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Antônio Máximo
Beatriz Alvarenga
Carla Guimarães
2120596 (AL)
www.sesieducacao.com.br
CAPÍTULO
Objetivos: O efeito causado pela ação de uma força muitas vezes depende da posição em que ela é apli-
cada. Operários costumam usar uma barra rígida apoiada em um ponto quando desejam deslocar
c Caracterizar as forças algum objeto mais pesado. Por que fazem isso?
que atuam em um Na ioga, para atingir a posição final da vela, uma pessoa que está deitada com as pernas esten-
corpo extenso e avaliar
didas paralelas ao chão levanta pouco a pouco as pernas, até que elas fiquem perpendiculares ao
situações de equilíbrio.
solo. Em que parte do corpo é aplicada a força?
c Identificar momento ou
INESBAZDAR/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES
torque de força.
c Aplicar as condições de
equilíbrio de um corpo
rígido no estudo das
alavancas.
y d1 d1
Translação e rotação
Ao estudarmos o equilíbrio de uma partícula, vimos que ela está em equilíbrio quando é nula
a resultante das forças que atuam sobre ela; isto é:
F&
ΣFx& 5 0
R& 5 0 ou d
ΣFy& 5 0
GLOSSÁRIO
porém, que, sob a ação apenas desse sistema de forças, o corpo entrará em rotação no sentido indi- Binário:
cado na figura 1, e a experiência mostra que a velocidade de rotação do corpo, velocidade angular,
é um sistema composto pela ação de
torna-se cada vez maior, isto é, a ação continuada daquele sistema de forças provoca uma rotação duas forças com mesma intensidade,
acelerada. Esse corpo, embora esteja em equilíbrio de translação, não está em equilíbrio de rotação, mesma direção e sentidos opostos, que
pois, por definição, para que isso ocorresse, ele não poderia estar girando (velocidade angular nula) são aplicadas em diferentes pontos.
ou deveria estar girando com velocidade de rotação uniforme (velocidade angular constante).
Portanto, o equilíbrio de um corpo não é garantido apenas pelas condições ΣF&x 5 0 e ΣF&y 5 0,
pois essas equações asseguram apenas o equilíbrio de translação. Torna-se necessário estabelecer
uma maneira de assegurar também o equilíbrio de rotação.
a
Maçaneta
F&
ARQUIVO DA EDITORA
FRENTE A
d
Quanto maior for a distância da linha
de ação da força ao eixo de rotação,
maior será o torque que ela produz.
Sob a ação de F&, a porta tende a girar em torno do eixo que passa por O, e essa rotação será mais
FÍSICA
acentuada quanto maior for o módulo de F&, ou seja, o corpo terá maior velocidade angular em um
dado intervalo de tempo. Observando a figura 2, pode-se perceber que, quanto maior for o valor da
distância d, mais acentuada será a rotação do corpo. Isso significa que será mais fácil abrir a porta se a
pessoa aplicar a força diretamente sobre a maçaneta da porta, pois nesse caso o ângulo a entre a linha
de ação da força e a distância d será igual a 90º.
M 5 F ? d ? sen a
M5F?d
Torque
COMENTÁRIOS
1) O conceito de torque é usado, mesmo que intuitivamente, com
grande frequência em nossa vida diária. Além do exemplo da
F&
porta (fig. 2), há a situação ilustrada na figura 4, que mostra um
Assim:
na figura 2, a força F& tende a fazer o corpo girar no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio, ou sentido anti-horário. Nesse caso,
atribui-se o sinal positivo ao momento da força;
na figura 3, a força F & tende a fazer a chave girar no sentido horário. Nesse caso, o momento da força é considerado negativo.
1 A figura deste exercício mostra uma barra rígida que pode 3 Um pêndulo é constituído por uma
a) qual é o módulo do torque, M1, que a força F&1 aplica à bar- cal, a distância d (perpendicular) de P& a O diminui gradualmente.
ra, em relação a O? Logo, o momento de P& em relação a O diminui.
A distância (perpendicular) de F&1 ao eixo O é d 5 AO 5 0,60 m.
Logo: |M1| 5 F1 ? d 5 20 ? 0,60 ⇒ |M1| 5 12 N ? m.
b) Qual é o valor do torque do peso P& (em relação a O) quan-
do o pêndulo passa pela vertical?
Quando o pêndulo passa pela vertical, temos d 5 0 e, então,
b) qual é o sentido da rotação que essa força tende a produ-
M 5 0.
zir na barra?
A força F&1 tende a provocar um deslocamento do ponto A para c) Por que o pêndulo não para quando passa pela posição
baixo, isto é, o sentido de rotação que ela tende a produzir na
vertical?
Evidentemente, em virtude do movimento adquirido, o pêndulo,
barra, em torno de O, é o sentido anti-horário.
por inércia, ultrapassa a posição vertical.
DA EDITORA
d1 F&1
Fig. 5 2 O equilíbrio de rotação desta barra é
obtido pela aplicação de dois torques de mesmo
módulo e de sentidos contrários.
Essa força dará origem a um momento ou torque que tenderá a provocar a rotação da barra
no sentido anti-horário. Sob a ação de F&1, a barra adquiriria uma rotação acelerada, isto é, não estaria
em equilíbrio de rotação. Se desejarmos colocar a barra em equilíbrio de rotação, deveremos anular o
momento de F&1 aplicando uma força F&2 que tenha um momento de mesmo valor que o de F&1 e que
produza rotação em sentido contrário, ou seja, no sentido horário. Lembrando a convenção de sinais
estabelecida para os momentos, vemos, então, que a soma dos momentos das forças que atuam na
barra deve ser nula, para que ela fique em equilíbrio de rotação. Matematicamente, teremos:
ΣM 5 F1d1 2 F2d2 5 0
Equilíbrio de rotação da barra
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
F&3 Essa análise feita para a barra da figura 5 é válida para um corpo rígido qualquer. Chegamos,
F&2
assim, às condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido.
F&4
F&1
Centro de gravidade
Fig. 6 2 A condição de equilíbrio de um Já sabemos que o peso de um corpo é o resultado das ações atrativas da Terra sobre ele.
corpo rígido é dada pelas equações: Quando se trata de uma partícula, essa ação será representada por uma força aplicada na partí-
ΣFx& 5 0 e ΣFy& 5 0 e ΣM 5 0. cula. Mas, se as dimensões do corpo não forem desprezíveis, as ações atrativas da Terra se farão
sobre cada partícula, isto é, essas ações constituirão um sistema de forças praticamente paralelas,
aplicadas em partículas diferentes. O peso P& do corpo será a resultante desse sistema de forças, e
COMENTÁRIO o ponto em que podemos supor que essa resultante está sendo aplicada é denominado centro
Se um corpo rígido estiver de gravidade do corpo (fig. 7).
em equilíbrio, as forças que nele BERENICE ABBOTT/PHOTO
RESEARCHERS/LATINSTOCK
atuam possuem módulos e dire-
ções que obedecem às equações
ΣF&x 5 0 e ΣFy& 5 0 e ΣM 5 0. Po-
deremos estabelecer três equa-
ções envolvendo as forças que
atuam no corpo, que permitirão
determinar o valor de até três
incógnitas relacionadas com a si-
tuação. Os exercícios resolvidos 1 Fig. 7 2 O centro de massa ou centro de gravidade (C.G.) de um corpo é o ponto onde podemos considerar que
e 2 ilustram esse procedimento. seu peso está sendo aplicado. O centro de massa de uma chave inglesa se move em linha reta, como se fosse
uma partícula.
FRENTE A
pela base de apoio do corpo (um cor-
po tende a ficar equilibrado quando
tem o centro de gravidade um pouco
C.G. C.G. abaixo do eixo de rotação). Nesse
caso, para que a pessoa não venha
FÍSICA
P&
P& P&
P& a se desequilibrar, ou até mesmo a
cair para frente, a parte traseira do
seu corpo tem de sofrer um desloca-
mento na linha horizontal para trás,
tentando manter a vertical passando
pelo centro de gravidade.
1 A figura ao lado mostra B 2 Uma pessoa, de peso PM 5 400 N, caminha ao longo de uma
uma barra homogênea, prancha, de peso P 5 300 N, apoiada por dois suportes, nos
rígida e horizontal OA, de pontos A e B a uma distância de 4,0 m um do outro, como
peso P 5 20 N, articulada mostra a figura abaixo. As forças N&A e N&B representam as rea-
em O (podendo girar em ções dos apoios sobre a prancha e seu centro de gravidade
torno de O), sustentada está situado no meio de AB.
por um cabo AB, preso a
uma parede no ponto B,
Um cabo ou fio tensionado só pode exercer força na dire- a) Estando a prancha em equilíbrio na posição horizontal e
ção do próprio cabo. Portanto, na figura, a tensão T& que o sendo x a distância da pessoa ao ponto B, determine o
cabo exerce na barra tem a direção e o sentido indicados. valor da reação N&A em função de x.
Por sua vez, uma articulação pode exercer uma força em b) Qual é a máxima distância x que a pessoa pode se afastar
qualquer direção e, por isso, a reação da articulação em O de B sem que a prancha se desequilibre, girando em tor-
sobre a barra foi representada por um vetor F& de direção no de B?
desconhecida. Além das forças F& e T&, estão também aplica- c) Na situação considerada no item anterior, qual será o valor
dos na barra seu próprio peso P& (no ponto médio, que é seu da reação N&B?
centro de gravidade) e o peso P&' aplicado em A.
Considerando os eixos x e y mostrados na figura e lembran- RESOLUÇÃO:
do que a barra está em equilíbrio, sabemos que as forças F&, a) Como a prancha está em equilíbrio, sabemos que os
T& , P& e P&' satisfazem as equações: momentos das forças que atuam sobre ela se anulam
(ΣM 5 0). Tomemos os momentos em relação ao ponto B,
ΣF&x 5 0, ΣF&y 5 0 e ΣM 5 0
pois, assim, a incógnita N&B, tendo momento nulo em rela-
Decompondo as forças segundo x e y, temos: ção a esse ponto, não aparecerá na equação:
ΣF&x 5 0 ⇒ Fx 2 T cos 60º 5 0
P ? d 2 NA ? AB
AB 2 PM ? x 5 0 ⇒
ΣF&x 5 0 ⇒ Fy 2 T cos 60º 2 20 2 10 5 0 2
Tomemos os momentos em relação a O (observe que as for- 4,00
4,
⇒ 300 ? ,0 2 400 ? x 5 0 ⇒
2 NA ? 44,0
ças Fx, Fy e T cos 60º passam por esse ponto e, portanto, seus 2
⇒ NA 5 150 2100x
2
momentos em relação a ele serão nulos):
b) Pela relação NA 5 150 2 100x, obtida no item anterior,
∑ M 5 0 ⇒ T sen 60 º ? OA 2 20 ? OA 2 10 ? OA 5 0
2 vemos que, à medida que x aumenta, a reação NA diminui.
Essas três equações constituem um sistema que nos permite Quando a prancha estiver prestes a girar em torno de B,
calcular os valores das incógnitas Fx, Fy e T. Resolvendo o sis- ela estará apenas encostada em A, sem comprimir esse
tema, obtemos: apoio, isto é, NA 5 0. Logo, o valor pedido de x será obtido
T 5 23 N, Fx 5 11,5 N e Fy 5 10 N da seguinte maneira:
0 5 150 2 100x ⇒ x 5 1,50 m
Conhecendo Fx e Fy, podemos determinar o módulo de F&:
c) Nessa situação, a prancha ainda está em equilíbrio, mas NA 5
F 5 Fx2 1 Fy2 5 (11,5)2 1 (10)2 5 0. Pela relação ΣFy& 5 0 (considerando y vertical), temos:
NA 1 NB 2 P 2 PM 5 0 ⇒ NB 5 300 1 400 ⇒ NB 5 700 N
Portanto, F 5 15,2 N.
Essa relação nos mostra que, como d1 . d2, F1 , F2, isto é, a pessoa consegue equilibrar o peso F2,
exercendo uma força menor do que esse peso (tanto menor quanto maior for a relação entre d1 e d2).
A condição de equilíbrio F1d1 5 F2d2 é válida para quaisquer valores e para qualquer tipo de alavanca.
O grande matemático e filósofo grego Arquimedes, no século III a.C., já conhecia essa condição de equilíbrio
das alavancas, embora o conceito de torque só tenha sido estabelecido recentemente.
d1 O d2
Tipos de alavanca
Voltando à figura 10, costuma-se dizer que a força F&2, que precisa ser equilibrada (ou deslocada),
é a força resistente ou resistência. Além disso, a força F&1, que é aplicada para equilibrar (ou deslocar)
a resistência, é usualmente denominada força potente ou potência. O ponto de apoio, como o
ponto O dessa figura, é em geral denominado ponto fixo ou fulcro.
De acordo com a posição relativa dos elementos que acabamos F&1 de descrever, as alavancas
costumam ser classificadas da seguinte maneira:
Alavanca interfixa: se o ponto de apoio está situado entre a potência e a resistência, como na
figura 10. O
Alavanca interpotente: se a força potente está situada entre o ponto de apoio e a resistência,
como na figura 11-A.
Alavanca inter-resistente: se a resistência está situada entre o ponto de apoio e a força potente,
como na figura 11-B. F&2
A B
PARA
F&1 F&1
REFLETIR FRENTE A
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA
O
Vários dispositivos que usamos
O em nossa vida diária são ala-
vancas (ou combinações delas).
FÍSICA
O
Dinâmica: torque, equilíbrio, projéteis e sistemas de corpos 11
PARA CONSTRUIR
5 Uma pessoa A, tentando fechar uma porta, aplica à maçaneta 7 (Enem) O mecanismo que permite articular uma porta (de
uma força F 5 40 N, perpendicularmente à porta, tendendo a um móvel ou de acesso) é a dobradiça. Normalmente, são
fazê-la girar no sentido horário. necessárias duas ou mais dobradiças para que a porta seja
a) Sabendo-se que a maçaneta dista 90 cm das dobradiças, fixada no móvel ou no portal, permanecendo em equilíbrio e
determine o torque (módulo e sinal), em relação às dobra- podendo ser articulada com facilidade.
diças, que a pessoa A aplica à porta. No plano, o diagrama vetorial das forças que as dobradiças
O sentido horário é negativo; logo: exercem na porta está representado em: d
MA 5 240 ? 0,90 ⇒ MA 5 236 N ? m
a) d)
b) Uma pessoa B consegue impedir que a porta seja fecha-
da, aplicando-lhe uma força F '& . Qual é o torque (módulo e
sinal) que B aplicou à porta (em relação às dobradiças)?
Se B conseguiu impedir a rotação da porta, concluímos que o
torque aplicado por ela deve ter sido MB 5 36 N ? m.
b) e)
c) Supondo que F '& também seja perpendicular à porta, apli-
cada a 20 cm das dobradiças, determine o módulo dessa
força.
De MB 5 F' ? d, com d 5 0,20 m, temos:
36 5 F ? 0,20 ∴ F' 5 180 N
30
Barra
29
28
27
26
45°
25
24
23
22
d) dP . dR, logo, FP , FR.
21
20
P 5 6,0 N
19
18
17
16
15
45°
14
13
12
11
Peso
9
45°
8
Pino de
7
seu dono com uma vara cuja força peso, de módulo 20 N, (P)
6
5
apoio
4
(D)
2
1
0
m2
d 0,10 m
L A
Portão
1,80 m
1,60 m
Apoio
Apoio P
Apoio
Bíceps
F&
FRENTE A
O
P&
16
C
cm
OA 5 1,5 m; OB 5 1,0 m; OC 5 2,0 m
x
O
ARQUIVO DA EDITORA
penas muito rígidas, conforme figura abaixo. No esquema a
seguir estão indicadas as direções das forças nos pés (T) e
na cauda (C) do pica-pau – que passam pelo seu centro de O
F&vento
F&1
mg
F&3
F&2
DA EDITORA
F&1
mg
Sendo incapaz de desenvolver esse esforço, a pessoa usa
F&3 uma barra de ferro (alavanca), de peso desprezível, da manei-
ra mostrada na figura deste exercício.
F&2
a) Qual é o tipo de alavanca usado pela pessoa?
b) Suponha que a pessoa tenha usado um apoio O situado
d) a 30 cm dos pés a serem levantados. Qual é o valor da
força F&, aplicada pela pessoa a 1,50 m de O, para manter o
piano em equilíbrio, na posição da figura?
F&vento
c) Qual é o valor da reação N& que o apoio O exerce na alavanca?
d) Qual é o valor da compressão que a alavanca exerce sobre
o apoio? Explique.
FRENTE A
20,0 N
A B C 40,0 N
FÍSICA
a) 5,0.
b) 10,0.
c) 20,0.
m1 m2
d) 30,0.
Modelo simplificado de um móbile. e) 40,0.
Figura II
E S1 B S2 E
0,10 m
9 (Enem) Um portão está fixo em um muro por duas dobradi-
g m
Ene-6
ças A e B, conforme mostra a figura, sendo P o peso do por-
C 0
H-2 tão. Caso um garoto se dependure no portão pela extremida-
de livre, e supondo que as reações máximas suportadas pelas
dobradiças sejam iguais:
a) 5 kg. d) 20 kg.
Newton.
a) é mais provável que a dobradiça A arrebente primeiro
a) A ponte pênsil de São Vicente (SP) foi construída em 1914.
que a B.
O sistema de suspensão de uma ponte pênsil é composto
b) é mais provável que a dobradiça B arrebente primeiro
por dois cabos principais. Desses cabos principais partem
que a A.
cabos verticais responsáveis pela sustentação da ponte. O
c) seguramente as dobradiças A e B arrebentarão simulta-
desenho esquemático da figura I a seguir mostra um dos
neamente.
cabos principais (AOB), que está sujeito a uma força de
d) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço.
tração T exercida pela torre no ponto B.
A componente vertical da tração T V tem módulo igual a e) o portão quebraria ao meio, ou nada sofreria.
um quarto do peso da ponte, enquanto a horizontal TH tem
módulo igual a 4,0 ? 106 N. Sabendo que o peso da ponte é ANOTAÇÕES
P 5 1,2 ? 107 N, calcule o módulo da força de tração T.
TV& T&
y
A B TH&
O
x
C D
Figura I
2 Movimento de um projétil
e sistemas de corpos
Durante o movimento do projétil no ar, ele estará sujeito à ação de seu peso e da força de
resistência do ar. Em nosso estudo, vamos considerar apenas as situações nas quais a resistência do
ar é desprezível em relação ao peso do objeto. Nesses casos, o projétil descreve uma trajetória curva,
semelhante àquela mostrada na figura 1. Podemos mostrar que essa curva é uma parábola.
Como a única força que atua no projétil é seu peso, concluímos que o movimento é acelerado e
sua aceleração será a aceleração da gravidade g &. Observe que, no movimento do projétil, a aceleração
g & e a velocidade v &, em geral, não têm a mesma direção nem se mantêm perpendiculares entre
si. Por essa razão, o estudo desse movimento deverá ser abordado de uma maneira especial, que
apresentaremos a seguir.
e v &y (vertical). Isso nos permitirá analisar o movimento do projétil como uma composição de dois
movimentos: um movimento horizontal, ao longo de x (com velocidade v &x), e um movimento
vertical, ao longo de y (com velocidade v &y) .
As componentes v &x e v &y , num instante qualquer, poderiam ser imaginadas como as velocidades
com que se deslocariam, sobre x e y, as sombras do projétil projetadas ortogonalmente sobre esses
Aceleração do projétil
Vamos analisar o movimento segundo os eixos x e y.
Para o movimento do projétil, como para outro movimento qualquer, sabemos que, em cada
instante, a segunda lei de Newton é válida, isto é, F & 5 ma &. Na análise, segundo os dois eixos, temos:
F x 5 max e F y 5 may
em que Fx e ax são as componentes de F& e a& sobre o eixo x e Ry e ay são as componentes de F & e a &
sobre o eixo y. Sendo o peso do objeto a única força que atua no projétil, a qual, como sabemos, é
uma força vertical, dirigida para baixo, sua projeção sobre o eixo x é nula, ou seja, Fx 5 0. Logo:
Fx
ax 5 ∴ ax 5 0
m
Fy 2mg
ay 5 5 ∴ a y 5 2g
m m
Velocidade do projétil
Vimos que a componente horizontal v &x da velocidade do projétil permanece constante durante
o movimento.
Observe, pela figura 1, que no instante do lançamento (t 5 0) a componente horizontal da velocidade
inicial é v0x 5 v0 cos u. Como essa componente não varia (pois ax 5 0), em qualquer instante, temos:
vx 5 v0x ou vx 5 v0 cos u
vy 5 v0y 2 gt ou vy 5 v0 sen u 2 gt
Determinando os valores de v x& e v y& em cada instante, conseguimos obter o módulo da velocidade
v & do projétil naquele instante, pois, sendo v & a resultante de v x& e v y& , vem, pela figura 1, que:
v 2 5 v 2x 1 v 2y ou v 5 v 2x 1 v 2y
Por sua vez, y representa o deslocamento ao longo do eixo y. Como esse movimento é
uniformemente variado, com uma aceleração ay 5 2g, temos:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1 Uma atleta arremessa obliquamente o peso com uma ve- Observe que, como vy > 0, podemos concluir que o peso,
locidade inicial v0 5 10 m/s e um ângulo de lançamento nesse instante, está se movendo para cima, como represen-
u 5 60º. Suponha que g 5 10 m/s2, despreze a resistência tado pelo ponto A da figura. O módulo da velocidade v &A da
do ar e considere o instante do lançamento como a ori- bola, nesse instante, será:
gem da contagem do tempo (t 5 0).
v A 5 v 2x 1 v 2y 5 5,02 1 3,662 ∴ v A 5 6,1m/s
a) No instante t 5 0,50 s, qual é o valor da velocidade do
peso? b) A posição do peso, como vimos, é fornecida pelas coor-
b) Qual é a posição do peso no instante t 5 0,50 s? denadas xA e yA do ponto A, no qual está o peso naquele
c) Determine os valores das componentes vx e vy da veloci- instante (veja a figura). Temos:
dade do peso no instante t 5 1,22 s. xA 5 (v0 cos u) t 5 10 ? cos 60º ? 0,50 [ xA 5 2,5 m
d) Determine a posição do peso no instante t 5 1,22 s. 1
u) t 2 gt2 5 10 ? sen
y A 5 ( v 0 sen u 60° ? 0,50 2 ?
sen 60 2
∴
2
RESOLUÇÃO:
a) O peso descreverá uma parábola (movimento de um
2
° 2 1 ? 10 ? 0, 502 ∴ y A 5 3,1m
2
projétil) e sua velocidade poderá ser obtida se conhecer-
c) Usando as equações conhecidas:
mos suas componentes v &x e v &y , analisadas nesta seção.
Assim: vx 5 v0 cos u 5 10 ? cos 60º [ vx 5 5,0 m/s
vx 5 v0 cos u 5 10 ? cos 60º [ vx 5 5,0 m/s Observe que esse valor é o mesmo obtido para vx no ins-
vy 5 v0 sen u 2 gt 5 10 ? sen 60º 2 10 ? 0,50 [ vy 5 3,6 m/s tante t 5 0,50 s (o valor da componente horizontal vx é
constante no movimento do projétil).
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
y
vy 5 0
vx- Para vy, temos:
FRENTE A
vy- vA-
B vx-
A vy 5 v0 sen u 2 gt 5 10 ? sen 60º 2 10 ? 1,22 [ vy 5 23,6 m/s
vx-
v0- H vy- O valor negativo obtido para vy mostra que, no instante
yA yB t 5 1,22 s, o peso está se movendo para baixo. Como
u
FÍSICA
RESOLUÇÃO: 2v 0 ssen u
2a) t 5 , que corresponde ao instante em que o
g
a) Quando o peso atinge o ponto mais alto da trajetória, a
projétil chega no ponto P.
componente vy de sua velocidade se anula, isto é, a velo-
b) O alcance A corresponde ao valor de x no instante calcula-
cidade da bola é constituída apenas pela componente vx,
do no item anterior. Logo, lembrando que x 5 (v0 cos u)t:
como está indicado na figura do exercício resolvido 1. Fa-
zendo vy 5 0 na equação vy 5 v0 sen u 2 gt, obteremos o 2v 0 sen u v 02 ((2 sen u ? coss u )
sen
A 5 v 0 cos u 5
tempo solicitado. Assim: g g
v ssen u Como 2 sen u cos u 5 sen(2u), temos:
0 5 v 0 sen gt ∴ t 5 0
sen u 2 gt ⇒
g
2 v 20 sen(22u )
A5
10 sen 60° g
⇒ t5 ⇒ t . 0, 886 s
10
c) Pela expressão obtida no item anterior, notamos que, para
b) O valor de H (veja a figura) corresponde ao valor de um mesmo valor da velocidade inicial v0, é possível obter
y no instante calculado no item anterior. Da equação diferentes valores do alcance, variando apenas o ângulo
1 de elevação u (fig. 2).
y 5 (v en u )t 2 gt2, temos:
( v 0 ssen
2
2
75°
15°
V0
Fig. 2 2 O alcance de um projétil é máximo quando o ângulo
de lançamento é de 45°.
u
P Assim, percebemos que o maior valor de A ocorrerá quan-
0 do sen(2u) 5 1, pois o maior valor do seno de um ângulo
A
é igual a 1. Como esse valor ocorre quando o ângulo é
a) Quanto tempo decorre, desde o instante do lançamento, igual a 90º:
até que o projétil chegue ao ponto P? 2u 5 90º [ u 5 45º
o arco é usado em competições. No lado norte de Kyoto, no Santuário xintoísta Kamigamo, a ceri-
mônia Musha Jinji (Mu: guerreiro/samurai; sha: atirar) é celebrada como uma forma de expulsar os
maus espíritos e trazer boa sorte no Ano-Novo (na religião xintoísta, jinja é o lugar onde o espírito,
ou divindade, é conservado ou de onde é convocado).
v Altura
B
Alvo
v Altura
Distância
Fig. 3 2 A flecha é lançada formando uma trajetória parabólica (B) para compensar o
efeito da gravidade (A).
Em 1900, o tiro com arco, popularmente conhecido como arco e flecha, foi introduzido nos
Jogos Olímpicos, mas como não havia consenso entre os países sobre as regras o esporte foi retirado
da competição até 1972. Atualmente, as competições com arco podem envolver tiro com arco re-
curvo, que utiliza arco similar ao da Idade Média, e o arco composto, que dispõe de um sistema de
roldanas. Ambos os sexos podem participar da competição.
Com base em: DUARTE, O. História dos esportes. São Paulo: Senac, 2003. VIEIRA, S.
O que é atletismo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/COB, 2007.
1 (ITA-SP) Uma pequena bola de massa m é lançada de um pon- 2 (Unicamp-SP) Um jogador de futebol chuta uma bola a 30 m
m
Ene-5
to P contra uma parede vertical lisa com certa velocidade v0, do gol adversário. A bola descreve uma trajetória parabólica,
C 7
H-1 numa direção de ângulo a em relação à horizontal. Considere passa por cima da trave e cai a uma distância de 40 m de sua
que após a colisão a bola retorne ao seu ponto de lançamen- posição original.
to, a uma distância d da parede, como mostra a figura.
m
p a
Nessas condições, o coeficiente de restituição dado por Se, ao cruzar a linha do gol, a bola estava a 3 m do chão, a
v altura máxima por ela alcançada esteve entre: b
e 5 afastamento deve ser: a a) 4,1 e 4,4 m. c) 3,2 e 3,5 m.
v aproximação
b) 3,8 e 4,1 m. d) 3,5 e 3,8 m.
gd 4gd
a) e 5 d) e 5 y (m)
(v 20 sen 2α 2 gd) (v 20 cos 2α 2 2gd)
2gd gd A vx 5 v0x
b) e 5 e) e 5 H
(v 20 cos 2α 2 2gd) (v 20 tg 2α 2 2gd) h B
3
3gd v0y
c) e 5 H2h
(v 20 sen 2α 2 2gd)
C
af: afastamento; ap: aproximação
Até a bola se chocar com a parede, teremos o tempo: 0 v0x 20 30 40 x (m)
x 5 (v 0 cos u)t 10 m 10 m
d
t ap 5
v 0 cos u A distância percorrida é igual nos intervalos A-B e B-C; logo, a
componente horizontal da velocidade vx se mantém constante.
Após a colisão da bola contra a parede, supondo que não houve
No intervalo entre A e B, temos:
alteração do módulo da componente vertical da velocidade da
bola, teremos: g
h 5 t2
tap 1 taf 5 ttotal 2
tap: tempo de subida da bola até colidir com a parede; No intervalo entre A e C, temos:
taf: tempo de voo do ponto onde bateu na parede até retornar ao solo.
g g
Como as velocidades horizontais são constantes, temos: H 5 (2t)2 ⇒ H 5 4 t 2 ⇒ H 5 4h
2 2
∆S d d
v5 ; t ap 5 ; t af 5
∆t v x ap v x af Com base na figura, temos:
∆v v H 2 h 5 3 ⇒ 4h − h 5 3 ⇒ 3h 5 3 ⇒ h 5 1m
a5 ; t total 5 0y ∴ H5 4m
∆t g
d d v
t ap 1 t af 5 t total ⇒ 1 5 0y ⇒
v x ap v x af g
d d 2v 0 sen α d 2v sen α d
⇒ 1 5 ⇒ 5 0 2 ⇒
v 0 cos α v x af g v x af g v 0 cos α FRENTE A
d v 2 2 sen α cos α − dg dgv 0 cos α
⇒ 5 0 ⇒ v x af 5 2 ⇒
v x af gv 0 cos α v 0 2 sen α cos α − dg
dgv 0 cos α
⇒ v x af 5 2
v 0 sen 2α − dg
FÍSICA
y P
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
GRÁFICO/ARQUIVO DA
na aceleração do sistema como um todo, a qual é determinada
exclusivamente pela resultante das forças externas. F-
AVITS ESTÚDIO
B A
Nos exercícios a seguir serão analisados os movimentos de
EDITORA
sistemas de corpos nos quais calcularemos forças e acelerações
relacionadas com esses movimentos. Fig. 4 – A força F & está acelerando os dois corpos, A e B.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
4 Considere o sistema, constituído pelos blocos A e B, mostrado em A: o peso P&A e a reação normal N&A , que se equilibram.
na figura a seguir, no qual mA 5 2,0 kg e mB 5 3,0 kg. Esse con-
em B: o peso P&B e a reação normal N&B, que também se
junto é submetido à ação de uma força externa F&, de módulo
equilibram.
F 5 10 N, e se desloca sobre uma superfície horizontal sem atri-
Assim, a resultante das forças externas está representada
to. O fio (ou corda) que une os blocos tem massa desprezível.
pela força F&, isto é, a força F& está acelerando os dois cor-
N %B pos, A e B, em conjunto. Logo, o módulo da aceleração do
N %A
a& sistema será:
a&
a5 F 5
B A F& 10 ∴ a 5 2,0 m/s2
m 2,00 1 3,0
P&B P&A
b) Para calcular a tensão no fio, teremos de analisar as forças
a) Determine a aceleração do sistema de corpos. internas de interação entre os corpos que constituem o
b) Calcule a tensão no fio que une os corpos A e B. sistema. Quando a força F& atua em A, tendendo a deslo-
car o sistema, o corpo A solicita a extremidade do fio com
RESOLUÇÃO: uma força TA, que representa a tensão nessa extremidade
a) Como se deslocam em conjunto, pois o fio permanece es- do fio. Essa força está mostrada na figura (a) a seguir, na
ticado e não se distende, os dois corpos vão adquirir a mes- qual, para maior clareza, a corda está desenhada como se
estivesse separada dos corpos A e B.
FRENTE A
ma aceleração a & representada na figura. A maneira mais di-
reta de determinar essa aceleração consiste em procurar a Pela terceira lei de Newton, o fio reage e atua sobre A com
resultante F & das forças externas que atuam no sistema, isto uma força igual e contrária, como está mostrado em (a).
é, a força responsável por essa aceleração. Como a massa O fio esticado puxa o corpo B com uma força TB e este,
total do sistema, m 5 mA 1 mB, é conhecida, a aceleração reagindo, produz na extremidade do fio uma tensão de
FÍSICA
do conjunto poderá ser calculada por meio da segunda lei módulo igual a TB (terceira lei de Newton). A corda está,
F portanto, sob a ação das forças de módulos TA e TB de sen-
de Newton: a & 5 . Além da força F&, as forças externas que
m tidos contrários, que atuam em suas extremidades, e se
atuam no sistema estão mostradas na figura: desloca com a mesma aceleração a & do conjunto.
Vamos decompor esse peso em suas componentes nor- A diferença encontrada no último algarismo ou algarismo
mal e paralela ao plano inclinado: duvidoso para o valor de T é causada por aproximações feitas
mAg cos u 5 2,0 ? 10 ? cos 30° ou mAg cos u 5 17,2 N nos cálculos. Os valores obtidos são fisicamente equivalentes
mAg sen u 5 2,0 ? 10 ? sen 30° ou mAg sen u 5 10,0 N porque diferem apenas no algarismo duvidoso.
6 (UFRGS-RS) Dois blocos, de massas m1 5 3,0 kg e m2 5 1,0 kg, Responda à questão do fiscal, considerando que:
ligados por um fio inextensível, podem deslizar sem atrito sobre as carteiras são idênticas, podendo ser consideradas pontos
um plano horizontal. Esses blocos são puxados por uma força materiais que se movem em linha reta;
horizontal F de módulo F 5 6 N, conforme a figura a seguir. as intensidades das forças de atrito estático máximo e de
(Desconsidere a massa do fio.) atrito dinâmico são muito próximas, podendo ser conside-
a
radas iguais;
o piso da sala é plano e horizontal;
m1
cada carteira tem massa 25 kg.
T m2 F a) 5 N c) 10 N e) 30 N
b) 6 N d) 15 N
A figura a seguir representa as forças aplicadas na direção hori-
A tensão no fio que liga os dois blocos é: d zontal e a resultante em uma carteira na situação em que apenas
a) zero. c) 3,0 N. e) 6,0 N. ela acelera:
b) 2,0 N. F 5d)
m ?4,5
a N.
R&
Observando F 5 (m1 1vemos m2 ) ? aque aF força
F 5 m ? a a figura, 5 m ?Faé a força que coloca em
movimento 6F sistema.
5) (3
5 1? a1) ?Logo,
a
F 5 (m1 1om m
2 6? a temos:
F 5 (m1 1 m2 ) ? a
A& F&
F 56m 5?(3a 1⇒1)aF?55a (m1 1 m2 ) ? a ⇒ 6 5 (3 1 1) ? a ⇒
F 5 (m161 m2 )6?5a 4(3 1 1) ?2 a a5
6
⇒ 5 ⇒ a 5 1,5 m/s
6 5a(3 14 1) ? aa 5 6 4
2 Encontrando a resultante e aplicando a segunda lei de Newton,
Para
a 65
encontrarmos
1,5 m/s 2
4 a tensão no a5
fio, 1,5 Tm/s
podemos 5 misolar
? a um dos blocos
a5 temos:
4
e analisar as aforças m/s2 T 5nele.
5 1,5 atuantes m ? aDessaTforma,
5 m1 ? a força resultante
2 F 2 A 5 R ⇒ F 2 A 5 m ? a ⇒ F 2 A 5 25 (equação 1)
a 5bloco
no 1,5 m/s 1éT 5 m ? a tensão:
a própria T 5 m1 ? a T 5 3 ? 1,5 Estando em equílibrio, temos: F 5 6 ? A (equação 2)
T 5 m ? a ⇒ T 5 m1 ? a ⇒ T 5 3 ? 1,5 ⇒ T 5 4,5 N
T 5 m1 ? a T 5 3 ? 1,5 T 5 4,5 N
T 5 3 ? 1,5 T 5 4,5 N 6A F
T 5 4,5 N
2 (UFMG – Adaptada) Uma bola é lançada horizontalmente, de 6 No sistema da figura a seguir, o corpo B desliza sobre um pla-
certa altura, e cai sobre uma superfície rígida, plana e hori- no horizontal sem atrito. Ele está ligado por meio de um siste-
zontal. Uma parte da trajetória dessa bola está mostrada nes- ma de fios e polias ideais a dois corpos A e C que se deslocam
ta fotografia estroboscópica, que consiste na superposição verticalmente. As massas de A, B e C valem, respectivamente,
de diversas imagens registradas em instantes consecutivos. 5 kg, 2 kg e 3 kg. Determine a aceleração do conjunto e a
intensidade das forças de tração nos fios.
Dado: g 5 10 m/s2.
mB 5 2 kg
mC 5 3 kg
mA 5 5 kg
Nessa figura, tanto na escala horizontal como na vertical, cada
divisão mede 10 cm. A massa da bola é de 0,20 kg e, na foto, o in- 7 (IFCE) Na figura ao lado, o fio
A
tervalo de tempo entre uma exposição e outra é de 0,020 s. Con- inextensível que une os corpos
siderando essas informações, determine o módulo da veloci- A e B e a polia têm massas des-
dade da bola no instante em que ela é lançada horizontalmente. prezíveis. As massas dos corpos FRENTE A
são mA 5 4,0 kg e mB 5 6,0 kg.
3 (UCS-RS) Uma noiva, após a celebração do casamento, tinha Desprezando-se o atrito entre
de jogar o buquê para as convidadas. Como havia muitas ex- o corpo A e a superfície, a ace- B
FÍSICA
-namoradas do noivo, ela fazia questão de que sua melhor ami- leração do conjunto, em m/s , 2
9 (UFMG) Observe estes quatro sistemas de roldanas, em que 1 (UEM-PR) Do topo de uma plataforma vertical com 100 m
de altura, é solto um corpo C1 e, no mesmo instante, um cor-
objetos de mesma massa são mantidos suspensos, em equi-
po C2 é arremessado de um ponto na plataforma situado a
líbrio, por uma força aplicada na extremidade da corda:
80 m em relação ao solo, obliquamente formando um ân-
gulo de elevação de 30° com a horizontal e com velocidade
inicial de 20 m/s. Considerando que os corpos estão, inicial-
F2 mente, na mesma linha vertical, desprezando a resistência do
ar, e considerando g 5 10 m/s2, dê a soma das alternativas
F1 que forem corretas.
(01) A altura máxima, em relação ao solo, atingida pelo cor-
po C2 é de 85 m.
(02) Os dois corpos atingem a mesma altura, em relação ao
solo, 1,5 segundo após o lançamento.
(04) O corpo C2 demora mais de 6 segundos para atingir o solo.
F3
(08) Os dois corpos atingem o solo no mesmo instante de
F4 tempo.
(16) A distância entre os corpos, 2 segundos após o lança-
mento, é de 20 3 metros.
a) 1 N. c) 7 N. e) 13 N.
b) 4 N. d) 10 N.
4,5 m
300 m
Lançador
de granadas D Plataforma A m
a Montanha Solo
ANOTAÇÕES
1 (UFTM-MG) Ao apontar seu lápis, além de uma pequena 4 (PUC-RJ) Um bloco de massa M 5 1,0 kg
força aplicada sobre ele na direção do apontador, o me- está preso a uma polia de raio R 5 0,2 m R
nino aplica um binário de forças, orientado conforme o através de um fio inextensível e sem mas-
desenho. sa como mostra a figura. Sabendo que
o bloco desce com uma aceleração de
3,0 m/s2, calcule o torque em N ? m rea-
lizado pelo fio na extremidade da polia.
CASA DE TIPOS/ARQUIVO DA EDITORA
3 (PUC-RJ) Um pêndulo é formado por uma bola de 4,0 kg 6 (Vunesp) O gol que Pelé não fez
e um fio ideal de 0,2 m de comprimento. No ponto mais Na Copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslováquia,
alto de sua trajetória, o cabo que sustenta o pêndulo for- FRENTE A
Pelé pega a bola um pouco antes do meio de campo, vê
ma um ângulo de 30º com a vertical. Indique o módulo o goleiro tcheco adiantado e arrisca um chute que entrou
do torque realizado pelo peso da bola em N ? m nesse para a história do futebol brasileiro. No início do lance, a
ponto. bola parte do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s) e,
FÍSICA
Dado: g 5 10,0 m/s2. três segundos depois, toca novamente o solo atrás da linha
a) 0,4 c) 6,8 e) 100 de fundo, depois de descrever uma parábola no ar e passar
b) 4,0 d) 10,0 rente à trave, para alívio do assustado goleiro.
P v&
4m
37º
A B
Se os fios e a roldana são ideais, a massa do corpo B vale: (Dados: cos a 5 0,6 e sen a 5 0,8.)
a) 9,0 kg.
b) 8,5 kg.
c) 8,0 kg.
d) 7,5 kg.
e) 7,0 kg.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA (Gref). São Paulo: Edusp, 1990. v. 1.
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NUSSENZVEIG, M. H. Curso de Física básica. São Paulo: Edgard Blücher, 1988. v. 1-2.
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TIPLER, P. A. Física. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1978.
VIEIRA, S. O que é atletismo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/COB, 2007.
42 mil viagens de caminhões carregados de açúcar entre a cidade e b) 70,8 kN Veja, no Guia do Professor, a resolução
o porto de Santos. Espera-se que o transporte ferroviário contribua c) 71,9 kN desta questão.
para a redução de emissão de gases poluentes dos caminhões e re- d) 31,6 kN
duza o custo da logística rodoviária. e) 74,1 kN
39
QUADRO DE IDEIAS
Dinâmica
Vários autores.
14-12902 CDD-373.19
2015
ISBN 978 85 0817 162-0 (AL)
ISBN 978 85 0817 167-5 (PR)
1ª edição
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Impressão e acabamento
Uma publicação