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D-BEDA KECKEISEN O°S-B Missal QuomipIno COMPLETO / EM LATIM E PORTU- ’ GUES | COM O PROPRIO. DO BRASIL EDICAO A EDITADO E 1MPRESSO NAS OFICINAS TIPOGRAFICAS DO MOSTEIRO DE SAO BENTO’ BAHIA REIMPRIMATUR. Bahia, 24 de Maio de 1947. Mons. Apio Silva. Vigério Geral. REIMPRIMATUR. Bahia, 26 de Maio de 1947. : Placido Staeb, 0. S. B. Arquiabade. SEXTA EDIGAO As ilustragdes sao do artista Ir. Paulo Lachenmayer, O. S. B. Todos os direitos reservados. PREFACIO No transcorrer dos primeiros séculos do Cristianismo era a Santa Missa a fonte de férgas para os Fiéis, quer a celebrassem os Sacerdotes no siléncio e-nas trevas das catacumbas, quer nas imponentes Basilicas da antiguidade. Os tempos atuais, em que novas misticas abalam os ali- cerces da sociedade humana, encontram-se ainda uma vez em face do problema de fazer valer e triunfar as féreas do Cristianismo. Foi o imortal Papa Pio X, quem, em breves e lumino- sas palavras, tragou um programa visando solucionar o magno problema: ‘“‘Restaurar tudo em Jestis Cristo.” Todo ésse programa girava em térno de um sé pont A Sagrada Eucaristia: Sacrificio e Sacramento Simples era a palavra que devia servir de norma: “Os figis nado devem rezar durante a Missa e sim rezar a Missa.” O Santo Sacrificio da Missa s6 sera bem compreendido, podendo produzir os seus melhores e mais abundantes frutos para os fi¢is, quando entre éstes e o Celebrante existir uma unido muito intima, de modo a permitir entre os mesmos e a Igreja, cujo representante € o Sacerdote, a mais perfeita harmonia de pensamentos e preces. No Santo Sacrificio, mais do que em qualquer outra mani- festagdo de nosso culto a Deus, tem uma plena realizagao a palavra de Santo Agostinho: “Colimus Deum precando, colit nos Deus miserando.”” Rendemos culto a Deus, re- zando, e Deus cuida de nds, comunicando-nos os te- souros de sta misericérdia. Nossas relagdes para com Deus s&o expressas pela Oragdo e pelo Sacrificio; as relagdes de Deus para conosco sdo © exercicio de sua misericérdia infinita, instruindo-nos e comunicando-se a nés. E onde melhor se realizaré ésse intercdmbio espi- ritual do que no Santo Sacrificio da Missa? Néle falamos a Deus e Ele nos fala; néle nos oferecemos a Deus em unido com o divino Medianeiro, que é Jestis Cristo, e Ele se une ‘as nossas almas, no Sacramento do amor. No intuito de auxiliar aos Sacerdotes e fiéis, a uns, a ensinar, a outros, a aprender, e désse modo, correspon- derem aos desejos da santa Igreja, que sao os _prdéprios desejos de Jestis Cristo, publicamos em 1930 os fasciculos das Missas dominicais e principais festas; em 1933, ano em que se realizou o I. Congresso Eucaristico Nacional 8. Prefécio da Y. edicdo o Missal dos Fiéis, e em 1936, ano do II. Congresso Eucaris- tico, em nosso pajfs, o presente Missal Quotidiano. O bom acolhimento que os dois primeiros trabalhos_ obtiveram, © entusiasmo e o desejo ardente de muitos catédlicos fize- ram-nos envidar os maiores esforcos para que éste Missal Romano, com o Préprio completo do Brasil, possa con- tribuir eficazmente para que seja sempre mais amado o SS.mo Sacramento da Eucaristia. PREFACIO DA V. EDICAO Numerosos einstantes foram os pedidos, nesses tiltimos anos, para uma nova edi¢do, em latime portugués. Se nado pude- mos atendé-los, até aqui, por motivos alheios 4 nossa von- tade, tanto maior satisflagdo temos agora em fazé-lo, entre- gando aos fiéis, justamente no ano em que se completa o 1° decénio do nosso Missal Quotidiano, completo, esta 54 edigdo, nas duas linguas. Vencidas as muitas dificuldades que se nos apresentaram, temos intima consolagéo em constatar o grande interésse dos catélicos brasileiros, nesses dez anos, pelas nossas edi- gdes, sentindo ao mesmo tempo que nao nos enganamos em contar com as béngdos de Deus, para ésse t&o belo aposto- lado, que € 0 de ensinar a amar, a louvar ea agradecer “ao Pai, pelo Filho, no Espirito Santo”, o que fazemos no Sto. Sacrificio. Sentimo-nos assim compensados pelos sacri- ficios dispendidos, por havermos contribuido, com parcela diminuta embora, para o ressurgimento da vida espiritual dos nossos irmaos em Cristo, fazendo-os participar mais intimamente dos frutos da Santa Missa. De edigaéo para edigéo procuramos melhorar a tradugao dos textos e as notas. Como mudanga de maior vulto, hd, além da incluso da Missa dos Sumos Pontifices (no Co- mum dos Santos como no Préprio), a colocagado do Ordind- rio da Missa; que se acha agora entre o Préprio do Tempo e o dos Santos, visando facilitar o manuseio do Missal. Confiantes inda uma vez nas béngdos de Deus, para esta nova edigado do Missal Quotidiano, temos a certeza de que ela sera proveitosa a muitas almas, para que dos mananciais do verdadeiro espirito cristaéo, possam haurir com abun- dancia a VIDA. Membros do Corpo Mistico do Cristo, viverdo essa VIDA para a vitéria do Reino de Cristo ea Paz do mundo. D. BEDA KECKEISEN, O. S. B. Bahia, 28 de novembro de 1945.. INTRODUCAO Nas seguintes reflexSes, daremos aos que fazem uso déste Missal, nogSes precisas e indispensdveis sSbre os elementos do culto catélico que dizem respeito ao centro désse culto, o Santo Sacrificio da Missa. Estas consideragdes séo breves e mais resumidas que em edigdes anteriores, por jd existirem varias publicagSes e trabalhos mais extensos e explicativos sébre tao impor- tante assunto. Embora breves, desejariamos no entanto, féssem lidas e relidas de tempo a tempo, para melhor compreensdo do Missal e portanto do Santo Sacrificio, e assim tornar-se mais proveitosa a participagdo ativa dos fiéis. CAPITULO I. A ACAO SAGRADA O Santo Sacrificio da Missa, em sua esséncia e em sua manifestagao exterior, nao éuma Doutrina, nem é apenas uma Oragao. E’, sim, uma verdadeira Agdo. “Fazei isto em_meméria de mim.” Com esta recomendagao, confiou o Senhor a seus Apéstolos a realizagdo da agado que Ele mesmo havia feito na tiltima Ceia. E a santa Igreja, her- deira legitima do testamento do Senhor, continua a agit do mesmo modo através dos séculos, realizando-se assim a agao por exceléncia da humanidade: a Agdo Sagrada. 1. Figuras e profecias Render culto a Deus € obrigacdo de téda criatura ra- cional. No estado de inocéncia em que foi criado, o homem cumpriu éste dever, porque fazia parte de sua felicidade. A vida era um continuado servico de Deus. A vontade do homem nao conhecia outro lema, sendo éste: “Faga-se a vossa vontade.” A graca santificante uniu o homem a Deus em uma santa alianga de amor. Paz e prosperidade eram os frutos dessa unido que seria apenas 0 coméco de uma uniao definitiva na eternidade. © primeiro pecado destruiu aquela feliz e harmoniosa uniado e o homem aprendeu a conhecer o bem e o mal. Perdida a graca santificante, partiu-se 0 lago de amor; a morte e€ o sofrimento entraram na vida do homem. Cer- 10 Introdugio raram-se para éle as portas do céu. Permaneceu, no en- tanto, a consciéncia de um dever: o de render culto ao Senhor. A mesma voz interior ainda lhe falava da obri- gacdo de satisfazer pela culpa cometida. Tao universal era essa voz que nado houve tempo, remoto que fdsse, ou regido por demais longinqua, em que se nao prestasse um culto'e se ndo oferecesse um sacrificio a Deus. Um povo, o escolhido do Senhor, em meio de trovdes e relampagos, no monte Sinai, ouviu da béca do Deus trés vézes Santo: “Eu sou o Senhor, teu Deus.” Eram estas palavras a base da Alianga de Deus com o seu povo. Delas se originaram os 10 Mandamentos da Lei, como também tédas as prescrigdes que regulavam o culto pt- blico a ser prestado ao Sumo Senhor, pela criatura do- tada de inteligéncia. - . Minuciosas eram as prescrigdes, e numerosas. Cioso de sua honra, Deus exigiu zélo e atengao daqueles que de- viam, prestando culto, proclamar a gléria do Altissimo e testemunhar a sua propria submissao. Consistia ésse culto em canticos e hinos, como na oblagaéo dos frutos da terra e no sacrificio de animais puros. Representaram éles o homem com tédas as suas inten¢Ges. Teriam porém conseguido o seu fim, que era: honrar dignamente a Deus, satisfazer pela culpa e levar o homem a sua tiltima perfeigao? O Concilio de Trento responde: “Na antiga alianga, devido a insuficiéncia do sacerdécio levitico, nao se chegou 4 perfeicdo. Era preciso, segundo a determinacao de Deus, Pai de misericérdia, que surgisse, conforme 0 rito de Melquisedec, outro Sacerdote, Nosso Senhor Jestis Cristo, que fésse capaz de consumar, isto é, de conduzir a perfeigdo todos aquéles que deviam ser santificados. Uma vez somente, o Filho de Deus oferecer-se-ia, Ble préprio, a Deus, seu Pai, sbre o altar da Cruz, numa oblag&o em que a morte haveria de intervir, a fim de operar a nossa redengao.” Mais uma vez ressoou a voz do Altissimo. Dessa vez fala pela voz do profeta Malaquias: “Meu afeto nao esté em vs; nem continuarei a aceitar oferenda alguma de vossa mao. Porque desde o oriente até o poente, o meu Nome € grande entre as nagdes e em todo o lugar se sacrifica € Introdugio 11 se oferece uma oblagdo pura ao meu Nome; porque o meu Nome é grande entre as nagdes, assim diz o Senhor dos exércitos”. Solenemente estava anunciado um novo Sacrificio, uma nova Agdo Sagrada. 2. © Sactificio do Calvario A Majestade de Deus, ofendida pelos homens, déles se compadeceu. Deus mesmo se féz Homem, uniu sua Divin- dade a nossa humanidade, e assim o féz para poder tor- nar-se o Medianeiro entre o Criador e a criatura. Sendo Deus-Homem tomou sdbre seus ombros os pecados dos homens e prestou uma satisfagdo digna e agraddvel ao Altissimo. O sumo sacerdote do Antigo Testamento, uma vez, apenas, no dia da reconciliagao, entrava no Santo dos Santos e aspergia a arca com o sangue de bodes e touros, em expiagao dos pecados do povo. Jestis Cristo, porém, é 0 Eterno e Sumo Sacerdote do Novo Testamento. Chegando a éste mundo exclama: Sacriffcios e holocaustos nao Vos agradam. Entao eu disse: Eis que venho para fazer a vossa vontade, 6 Deus! (Hebr. 10, 5-7.) Para reparar a desobedi- éncia do homem, féz-se obediente até a morte e morte de Cruz. No grande dia da reconciliagdo da humanidade, a Sexta- feira Santa, entrou no Santo dos Santos nao feito por maos de homens, isto é, entrou no céu, Nao veio no sangue dos animais, mais em seu préprio Sangue que derramou no altar da Cruz. E éste Sangue é mais forte do que o dos animais, pois purifica os homens de seus pecados e subindo da terra para o céu, pede e alcanca o perdao. A morte de Jestis nao é somente satisfacao; é igualmente o mais alto e mais perfeito louvor do Altissimo, porque Jestis estava unido a Deus. Fazendo-se homem, nos féz seus irmaos e filhos de seu Pai. Tornou-nos participantes da natureza e da santi- dade de Deus, restituindo-nos a graga santificante. 3. A Santa Missa Assim como o Novo Testamento é superior ao Antigo, tam- bém 0 Novo Sacrificio, o novo culto, é mais valioso que o antigo. “Para alcancar a redengdo eterna, ofereceu-se Jestis Cristo uma vez no altar da Cruz”. Este seu Sacerdé- cio, porém, nao devia terminar com a sua morte. Por isso, ofereceu na véspera de sua Paixdo, o seu Corpo e o seu Sangue, na tiltima Ceia, sob as espécies de p&o e de vinho, 12 Introdugao deixando assim um Sacriffcio que continuaria o da Cruz, guardando a sua Jembranga até o fim do mundo e comu- nicando os seus salutares frutos para remissio de nossos pecados. (Conc. Tridentino, Sess. XXII c. 1.) No Sacrificio da Missa, Jestis é, pois, a Vitima, como o foi na Cruz; e da mesma forma Ele é 0 Sacerdote que se imola, por intermédio do Sacerdote visivel, seu legi- timg representante. E’ sempre Jestis Cristo quem sacrifica. E’ Ele quem na consagragaéo pronuncia as palavras pela béca de seu ministro: Isto € o meu Corpo. Este é 0 meu Sangue. E os seus sentimentos sao os mesmos que Ele teve na Cruz. Eis porque podemos chamar a Santa Missa, a renovacao ou melhor, representacdo do Sacrificio da Cruz; éste, imolagdo cruenta, aquéle, Sacrificio incruento, tinica diferenca existente entre ambos. Nisto se resume téda a significagdo e dignidade da Santa Missa: ela é 0 mesmo sacrificio como o do Calvario, igual- mente santa e agradavel a Deus. Por ela prestamos honra e suprema adoracdo a Deus, infinita ago de gracas e sa- tisfagdo. superabundante. Também para nés os frutos sao os do Sacrificio no Calvério: a satisfagdéo pelas nossas culpas e as gracas que o Cristo nos mereceu na Cruz. 4, © Sacrificio da Igreja O Sacerdote nao é apenas o ministro de Jestis Cristo; é também o representante dos Fiéis, como o Sacrificio de Jests Cristo € também o de sua Igreja. Na Santa Missa ela possui o seu maior tesouro, a mais perfeita Agado de seu culto. Pela santa Missa, a Igreja, Sacerdotisa da hu- manidade ede téda a criagdo, canta em Jestis Cristo, com Ele e por Ele, o mais perfeito hino de louvor. Por ela, pode oferecer ao Deus Onipotente a manifestacdo infinita de seu amor e gratidio, numa superabundante reparacao pela culpa e pelo pecado. Nao pode portanto o Cristéo fazer coisa melhor do que tomar parte ativa e con-celebrar com o Sacerdote éste augusto Sacrificio, numa uniao per- feita, intima e verdadeiramente espiritual. 5. A participac&o dos Fiéis na Santa Missa Qual seria a razdo por que o Salvador quis continuar o seu Sacrificio do Calvdrio na Santa Missa? Outra nado é sendo esta: para que todos nés pudéssemos participar neste mesmo. Sacrificio. No Cristo e com o Cristo devemos sacrificar-nos. Como no. Antigo Testamento as vitimas representavam Introdugao 13 aquéle que as oferecia, assim também deve o nosso Sacri- ficio representar a nds mesmos. Apresentando-nos, pois, ao pé do Altar, ndo é somente para rezar ou. meditar a Paixdo do Salvador ou algum outro Mistério de sua vida, e sim para nos unirmos a Vitima divina, e sendo possivel, tomar- mos parte no Banquete sacrifical. Assim t6da a Comuni- dade religiosa se une em um sé Sacrificio e participa de um sé Banquete. Esta unido santa fara o nosso Sacrificio agraddvel a Deus; aumentaré a sua gléria e nos co- municard a abundancia de sua béngdo: E esta ,béncao é que nos elevaré a maior perfeigéo e santidade, comuni- cando-nos fervor sempre crescente para trabalharmos na ,vinha do Senhor, e unindo-nos como irmfos e filhos do mesmo Pai que esta nos céus. 6. A celebracao da Santa Missa Com grande zélo e guiada pelo Espirito de Deus, cuidou a santa Igreja em que os Santos Mistérios fossem tratados com o maximo respeito. Nosso Senhor Jestis Cristo na ultima Ceia, consagrando 0 pao e o vinho, transubstanci- ando-os em seu Corpo e Sangue e dando-os a ‘seus disci- pulos, constituiu os Apéstolos executores do testamento do Altissimo. E, o que é essencial ainda hoje, ordenou aos sucessores dos mesmos continuassem a “fazer aquela agao” com respeitosa alegria. Unidos, assim o fizeram, relembrando a tiltima Ceia, cantando hinos e canticos e enviando as suas preces ao Céu. No perpassar dos tempos, de um lado,. para acudir as necessidades dos homens, e de outro, para nao deixar a Agao sagrada @ mercé das inspiracdes de cada um, a santa Igreja fixou as oragSes e ceriménias da Missa, ficando todavia a parte essencial como a instituira e executara Nosso Senhor. Querendo, pois, unir-nos & santa Igreja e ao Sacerdote, mistér é sabermos 0 que éle faz, conhecermos as dife: rentes partes da Santa Missa e assim 0 acompanharmos em seus verdadeiros sentimentos. A mesma, em sua esséncia, desde os primeiros tempos até hoje, consta, a Missa, de duas partes bem distintas: A Ante-Missa em quefalamos a Deus e Ele nos fala, por Jestis Cristo. . 14 Introdugao O Sactificio propriamente dito, em que nés nos oferecemos a Deus por Jestis Cristo e por Este, Deus se oferece a nds. Estudemos mais detalhadamente estas partes. A. A AntezMissa a) Nés.falamos a Deus por Jestis Cristo. Ao pé do altar, reconhecendo diante de Deus a nossa indignidade, pedimos-Lhe humildemente 0 perdao de nossas faltas e fraquezas. No Introito—cantico de entrada que ordinariamente nos d& um pensamento da festa ou do Mistério que celebramos. No Kyrie em que fazemos trés stiplicas a cada uma das Pessoas da SS$.ma Trindade. ‘No Gloria—louvamos, agradecemos e adoramos a Deus. Na Orac&o—pedimos ao Senhor aquilo de que precisa- mos nesse dia para a nossa salvagao. b) Deus nos fala por Jestis Cristo. Na Epistola ou Leitura—algumas vézes pela voz de seus Profetas, mas em geral pelas palavras de seus Apéstolos, em nome de Jestis Cristo. No Gradual, Versiculo e Aleluia — que sao canticos que esta- belecem uma ligagdo entre a primeira e a seguinte leitura. No Evangelho—é Jestis Cristo mesmo quem exorta, instrui e nos revela o seu exemplo, algum fato ou milagre de sua vida. O mesmo que outrora viveu, “naquele tempo” vem hoje continuar na Santa Missa a sua missio de Salvador. . Na Explicacdo do Evangelho ou Homilia— mais uma vez nos fala o Senhor por intermédio de seu ministro, o Sacerdote. Ougamos com viva fé a explicagdo de sua doutrina. No Credo—rezando-o nos dias determinados, concluimos a Ante-Missa com essa profissdo de fé. Assim assistida, a Ante-Missa se torna uma dtima prepa- ragdo para 0 Sacrificio propriamente dito. Dispde, pouco a pouco, a nossa alma para éle, e nos comunica proiundo conhecimento e alta compreensao do Mistério do Cristo. B. O Sacrificio propriamente dito a) Nés nos oferecemos a Deus por Jestis Cristo. No Ofertério—Enquanto 0 céro canta éste versiculo, o Sa- cerdote prepara a matéria do Sacrificio, oferece 0 pdo € 0 Introdugéo 15 vinho e pede a Deus aceite e abencgoe essas oferendas. Preparam também os fiéis os seus coragdes e as suas da- divas. Antigamente fazia-se neste momento uma procissao em que todos os circunstantes depositavam no. altar as suas oferendas para o sustento do culto, dos ministros e dos irmaos menos favorecidos. Além de serem matéria para a consagracdo, 0 pao e o vinho, que_os fiéis rece- biam novamente na santa Comunhao, constituem ainda simbolos de nosso trabalho e de nossos sofrimentos. Na Consagragdo (desde a Secreta até o Padre nosso ) — Depois de preparadas as oferendas o Sacerdote se dispde a executar © mandamento do Salvador: “Fazei isto em meméria de mim”, em meu Nome. Ao redor desta Acdo Sagrada e antes da Consagracao, vém os Anjos do céu, a santa Igreja militante e a triunfante; e depois da Con- sagragao, a Igreja padecente, os fiéis que a ela assistem e finalmente téda a criagdo. Reverentes, todos assistem, unindo-se no Sanctus, Sanctus, Sanctus, aos coros angélicos. Somente o Sacerdote, esco- lhido por singular privilégio da misericérdia divina, pode consagrar, isto é, transubstanciar 0 pio e o vinho no Corpo e no Sangue de Jestis Cristo. Imitando a Jests, por pala- vras e gestos, opera o mais estupendo dos milagres: Cristo, © Cordeiro imaculado, apresenta-se sSbre o Altar, sepa- rado sob as espécies, misticamente imolado. Aquilo que as espécies significam e encobrem, é agora uma realidade. A morte que Jestis Cristo sofreu em expiacdo de nossos pecados é representada de modo real e maravilhoso; renova-se assim, de modo incruento e mistico, o Sacri- ficio do Calvério. Unam, portanto, os Fiéis, membros do Corpo mistico do Cristo, 0 sacrificio de sua vida a imo- lagdo do Filho de Deus. Pregados & Cruz do Salvador, sdo uma héstia santa, viva, agraddvel a Deus. Por Ele, com Ele e n’Ele, os fiéis dio & $S.ma Trindade téda honra e gloria e preparam-se para 0 encontro com Deus. b) Deus se oferece a nés por Jestis Cristo. Na Comunhdo — Téda a obra da Redengao acaba de se renovar no Sacrificio eucaristico. Deus, como outrora o pai do filho prédigo, vai celebrar agora com seus filhos remidos e arrependidos o Banquete de reconciliagao. Da terra subiu para 0 céu 0 culto de adoracao, de louvor, de acdo de gragas, de stiplicas e de satisfacao. Deus, 14 no alto, ouviu a voz do Filho que Lhe é tio agraddvel. E de 16 Introdugio seu trono envia a plenitude de suas béngdos e gragas: 0 seu proprio Filho. A mesma Vitima do Sacrificio serve ainda de alimento aos homens e os une a Deus, unindo-os ao mesmo tempo entre si. A Eucaristia é assim 0 Sacra~ mento de Unido que entretém e fortifica a mais perfeita unidade do Corpo mistico do Cristo. Animado com novas férgas e enriquecido com a graga do céu, o Cristo volta a vida cotidiana, cujas labutas e trabalhos séo para éle uma continuacdo do Sacriffcio e uma participagdo dos trabalhos do Senhor, mas ao mesmo tempo uma constante acao de gragas 4 bondade e a misericdrdia de Deus. CAPITULO IL. © TEMPO SAGRADO O Sacrificio eucaristico é a representagao constante da salvagao pelo Cristo, porque encerra todos os frutos de sua Morte na Cruz. Jestis Cristo € o Primogénito de todo o género humano, a Cabega do Corpo mistico. D’Ele se comunica téda a redengéo aos membros désse Corpo. Isto acontece de ano em ano, para cada geragao. Eis 0 Mistério do Cristo. : 1. O Ano eclesidstico A santa Igreja recebeu de seu fundador a missdo de con- tinuar a obra da salvagao e santificagao das almas, por Ele iniciada. Para éste fim ela estabeleceu a santificagdo do. tempo pela celebragado do Ciclo littirgico, durante o qual comemora os principais Mistérios da Vida de Nosso Senhor. Déste modo realizar-se-A 0 que ja disseraS. Paulo: “Fomos predestinados por Deus para nos tornarmos con~ formes a imagem de seu Filho”. (Rom. 8, 29.) O Ano eclesidstico é, pois, a celebragéo dos principais Mistérios do Cristo. Cada tempo litirgico representa uma ‘fase da vida do Salvador. E éstes acontecimentos do pas- ado, pela celebracao do Sacrificio eucaristico se tornam para nés uma realidade viva, pois presente esta, pessoal, real e substancialmente Aquéle que outrora nasceu, sofreu e morreu por nds e agora reina gloriosamente no céu. Do seu trono celeste, Jestis Cristo, Cabega do Corpo Mis- tico — a Igreja — continua,a agir sSbre e em cada um dos seus membros, porquanto Ele préprio o afirmara: “Eu sou a Videira e vos os ramos.” (S. Jodo 13, 5) Introdugao 17 Celebrando-se em cada tempo littrgico uma outra fase da vida de Nosso Senhor, também diferentes sao os efeitos, os frutos que podemos colhér de sua participagdo. Im- porta, pois, grandemente, nos compenetrarmos do espirito de cada tempo e meditarmos as explicagdes que se encon- tram nos respectivos lugares, porque nos auxiliarao podero- samente na compreensdo dos diferentes tempos littirgicos. Se assim nos deixarmos guiar pela santa Igreja através do Ano litérgico, entraremgs num contacto sempre mais vivo com o Divino Espéso. Ele nos comunicard de sua prdpria Vida, isto é,nos concederd as gragas que durante a sua vida ganhou para nés. Destarte daremos também da nossa parte a Deus o que é de Deus e assim derramar-se-4 sébre nds a Vida divina. 2. © Ciclo temporal (as festas de Nosso Senhor) A principio os Cristéos celebravam a meméria da Ressur- reigaéo de Nosso Senhor, quando vencendo a morte, nos comunicou a vida. Mas nao lhes bastou o aniversdrio. Todos os domingos eram para éles 0 “dia do Senhor”, uma recordagdo do fato memordvel. Com a maxima sole- nidade foi celebrado ent&o 0 aniversdrio déste aconteci- mento. Era a Solenidade simplesmente. Pouco a pouco lembraram-se também dos dias que haviam precedido a Ressurreigaéo do Cristo, a Semana Santa, e pela Quaresma se preparavam para ela. Nao lhes sendo possivel terminar a solenidade num sé dia, foram introduzidas as oitavas, prolongando-se assim a celebragdo por mais tempo: Pascoa até Pentecostes. De maneira semelhante foi celebrada no decorrer dos tempos a festa do Natal. Vivendo assim o Ano da Igreja, vivemos a vida de Jestis Cristo e nos preparamos para a sua vinda no fim do mundo. A vida do Cristo, seu espirito e seu dominio na alma do Cristéo, fazem-no, pouco a pouco, transformar-se num outro Cristo. As Quatro Témporas do Ano Para iniciar de maneira mais piedosa as quatro estacdes do ano, j4 nos primeiros tempos eram celebradas as Tém- poras. Estes dias sio sempre a quarta-feira, a sexta € 0 sdbado, e sio dedicados ao jejum e & oracdo. Foram instituidas para agradecer a Deus as colheitas e para implorar novas béngdos do Senhor para as searas futuras. 1 18 Introdugado O dia mais solene era 0 sébado e ainda hoje é 0 dia pre~ ferido para as ordenacdes sagradas. E’ portanto de sumo interésse para os fiéis, que nestes dias implorem a Deus a dddiva de Pastores zelosos para o rebanho do. Senhor. Além déste carateristico comum,:as Témporas ainda in- fluem no tempo do ano em que sao celebradas. As primeiras sdo na 3.2 semana do Advento, as segundas na 24 semana da Quaresma, as terceiras na Oitava de Pen- tecostes e as tiltimas sempre na quarta-feira depois de 14 de setembro. 3. O Ciclo. santoral (festas dos Santos) Ao lado do ciclo temporal, com o nome dos Tempos, a Igreja inseriu outras festas: as dos Santos. Enquanto os ciclos, de Natal e Péscoa celebram o Mistério do Cristo em sie constituem a parte principal do Ano litirgico, as festas dos Santos consideram o Mistério do Cristo em sua aplicacgao aos herdicos discipulos do Salvador e constituem, por isso mesmo a parte secundaria do Ano da Igreja. E’ importante considerar bem esta ordem de coisas. Ainda que muitos Cristéos déem maior importancia as festas dos Santos, quase que desconhecendo a significagao primor- dial das grandes festas principais, contudo a propria Igreja continua a insistir em primeiro lugar nas festas que cele- bram a nossa Redengao. Honrando os Santos, lembra a Igreja que_as suas vidas. eram intimamente unidas ao Sacrificio do Altar. Ali rece- beram os Santos gragas extraordindrias para praticarem as virtudes—sacrificios verdadeiros—em grau_ herdico. Foi essa fonte que os alimentou no caminho da perfeigao. Contudo, o Santo Sacrificio da Missa s6 pode ser ofere~ cido a Deus; e se néle se faz meméria da SS.m™ Virgem € dos Santos, é apenas para que éles unam as suas oragdes as nossas e para que agradecamos a Deus as gracgas que lhes concedeu. Seu exemplo nos ensinaraé como pode-o homem viver a vida da Igreja e de Jestis Cristo no meio dos perigos do mundo. E’ de notar que nas Missas em honra dos Santos muitas vézes se fala do dia natalicio. N&o é 0 seu nascimento neste mundo que a Igreja co- memora, e sim o dia de sua morte, que conforme antigo sentido, é o nascimento para a verdadeira vida. Leia-se também a_Introdugdo do Préprio dos Santos, a pag. 715, assim como a do Comum dos Santos, a pag. [1]- Preparagao para a Missa e a Comunhao. 19 PREPARACAO PARA A MISSA E A COMUNHAO O momento prdprio para os figis comungarem € durante a Missa, logo apés 0 Sacerdote. As oragSes que se seguem sdo recomendadas pela Igreja aos Sacerdotes como preparagao para a Missa e Agao de gragas. Podem ser rezadas igualmente pelos ficis e também quando éstes, por circunstancias imperiosas, se véem forgados a comungar fora da Missa. 1. ORACOES ANTES DA COMUNHAO. Antifona Ne reminiscdris, * Démine, delicta nostra.vel paréntum nostrérum, neque vindic- tam sumas de peccatis no- stris. (7. P.) Alleliia. Salmo 83 Quam dilécta taberndcula tua, Domine virttitum :* con- cupiscit, et déficit dnima mea in atria Domini. Cor meum, et caro mea * exsultavérunt in Deum vi- vum. Etenim passer invénit sibi domum: * et turtur nidum sibi, ubi ponat pullos suos. Altéria tua, Démine virtd- tum: * Rex meus, et Deus meus. Bedti, qui habitant in domo tua, Domine: * in sécula saeculdrum lauddbunt te. Bedtus vir, cujus est auxi- lium abs te: * ascensiénes in corde suo dispésuit, in valle lacrimarum, in. loco quem pésuit. Etenim benedictiénem dabit legislator, ibunt de virtdte in virttitem: * vidébitur De- us dedrum in Sion. Nao Vos lembreis, Senhor, de nossos delitos, nem dos de | nossos pais e naq tireis vin- ganca de nossos_ pecados. (T. P.) Aleluia. Como séo amaveis os vossos taberndculos, Senhor, Deus dos exércitos! Desfalece a mi- nha alma, suspirando pelos | Atrios do Senhor. Meu -coragdéoe minha carne exultam no Deus vivo [no de- sejo de possui-Lo]. O passaro achou para si um abrigo, e a réla, um ninho onde agasalhe os filhinhos [o taberndculo]. Assim sejam para mim os vos- sos altares, Senhor Deus dos exércitos, meu Rei e meu Deus. Felizes aquéles que habitam em vossa casa, Senhor; lou- var-Vos-40 nos .séculos dos séculos. Feliz o homem que de Vés espera O seu socorro, e€ cujo coragdo procura elevar-se, neste vale de ldgrimas, até o lugar santo que Deus Ihe des- tinou. O Legislador [Deus] 0 aben- goara. Caminhard, de virtude em virtude, e verd o Deus dos deuses em Sido [o céu]. 1 20 Preparagdo para a Missa e a Comunhdo Démine, Deus virtdtum, ex- 4udi oratiénem meam:* 4u- ribus pércipe, Deus Jacob. Protéctor noster, dspice, Deus:* et réspice in faciem Christi tui Quia mélior est dies una in | Atriis tuis, * super millia. Elégi abjéctus esse in domo Dei mei: * magis quam habi- tare in taberndculis pecca- torum. Quia misericérdiam, et ve- ritétem diligit Deus: * gra tiam et glériam dabit Dé- minus. Non privabit bonis eos, qui Ambulant in innocéntia: * Domine virtdtum, bedtus homo, qui sperat in te. Gloria Patri. Salmo 84 Benedixisti, Démine, terram tuam: avertisti captivita- tem Jacob. Remisisti iniquitatem plebis tuae: * operuisti 6mnia pec- cata esrum. Mitigdsti omnem iram tuam: * avertisti ab ira indigna- tidnis tue. Convérte nos, Deus, salu- tris noster: * et avérte iram tuam a nobis.. Numquid in etérnum iras- céris nobis? * aut exténdes iram tuam a generatione in generatiénem ? Deus, tu convérsus vivifi- cdbis nos: * et plebs tua letdbitur ‘in te. Senhor, Deus dos exércitos, escutai minha oragao; prestai- me ouvidos, 6 Deus de Jacé. Volvei o olhar, 6 Deus nosso protetor, e olhai a face do vosso Cristo. Porque melhor é um sé dia passado em vossos dtrios, que milhares, longe de Vés. Prefiro ser o tltimo na casa do meu Deus do que habitar os paldcios dos impios. Porque Deus ama a misericér- dia e a verdade, o Senhor dara a graca e a gloria. N&o privard de seus bens os que caminham na inocéncia. Senhor, Deus dos exércitos, feliz € 0 homem que em Vés espera. Gléria ao Padre. Abengoastes, Senhor, a vossa terra; extinguistes 0 cativeiro de Jacd. Perdoastes a iniquidade de vosso povo; cobristes todos. os seus pecados. Abrandastes t6da a vossa ira, acalmastes o ardor de vossa indignacao. ° Restabelecei-nos, 6 Deus, nos- so Salvador, e afastai de nds a vossa célera. Acaso irritar-Vos-eis para sem~ pre conosco? Ou estendereis a vossa ira, de geragéo em geracgdo? O’ Deus, voltando-Vos a nés, nos dareis a vida, e€ vosso povo se alegraré em Vés. Preparacao para a Missa e a Comunhio 21 Osténde nobis, Démine, misericérdiam tuam: * et salutére tuum da nobis. Audiam quid loqudtur in me Déminus Deus: * qué- niam loquétur pacem in plebem suam. Est super sanctos suos: * et in eos, qui converttntur ad cor. Vertimtamen prope timén- tes eum salutdre ipsius: * ut inhdbitet gléria in terra nostra. Misericérdia, et véritas ob- viavérunt sibi: * justitia et pax osculdte sunt. Véritas de terra orta est: * et justitia de czelo prospéxit. Etenim Dominus dabit be- nignitdtem: * et terra nostra dabit fructum suum. Justitia ante eum ambuldbit: | *et ponet in via gressus suos. Gloria Patri. Salmo 85 Inclina, Démine, aurem tu- am, et exdudi me: * qué- niam inops et pauper sum ego. Custédi 4nimam meam, quoniam sanctus sum: * sal- vum fac servum tuum, Deus meus, sperdntem in te. Miserére mei, Démine, qué- niam ad te clamévi tota die: * leetifica dnimam servi tui, quéniam ad te, Démine, nimam meam levavi. Quéniam tu, Démine, sud- vis, et mitis: * et multce mi- sericérdiee Smnibus invo- cAntibus te, Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericérdia e dai-nos a vossa salvacao [Jestis Cristo ]. Escutarei o que o Senhor Deus disser em mim, porque tem pa- lavras de paz para o seu povo. Para os que Lhe sao fiéis e os que se convertem de. todo coragao. Em verdade, préxima esta a sua salvagdo dos que O te- mem, para que habite a gléria em nossa terra. A misericordia e a verdade se encontraram; a justiga e a paz se oscularam. A verdade surgiu da terra, e a justiga olhou do alto dos céus. Porque o Senhor derramard sua bondade sébre nds, e a nossa terra dard o seu fruto. A justiga caminhara adiante déle, e tragaré o caminho de seus passos. Gloria ao Padre. Inclinai, Senhor, 0 vosso. ou- vido, e escutai-me, porque sou pobre e desvalido. Guardai minha alma, porque sou santo; salvai vosso servo, 6 meu Deus, pois em Vos es- pera. Tende piedade de mim, Se- nhor, porque clamei por Vés todo o dia. Alegrai a alma de vosso servo, porque, para Vés, Senhor, elevei a minha alma. Porque’ Vés, Senhor, sois man- so, clementé e cheio de mise- ricérdia para todos o& que Vos invocam. 22 Auribus pércipe, Démine, oratiénem meam: * et intén- de voci deprecatidnis mee. In die tribulatiénis meze cla- maviad te: * quia exaudisti me. Non est similis tui in diis, Doémine: * et non est se- ctindum dpera tua. Omnes gentes quasctimque fecisti, vénient, et adord- bunt coram te, Domine: * et glorificdbunt nomen tuum. Quéniam magnus es tu, et faciens mirabilia: * tu es Deus solus. Deduc me, Démine, in via tua, et ingrédiar in veritate tua: * leetétur cor meum ut timeat nomen tuum. Confitébor tibi, Démine, Deus meus, in toto corde meo, * et glorificdbo no- men tuum in etérnum. Quia misericérdia tua ma- Gnaest super me: * et eruisti dnimam meam ex inférno inferidri. Deus, iniqui insurrexérunt super me, et synagdga po- téntium queesiérunt dnimam meam: * et non proposué- runt te in conspéctu suo. Et tu, Démine, Deus mise- rator et miséricors, * pa- tiens, et multe misericér- diz, et verax. Réspice in me, et miserére mei, * da impérium tuum ptiero tuo: et salvum fac filium ancille tue. Fac mecum signum in bo- num, ut videant qui odérunt Preparagdo para a Missa e a Comunhao Prestai ouvidos, Senhor, 4 mi- nha oragao, e atendei ao cla- mor de minhas stiplicas. No dia de minha tribulagdo clamei por Vés, porque me escutastes. Nao hd entre os deuses quem Vos. seja semelhante, Senhor, nem quem se Yos compare nas obras. Tédas as nacdes que criastes virdo e se prostrarao diante de Vés, Senhor, e glorificarao © vosso Nome. Porque sois grande e operais prodigios; e s6 Vés sois Deus. Guiai-me, Senhor, por vosso caminho e andarei em vossa verdade; alegre-se meu cora- ¢do no temor de vosso Nome. Louvar-Vos-ei, Senhor, meu Deus, de todo 0 meu coragao, e glorificarei eternamente o vosso Nome. . Porque é grande a vossa mi sericérdia para comigo, e li- vrastes a minha alma do mais profundo abismo. O’ Deus, levantaram-se os im- pios contra mim e uma horda de homens violentos buscou minha vida, sem Vos querer diante déles. Mas Vés, Senhor, sois o Deus compassivo e clemente, paci- ente, cheio de misericérdia e verdadeiro. Volvei para mim o olhar e tende piedade de mim. Prote- gei vosso servo e salvai o filho de vossa serva. Concedei-me um sinal de vos- sa bondade, para que o vejam Preparagio para a Missa e a Comunhao * me, et confunddntur : quoéniam tu, Démine, adju- visti me, et consoldtus es me. Gloria Patri. Salmo 115 Crédidi, propter quod lo- ctitus sum: * ego autem humilidtus sum nimis. Ego dixi in excéssu meo: Omnis homo mendax. Quid: retribuam Démino, pro Omnibus, quee retribuit mihi? C4licem salutéris accipiam: * et nomen Démini invo- cabo. Vota mea Domino reddam coram omni‘pépulo ejus: * pretidsa in conspéctu Dé- mini mors sanctorum ejus: * O Démine, quia ego servus tuus: * ego servus tuus, et filius ancille tue. Dirupisti vincula mea: * tibi sacrificdbo héstiam laudis; et nomen Démini invocdbo. Vota mea Démino reddam in conspéctu omnis pdpuli ejus: * in atriis domus Dé- mini, in médio tui, Jertisa- lem. Gléria Patri. Salmo 129, A pag. [190]. Antifona Ne reminiscdris, Démine, delicta nostra vel paréntum nostr6rum, neque vindic- tam sumas de peccatis no- stris. (7. P. Alleldia) 23 os que me odeiam e sejam confundidos. Porque, Vés, Se- nhor, sois a minha férca, e 0 meu consdlo. Gléria ao Padre. Eu tenho fé, ainda que tenha a dizer: estou aflito a mais nao poder. Em minha aflicdo, eu disse: Todo homem € mentiroso. Com que retribuirei ao Senhor tudo o que me tem feito? Tomarei 0 célice da salvacao, ¢ invocarei o Nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor em presenga de todo © seu povo; a morte de seus Santos € preciosa aos olhos do Senhor. Sim, Senhor, eu sou vosso servo; servo vosso, e filho de vossa serva. Porque Vés quebrastes as mi- nhas prisdes, eu sacrificarei uma héstia de louvor, e invo- carei o Nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Se- nhor na presenca de todo o seu povo; nos dtrios da casa do Senhor, em teu recinto, 6 Je- rusalém. Gléria ao Padre. Nao Vos lembreis, Senhor, de nossos delitos, nem dos de nossos pais, e nao tireis vin- ganga de nossos_ pecados. (Z. P. Aleluia.) 24 Preparagéo para a Missa e a Comunhao Senhor, tende piedade de nds. Cristo, tende piedade de nds. Senhor, tende piedade de nés. Padre nosso. W E nado nos deixeis cair em tentagao. RB Mas livrai-nos do mal. W Eu disse: Senhor, tende piedade de mim. B Curai a minha alma, porque pequei contra Vés. W Dignai-Vos, Senhor, olhar um pouco para nés. R E compadecei-Vos de vossos servos. W Venha, Senhor, vossa misericérdia sdbre nds. R Segundo temos esperado em Vés. W Vossos sacerdotes revestir-se-Ao de justica. B E exultarao os vossos Santos. ® Purificai-me, Senhor, de meus pecados ocultos. R Preservai o vosso servo dos escandalos. W Ouvi, Senhor, a minha oragao. R E chegue até Vés o meu clamor. W O Senhor seja convosco. R E com o vosso espirito. Oremos. Dispensai as nossas stiplicas, 6 Deus clementis- simo, a vossa benévola atengdo, e iluminai os nossos co- ragdes com a graca do Espirito Santo, a fim de que me- recamos participar dignamente de vossos santos Mistérios e Vos amemos com uma eterna caridade. O’ Deus, que penetrais em todos os coragdes e para quem téda vontade é manifesta como a palavra, e todo se- gredo, patente, purificai, pela infuséo do Espirito Santo, os pensamentos de nossos coracées, a fim de que Vos pos samos amar com perfeicdo e louvar dignamente. Purificai, Senhor, com 0 fogo do Espirito Santo, nossos rins e nosso coracao, a fim de que Vos sirvamos com um corpo casto e Vos agrademos pela pureza de nosso coragao. Fazei, Senhor, que o Consolador que procede de Vés, ilumine as nossas almas e nos faga conhecer téda a ver- dade, como vosso Filho o prometeu. Senhor, nds Yos suplicamos que o Espirito Santo nos assista com a sua férga, a qual, por vossa cleméncia, purifique nossos coracGes,-e nos defenda de tédas as adversidades. Preparagéo para a Missa e a Comunhao 95 O’ Deus, que esclarecestes os coragdes dos fiéis com a luz do Espirito Santo, concedei-nos pelo mesmo Espirito, o dom da verdadeira sabedoria e da justiga e de sempre gozarmos de sua consolagao. Purificai, Senhor, nds Yo-lo suplicamos, as nossas consci- éncias com a vossa visita, a fim de que Nosso Senhor Jestis Cristo, vosso Filho, vindo a nés, encontre uma habi- tagdo preparada para Ele, que sendo Deus, convosco vive € reina, em unido com o Espirito Santo, por todos os séculos. Amen. Oracdo de Santo Tomaz de Aquino O’ Deus onipotente e eterno, eis que me vou aproximar do Sacramento de vosso Filho Unigénito, Nosso Senhor Jests Cristo. Venho como enférmo, ao Médico da vida, como impuro a fonte de misericérdia, como um cego a Luz da eterna claridade, como pobre indigente, ao Senhor do céu e da terra. Reclamo, pois, a abundancia de vos- sas liberalidades infinitas, para que Vos digneis curar-me de minhas enfermidades, lavar-me as méculas, iluminar-me a cegueira, enriquecer-me a pobreza, vestir-me a nudez, de modo a que possa receber 0 Pao dos Anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com tanto respeito e humildade, tanta contrigdo.e recolhimento, uma pureza e uma fé tio vivas, um bom propésito e intengdo tais como requer a salvagdo de minha alma. Concedei-me, Vo-lo suplico, que eu receba ndo somente o Sacramento do Corpo e do Sangue' do Senhor, como também o efeito ea forga déste Sacramento. O’ Deus clementissimo, j4 que me é dado receber o Corpo de. vosso Filho Unigé- nito, Nosso Senhor Jestis Cristo, éste mesmo Corpo que Ele tomo no seio da Virgem Maria, fazei que eu O receba com disposicdes tais, que merecga ser integrado em seu Corpo mistico e contado entre seus membros. O’ Pai clementissimo, concedei-me contemplar, enfim, face a face, por téda a eternidade, vosso Filho dileto, o qual, neste peregrinar terrestre, me preparo para receber sob os véus sacramentais. Ele que, sendo Deus, convosco vive e reina em unido com o Espirito Santo, por todos os séculos. Amen. 26 Oragdes depois da Comunhio I. ORACOES DEPOIS DA COMUNHAO Logo depois de terem comungado, os figis rezarao_com 0 Sacer- dote a Communio ea Postcommunio da Missa do dia e as Oragdes que as seguem até o fim da Missa. Em seguida poderao particularmente agradecer a Jestis o grande favor que lhes féz, com a sua visita, € terminarao com as seguintes Oragoes: Antifona Trium puerdrum * cantémus hymnum, quem cantdbant Sancti in camino ignis, be- nedicéntes Dominum. (T: P. Alleltia.) CAntico (Benedicite) Benedicite, Smnia pera Domini, Domino: * laudate et superexaltdte eum in s&- cula. Benedicite, Angeli Domini, Démino: * benedicite, cli, Démino. Benedicite, aquce omnes, quae super ceelos sunt, Dé- mino: * benedicite, omnes virtdtes: Démini, Domino. Benedicite, sol et luna, Dé- mino: * benedicite, stelle cali, Domino. Benedicite, omnis imber et ros, Démino: * benedicite, omnes spiritus Dei, Domino. Benedicite, ignis et eestus, Démino: * benedicite, frigus et zstus, Domino. Benedicite, rores et pruina, Démino: * benedicite, gelu et frigus, Domino. Benedicite, glicies et nives, Domino: * benedicite, noc- tes et dies, Domino. Benedicite, lux et ténebree, Démino: * benedicite, ful- gura et nubes, Domino. Cantemos o hino dos trés mancebos hebreus, 0 mesmo que ésses Santos cantavam na fornalha ardente, bendizendo ao Senhor. (Z. P. Aleluia.) Bendizei ao Senhor, vés, t6- das as criaturas do Senhor; louvai-O e exaltai-O para sempre. Bendizei ao Senhor, vés, An- jos do Senhor; céus, bendizei ao Senhor. Bendizei ao Senhor, vés, t6das as Aguas suspensas no céu; bendizei ao Senhor, vés, t6das as Virtudes do Senhor. Bendizei ao Senhor, sol e lua; bendizei ao Senhor, estrélas do céu. Bendizei ao Senhor, vés todos, chuva e orvalho; bendizei ao Senhor, vés todos, ventos que Deus desencadeia. Bendizei ao Senhor, fogo e ardores do verado; bendizei ao Senhor, frios e rigores do inverno. Bendizei ao Senhor, orvalhos e brumas; bendizei ao Senhor, geadas e frios. Bendizei ao Senhor, gelos e neves; bendizei ao Senhor, noites. e dias. Bendizei ao Senhor, luz e tre- vas; bendizei ao Senhor, raios e nuvens. Oragdes depois da Comunhao Benedicat terra Déminum: “laudet et superexdltet eum in sécula. Benedicite, montes et colles, Démino: * benedicite, uni- vérsa germindantia in terra, Démino. Benedicite, fontes, Domino: * benedicite, maria et fli- mina, Démino. Benedicite, cete, et émnia, que movéntur in aquis, Domino: * benedicite, om- nes volucres cli, Domino. Benedicite, omnes béstize et pécora, Démino: * benedi- cite, filii hominum, Démino. Benedicat Israél Déminum: laudet et superexdltet eum in sécula. Benedicite, sacerdétes Dé- mini, Démino: * benedicite, servi Démini, Démino. Benedicite, spiritus, et Ani- me justérum, Démino: * benedicite, sancti, et htimi- les corde, Démino. Benedicite, Ananja, Azaria, Misaél, Domino: * laudate et superexaltdte eum in s&- cula. Benedicdmus Patrem et Fi. lium cum Sancto Spiritu: * laudémus et superexaltémus eum in sécula. Benedictus es, Domine, in firmaménto cali: * et lau- dabilis, et gloriésus, et su- perexaltatus in s&cula. 27 Bendiga a terra ao Senhor, louve-O e exalte-O para sempre. Bendizei ao Senhor, montanhas € colinas; bendizei ao Senhor, vos todas, plantas que germi- nais na terra. Bendizei ao Senhor, fontes; bendizei ao Senhor, mares e rios. Bendizei ao Senhor, cetdceos € vos todos, peixes, que viveis nas Aguas; bendizei ao Senhor, vos tddas, aves do céu. Bendizei_ ao Senhor, todos vos, animais selvagens e reba- nhos; bendizeiao Senhor, filhos dos homens. Bendiga Israel ao Senhor; lou- ve-O e exalte-O para sempre. Bendizei ao Senhor, vds, Sa- cerdotes do Senhor; bendizei ao Senhor, vés, servos do Senhor. Bendizei ao Senhor, espiritos e almas dos Justos; bendizei ao Senhor, vés todos, santos e humildes de coragao. Bendizei ao Senhor, Ananias, Azarias, Misael; louvai-O e exaltai- ° para sempre. Bendigamos ao Padre, e ao Filho e ao Espirito Santo; eO louvemos e O exaltemos por todos os séculos. Bendito sois Vés, Senhor, nos espagos celestes; sois digno de todo o louvor, gloria e honra, por todos os séculos dos sé- culos. (Aqui nao se diz Gléria ao Padre) 28 Oragdes depois da Comunhao Salmo 150 Lauddéte Déminum in sanc- tis ejus: * lauddte eum in firmaménto virtdtis ejus. Lauddte eum in virttitibus ejus: *lauddte eum sectin- dum multitidinem magnité- dinis ejus. Laudate eum in sono tube; *Jauddte eum in psaltério, et cithara. Laudate eum in t¥mpano, et choro: * lauddte eum in chordis, et 6rgano. Lauddte eum in cy¥mba- lis benesondntibus: lauddte eum in c¥mbalis jubilatié- nis: * omnis spiritus laudet Dominum. Gléria Patri. Antifona Trium puerdrum cantémus hymnum, quem cantdbant Sancti in camino ignis, be- nedicéntes Déminum. (T. P. Alleliiia.) Kfrie, eléison. Christe, eléison. K¥rie, eléison. Pater noster. W Et ne nos indticas in tentatiénem. B Sed libera nos a malo. Louvai ao Senhor, em seu santudrio; louvai-O no trono de seu poder. Louvai-O, por seus prodigios; louvai-O, segundo a imensi- dade de sua grandeza. Louvai-O, ao som da trombeta; louvai-O, com a harpa e a citara. Louvai-O, ao som dos timba- les € nos coros; louvai-O, ao som dos instrumentos de corda e das flautas. Louvai-O, com cimbalos so- noros; louvai-O com cimbalos de alegria. Tudo quanto res- pira, louve ao Senhor. Gléria ao Padre. Cantemos o hino dos trés mancebos hebreus, 0 mesmo que ésses Santos cantavam na forhalha ardente, bendizendo ao Senhor. (TZ. P. Aleluia.) Senhor, tende piedade de nés. Cristo, tende piedade de nds. Senhor, tende piedade de nds. Padre nosso. W E nao nos deixeis cair em tentacdo. R Mas livrai-nos do mal. W Louvem o vosso Nome, Senhor, t6das as vossas obras. R E vossos Santos Vos bendigam. W Exultarao os Santos na gléria. B Regozijar-se-4o na dogura do repouso. W Nao a nés, Senhor, nao a nés. R Mas ao vosso Nome, dai gléria. W Ouvi, Senhor, a minha oragdo. RB E chegue até Y6s o meu clamor. , Oragées depois da Comunhéo 29 W O Senhor seja convosco. R E com o vosso espirito. Oremos. O’ Deus, que aos trés mancebos hebreus miti- gastes as chamas da fornalha, concedei, propicio, que a nds, vossos servos, nado abrase a chama dos vicios. Dignai-Vos, Senhor, prevenir nossas agSes com a vossa inspiragado e ajudar-nos. para executd-las, a fim de que t6das as nossas oragGes e obras sempre em Vés comecem e em Vés acabem. O’ Deus onipotente, que concedestes ao Martir S. Lou- renco férca para triunfar dos ardores de seus tormentos fazei que em nds também se extingam as chamas de nossos vicios. Pelo Cristo, Nosso Senhor. ¥ Amen. Oragdo de Santo Tomaz de Aquino Dou-Vos gragas, Senhor santo, Pai onipotente, Deus eterno, a Vés que, sem merecimento nenhum de minha parte, mas por um efeito de -vossa misericérdia, Vos dignastes saci- ar-me, sendo eu pecador e vosso indigno servo, com o Corpo adordvel e com o Sangue precioso de vosso Filho, Nosso Senhor, Jestis Cristo. Eu Vos peco que esta Comunhao nao me seja imputada como uma falta digna de castigo, mas interceda eficazmente para alcangar o meu perddo; sejaa armadura da minha fé e o escudo de minha boa vontade; livre-me, de meus vicios; apague os meus maus desejos; mortifique a minha concupiscéncia; aumente em mim a caridade e a paciéncia, a humildade, a obedi- éncia e tédas as virtudes; sirva-me de firme defesa conira os embustes de todos os meus inimigos, tanto visiveis como invisiveis; serene e regule perfeitamente os movimentos, tanto de minha carne como de meu espirito; una-me firme- mente a Yds que sois 0 tinico e verdadeiro Deus; e seja enfim a feliz consumagao de meu destino. Dignai-Vos, Senhor, eu Vos suplico, couduzir-me, a mim, pecador, até €sse inefavel festim, onde com o vosso Filho e o Espirito Santo, .Vés sois para os vossos Santos, Luz -verdadeira, pleno g6zo e alegria eterna, ctimulo das delicias e felici- dade perfeita. Pelo mesmo Jestis Cristo Nosso Senhor. Amen. 30. Oragdes depois da Comunhio Orago a Nosso Senhor Jestis Cristo Crucificado * Bis-me aqui, 6 bom e dulcis- INBI simo Jestis! De joelhos ante a vossa divina presenga eu Vos - pego e suplico, com o mais ardente fervor de minha alma, que Vos digneis gravar em meu coracdo profundos sentimen- tos de fé, de esperanca e de caridade, de verdadeiro arre- pendimento de meus pecados e vontade firmissima de me emendar, enquanto com since- ro afeto e intima dor de cora- gao considero e medito em vos- sas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que © Profeta Davi ja dizia de Vés, 6 bom Jestis: “Traspassaram minhas mdos e meus pés, e con- taram todos os meus ossos.”” Indulgéncia plendria nas condigdes de costume para quem rezar esta Oragao diante da Imagem do Crucificado, depois da Comunhao. (Pio P. P, IX, 31 de julho de 1850) Piedosa Aspiragao (de Sto. Inacio) Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Agua do lado de Cristo, lavai-me. Paixéo de Cristo, confortai-me. O’ bom Jests, ouvi-me. Dentro das vossas chagas, escondei-me. Nao permitais que eu me separe de Vés. Do mau inimigo, de- fendei-me. Na hora da minha morte, chamai-me. E man- dai-me ir para Vés, para que Vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos dos séculos. Amen. CALENDARIO LITURGICO As festas marcadas com asterisco séo préprias no Brasil ou tém solenidade particular em alguma regido ou Diocese de nosso pais. Yejam-se as Missas prdprias no’ Brasil, as pags. 1116 a 1134. JANEIRO _ Pagina 1. *Circuncisio de Nosso Senhor e oitava dé Natal 107 No domingo entre a festa da Circunciséo'e a Epifania, ou no dia 2 de janeiro: Festa do Santissimo Nome de Jestis . 110 2. Oitava de.S. Estévio, Protomértir . . 2 2. 2 2 1. 113 3. Oitava de S. Jodo, Ap.e Ev. 6 oe oe ee NB 4. Oitava dos 5s. Inocentes » . . soe ee 113 5. Vigilia da Epifania; Com, de §. Telésforo, Pp. Mo |) |) ats 6. Festa da Epifania . 17 No dom. dentro da oitava da Epitania: Festa da Sagr. Familia 121 7. Durante a oitava da Epifania: Missa da festa... . «117 8” ee HIT 9. ” yoo yom 187 1.00~«" yo e com. de S. Higino, Pp. M. 117 200” ” ” Be ee ee IT 13, Oitava da Epi soe MT 14. 8. Hilério, B. C. Dr; Com. de §. Félix, Presb. M. 2 2) 743 15. S, Paulo, I. Eremita, C.; Com. de S, Mauro, Ab... . 746 16. S. Marcelo I. Pp. M.. . oe rn 17.8. Antio, C. Ab. Pai dos Monges. | 746 18, -Cétedra de S. Pedro, Ap. em Roma; Com. de S. Paulo, dv. ede Santa Prisca, Vg. M. 746 19, Ss. Mério, Marta, Audiface e Abacchum, Ms.; Com. de S. Canuto, Rei, M2. Se 750 20.'S. Fabiano, Pp, e *S. Sebastio, Ms.) 11 2) tys2 ean 4. Santa Inez, VguMe ee ee ee TBS 22. Ss. Vicente e Anastésio, Ms... - 757 23... Raimundo de Pennafort, C.; Com. de Sainfa Emeren- lana VM 8 24. S. Timéteo, B. M. . Fe 758 25. *Conversao de S. Paulo, Ap.; Com. de S. Pedro, Ap. ++ 759 26. S. Policatpo, B. My 3. ws ss a sone 763 27. S. Jodo Criséstomo, B. C. Dr... see 764 28. = Pedro Nolasco, C.; Com. de Santa Inez, Ye en 29. S. Francisco de Sales, B.C. Dr... 2 se tL 65 30. Santa Martinha, Vg. Mo. 2 ee ee ee ee 766 31. S. Jodo Bosco, C. . wwe ee ee ee 766 Hoge gee 10. i. 12. 13. 14, 15. 16. 17. 18. 19, 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. a7. 28. Calendario Litirgico FEVEREIRO Pagina S. Indcio, BM... ee Se ee 769 *Durificaggo de Nossa Senhora... ss... es TT S. Braz, BoM. ee ee ee 779 S, André Corsini, BC. 0 se ee 718 Santa Agueda, Y.M. . . - sone ee 780 S. Tito, B. C.; Com. de Santa Dorotéia, Vg. M. . 1... 782 §. Romualdo, Abs ee ee ee 183 S. Jodo de Mata, C. . . . see ee ee 788 8. Cirilo, B. de Alexandria, C. Dr Com. de Santa Apo- lonia, Ve Me. 1 ee ee ee ee ee TBR Santa Escoléstica, Vg... - - son 784 Aparicio da B. V. Maria Imaculada em Lourdes... . 785 Os Sete Fundadores dos Servitas da B. V. Maria, Cs. ... 787 *Beato Jodo de Brito, M. 2 2 6 ee ee ee ee ee 789 S. Valentim, Presb. Mo. 2 2 2 ee ee ee ee ee 790 Ss. Faustino e Jovita, Ms. 2. ee ee ee TOL Missa da Féria 71 ” be ee eee TO *Fuga de N.'S.J.C. parao gio... 0...) e anIT S. Simedo, B. M. wee PDD ff qs Missa da Féria 791 non on 791 791 Citedra de S. Pedro, Ap. em Antioquia Com. de $. Paulo, Ap. 791 S. Pedro Damiao, B. C. Dr.: Vigilia de S. Matias, Ap. 791 e 792 * S. Matias, Ap. 6 6 ee ee 788 Missa da Féria.. 2 6 ee ee ee ee 785 om on ‘ co ee ee 795 S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores | ss ss s+ 795 Missa da Féria . . - ee eee ee 788 (29.) pe ee ee 798 1. 4. 5. 6. 7. 8 9. 10. 11. 12. 13. 14, 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. a7. 28. 29, 30, 31. Calendério Litirgico Missa da Péria. . . . S$, Cassimiro,C. . 2... Missa da Féria. . . . - Santas Perpétua e Felicidade, S.to Tomaz d’ Aquino, C, Dr. S. Joo de Deus, C. . . e Santa Francisca Romana, Vv. Os Ss. 40 Mértires . . . - Missa da Féria . . . . S. Gregério Magno, Pp. C. Dr. Missa da Féria . . . . - S. Patricio, B.C. 6 see S. Cirilo, B. de Jerusalém, G. Dr. *S. José, Espéso da SS.ma Virgem Maria . Missa da Féria. . . . « S. Bento, Pai dos Monges do Ocidente Missa da Péria . . . . S. Gabriel, Arcanjo. . « Anunciagao de Nossa Senhora . Missa da Féria . . S. Joao Damasceno, C. Dr. S. Jodo Capistrano, C. . - Missa da Féria. . . . - Na sexta-feira depois do Domingo da Paixéo: Dores de Nossa Senhora 35 Pagina be ee 798 co ee 798 eee ee + 798 woe ee ee 799 be ee 799 coe eee 799 foe eee 799 see eee 801 foe ee ee BOL Fee ee + 802 Foe ee 803 see + 8B soe ee 804 te 804 sone ee 808 foe ee ee 804 se ee ee 804 foe ee 804 woe 806 fee ee 809 Fone eee B10 eo ee 810 eee 810 bo ee BIS oe ee BIT soe ee BIT soe ee + 820 sone ee 88D wn ee 892 se 822 Festa das Sete toe ee 822 34 Calendétio Littirgic ABRIL Pégina 1..Missa da Féria . 2 ee ee ee OT (2... Francisco de Paula. . 2 2. 2 eee + 897 3. Missa da Féria. 2 1 1 ee 8B 4. S$. Isidoro, B.C. Dre. ee ee 888 5. S. Vicente Ferrer, C. 6 6 ee ee ee 88 6 Missa daPéria . 2. es 898 Te ee 88 cr MH ee 88 $7 ee ee 88 11. S..Ledo I, Pp. C, Dre. 2 ee ee ee 828, 12, Missa da Féria, 6 6 2 0 ee ee ee 8 13. S. Hermenegildo, M. . «1 2 we eee ee ee 829 14, S, Justino, M.: Com, dos $s, Tibtitcio, Valeriano e Méximo, Ms. 899 15. Missa da Péria . . . ee ee ee 885 1 ee 885 17. $..Aniceto, Pp. Me. - ee ee 88 18. Missa da Féria 6 ee ee 8B 1 ee 885 2 ee 885: 21. S, Anselmo, B,C. Dr. 2. ee ee 885 22. Ss. Sotero e Caio, Pps. Mp. 6. ee ee ee es 885 25.8. Jorge, Mee ee ee 8B 24, S. Fiel de Sigmaringen, M6. 2 1 ee ee ee 884 25. S..Marcos, Ev. , . . . rr er re] 96..S3. Cleto © Marcelino, Pps. Ms, - ss ee es 888 *Nossa Senhora do Bom Conselho . . . . . . . . 1190° 27. S. Turfbio de Mogrovejo, B. C. Com. de Sao Pedro : Canisio, C. Dre. + : soe ee ee 838 98. §. Paulo da Cruz, C.; Com. de Vital. Mo) ss sat 29. S..Pedro de Verona, M.. 6 2 ee ee ee ee Bhd 30, Santa Catarina de Sena, Vg. 2... ee ee ee 845 *Na III quarta-feira depois da Péscoa: Solenidade de S. José, C. Espéso da B. V. Maria... 2 1... 845 Calendario Litirgico 35 MAIO Pagina 1. Ss. Filipe e Tiago, Ap. : 849 2. S. Atanésio, B.C. Dr... 851 3. “Invengao da Santa Cruz . 3853 4, Santa Ménica, Vv. 857 5. S. Pio V, Pp. C. : 887 6. S. Joao, Ap. Ev., diante da Porta Latina « 358 7. S. Estanislau, B. M. tae 858 8. Aparigdo de S. Miguel Arcanio. 859 9. S. Gregério Nazianzeno, B.C... 1s 859 40. Oit. da Com. da Inv. da Santa Cruz; Com. de S, Antonino, B. C. e dos $s. Gordiano e Epimaco, Ms. « 859 11. Missa da Féria. . . . ol 860 *Patrocinio de S. Francisco Xavier, C. : 860 12. Ss. Nereu, Aquileu, Domitila, Vg. e Pancrécio, Ms. 860 13. $. Roberto Belarmino, B. C. Dr. 862 14. S. Bonifacio, M.. a 863 15. S. Jodo Batista de la Salle, C. 864 16. S. Ubaldo, B.C. . 864 17. S. Pascoal Bailéo, C. 864 18. S. Venancio, M. 865 19, §, Pedro Celestino V. Pp. Cz Com. de Sia. Pudenciana, Vg. 865 90. S. Bernardino de Sena, C. Se ee 866 21. Missa da Féria ee + 866 22," " Santa Rita de Cassia, Vv. = 1192 23." ” ” . 866 et 7% * Nossa Senhora Auxiliadora + 1124 95, §. Gregério VII, Pp. Cs Com. de S. Urbano 1. Pp. Me 367 26. S. Filipe de Neri, C.; Com, de S, Eleutério, Pp. M. 867 97. S. Beda, 0 Veneravel, C. Dr.; Com. de S. Joao J, Pp. M. 869. 28. S. Agostinho, B. C. Fo ee 869 99. Santa Maria Madalena de Pazzi, + 87t 30. S. Félix, Pp. M. ce 871 31. Santa Angela de Merici, Vg.; Com. de Sta. Petronila, Vg. . 871 *Nossa Senhora Medianeira de tédas as gracas . . . « - 1195 “10, Sébado de maio: Maternidade de Nossa Senhora + 1192 36 19: 20. a. 29, 23, 24. 25. 26. 27. Calendario Litirgico JUNHO Pagina Missa da Féria. *Dedicagdo das Igrejas consagradas,. exceto ‘as Metropolitanas e Catedrais, em todo o' Brasil . . . 872 Marcelino, Pedro e Erasmo, Ms. . . . . . . « 873 Missa da Feria. we 8TH S. Francisco Caracciolo, c Se ee 87h . S. Bonifacio, BM... 1 ey ee ee ee ee 876 Ss. Norberto, BoC. ee ee ee ee 89 Missa da Féria 2 2 1 ee ee ee ee 880 er ) Ss. Primo e Feliciano, M. . 2. 1 7 1 ee ee eS 880 . Santa Margarida, Vv. Rainha da Escécia. . . . . . . . 881 S, Barnabé, Ap. . 2 2 2. pete + 881 S. Joio de S. Facundo, C.; Com. dos $s. Basilides, Cirino, Nabor e Nazétio, Ms. 2. ee ee ees 88h *Santo Antonio de Pédua,C. . 2... 2... 885 © 1197 S. Basilio, Magno, B.C. Dr... wee ee ee 886 . Ss. Vito, Modesto e Crescéncia, Ms. . . . . . . . . . 888 Missa da Féria . 2. 1 ee ee ee ee eee ee 800 oe 890 S. Efrém, Sirio, Diécono, C. Dr; Com. dos Ss. Marcos e Marceliano . . bo ee ee ee 8 Santa Juliana de Falconieri, V.; Com. dos $s. Gervasio Protasio, Ms. 2 ee ee te ee 892 S. Silvério, Pp. Mo. we ee ee ee 892 S, Luiz de Gonzaga, C. © 2 2 2 ee ee ee we 82 S. Paulino, B. C. . Fe ee 895 Vigilia de'S. Joao Batista) 2 1) 1) 1) ll f gor Natividade de S. Jodo Batista. 2. 2 1 2 1 1 we. 908 S. Guilherme, Ab. 6 1 ee ee ee 908 Ss. Jodo e Paulo, Ms... . . Be ee ee ee 905 Durante a oitava de S, Joao Batista...) 1 1...) oor *Nossa Senhora do Perpétuo'Socorro. . . - - . =. . 1198 S. Irineu, B. M.; Vigilia dos Ss. Pedro e Paulo, Aps. 907 ¢ 910 Ss. Pedro e Paulo, Aps. 2. ee NB Comemoragao de S. Paulo, Ap... . - . - wee ONT *Na sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus: Festa do Sagrado Coragao de Jesis . . 2... ee et STE *Na quinta-feira da oitava do Sagrado Coragao de Jest Festa do Coragao Eucaristico de Jestis . . . . . . . 579 Calendario Litdrgico JULHO Pai Preciosissimo Sangue de N. S. J. C. cee Visitag’o de Nossa Senhora; Com. dos $s. Processo ¢ 2 Martiniano, Ms. . - - + . . 3. S. Lego Il, Pp.; Com. da oitava de S, Pedro e S. Patilo, Aps. 4, Durante a oitava de S. Pedro e Paulo, Aps. a 5. S. Antonio Maria Zacaria, C. . 2-2 ee ee 6. Oilava dos $s. Pedro ¢ Paulo, Aps. . see 7. Ss. Cirilo e Metédio, Bs. Cs. ste &, Santa Isabel, Rainha de Portugal, Vv. 5 ss 9, *Nossa Senhora, Rainha da Paz, em todo o Brasit *Nossa Se- nhora Mae da graga . . - ss + 936 40. Os $6. Sele Irm3os, Ms. Rufina e Secunda, Ves. Ms. 11. S. Pio I, Pp. M. : 12. S. Joao Gualberto, A Kb.; Com, dos Ss. Nabor e Félix, Ms. 13. S$. Anacleto, Pp. M. 14. §. Boaventura, B. C. Dr. : : 15, Os Bem-aventurados Inécio de Azevedo e Comps. Ms,, em todo o Brasil; Com. de S. Henrique, Impetador, C. 16. Nossa Senhora do Carmo. ee eee ee 17.8. AleiKO Le ee 18. 8. Camilo de Lellis, C.; Com. de Santa Sinforosa ¢ seus Filhos, Ms. .1- 2 2 eee 19. S. Vicente de Paulo, C. . . ee 90. 8, Jeronimo Emiliani, C.; Com. de Santa Margarida, Vg. 21. Sania Praxedes, Vg. 22, Santa Maria Madalena . . 25. §. Apolinatio, B. M.; Com. de S. Liborio, B.C... 24, Vigilia de S. Tiago, Ap.; Com, de Santa Cristina, Vg. M. 95, S. Tiago Maior, Ap. Com. de S. Crist6foro, M. - . + 96. Sant?Ana, Mae de Nossa Senhora 27. S. Pantaledo, M. . cee 98. $6. Nazétio e Celso, Ms.; ‘S. Vitor. I, Pp. M. eS. Ino- céncio, Pp. C. 29, Santa Marta, Vg. Com. dos Ss. Félix II, Pp. Simplicio, Faustino e Beatriz, Ms. be ee 30, Ss, Abdon e Senen, Ms, . S. Indcio de Loiola, C. 37 ina oat 924 927 998 929 - 939 935 936 1129 936 938 938 940 940 oat 942. oad. 943 947 948, 954 959 955 958 958. 961 963 963 964 965 967 38 Calendario Litirgico ‘AGOSTO Pagina 1. S. Pedro “ad Vincula’”’; Com. dos Sete Irmaos Macabeus . 969 2. S. fAfonso Maria de Liguori, B. C. Dr; Com. de S. Es- tévao I, Pp. M.. . se. O7t 3. Encontro das Relfquias de S. Estévao, Protomarlir . |. . 974 4S. Domingos, C.. . . soe ee ee ee O14 5. Dedicagao de Nossa Senhora das Neves | |. 975 6. Transfiguracdo de N. S. J. C.; Com. dos $s, Sixto Il. Pp. . Felicissimo e Agapito, Ms. . . . coe ee. 976 7. S, Caetano, C.; Com. de &. Donato, B.C.. 1.) 978 8. Ss. Cirfaco, Largo'e Smaragdo, Ms. . . 979 9. S, Joao.M. Vianney, C.; Vigtlia de S. Lourengo, M. ¢ de $. Romano, Meee ee. 888 10. S, Lourengo, M.. 2 ee ee ee . 984 11, Ss, Tibtircio e Susana, Msw. 2 2. ee 887 12S, Clara, V@, 2 ee ee 888 13. Ss. Hipélito e Cassiano, Ms. | 1. + 988 14. Vigilia da Assungéo de Nossa Senhora; Com. deS. Eusébio, C. 988 15. Assungdo de Nossa Senhora... 2... . . 993 16. S. Joaquim, C., Pai de Nossa Senhora. . . , . . . . , 996 17. S. Jacinto, C. . . . + 998 18. Durante a oitava de Nossa Senhora; Com. de S. Agapilo, M 19, S. Joo Eudes, C. 2. es 999 20. S. Bernardo, C. Dr... 22 +. 1000 21, Santa Joana Francisca Fremiot de Chantal, Vv). | |. 1000 22, Festa do Imaculado Coragdo de Maria. . . ++ + 1001 23. S. Filipe Benicio, C.; Vigilia de S. Bartolomeu, Ap... . 1004 24. S, Bartolomeu, Ap... . 2... ee. 1008 25. S. Luiz, Rei, C2 ee 1007 26. S, Zeferino, Pp. M. - 2 2 es. 1009 27. S. José de Calasanza, C.; *N.a Senhora dos Prazeres . . 1009 28. S. Agostinho, B. C. Dr. ¢ Com. de S. Hermes... . . 1011 29. Degolacao de S. Joao Batista; Com, de Santa Sabina, M. . 1012 30. Santa Rosa de Lima, Vg.» 2 2. 1. 1... 1086 31. S. Raimundo Nonato, Ce. 2 2 2. 1019 Calendério Littrgico 39 SETEMBRO Pagina 4. Durante a oitava de Santa Rosa de Lima, Vg.; Com. de S. Egidio, Ab. ee ee eee + 019 *Nossa Senhora de Belém e Nossa Senhora da Penha . . 1129 2. SEstévao, Rei, C. 6 6 ee ee ee eet + 1020 3. Durante a oitava de Santa Rosa de Lima, Vee. ee ee + 1081 4. ts oon y ” ” ” poe eg ee 1021 5, S. Lourengo Justiniani, B.C. 6 ee ee ee ee ee + 1088 6. Oitava de Santa Rosa de Lima, Vg.» © - ) ss 7 tt 1021 7. N.aS.a‘Aparecida, em todo ‘o Brasil . . + - ~ + 1021 8., Natividade de Nossa Senhora; Com. de S. Adriano; ™ + 1024 9. Durante a Oitava, Com. de S. Gorgénio, M. . . + «+ + 1027 10. S. Nicolau de Tolentino, C. Com: da Oit. 6. ee we + 1028 11. Durante a Oitava. Com. dos Ss. Proto ¢ Jacinto, Ms. . . . 1028 ig. Santissimo Nome de Maria. - - + - } eh rt tot 1028 13, Durante a Oitava «<2 ee 6 2 ee ee ttt 1030 * Exaltagio da Santa Cruz. . - . eee 1030 . As Sete Dores de Nossa Senhora; Com. de s. Nicomedes, M. 1032 ie Ss. Cornélio, Pp. M. e Cipriano, B. M:; Com. das Santas Eufémia, Vg., Lticiae S, Geminiano, Ms. . - + + + + 1034 17. Impressdo dos estigmas de S. Francisco de ‘Assis, C. . - + 1034 18. S. José de Cupertino, Co. eee ee 1035 19. S. Janudrio, B. e seus Companheiros, Ms... ee. + + 1037 90, S. Eustéquio e seus Companheiros, Ms. Vigilia de S. Ma- teus, Ap. Ev. 6 6 ee ee et + 1037 21. S. Mateus, Ap. Ev. - - - . . ee ee ee + 1058 22, S. Tomaz de Vilanova, B. GC; Com. de 's. Mauricio e seus Companheiros, Ms. ee ee ee ee 1040 93. S..Lino, Pp. M. e Com. de Sania ‘Tecla, ee ee ee (+ 1042 24. Nossa Senhora das Mercés - - se 6 ee te tr tt 1043 95. Missa da Féria. - - © + + + ee ee ee 1045 96. S. Cipriano, M. e Santa Justina, ve. Me. eee « 1045 97. Ss. Cosme ec Damido, Ms» se eee ee ee tt 1044 gs. S$. Venceslau, Duque,M.-- - ee 6 ee ee tt 1045 99, Dedicagao de S. Miguel Arcanjo . » - + + - . 1046 50. §. Jeronimo, Presb. C. Dre. i ee eh ee ee + t049 40 Calendario Litérgicd OUTUBRO Pégina 1.8. Remigio, B.C. we ee = 1050 2. Os Ss. Anjos da Guarda. . 2. 2. + 1050 3. Santa Teresa do Menino Jestis ar oe + 1052 4. S, Francisco de Assis, C. 2... ee ey 1055 5.S. Placido e seus Companheiros, Ms. . + 1057 6S. Bruno,C. 2... . 1057 7. Festa do Santissimo Rosério de Nossa Senhora; Com. dos Ss. Sérgio, Baco, Marcelo e Apulejo, Ms. . + 1058 8, Santa Brigida, Vg... . + 1061 9. S. Jofo Leonardi, Conf. e Com. dos Ss. ‘Dionisio, B. . Riistico e eleutério, Ms. 2 2 1. , + 1064 10. S. Francisco de Bérgia, C. . + 1065 11, Maternidade de Nossa Senhora + 1066 12. Missa da Péria . + 1068 13. S. Eduardo, Rei, C. + 1068 14. S. Calisto, I, Pp. M. + 1069 15. Santa Teresa, Vg. = 1069 16, Santa Hedwiges, Vv. . . . + 1070 17. Santa Margarida Maria Alacogue, Vg. + 1070 18. S, Lucas, Ev. 2 we ee ee + 1075 19, *S. Pedro de Alcantara, C. | » 1075 20. S. Jodo Cancio, C, . . 1078 21. *Durante a oitava de S. Pedro de ‘Alcantara, C. Com. de S. Hilario, Ab. e Santa Ursula e Com. Ms. + 1080 22, *Durante a oifava de S. Pedro de Alcantara, C. +1080 23. ” moo ” ” ” + 1080 24. *S. Rafael, Arcanjo. . . se + 1080 Ultimo domingo de outubro: Festa de Cristo-Rei = 1083 . 25, Durante a oitava de S. Pedro de Aleintara, C. Com. dos Ss. Crisanto © Daria, Ms... sae + 1087 95, *Oltava de S. Pedro de Alcantara, C. Com. de 8. Evaristo, Pp. M. . see. +. 1087 27. Vigilia dos $s. Simo e Judas, Aps. | | + 1088 28, Ss. Simao ¢ Judas, Aps. . 2... + 1089 29, Missa de Péria + 1092 yon See eee + 1092 31. Vigilia de Todos os Santos - = 1092 NOVEMBRO Pagina 4. Festa de Todos os Santos. 6 7. 1 ee ee ee e+ 1095 2 Dia de Finados . . « sree 4 1099 e [166] 5, Durante a oitava de Todos os Santos... 1... - 1099 4. #8, Carlos Borromeu, B. C.; Comemoragao dos Santos Vital € Agricola, Ms... . : + 1099 5. *Festa das sanias Reliquias e Com. da citava de Todos 05 Santos . . . see ee + 1100 € 1132 6. Durante a oitava de Todos os Santos... ss + +. «1100 To + 1100 8. Oitava de Todos ‘0s Santos; Com, dos Santos Quatro Co- roados, Ms... 1101 8. Dedicacao da Arquibastlica do Santissimo’ Salvador; Com. de S. Teodoro, M. . ++ tot 10. S. André Avelino, C. e Com. de S. Trifonio e $.t8 Ninfa . . 1102 11, S. Martinho, B. C.; Com, de S.Mena,M. 2. 2... . 1103 12, S. Martinho I, Pp. Mo. 2 ee ee ee ee ee 1105 13S. Diogo, Ce ee ee 1108 14. S. Josafé, B. M. be ee £105 15.S. Alberfo Magno, B.C.De 12 22 2222 2 0 fl ino7 16. Santa Gertrudes, Vg... - - + 1108 17. Bem-aventurados Roco Gonzalez e Comps. M. ¢ Com. de S. Gregério Taumaturgo, B.C. 2. +. 1108 + 18. Dedicagdo das Basilicas dos $s. Pedro ¢ Baulo, Aps. . . 1109 19. Santa Isabel, Vv.; Com. de S. Ponciano, Pp. M. . . . . 1109 20. S. Félix de Valois, Co. 2 ee ee ee ee ee 1109 21. Apresentacdo de Nossa Senhora... ss es + + 1110 92, Santa Cecilia, Vg. M. . . - ett) 25. S, Clemente I. Pp. M; Com. de Santa Felicidade, M. 1112 24. S. Joao da Cruz, C. Dr. Com. de S. Criségono M, . . . 1113 95. Santa Catarina, Vg. Mew ee ee HH 26. S. Silvestre, Ab.; Com. de S. Pedro, BAM... 6 + + 1115 97. Missa da Féria . eee ee ee ee MS 28. ee eo NTS 29. Vigilia de S. André, Com. de S. Saturnino, M. 4 .-.: 717 30... André, Apo 0 ee ee ee ee 780 Calendario Littirgico at 49 Calendério Litirgico DEZEMBRO Pagina 1. Missa da Férias 2 0 ee TRB 2. Sania Bibiana, Vg. M. : ot 795 5. S, Francisco Xavier, C. . ; y + 724 4. S. Pedro Crisélogo. B.C. Dr. Com. de S18 Barbara, Ve. M. 725 5. Missa da Péria, Com. de S. Sabas . . - 1 s+ + 787 737 6. S. Nicolau, B. C. . 7. S. Ambrésio, B. C. Dr. vig. da Imaculada ‘Conceigéo. 730 ¢ 731 8. Imaculada Conceigao da Bem-aventurada Virgem Maria . . 735 9. Durante a oitava da Imaculada Conceigio . - . - +. + 736 1. » » » Com. de S. Mel- quiades, Pp. M. 2 ee ee ee ee ee ee 786 11. S. Damaso, I. Pp. C. . « : bY 736 19. Festa de Nossa Senhora de “Guadalupe. | 1s se 757 45. Santa Luzia, Vg Mo... ey ee ey 789 44. Durante a oitava da Imaculada Conceiggo . . ... . « + 740 15, Oitava da Imaculada Conceigo . . . . . - 2 1 +s + 740 16. S. Eusébio B. Mo. 2 ee ee ee ee ee ew THO 47. Missa da Féria. .. 740 18.» Expectagéo do Darto de Nossa Senhora 740 € 1117 1% 4, ” ee ey ee ee eee 740 20. Vigilia'de S. Tomé, Ap. ss st te 740 o1.S. Tomé, Ap. eee ee THO 92, Missa dda Féria. © 2. ee ee TH Bey ete ee ee ee ee ee TH 24, Vigilia de Natal... eB 25, Natal de N.S. Jestis Cristo — Na 2. Missa: Comemoracao de Santa Anastésia, Mo 2. 8 26, S. Estévdo, Protomérlir . 2. ee 80 27. S. Joao, Ap. Ev... . Be eee ee we 98. Os Santos Inocentes, Ms... ss) 99.8, Tomaz, BM. ee ee ee 108 30, Durante a oilava de Natal. 6. 2... ee 106 31. S. Silvestre IL Pp. C. 2 ee ee 106 Dias santos de guarda em todo o mundo . Circunciséo do Senhor, em 1. de janeiro. . Epifania, em 6 de janeiro. . Ascenséo do Senhor, 40 dias depois da Pascoa. « Corpo de Deus, 11 dias depois de Pentecostes. . Natal, em 25 de dezembro. . Assungao de Nossa Senhora, em 15 de agosto. » Imaculada Conceigao da B. VY. M., em 8 de dezembro. » S. José, em 19 de marco (dispensado no Brasil, exceto no Ceara e na diocese de Garanhuns). S. Pedro e S. Paulo, em 29 de junho. °. Todos os Santos, em 1. de novembro. as santos de guarda em igrejas particulares no Brasil . Na Arquidiocese do Rio de Janeiro: S. Sebastiéo, em 20 de janeiro. I. Na diocese do Crato: S. Jodo Batista, em 24 de junho. Nossa Senhora da Penha, em 1. de setembro. Dias de jejum e abstinéncia no Brasil im virtude do Indulto Apostélico de 2 de dezembro de 1929, > os seguintes : Dias de jejum com abstinéncia de carne: Quarta-feira de Cinzas; T6das as sextas-feiras da Quaresma. Dias de jejum sem abstinéncia: As quartas-feiras da Quaresma; Quinta-feira da Semana Santa; Sexta-feira das Témporas do Advento. . Dias de abstinéncia de carne sem jejum: As vigilias do Espirito Santo, da Assungio de Nossa Senhora, de Todos os Santos ¢ de Natal. O preceito da Comunhdo Pascal 3m téda a América Latina, em virtude de especial Indulto, conce- io pelo Santo Padre Pio XI, (Litteris Apostolicis die XXX Aprilis 29 datis, sub n.0 11) todos os fiéis podem cumprir o preceito da nta Comunhao Pascal, desde 0 domingo da Setuagésima até a ita dos $$. Apéstolos Pedro e Paulo (29 de junho). cB) Iqetr) a9) 86 “ou 6& 5 orew 3 | Opt oreu - oon 96} “Aeys | “uel 6 | L961 “AOU 63 | 26 (2 1H ¥ " ‘ "Ady 9 9961 on Hage OF Aa} £5 ef ‘sou og | 95 (4 out 6 | cunt’. oreu % nae st | odreur¢ | ‘aay Hy | S96F “AOU $3 v6 Len ee | oreur 2} orew 4 [odsew 63] *Aay ot | -uel o6 | Po6T “AOU 66 | 16 (2 1 i “ + “D2 OF | £96} oyeut Qe PT | “AST 16 5 Zepor | $6 (e Saunt 1 oun og oreur te huge | oSseur 4 | “aay gy | 596t “zop 6 ms ouant 8 orew 73 | orur sy | paqes | “acy cr | -uel 63 | Toor “Z2p © 46 - 4 ‘ nige 24 | odrew 6 | -aay ¥1 | Oger nou ao | ooo | Quam oF ou oreu - obit 65) ‘Ay FF | ‘uel co | sor ou 68 | 482 | orm fe orur | oy cy | yuqe 9 | ‘aay ot | “aay 3 | scot “Bou of | 96 (4 ounint og | oyunt 6 | ora og | pge ye | oSseur 9 | aay 21 | 2S6F 2p a orew ye | ow og | ofeut or | miqe-s | ‘aay cy | uel 63 | ocer “Zp 6 26 (9 i“ * - 1. “Ady c3 “Aa 9 sot uu qe OF ou 28 | s6{e | ouunt 6 oyunl 5 oreur Hy inae gt jodreut ¢ | -aaj ry | PSOT ‘ou 83 | ¥6 | OYUN ZT | OYUN! 9 ora er | waqes | “acy gt | aay "y | coop ‘Aou 66 | 96( | OYUN! y | oreur 6 | oreur FT nage cy | ‘Ay 25 | “aay or | sor ‘aou og | oe | oyunf sy | oqunts oru e | osieu so| ‘ay 2 | -uel se | t6r oI f Dp é oe & ouunt's oreut 86 orear sr | waqe6 | “A9} 33 | -aaj a oper ‘zop © f : 7 srw 6 | “aay ¢ { ¢ | oreur og | [qe zt | 053 “AOU 16 ve oyunf 97 | oyun! . ‘uel co | Sher ‘sou 8s | 26(2 | orem 46 | oreur of | oreug | odsew go] -aaj} TT f ~ 1 sezuIy wuss | ous oweapy | ee | shea eee” | opsuaasy | vosseg | ap viicy -emag op ‘wog‘] etiog. ap Odio | -ayusg ~eyENd SIZAQUI S¥}S94 Sep ejaqey a a LSS St — PROPRIVM EE TEMPORE ‘Missas dos Domingos e Festas na ordem dos Ciclosfestivos CICLO DE NATAL Celebracao do Mistério da Incarnagao I. O TEMPO DO ADVENTO Nés nos preparamos para’a vinda de Jestis Cristo | © tempo de preparacio de 3 a 4 semanas que precedem a festa de Natal é chamado Advento. Isto quer dizer que o Redentor do genero humano est, por assim dizer, em caminho para vir até nés, enquanto 16s nos preparamos para recebé-Lo. A consciéncia dos nossos peca- dos nos faz desejar ardentemente e esperar a vinda do Redentor ¢ Salvador do mundo. 1. Significacdo déste Tempo. Estas quatro semanas recordam-nos “a primeira vinda do Salvador, em carne, e levam-nos a pensar numa segunda vinda, no fim do’mundo. As partes préprias das Missas déstes’ quatro domingos péem ésses Pensamentos diante dos nossos olhos..Vemos 0 Salvador que ha de vir, como O viram em espirito os Patriarcas: «Salus mundi», o Sal- vador do mundo. Como O anunciaram os Profetas: «Lux mundi>, a Luz do mundo que dissipa as trevas e ilumina as nacgdes. Como O designou S. Jodo Batista, o precursor: «Agnus Dei qui tollit peccata mundi», 0 Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. Como, finalmente, Maria Santissima contemplou, durante meses,.o seu Filho, crianga pequenina ¢ meiga que sera ‘chamada: Filius Altissimi>, Filho do Altissimo. . Este tempo diz:nos ainda que Ble viré novamente no fim do mundo (Evangelho do primeiro domingo). Viré nao mais como em Belém, . com as maos cheias de misericérdias, mas como Juiz dos vivos ¢ dos mortos, no furor dos elementos desencadeados e num aparato tao terrivel que os homens ficarao mirrados de susto. Hora incerta que devemos temer ¢ para a qual, segundo 0 aviso do Senhor, cum- pre estarmos preparados. E como nos prepararemos ? Lembrando-nos da primeira vinda do Senhor e aproveitando-Ihe os frutos. Como devemos celebrar 0 Advento. Tenhamos em primeiro lugar, um grande desejo do Salvador, desejo ésse que nasce da con- vicgao firme da necessidade absoluta da Redencdo, nao somente para a nossa pessoa, mas, acima de tudo, para téda a'santa Igreja, a Comunhao dos fi¢is. Isaias, profeta do’ Antigo Testamento, coloca 46 Préprio do Tempo , em nossa béca as palavras: «Enviai, 6 céus, o Justo». E a santa Igreja faz-nos exclamar nas oragdes: «Veni, Domine, et noli tardare». Vinde, Senhor, € nao tardeis. Em segundo lugar, devemos manter em nds © espirito de peniténcia. S. Joao Batista exorta-nos: «Fazei dignos frutos de peniténcia», A salvacdo s6 se aproximard de nés, se afastarmos o pecado € o apégo ao pecado, se fizermos peniténcia pelas faltas cometidas, Preparai pois, os caminhos do Senhor, porque o Reino de Deus estd proximo. Passemos, por fim, éste tempo, em doce expectagao com Maria, Mae de Jestis. A santa Igreja, de maneira téda especial, lembra-se dela neste tempo, acrescentando nas Missas uma segunda oracéo em sua honra, e festejando, logo nos primeiros dias, a sua Imaculada Con- ceigid. Felizes somos nés, porque com a Mae de Deus, jd nos podemos preparar para a festa do Natal. Cada uma das Missas € uma Incar- nagao do Filho de Deus, e cada uma das santas Comunhdes que fazemos neste tempo, faz nascer o filho de Deus em nds, auxilian- do-nos para que possamos dignamente celebrar a festa de Natal. 3. Particularidades déste Tempo. a) Durante estas semanas, por espirito de peniténcia nao se diz o Gloria nem se toca o érgéo. Os Sacerdotes se revestem de paramentos violéceos. ' b) Nas férias do Advento, nao ocorrendo alguma. festa de Santo, repete-se a Missa do domingo anterior, omitindo-se o versi- culo do Aleluia, depois do “Gradual. Durante a oitava da Ima- culada Conceigao, exceto no domingo, ou ocorrendo alguma festa de Santo, faz-se comemoracao da féria, acrescentando-se + a Oragio do domingo anterior. : ¢) Aos sdbados diz-se a Missa votiva: «Rorate> em honra de Nossa- Senhora, & pag. [92]. Em muitos lugares € permitida esta Missa também’ nos outros dias da semana, j4 se tendo dito a Missa do domingo anterior. 1, DOMINGO DO ADVENTO L cl. sd. — U Statio ad S. Mariam Majorem A terra abencoada de que nos fala a Communio, € Maria Santis- sima. Ela nos deu o fruto abengoado de suas entranhas. Por isso estamos reunidos, ao menos em espirito, em sua igreja. (Statio) ‘Compenetrados das palavras do Evangelho: “Erguei as vossas ca- becas, porque se aproxima a vossa Redencao... Sabei que perto esté 0 Reino de Deus”, voltamo-nos no comégo do Ano eclesids- fico para Deus, com téda a alma (Introito). Nossa Redengao é obra da bondade de Deus (Oragao), mas também o € de nossa coopera- cio, conforme nos diz Sto, Agostino: « A terceira semana do Advento, desde antigos tempos, € a dos es- erutinios, dos ordenandos e dos jejuns que precedem as ordenacées. Reunidos no tumulo de Sao Pedro, o Principe dos Apéstolos (Statio), imploramos a sua protecao e Ihe damos parte em nossa ale- gria pela proxima vinda do Senhor, “O Senhor esté perto”’. O Introito ¢ a Epistola o afirmam e com instncia suspiramos por sua vinda, pois 56 Ele poderd salvar-nos e dissipar as nossas trevas pela graca de sua visita (Oracao, Gradual ). 54 Alegremo-nos, porque esté mais perto do que pensamos. assevera no Evangelho: Jé esta Senhor, no Santo Sacrificio da S. Joao o entre vés. E de fato, unindo-nos ao Missa, j4 O encontramos em nosso le que afastou por sua primeira vinda o nosso cativeiro e€ nos remiu de nossa iniquidade (Qfertério ). Na Comunhio vird o Salvador fortalecer a todos os que d’Ele Introitus (Phil. audéte in Démino sem- per: fterum dico, gau- déte. Modéstia vestra nota sit Omnibus hominibus: Dé- minus enim prope est. Nihil solliciti sitis: sed in omni oratiéne petitidnes vestra innotéscant apud Deum. Ps. Benedixisti, Domine, terram tuam: avertisti captivitatem Tacob. ¥ Gléria Pat Oratio Aurem tuam, quésumus, Démine, précibus nostris accémmoda: et mentis no- stree ténebras gratia tue vi- sitatidnis illistra: Qui vivis. Outras Oragdes do Tempo, a Epistola (Phil. 4, 4-7) Léctio Epistola beati Pauli Fratres: Gaudéte in Démi- no’ semper: jfterum dico, gaudéte. Modéstia vestra nota'sit Gmnibus hominibus: D6éminus prope est. « Nihil solliciti sitis: sed in omnis se aproximam. 4, 4-6 — Ps. 84, 2) Regozijai-vos sempre no Se- nhor. Ainda uma vez vos di- go: regozijai-vos. Sejaa vossa modéstia conhecida de todas os homens, porque o Senhor | esté perto. De nada vos inquie- | teis, mas, em qualquer tempo, apresentai a Deus os vossos | pedidos. Ps, Abengoastes, Se- \nhor, a vossa terra; recondu- | zistes a Jacé do cativeiro. ¥ Gloria ao Padre. Nés Vos rogamos, Senhor, in- clinai 0 vosso ouvido as nos- sas preces, e pela graca de vossa visita, iluminai o nosso espirito. Yds que, sendo Deus, viveis e reinais. pag. 707, n. 1. Apéstoli ad Philippénses. Irmaos: Regozijai-vos sempre no Senhor. Ainda uma vez vos digo: regozijai-vos. Seja a vossa modéstia conhecida de todos os homens; 0 Senhor esté perto.. De nada vos inquieteis II. Domingo do Advento 55: oratiéne et obsecratidne, cum gratidrum actidne, pe- titiones vestree innotéscant apud Deum. Et pax Dei, que exstiperat omnem sen- sum, custddiat corda vestra et intelligéntias vestras, in Christo Jesu Démino no- stro. Graduale (Ps. 79, 2, 3 et 2) Qui sedes, Démine, super Chérubim, éxcita poténtiam tuam, et veni. Y Qui regis Israél, inténde: qui dedticis, velut ovem, Joseph. Alleltia, alleldia. YW Excita, Démine, poténtiam tuam, et veni, ut salvos facias nos. Alleltia. Evangelium (Jo. 1, 19-28) Sequéntia sancti Evangélii s {n illo témpore: : Misérunt Jud&i ab Jerosdlymis sacer- dotes et levitas ad Jodnnem, ut interrogérent eum: Tu quis es? Et conféssus est, et non negavit, et conféssus est: Quia fon sum’ ego Christus. Et interrogavérunt eum: Quid ergo? Elias es tu? Et dixit: Non sum. Pro- phéta es tu? Et respéndit: Non. Dixérunt ergo ei: Quis es, ut respénsum demus his, qui misérunt nos? Quid dicis de te ipso? Ait: Ego vox, clamantis in desérto: Dirigite viam Démini, sicut dixit Isafas Prophéta. Et qui missi fiierant, erant ex pha- ris@is. Et interrogavérunt eum, et dixérunt ei: Quid mas, em téda oracao e stipli- ca, dando gragas, apresentai a Deus os vossos pedidos. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guarde os vos- sos coragGes € Os vossos espi- ritos no Cristo Jestis, Senhor: nosso. és, Senhor, que estais assen- tado acinia dos Querubins, ma- nifestai o vosso poder e vinde. ¥ Atendei, Vés que governais a Israel, e conduzis a José como um pastor a. ovelha. Aleluia, aleluia. Y Manifestai, Senhor, 0 vosso poder e vin- de, para que sejamos salvos. Aleluia. ectindum Jodnnem. Naquele tempo, os judeus en- viaram de Jerusalém, sacerdo- tes e levitas a Joao, para lhe perguntar: Quem és tu? Ele confessou e nado negou. E con- fessou: Eu nao sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Entéo, quem és? E's tu Elias? Ele respon- deu: Nao sou. E’s tu o Profe- ta? Ele repetiu: Nao. Disse- ram-lhe entéo: Quem és, pois, para respondermos aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? E [Joao] respondeu- lhes: Eu sou a voz do que cla-~ ma no deserto: .preparai 0 ca- minho do Senhor, como disse o profeta Isaias. Ora, os envia- dos eram da seita dos fariseus. E fizeram-lhe esta pergunta: Por que entdo batizas tu, se 56 ergo baptizas, si tu non es Christus, neque Elias, neque Prophéta? Respéndit éis Jodnnes, dicens: Ego bapti- zo in aqua: médius autem vestrum stetit, quem vos nescitis. Ipse est, qui post me venttrus est, qui ante me factus est: cujus ego non sum dignus ut solvam ejus corrigiam calceaménti. Heec in Bethania facta sunt trans Jorddnem, ubi erat Offertérium (Ps. 84, 2) Benedixisti, Domine, terram tuam: avertisti captivitatem Jacob: remisisti iniquitétem plebis tua. Secreta Devotidnis nostree tibi, qué- sumus, Démine, héstia ju- giter immolétur: que et sacri péragat institéta my- stérii, et salutdére tuum in nobis mirabiliter operétur. Per D. N. Préprio do Tempo. nao és 0 Cristo, nem Elias, nem o Profeta? Respondeu-Ihes Joao, dizendo: Eu batizo com Agua, mas no meio de vés esté Um que vds nao conheceis. Este € O que vird depois de mim, que era antes de mime de quem nao sou digno de desatar a correia dos sapatos. Isto se deu em: Betania, além do Jordao, onde Joao batizava. — Credo. Jodnnes baptizans. Abengoastes, Senhor, a vossa | terta; reconduzistes a Jacé do cativeiro; perdoastes a iniqui- dade de vosso povo. Fazei, Vos suplicamos, Senhor, que sempre Vos imolemos'a hdstia de nossa devogao, a fim de que produza o efeito para o qual instituistes éste sagrado Mistério, e opere ma- ravilhosamente em nds vossa obra de salvagao. Por N. S. Secretas do Tempo, & pag. 707, n. 1. Prefécio da SS.ma Trindade, & comum, & pag. 683. Communio (Is. 35, 4) Dicite: pusilldnimes, con- fortdmini et nolite timére: ecce, Deus noster véniet et salvabit nos. Postcommunio Implordmus, Démine, cle- méntiam tuam: ut heec di- vina subsidia, a vitiis ex- pidtos, ad festa venttira nos préparent. Per D. N. Postcommunios do Tempo, 4 pag. 684. Durante a semana, o Prefécio Dizei: Pusilanimes, confortai- vos e nao temais: eis que o nosso Deus vird e nos salvard. Imploramos, Senhor, a vossa cleméncia para que éste Re- médio divino, purificando-nos dos nossos pecados, nos pre- pare para as festas que se aproximam. Por N. S. pag. 707, n. 1. Quarta-feira das Témporas do Advento QUARTA-FEIRA DAS TEMPORAS DO ADVENTO Stétio ad S. Mariam Majorem — U A “estagéo” como de costume nas quartas-feiras das Témporas, € em S.ta Maria Maior, Nesta basilica encontram-se as reliquias do Presepe em que descansou o Filho de Deus feito Homem. A Comunidade dos figis recomenda os jovens levitas 4 protecio daquela que é a Rainha do clero e ja pelos antigos, Padres da Igreja fra chamada: Virgem — Sacerdolisa. Além do caréter comum das Témporas (ver a Introdugdo do Missal), visam as Témporas do Advento especialmente a preparagio para a festa do Natal. A Missa déste dia é um ardente anelo pela vinda do Salvador. O grande profeta do Advento é Isaias e por éste motivo a Igreja lé, nestes dias, as mais belas paginas de seu livro, para suscitar em nossas almas um vivo desejo pelo Reino do Cristo’no mundo. Introitus (Is. 45, 8 —Ps. 18, 2) Rorite, cali, désuper, et | Derramai, 6 céus, das alturas, 37 nubes pluant justum: aperidtur terra, et gérminet Salvatérem, Ps. Ceeli endr- rant glériam Dei: et épera ménuum ejus annintiat fir- maméntum. W Gloria Patri. Depois do Kyrie: Orémus. Flectdmus génua. B Levate. Oratio Preesta, quésumus, omnipo- tens Deus: ut redemptionis nostre venttira solémnitas, et preeséntis nobis vitae sub- sidia cOnferat, et atérne beatittidinis prémia largi tur. Per D. N. 1, Lectio (Is. 2, 2-5) Léctio Isafee Prophéta. In diébus illis: Dixit Isaias Prophéta: Erit in novissimis diébus preepardtus mons domus Démini in vértice méntium, et elevdbitur su- per colles, et fluent ad eum omnes gentes. Et ibunt pé- puli multi, et dicent: Venite © vosso orvalho e as nuvens fagam chover o Justo; abra-se a terra e faga nascer 0 Salva- dor. Ps. Os céus proclamam a gl6ria de Deus, eo firmamento anuncia a obra de suas maos. | Gloria ao Padre. Oremos. Ajoelhemos. R Le- vantai-vos. Nés Vos suplicamos, 6 Deus onipotente, concedei que a so- lenidade de nossa redengao, que se aproxima, nos alcance auxilios para a vida presente € nos enriqueca com os bens da felicidade eterna. Por N. S. Naqueles dias, disse 0 profeta Isaias: Acontecerd nos tlti- mos: tempos que a montanha em que esta construfda a casa do Senhor [a Igreja], sera o mais alto dos montes e se ele- vara sdbre as colinas. E viraéo a ela t6das as nagGes. E levan- 58 et ascend4mus ad montem Démini et ad domum Dei Jacob, et docébit nos vias suas, et ambuldbimus in sé- mitis ejus: quia de Sion exf- bit lex, et verbum Démini de Jertisalem. Et judicabit gentes, et Arguet pdpulos multos: et conflabunt glé- dios suos in vémeres, et ldnceas suas in falces. Non levdbit gens contra gentem gladium: nec exercebtintur ultra ad proelium. Domus Jacob, venite, et ambulé- mus in limine Démini, Dei nostri. BR Deo gratias. Graduale (Ps. 23, 7, 3 et 4) Téllite portas, principes, vestras: et elevdmini, porte eterndles: et introibit Rex gloric. ¥ Quis ascéndet in montem Domini? aut quis stabit in loco sancto ejus? Innocens mdnibus et mun- do corde. V-Déminus vobiscum. R Et Oratio Festina, quésumus, Domine, ne tardaveris, et auxilium nobis supérne virttitis im- pénde: ut'advéntus tui con- solatiénibus — sublevéntur, qui in tua pietdte confi- dunt: Qui vivis. Outras Oragdes do Tempo, a II. Lectio Prdprio‘do Tempo: tar-se-40 muitos povos e dirao: Vinde, subamos ao monte do Senhor e a casa do Deus de Jacé. Ele nos ensinard os seus |caminhos e nds andaremos por suas veredas, pois de Sido saird a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. Ele jul- gard as nagdes e convencerd de érro a muitos povos, que transformardao suas espadas em | charruas e suas langas em foi- | ces. Uma nagao nao levantaré |a espada contra outra nagdo, nem mais se adestrarao os po- vos para a guerra. Casa de Jacé, vinde, e caminhemos 4 luz do Senhor, nosso Deus! Abri, 6 principes, as vossas portas. Alargai-vos, 6 portas eternas, pois o Rei da gléria vai entrar. W Quem subird ao monte do Senhor? Ou quem estaré em seu Jugar santo? Quem guardar limpas as mos, € puro 0 coragao. cum Spfritu tuo. Apressai-Vos, Senhor, nds Vos suplicamos, € nao tardeis em conceder-nos 0 socorro de vosso poder, a fim de que pelas consolagdes de vossa vinda sejam confortados aquéles que confiam em vossa bondade. Vés, que sendo Deus, viveis pag. 707, n. 1. Como na festa da Anunciagdo de Nossa Senhora, a 25 de marco. Graduale (Ps. 144, 18 et 21 Prope est Déminus émni- bus invocdntibus eum: 6m- ) O Senhor esta perto de todos aquéles que O invocam; de Sexta-feira das Témporas do Advento nibus qui invocant-eum in veritdte. ¥ Laudem Domini loquétur os meum: et be- nedicat omnis caro nomen sanctum ejus. Evangelium Como na festa da Anunciagé Offertorium (Is. 35, 4) Confortdmini, et jam nolite timére: ecce enim, Deus no- ster retribuet judicium : ipse véniet, et salvos nos faciet. Secreta Accépta tibisint, quésumus, Dédmine, nostra jejtinia: quae et expidndo nos tua gratia dignos efficiant, et ad sem- pitérna promissa perdticant. Per D. N. Secretas do Tempo, & pag. 707, Communio (Is. 7, 14) Eece, Virgo concipiet, et pdriet filium: et vocdbitur nomen ejus Emmanuel. Postcommunio Salutaris tui, Domine, mt- nere satiati, stipplices depre- cAmur: ut, cujus letdmur gustu, renovémur efféctu. Per D. N. Postcommunios do Tempo, & 59 todos os que com sinceridade O invocam. V Minha béca proclamard o louvor do Se- nhor e téda a carne bendird o seu santo Nome. , 0 de Nossa Senhora, a 25 de miargo. Confortai-vos e nao temais; eis que o nosso Deus fara jus- tiga. Ele mesmo vird e nos salvara. |Nés Vos rogamos, Senhor, se- |jam aceitos os nossos jejuns, para que os mesmos, purifican- do-nos da culpa, nos tornem dignos de vossa graga e nos conduzam as promessas eter- nas. Por N. S. n, 1. — Prefécio comum, & pag. 683. Eis que uma Virgem concebera e dard a luz um Filho; eo seu Nome seré Emanuel. Saciados, Senhor, com os vos- sos Dons salutares, nds Vos suplicamos que, alegrando-nos com a sua recep¢ao, sejamos renovados por seus efeitos. Por N.S. pag. 707, n. 1. SEXTA-FEIRA DAS TEMPORAS DO ADVENTO Statio ad Ss. duodecim Apostolos — U A “estacdo” que precede as ordenagGes solenes em Roma, nas Sextas-feiras das Témporas, € sempre na igreja dos Santos Apéstolos: Continuadores da missao dos Apéstolos, os ordenandos pedem hoje © seu auxilio e se preparam a seguir os seus exemplos. Também os figis oferecem nessa intenc&o suas oragdes € seus jejuns. Introitus (Ps. 118, 151-152 — ib. 1) rope es tu, Démine, et omnes vie tue véritas: initio cogndévi de testimd- Vés estais perto, Senhor, € to- dos os vossos caminhos sido a propria verdade. Por vossos 60 niis tuis, quia in etérnw tu es. Ps. Bedti immaculé' in via: qui Ambulant in lege Démini. V Gloria Patri. dam na lei Oratio Excita, quésumus, Démine, poténtiam tuam, et veni: ut hi, qui in tua pietdte confi- dunt, ab omni citius adver- sitéte liberéntur: Qui vivis et regnas. OragSes do Tempo, a pag. 70 Léctio (Is. 11, 1-5) Léctio Isaize Prophéte. Hee dicit Déminus Deus: Egrediétur virga de radice Jesse, et flos de radice ejus ascéndet. Et-requiéscet su- per eum spiritus Démini: spiritus sapiéntice et intel- léctus, spiritus consilii et fortittidinis, spiritus scién- tia et pietatis; et replébit eum spiritus timéris Démini. Non sectindum visiénem oculérum judicdbit neque sectindum auditum durium arguet: sed judicdbit in jus- titia. pduperes, et drguet in equitate pro mansuétis terrae: et perctitiet terram virga oris sui, et spiritu labidrum sudérum interficiet impium. Et erit justitia cin- gulum lumbérum ejus: et fides cinctérium renum ejus. Graduale (Ps. 84, 8 et 2) Osténde nobis, Démine, mi- sericérdiam tuam: et salu- tare tuum da nobis. W Be- Préprio do Tempo testemunhos reconheci, desde O principio, que Yés sois eter- no. Ps. Bem-aventurados os que se conservam imaculados em seu caminho: os que an- do Senhor. ¥ Gloria ao Padre. N6és Vos imploramos, Senhor, manifestai o vosso poder e vin- de, a fim de que, confiando em vossa bondade, sejamos pron- tamente livres de todo infor- ttinio. Vds, que sendo Deus, viveis e reinais. 7, ne 1. Assim fala o Senhor, Deus: Saird uma vara da raiz de Jessé, e uma flor brotard de sua raiz [o Salvador]. O Espirito do Senhor repousaré sdbre Ele: Espirito de sabedoria e de in- teligéncia, Espirito de conselho e de férea, Espirito de ciéncia e de piedade; e serd cheio do Espirito do temor do Senhor. Nao julgard pelo que se apre- senta aos olhos nem condenaré somente pelo que ouve dizer, mas julgardé os pobres com justiga e tomard com equidade a defesa dos humildes da terra. E ferird a terra com a vara de sua b6éca e matard o impio com o sépro de seus labios. A justiga sera 0 cinto de suas ilhargas, e a fidelidade, o tala- barte de seus rins. Mostrai-nos, Senhor, a “ yossa misericérdia, e dai-nos a vossa salvagdo. W Abengoastes, Se- Sdbado das Témporas do Advento 61 nedixisti, Démine, terram|nhor, a vossa terra; recondu- tuam: avertisti captivitatem | zistes a Jacé do cativeiro. Jacob. Evangelium Como na festa da Visitagdo de Nossa Senhora, a2 de Julho. Offertorium (Ps. 84, 7-8) Deus, tu convérsus vivifi-|O’ Deus, voltando-Vos para cdbis nos, et plebs tua la-| nds, dai-nos vida nova. E o tdbitur in te: osténde nobis, | vosso povo se alegraré em D6mine, misericérdiam tu-| 6s. Mostrai-nos, Senhor, a am, et salutére tuum da|vossa misericérdia e dai-nos a nobis. vossa salvagao. Secreta Munéribus nostris, quésu- | Senhor, nds Vos rogamos que, mus, Démine, precibtisque | aceitando os nossos dons e suscéptis: et caeléstibus nos | as nossas preces, nos purifi- munda mystériis, et cle-|queis com os vossos celestes ménter exdudi. Per D.N. | Mistérios e nos atendais com cleméncia. Por N. S. Secretas do Tempo, & pag. 707, n. 1. Prefdécio comum, & pag. 683. Communio (Zac. 14, 5-6) Ecce, Déminus véniet, et | Eis que o Senhor vird, e com omnes Sancti ejus cum eo:| Ele todos os seus Santos; e et erit in die illa lux magna. | nesse dia brilharé uma grande luz. Postcommunio Tui nos, Démine, sacra- | Esta santa recepgaéo do vos- ménti libatio sancta restau-|so Sacramento nos restaure, ret: eta vetustdte purgatos, | Senhor, e purificando-nos da in mystérii salutdris f4ciat | antiga culpa nos faga partici- transire consértium. Per | par do salutar Mistério [da In- D.N. carnacao]. Por N. S. Postcommunios do Tempo, a pag. 707, n. 1. SABADO DAS TEMPORAS DO ADVENTO Statio ad S. Petrum — U E éste o grande dia das ordenagdes. A assembléia dos fiis e os ordenandos se preparam por meio de oragdes ¢ jejuns. As ordena- Ses realizam-se no ttimulo de S. Pedro e entre as Leituras da Ante- Missa. Os textos da sania Missa preparam ao mesmo tempo as nossas almas para a vinda do Salvador. 62 Introitus (Ps. feni, et osténde nobis fa- ciem tuam, Démine, qui sedes super Chérubim: et salvi érimus. Ps. Qui regis Israél, inténde: qui dedicis, velut ovem, Joseph. ¥ Glé- ria Patri. Depois do Kyrie: Orémus. Flectamus génua. R, Levate. Oratio Deus, qui cénspicis, quia ex nostra pravitate affligi- mur; concéde propitius; ut ex tua_visitatidne consolé- mur. Qui vivis. I, Lectio (Isaias, 19, 20-22) Léctio Isafze Prophétae. In diébus illis: Clamdbunt ad Dominum a facie tribu- lantis, et mittet eis salvaté- rem et propugnatérem, qui liberet eos. Et cognoscétur Dominus ab A?g¥pto, et cognéscent A2g¥ptii Domi- num in die illa: et colent eum in hdstiis et in mu- néribus: et vota vovébunt Démino, et solvent. Et per- ctitiet Dominus Agyptum plaga, et sandbit eam: et reverténtur ad Déminum, et placabitur eis, et sandbit eos Déminus, Deus noster. Graduale (Ps. 18, 7 et 2) A summo celo egréssio ejus: et occtirsus ejus usque ad summum ejus. ¥ Celi endrrant glériam Dei: et Préprio do Tempo 79, 4 et 2—ib. 2) Vinde, Senhor, e mostrai-nos a vossa face, Vés que estais sentado acima dos Querubins; e seremos salvos. Ps. Vés que governais a Israel, escutai; Vds, que conduzis a José como um pastor a ovelha. Y Gléria ao Padre. Oremos. — Ajoelhemos. Bt Levantai-vos. O’ Deus, que nos védes aflitos por causa de nossa malicia, concedei-nos propicio que por vossa visita sejamos consola- dos. Vés, que sendo Deus, vi- veis e reinais. Naquelés dias, os povos invo- carao o Senhor, por causa do opressor. E Fle lhes enviar um Salvador e um defensor que os liberte. Entaéo o Senhor sera conhecido no Egito e os Egipcios [os pagaos] conhece- rao o Senhor naquele dia ; hon- ra-Lo-ao com sacrificios e ofe- rendas, faraéo votos ao Senhor e os cumpriraéo. O Senhor fe- rird o Egito com uma chaga e curé-la-a, e éles voltar-se-do para o Senhor. E o Senhor, nosso Deus, se lhes mostrara aplacado e os ha de curar. Ele sai de uma extremidade do céu e o seu percurso é até a outra extremidade.’ ¥ Os céus proclamam a gléria de Sabado das Témporas do Advento dSpera mdnuum ejus anniin- tiat firmaméntum. Orémus. Flectaémus génua. Oratio Concéde, quésumus, om- nipotens Deus: ut, qui sub peceati jugo ex vettista ser- vittite deprimimur; exspec- tata unigéniti Filii tui nova nativitéte liberémur: Qui tecum vivit et regnat. Il. Lectio (Is. 35, 1-7) Léctio Isafze Prophéte. Hae dicit Dominus: Leta- bitur desérta et invia, et exsultdbit solittido, et flo- rébit quasi lilium. Gérmi- nans germindabit, et exsul- ‘tdbit letabtinda et laudans gléria Libani data est ei: décor Carméli et Saron, ipsi vidébunt glériam Do- mini, et decdrem Dei nostri. Conforldte manus dissolé- tas, et génua debilia robo- rate. Dicite pusillanimis Confortdmini, et nolite ti- mére: ecce, Deus vester ultiénem additicet retribu- tidnis: Deus ipse véniet, et salvdbit vos. Tunc aperi- éntur dculi caecdérum, et aures surdérum patébunt. Tunc séliet sicut cervus claudus, et apérta erit lin- gua mutérum: quia scisse sunt in desérto aque, et torréntes in solittidine. Et quz erat drida, erit in sta- gnum, et sitiens in fontes aqudrum: ait Déminus om- nipotens. 63 Deus e o firmamento anuncia a obra de suas maos. R Levate. O’ Deus onipotente, concedei, Vos suplicamos, que, oprimi- dos sob o. jugo do pecado, por: antiga servidao, sejamos livres pelo novo .nascimento’ tGo desejado de vosso Filho Unigénito, que, sendo Deus, convosco vive e reina. Estas coisas diz o Senhor: Alegrar-se-4 a terra deserta e invia, e a solidao exultara e floresceré como um lirio. Bro- tard e germinaré e exultara de alegria e louvores. Foi-lhe dada a gléria do Libano ea beleza do Carmelo e de Saron. Eles mesmos [os habitantes] verao a gloria do Senhor e a for- mosura de nosso Deus. Forti- ficai as mos fracas, e fortale~ cei os joelhos trémulos. Dizei aos pusilanimes: Tende cora~ gem e nada receeis; eis que ai vem o vosso Deus que traz a vinganga e a justa retribui¢do. Deus mesmo vird e vos salvara. Ent&o os olhos dos cegos se abrirao e os ouvidos dos surdos ouvirao. Entéo 0 coxo saltara como um veado, e a lingua do mudo soltar-se-a. As Aguas brotarao no deserto e as tor- rentes na solidao. Eaterra, que estava séca, sera como um lago, € 0 solo sedento se trans- formaré em fonte de Aguas, diz o Senhor onipotente. 64 Graduale (Ps. 18, 6 et 7) In sole pésuit taberndculum suum: et ipse tamquam sponsus procédens de tha- lamo suo. ¥ A summo celo egréssio ejus: et occtirsus ejus usque ad summum ejus. Orémus. Flectamus génua. Oratio Indignos nos, quésumus, Démine, famulos tuos, quos actiénis prdéprize culpa con- tristat, unigéniti Filii tui ad- véntu letifica: Qui tecum vivit et regnat. THI. Lectio (Is. 40, 9-11) Léctio Isafze Prophéte. Hee dicit Dominus: Super montem excélsum ascénde tu, qui evangelizas Sion: exdlta in fortittidine vocem tuam, qui evangelfzas Jerti- salem: exdlta, noli timére. Dic civitdtibus Juda: Ecce, Deus vester: ecce, Démi- nus Deus in fortittidine vé- - niet, et brdchium ejus do- mindbitur: ecce, merces ejus cum eo, et opus illius coram illo. Sicut pastor gregem suum pascet: in bréchio suo congregabit agnos et in sinu suo levd- bit, Dominus, Deus noster. Graduale (Ps. 79, 20 et 3) Domine, Deus virtttum, convérte nos: et osténde fa- ciem tuam, et salvi érimus. WV Excita, Démine, potén- tiam tuam, et veni, ut sal- vos facias nos. Prdéprio do Tempo. Ele estabeleceu o seu _taber- ndéculo no sol, e dai sairé como um espéso que sai do seu tdlamo. ¥ Sai de uma extre- midade do céu eo seu percur- so é até a outra extremidade. R Levate. | Contristados pela culpa da nossa prépria agdo, nds Vos pedimos, Senhor, que a vossos. indignos servos alegre a vinda de vosso Filho Unigénito, que, sendo Deus, convosco vive e reina. Eis o que diz o Senhor: Sobe a um alto monte, tu que anun- cias a boa nova a Sido; le- vanta com férga a tua voz, tu que anuncias a boa nova a Jerusalém; eleva fortemente a tua voz e nado temas. Dize as cidades de Judd: Eis 0 vosso Deus. Eis que o Senhor Deus vem revestido de foérga eo seu braco,dominard. Eis que vird com Ele a sua recompensa e a sua obra o precederé. Como um pastor, Ele conduziraé o seu rebanho; em seus bragos recolherd os cordeiros e os. levard em seu seio, Ele, 0 Se- nhor nosso Deus. Senhor, Deus dos exércitos, convertei-nos a Vés. Mostrai- nos a vossa face e seremos salvos. ¥ Manifestai, Senhor, o vosso poder e vinde para nos salvar. Orémus. Flectémus génua. RB Levate. Sabado das Témporas do Advento Oratio Presta, quésumus, omni- potens Deus: ut Filii tui venttra solémnitas et pra- séntis nobis vite remédia conferat, et prémia etérna concédat. Per etindem D. N. IV. Lectio (Is. 45, 1-8) Léctio Isafze Prophéte. Heee dicit Déminus christo meo Cyro, cujus appre- héndi déxteram, ut subjici- am ante faciem ejus gentes, et dorsa regum vertam, et apériam coram eo jdnuas, et porte non claudéntur. Ego ante te ibo: et gorid- sos terre humilidbo: portas éreas cénteram, et vectes férreos confringam. Et da- bo tibi thesduros abscén- ditos et arcana secretérum: ut scias, quia ego Dominus, qui voco nomen tuum, De- us Israél. Propter servum meum Jacob, et Israél eléc- tum meum, et vocavi te ndémine tuo: assimildvi_te, et non cognovisti me. Ego Dominus, et non est dm- plius: extra me non est Deus: accinxi te, et non cognovisti me: ut sciant hi, qui ab ortu solis, et qui ab occidénte, quéniam absque me non est. Ego Déminus, et non est alter, formans lucem et creans ténebras, | faciens pacem et creans malum: ego Déminus, fa- ciens émnia hec. Rordte, ceeli, désuper, et nubes plu- 65 Fazei, Yos rogamos, 6 Deus Onipotente, que a solenidade de vosso Filho, que se aproxi- ma, nos alcance os’ remédios para a vida presente e nos pro- porcione a recompensa eterna. Pelo mesmo J. C. Estas coisas diz o Senhor: Ao meu ungido Ciro [figura de Jestis Cristo], a quem eu con- duzi pela mdo para Ihe sub- meter as nagdes, para por em fuga os reis e abrir diante déle as portas, sem que nenhuma lhe seja fechada. Eu irei adi- ante de ti, humilharei os gran- des da terra, quebrarei as por- tas de bronze e despedagarei as trancas de ferro. Dar-te-ei tesouros escondidos e rique- zas secretas, a fim de que sai- bas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, e te chamo por teu nome. Por amor de meu servo Jacé e de Israel, meu eleito, eu te chamei por teu nome. E te destinei para séres figura [do Cristo] antes de me conheceres. Eu sou o Senhor e nao hd outro; fora de mim nado ha Deus. Eu te cingi [a espada] e nao me co- nheceste, a fim de que saibam, desde o oriente até o poente, que nao ha Deus fora de mim. Eu sou o Senhor e nao ha ou- tro. Formo a luz e crio as tre- vas; firmo a paz e envio os males. Eu, o Senhor, fago tédas essas coisas. Derramai, 6 céus, 66 Préprio ant justum: aperidtur terra, et gérminet Salvatérem: et justitia oridtur simul: ego Dominus credvi eum. do Tempo . das alturas o vosso orvalho e as nuvens fagam chover 0 Justo; abra-se a terrae faca nascer o Salvador; e ao mesmo tempo nas¢a a justiga. Eu sou o Senhor e 0 criei. Graduale (Ps. 79, 3, 2 et 3) Excita, Domine, poténtiam tuam, et veni, ut salvos fa- cias nos. ¥ Qui regis Israél, inténde: qui dedticis, velut ovem, Joseph: qui sedes super Chérubim, appdre coram Ephraim, Bénjamin, et Mandsse. Orémus. Flectamus génua. Oratio Preces pdpuli tui, qué- sumus, Démine, cleménter exdudi: ut, qui juste pro peccatis nostris affligimur, pietdtis tue visitati6ne con- solémur: Qui vivis. Manifestai, Senhor, 0 vosso poder e vinde para nos remir. W Escutai, 6 pastor de Israel, que conduzis a José como um pastor a ovelha. Vés que ten- des 0 vosso trono acima dos Querubins, manifestai-Vos a Efraim, Benjamin e Manassés. R Levate. Nés Vos rogamos, Senhor, que escuteis com cleméncia as pre- ces de vosso povo, a fim de que merecidamente aflitos por causa de nossos pecados, se- jamos consolados com a vossa misericordiosa visita. Yds, que sendo Deus, viveis e reinais. V. Lectio (Dan. 3, 47-51) Léctio Daniélis Prophéte. In diébus illis: Angelus Dé- mini descéndit cum Azaria et sdciis ejus in forndcem: et exctissit flammam ignis de forndce, et fecit médi- um forndcis quasi ventum roris flantem. Flamma au- tem effundebdatur super for- ndcem cibitis quadraginta novem: et ertipit, et in- céndit, quos répperit, juxta forndcem de Chaldéis, mi- nistros regis, qui eam in- cendébant. Et non tétigit eos omnino ignis, neque contristavit, nec quidquam Naqueles dias, o Anjo do Se- nhor desceu com Azarias e os seus companheiros a fornalha, edesviando da mesma as cha- mas do fogo, féz que soprasse no meio da fornalha como que uma fresca viragdo acompa- nhada de orvalho. As chamas, porém, cresciam acima da for- nalha quarenta e nove céva- dos, e saltando féra dela, quei- maram, entre os Caldeus que estavam perto da fornalha, os servos do rei que atigavam o fogo. Mas 0 fogo nao tocou de modo algum os trés jovens Sdbado das Témporas do Advento moléstie intulit. tres quasi ex uno ore lau- dabant, et glorificdbant, et benedicébant Deum in for- nace, dicéntes: Hymnus (Daniel, 3, 52-56) Benedictus es, Deus patrum nostrérum. Et lauddbilis et gloridsus in sécula. Et benedictum nomen glé- rie tuae, quod est sanctum. Et laudabile et gloriésum in sécula. Benedictus es in templo sancto gloria tue. Et lau- dabilis et gloriésus in sz- cula. Benedictus es super thré- num sanctum regni tui. Et lauddbilis et gloridésus in sécula. Benedictus es super scep- trum divinitatis tuee. Et lau- dabilis et gloridsus in se&- cula. Benedictus es, qui sedes super Chérubim, intuens abyssos. Et lauddbilis et gloridsus in sécula. Benedictus es, qui 4mbulas super pennas ventérum et super undas maris. Et lau- dabilis et gloridsus in s&- cula. Benedicant te omnes An- geli et Sancti tui. Et laudent te et glorificent in s&cula. Benedicant te celi, terra, mare, et Omnia que in eis Tune’ hi} Domine, | 67 [Hebreus], nado os molestou, nem lhes causou 0 menor ve- xame. Entdo éstes trés jovens, em voz unissona, louvavam, glorificavam e bendiziam a Deus, na fornalha, dizendo: Bendito sois Wés, Senhor, Deus de nossos pais. E digno de louvor e gléria- por todos. os séculos. Bendito € 0 vosso Nome glo- rioso que é santo. E digno de louvor e gléria por todos os. séculos. Bendito sois Yés no_templo santo de vossa gléria. E digno de louvor e gloria por todos ‘os séculos. Bendito sois Vés sdbre o tro- no santo de vosso Reino. E digno de louvor e gloria por todos os séculos. Bendito sois vés por causa do cetro de vossa Divindade. E digno de louvor e gloria por todos os séculos. Bendito sois Vés, que_estais assentado acima dos Queru- bins, e penetrais o fundo dos abismos. E digno de louvor e gloria por todos os séculos. Bendito sois Vés que andais sObre as asas dos ventos, e por sObre as ondas do mar. E digno de louvor e gléria por todos os séculos. Bendigam a Vés, Senhor, to- dos os vossos Anjos e Santos, e Vos louvem e exaltem para sempre. Bendigam a Vés, Senhor, os céus, a terra, o mar e tudo 68 Préprio sunt. Et laudent te et glori- ficent in s&cula. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto. Et lauddbili et gloridso in sécula. Sicut erat in principio, et nunc, et semper: et in s&- cula seecul6rum. Amen. Et laudabili et gloridso in sé- cula. Benedictus es, Démine, Deus patrum nostrérum. Et laudabilis et gloridsus in sécula. Oratio Deus, qui tribus pteris miti- gasti flammas ignium: con- céde propitius; ut nos fa- mulostuos non extirat flam- ma vitidrum. Per D.N. Outras Oragdes do Tempo, & pa Epistola (2 Tess. 2, 1-8) Léctio Epistole bedti Pauli Fratres: Rogdmus vos per advéntum Démini_ nostri Jesu Christi, et nostree con- gregatidnis in ipsum: utnon cito movedmini a vestro sensu, neque terredmini, ne- que per spiritum, neque per serménem, neque per _ epistolam tamquam per nos missam, quasi instet dies Domini. Ne quis vos sedii- cat ullo modo: quéniam nisi vénerit! discéssio_pri- mum, et reveldtus fterit homo peccati, filius perdi- tidnis, qui adversdtur, et extdllitur super omne, quod dicitur Deus aut quod cé- do Tempo que néles esta. E éles Vos lou- vem e exaltem para sempre. Gl6ria ao Padre, e ao Filho, e ao Espirito Santo. Ao que é digno de louvor e glériae por todos os séculos. Assim como era no principio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amen. Ao que é digno de louvor e gloria por todos os séculos. Bendito sois Vés, Senhor, Deus de nossos pais. E digno de louvor e gléria por todos os séculos. O’ Deus, que aos trés jovens suavisastes as chamas da for- nalha, concedei, propicio, que a nds, vossos servos, nado abrase a chama dos vicios. Por N. S. 707, n. 1, Apéstoli ad Thessalonicénses. Irmaos: Nés vos rogamos, pela vinda de Nosso Senhor Jestis Cristo [para o juizo] e por nossa uniéo com Ele, que nao mudeis facilmente em vosso modo de sentir, e nao vos per- turbeis, nem por espirito [falso], mem por palavras, nem por epistola que se diga por nds enviada, como se o dia do Se- nhor estivesse perto. Ninguém de modo algum vos engane, porque isto nao sera sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do peca- do, o filho da perdigao, o ad- versdrio que se elevard sébre tudo o que se chama Deus, ou Sdbado das Témporas do Advento litur, ita ut in templo Dei sédeat osténdens se, tam- quam sit Deus. Non retiné- tis, quod, cum adhuc essem apud vos, hee dicébam vobis? Et nunc quid deti- | neat, scitis, ut revelétur in suo témpore. Nam mysté- rium jam operdtur iniquita- tis: tantum ut, qui tenet nunc, téneat, donec de mé- dio fiat. Et tunc revelabitur ille iniquus, quem Déminus Jesus interficiet spiritu oris sui, et déstruet illustratione | advéntus sui. bécae destruird Tractus (Ps. 79, 2-3) Qui regis Israél, inténde: qui dedtcis, velut ovem, Joseph. V Qui sedes super Chérubim, appdére coram Ephraim, Bénjamin, et Ma- nasse. V Excita, Démine, poténtiam tuam, et veni: ut salvos facias nos. Evangelium Como no IY. dom. do Adven' Offertorium (Zac. 9, 9) . Exstilta satis, filia Sion, pr&- dica, filia Jertisalem: ecce, Rex tuus venit tibi sanctus et Salvator. Secreta Sacrificiis preeséntibus, qué- sumus, Démine, placatus inténde: ut et devotidni nostra proficiant et saluti. Per D.N. devo Secretas do Tempo, 4 pag. 707 69 que é adorado, de sorte que se sentara no templo de Deus, apresentando-se como se fdsse Deus. Nao vos lembrais que, quando eu ainda estava con- vosco, vos dizia estas coisas? E agora sabeis o que o detém, a fim de que a seu tempo se manifeste. Porque o mistério da iniquidade ja se esté operan- do, esperando sOmente para aparecer, que aquilo que o deteve até agora desaparega. E entéo se manifestaré ésse impio a quem o Senhor Jestis : mataré com o sdpro de sua com o esplendor de sua vinda. Escutai, 6 pastor de Israel, que conduzis a José como um pas- tor & ovelha. V Yds que tendes © vosso trono acima dos Que- rubins, manifestai-Vos perante | Efraim, Benjamin e Manassés. |¥ Manifestai o vosso poder, Senhor, e vinde para nos salvar. fo, & pag. 72. Nao se diz o Credo. Exulta de alegria, filha de Sido! Enche-te de jubilo, filha de Jerusalém. Eis que vird a tio teu Rei, o Santo, o Salvador. Nés Vos suplicamos, Senhor, que aplacado com os sacrifi- cios que ora Vos fazemos, nos escuteis de modo ‘que nos sir- vam para aumento de nossa 30 e nossa salvacao. Por N. S. 7, n. 1. Prefécio comum, & pag. 683. 70 Préprio do Tempo Communio (Ps. 18, 6-7) Exsultdvit ut gigas ad cur- | Jubiloso como um gigante, éle réndam viam: a summo|percorre o seu caminlio. Sai clo egréssio ejus, et oc-|de uma extremidade do céu ctrsus ejus usque ad sum- |e o seu percurso é até a outra. mum ejus. | extremidade. Postcommunio Quésumus, Démine, Deus | Senhor, nosso Deus, fazei, Vos noster: ut sacrosdncta my-| rogamos, que os sacrossantos. stéria, quee pro reparationis | Mistérios que nos concedestes nostree munimine contulisti: | para assegurar a nossa reden- et praesens nobis remédium | cdo sejam para nds remédio esse facias et futirum. Per | presente e futuro. Por N.S. D.N. Postcommunios do Tempo, 2 pag. 707, n. 1. IV. DOMINGO DO ADVENTO I. el. sd. —U Statio ad Ss. duodecim Apostolos Se o IV. domingo coincidir com a Vigilia de Natal, celebrar-se- a Missa da Vigilia, 4 pag. 75, fazendo-se a Comemoracao do domingo. Na noite do sabado anterior ao IY. domingo do Advento faziam-se antigamente as ordenagdes dos ministros de Deus. Como mais tarde estas ceriménias fossem realizadas, 4 no sébado de manha, fez-se para © IV domingo uma Missa propria, composta, em sua maior parte, das Missas das Témporas do Advento. Sao portanto éstes dois pensamentos: Ordenagao e Advento os que dominam na Missa déste domingo. A Epistola fala-nos dos ministros do Cristo, que por seu officio e sua vida devem preparar os. figis para a vinda do Senhor. Com o profeta Isafas, desejamos esta vinda (Introito). No Evangelho mostra- nos © Precursor o que devemos fazer: encher os vales e arrasar os montes, isto €, arrepender-nos dos pecados ¢ humilhar-nos. No Ofer- tério é Nossa Senhora quem nos conduz para oferecermos no altar as _nossas dadivas' ea nossa boa vontade. Na Comunhao nos tornamos,. semelhantes ajela pela visita que Jestis faz a0 nosso coracao. Introitus (Is. 45, 8 — Ps. 18, 2) orate, ceeli, désuper, et | Derramai, 6 céus, das alturas. nubes pluant justum:|o vosso orvalho e as nuvens. aperidtur terra, et gérminet | facam chover o Justo: abra-se Salvatérem. Ps. Cali endr-|a terra e faga nascer o Salva- rant glériam Dei: et dpera | dor. Ps. Os céus proclamam a mdnuum ejus anniintiat fir-| gléria de Deus e 0 firmamento maméntum. WV Gléria Patri. | anuncia a obra de suas maos. W Gloria ao Padre. TY. Domingo do Advento 7 Oratio Excita, quésumus, Domine, | Manifestai, Senhor, 0 vosso po- poténtiam tuam, et veni:|;der e vinde; e socorrei-nos et magna nobis virtéte|com grande férga, para que, succtirre; ut per auxilium | pelo auxilio de vossa gra¢a, gratia tue, quod nostra | vosso benigno perdao apresse peccata praepédiunt, indul- | o beneficio que os nossos pe- géntia tuz propitiatiénis | cados nos impedem de rece~ accéleret: Qui vivis. ber. Vés, que, sendo Deus vi- veis e reinais. Outras Oragdes do Tempo, a pag. 707, n. 1. Epistola (1 Cor. 4, 1-5) Léctio Epistole bedti Pauli Fratres: Sic nos existimet Apéstoli ad Corinthios. Irmaos: Assim nos julguem os homo ut ministros Christi, | homens, como a ministros de et dispensatéres mysterié-| Cristo e administradores dos rum Dei. Hic jam quéritur | Mistérios de Deus. Ora, exige- inter dispensatéres, ut fidé- se dos administradores que ca- lis quis invenidtur. Mihi au-| da qual seja_fiel. A mim, no tem pro minimo est, ut a|entanto, pouco se me da, de vobis jiidicer aut ab humé-| ser julgado por vés ou por no die: sed neque mefpsum | qualquer outro tribunal huma- jtidico. Nihil enim mihi cdn- | no; nem, tao pouco, a mim scius sum: sed non in hoc | mesmo me julgo. Embora em justificdtus sum: qui autem | nada me sinta culpado, nem jadicat me, Déminus est.|por isso me tenho por justifi- Itaque nolite ante tempus |cado: quem me juiga é o Se- judicdre, quoadtisque vé- | nhor. Portanto nao julgueis an- niat Déminus: qui et illtimi- | tes do tempo, até que o Senhor ndbit abscéndita tenebré- | venha. Fle trard a luz as coisas rum, et manifestabit consilia escondidas nas trevas, e mani- cérdium: et tune laus erit | festaré os segredos dos cora- unicuique a Deo. Graduale (Ps. 144, 18 et 21) codes; € entao cada um tera de~ Deus o seu louvor. Prope est Déminus émnibus | O Senhor esté perto de todos invocantibus eum: 6mnibus, os que O invocam; de todos ‘qui invocant eum in veri- | os que O invocam com since- tate. ¥ Laudem Démini lo- | ridade. ¥ Proclame minha bé- quétur os meum: et bene-| ca o louvor do Senhor e téda dicat omnis caro nomen|a carne bendiga o seu santo sanctum ejus. Nome. * dictus fructus ventris tui. 72 Préprio Alleldia, alleldia. Y Veni, Démine, et noli tarddre: relaxa facinora plebis tue Israél. Allelidia. Evangelium (Luc. 3, 1-6) do Tempo Aleluia, aleluia. VY Vinde, Se- nhor, e nao tardeis; perdoai os crimes de Israel, vosso povo. Aleluia. Sequéntia sancti Evangélii sectindum Lucam. Anno quintodécimo impérii Tibérii Césaris, procurdnte Péntio Pilato Jud#am, te- trarcha autem Galilee He- réde, Philippo autem fratre ejus tetrarcha Iturée et Trachonitidis regidnis, et Lysénia Abiline tetrarcha, sub principibus sacerdétum Anna et Céipha: factum est verbum Démini super Jodn- nem, Zacharie filium, in desérto. Et venit in omnem regiénem Jordanis, prédi- cans baptismum peeniténtiee in remissi6nem peccatérum, sicut scriptum est in libro serménum Isaiee Prophéte: Vox clamantis in desérto: Parate viam Domini: rectas facite sémitas ejus: omnis vallis implébitur: et omnis mons et collis humilidbitur: et erunt prava in dirécta, et Aspera in vias planas: et vidébit omnis caro salutére Dei. * Offertorium (Luc. 1, 28) Ave, Maria, gratia plena; Déminus tecum: benedicta tu in muliéribus, et bene- Secreta Sacriffciis preeséntibus, qué- sumus, D6mine, placatus inténde: ut et devotidni No décimo quinto ano do im- pério de Tibério César, gover- nando Péncio Pilatos a Judéia, sendo Herodes o tetrarea da Galiléia, seu irm&o Filipe, o tetrarca de Ituréia e da pro- vincia de Traconites, e Lisdnias © © tetrarca da Abilinia, sendo Anaz e Caifaz, principes dos sacerdotes, foi a palavra do Senhor ouvida no deserto por Joao, filho de Zacarias. E veio por téda a regiao do Jordao, pregando o batismo da peni- téncia para a remissdo dos pe- cados, como esta escrito no Livro das palavras do profeta Isaias: Uma voz clama no de- serto: Preparai o caminho do. Senhor, endireitai as suas ve- redas. Todo vale se encheré, € todo monte e colina serao abaixados:os caminhos tortuo- sos tornar-se-do retos e os ds- per planos; e iéda carne verd o Salvador enviado por Deus. — Credo. Ave, Maria, cheia de graca, o Senhor € contigo, bendita és tu entre as mulheres, e ben- dito € 0 fruto do teu ventre. Nés Vos suplicamos, Senhor, olhai benigno éstes sacrificios. que ora Vos oferecemos, para Vigilia de Natal 73 nostra: proficiant et saltti.|que aproveitem a nossa de- Per D.N. vogao e a nossa salvagao. Por N. S. Secretas do Tempo, & pag. 707, n. 1. Prefdcio comum, & pag. 683. Communio (Is. 7, 14) Ecce, Virgo concipiet et péariet filium: et vocdbitur nomen ejus Emmanuel. Eis que uma Virgem conceberé e dard a luz um Filho; e o seu nome serd Emanuel. Postcommunio Sumptis munéribus, qué-| Tendo recebido éstes Dons, sumus, Démine: ut, cum | Vos rogamos, Senhor, que com frequentatidne mystérii,cre-|a frequente recepgao déste scat nostre saltitis efféctus. | Mistério, cresga em nds 0 efeito Der D.N. de nossa Redengao. Por N. S. Postcommunios do Tempo, a pag. 707, n. 1. VIGILIA DE NATAL 24 de dez. privil. I. cl. —U Stétio ad S. Mariam Majorem Coincidindo a Vigilia com o IV. Domingo do Advento, diz-se a Missa da Vigilia e faz-se a comemoracio do domingo. «Hoje sabereis que o Senhor vird, ¢ amanha vereis a sua gléria>. Nos tempos antigos preparavam-se os figis para as grandes soleni- dades, passando a noite anterior, ou parte dela, em oragdes € can- ticos, jejuando e fazendo peniténcia. Chamaram-se vigilias a essas reunides noturnas e ésse nome foi conservado, quando, mais tarde, essas prdticas de peniténcia foram feitas durante o dia que precede a festa. Na medida de nossas condigdes pessoais ¢ por conseguinte, da participacdo a essas peniténcias, colheremos também frutos mais ‘ou menos abundantes destas solenidades. Maria Santissima guiou os nossos passos durante o tempo do Ad- vento. E’ justo que reunidos em nossa igreja (Statio), junto ao presepe, esperemos com ela o Salvador. Entre tédas as vigilias, as de Natal e Pdéscoa tém sido sempre as mais caras ao espirito ctistio por serem as mais significativas para a vida religiosa ¢ espiritual. Eis os motivos porque os figis, nestes dias, nao devem perder o ensejo de assistir ao santo Sacrificio da Missa. Com as palavras_com que Moisés anunciou ao povo no deserto, a chuva do mand (pao, que era uma figura da Eucaristia), anuncia-nos a Igreja, no Introito, a vinda do Senhor. Bste Senhor é 0 verdadeiro Mand, verdadeiro Deus e verdadeiro’ homem (Epistola) nascido da Virgem. Maria por virtude do Espirito Santo (Evangelho), No Ofertério da santa Missa vamos ao encontro do Rei da Gléria e Ele se revelard a todos os coragdes na santa Comunhao. E se assim, de ano em ano, O esperamos com alegria como Redentor, também poderemos esperé-Lo com muita confianga como Juiz que hd de vir. E’ 0 que pedimos na Oracao. Préprio do Tempo Introitus (Ex. 16, 6 et 7— Ps. 23, 1) 74 Hésie sciétis, quia véniet D6éminus et salvabit nos: et mane vidébitis gld- riam ejus. Ps. Démini est terra, et plenittido ejus: orbis terrdérum, et univérsi, qui hdbitant in eo. V Glé- ria Patri. Oratio Deus, qui nos redemptidnis nostree Annua exspectatiéne letificas: preesta; ut Unigé- nitum tuum, quem Redemp- torem leti suscipimus, ve- niéntem quoque Jtidicem sectiti videdmus, Dominum nostrum Jesum Christum, Filium tuum: Qui tecum vivit. Hoje sabereis que o Senhor vi- rd, e nos salvard; e amanha ve- reis a sua gléria. Ps. Do Senhor €a terrae tudo que ela contém: 0 orbe inteiro e quantos néle habitam. V Gléria ao Padre. O’ Deus, que nos alegrais anu- almente com a expectacdo de nossa redengao, concedei que, recebendo com alegria 0 vos- so Filho Unigénito, Nosso Se- nhor Jestis Cristo, vindo como Redentor, possamos também esperé-Lo confiantes, quando vier como Juiz, Ele, que, sendo. Deus, convosco vive e reina. Sendo domingo, acrescenta-se a Oracdo déste domingo. Epistola (Rom. 1, 1-6) Léctio Epistolz beati Pauli Paulus, servus Jesu Christi, vocatus Apéstolus, segre- gatus in Evangélium Dei, quod ante promiserat ‘per Prophétas suos in Scripturis sanctis de Filio suo, qui factus est ei ex sémine Da- vid sectindum carnem: qui praedestinatus est Filius Dei in virtdte sectindum spiri- tum sanctificatiGnis ex re- surrectiéne mortuérum Jesu Christi, Domini nostri: per quem accépimus grdtiam, et apostolatum ad obcedi- éndum ffdei in 6mnibus gén- tibus pro ndémine ejus, in quibus estis et vos vocéti Jesu Christi, Démini nostri. Apéstoli ad Romanos. Paulo, servo de Jestis Cristo, chamado ao apostolado, esco- Thido para anunciar o Evan- gelho de Deus, que: Ele havia, antes prometido por seus Pro- fetas, nas santas Escrituras, acérca de seu Filho. Este nas- ceu da linhagem de Davi, se- gundo a carne, predestinado Filho de Deus, com poder, se- gundo o Espirito de santifica- do por sua ressurreicdo dentre os mortos, Jestis Cristo, Nosso Senhor. Por Ele recebemos a graga do apostolado, para tra- zer em seu Nome a obediéncia da fé todos os gentios; entre les, sois também vés chama- dos por Jestis Cristo, Nosso Senhor. Vigilia Graduale (Ex. 16, 6 et,7) Hédie' sciétis, quia veniet | Déminus, et salvabit nos: et mane vidébitis glériam ejus. W (Ps. 79, 2-3) Qui regis de Natal 15 Hoje sabereis que o Senhor vird e nos salvard; e amanha vereis a sua gloria. ¥ Vés, que governaisa Israel, escutai; Vds, Israél, inténde: qui dedticis, | que como a ovelha, conduzis velit ovem, Joseph: quise-|a José. Vés, que estais assen- des super Chérubim, appdre | tado. acima dos Querubins, coram Ephraim, Bénjamin, | manifestai-Vos resplandecente et Manasse. ‘\perante Efraim, Benjamin e Manassés. Sendo domingo, acrescenta-s Alleliia, alleliiia. VW Cré- stina die delébitur iniquitas terre: et regndbit super nos Salvator mundi. Alleliia. Aleluia, aleluia. WY Amanha seré apagada a iniquidade da terra e sObre nds reinard o Salvador do mundo. Aleluia. Evangelium (Matth. 1, 18-21 ) Sequéntia sancti Evangélii sectindum Matthéum ‘Cum esset desponsdta Ma- ter Jesu Maria Joseph, dnte- quam convenirent, invénta est in titero habens de Spi- ritu Sancto. Joseph autem, vir ejus, cum esset justus et nollet eam tradticere, vdluit occtilte dimittere eam. Heec autem eo cogitdnte, ecce, Angelus Démini appéaruit in somnis ei, dicens: Joseph, fili David, noli timére acci- pere Mariam cénjugem tu- am: quod enim in ea natum est, de Spiritu Sancto est. Pariet autem filium, et vo- cabis. nomen ejus Jesum: ipse enim salvum fdciet populum suum a peccatis eérum. Estando ja desposada, Maria, Mae de Jestis, com José, antes que habitassem juntos, achou- se ter esta concebido por obra do Espirito Santo. Entao José, seu espdso, como era um ho- mem justo e ndo a queria di- famar, resolveu deixd-la secre- tamente. Enquanto porém in- tentava fazer isso, eis que um Anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos, dizendo: José, filho de Davi, nao temas receber Maria como tua espésa, por- que O que nela esta conce- bido foi formado pelo Espirito Santo. E ela dard 4 luz um Filho, ao qual tu dards o nome de Jestis; porque Ele salvara o seu povo de seus pecados. Sendo domingo, diz-se 0 Credo. Offertorium (Ps. 23, 7) Téllite portas, principes, vestras: et elevdmini, porte Abri, 6 principes, as vossas portas; alargai-vos, pdrticos, 76 Préprio do Tempo aterndles, et introfbit Rex |eternos, e o Rei da gloria gloria. entrard. Secreta Da nobis, quésumus, omni- | Concedei-nos, 6 Deus onipo- potens Deus: ut, sicut ado-| tente, que assim como prepa- randa Filii tui natalfcia pree- | ramos o adoravel natalicio de venimus, sic ejus mtinera| vosso Filho, da mesma forma, capidémus sempitérna gau-|alegres, recebamos .os seus déntes: Qui tecum vivit. dons sempiternos, Ele, que, sendo Deus, convosco vive e reina. Prefécio comum, & pag. 685. Se for domingo, Prefdcio da SS.ma Trindade, a pag. 684, Communio (Is. 40, 5) Reveldbitur gléria Démini: | A gléria do Senhor se mani- et vidébit omnis caro salu-|festaré, e t6da carne verd a tare Dei nostri. § salvagado por nosso Deus. Postcommunio Da nobis, quésumus, Dé- | Concedei-nos, Senhor, que se mine: unigéniti Filii tui re-| alegrem os nossos corages, censfta nativitdte respirdre; | festejando o nascimento de cujus celésti mystério pd- | vosso Filho Unigénito cujo ce- scimur et potdmur. Per etin- | leste Mistério nos dé Alimento dem D. N. e Bebida. Pelo mesmo J. C. GIRISTVS, NATVS EST venite adoremus Tempo do Natal 79 Il, O TEMPO DO NATAL Deus se da a nés por Jestis Cristo 1, Significagdo déste Tempo. O Tempo do Natal € 0 intervalo de quarenta dias, entre 25 de dezembro e 2 de fevereiro.. Comparando o Advento 4 subida de uma montanha, chegamos agora a seu cume — Natal—o ponto mais elevado da primeira parte do Ano eclesiastico. Durante doze dias permanecemos nesta altura, com a celebracio das duas festas principais déste Tempo: Natal e Epifania ou festa dos Reis. A oitava desta ultima solenidade € seguida de 6 domingos, ni- mero éste por vézes diminuido pelo tempo da Setuagésima que varia conforme a celebracdo da Pascoa, mais cedo ou mais tarde: Termina 9 tempo do Natal com a festa da Purificacao de Nossa Senhora, que € 0 oferecimento de Jestis, no templo, pelos pecados do mundo e assim esta festa j& prepara o Mistério da Redengao que € 0 assunto do ciclo pascal. Voltemos a festa de Natal. Seu fim é lembrar-nos 0 nascimento do Salvador e comunicar-nos as gragas particulares déste Mistério. “Propter nos hémines, et propter nostram saltitem descéndit de ceelis”’. Por nossa causa e por nossa salvacao desceu do céu (Credo). Sendo ¢ permanecendo verdadeiro Deus, tornou-se verdadeiro ho- mem. Nao hesitou em se revestir da forma de servo, fazendo-se semelhante 20s homens, e sendo reconhecido pelo exterior como homem. E sendo homem, atrai todo 0 género humano a Si ¢ 0 faz seu Corpo mistico e sua propriedade. Comunica-lhe a filiagdo de Deus, tornando-se Irmao de todos e dando aos homens a sua vida que a graca santificante. “Deus factus est homo ut homo fieret Deus’. Deus se féz homem para que o homem se tornasse Deus, diz admiravelmente Santo Agostinho. Enquanto a festa de Natal se ocupa muito mais com o Menino-Deus, no berco, a segunda grande solenidade déste Tempo, a Epifania, des- cortina novos horizontes. Este Menino é o grande Rei, 0 Soberano que vem A terra fundar o seu reino na humanidade, na Igreja, na alma humana. Reis desta terra vém adorar a Criancinha em seu pre- sepe e, neste fato, a humanidade Lhe reconhece a Realeza suprema. Este Menino dominaré as nagoes, pois no fim dos tempos reunird os seus figis num reino celestial, reino de Deus, reino de eterna bem-aventuranca. A Igreja procura intensificar éstes_mesmos senti= mentos ainda depois da festa, nos domingos seguintes. Adoramos nos Introitos 0 poder de Cristo-Rei sdbre as criaturas animadas e inanimadas. 2. Quais devem ser as nossas disposicdes neste Tempo. Para as almas que se unem 4 vida da Igreja, que jubilosa quarentena! Isaias, que durante todo o tempo do Advento, foi o nosso guia, entda éste cantico de alegria nas suaves Matinas de Natal: “‘Levanta-te, 6 Siao, reveste-te de tua fOrca; compde-te com os vestidos de {ua gloria, Jerusalém, cidade do Santo; sacode-te do pé, levanta-te, desata a cadeia do teu pescoco, cativa filha de Sido” (Isaias, Lil): E S. Ledo, explicando éstes brados do profeta, exclama: “Meus ca- rissimos filhos, nasceu-nos hoje o Salvador: rejubilemo-nos. Para longe todo sentimento de tristeza: eis a aurora da vida. Exulte o Justo, porque a recompensa esté pero; 0 pecador se alegre, eis o perdao; o pagao espere, eis a vida.” : 80 I, Missa de Natal Esta alegria faré nascer em nossos coracées profundos sentimentos de gratidao para com Deus pela Incarnagao de seu Filho Unigénito, gratidao que se manifestard pelo sincero desejo de desenvolver em n6s, pela pratica das boas obras, a vida nova que Jestis trouxe ao mundo. Esperemos que ela sempre cresca e também cresca o Cristo em nds. Eis a obra do santo Sacrificio da Missa, pois 0 que acon- teceu hd quase dois mil anos, repete-se ainda hoje: a Incarnagéo do Yerbo divino, seu Nascimento no presepe de Belém. Na santa Missa, na santa Comunhao, une-se Jestis as nossas almas, escondido sob os véus das espécies eucaristicas, como outrora ocultou o esplendor de sua Divindade sob 0 humilde manto de sua humanidade. Nossa Belém € 0 altar! Nossa gruta é 0 tabernéculo! Nosso .presepe ¢ a nossa alma! Nela, bem longe do tumulto do mundo, Ele quer, no siléncio e na solidao, “tomar nova forma’; quer ocupé-la, impri- mir-lhe o sélo de filha de Deus, transformd-la em Si proprio. A esta alma Deus predestinou ‘‘conformar-se com a imagem do Filho de Deus”. E se somos filhos de Deus, também seremos seus herdeiros co-herdeiros de Jestis Cristo. E’ assim que nao somente comemo- ramos e celebramos 0 Natal, como participamos do Nascimento de Jesus Cristo e dos frutos da Redengdo da santa Missa, ao pé da ruz. 3. Particularidades déste Tempo. A alegria déste Tempo _manifes- ta-se por varios modos: a cor violécea dos tempos de peniténcia é substituida pelos ornamentos brancos, bordados a ouro ou completa- mente dourados; os érgéos, mudos ‘no Advento, executam as suas mais jubilosas modulagoes e 0 Gléria in excélsis Deo resséa de_novo, trazendo-nos os ecos pacificos do presepe, As melodias esto im- pregnadas de uma doce e comunicativa alegria, que se prolonga em tdda a liturgia déste tempo. As multiddes, numa satisfacdo expansiva, reunem-se nos templos, recordando por sua assisténcia as Matinas de Natal, a sincera piedade de antanho. O Sacerdote celebra trés Missas, em memoria da triplice geragdo do Verbo, que Santo Tomaz assim explica: eterna no seio do Pai, temporal no da Virgem Santissima e espiritual em cada um de nds. NATAL DE N. S. JESUS CRISTO 25 de dez. dpl.-I. cl. com. oit. privilegiada III. ord. — A PRIMEIRA MISSA: A MEIA NOITE Statio ad S. Mariam Majorem ad Preesepe Trés vézes oferece hoje a Igreja o Santo Sacrificio. A primeira, & meia noite, na cripta de S.ta Maria Maior, onde se guardam os restos do presepe. O lugar e a hora lembram_o acontecimento magno da histria da humanidade: a vinda do Filho de Deus a éste mundo. Com Maria e José, diante do presepe, ougamos 0 primeiro canto do Menino Jestis, no’ qual Ele revela a sua filiagdo divina e eterna. Entrando no mundo, Ele nos lembra que existe antes do mundo num hoje eterno com o Pai celeste. E logo manifesta pelo Apéstolo 0 seu programa: remir o mundo da iniquidade e formar um povo es- colhido, cheio de zélo pelas boas obras. Diante déste Menino-Rei {40 poderoso, os céus e a terra exultam (Ofertério) e convidam nossa alma & adoracao, para tomarmos parte pela Comunhao nos esplen- dores da filiagao’ divina. Missa 1, Ominus dixit | E— Jnniny aye! me: Pilius IAC] meuses tu, ego fy, IX hédie génuite. Ps. Quare fremyérunt gen- tes: et pdpuli meditati sunt indnia? V Gléria Patri. Oratio Deus, qui hanc sacratissi- mam noctem veri Iiminis fecisti illustratiéne clarés- cere: da, qué&sumus; ut, ‘cujus lucis mystéria in terra | cognévimus, ejus quoque | gduidiis in ceelo perfrudmur: | Qui tecum vivit. | : | Epistola (Tit. 2, 11-15) de Natal 81 = Introitus (Ps. 2, 7 — ib. 1) cy O Senhor me diz: Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei. Ps. Por que se agitam as nagdes e€ os povos meditam coisas vas? W Gloria ao Padre. O’ Deus, que fizestes esta noite santissima resplandecer com 0 fulgor da verdadeira Luz, con- cedei, Vos pedimos, que assim como conhecemos os Misté~ rios dessa Luz na terra, tam~ bém no géu gozemos as suas | alegrias. Ele, que, sendo Deus, convosco vive e reina. Léctio Epistole bedti Pauli Apdstoli ad Titum. Carissime: Appdaruit gratia | Dei Salvatéris nostri 6m- nibus hominibus, ertidiens nos, ut, abnegdntes impie- tétem et saeculdria desidé- tia, sdbrie et juste et pie vivAmus in hoc s&culo, ex- Spectdntes bedtam spem et advéntum glérize magni Dei | et Salvatéris nostri Jesu Christi: qui dedit semetip- sum pro nobis: ut nos redi- meret ab omni iniquitate, et mundaéret sibi p6pulum ac- ceptabilem, sectatérem bo- nérum éperum. Heec_ Id6- quere et exhortare: in Chri- sto Jesu, Démino nostro. Graduale (Ps. 100, 3 et 2) Tecum principium in die virttitis tua: -in splend6ri- Carissimo: Manifestou-se a gra- ca de Deus, Salvador nosso, a todos os homens. Ela nos en- sina que, renunciando a impie- dade e aos desejos mundanos, vivamos neste século, sdbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperanca e a vinda gloriosa do grande Deus e Salvador nosso, Jestis Cristo, Ele se deu a Si mesmo por nds, para nos remir de té- da iniquidade, e ‘purificar para Si um povo escolhido, cheio de zélo nas boas obras. Dize, e exorta estas coisas em Jestis Cristo, Nosso. Senhor. Contigo esta o principado no dia de tua gloria; entre o Es- 3 388 Préptié dd Tempo bus Sanctérum, ex titero ante luciferum génui te. -V Dixit Dominus Domino meo: Sede a dextris meis: donec ponam inimicos tuos, sca- béllum pedum tudrum. Alleldia, alleltia. VW (Ps. 2,7) Déminus dixit ad me: Filius meus es tu, ego hdédie génui te. Alleliia. Evangelium (Luc. 2, 1-14) plendor da Santidade, eu te | gerei em meu seio, antes da au- rora. V O Senhor disse a mew Senhor: Senta-te 4 minha Des- tra, até que ponha os teus ini- migos como escabélo de teus pés. Aleluia, aleluia. ¥ O Senhor me disse: Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei. Aleluia. Sequéntia sancti Evangélii sectindum Lucam. In illo tempore: Exiit edic- tum a Césare Augtisto, ut describerétur univérsus or- bis. Haee descriptio prima facta est a pr&side Syrice Cyrino: et ibant omnes ut profiteréntur singuli in suam civitatem. Ascéndit autem et Joseph a Galil&a de civi- tate Nazareth, in Judéam in civitatem David, que vocd- tur Béthlehem: eo quod esset de domo et familia David, ut profiterétur cum Maria desponséta sibi uxére preegndnte. Factum est au- tem, cum esset ibi, impléti sunt dies, ut pareret. Et pé- perit filium suum primogé. nitum, et pannis eum invdl- vit, et reclindvit eum. in praesépio: quia non erat eis locus in diversério. Et pa- stéres erant in regidne ed- dem vigilantes, et custo- diéntes vigilias noctis super gregem suum. Et ecce, An- Gelus Ddmini stetit juxta illos, et cldritas Dei circum. fuilsit illos, et timuérunt ti- more magno, Et dixit illis Naquele tempo, saiu um edito de César Augusto, para ser,re- censeado todo o império. Este primeiro recenseamento foi fei- to por Cirino, governador da Siria. E iam todos recense- ar-se, cada qual em sua cidade. Subiu também José, da cidade de Nazaré, na Galiléia, a cida- de de Davi, chamada Belém, na Judéia, por ser éle da casa e da familia de Davi, para ser alistado com Maria, sua esp6- sa, que estava prestes a ser mae. E aconteceu que estando ali, se completaram os dias em que esta devia dar 4 luz. E deu 4 luz o seu Filho primogénito, e envolveu-O em panos, recli- nando-O num presepe, por- que nado havia lugar para éles na hospedaria. Naquela regiao havia pastores que velavam e guardavam seu rebanho. E eis que apareceu diante déles um Anjo do Senhor, e a claridade de Deus os envolveu de esplen- dor; e tiveram grande médo. O Anjo disse-lhes: Nao temais, porque eis que vos anuncio uma grande alegria, que sera Missa de Natal 83 Angelus: Nolite timére, ecce enim, evangelizo vobis gau- dium magnum, quod’ erit omni pdpulo: quia natus est vobis hédie Salvator, qui est Christus Déminus, in civi- tate David. Et hoc vobis signum: Inveniétis infantem pannis involtitum, et pdsi- tum in preesépio. Et stibito facta est cum Angelo mul- tittido militize celéstis, lau- déntium Deum et dicéntium: Gléria in altissimis Deo, et voluntatis. Offertorium (Ps. 95, 11 et 13) Laténtur celi, et exstltet terra ante faciem Démini: quéniam venit. Secreta Accépta tibi sit, Démine, quésumus, hodiérne festi- vitatis oblatio: ut, tua gratia largiénte, per hac sacro- sdncta commeércia, in illfus invenidémur forma, in quo tecum est nostra substantia: Qui tecum vivit. para todo o povo. E’ que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que € 0 Cristo, o Senhor. E éste é 0 sinal para vos: achareis um Menino en- volto em panos, e deitado em um presepe. No mesmo instan- te apareceu, com o Anjo, uma multidao da milfcia celeste, lou- vando a Deus e dizendo: Gl6- ria a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade. — Credo. in terra pax hominibus bone Alegrem-se os céus, e exulte a terra diante do. Senhor, por- que jd veio. Senhor, nés Vos suplicamos aceiteis a oferta da presente festividade, a fim de que, com a vossa gra¢a, por éste sacros- santo Mistério, nos assemelhe- mos Aquele no qual se upiu a Vés a nossa natureza. Ele, que, sendo Deus, convosco vive e reina. Prefdcio (pag. 701, 1) e Communicantes de Natal (noctem sacratfssimam). Communio (Ps. 109, 3) In splendéribus Sanct6rum, ex titero ante luciferum génui te. Postcommunio Da nobis, quésumus, Dé- mine, Deus noster: ut, qui Nativitatem Démini nostri Jesu Christi mystériis nos frequentdre gaudémus; dig- nis conversatiénibus ad ejus meredmur pervenire Entre o Esplendor da Santi- dade eu te gerei em meu seio antes da aurora. Concedei, Vos pedimos, 6 Deus e Senhor nosso, que, ce- ; lebrando alegremente nos san- tos Mistérios 0 Nascimento de Nosso Senhor Jestis Cristo, me- regamos conseguir por uma vida santa sua eterna compa- 3* 84 Préprio do Tempo cons6rtium. Qui tecum vi-|nhia no céu, Ele, que, sendo vit et regnat. Deus, convosco vive e reina.’ SEGUNDA MISSA: NA AURORA Statio ad S. Anastasiam Nos primeiros tempos da era crista, celebrava-se também, neste dia, em Roma, a festa de S.(a Anastésia, ‘martirizada no principio do IV. século, e muito venerada, tanto no Oriente como ’em Roma. Quando, mais tarde, a festa de Natal foi celebrada com maior solenidade, con- servou-se 0 costume de reunir os figis na igreja da Santa, fazendo-se a sua comemoracao na II. Missa. Anastésia, a ‘‘Ressuscitada”, a ‘Iluminada” na luz do Salvador, ressurgiu para uma vida melhor. Na companhia dos pastores recebemos, na aurora, as primicias da nova Luz, do divino Sol nascente, que envia aos coracoes raios de benignidade e caridade; esta misericérdia, porém, sé brilhard nas almas puras, que correspondem ao esplendor da fé (Gracdo) e que se con- vencem, como os humildes pastores, de que o Salvador nao 'veio pelas obras de justiga que pudéssemos ter feito (Epistola). E entao, o Principe da paz estabelecerd com firmeza o seu Reino em nosso coragao. (Ofertério). === _Introitus (Is. 9, 2 et 6 — Ps. 92, 1) £ SW} ux fulgébit hd. | A Luz brilharé hoje sébre nds,” die super nos: | porque nos nasceu o Senhor. quia natus est | Seu Nome é: Admiravel, Deus, PVA nobis Démi-| Principe da paz, Pai do fu- nus: et vocdabitur Admiré- | turo século, e seu Reino nao bilis, Deus, Princeps pacis, | ter fim. Ps. O Senhor é Rei Pater futtri séculi: cujus | envolto em magnificéncia; re= regni non erit finis. Ps.| vestiu-sé o Senhor de férca e Dominus regndvit, decérem | cingiu-se. ¥ Gloria ao Padre. indttus est: inditus est Déminus fortitidinem, et praecinxit se. W Gloria Patri. Oratio Da nobis, quésumus, om- | Concedei-nos, 6 Deus onipo- nfpotens Deus: ut, qui nova | tente, que imersos na nova Luz incarnati Verbi tui luce per-; de yosso Verbo Incarnado, féndimur; hoc in nostro re-| transborde em nossas obras 0 spléndeat Spere, quod per|esplendor da fé que ilumina fidem fulget in mente. Per|as nossas almas. Pelo mes- etindem D. N. mo J. C. 2. Oratio (Santa Anastdsia) Da, quésumus, omnipotens | Concedei-nos, onipotente Deus, Deus: ut, qui bedte Anasta-| que celebrando a solenidade sia Martyris tuae solémnia | dé Santa Anastasia, vossa Mar- Missa célimus; ejus apud te pa- trocinia sentidmus. Per D.N. Epistola (Tit. 3, 4-7) Léctio Epistole beati Pauli Carissime: Apparuit benig- nitas et humdnitas Salva- toris nostri Dei: non ex opéribus justitiae, quae féci- mus nos, sed sectindum suam misericérdiam salvos nos fecit per lavdcrum re- generatidnis et renovatiénis Spiritus Sancti, quem effi- dit in nos abtinde per Jesum Christum, Salvatorem no- strum: ut, justificdti gratia ipsius, ctindum spem vite etérne: in- Christo Jesu, Démino nostro. Graduale (Ps. 117, 26-27 et Benedictus, qui venit in nd- ~ mine Démini: Deus Démi- nus, et illixit nobis. VW A Démino factum est istud: et est mirdbile in dculis nostris. Alleldia, alleltia. WV (Ps. 92, 1) Déminus regnavit, decérem induit: induit Dé- _ minus fortittidinem, et prae- cinxit se virttite. Alleliia. Evangelium (Luc. 2, 15-20) herédes simus se-| de Natal 85 tir, sintamos a sua protegdo junto a Vés. Por N. S. Apéstoli ad Titum. Carissimo: Manifestou-se a be- nignidade e a amabilidade de Deus, nosso Salvador. Ele nos salvou, nao pelas obras de jus- tiga que tivéssemos feito, mas por sua misericérdia, pelo re- nascimento e pela renovagao no Espirito Santo, que copio- samente derramou s6bre nds por Jestis Cristo, nosso Salva- dor, a fim de que, justificados por sua graga, sejamos her- deiros da vida eterna que é nossa esperanga no Cristo Jestis, Nosso Senhor. 23) Bendito seja O que vem em Nome do Senhor. Deus é 0 Senhor e nos ilumina. VY Pelo Senhor € isto feito; e € obra admirdvel a nossos olhos. Aleluia, aleluia. Y O Senhor é Rei, envolto em magnifi- céncia; revestiu-se o Senhor de férca e cingiu-se de poder. Aleluia. Sequéntia sancti Evangélii secéndum Lucam. In illo témpore: Pastéres | loquebantur ad invicem: Transedmus usque Béthle- hem, et videdmus hoc ver- bum, quod factum est, quod Dominus osténdit nobis. Et venérunt festindntes: et in- venerunt Mariam et Joseph, | Naquele tempo, diziam os pas- | tores entre si: Vamos até Be- lém e vejamos o que ai suce- deu e o que o Senhor nos anunciou. Vieram pois, com presteza, e acharam a Maria e José, e ao Menino, reclinado no presepe. Vendo-O, reconhe- 86 et Inféntem pésitum in pree- sépio. Vidéntes autem co- gnovérunt de verbo, quod dictum erat illis de Ptiero hoc. Et omnes, qui audié- runt, mirdti sunt: et de his que dicta erant a pastéri- bus ad ipsos. Maria autem conservabat Smnia verba hac, cénferens in corde suo. Et revérsi sunt past6- res, glorificantes et lauddn- Préprio do Tempo ceram a verdade do que thes f6ra dito acérca désse Menino. E todos os que os ouviram fa- lar, maravilharam-se do que os pastores lhes diziam. Maria, porém, guardava tédas estas palavras, meditando-as em seu coragao. E voltaram os pasto- res, glorificando e louvando a Deus por tudo quanto tinham ouvido e visto, conforme lhes féra anunciado. — Credo. tes Deum in émnibus, que audierant ef viderant, ° sicut dictum est ad illos. Offertorium (Ps, 92, 1-2) Deus firmavit orbem terre, qui non commovébitur: pa- rata sedes tua, Deus, ex tunc, a século tu es. Secreta Miinera nostra, quésumus, Domine, Nativitatis hodiér- ne mystériis apia prové- niant, et, pacem nobis sem- per infdindant: ut, sicut ho- mo génitus idem reftilsit et Deus, sic nobis heec terréna substéntia cOnferat, quod divinum est. Per etindem D.N. O Senhor' firmou o orbe da terra, que nao sera abalado. ; Yosso trono esté preparado | desde entdo, 6 Deus; Vés sois desde a eternidade. N6és Vos suplicamos, Senhor, que as nossas ofertas sejam dignas dos Mistérios da Nati- vidade que hoje celebramos, e nos infundam uma paz per- pétua, para que, assim como Aquéle que nasceu homem brilhou como Deus, também éstes dons terrenos nos comu- niquem o que € divino. Pelo mesmo J. C. 2. Secreta (de Santa Anastasia) Accipe, quésumus, Ddmi- ne, mtinera digndnter ob- lata: et, bedte Anastasice Martyris tue suffragdntibus méritis, ad nostra saltitis -auxilium provenire concé- de. Per D. N. Recebei, Senhor, Vos pedimos, nossas daddivas devotamente oferecidas, e pela intercessio de Santa Anastasia, vossa Mar- tir, sejam elas oportuno so- corro para a nossa salvacao. Por N. S. Prefdcio (pag. 701, n. 1) e Communicantes de Natal. Missa de Natal Communio (Zach. 9, 9) Exstilta, fflia Sion, lauda, filia Jertsalem: ecce, Rex tuus venit sanctus et Salva. tor mundi. Postcommunio Hujus nos, Démine, sacra- 87 Exulta, 6 filha de Siao; enche- te de jtibilo, 6 filha de Jerusa- lém! Eis que vem o teu Rei, o Santo, o Salvador do mundo. Fazei, Senhor, que por, éste ménti semper ndévitas na-| Sacramento nos conforte a re- tdlis instduret: cujus Nati- vitas singuldris humdnam réppulit _vetustatem. etindem D. N. Per | |novacéo do Natal d’Aquele cujo nascimento singular res- taurou a fragilidade do homem velho. Pelo mesmo J. C. 2. Postcommunio, (de Santa Anastdsia.) Satidsti,, Démine, familiam tuam munéribus sacris: ejus, quésumus, semper inter- ventidne nos réfove, cujus solémnia celebrémus. Per D.N. Saciastes, Senhor, a vossa fa~ milia com os Dons sagrados; rogamo-VYos, pois, que nos fa- voregais com a intercessdo da Santa, cuja solenidade cele- bramos. Por N. S. TERCEIRA MISSA: NO DIA DE NATAL Statio ad S. Mariam Majorem Esta terceira Missa, a principal da festa, foi celebrada, outrora, em S. Pedro. Mais tarde, porém, por causa da grande distancia de S.ta Maria Maior, onde o Papa celebrava, 4 meia noite, foi também esta Missa ce~ lebrada na mesma basilica, porém nao na cripta, e sim no altar prin~ cipal. Nossa Senhora € venerada junto do presepe de seu Divino Filho. A gruta de Belém transformou-se em Igreja universal. A adorac3o da Santa Familia e dos Pastores, na intimidade, ampliou-se em uma oragao da Igreja mundial ao Pequenino, s6bre cujo ombro foi pésto 9 principado e que seré chamado o Anjo do grande conselho. Na Oragio pede-se 0 exercicio déste principado na libertagdo do cati~ veiro. Na Epistola e no Evangelho, S. Paulo e S. Joao revelam o segredo do Anjo do grande conselho, a Majestade infinita e miste~ riosa do Verbo que se féz carne. Reconhecendo a Deus, no Ofer- tdrio, como Senhor do céu e da terra, nds nos oferecemos ao nosso Rei. Na Comunhéo gozamos dos frutos da Redengao, que se esten- dem até os limites da terra ¢ dos séculos. OY Introitus (Is. 9, 6 — Ps. 97, 1) uer natus est nobis, et filius datus est no- périum super htimerum ejus: et vocdbitur nomen ejus Nasceu para nés um Peque- nino; um Filho nos foi dado. Traz nos ombros as insignias da realeza, e seu Nome é: Anjo do grande conselho. Ps. Cantai ao Senhor um cantico 88 Préprio magni consilii Angelus, Ps. Cantéte Démino cdnticum novum, quia mirabilia fecit. Oratio Concéde, quésumus, om- nipotens Deus: ut nos Uni- géniti tui nova per carnem Nativitas liberet; quos sub peccati jugo vettista sérvi- tus tenet. Per etindem D. N. | Epistola (Hebr. 1, 1-12) Léctio Epistole bedti Pauli Multifariam, multisque mo- dis olim Deus loquens pd- tribus in Prophétis: novis- sime diebus istis loctitus est nobis in Filio, quem con- stituit herédem universé- rum, per quem fecit et sé cula: qui cum sit spléndor giorie, et figdira substantice ejus, portansque 6mnia ver- bo virttitis sue, purgatid- nem peccatérum faciens, sedet ad déxteram majes- tatis in excélsis: tanto mé- lior Angelis efféctus, quanto differéntius pre illis nomen hereditavit. Cui enim dixit aliquando Angelérum: Fi- lius meus es tu, ego hédie génui te? Et rursum: Ego ero illi patrem, et ipse erit mihi in filium? Et cum fterum introdticit Primogé- nitum in orbem terre, dicit: Et adérent eum omnes An- geli Dei. Et ad Angelos quidem dicit: Qui facit An- gelos suos spiritus, et m nistros suos flammam ignis. | do Tempo novo, porque faz maravilhas. W Gloria ao Padre. W Gloria Patri. Concedei, Vos pedimos, 6 Deus onipotente, que 0 novo Nascimento de’ vosso Unigé- nito, feito homem, nos livre do jugo do pecado em que nos retém o antigo cativeiro. Pelo mesmo J. C. Apéstoli ad Hebréos. Deus falou outrora, muitas vé- zes e de varios modos, a nos- sos pais, pelos profetas, e ulti- mamente falou-nos, nestes dias, pelo seu Filho, a quem cons- tituiu herdeiro. universal de todas as coisas, e por quem féz também o mundo. Este Fi- lho, sendo, como é, o esplen- dor de sua gléria e a expres- sa imagem de sua substancia, sustentando tédas as coisas com a sua poderosa palavra, depois de nos ter purificado de nossos pecados, esta assen- tado. a direita da Majestade divina, no mais alto dos céus, elevado tanto acima dos Anjos, quanto é mais excelente o No- me que recebeu por heranga. Com efeito, a qual dos Anjos jamais disse Deus: Tu és 0 meu Filho, eu hoje te gerei? E ou- tra_vez: Eu Ihe serei por Pai e Ele me seré por Filho? E no- vamente, introduzindo o seu Primogénito no mundo, diz: Adorem-No todos os Anjos de Deus. De seus Anjos diz . Ad Filium autem: Thronus sdmente: E’ Ele quem da a Missa tuus, Deus, in s&culum s&- culi: virga equitatis, virga regni t Dilexistijustitiam et odisti iniquitaétem: prop- térea unxit te Deus, Deus tuus, dleo exsultatiOnis pree participibus tuis. Et: Tu in principio, Démine, terram fundasti: et 6pera maénuum tudrum sunt ceeli. Ipsi per- ibunt, tu autem permanébis; | et omnes ut vestiméntum veterdscent: et velut amic- tum mutdbis eos, et muta- biintur: tu autem idem ipse es, et anni tui non deff- cient. mudards como a uma capa, de Natal 89 seus Anjos a rapidez do espi- rito ea seus ministros, o ardor do fogo. Ao Filho, porém, diz: O’ Deus, teu trono subsistird pelos séculos dos séculos; ce- tro de equidade é 0 cetro do teu Reino. Tu amas justica e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o dleo da alegria, mais que a teus companheiros. E ainda: | Tu, Senhor, no principio fun- | daste a terra; e os céus sdo obra de tuas maos. Perecerao éles, porém Tu permaneceras sempre; todos, qual roupa usa- | da, tornar-se-do velhos, e os e éles sero mudados; mas Tu és sempre O mesmo, e os teus anos nao acabardo. Graduale (Ps. 97, 3 et 2) Vidérunt omnes fines terrae salutére Dei nostri: jubildte Deo, omnis terra. ¥ Notum fecit Déminus salutdre su- um: ante conspéctum génti- um revelavit justitiam suam. Alleliia, alleltia. WV Dies sanctificdtus illaxit nobis: venite, gentes, et adordte Déminum: quia hédie de- scéndit lux magna super terram. Alleliia. Evangelium No fim do Ordindrio da Missa, Offertorium (Ps. 88, 12 et 1 Tui sunt celi et tua est terra: orbem terrérum et plenittidinem ejus tu fun- dasti: justitia et judicium prepardtio sedis tue. Secreta Obléta, Démine, miinera, nova Unigéniti tui Nativi- Todos os confins da terra véem a salvagéo por nosso Deus: jubilai a Deus, 6 terra téda. W O Senhor nos féz conhecer a sua salvagao e revelou pe- rante as nagdes a sua justica. Aleluia, aleluia. WY Um dia santificado resplandece para nds. Vinde, 6 povos, e adorai ao Senhor ; porque hojea gran- de Luz desceu sdbre a terra. Aleluia. , & pag. 699. — Credo. s) Vossos sao os céus e vossa € a terra. Vés fundastes o mundo, inteiro, e quanto néle existe; a justiga e a equidade sao as bases de vosso trono. Santificai, Senhor, com 0 novo Nascimento de vosso Unigé-

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