).

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Comerciante que sofre acidente quando armazenava


produto pode ser considerado consumidor
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Determinado comerciante foi atingido em seu olho pelos estilhaços de uma garrafa
de cerveja, que estourou em suas mãos quando a colocava em um freezer,
causando graves lesões. Esse comerciante, que foi vítima de um acidente de
consumo, pode ser enquadrado no conceito ampliado de consumidor estabelecido
pela regra do art. 17 do CDC ("bystander"). O ônus de provar que não existia defeito
no produto é do fabricante. STJ. 3ª Turma. REsp 1288008/MG, Rel. Ministro Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 04/04/2013.

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Interpretação de cláusula mais favorável à parte aderente


Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

No caso de relação de consumo instrumentalizada por contrato de adesão, as


cláusulas contratuais que foram redigidas pela própria seguradora devem ser
interpretadas da forma mais favorável à parte que apenas aderiu ao contrato
(consumidora aderente), de acordo com o que dispõe o art. 47 do CDC. Assim, em
um determinado contrato de seguro de saúde, havia uma cláusula prevendo que os
tratamentos de saúde necessários ao filho da segurada também seriam cobertos,
desde que este tivesse nascido durante a vigência do pacto. O filho de uma
segurada dependente precisou de tratamento e a seguradora negou, afirmando que
a cobertura restringe-se ao filho da “segurada titular” e que, no caso concreto, o
indivíduo era filho da “segurada dependente”, razão pela qual não teria direito ao
tratamento. O STJ deu razão à consumidora e afirmou que, caso a seguradora
pretendesse restringir o campo de abrangência da cláusula contratual, deveria ter
especificado serem elas aplicáveis apenas a titular do seguro. STJ. 3ª Turma. REsp
1133338-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 2/4/2013 (Info 520).

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CEF não tem responsabilidade pela segurança de


correspondente bancário que funciona em casa lotérica
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A Caixa Econômica Federal — CEF não tem responsabilidade pela segurança de


agência com a qual tenha firmado contrato de permissão de loterias. Como as casas
lotéricas não são instituições financeiras, a CEF não é obrigada a adotar as mesmas
normas de segurança exigidas para as agências bancárias e que estão previstas na
Lei nº 7.102/83. Além disso, o contrato que é celebrado entre a CEF e os
permissionários das casas lotéricas estabelece que a unidade lotérica assume
responsabilidade direta e exclusiva por todos e quaisquer ônus, riscos ou custos das
atividades, inclusive por indenizações de qualquer espécie reivindicadas por
terceiros prejudicados. STJ. 4ª Turma. REsp 1224236-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 11/3/2014 (Info 536). STJ. 3ª Turma. REsp 1317472-RJ, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 5/3/2013 (Info 518).

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MP tem legitimidade para questionar informações em


cadastro de inadimplentes
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ACP com o objetivo de impedir
que as empresas incluam no cadastro de inadimplentes os consumidores em débito
que estejam discutindo judicialmente a dívida. Trata-se da defesa de direitos
individuais homogêneos de consumidores, havendo interesse social (relevância
social) no caso. STJ. 3ª Turma. REsp 1148179-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 26/2/2013 (Info 516).

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Furto ou roubo no cofre do banco que estava locado para


guardar bens de cliente
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Banco responde. O roubo ou furto praticado contra instituição financeira e que atinge
o cofre locado ao cliente constitui risco assumido pelo banco, sendo algo próprio da
atividade empresarial, configurando, assim, hipótese de fortuito interno, que não
exclui o dever de indenizar. STJ. 4ª Turma. REsp 1250997/SP, Rel. Min. Marco
Buzzi, julgado em 05/02/2013.

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Contrato de fidelidade com empresa de telefonia


Direito do Consumidor Práticas comerciais Assuntos diversos

Origem: STJ

A cláusula de fidelização prevista em contrato de telefonia é, em regra, legítima. O


prazo máximo de fidelidade que as empresas de telefonia podem exigir do cliente é
de 12 meses. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 253609-RS, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 18/12/2012 (Info 515).

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Cliente roubado na rua, após sacar dinheiro na agência


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Banco não responde. Se o roubo ocorre em via pública, é do Estado (e não do


banco) o dever de garantir a segurança dos cidadãos e de evitar a atuação dos
criminosos. STJ. 3ª Turma. REsp 1284962/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 11/12/2012.
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Teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Embora consagre o critério finalista para interpretação do conceito de consumidor,


a jurisprudência do STJ também reconhece a necessidade de, em situações
específicas, abrandar o rigor desse critério para admitir a aplicabilidade do CDC nas
relações entre os adquirentes e os fornecedores em que, mesmo o adquirente
utilizando os bens ou serviços para suas atividades econômicas, fique evidenciado
que ele apresenta vulnerabilidade frente ao fornecedor. Diz-se que isso é a teoria
finalista mitigada, abrandada ou aprofundada. Em suma, a teoria finalista mitigada,
abrandada ou aprofundada consiste na possibilidade de se admitir que, em
determinadas hipóteses, a pessoa, mesmo sem ter adquirido o produto ou serviço
como destinatária final, possa ser equiparada à condição de consumidora, por
apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade. Existem quatro espécies de
vulnerabilidade: a) técnica; b) jurídica; c) fática; d) informacional. STJ. 3ª Turma.
REsp 1195642/RJ, Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2012.

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Vício do produto e prazo de garantia


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O fornecedor responde por vício oculto de produto durável decorrente da própria


fabricação e não do desgaste natural gerado pela fruição ordinária, desde que haja
reclamação dentro do prazo decadencial de noventa dias após evidenciado o
defeito, ainda que o vício se manifeste somente após o término do prazo de garantia
contratual, devendo ser observado como limite temporal para o surgimento do
defeito o critério de vida útil do bem. STJ. 4ª Turma. REsp 984106-SC, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgado em 4/10/2012.

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Aquisição de veículo por taxista: relação de consumo


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibilidade
de aplicação das normas protetivas do CDC. STJ. 4ª Turma. REsp 611872-RJ, Rel.
Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 2/10/2012 (Info 505).

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Vício do produto em automóvel e responsabilização
solidária da concessionária e da fabricante
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibilidade
de aplicação das normas protetivas do CDC. A constatação de defeito em veículo
zero-quilômetro revela hipótese de vício do produto e impõe a responsabilização
solidária da concessionária (fornecedor) e do fabricante, conforme preceitua o art.
18, caput, do CDC. STJ. 4ª Turma. REsp 611872-RJ, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, julgado em 2/10/2012 (Info 505).

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Débitos da tarifa de água de antigo proprietário do imóvel


Direito do Consumidor Práticas comerciais Concessionárias de serviço público

Origem: STJ

A responsabilidade por débito relativo ao consumo de água e serviço de esgoto é


de quem efetivamente obteve a prestação do serviço. Trata-se de obrigação de
natureza pessoal, não se caracterizando como obrigação propter rem. Assim, não
se pode responsabilizar o atual usuário por débitos antigos contraídos pelo morador
anterior do imóvel. STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1313235-RS, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, julgado em 20/9/2012.

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Pode-se aplicar o CDC aos contratos anteriores à sua


vigência desde que sejam contratos de trato sucessivo
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável aos contratos celebrados antes


da sua vigência. Embora o CDC não retroaja para alcançar efeitos presentes e
futuros de contratos celebrados anteriormente a sua vigência, a legislação
consumerista regula os efeitos presentes de contratos de trato sucessivo e que, por
isso, foram renovados já no período de sua vigência. STJ. 4ª Turma. AgRg no AgRg
nos EDcl no REsp 323519/MT, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 28/08/2012.

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É assegurado ao aposentado o direito de manter sua


condição de beneficiário de plano privado de assistência à
saúde, com as mesmas coberturas assistenciais de que
gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde
que tenha contribuído pelo prazo mí
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A melhor interpretação a ser dada ao caput do art. 31 da Lei 9.656/98 é no sentido


de que deve ser assegurada ao aposentado a manutenção no plano de saúde
coletivo, com as mesmas condições de assistência médica e de valores de
contribuição, desde que assuma o pagamento integral desta, a qual poderá variar
conforme as alterações promovidas no plano paradigma, sempre em paridade com
o que a ex-empregadora tiver que custear. STJ. 4ª Turma. REsp 531.370/SP, Rel.
Min. Raul Araújo, julgado em 07/08/2012.

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Passageiro roubado no interior do transporte coletivo (exs.:


ônibus, trem etc.)
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Constitui causa excludente da responsabilidade da empresa transportadora o fato


inteiramente estranho ao transporte em si, como é o assalto ocorrido no interior do
coletivo. STJ. 3ª Turma. AgRg no Ag 1389181/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 26/06/2012.

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Roubo ocorrido no estacionamento privado que é oferecido


pelo banco aos seus clientes e administrado por uma
empresa privada
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Banco e estacionamento respondem. Tanto o banco como a empresa de


estacionamento têm responsabilidade civil, considerando que, ao oferecerem tal
serviço especificamente aos clientes do banco, assumiram o dever de segurança
em relação ao público em geral (Lei 7.102/1983), dever este que não pode ser
afastado por fato doloso de terceiro. Logo, não se admite a alegação de caso fortuito
ou força maior já que a ocorrência de tais eventos é previsível na atividade bancária.
STJ. 4ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 844186/RS, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, julgado em 19/06/2012.

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Compromisso de compra e venda de imóveis e juros no pé
Direito do Consumidor Práticas comerciais Compra de imóveis

Origem: STJ

Não é abusiva a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidentes em


período anterior à entrega das chaves nos contratos de compromisso de compra e
venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária. Em
outras palavras, os “juros no pé” não são abusivos. STJ. 2ª Seção. EREsp 670117-
PB, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. Antonio Carlos
Ferreira, julgados em 13/6/2012 (Info 499).

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Cliente roubado no posto de gasolina enquanto abastecia


seu veículo
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Tratando-se de postos de combustíveis, a ocorrência de roubo praticado contra


clientes não pode ser enquadrado, em regra, como um evento que esteja no rol de
responsabilidades do empresário para com os clientes, sendo essa situação um
exemplo de caso fortuito externo, ensejando-se, por conseguinte, a exclusão da
responsabilidade. STJ. 3ª Turma. REsp 1243970/SE, Rel. Min. Massami Uyeda,
julgado em 24/04/2012.

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Plano de saúde possui responsabilidade solidária por


danos causados pelos médicos e hospitais credenciados
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O plano de saúde é solidariamente responsável pelos danos causados aos


associados pela sua rede credenciada de médicos e hospitais. Assim, no caso de
erro médico cometido por profissional credenciado, a operadora responderá,
solidariamente, com o médico, pelos danos causados ao paciente. O plano de saúde
possui responsabilidade objetiva perante o consumidor, podendo, em ação
regressiva, averiguar a culpa do médico ou do hospital. STJ. 4ª Turma. REsp
866371-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 27/3/2012 (Info 494).

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Informação em caso de descredenciamento de médico em


plano de saúde
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde
Origem: STJ

Se houver descredenciamento de médicos ou hospitais, a operadora de plano de


saúde tem o dever de informar esse fato individualmente a cada um dos associados.
STJ. 3ª Turma. REsp 1144840-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/3/2012
(Info 493).

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Direito de ser atendido pelo seguro saúde em caso de


emergência ou urgência mesmo no período de carência
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

A legislação permite que o contrato estipule prazo de carência nos contratos de


planos de saúde e de seguros privados de saúde. No entanto, mesmo havendo
carência, as operadoras são obrigadas a oferecer cobertura nos casos de urgência
e emergência a partir de 24 horas depois de ter sido assinado o contrato (art. 12, V,
c, da Lei nº 9.656/98). STJ. 4ª Turma. REsp 962980-SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 13/3/2012.

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Inversão do ônus da prova no CDC


Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

A inversão do ônus da prova de que trata o art. 6º, VIII, do CDC é REGRA DE
INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la ser proferida
preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar
à parte a quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade
para manifestar-se nos autos. STJ. 2ª Seção. EREsp 422778-SP, Rel. para o
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV, b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012.

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Responsabilidade civil do médico em caso de cirurgia


plástica
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

I — A obrigação nas cirurgias meramente estéticas é de resultado, comprometendo-


se o médico com o efeito embelezador prometido. II — Embora a obrigação seja de
resultado, a responsabilidade do cirurgião plástico permanece subjetiva, com
inversão do ônus da prova (responsabilidade com culpa presumida) (não é
responsabilidade objetiva). III — O caso fortuito e a força maior, apesar de não
estarem expressamente previstos no CDC, podem ser invocados como causas
excludentes de responsabilidade. STJ. 4ª Turma. REsp 985888-SP, Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 16/2/2012 (Info 491).

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Limite de valor em tratamento pelo plano de saúde


Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde

Origem: STJ

É abusiva a cláusula do contrato de seguro-saúde (plano de saúde) que estabeleça


limite de valor para o custeio de despesas com tratamento clínico, cirúrgico e de
internação hospitalar. STJ. 4ª Turma. REsp 735750-SP, Rel. Min. Raul Araújo,
julgado em 14/2/2012.

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Prazo prescricional em caso de acidente aéreo


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

O prazo prescricional nas ações de responsabilidade civil por acidente aéreo


nacional é de 5 anos, com base no Código de Defesa do Consumidor. STJ. 4ª
Turma. REsp 1281090-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/2/2012.
Obs: se o voo for internacional, o prazo prescricional será de 2 anos, nos termos do
art. 29 da Convenção de Varsóvia (Decreto nº 20.704/1931). Isso porque “nos
termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor.” (STF. Plenário. RE
636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 25/5/2017. Repercussão geral. Info 866).

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Dano moral coletivo


Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

O banco pode ser condenado a pagar reparação por dano moral coletivo, em ação
civil pública, pelo fato de oferecer, em sua agência, atendimento inadequado aos
consumidores idosos, deficientes físicos e com dificuldade de locomoção. No caso
concreto, o atendimento desses clientes era realizado somente no segundo andar
da agência bancária, cujo acesso se dava por três lances de escada. STJ. 3ª Turma.
REsp 1221756-RJ, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 2/2/2012.

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Inversão do ônus da prova existe também quando o MP é o


autor da ação defendendo os consumidores
Direito do Consumidor Temas diversos Geral

Origem: STJ

É pacífico no STJ o entendimento segundo o qual o Ministério Público, no âmbito de


ação consumerista, faz jus à inversão do ônus da prova, a considerar que o
mecanismo previsto no art. 6º, inc. VIII, do CDC busca concretizar a melhor tutela
processual possível dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos e de
seus titulares — na espécie, os consumidores —, independentemente daqueles que
figurem como autores ou réus na ação. STJ. 2ª Turma. REsp 1253672/RS, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 2/8/2011.

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Termo inicial do prazo para ação de indenização por conta


de inscrição indevida
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

A fixação do termo inicial da prescrição deve observar o princípio da actio nata. Com
base no princípio da actio nata, o termo inicial do prazo prescricional para a
propositura de ação indenizatória, fundada em inscrição indevida em cadastros
restritivos de crédito, é a data em que o lesado toma conhecimento de que seu nome
foi incorretamente inscrito no referido cadastro. STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp
1074476/RJ, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 04/08/2009.

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Cliente roubado no estacionamento do banco


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Banco responde. O estacionamento pode ser considerado como uma extensão da


própria agência. STJ. 3ª Turma. REsp 1045775/ES, Rel. Min. Massami Uyeda,
julgado em 23/04/2009.

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Cliente roubado no interior da agência bancária
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Banco responde. Há responsabilidade objetiva do banco em razão do risco inerente


à atividade bancária (art. 927, parágrafo único do Código Civil e art. 14 do CDC.
STJ. 4ª Turma. REsp 1093617/PE, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em
17/03/2009.

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O simples erro no valor inscrito da dívida não gera dano


moral (ex: a dívida era de R$ 10 mil e foi inscrita como sendo
de R$ 15 mil).
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

O STJ entende que o simples erro no valor inscrito da dívida em órgão de proteção
de crédito não tem o condão de causar dano moral ao devedor, haja vista que não
é o valor do débito que promove o dano moral ou o abalo de crédito, mas o registro
indevido, que, no caso, não ocorreu, uma vez que a dívida existe, foi reconhecida
pelo autor e comprovada, expressamente. STJ. 4ª Turma. REsp 831162/ES, Rel.
Min. Jorge Scartezzini, julgado em 03/08/2006.

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Entidades de previdência complementar e aplicação do CDC


Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral

Origem: STJ

Súmula 563-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades


abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários
celebrados com entidades fechadas.

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Responsabilidade por fraudes e delitos nas operações


bancárias
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ
Súmula 479-STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos
gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no
âmbito de operações bancárias.

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Responsabilização civil de franqueadora em face de


consumidor
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

A franqueadora pode ser solidariamente responsabilizada pelos danos causados


pela franqueada aos consumidores. STJ. 3ª Turma. REsp 1.426.578-SP, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 23/6/2015 (Info 569).

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Decadência e pedido de prestação de contas sobre


cobranças de encargos bancários
Direito do Consumidor Responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço Geral

Origem: STJ

Súmula 477-STJ: A decadência do artigo 26 do CDC não é aplicável à prestação de


contas para obter esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos
bancários. STJ. 2ª Seção, DJe 19/6/2012.

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Envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação


do consumidor
Direito do Consumidor Práticas comerciais Contratos bancários

Origem: STJ

Súmula 532-STJ: Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito


sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito
indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa.

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Abusividade da cláusula que limita a internação hospitalar


do segurado
Direito do Consumidor Práticas comerciais Plano de saúde
Origem: STJ

Súmula 302 do STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita
no tempo a internação hospitalar do segurado.

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Não se exige prova de que o consumidor tenha efetivamente


recebido a notificação
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Súmula 404-STJ: É dispensável o Aviso de Recebimento (AR) na carta de


comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados
e cadastros.

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Consumidor que tinha notificação anterior legítima, não


receberá indenização caso sofra uma nova anotação
ilegítima
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Súmula 385-STJ: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não


cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado
o direito ao cancelamento.

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Prazo máximo no qual o nome do devedor pode ficar


negativado
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Súmula 323-STJ: A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços
de proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da
prescrição da execução.

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O credor tem a obrigação de retirar o nome do devedor no
cadastro negativo
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais
entendimentos do STJ sobre o tema

Origem: STJ

Súmula 548-STJ: Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do


devedor no cadastro de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do
integral e efetivo pagamento do débito. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 14/10/2015,
DJe 19/10/2015.

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Responsabilidade por ausência de notificação de inscrição


de correntista no CCF
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

Súmula 572-STJ: O Banco do Brasil, na condição de gestor do Cadastro de


Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), não tem a responsabilidade de notificar
previamente o devedor acerca da sua inscrição no aludido cadastro, tampouco
legitimidade passiva para as ações de reparação de danos fundadas na ausência
de prévia comunicação.

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Legalidade do sistema “credit scoring” e Súmula 550-STJ


Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos

Origem: STJ

Súmula 550-STJ: A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação


de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do
consumidor, que terá o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações
pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no respectivo cálculo.

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