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PÓS-GRADUAÇÃO
ENGENHARIA FERROVIÁRIA
Rio de Janeiro
2020
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO
ENGENHARIA FERROVIÁRIA
Orientador:
Rio de Janeiro
2020
Banca Examinadora
Orientador:
Coorientador:
i
"Apesar dos nossos defeitos, precisamos
enxergar que somos pérolas únicas no
teatro da vida e entender que não existem
pessoas de sucesso e pessoas
fracassadas. O que existem são pessoas
que lutam pelos seus sonhos ou desistem
deles."
Augusto Cury
ii
AGRADECIMENTOS
Ao amigo Atman, que tanto colaborou nas discussões acerca das análises e
mapas temáticos, meu sincero agradecimento. Sua participação contribuiu muito para
a qualidade deste trabalho.
iii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu filho, Erick Quintão Simões Pereira, que em
breve saberá que seu pai realizou dois dos seus sonhos em um mesmo ano. Esta
dedicação também se estende a mãezinha, Andressa Quintão.
Dedico, ainda, ao grande empreendedor Renato Gomes dos Santos que abriu
portas para um novo momento da minha carreira profissional e que me apresentou ao
universo da Gestão de Riscos nos serviços e obras de engenharia.
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
This paper describes about Risk Management applied to railway engineering works
and the use of the Monte Carlo simulation tool in Risk Analysis. The main objective
was the use of risk identification techniques, qualitative analysis, quantitative analysis
and probabilistic assessment of contingency reserves. The analysis methodology was
based on the PMBOK® Guide and the BEWARE® methodology, complemented by
the use of georeferenced database evaluation. From the elaboration of the risk matrix,
it was possible to register the causes, risks and their effects, as well as the main
responses to risks, strategies, categories and allocations. The methodology developed
was applied to the case study of lot 7 of the West East Integration Railway. This
important engineering work is about 158.5 km long and has 8 bridges, 2 underpasses,
railway yard and railroad crossings, earthworks, paving, drainage, signaling,
complementary works and environmental protection. In the application of the
methodology, responses to risks for the reduction of contingency reserves were
analyzed. The analyzes were performed from the perspective of the contractor and the
owner. Risk analyzes revealed the importance of identifying risks, assessing
probabilities and impacts, the risk response plan and the correct allocation of risks. As
a result of the implementation of risk analysis in railway engineering works, two
relevant aspects can be verified: increased legal certainty in public procurement and
adequate provision of resources for the treatment of risks.
vi
SUMÁRIO
Banca Examinadora .................................................................................................................. i
RESUMO .................................................................................................................................. v
ABSTRACT.............................................................................................................................. vi
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ ix
LISTA DE TABELAS E QUADROS ....................................................................................... xiii
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... xiii
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................................... xiii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................................. xv
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................1
1.1 Objetivos ...................................................................................................................................... 4
1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 4
1.1.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 4
1.2 Justificativa................................................................................................................................... 5
1.3 Delimitação .................................................................................................................................. 6
1.4 Metodologia.................................................................................................................................. 7
1.5 Estrutura do trabalho ................................................................................................................... 8
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...............................................................................................10
2.1 Aspectos gerais sobre o gerenciamento de riscos .................................................................... 10
2.1.1 Contextualização .......................................................................................................... 10
2.1.2 Conceitos e definições.................................................................................................. 11
2.1.3 Gestão de riscos ........................................................................................................... 14
2.1.4 Técnica de simulação de Monte Carlo ......................................................................... 41
3 APLICAÇÃO – ESTUDO DE CASO ...................................................................................44
3.1 Aplicação da Metodologia .......................................................................................................... 45
3.1.1 Plano do Gerenciamento dos riscos............................................................................. 45
3.1.2 Identificação de riscos (Matriz de Riscos) .................................................................... 47
3.1.3 Mapas Temáticos ......................................................................................................... 60
3.1.4 Análise Qualitativa ........................................................................................................ 63
3.1.5 Análise Quantitativa ...................................................................................................... 69
3.1.6 Respostas a riscos ....................................................................................................... 73
3.2 Procedimento Experimental ....................................................................................................... 75
3.2.1 Matriz de Riscos Base .................................................................................................. 76
3.2.2 Mapas Temáticos ......................................................................................................... 77
3.3 Procedimentos de Simulação de riscos ..................................................................................... 94
3.3.1 Considerações iniciais .................................................................................................. 94
3.3.2 Estruturação da simulação ........................................................................................... 95
3.3.3 Procedimento de análise ............................................................................................ 102
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................108
4.1 Considerações iniciais ............................................................................................................. 108
4.2 Ótica do contratado .................................................................................................................. 110
4.2.1 Sem Plano de Resposta a riscos ............................................................................... 110
4.2.2 Com Plano de Resposta a riscos ............................................................................... 117
4.3 Ótica do contratante ................................................................................................................. 124
4.3.1 Sem Plano de Resposta a riscos ............................................................................... 124
4.3.2 Com plano de Resposta a riscos................................................................................ 131
vii
4.4 Discussões sobre os resultados obtidos ................................................................................. 138
4.5 Cálculo da Reserva de Contingência ...................................................................................... 142
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ......................................................................................144
5.1 CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 144
5.2 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................................... 145
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 146
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 150
APÊNDICE A – MATRIZ DE RISCOS BASE. ................................................................................. 151
APÊNDICE B – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA IDENTIFICAR E ANALISAR-AMEAÇAS . 159
APÊNDICE C – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA IDENTIFICAR E ANALISAR-
OPORTUNIDADES .......................................................................................................................... 164
APÊNDICE D – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA RESPONDER-AMEAÇAS ....................... 165
APÊNDICE E – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA RESPONDER-OPORTUNIDADES ......... 176
APÊNDICE F – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA PAINEL..................................................... 178
APÊNDICE G – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA SMC (AMEÇAS) ...................................... 179
APÊNDICE H – PROCEDIMENTO DE ANÁLISE: ABA SMC (OPORTUNIDADES) ...................... 180
ANEXO A – MATRIZ DE RISCOS DO TED FIRMADO ENTRE A VALEC E O EXÉRCITO
BRASILEIRO .................................................................................................................................... 181
ANEXO B – MATRIZ DE RISCOS PARA CONTRATOS DE PPP NO SETOR RODOVIÁRIO ...... 183
ANEXO C – MATRIZ DE RISCOS DE CONTRATAÇÃO INTEGRADA - RDC............................... 187
ANEXO D – COMPOSIÇÃO DA PARCELA DE BDI ....................................................................... 190
ANEXO E – COTAÇÕES NO MÊS DE SETEMBRO DE 2009 ....................................................... 191
viii
LISTA DE FIGURAS
xi
Figura 4.32 – Curva de distribuição PERT das ameaças para o contratante. ......... 131
Figura 4.33 – Curva de distribuição PERT das oportunidades para o contratante. . 131
Figura 4.34 – Curva de distribuição PERT do risco geral para o contratante. ......... 132
Figura 4.35 – Diagrama de Tornado do risco geral para o contratante. .................. 133
Figura 4.36 – Curva de distribuição PERT do orçamento simulado sem riscos para o
contratante. ............................................................................................................. 133
Figura 4.37 – Diagrama de Tornado para o orçamento simulado sem riscos para o
contratante. ............................................................................................................. 134
Figura 4.38 – Curva de distribuição PERT para orçamento, respostas e riscos
simulados para o contratante. ................................................................................. 135
Figura 4.39 – Diagrama de Tornado para orçamento, respostas e riscos simulados
para o contratante. .................................................................................................. 136
Figura 4.40 – Curva de distribuição PERT para respostas mais reservas simuladas
para o contratante. .................................................................................................. 136
Figura 4.41 – Diagrama de Tornado para respostas mais reservas simuladas para o
contratante. ............................................................................................................. 137
Figura 4.42 – Efeito do Plano de Resposta a riscos para o orçamento, respostas e
riscos simulados. ..................................................................................................... 139
Figura 4.43 – Efeito da ótica nas respostas e riscos simulados. ............................. 141
xii
LISTA DE TABELAS E QUADROS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 2.1 – Matriz de probabilidade e impacto representada por faixas. ............... 32
Quadro 3.1 – Matriz de Riscos Resumida. ................................................................ 52
Quadro 3.2 – Matriz de probabilidade e impacto. ...................................................... 65
Quadro 3.3 – Índices e faixas de probabilidade dos riscos. ...................................... 66
Quadro 3.4 – Faixas de exposição aos riscos. .......................................................... 67
Quadro 3.5 – Combinações de probabilidade e impacto e suas exposições ao
risco. .......................................................................................................................... 68
Quadro 3.6 – Faixas de valores de impactos propostas na metodologia. ................. 71
Quadro 3.7 – Faixas de valores de exposição ao riscos propostas na metodologia. 73
Quadro 3.8 – Dados da aba de abertura do estudo de caso. .................................... 97
Quadro 3.9 – Dados da aba de parâmetros do estudo de caso. ............................... 99
Quadro 3.10 – Dados da aba de Orc_Simulado do estudo de caso. ...................... 101
Quadro 4.1 – Percentis da simulação do risco geral para o contratado. ................. 111
Quadro 4.2 – Percentis da simulação do orçamento simulado para o contratado. . 113
Quadro 4.3 – Percentis da simulação para orçamento, respostas e riscos simulados
para o contratado. ................................................................................................... 114
Quadro 4.4 – Percentis da simulação para respostas mais reservas simuladas para o
contratado. .............................................................................................................. 116
Quadro 4.5 – Percentis da simulação do risco geral para o contratado. ................. 118
Quadro 4.6 – Percentis da simulação do orçamento simulado para o contratado. . 120
Quadro 4.7 – Percentis da simulação para orçamento, respostas e riscos simulados
para o contratado. ................................................................................................... 121
xiii
Quadro 4.8 – Percentis da simulação para respostas mais reservas simuladas para o
contratado. .............................................................................................................. 123
Quadro 4.9 – Percentis da simulação do risco geral para o contratante. ................ 125
Quadro 4.10 – Percentis da simulação do orçamento simulado para o
contratante. ............................................................................................................. 127
Quadro 4.11 – Percentis da simulação para orçamento, respostas e riscos simulados
para o contratante. .................................................................................................. 128
Quadro 4.12 – Percentis da simulação para respostas mais reservas simuladas para
o contratante. .......................................................................................................... 130
Quadro 4.13 – Percentis da simulação do risco geral para o contratante. .............. 132
Quadro 4.14 – Percentis da simulação do orçamento simulado para o
contratante. ............................................................................................................. 134
Quadro 4.15 – Percentis da simulação para orçamento, respostas e riscos simulados
para o contratante. .................................................................................................. 135
Quadro 4.16 – Percentis da simulação para respostas mais reservas simuladas para
o contratante. .......................................................................................................... 137
Quadro 4.17 – Quadro resumo geral para percentil 85. .......................................... 142
Quadro 4.18 – Memória de cálculo da Reserva de Contingência. .......................... 143
xiv
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
Símbolo Descrição
xv
RDC Regime Diferenciado de Contratações Públicas
RPFO Revisão de Projeto em Fase de Obras
SGB Serviço Geológico Brasileiro
SIG Sistema de Informações Geográficas
SIGEF Sistema de Gestão Fundiária
SMC Simulação de Monte Carlo
Técnica de planejamento e análise para identificar forças,
SWOT
fraquezas, oportunidades e ameaças
TCU Tribunal de Contas da União
TED Termo de Execução Descentralizada
VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa
VALEC pública, controlada pela união por meio do Ministério da
Infraestrutura
VGEO Visualizador de Informações Geográficas
VME Valor Monetário Esperado
WACC Weighted Average Cost of capital
xvi
1 INTRODUÇÃO
1
O próprio item de Riscos presente na composição da parcela de Bonificações
e Despesas Indiretas (BDI) apresenta-se de forma incipiente, sem detalhamento de
seu cálculo e apenas como uma maneira paliativa de mitigar as imprecisões inerentes
a esse processo de orçamentação podendo ser expresso apenas como reserva
gerencial destinada a responder a riscos não identificados ou que possam
complementar o plano de gerenciamento de riscos.
2
De forma geral, as contratações públicas têm cada vez mais se utilizado da
previsão de riscos e alocação dos mesmos com previsão de seguros e outras
premissas visando a mitigação de riscos. Entretanto, estes procedimentos técnicos
relativos ao Gerenciamento de Riscos são, em âmbito nacional, incipientes. Um dos
aspectos de maior relevância é a ausência de banco de dados sobre os contratos que
possam servir como históricos para novos prognósticos.
Por fim, o autor anseia que o produto apresentado ao longo desse trabalho
possa servir como fonte de consulta para contratações públicas ou mesmo para
3
análise de viabilidade de empreendimentos ferroviários seja sob a ótica do contratante
seja do contratado. E, ainda, que a metodologia aqui apresentada possa ser cada vez
mais difundida na engenharia ferroviária brasileira.
1.1 Objetivos
O presente trabalho destaca o uso da ferramenta de simulação de Monte
Carlo na análise de riscos em obras de engenharia ferroviária e utiliza como
fundamentação teórica as boas práticas no Gerenciamento de Riscos.
4
1.2 Justificativa
O desenvolvimento de ferramenta de análise de riscos baseado em processos
de Gerenciamento de Riscos utilizando Simulação de Monte Carlo é o caminho do
futuro das organizações corporativas e da gestão pública.
5
Com relação ao uso da simulação de Monte Carlo na análise de riscos
concerne informar que a mesma possui uma série de vantagens com relação a
análises determinísticas (PALISADE, 2020), a saber:
1.3 Delimitação
O presente trabalho delimita-se a análise de riscos de um lote de obra de
engenharia ferroviária ao longo da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL)
denominada EF-334 entre o Rio sem Denominação 2 e o Rio das Fêmeas 1.
A licitação da obra foi regida pela Lei Federal nº 8.666/1993, que trata das
licitações e contratos administrativos, e suas modificações posteriores. Sendo assim,
a matriz de risco elaborada no presente trabalho considerou as diretrizes dessa
modalidade de contratação.
6
1.4 Metodologia
A elaboração do presente trabalho está consubstanciada na compreensão da
aplicação do Gerenciamento de Riscos à análise de riscos de obras de engenharia
ferroviária e na sua aplicação ao estudo de caso indicado.
8
Na seção 4 serão apresentados os resultados, as análises e as discussões
obtidas pela aplicação da metodologia proposta.
9
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Contextualização
Conforme mencionado, na aplicação da Lei nº 8666/1993 em contratações
públicas há a possibilidade de ser realizar o reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato a partir de alterações emanadas pela contratante ou por acordo entre as
partes para garantir adequação técnica das indicações do projeto que deu origem a
obra e aos objetivos do empreendimento desde que respeitado os limites fixados na
lei.
Contudo, tais medidas não são capazes de englobar todo e qualquer evento
de risco que possa efetivamente ocorrer na execução da obra ou dentro do seu prazo
de garantia.
O cenário atual do país indica que as boas práticas da gestão de riscos vêm
sendo cada vez mais difundidas nos órgãos públicos destacando-se em contratações
de regime diferenciado no DNIT e nos programas de exploração de concessões de
infraestrutura na ANTT. Esta prática também se estende a empresas privadas e outras
organizações públicas envoltas em políticas de Governança, Risco e Conformidade.
10
2.1.2 Conceitos e definições
O risco individual, do ponto de vista do gerenciamento dos riscos do projeto,
é um evento ou uma condição incerta que, se ocorrer, tem um efeito em pelo menos
um objetivo do projeto (PMI, 2017).
Risco, de acordo com a norma ISO 31000 (ABNT, 2018), é definido como
sendo o efeito das incertezas nos objetivos.
Outra definição relevante seria a que propõe que o risco seja um estado da
incerteza, e que algumas possibilidades envolvem perda, catástrofe ou outra saída e
resultados indesejáveis. Constitui-se em um conjunto de possibilidades com
probabilidades e perdas quantificadas (HUBBARD, 2007 apud DNIT, 2013).
11
O conceito de evento é definido pela ocorrência ou mudança em um conjunto
específico de circunstâncias, que pode consistir em uma ou mais ocorrências e pode
ter várias causas e várias consequências (ABNT, 2018).
KNIGHT (1921, apud ANDRADE, 2011) enfatiza que o risco pode ser
considerado como uma probabilidade mensurável e a incerteza como uma situação
expressa por valores indeterminados e não quantificáveis, ou seja, que pode ser
entendido como uma probabilidade numericamente imensurável.
12
O Plano de gerenciamento dos riscos é um componente do plano de
gerenciamento do projeto, programa ou portfólio que descreve como as atividades de
gerenciamento de riscos serão estruturadas e executadas (PMI, 2017).
13
Cumpre destacar que a linha de base pode ser entendida como a versão
aprovada do orçamento referencial do projeto, que é usada como base para
comparação com os resultados reais (PMI, 2017).
Risco geral;
Riscos individuais.
14
Planejar as respostas aos riscos: o processo de desenvolver
alternativas, selecionar estratégias e definir ações para lidar com a
exposição geral de riscos ou mesmo daquela relativa aos riscos
individuais do projeto.
A norma citada aborda ainda que gerenciar riscos é uma atividade iterativa,
que auxilia as organizações na definição de estratégias para permitir o alcance de
seus objetivos e auxiliar na tomada de decisões.
16
eficaz e assegurar que a informação sobre estes riscos e sua gestão sejam
apropriadamente comunicados e transparentes.
17
Figura 2.2 – Planejar o Gerenciamento dos Riscos.
Fonte: Guia PMBOK® (PMI, 2017).
18
responsabilidades, onde é definido o líder, o apoio e os demais membros da equipe
definindo-se suas responsabilidades; financiamento, que indica os fundos necessários
para realizar as atividades definidas no gerenciamento de riscos, inclusive aquelas
relativas a aplicação de reservas gerenciais e de contingenciamento; prazos, que
define as atividades e os ciclos do processo de gerenciamento a serem realizados no
ciclo de vida do projeto e a categoria dos riscos, que fornece os meios para agrupar
riscos individuais de projeto.
A categoria de riscos pode ser dividida naquela que indica se o risco é uma
ameaça ou oportunidade e no tipo de risco. A estruturação das categorias de riscos
podem ser obtidas a partir de Estrutura Analítica dos Riscos (EAR), que descreve uma
possível hierarquização das fontes de riscos identificadas.
19
Figura 2.3 – Componentes do orçamento do projeto, inclusive reservas.
Fonte: Guia PMBOK® (PMI, 2017).
Os eventos que ainda não ocorreram são considerados riscos e podem ser
gerenciados atuando-se sobre as causas, sendo que aqueles que ocorreram são
considerados problemas e demandam respostas de contingência. O processo de
identificação dos riscos determina quais riscos afetam um projeto e registram suas
causas e consequências (PARDO, 2009).
20
desses eventos incertos ocorrer, pode haver um impacto no escopo, custo,
cronograma, qualidade ou desempenho do projeto.
21
históricos), abordagens sistemáticas de equipe, workshop, Bow Tie, diagramas,
técnicas de raciocínio indutivo (HAZOP - Hazard and Operability Study e APP –
Análise preliminar de perigo, por exemplo). Um diversidade de técnicas
complementares podem ser utilizadas, tais como: brainstorming, entrevistas
estruturadas, técnica Delphi, análise de cenários, manutenção centrada em
confiabilidade, dentre outras (ABNT, 2012).
A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou
análise de ambiente). As informações obtidas sobre o ambiente interno e externo,
contribuem na identificação dos riscos e na escolha das respostas aos riscos. A Figura
2.5 apresentada a seguir mostra a estrutura de análise para identificação dos pontos
22
fortes e fracos, bem como da análise de influências do meio ambiente externo relativas
a oportunidades e ameaças (AECI, 2017).
Opportunities
Strenghts (forças)
(oportunidades)
Características internas que
Situações positivas do ambiente
representa uma facilidade para
externo que permitem o
Ambiente Externo
Ambiente Interno
Threats (ameaças)
Situações externas adversas
Weaknesses (fraquezas)
sobre as quais se tem pouco
Fatores internos que oferecem
controle e que representam
risco à execução de processos.
dificuldades para o
cumprimentos dos objetivos.
23
gerenciamento de riscos também são mostradas sob a Bow Tie e vinculadas ao
respectivo monitoramento, conforme apresentado na Figura 2.6.
24
2.1.3.4 Elaboração da Matriz de Riscos
Para que os gestores do projeto tenham uma visão ampla das diversas
situações potenciais em seu empreendimento é necessário estabelecer um modelo
de gestão de riscos que contenha todas as informações pertinentes. Essa ferramenta
compreende a Matriz de Riscos, que fundamenta os riscos identificados e documenta
as suas características, causas e efeitos, define suas respostas e suas
responsabilidades (alocação).
No Brasil, o Gerenciamento de Riscos tem sido praticado cada vez mais nos
contratos de concessão rodoviária, parcerias público privadas e obras no modelo de
contratação RDC. Percebe-se ao longo das 4 (quatro) etapas de concessões de
rodovias federais variações significativas na matriz de riscos, suas especificações e
alocações dos riscos.
25
de custos e quantitativos para o concessionário. Já na segunda fase da 2ª etapa,
ocorrida em 2009, houve uma série de mudanças aproveitando-se os marcos
regulatórios das parcerias público privadas. Naquele momento, foram inseridas
definições específicas de matriz de risco alocando os diversos riscos entre as partes,
adotando-se mecanismos de desconto de reequilíbrio e conceitos de fluxo de caixa
marginal para obras extra PER, indicando-se a alocação do risco de perdas de
receitas devido a variações na demanda para a concessionária, além de um maior
compartilhamento de riscos entre a concessionária e o poder concedente. Na 3ª etapa
percebe-se a continuidade dos avanços com a incorporação de fator X que pudesse
avaliar os ganhos de produtividade da gestão privada, substituição da taxa de
remuneração por metodologia WACC (Weighted Average Cost of capital) nos casos
de aplicação de fluxo de caixa marginal e taxa de desconto para receitas
extraordinárias.
26
No que concerne a atuação da VALEC é sabido que a mesma tem como
objetivo principal atuar na contratação de obras públicas de engenharia ferroviária e
na subconcessão de sua malha já que a mesma atua como concessionária perante a
Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.
27
Segundo CBIC (2018), o objetivo da alocação de riscos indicada na matriz de
riscos do planejamento do contrato é propiciar maior segurança às partes envolvidas
no tocante às intercorrências contratuais, bem como oferecer a melhor oportunidade
de custos para o contrato. A alocação de riscos pode funcionar de forma estratégica
na redução do somatório de custos do contrato na medida em que a parte responsável
pelo risco possa gerenciar os riscos a custos mais baixos do que a outra.
Por fim, cabe mencionar que a alocação de riscos deve ser realizada com
rigor, cautela e de forma bastante assertiva de modo que seja indicada a parte que
pode e deve suportar os riscos. Ainda assim, não se deve retirar as responsabilidades
da contratante e nem mesmo responsabilizá-la por todo e qualquer risco, cabendo o
equilíbrio de responsabilidades contratuais. Recomenda-se que sejam utilizados
critérios de compartilhamento e que seja alcançada segurança jurídica para as partes
interessadas. Este último, desperta a pujança do interesse dos investidores da
iniciativa privada na infraestrutura do país.
Complexidade e conectividade
28
A eficácia dos controles existentes
Pode-se extrair da NBR ISO 31010 (ABNT, 2012) três técnicas que devem
receber destaque na análise de riscos, a saber:
Análise de consequências
Incertezas e sensibilidades
29
2.1.3.5.1 Análise Qualitativa
Segundo PMI (2017), a Análise Qualitativa dos riscos é o processo de
priorização de riscos individuais para avaliação ou ação posterior por meio da
avaliação de sua probabilidade e impacto de ocorrência, bem como de suas
particularidades. Esta análise permite que sejam concentrados esforços nos riscos de
alta prioridade. A Figura 2.7 apresentada a seguir mostra as entradas, ferramentas e
técnicas e saídas desse processo.
A exposição aos riscos pode ser obtida pela multiplicação dos fatores de
probabilidade e impactos para cada risco permitindo uma priorização relativa entre os
riscos individuais do projeto. No exemplo da figura percebe-se a variação da
probabilidade de 0,1 (muito baixa); 0,3 (baixa); 0,5 (média); 0,7 (alta) a 0,9 (muito alta)
e a variação do impacto de 0,05 (muito baixo); 0,1 (baixo); 0,2 (moderado ou médio);
0,4 (alto) a 0,8 (muito alto). A escala de cores permite identificar a exposição ao risco
que pode ser alta (em vermelho), média (em amarelo) e baixa (em verde).
31
de impactos correlacionados a uma faixa relativa ao orçamento do projeto (impactos
proporcionais ao orçamento). As faixas de probabilidade e de impacto podem ser
definidas de acordo com a indicação da organização.
Muito Alta 81% < p < 99% Muito Alto Acima de D % do Orçamento
Fonte: Gerenciamento de Riscos utilizando Simulação de Monte Carlo (XAVIER, 2019).
33
de sucesso do empreendimento e colaboram para o aumento da segurança jurídica.
Sua utilização é a única forma de garantir uma avaliação confiável do risco geral e as
indicações das incertezas, além de permitir o adequado tratamento dos riscos.
35
alocar recursos e adicionar atividades em documentos do projeto e no plano de
gerenciamento do projeto. As entradas, ferramentas e técnicas e saídas desse
processo estão apresentadas na Figura 2.11 (PMI, 2017).
Segundo PMI (2017) tem-se cinco alternativas de estratégia para lidar com as
ameaças e cinco alternativas para lidar com as oportunidades, conforme descrito a
seguir:
a. Ameaças
36
Prevenir (eliminar): a prevenção de riscos ocorre quando a equipe do
projeto atua para eliminar a ameaça ou proteger o projeto de seu
impacto. Essa estratégia pode envolver alteração do escopo de algum
serviço ou dos objetivos reduzindo a probabilidade de ocorrência do
risco a zero.
b. Oportunidades:
37
do escopo do projeto ou que a resposta proposta excede a autoridade
do gerente do projeto.
39
Outra técnica recomendada pelo PMI (2017) é a análise de reservas de
contingência de forma a ser realizado o monitoramento do saldo de reserva em função
da ocorrência de ameaças e oportunidades durante a execução do projeto.
40
2.1.4 Técnica de simulação de Monte Carlo
Outros programas também podem ser utilizados com o mesmo objetivo, quais
sejam: Risk Simulator, ModelRisk, Crystal Ball®, dentre outros. Os principais
softwares citados também executam a simulação de Monte Carlo em planilhas
eletrônicas. Cumpre destacar que estas ferramentas executam uma série de análises
estatísticas com uma quantidade elevada de recursos para a realização das
simulações.
Analisar os resultados.
42
Lognormal – nesta distribuição os valores são assimétricos positivos. É
usada para representar valores que não se tornam negativos e
possuem potencial positivo ilimitado.
43
3 APLICAÇÃO – ESTUDO DE CASO
Projeto Básico;
Projeto Executivo;
Edital de concorrência;
Termo de referência;
Orçamento base;
Composições de preço;
45
Nas ações de planejamento da Gestão de Riscos, que antecedem os
processos licitatórios, a coleta de dados se limita, a priori, aos três itens iniciais se
expandindo para os demais, na forma de implementação de respostas a riscos e de
diretrizes de monitoramento e controle dos riscos.
46
3.1.2 Identificação de riscos (Matriz de Riscos)
A identificação de riscos aqui proposta deve ser capaz de permitir a busca, o
reconhecimento e a descrição de riscos, que envolve a identificação de suas fontes,
causas e consequências potenciais (materialização em prazos e custos), podendo
envolver dados históricos, análises teóricas, opiniões de profissionais de áreas afins
e de especialistas, bem como em atendimento as necessidades das partes
interessadas.
A Matriz de Riscos deve ser composta por tipos de riscos (financeiro, legal,
mercado, operacional, social e tributário), a identificação do risco (seu número de
ordem), as causas, a descrição do risco, a materialização, as propostas de respostas
aos riscos, estratégias de respostas equivalentes (contenção, contingência,
alavancagem e aproveitamento), a categoria do risco (ameaça, oportunidade ou
ambas) e a sua alocação.
47
Tabela 3.1 – Vetores base para a identificação de riscos.
Cumpre destacar que a metodologia Bow Tie pode ser utilizada para o
diagnóstico de riscos ainda não detectados ou daqueles que precisam ser mais
amplamente analisados quanto as suas causas e consequências dentro do ciclo do
projeto.
48
Cabe ressaltar, que a utilização do termo MITIGAÇÃO não está alinhada com
as definições do PMI (2017), já que a mitigação é apenas uma das estratégias de
respostas possíveis para ameaças.
Outros.
49
A todas estas respostas de riscos definidas em estratégias de transferência
devem ser associados um prêmio a quem assume a ameaça (valor de contratação do
seguro para pagamento da respostar de contenção) e, ainda, a presunção das
franquias (valor para pagamento da resposta de contingência) em caso de ocorrência
de eventual risco.
Para tal devem ser garantidos instrumentos contratuais com previsão de valor
para as reservas de contenção, contingência ou mesmo das reservas de alavancagem
e oportunidade.
Outro princípio básico que deve nortear a alocação de riscos é que a mesma
deve ser direcionada para o ente que tem as melhores condições para administrar ou
lidar com os riscos a que se expõe. Da mesma forma, a alocação do risco deve
respeitar a capacidade de realização da ação de resposta dos envolvidos, alocando o
risco para aquele que possui maior capacidade e responsabilidade por este.
Por fim, o último princípio que deve ser levado em consideração é a alocação
compartilhada de riscos. Neste, considera-se a potencialidade dos impactos, a
influência dos agentes nas causas e também as restrições na capacidade de lidar com
os riscos. Por considerar a imputação compartilhada dos ônus ou bônus da ocorrência
dos riscos deve conter as regras de compartilhamento e sua documentação em
contrato.
50
fundamental na Gestão de Riscos definindo todas as informações pertinentes servindo
como entrada para os processos de Análise Qualitativa e Quantitativa.
De acordo com DNIT (2013), a categoria de risco deve estar associada à sua
causa e nunca a seu efeito. Isso se deve ao fato de que a fonte do risco, aquela que
deve ser cuidada e acompanhada, é a causa e não a consequência. Quando o risco
tiver mais de uma causa, deve-se categorizar o risco pela principal causa. Nesse caso,
deve ser implantada uma Estrutura Analítica de Riscos (EAR), conforme indicado pelo
PMI (2017).
51
Quadro 3.1 – Matriz de Riscos Resumida.
Identificação
Tipo de Risco Risco Fatores de risco associados
do Risco
1 - Administração local
21 - Financeiro
Remuneração do BDI não se vincular ao porte ou especificidade das
Financeiro R-01 29 - Método de cálculo
obras
30 - Organizações
45 - Tributos, taxas e impostos
3 - Aquisição de materiais
13 - Desembolso
21 - Financeiro
Financeiro R-02 Captação e variação dos custos de financiamentos
30 - Organizações
39 - Renda
45 - Tributos, taxas e impostos
13 - Desembolso
21 - Financeiro
Dívidas e atrasos de pagamentos com fornecedores e prestadores
Financeiro R-03 30 - Organizações
de serviços
35 - Produção e desempenho
39 - Renda
21 - Financeiro
25 - Importação
Utilização de novas tecnologias ou mudanças nos métodos
Financeiro R-04 30 - Organizações
construtivos
35 - Produção e desempenho
44 - Tecnologia
3 - Aquisição de materiais
Descasamento entre os índices de reajuste e a perda inflacionária 13 - Desembolso
Financeiro R-05
anual 21 - Financeiro
39 - Renda
1 - Administração local
Recebimento parcial ou total de serviços e/ou obra do 8 - Controle de qualidade
Financeiro R-06
empreendimento. 21 - Financeiro
30 - Organizações
21 - Financeiro
Financeiro R-07 Alteração de taxas cambiais
25 - Importação
3 - Aquisição de materiais
8 - Controle de qualidade
Financeiro R-08 Variação da dosagem padrão de misturas de concreto
21 - Financeiro
33 - Pontes e estruturas em concreto armado
9 - Crises
Financeiro R-09 Crises nacionais
21 - Financeiro
5 - Arqueologia
6 - Bota-fora
7 - Cavernas
11 - Cursos dágua
12 - Declividade e relevo
19 - Ferrovias
Operacional R-10 Risco de inadequação de projeto
23 - Geologia
24 - Hidrologia
29 - Método de cálculo
33 - Pontes e estruturas em concreto armado
43 - Susceptibilidade a erosão
47 - Uso e ocupação do solo
1 - Administração local
Variação na produção e desempenho das equipes e equipamentos 21 - Financeiro
Operacional R-11
referentes as obras e serviços de engenharia 30 - Organizações
35 - Produção e desempenho
2 - ANM - Jazidas
5 - Arqueologia
7 - Cavernas
11 - Cursos dágua
14 - Desmatamento
Operacional R-12 Risco de licenciamento ambiental
15 - Disponibilidade hidríca
18 - Fauna e flora
28 - Licenciamento
30 - Organizações
46 - Unidades de Conservação
52
Identificação
Tipo de Risco Risco Fatores de risco associados
do Risco
2 - ANM - Jazidas
6 - Bota-fora
12 - Declividade e relevo
14 - Desmatamento
18 - Fauna e flora
Passivos ambientais gerados ou preexistentes fora da faixa de
Operacional R-13 26 - Indústrias
domínio com reflexos na obra
30 - Organizações
40 - Rodovias
42 - Sistemas de drenagem
43 - Susceptibilidade a erosão
47 - Uso e ocupação do solo
6 - Bota-fora
12 - Declividade e relevo
14 - Desmatamento
17 - Faixa de domínio
Passivos ambientais gerados ou preexistentes dentro da faixa de
Operacional R-14 18 - Fauna e flora
domínio com reflexos na obra
30 - Organizações
42 - Sistemas de drenagem
43 - Susceptibilidade a erosão
47 - Uso e ocupação do solo
1 - Administração local
10 - Cronograma
13 - Desembolso
Alteração da utilização de recursos, insumos ou equipamentos para
Operacional R-15 19 - Ferrovias
mobilização de frentes de serviço na obra
21 - Financeiro
28 - Licenciamento
30 - Organizações
1 - Administração local
8 - Controle de qualidade
Inadequação na prestação ou no atendimento as especificações de
Operacional R-16 10 - Cronograma
Obras e serviços.
21 - Financeiro
30 - Organizações
5 - Arqueologia
Interrupção de obras pelas ações de resgastes arqueológicos de 7 - Cavernas
Operacional R-17
sítios. 28 - Licenciamento
30 - Organizações
12 - Declividade e relevo
19 - Ferrovias
Rompimento de maciço, movimentação de massa e recalques de 23 - Geologia
Operacional R-18
aterros. 29 - Método de cálculo
31 - Pedologia
43 - Susceptibilidade a erosão
16 - Escolaridade
17 - Faixa de domínio
Atrasos e sobrecustos devido a incompatibilidade de interesses com 27 - Invasões e expansões urbanas
Operacional R-19
comunidades tradicionais, assentamentos e outras comunidades 28 - Licenciamento
36 - Propriedades privadas
47 - Uso e ocupação do solo
11 - Cursos dágua
12 - Declividade e relevo
14 - Desmatamento
17 - Faixa de domínio
53
Identificação
Tipo de Risco Risco Fatores de risco associados
do Risco
2 - ANM - Jazidas
8 - Controle de qualidade
11 - Cursos dágua
14 - Desmatamento
Impossibilidade de continuidade de atividades de extração em fontes
Operacional R-22 21 - Financeiro
de material de construção (p.ex. brita, areia, solos selecionados).
23 - Geologia
28 - Licenciamento
31 - Pedologia
46 - Unidades de Conservação
11 - Cursos dágua
15 - Disponibilidade hidríca
Operacional R-23 Indisponibilidade total ou temporária de água tratada na região
32 - Pluviometria
47 - Uso e ocupação do solo
17 - Faixa de domínio
20 - Fibras ópticas
22 - Gasodutos
26 - Indústrias
Operacional R-24 Remanejamento de interferência não prevista em orçamento.
27 - Invasões e expansões urbanas
37 - Rede de distribuição de energia
38 - Redes de saneamento
47 - Uso e ocupação do solo
4 - Áreas de servidão
16 - Escolaridade
26 - Indústrias
Necessidade de desapropriações, desocupações, realocações, 27 - Invasões e expansões urbanas
Operacional R-25 servidões administrativas, acessos a áreas públicas e desocupações
de áreas invadidas. 36 - Propriedades privadas
39 - Renda
41 - Segurança
47 - Uso e ocupação do solo
26 - Indústrias
Interferência na plataforma de construção da ferrovia ocasionada 27 - Invasões e expansões urbanas
Operacional R-26
pela expansão urbana desordenada. 36 - Propriedades privadas
47 - Uso e ocupação do solo
6 - Bota-fora
8 - Controle de qualidade
Alteração das demandas e previsões de serviços relacionados à
Operacional R-27 23 - Geologia
terraplenagem.
29 - Método de cálculo
31 - Pedologia
7 - Cavernas
23 - Geologia
Operacional R-28 Variação das condições geológicas definidas em projeto 29 - Método de cálculo
31 - Pedologia
33 - Pontes e estruturas em concreto armado
1 - Administração local
2 - ANM - Jazidas
Penalizações por orgãos ambientais:
1 - Multas e sanções 28 - Licenciamento
Legal R-29
2 - Embargos de obras 30 - Organizações
3 - Paralisação de frentes de serviço.
46 - Unidades de Conservação
47 - Uso e ocupação do solo
19 - Ferrovias
Alterações nas especificações, escopo ou padrões de desempenho
Legal R-30 21 - Financeiro
das Obras e serviços unilateralmente pela contratante.
30 - Organizações
1 - Administração local
10 - Cronograma
13 - Desembolso
19 - Ferrovias
Legal R-31 Incertezas na elaboração de custos do projeto
21 - Financeiro
29 - Método de cálculo
30 - Organizações
44 - Tecnologia
2 - ANM - Jazidas
Decisão judicial ou arbitral que impeça ou suspenda a execução das
Legal R-32 28 - Licenciamento
Obras ou prestação de serviços.
30 - Organizações
Paralisação da obra ou prestação de serviço por fatos ou eventos 21 - Financeiro
Legal R-33
imprevisíveis. 32 - Pluviometria
54
Identificação
Tipo de Risco Risco Fatores de risco associados
do Risco
1 - Administração local
Responsabilidade civil (Acidentes, lesões, mortes e danos materiais 8 - Controle de qualidade
Legal R-34
ou morais na execução de Obras ou prestação de serviços). 30 - Organizações
34 - Prevenção de acidentes
3 - Aquisição de materiais
Responsabilidade excedente às coberturas securitárias exigidas em 21 - Financeiro
Legal R-35
contrato, salvo aquelas de responsabilidade civil 19 - Ferrovias
30 - Organizações
13 - Desembolso
21 - Financeiro
Tributário R-36 Alteração, extinção ou criação de encargos legais e tributos.
30 - Organizações
45 - Tributos, taxas e impostos
21 - Financeiro
Variação nos preços de aquisição de insumos, mão de obra,
Mercado R-37 30 - Organizações
máquinas e equipamentos.
45 - Tributos, taxas e impostos
1 - Administração local
3 - Aquisição de materiais
Mercado R-38 Variação nos custos de transporte dos insumos. 10 - Cronograma
30 - Organizações
40 - Rodovias
3 - Aquisição de materiais
Mercado R-39 Variação no preço (ANP) de materiais betuminosos. 21 - Financeiro
25 - Importação
1 - Administração local
10 - Cronograma
16 - Escolaridade
Greves, paralisações ou ocupações de áreas diretamente
Social R-40 17 - Faixa de domínio
relacionadas à obra.
27 - Invasões e expansões urbanas
34 - Prevenção de acidentes
39 - Renda
16 - Escolaridade
Danos aos bens da contratada e perdas geradas: 17 - Faixa de domínio
1 - Furtos, roubos e perdas
Social R-41 27 - Invasões e expansões urbanas
2 - Atos de vandalismo e depredação
39 - Renda
41 - Segurança
1 - Administração local
4 - Áreas de servidão
10 - Cronograma
Paralisação de frentes de obras e serviços por comoções sociais,
Social R-42 14 - Desmatamento
protestos e manifestações públicas.
16 - Escolaridade
17 - Faixa de domínio
39 - Renda
55
Figura 3.2 – Estrutura Analítica de Riscos.
Fonte: Autor (2020).
56
Dando continuidade a avaliação preliminar dos riscos são realizadas duas
verificações que devem ser utilizadas como apoio as análises qualitativas dos riscos,
conforme a seguir. Os resultados dessas avaliações são apenas qualificativos, porém
representam o primeiro passo quanto a potencialidade das causas e dos eventos de
riscos.
Organizações
Financeiro
Administração local
Licenciamento
Faixa de domínio.
57
Figura 3.3 – Quantidade de riscos associados por fator crítico.
Fonte: Autor (2020).
58
R-20 - Danos a plataforma de construção da ferrovia decorrentes de
rompimento de aterros, deslizamentos de taludes e processos
erosivos.
59
Figura 3.4 – Quantidade de fatores críticos associados por riscos.
Fonte: Autor (2020).
Mapas de situação
Unidades de conservação
Fauna e flora,
Desmatamento
Declividade do terreno
Elevação do terreno
Cadastros de interferências
Entre outros.
61
Cabe mencionar que a elaboração de Mapas Temáticos está condicionada a
disponibilidade de informações previamente cadastradas, porém podem ser
realizados levantamentos de campo para suprir os objetivos propostos.
Resta salientar que quanto maior o nível de detalhamento dos estudos maior
a acurácia dos projetos e/ou análises de riscos. Isso posto, indica-se que a ferramenta
de elaboração de Mapas Temáticos deve ser indicada desde os Estudos de
Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, sendo transmitida para os anteprojetos,
projetos básicos e executivos com nível de detalhamento cada vez maior.
62
3.1.4 Análise Qualitativa
A metodologia da Análise Qualitativa aqui proposta teve como base a
literatura disponível, tendo como cerne as indicações do Guia PMBOK® (PMI, 2017)
e da metodologia BEWARE® (XAVIER, 2019).
Para que seja procedida a Análise Qualitativa deve ser procedida a concepção
de uma matriz de probabilidade e impacto e devem ser estabelecidos níveis de
exposição dos riscos obtidos pela avaliação sinérgica da probabilidade de ocorrência
dos riscos e a magnitude do impacto gerado ocorrer. Para tal, são definidos três níveis
63
principais, com cinco subdivisões, resultantes da avaliação por risco identificado,
sendo:
Risco baixo ou muito baixo: riscos não críticos ou não prioritários serão
revisados durante a monitoração e controle de riscos.
64
Quadro 3.2 – Matriz de probabilidade e impacto.
Impacto ►
Probabilidade ▼ MB BA ME AL MA
Impacto ► MB BA ME AL MA
66
[(100% - 68,3%)/2], podendo representar a faixa entre 2% e 15% na escala baixa, e
assim sucessivamente.
67
aos riscos com exposição alta (em vermelho), exposição média (em amarelo) e
exposição baixa (em verde), nessa ordem, e apresentando-se as combinações de
probabilidade e impacto possíveis, conforme Quadro 3.5.
MA MA Alta
AL MA Alta
ME MA Alta
MA AL Alta 1
AL AL Alta
MA ME Alta
BA MA Alta
MB MA Média
ME AL Média
BA AL Média
AL ME Média
2
ME ME Média
MA BA Média
AL BA Média
MB BA Média
MB AL Baixa
BA ME Baixa
MB ME Baixa
BA BA Baixa
ME BA Baixa
3
MA MB Baixa
AL MB Baixa
ME MB Baixa
BA MB Baixa
MB MB Baixa
69
Valor esperado residual: corresponde ao valor monetário esperado
após a ação de resposta a riscos. O intuito da análise de riscos é
reduzir, sempre que possível, o valor esperado residual com o
planejamento de resposta a riscos
70
Quadro 3.6 – Faixas de valores de impactos propostas na metodologia.
% do valor do
Impacto Impacto financeiro
projeto
MA – Muito Alto > 8% a depender do valor do projeto
A – Alto 4% - 8% a depender do valor do projeto
M – Moderado 2% - 4% a depender do valor do projeto
B – Baixo 1% - 2% a depender do valor do projeto
MB – Muito baixo < 1% a depender do valor do projeto
Fonte: Gerenciamento de Riscos utilizando Simulação de Monte Carlo (XAVIER, 2019).
𝑉𝑀𝐸 𝑃𝑥𝐼
72
Quadro 3.6 considerando as premissas indicadas no Quadro 3.4, ou seja, foram
consideradas as médias de probabilidades e impactos previstas nas faixas indicadas
pela metodologia. No caso de impactos muito altos, a função de estimativa de
impactos, conduz necessariamente a uma indicação do técnico analista já que os
impactos podem assumir valores infinitos (bem superiores ao orçamento da obra). No
Quadro 3.7 o valor do impacto MA equivale a 50% do valor de referência da obra.
73
As ações do Plano de Resposta a Riscos são desenvolvidas para implementar
a estratégia de resposta acordada, incluindo estratégias principais e alternativas,
conforme o caso. Um plano de contingência pode ser desenvolvido para
implementação, caso a estratégia selecionada se mostre ineficaz, em parte, ou caso
ocorra um risco aceito (PMI, 2017).
Segundo XAVIER (2019), para cada risco analisado devem ser definidos, se
pertinente, os parâmetros das respostas aos riscos, a saber:
Gatilhos
Mapas Temáticos.
Tipo de risco
Identificação do risco
76
Causas
Risco;
Materialização
Referente ao prazo
Referente ao custo
Resposta ao risco
Estratégia da resposta
Categoria do risco
Alocação ao risco.
Cumpre destacar que a Matriz de Risco e suas colunas têm por objetivo
principal nortear o preenchimento da planilha que será utilizada como ferramenta para
as análises qualitativas e quantitativas que embasam a Simulação de Monte Carlo.
77
Na Figura 3.6 é desenhado o Mapa de Situação do empreendimento, que é o
ponto de partida das análises subsequentes. Nele, são definidas as Áreas diretamente
Afetadas - ADA (faixa de domínio), Áreas de Influência Direta - AID e Área de
Influência Indireta – AII. Nota-se que o empreendimento está compreendido entre um
polígono representado pelas rodovias federais BR-135/BA, BR-242/BA, BR-020/BA e
BR-349/BA, entretanto os deslocamentos locais são realizados, em sua maioria, por
rodovias vicinais não pavimentadas.
78
Figura 3.6 – Mapa de situação do empreendimento.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
79
Dando continuidade ao processo de elaboração de Mapas Temáticos
analisou-se o empreendimento sob a égide dos meios biótico, físico, e
socioeconômico. Esta amplitude de conhecimentos tem por objetivo alcançar uma
visão holística do empreendimento em análise colaborando na tomada de decisões.
Nos mapas que seguem apresentados na Figura 3.7 referente a fauna, flora
e áreas de dessedentação e Figura 3.8 referente ao Programa de monitoramento do
cerrado (áreas desmatadas) é possível realizar uma análise dos fatores críticos e
eventuais riscos para a fauna, a flora e as áreas legalmente protegidas e a influência
destes aspectos nos objetivos do empreendimento, além de ser possível prospectar
áreas potenciais para o avanço de comunidades e áreas urbanizadas.
80
Figura 3.7 – Meio Biótico: fauna, flora e áreas de dessedentação.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), SIGEF (INCRA, 2020), TERRABRASILIS (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
81
Figura 3.8 – Meio Biótico: Programa de monitoramento do cerrado.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TERRABRASILIS (INPE, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
82
Nos mapas apresentados a seguir são abordados os temas do meio físico
com vistas a identificar os fatores críticos e riscos, bem como a potencialidade dos
efeitos na obra com relação ao relevo, declividade, solos, recursos hídricos e minerais,
susceptibilidade à erosão, pedologia e outras informações.
Com relação a formação dos solos pode-se inferir um potencial razoável para
qualidade do solo de empréstimos e jazidas, pois são observados solos arenosos com
boas características para execução de obras de infraestrutura. No entanto, se
observam áreas de solo mole nas bacias dos principais rios.
83
coberturas detríticas e calcários, Destaca-se para o último a maior probabilidade de
ocorrências de cavernas.
84
Figura 3.9 – Meio físico: Distribuição altimétrica da área de influência.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TOPODATA (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
85
Figura 3.10 – Meio Físico: Litologia e recursos minerais.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TOPODATA (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
86
Figura 3.11 – Meio Físico: Potencial de aproveitamento do solo e recursos minerais.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TOPODATA (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
87
Figura 3.12 – Meio Físico: Zonas de interesse mineral.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TOPODATA (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
88
Figura 3.13 – Meio Físico: Hidrogeologia.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), TOPODATA (INPE, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
89
Figura 3.14 – Meio Físico: Potencialidades de cavidades na AID.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
90
Com relação ao meio socioeconômico analisaram-se por meio dos mapas os
fatores críticos e riscos associados ao uso e ocupação do solo (cidades, povoados,
vilas e propriedades rurais), ao patrimônio histórico e cultural, a possíveis pontos de
interferência (linhas de transmissão, dutovias, gasodutos, rodovias, pátios, dentre
outros), comunidades locais, propriedades privadas e expansão urbana na região
diretamente afetada do empreendimento.
92
Figura 3.16 – Meio Socioeconômico: Pontos de interesse social, cultural e localização de obras de arte especiais.
Fonte: Adaptado de SIG VALEC (VALEC, 2020), GEOCIÊNCIAS (IGBE, 2020), CNSA (IPHAN, 2020), SGB (CPRM, 2020) e VGEO (DNIT, 2019).
93
Cabe mencionar que nem todos os fatores de riscos são compatibilizáveis a
estruturação de Mapas Temáticos, pois ou não são registradas informações nos
órgãos competentes ou são riscos externos imprevisíveis e de difícil mensuração,
como riscos associados a medidas políticas e flutuações de mercado ou financeiras.
94
A Figura 3.17 apresenta a estrutura básica de processos para que seja
realizada a análise de riscos com simulação de Monte Carlo. A modelagem e
execução do sistema deve abranger todos os passos indicados.
Figura 3.17 – Estrutura de processos da análise de riscos com Simulação de Monte Carlo.
Fonte: Autor (2020).
95
Figura 3.18 – Modelagem do sistema: estruturação da simulação.
Fonte: Autor (2020).
Na aba Abertura são descritos os dados gerais do empreendimento, o
contexto, o foco da análise (custos ou resultados), a ótica da análise (contratado ou
contratante), a descrição das abas correlatas, dados da equipe de análise, dentre
outros. Nela também são definidos dois parâmetros importantes, a saber: Valor Base
do Projeto (orçamento base definido para o empreendimento) e Referência para
Análise Qualitativa (valor arredondado do orçamento para definição das faixas
numéricas de impacto).
96
O foco da análise pode ser por custos ou resultados, sendo o primeiro mais
indicado para a administração da obra, análise realizada pelo contratante, e o segundo
para o contratado com vistas a avaliar os lucros esperados na execução da obra. Na
ótica da análise temos as opções do contratado e do contratante, ou seja, a definição
dos custos sob a responsabilidade de cada uma das partes.
Contexto:
5% a 15% 15% a 25% 25% a 50% 50% a 70% 70% a 85% 85% a 100% 100%
99
mínimo e máximo previstos são definidas em função das incertezas para orçamento
definidas na aba Parâmetros.
100
Quadro 3.10 – Dados da aba de Orc_Simulado do estudo de caso.
VARIABILIDADE DO ORÇAMENTO
Alterar apenas os dados em amarelo
Mais
Descrição SMC Mínimo Máximo Função
Provável
INFRAESTRUTURA _TOTAL I ‐ INFRAESTRUTURA 305.947.652,00 288.248.201,06 303.419.159,01 333.761.074,91
_1.MOBILIZAÇÃO, INSTALAÇÃO 9.102.450,47 Sim 8.575.862,43 9.027.223,61 9.929.945,97 PERT
_2.SERVIÇOS PRELIMINARES 15.092.469,96 Sim 14.219.351,87 14.967.738,81 16.464.512,69 PERT
_3.TERRAPLENAGEM 141.959.018,69 Sim 133.746.513,48 140.785.803,66 154.864.384,03 PERT
_4.PAVIMENTAÇÃO 6.533.507,92 Sim 6.155.536,39 6.479.511,99 7.127.463,19 PERT
_5.DRENAGEM 59.703.920,06 Sim 56.249.974,27 59.210.499,23 65.131.549,16 PERT
_6.OBRAS DE ARTE CORRENTES 13.272.647,13 Sim 12.504.808,04 13.162.955,83 14.479.251,42 PERT
_7.OBRAS COMPLEMENTARES 60.283.637,76 Sim 56.796.154,58 59.785.425,88 65.763.968,47 PERT
_TOTAL III ‐ OBRAS DE ARTE
OAE 40.221.638,56 - 37.894.766,91 39.889.228,32 43.878.151,16
ESPECIAIS
_10.1.1.Infraestrutura 3.205.020,05 Sim 3.019.605,67 3.178.532,28 3.496.385,51 PERT
_10.1.3.Mesoestrutura 494.910,05 Sim 466.278,89 490.819,88 539.901,87 PERT
_10.1.4.Superestrutura 3.237.240,79 Sim 3.049.962,39 3.210.486,73 3.531.535,40 PERT
_10.1.5.Serviços Complementares 209.447,23 Sim 197.330,45 207.716,26 228.487,88 PERT
_10.2.1.Infraestrutura 2.694.408,60 Sim 2.538.533,72 2.672.140,76 2.939.354,84 PERT
_10.2.3.Mesoestrutura 490.245,51 Sim 461.884,20 486.193,89 534.813,28 PERT
_10.2.4.Superestrutura 2.520.496,68 Sim 2.374.682,82 2.499.666,13 2.749.632,74 PERT
_10.2.5.Serviços Complementares 147.165,62 Sim 138.651,90 145.949,37 160.544,31 PERT
_10.3.1.Infraestrutura 1.727.029,68 Sim 1.627.118,87 1.712.756,71 1.884.032,38 PERT
_10.3.3.Mesoestrutura 240.643,35 Sim 226.721,83 238.654,56 262.520,02 PERT
_10.3.4.Superestrutura 1.283.990,25 Sim 1.209.709,82 1.273.378,76 1.400.716,64 PERT
_10.3.5.Serviços Complementares 88.874,88 Sim 83.733,36 88.140,38 96.954,41 PERT
_10.4.1.Infraestrutura 1.716.480,18 Sim 1.617.179,67 1.702.294,39 1.872.523,83 PERT
_10.4.3.Mesoestrutura 623.192,64 Sim 587.140,18 618.042,29 679.846,52 PERT
_10.4.4.Superestrutura 4.243.691,74 Sim 3.998.188,91 4.208.619,91 4.629.481,90 PERT
_10.4.5.Serviços Complementares 268.698,92 Sim 253.154,36 266.478,27 293.126,10 PERT
_10.5.1.Infraestrutura 3.637.357,21 Sim 3.426.931,59 3.607.296,41 3.968.026,05 PERT
_10.5.3.Mesoestrutura 675.491,09 Sim 636.413,09 669.908,52 736.899,37 PERT
_10.5.4.Superestrutura 4.363.179,10 Sim 4.110.763,78 4.327.119,77 4.759.831,75 PERT
_10.5.5.Serviços Complementares 271.304,74 Sim 255.609,43 269.062,55 295.968,81 PERT
_10.6.1.Infraestrutura 1.118.840,69 Sim 1.054.114,37 1.109.594,07 1.220.553,48 PERT
_10.6.3.Mesoestrutura 260.104,15 Sim 245.056,80 257.954,53 283.749,98 PERT
_10.6.4.Superestrutura 1.724.552,20 Sim 1.624.784,72 1.710.299,70 1.881.329,67 PERT
_10.6.5.Serviços Complementares 121.818,94 Sim 114.771,57 120.812,18 132.893,39 PERT
_10.7.1.Infraestrutura 393.400,24 Sim 370.641,55 390.149,00 429.163,90 PERT
_10.7.4.Superestrutura 457.197,14 Sim 430.747,72 453.418,65 498.760,52 PERT
_10.7.5.Serviços Complementares 40.639,68 Sim 38.288,63 40.303,82 44.334,20 PERT
_10.8.1.Infraestrutura 1.083.290,71 Sim 1.020.621,00 1.074.337,89 1.181.771,68 PERT
_10.8.3.Mesoestrutura 233.380,30 Sim 219.878,96 231.451,54 254.596,69 PERT
_10.8.4.Superestrutura 1.703.254,02 Sim 1.604.718,66 1.689.177,54 1.858.095,29 PERT
_10.8.5.Serviços Complementares 125.190,60 Sim 117.948,17 124.155,97 136.571,57 PERT
_10.9.1.Infraestrutura 188.186,74 Sim 177.299,91 186.631,48 205.294,63 PERT
_10.9.4.Superestrutura 171.734,81 Sim 161.799,73 170.315,51 187.347,06 PERT
_10.9.5.Serviços Complementares 59.017,75 Sim 55.603,50 58.530,00 64.383,00 PERT
_10.10.1.Infraestrutura 173.008,19 Sim 162.999,45 171.578,37 188.736,21 PERT
_10.10.4.Superestrutura 170.218,32 Sim 160.370,98 168.811,56 185.692,72 PERT
_10.10.5.Serviços
58.935,77 Sim 55.526,27 58.448,70 64.293,57 PERT
Complementares
Responder – oportunidades
Responder – ameaças
Painel
Resultados.
102
Figura 3.20 – Modelagem do sistema: procedimento de análise.
Fonte: Autor (2020).
O preenchimento das abas da etapa de análise devem ser iniciados pela
identificação dos riscos na Matriz de Riscos Base, apresentada no Apêndice A, para
a formatação da Matriz de Riscos Específica.
Média (ME)
Alta (AL)
104
valor esperado original ajustado e a soma do valor esperado residual com os custos
de contenção e contingência.
Conclui-se que caso o custo da resposta ao risco seja mais elevado que o
valor esperado recomenda-se adotar a estratégia de aceitar, já que esta resposta seria
a mais barata possível.
-100
-50
50
100
150
200
250
0
Distribuição PERT Distribuição Triangular
Por fim, temos a aba Resultados que é a saída da simulação de Monte Carlo.
Nela, podemos observar os resultados de distribuição probabilística ou por percentis
dos seguintes itens:
Ameaças
Oportunidades
Risco geral
106
Figura 3.22 – Diagrama de Tornado aplicado a variabilidade de orçamento.
Fonte: Autor (2020).
107
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Considerações iniciais