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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação e Humanidades


Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD

Avaliação a Distância (AD2)


DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO II
Coordenador: Profª Angela Carrancho & Profª Regina C. Silva

CURSO: Licenciatura em Física

POLO:Duque de Caxias

ALUNOS:
a) Marcio Alexandre Marques dos Santos;
b)Marvin Martins dos Santos;
c)Lucas Gavalda de Carvalho;
d)Francis Douglas Gonçalves de Alcantara.

MATRÍCULAS:
a) 17214040356; (b) 17214040023;
c) 17214040185; (d) 17214040213. DATA: 21/10/ 2019

Fundamentos da Educação II- Psicologia da Educação


Construtivismo & Projetos Pedagógicos Diferentes.
Texto de Resumo e Apresentação de Projetos Socioconstrutivistas.
Ensinar a Aprender.
Nos três Projetos Didáticos apresentados para estudo e análise não é difícil notar as
semelhanças dos modelos, assim como enxergamos suas particularidades, não obstante, sempre com
muita coerência ao Socioconstrutivismo. Porém acredito que: respeitando a singularidade de cada
uma das escolas seja mais interessante pensar nesse resumo sob o enfoque da afluência das
metodologias aplicadas no ensino-aprendizagem, de forma que assim fica mais claro compreender o
porquê de as histórias de sucesso tanto individual, quanto social são sólidas e inspiradoras. Então,
iniciando os resumos dos projetos, pela ordem de exibição dos vídeos e com maior atenção à Escola
da Ponte pois, ela sintetiza o método, prática e os resultados das duas outras escolas apresentadas.

A Escola da Ponte, uma Escola Municipal do Ensino Fundamental em Portugal, há


décadas é considerado um exemplo de aplicação do Interacionismo como eficaz ferramenta da
educação. A prioridade nas relações entre alunos, o incentivo à Autonomia do educando, e
formação do ambiente escolar com menos divisões arquitetônicas contribuem para a história de
sucesso dessa escola de referência do Socioconstrutivismo. Essas características e estrutura têm,
certamente, sua importância no contexto, mas a eficiência Escola da Ponte revela-se em um leque
de dispositivos e métodos mais abrangentes do que essas atitudes. O que não podemos negar é que a
essência da Escola está intimamente ligada ao que é Subjetivo, Social e até mesmo Abstrato.
Solidariedade, empatia, responsabilidade e autoconfiança; Autonomia incentivada e colocada em
prática, com os educandos participando diretamente do seu plano de estudos, momento e conteúdo
da avaliação; O envolvimento do aluno, família e comunidade na gestão da unidade…Quanto aos
métodos práticos de ensino, percebemos a ausência de aulas, que dá lugar à mediação pelos pares
mais experientes, tutoria e orientação pontual; o arranjo das mesas redondas onde pequenos grupos
de alunos realizam as suas atividades. A indistinção de idade, níveis formais de desenvolvimento
também é um fator bastante relevante e positivo, pois além de agregar alunos e facilitar a mediação
pelo par mais experiente também mescla vários estágios de maturação e desenvolvimento em um
mesmo grupo e faz com que crianças em diferentes, dos graus de evolução (Iniciação, consolidação
e aprimoramento) possam agrupar-se e aprenderem uns com os outros.
A Escola da Serra, situada na Capital de Minas Gerais, aqui no Brasil faz parte da rede
privada de ensino e atende alunos desde o Ensino Infantil até o Nível Médio e por isso está presente
na educação e formação do cidadão desde a primeira fase de seu desenvolvimento. Talvez, o fato de
aplicar o método em todas as faixas etárias seja a principal diferença entre a Escola da Serra e a
Escola da Ponte. Presente na formação do educando, desde a primeira infância até a juventude, a
escola divide fases de aprendizado em ciclos de 3 anos (sendo 2 ciclos na Educação Infantil, 3
ciclos no Fundamental e Médio é englobado em 1 ciclo) e, desde o primeiro momento acompanha
as fases de maturação e os estágios de desenvolvimento em relação às Zonas de Desenvolvimento
(Potencial, Proximal e Real) em toda a vida escolar do aluno. Os Planos de Aula, aqui são
chamados de Roteiros e também são montados pelo aluno; a organização do próprio tempo e a
habilidade de pesquisa com independência são fatores muito incentivados nos alunos. Na Escola da
Serra, assim como na Escola da Ponte e no Projeto Âncora, devemos ter cuidado para não
confundir: A adoção da Autonomia como “Norte” do sistema com a ausência de Sistematização.
Nada é aleatório! Planejamentos Pedagógicos seguem e satisfazem os Parâmetros e Bases dos
Ministérios de Educação de cada país. A Escola da Serra é laica e trabalha uma base humanista com
ênfase na curiosidade, espontaneidade, afetividade, criatividade, autonomia e empatia com bastantes
boas práticas comunitárias e sociais. Formando Seres Conscientes, solidários e transformadores que
são direcionados para exigir para outros o que esperam de si mesmo. Alicerçados no hoje com
compromisso no Amanhã.

Para encerrar a apresentação e resumo dos três espaços de Ensino, falemos sobre o
Projeto âncora. Situado no Bairro Cotia na Periferia de São Paulo há pouco mais de 20 anos. Nessa
região de muita vulnerabilidade social e de poucos recursos, o Projeto tem um papel literalmente
transformador nas vidas das crianças atendidas e comunidade local. Desde 2012, atendendo
oficialmente a Educação infantil e o Ensino Fundamental em consonância com as diretrizes, bases e
parâmetros do MEC, o Âncora contextualiza os educandos, educadores, pais e toda a comunidade
em cinco valores: Respeito, Solidariedade, Responsabilidade, Afetividade e Honestidade. Divide os
estágios de desenvolvimento em Núcleos, independentemente da idade, o critério que é levado em
consideração é o nível de Autonomia. Os Núcleos são 3: Iniciação, desenvolvimento e
aprofundamento valorizam a bagagem individual e não a ordem dos núcleos ou a idade do aluno.
Esse sistema permite que crianças e adolescentes possam entrar na escola em qualquer idade e
desenvolver pontualmente as suas faltas e dificuldades para avançar, ou “recuar” para outras etapas,
de acordo com sua maturação para certo aprendizado. Questionamentos individuais, sociais;
observações que trazem do seu universo particular e comunidade são trabalhados como temas nas
disciplinas e, em muitas vezes oferecem soluções práticas e reais a partir desses questionamentos.
Realizando ações e tocando projetos na comunidade aumentando o raio de ação do Projeto e
proporcionando a oportunidade de os educandos serem agentes transformadores e levar o seu
aprendizado para o bairro, de forma que a escola se confunde com o bairro e o bairro passa a ser
espaço escolar de “Céu Aberto”. O Projeto âncora mostra um grande poder integrador quando, por
exemplo, leva projetos como jardins, hortas ou parquinhos sustentáveis pensados e desenvolvido na
escola e pelos alunos para a comunidade, completando um belo e real ciclo. Escola, Família e
Sociedade, onde todos aprendem com todos.

A Teoria Sócio Construtivista é experimentada e provada com sucesso nos 3 espaços,


apoiados na Psicologia Cultural-Histórica do estudioso do desenvolvimento infantil: Lev Vygotsky,
psicólogo Biello-Russo, nascido em1896 e que faleceu precocemente aos incompletos 39 anos
deixando um grande legado para a psicologia pedagógica. Vygotsky defendeu e fundamentou o
Interativismo, afirmando que o desenvolvimento do indivíduo é constituído na sua relação com
outros, por meio de signos, símbolos e cultura vigente e que embora sempre nos atemos à imagem
de pessoas como mediadoras do conhecimento, na verdade é a linguagem o principal instrumento
mediador entre o sujeito e a realidade do seu meio e que lhe dá oportunidade de inserir-se na
Sociedade, Cultura e História. Os projetos estudados nos demonstra, na prática, que observando
potencialidades cognitivas; desenvolvendo as Funções Psicológicas Superiores (processos mentais
não inatos) incentivando as suas capacidades de planejar, comparar, imaginar e memorizar;
Ensinando e aprendendo com afetividade e tendo como finalidade: externar as capacidades
individuais com mediação cognitiva (sistematizada ou não) ampla interação social pode entregar um
cidadão honesto, intelectual e emocionalmente inteligente para a Sociedade.

Psicólogo, contemporâneo de Vygotsky, Jean Piaget possui bastante relevância na


formação da Teoria Construtivista e nos Estudos do Conhecimento e desenvolvimento intelectual da
criança. Uma das diferenças entre os dois construtivistas é que Piaget não teve o foco de sua obra
no desenvolvimento pedagógico, embora seja valiosa base para diversos estudiosos da área da
educação. O principal contraponto da teoria Epistemológica de Piaget com a Interativista de
Vigotsky é que: A tese de Piaget não considera a interação, mediação e influência do meio
histórico-cultural como fatores primordiais para o melhor desenvolvimento, mas sim gradua a
capacidade intelectual a partir de certas fases da infância não tendo influência considerável aos
fatores do Meio. Sendo assim, os Projetos estudados nos ajuda a responder: O que é Determinante?

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