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FACULDADE DE NUTRIÇÃO
Elisa Silva
Mirella de Paiva Lopes
Priscylla Rodrigues Vilella
AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
Goiânia,
2017
SUMÁRIO
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
1 TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1.1. ANTROPOMETRIA
1.1.1. Circunferências
Braço/
Ponto médio entre
Braquial Perpendicular ao Acrômio e
o acrômio e
eixo olecrano
olecrano.
Fita ao redor do
Cintura Parte mais tronco na parte
Horizontal “estreita” do mais estreita ao
tronco. final de uma
expiração normal.
Fita ao redor do
tronco na cicatriz
Cicatriz
Abdominal Horizontal umbilical ao final
umbilical
de uma expiração
normal.
Fita ao redor do
Torácica Horizontal Mamilos tronco na linha dos
mamilos.
Panturrilha
Maior Fita ao redor do
Perpendicular ao
perímetro da maior perímetro da
eixo
perna perna.
Entre os vincos do
Perpendicular ao Ao redor do pulso e o processo
Punho
eixo pulso estiloide do rádio e
da ulna
1.2 ANAMNESE
Crianças menores de
Balança pediátrica
2 anos
Crianças maiores de
Balança antropométrica 2 anos e população
em geral
Crianças maiores de
Estadiômetro 2 anos, e população
em geral
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA POR
FASE DA VIDA
2 CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA POR FASE DA VIDA
3.1.2 Recém-Nascidos
3.2 ANTROPOMETRIA
Fração de até 15 dias: aproxima-se a idade para baixo, ou seja, último mês
completado. Ex: criança com 11 meses e 13 dias = 11 meses.
Fração maior ou igual a 16 dias: aproxima-se a idade para cima, ou seja, para o
próximo mês a ser completado Ex: criança com 3 anos, 6 meses e 20 dias = 3 anos e 7 meses.
As mais utilizadas em crianças dessa faixa etária são a tricipital e a subescapular. Com
a soma dos valores das dobras cutâneas tricipital e subescapular é possível obter a
porcentagem de gordura corporal (%GC).
Nessa época o crescimento é lento, porém contínuo. O ganho de peso e a altura indicam
se o escolar está se desenvolvendo harmonicamente ou não.
Percentil Classificação
< p5 inferior à normalidade
≥ p5 a < p10 situação de vigilância
≥ p10 a < p90 normal
≥ p90 a < p95 situação de vigilância
≥ p95 superior à normalidade
Os valores dos percentis vide anexo 1, p.97 e 98.
Percentil Classificação
< p10 Risco de desnutrição
≥ p10 a < p90 Normal
≥ p90 Risco de obesidade
Os valores dos percentis vide anexo 1, p.97.
São bons indicadores do estado nutricional dos adolescentes, desde que associados com
a composição corporal e maturação sexual. Utiliza-se os seguintes percentis para a classificação:
Percentil Classificação
< p5 inferior à normalidade
≥ p5 a < p10 situação de vigilância
≥ p10 a < p90 Normal
≥ p90 a < p95 situação de vigilância
≥ p95 superior à normalidade
5.2 IMC:
O IMC se relaciona diretamente com a gordura corporal atual, indicando assim o estado
nutricional pela correção de dados de peso e altura do adolescente. Valores de referência vide
anexo 1, p.64.
CMB= CB-3,14xDCT
Percentil Classificação
< p10 Risco de desnutrição
≥ p10 a < p90 Normal
≥ p90 Risco de obesidade
Os valores dos percentis vide anexo 1, p.72.
Percentil Classificação
< p10 Risco de desnutrição
≥ p10 a < p90 Normal
≥ p90 Risco de obesidade
Os valores dos percentis vide anexo 1, p.97
Tabela 11. Classificação do estado nutricional de crianças de 5 à 10 anos, considerando cada
índice antropométrico, segundo recomendações do SISVAN.
5.7 RELAÇÃO CINTURA ESTATURA (RCE)
G4 11 1/2 - 16 anos
P4 12 - 16 1/2 anos
Aumento do diâmetro do pênis e da
Pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é
glande, crescimento dos testículos e
consideravelmente menor do que no adulto
escroto, cuja pele escurece
P5 15 - 17 anos
G5 12 1/2 - 17 anos Tipo adulto, estendendo-se até a face interna das
Tipo adulto coxas. Eventualmente os pelos crescem acima da
região púbica, configurando o estágio P6.
P1
M1 Fase pré-adolescência (não há pelugem)
Elevação somente do mamilo (mamas infantis)
M1 P2 9 - 14 anos
Elevação somente do mamilo (mamas Presença de pelos longos, macios, ligeiramente
infantis) pigmentados, ao longo dos grandes lábios
M4 11 - 15 anos P4 11 - 15 anos
Projeção da aréola e das papilas para formar Pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é
montículo secundário por cima da mama consideravelmente menor do que no adulto
Além disso, a prega cutânea tricipital também é boa indicador para desnutrição.
Tabela 22. Pontos de corte conforme idade e IMC de adultos do sexo masculino e feminino
Tabela 25. Percentis para dobra cutânea tricipital (mm) para idoso do sexo masculino
Tabela 26. Percentis para dobra cutânea tricipital (mm) para idosos do sexo feminino
Tabela 27. Pontos de corte para dobra cutânea tricipital de acordo com percentis
Tabela 28. Percentis para dobra cutânea subescapular (mm) para idosos do sexo masculino
Tabela 29. Percentis para dobra cutânea subescapular (mm) para idosos do sexo feminino
Tabela 30. Pontos de corte para dobra cutânea subescapular de acordo com percentis
Tabela 34. Circunferência muscular braquial (mm) para mulher classificada em percentil
A altura pode ser estimada por vários métodos como: altura do joelho, envergadura
ou semi-envergadura.
Tabela 36. Fórmula para estimar peso utilizando circunferência do joelho, altura do joelho,
circunferência do braço e dobra cutânea subescapular
Tabela 37. Fórmula para estimar peso utilizando altura do joelho e circunferência do braço
segundo a faixa etária e etnia para homens
Tabela 38. Fórmula para estimar peso utilizando altura do joelho e circunferência do braço
segundo faixa etária e etnia para mulheres
HOSPITALIZADOS
8 HOSPITALIZADOS
Utiliza-se peso estimado quando não se pode pesar o indivíduo, é possível estimar o
peso através de algumas formulas, que utilizam medidas tais como circunferência da
panturrilha, compleição corporal, circunferência do braço e dobra cutânea subescapular
(WHO, 1995).
Mulheres: (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x DSE) – 62,35
* CP: circunferência da panturrilha (cm); CB: circunferência do braço (cm); AJ: altura do
joelho (cm); DSE: dobra cutânea subescapular (mm)
8.1.2 Estimativa de peso com edema
Peso livre do edema ou ascite = peso aferido (kg) – peso do edema (kg) – peso da ascite (kg)
8. 2 ALTURA ESTIMADA
Quando não é possível aferir a altura do indivíduo, pode-se estimar a medida com
base em alguns métodos, como comprimento da perna (altura do joelho), envergadura do
braço ou da estatura recumbente (CECAN/RCO, 2007).
Medida pela distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços estiverem
abertos ao nível dos ombros. A medida corresponde à estimativa de estatura do indivíduo.
O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo. Marcar o
lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo com
auxílio de um triangulo. Medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica
flexível.
8.3 ANTROPOMETRIA
Vide item 1 da Pasta.
hereditária, com crises de dor, enfartamento laboratorial da doença • A exclusão dos alimentos mais ricos em
Doença Definição Sinais e Sintomas Diagnóstico Ações
Acúmulo excessivo de Acúmulo excessivo de Através da avaliação • Estabelecer fracionamento adequado (6
gordura corporal que tecido adiposo, podendo nutricional (IMC, pregas refeições/dia) com horários regulares;
acarreta prejuízos à saúde. haver concentração cutâneas, cir-cunferência • Evitar excesso de açúcar, alimentos gordurosos e
Obesidade
xeroftalmia. conjuntiva, perda de apetite, Aceitável: 0,70 a 1,04 μmol/L peixes, gema de ovo, leite e
inibição do crescimento, Normal: ≥ 1,05 μmol/L. seus derivados, como
anormalidades esqueléticas e • A hipovitaminose A é manteiga, queijos etc.;
redução da atividade das caracterizada quando os • Vegetal: folhas de cor
células T-helper. (OLIVEIRA, valores de retinol são verde-escuro, frutas e
2003) <0,70 μmol/L. (PEREIRA et verduras de cor amarela,
al., 2008) raízes de cor alaranjada
etc.
A Desnutrição é uma doença de Depleção de tecido • Antropometria associada a • Fornecer aporte
natureza clínico-social muscular e adiposo, exame clínico nutricional e calórico e proteico
e multifatorial, cujas raízes se desaceleração do exames bioquímicos: adequado;
encontram na pobreza. Pode crescimento, alteração do • Hemoglobina (Vide anemia • Hidratar;
começar precocemente na vida desenvolvimento Ferropriva), • Corrigir deficiência de
intrauterina (baixo peso ao nascer). psicomotor, apatia no • Glicemia de jejum <60mg/dL micronutrientes,
Muitas vezes é favorecida pela Kwashiokor e • Albumina sérica: Criança < principalmente
privação alimentar ao longo da irritabilidade no marasmo, 4,0 g/dL Adolescente < 3,5 hipovitaminose A;
Desnutrição
vida e pela ocorrência de repetidos maior gravidade das doenças, g/dL • Corrigir distúrbios
episódios de doenças infecciosas anemia, ressecamento da pele hidroeletrolíticos;
(diarreias e respiratórias), e cabelos, despigmentação dos • Tratar e prevenir
consequentes do precário cabelos, desidratação. hipoglicemia e hipotermia.
conhecimento das mães sobre os (LACERDA et al., 2006) A
cuidados com a criança desnutrição grave acomete
(alimentação, higiene e cuidados todos os órgãos da criança,
com a saúde, de modo geral) e tornando-se crônica e levando
fraco vínculo afetivo entre mãe e a óbito, caso não seja tratada
filho. adequadamente.
Doença Definição Sinais e Sintomas Diagnóstico Ações
Intolerância alimentar Diarreia aguda devido ao aumento da carga • O teste do hidrogênio expirado é • Isentar total ou
decorrente da deficiência da osmótica pelo acúmulo de lactose no uma das técni-cas mais empregadas parcialmente a lactose
lactase na borda em escova intestino. (LACERDA; et al., 2006) no diagnóstico da má absorção de da dieta;
Intolerância à Lactose
(MEEWISSE, 1970; se mais tardiamente na infância, caracterizando- duodeno-jejunal podem sofrer adição
WALKER-SMITH, 1996). se por ausência de manifestações digestivas, de fontes de glúten,
embora, quando presentes, ocupem um segundo como alguns
plano; os pacientes podem apresentar baixa achocolatados;
estatura, anemia por deficiência de ferro • Hidratação adequada
refratária à ferroterapia oral, artralgia ou artrite, na presença de
constipação intestinal, hipoplasia do esmalte diarreia.
dentário, osteoporose e esterilidade.
ATLETAS
9 ATLETAS
Tabela 46. Fatores relevantes durante uma consulta e avaliação do peso corporal.
9.1 Antropometria
Onde:
%G: Porcentagem de gordura
TR: Dobra Cutânea Tricipital
SI: Dobra Cutânea Supra-ilíaca
AB: Dobra Cutânea Abdominal
SB: Dobra Cutânea Subescapular
Peso Ideal = Massa Magra x Constante [fixado em: Nadadores (1,09), Futebolistas
(1,12) e demais esportes e mulheres (1,14)]
Obs: O baixo percentual de gordura para mulheres pode interferir no ciclo menstrual
(hormônios) e para os homens pode também interferir na quantidade de hormônio
(testosterona).
Mulheres:
Peso residual = Peso atual x 20,9
100
Peso muscular = peso total – (peso gordo + peso ósseo + peso residual)
9.2.14 Compleição óssea
As equações para soma das dobras cutâneas utilizadas são as equações (8 a 18 anos)
segundo Slaughter et al., 1988.
Kappa estimado (!C 95%) para analise de concordância da classificação dos índices P/I e
E/I de crianças e adolescentes com síndrome de Down segundo diferentes distribuições de
referência (Rio de Janeiro, 2005).
11 AMPUTADOS
Os amputados devem ter correção do peso corpóreo, sendo realizado subtraindo o peso
da extremidade amputada do peso ideal calculado. É importante ressaltar que para amputações
bilaterais as porcentagens dobram o valor.
O termo Paralisia Cerebral (PC) é usado para um tipo de afecções do sistema nervoso
central imaturo, que apresentam caráter não progressivo e causam transtornos que interferem
no desenvolvimento global e que se traduzem clinicamente por distúrbios de motricidade,
como: alterações do movimento, postura, equilíbrio, coordenação e tonos (Academia
Americana de Pediatria, 2002)
12.1 CLASSIFICAÇÃO
12.2 PESO
Para aferir o peso, solicita-se que um familiar ou alguém da enfermagem pegue a
criança no colo e suba na balança. Depois, pesa-se o acompanhante e desconta-se o seu peso
para, então, obter de forma indireta o peso do paciente (CECAN/RCO, 2007).
12.3 ALTURA
Para crianças que não ficam em pé, nem ficam em extensão, deitado, geralmente
utiliza-se equações para se obter a estimativa da estatura: