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José Gomes
Semana passada, nós mostramos os passos para a libertação do medo. Hoje, iremos falar
sobre a ira.
O QUE É IRA?
O dicionário da língua portuguesa diz que ira significa cólera, raiva, desejo de vingança.
1. Charon significa calor, ferocidade. Essa palavra, e sua forma verbal, Charah, aparece
no A.T. por cerca de cem vezes. Esse vocábulo hebraico dá idéia de uma fisionomia
acalorada, transtornada pela ira. Sua primeira ocorrência fica no diálogo entre Deus e
Caim, depois que a oferta deste fora repelida pelo Senhor (Gn 4:5-6). Essa palavra
encontra cognatos em outras línguas semíticas. E até mesmo no hebraico podia
significar coisas como queimar, inflamar, acender, etc.
2. Aph, significa nariz, resfolegar. Esse termo hebraico ocorre por mais de duzentas
vezes.
A ligação dessa palavra para indicar ira, deve-se ao fato de que, de acordo com a
psicologia semítica, julgava-se que essa emoção forte tem sede no nariz. Tanto é assim
que a manifestação de ira é expressa mediante expressões como resfolegando,
respirando ameaças, etc. (Sl 18:8).
3. Chemah, calor, fúria. indica uma ira furiosa e descontrolada, que incendeia os
sentimentos da pessoa.
Quetseph significa amargor, aparece por vinte e sete vezes no A.T.
A ira é claramente um atributo de Deus e uma experiência comum aos seres humanos,
provavelmente de modo universal. Esta ira divina é vigorosa, intensa, consistente,
controlada e invariavelmente uma expressão de indignação perante a injustiça. É
necessário compreender a ira divina caso desejamos entender a ira humana. A Bíblia
jamais crítica a ira de Deus, mas faz repetidas advertências contra a ira humana. Isto não
é evidência de um duplo padrão. A ira contra a injustiça é reta e boa tanto em Deus
como nos seres humanos. Pelo fato de Deus ser sábio, soberano, poderoso, perfeito e
onisciente, ele jamais interpreta mal uma situação, jamais sente-se ameaçado, não perde
nunca o controle, e fica sempre irado com o pecado e a injustiça. Em contraste, nós
humanos interpretamos mal as circunstâncias, cometemos erros de julgamento reagimos
na hora, quando nos sentimos ameaçados ou ferido, e as vezes respondemos com atos
de vingança e represália. Como resultado, a ira humana pode ser prejudicial e perigosa.
Ela fornece uma brecha para Satanás, e somos advertidos a esse respeito. Lemos em
Efésios 4:26: "Irai-vos, e não pequeis; não ponha o sol sobre a vossa ira". Com base
nessa e outras passagens bíblicas semelhantes, temos possibilidades de chegar a várias
conclusões sobre a ira humana:
2. A ira humana pode ser prejudicial. Da mesma forma que outras emoções, a ira pode
ser destrutiva caso não seja manifestada de acordo com as diretrizes bíblicas. (Ef. 4:26-
29).
Este texto torna muito claro que entristecemos o Espírito Santo através do amargor,
indignação, cólera, gritos, injurias e malícia, que são a hostilidade da alma. Paulo
escrevendo aos Gálatas 5:20, coloca a ira, a dissensão e a indignação na mesma
categoria dos crimes da embriagues e das orgias dizendo: eu vos previno, como já fiz
aqueles que praticam isso não herdarão o reino de Deus.
Se os seres humanos compreendessem realmente o alto preço pago pela ira e pelo
amargor, procurariam um remédio para isso. Consideremos o assunto:
"No momento em que começo a odiar um homem, torno-me seu escravo. Não consigo
mais apreciar o meu trabalho porque ele controla até meus pensamento. Meus
ressentimentos produzem demasiados hormônios de tensão em meu corpo e eu me
canso após poucas horas de trabalho. O trabalho que anteriormente me agradava se
transforma em servidão. Até as férias cessam de proporcionar prazer. O homem a quem
odeio me persegue a onde quer que eu vá! Não consigo fugir ao seu tirânico domínio
sobre meu cérebro. Quando o garçom me serve bife de alcatra com batatas fritas,
aspargos, salada crua, e bolo de morango com sorvete, é como estivesse servindo pão
amanhecido e água. Meus dentes mastigam a comida e eu a engulo, mas o homem a
quem eu detesto não me permite aprecia-la. O homem a quem eu odeio pode estar a
muitas milhas do meu quarto de dormir, contudo mais cruel do que o feitor de escravos,
ele açoita o meu pensamento com tamanho furor que meu colchão de molas se
transforma num instrumento de tortura.
O Salmo 38:8 diz: deixa a ira e abandona o furor não te impacientes, certamente isto
acabará mal.
I. Alguns órgãos do corpo recebem mais sangue do que o necessário, enquanto outras
sofrem deficiência do sangue. O cérebro, por exemplo: recebe grade quantidade de
sangue, muito além do que necessita, então ele fica comprimido, apertado dentro do
crânio, provocando grande dor de cabeça, outros órgãos recebem pouco sangue,
causando grandes desarranjos, o estômago por exemplo: Fica com pouco sangue, seus
músculos ficam tensos, provocando congestões, úlceras e outros males.
II. Algumas glândulas do corpo humano durante um ataque de ira, produzem mais
substâncias do que o necessário, lançando-as no organismo, especialmente no sangue,
provocando manchas vermelhas no corpo.
III. Durante um ataque de ira a tensão muscular fica alterada, isto é, fica esticada como
corda de violão, é justamente este acontecimento que impulsa o sangue daquele órgão
para outro.
A raiva e o sentimento de amargura causam tanta tensão, a qual, por sua vez, produz o
desequilibro físico.
O Dr. Martin Podovani em seu livro curando as emoções feridas publicado pela Paulus.
Afirma que se a raiva oculta não for trazida a superfície e analisada, ressurgira de
alguma outra maneira. Aparece freqüentemente sob a forma de um problema
psicológico, Físico ou psicossomático. Muitas pessoas falam com freqüência sobre seus
males físicos como por exemplo: colite, dor no peito, perda de cabelo, dor de cabeça,
úlcera. Mas o verdadeiro problema dessas pessoas pode ser a raiva com que deixaram
de lidar, a raiva que foi sufocada, reprimida, evitada.
Uma das principais causas associadas a alguns distúrbios mentais que envolve
rompimento com a vida e a realidade é a raiva não admitida ou examinada.
Em Provérbios 4:23 lemos: cuida bem do teu coração pois dele emanarão os frutos da
vida. O coração a que o escritor de Provérbios se referiu, como já mostramos em
mensagens anteriores, não é a bomba propulsora do sangue que reconhecemos com
fonte de sustento da vida de nosso corpo, mas o centro emocional situado entre nossas
têmporas. A fim de que qualquer movimento do corpo se processe, uma mensagem deve
ser transmitida do centro emocional ao membro que deve se movimentar Esta
mensagem é dada com a rapidez de um relâmpago, e não temos consciência da fonte de
onde se originam.
De modo que, se o centro emocional é normal, as funções, então, serão normais. Se,
entretanto, o centro emocional está perturbado ou funciona anormalmente, uma reação
será gerada através do sistema nervoso para quase todas as partes do corpo.
O Dr. McMilen declara: que o centro emocional produz essas vastas mudança por meio
de três mecanismos principais: pela alteração de quantidade de sangue que flui para um
órgão; pela influência na secreção de certas glândulas e pela alteração da tensão dos
músculos. Depois especifica que as emoções de ira ou ódio pode causas a dilatação dos
vasos sangüíneos, permitindo um suprimento anormal de sangue no cérebro. O Crânio é
uma estrutura rígida sem espaço para dilatação; consequentemente, a cólera e a ira
podem, muito facilmente, ocasionar fortes dores de cabeça na pessoa.
Queridos, quero fazer uma pausa nesta mensagem, porém antes, desejo afirmar que os
males da ira são irrecuperáveis.
Por isso, o grande sábio Salomão diz que o homem que não domina a ira é como uma
cidade sem muro, não conhece os limites.
Rejeite a ira de sua vida e lance-a fora do seu coração; capture o seu eu, buscando a
Deus.
CONCLUSÃO
Só Deus poderá te ajudar a se libertar deste sentimento que está te afligindo e destruindo
você aos poucos. Jesus quer morar no teu coração. Entregue sua vida a Cristo. Ele te
ajudara a produzir os frutos do Espírito Santo comece uma vida de louvor a Deus, só
assim serás vitorioso.
1/12/2006 17:09:56
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