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APLICAÇÃO DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS NO SETOR


ADMINISTRATIVO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA MINERADORA

Article  in  Revista Eletrônica Produção & Engenharia · April 2017


DOI: 10.18407/issn.1983-9952.2016.v8.n1.p653-665

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Produção & Engenharia V.8 / N.1
www.revistaproducaoengenharia.org (2016)
ISSN: 1983-9952 653-665

Polyane Avelar Rezende (a), Taciana Lopes Rezende Martins (b),


Mônica Ferreira Rocha (c)

(a) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil /polyavelar@hotmail.com
(b) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil /tacianalopes.88@gmail.com
(c) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil /monica.rocha@sga.pucminas.br

APLICAÇÃO DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS NO SETOR


ADMINISTRATIVO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA MINERADORA

RESUMO
O trabalho descrito neste artigo destaca a extensão dos estudos de métodos e tempos para além do
segmento industrial, aplicando-os ao setor administrativo. Investiga-se a atividade de carimbar
anexos de contratos executada pelo setor de compras de uma empresa de mineração. Utilizando
ferramentas de cronoanálise é possível descrever o fluxo do processo e, a partir disto, conduzir
análises sob outras perspectivas tais como: tempo padrão, carga-homem, layout e produtividade.
Com os resultados obtidos e a padronização do sistema, desenvolveu-se uma proposta de melhoria no
processo, reduzindo o tempo de realização da atividade e, consequentemente, aumentando a
produtividade do setor.

Palavras-chave: Tempos e Movimentos; Cronoanálise; Produtividade; Tempo Padrão; Padronização.

THE TIME AND MOTION STUDY APPLIED TO THE ADMINISTRATIVE


SECTOR: A CASE STUDY FOR A MINING COMPANY

ABSTRACT
The work described in this paper highlights the extension of the Time and Method Studies beyond the
industrial segment, applying them to the administrative sector. We investigate the rubber stamping of
contract's appendices executed in the purchasing sector of a mining company. Using chrono-analysis
tools it was possible to describe the process flow and then to carry out analysis under other
perspectives like: standard time, man-load, layout and productivity. With the results achieved and the
system standardization, a proposal of process improvement was developed, optimizing the activity's
overall time and hence increasing the sector productivity.

Keywords: Time and Motion; Chrono-analysis; Productivity; Standard time; Standardization.

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Polyane Avelar Rezende, Taciana Lopes Rezende Martins, Mônica Ferreira Rocha

1. Introdução O estudo de tempos, introduzido por


Taylor, foi usado principalmente na
A globalização coloca as organizações determinação de tempos-padrão e o estudo de
em uma posição de desafio crescente. Com a movimentos, desenvolvido pelo casal Gilbreth,
enorme competitividade existente entre as foi empregado na melhoria dos métodos de
empresas, torna-se de suma importância o trabalho (BARNES, 1977).
aumento da produtividade e a eliminação de
desperdícios, além da oferta de produtos com 2. Fundamentação Teórica
qualidade, preços e prazos competitivos.
Diante dessa situação, verificam-se como
2.1. Estudo de Tempos e movimentos
fatores imprescindíveis para os diversos tipos Apesar de Taylor e os Gilbreth terem
de organizações, a padronização dos métodos desenvolvido os seus trabalhos pioneiros na
de trabalho e a definição do tempo padrão das mesma época, percebe-se que, naquela época, o
atividades realizadas. estudo de tempos predominava sobre o estudo
Essa percepção não é recente e pode ser de movimentos.
verificada desde os estudos de Taylor Foi apenas depois que se iniciou um
(Administração Científica) e Fayol (Teoria movimento geral para estudar o trabalho com o
Clássica da Administração) até os estudos mais objetivo de descobrir melhores e mais simples
recentes sobre Manufatura Enxuta. métodos de se executar uma tarefa. Apenas a
No entanto, são necessárias alternativas partir de 1930 os termos “estudos de tempos e
que permitam esse aumento da produtividade de movimentos” começaram a ser usados de
sem que ocorra a sobrecarga dos recursos forma conjunta, ambos se complementando,
utilizados, evitando, assim, problemas de saúde objetivando a melhoria dos métodos de trabalho
dos funcionários e falhas dos equipamentos existentes.
utilizados. De acordo com Barnes, o estudo de
Com esse enfoque, foi realizado um tempos e movimentos é:
estudo de caso numa empresa mineradora, em
"o estudo sistemático dos sistemas de
seu setor de compras (contratações de serviços trabalho com os seguintes objetivos: (1)
para a construção de um mineroduto). desenvolver o sistema e o método
Analisou-se o tempo de realização do processo preferido, usualmente aquele de menor
de carimbagem de contratos, indispensável custo; (2) padronizar esse sistema e
para o efetivo início da prestação do serviço do método; (3) determinar o tempo gasto
fornecedor para a mineradora. para uma pessoa qualificada e
De acordo com Barnes (1977) houve um devidamente treinada, trabalhando num
grande aumento do trabalho nos escritórios e, ritmo normal, para executar uma tarefa
em várias organizações, o volume de impressos ou operação específica; e (4) orientar o
ultrapassou o dobro do normal em quinze anos. treinamento do trabalhador no método
Ainda para Barnes (1977, p.7), “algumas preferido" (BARNES, 1977, p.1).
empresas expandiram as atividades do estudo A partir desse estudo é possível eliminar
de métodos, que passou a incluir os escritórios. qualquer elemento desnecessário à operação e
Outras estabeleceram departamentos separados definir a melhor e mais eficiente maneira para
para o estudo das rotinas de manuseio e
executá-la.
movimentação de impressos”.
Para Toledo Jr. e Kuratomi (1977), esse
Sendo assim, este trabalho contribui
confirmando a grande importância do estudo estudo é, na verdade, a análise dos métodos,
de tempos e métodos de trabalho, por meio da materiais, tempos, ferramentas a serem
cronoanálise e suas ferramentas, para a redução utilizadas e as instalações que serão usadas na
de tempos e aumento de produtividade no aplicação do trabalho.
ambiente de trabalho. Com a execução de um estudo de tempos
Além disso, as melhorias propostas ao torna-se possível determinar o tempo que uma
final do estudo servirão de base para pessoa adaptada ao trabalho e completamente
profissionais da área, acrescentando treinada no método específico levará para
informações àquelas já existentes na literatura. executar certa tarefa em um ritmo considerado

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Aplicação do estudo de tempos e movimentos no setor administrativo: estudo de caso em uma empresa mineradora

normal. Este tempo é denominado de tempo 6. Determinar o tempo normal


padrão para a operação (BARNES, 1977). 7. Determinar as tolerâncias;
Por meio da utilização de tempos e 8. Determinar o tempo-padrão para a
métodos é possível definir o tempo necessário operação.
para a execução de um processo determinado,
2.2.1. Obter e registrar as informações
por meio de um método eficiente e realizado
sobre a operação e o operador em estudo
por um operador qualificado e habituado a
determinada prática. Para Costa Júnior (2008), esta etapa
Devido ao esforço de Taylor e Gilbreth, consiste em compreender o funcionamento do
hoje as empresas possuem métodos de controlar processo e, para isso, é necessário que um
a programação e aumentar sua produtividade esquema de operação seja criado, a fim de que
sem ter que contratar funcionários e comprar os operadores possam se basear em uma
mais máquinas. sequência de produção, de maneira que seja
possível executar uma atividade de
2.2. Cronoanálise cronometragem.
De acordo com Swann (1973, apud Nesse passo, é importante fazer um
Almeida, 2008) a cronoanálise é um método de gráfico de fluxo de processo para melhor
medição do trabalho para gravar os tempos e visualização da atividade. Barnes (1977) afirma
taxas para um trabalho específico realizado de que tal gráfico é uma técnica para se registrar um
acordo com algumas condições, e para analisar processo de maneira compacta, com o objetivo
os dados com o objetivo de obter o tempo de facilitar a compreensão e uma posterior
necessário para realizar o trabalho em um nível melhoria do processo.
de trabalho definido. Conforme Grimas (2008), o fluxograma
Segundo Oliveira (2012), o uso da tem como objetivo evidenciar a sequência de um
cronoanálise é indicado quando há necessidade trabalho, possibilitando a visualização dos
de melhorar a produtividade e entender, de movimentos ilógicos e a dispersão de recursos
forma detalhada, o que acontece no processo materiais e humanos. Ele estabelece o
produtivo. Por meio dela é possível identificar os fundamento básico de todo trabalho
pontos ineficientes do processo, bem como os racionalizado, pois não basta fazer sua divisão,
desperdícios de tempo. Isso facilita a realização sendo necessário bem dispô-lo no tempo e no
de estudo de melhoria de processos e o aumento espaço.
da produtividade. Os símbolos utilizados neste trabalho
O instrumento utilizado para a medição do estão apresentados na Figura 1.
tempo é o cronômetro. No entanto, vale ressaltar
que o uso desse instrumento ainda encontra
Operação
alguma resistência por parte dos trabalhadores
no ambiente de trabalho, pois anteriormente era
Inspeção
utilizado para o controle de pagamento. Porém,
atualmente a cronometragem é amplamente
empregada para fins de melhoramento no Espera
processo produtivo.
Barnes (1977) determina sete etapas para Transporte
a realização da cronoanálise, que serão descritas
nas próximas seções: Armazenamento

1. Obter e registrar as informações sobre a


operação e o operador em estudo;
2. Dividir a operação em elementos; Figura 1 - Símbolos das operações.
3. Observar e registrar o tempo gasto pelo Fonte: Barnes, 1977.
operador;
4. Determinar o número de ciclos a serem Por meio desta técnica, pode-se otimizar a
cronometrados; sequência de trabalho e minimizar os tempos
5. Avaliar o ritmo do operador;
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envolvidos, objetivando um aumento de o analista certamente terá esquecido as


produtividade. Os movimentos realizados pelas circunstâncias que cercavam a operação.
mãos direita e esquerda são descritos de forma
separada e acompanhados por símbolos, 2.2.4. Determinar o número de ciclos a
conhecidos como Therbligs. serem cronometrados
De acordo com Barnes (1977) dois
símbolos podem ser combinados quando as Existem diferentes métodos para a
atividades são executadas no mesmo local ou, determinação do número de ciclos a serem
então, simultaneamente como atividade única. cronometrados. No entanto, de acordo com
Por exemplo, o círculo maior dentro de um Martins e Laugeni (2005), uma das maneiras para
quadrado representa uma combinação de a determinação do número de cronometragens a
operação e inspeção. serem realizados (N) é deduzido da equação 1.

2.2.2. Dividir a operação em elementos e


registrar uma descrição completa do
método (1)
Onde:
Primeiramente, é importante a divisão da N = número de ciclos a serem cronometrados;
operação em elementos que, segundo Silva e
Z = coeficiente de distribuição normal para uma
Coimbra (1980), consiste em realizar uma
probabilidade determinada;
subdivisão de um ciclo ou operação de trabalho
R = amplitude da amostra;
que tenha início e fim definidos, permitindo
descrevê-lo e medi-lo com precisão. = erro relativo da medida;
Para realizar essa divisão, Costa Júnior = coeficiente em função do número de cronometragens
(2008) aconselha a separação dos conjuntos de realizadas preliminarmente;
movimentos em pequenos subgrupos, realizando = média dos valores das observações.
a cronoanálise, com tempos definidos por
atividade. Este é um passo muito importante, pois
O estudo de tempos é um processo de
a partir dele pode-se determinar o tempo gasto
amostragem, pois um número pequeno de
para cada elemento, identificar os movimentos
observações representa um ciclo ou etapa
desnecessários existentes no processo e, a partir
completa. Martins e Laugeni (2005) também
daí, verificar qual movimento está exercendo
afirmam que na prática, para determinar o tempo
maior impacto na operação.
padrão de uma peça ou de uma operação devem
2.2.3. Observação e registro do tempo ser realizadas entre 10 a 20 cronometragens.
gasto pelo operador Para Xavier e Sena (2001 apud Almeida
2009), um bom número de observações,
Conforme Silva e Coimbra (1980), depois dependendo dos casos, vai de um mínimo de dez
que foram dados os passos preliminares para o a um máximo de quarenta, mas o bom senso e a
estabelecimento do melhor método, o tempo real experiência poderão orientar melhor o
utilizado pelo operador deve ser medido e o cronoanalista).
cronometrista deve ficar em uma posição que, No estudo em questão foram realizadas 10
com um simples movimento dos olhos, possa observações, já que a atividade escolhida para
observar o operador executar os movimentos, o análise era não padronizada e, também, com base
equipamento, a leitura do cronômetro e a folha de em outros estudos analisados.
cronometragem.
Segundo Barnes (1977), todas as 2.2.5. Avaliar o ritmo do operador
informações que devem ser incluídas no
De acordo com Silva e Coimbra (1980), a
cabeçalho da folha de observações têm de ser
avaliação do ritmo ou velocidade do operador
registradas de forma cuidadosa, porque senão, o
talvez seja a parte mais difícil e importante da
estudo não terá valor algum como registro ou
atividade de cronoanálise, pois é determinada de
fonte de informação para futuras consultas, já que
forma subjetiva pelo cronoanalista. É atribuída
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uma taxa de velocidade, considerando-se um Para Slack, Chambers e Johnston (2009) a


ritmo de 100% para a velocidade de operação avaliação do ritmo dos tempos é um processo de
normal do operador. Velocidades acima do análise da velocidade de trabalho realizada pelo
normal possuem valores superiores a 100% e operador, considerando um desempenho padrão.
velocidades abaixo do normal possuem valores O observador leva em consideração um ou mais
inferiores a 100%. A Figura 2 apresenta, de fatores considerados importantes na realização
forma clara, a relação entre o ritmo e a eficiência da tarefa, como a velocidade de movimento,
do operador. esforço e destreza.

Ritmo acelerado Ritmo normal Ritmo reduzido


(Tempo < TN) (Tempo = TN) (Tempo > TN)

Ef > 100% Ef = 100% Ef < 100%

Tempo x Ef = Tempo Normal = Tempo x Ef


(TN)

Figura 2 - Relação entre o ritmo e a eficiência do operador.


Fonte: Contator, 1998.

2.2.6. Determinação do tempo normal necessidades pessoais, descansando ou


por motivos fora de seu controle”
O tempo normal é descrito por Slack (BARNES, 1977, p.313).
(2002, apud Peinado e Graeml, 2007) como
sendo “o processo de análise da velocidade com
Ainda de acordo com Barnes (1977), as
que o trabalhador realiza suas atividades com
desempenho-padrão”. tolerâncias podem ser classificadas em:
De acordo com Silva e Coimbra (1980), tolerância pessoal; tolerância para a fadiga ou
após os dados do estudo de tempos terem sido tolerância de espera.
obtidos, é realizada a determinação do tempo O tempo-padrão deve conter a duração de
normal (TN) dos elementos. Este se refere à todos os elementos da operação e, além disso,
média ( ) dos tempos cronometrados deve incluir o tempo para todas as tolerâncias
multiplicado pelo fator de ritmo (F) em necessárias. Sendo assim, o tempo-padrão é
percentual, conforme a equação 2. igual ao tempo normal mais as tolerâncias. A
Figura 3 mostra essa relação:
(2)

2.2.7. Determinação das tolerâncias Tempo Normal Tolerância

Segundo Barnes (1977) Tempo Padrão


“o tempo normal para uma
operação não contém tolerância alguma.
Simplesmente o é tempo necessário Figura 3 - Composição do tempo padrão.
para que um operador qualificado Fonte: Contador, 1998
execute a operação trabalhando em um
ritmo normal. Entretanto não é de se Stevenson (2001 apud Peinado e Graeml,
esperar que uma pessoa trabalhe o dia 2007) apresenta o Quadro 1 para o cálculo das
inteiro sem algumas interrupções; o tolerâncias, que foi também utilizada no presente
operador pode despender o seu tempo em estudo. .
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Quadro 1 - Tolerâncias de trabalho

Fonte: Stevenson apud Peinado e Graeml, 2001.

2.2.8. Determinação do tempo-padrão para 3. Metodologia


a operação
A metodologia aplicada tem seus pilares
Conforme Cruz (2008), o tempo-padrão no estudo de tempos e movimentos propostos
permite analisar a capacidade produtiva de um por Taylor e Gilbreth e divide-se em quatro fases
processo, considerando uma série de aspectos principais: (i) análise do processo atual; (ii)
impactantes no tempo necessário para a proposta de reformulação do processo; (iii)
fabricação de um produto. Para Slack, Chambers ferramenta de registro e padronização do
e Johnston (2009) o tempo-padrão para cada processo; e (iv) propostas de melhoria.
elemento consiste principalmente em duas A primeira fase foi possível após a
partes, o tempo básico ou normal (tempo levado escolha do processo e empresa que permitisse a
por um trabalhador qualificado, que faz um aplicação dos princípios de tempos e
trabalho especificado com desempenho padrão) movimentos e garantissem, com isso, a
e tolerâncias (concessões somadas ao tempo racionalização do trabalho do operário e
normal para permitir descanso, relaxamento e vantagens competitivas à empresa. O processo
necessidades pessoais). escolhido foi o de carimbagem de documentos
em uma empresa de mineração.
Com a empresa e processos definidos,
(3)
partiu-se para a coleta dos dados e análise do
Onde:
processo com intuito de conhecer cada tarefa
TP = Tempo Padrão;
realizada, sua relevância e grau de
TN = Tempo Normal; racionalização. Optou-se por coletar 10 amostras
TL = Tolerâncias de tempo, já que o processo escolhido não era

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Aplicação do estudo de tempos e movimentos no setor administrativo: estudo de caso em uma empresa mineradora

padronizado, dificultando o cálculo do número o intuito de validar a proposta de melhoria, foi


de ciclos necessários. realizada uma nova filmagem cronometrada,
Como produto da primeira fase, gerou-se incluindo essas iniciativas. No entanto, essa
uma filmagem do processo de carimbagem nova filmagem não ocorreu no local do trabalho
adotado na empresa. Este filme serviu como devido a algumas limitações. Por esse motivo,
base de estudo para a análise do processo e, foi adaptado para a filmagem um protótipo do
posteriormente, como parâmetro para a fase posto de trabalho que permitiu o cálculo
subseqüente: proposta de reformulação do aproximado do novo tempo de ciclo e tempo
processo. padrão da atividade, comprovando a eficácia da
Paralelamente à reformulação do proposta.
processo, definiu-se a ferramenta de registro e
padronização do processo denominada diagrama 3.1. Descrição da empresa e definição do
de processo de duas mãos. Esse método foi problema
escolhido por se tratar de uma atividade
altamente repetitiva, de ciclo curto e focado nos O estudo foi realizado em uma empresa
movimentos das mãos. multinacional do ramo da mineração (Empresa
Na quarta e última fase, utilizou-se da X), que opera na extração de diamante, platina e
teoria proposta no estudo de tempos e outros metais básicos.
movimentos para identificar melhorias que A empresa X possui dois setores de
tornasse o processo de carimbagem mais suprimentos para atender à execução de um
eficiente. projeto para a construção de um mineroduto. Um
Durante a etapa de reformulação do dos setores é responsável pela compra de
processo, foram identificados vários incrementos serviços e outro pela compra de materiais. O
de melhoria. Todas as sugestões foram setor analisado foi o de compras de serviços, o
submetidas à avaliação por meio de testes qual possui maior volume de contratos
práticos. Elegeram-se para compor a proposta envolvidos.
de melhoria apenas aquelas que demonstraram
resultados satisfatórios quanto à padronização do
processo e redução do tempo da atividade. Com

Chancela do Contrato físico pelo setor jurídico

Conferência do contrato

Impressão dos anexos do contrato

Carimbagem dos anexos do contrato

Conferência e visto nas folhas carimbadas

Assinatura do fornecedor nos anexos e

Conferência pelo setor de compras dos documentos


recebidos

Início da prestação de serviço pelo fornecedor na


Mineradora

Figura 4 - Diagrama do Processo Global. A quarta etapa, “Carimbagem dos anexos do


contrato”, é o foco deste estudo.
Fonte: Autores.

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Polyane Avelar Rezende, Taciana Lopes Rezende Martins, Mônica Ferreira Rocha

Esse setor funciona em um turno de 8 O posto de trabalho inicial se apresentou


horas, de segunda a sexta-feira, e apresenta uma desorganizado e incoerente com o processo a ser
equipe de 15 colaboradores incluindo, entre eles, executado, conforme apresentado na Figura 5.
coordenadores, analistas, assistente e estagiário. Percebeu-se que o operador dispunha de um
A exigência por maior eficiência do setor é espaço muito pequeno e altamente "poluído" de
grande em prol da necessidade de cumprimento objetos desnecessários, o que estendia o tempo
do cronograma predeterminado pela área de de execução da tarefa. Além disso, a falta de
planejamento da empresa. padronização dos movimentos deixava o
A demanda para o setor é de operador confuso, o que gerava mais desperdício
aproximadamente 12 contratações por dia, de tempo.
destinadas a cada analista de acordo com
disponibilidade do colaborador e/ou
especificidade da contratação.
A Figura 4 exibe o fluxograma do
processo que ocorre no setor. O processo
escolhido para estudo foi o de carimbagem de
anexos. Trata-se de sete anexos em cada
contrato, correspondentes a 140 páginas, que
devem ser impressos, carimbados e assinados
por alguém do setor, em duas cópias, antes de
serem enviados ao fornecedor, que também deve
carimbar e assinar, e só depois reenviar uma das
cópias à Empresa X. O início da prestação dos
serviços só pode ocorrer efetivamente após a Figura 5 - Leiaute do posto de trabalho antigo.
finalização dessa sequência de atividades. Fonte: Autores.
A escolha da atividade de carimbar
ocorreu pelo fato de se tratar de um processo Foi identificado como ponto crítico do
repetitivo e de uma alta demanda e volume no processo o movimento de suspender as folhas
setor. Além disso, as informações necessárias para carimbar. Tal movimento era realizado
para o prosseguimento do estudo foram de fácil utilizando-se as duas mãos, sendo que a direita
acesso, já que a empresa autorizou a permanecia segurando o carimbo. Não havia
filmagem/cronometragem da atividade, bem padronização do número de folhas a serem
como se disponibilizou a ajudar na divulgação suspensas por intervalo de carimbagem e nem o
de outras informações necessárias. número de folhas que deveria ser transportado
até o “estoque” de folhas carimbadas. Era
4. Resultados e Discussões imposta a esse movimento, uma tensão maior
nos músculos da mão, já que os dedos
4.1. Análise do processo atual executavam movimentos curtos e simultâneos
(separar, suspender, segurar). Esse modelo de
Após escolhido o processo e a empresa na trabalho também exigia maior atenção do
qual o estudo seria realizado, realizou-se a operador para não suspender mais de uma folha
filmagem e coleta dos dados in loco. A visita por vez, deixando-as sem carimbar.
possibilitou, além da aquisição dos dados
utilizados posteriormente para análise, o 4.2. Proposta de reformulação do processo
reconhecimento do posto de trabalho, assim
como suas peculiaridades e potenciais de Terminada a análise, algumas propostas
melhoria. foram discutidas, questionadas e testadas, até
O fato de se tratar de uma atividade que se chegasse ao modelo de processo ideal.
simples, de período curto e repetitiva, incentivou Inicialmente, foi proposto desvincular os
a busca de ferramentas que fossem capazes de vários movimentos das mãos, de modo que cada
resultar em menor tempo de execução da tarefa, uma delas ficasse responsável sempre pela
reprodutibilidade e menor desgaste do operador. mesma ação. O novo método se resumiu em
Para isso, foram identificados alguns pontos carimbar a folha com a mão direita e, em
críticos no que se refere ao leiaute e própria seguida, retirá-la com a mão esquerda,
movimentação do trabalhador. auxiliando no manuseio das folhas o uso de uma
substância umedecedora de dedos.

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Aplicação do estudo de tempos e movimentos no setor administrativo: estudo de caso em uma empresa mineradora

Para isso, foi necessário um novo leiaute intermediário” (em “L”), não exigiria do
no posto de trabalho, conforme mostrado na operador a ação de levantar a folha carimbada
Figura 6. Foi sugerida uma mesa exclusiva para para posicioná-la no mesmo.
a carimbagem, organizada de modo que cada Ao definir a posição exata dos objetos de
recurso de trabalho possuísse sua posição trabalho, levou-se em consideração o
predefinida e demarcada. posicionamento dos braços do operador com o
Ao identificar que havia certa dificuldade melhor ângulo de movimento dos mesmos.
do operador em posicionar as folhas de forma Depois de realizadas as ações propostas,
ordenada e sobreposta, foi sugerida a utilização foi possível perceber grande melhoria na
de um suporte de folhas o qual ficaria fixo à execução da atividade. O posto de trabalho
mesa. tornou-se adequado, a reformulação do processo
Foram testados, inicialmente, dois de carimbagem excluiu as tensões impostas aos
suportes no formato “L” invertido, um contendo músculos das mãos do operador, reduziu
as folhas para carimbar e o outro, as folhas significativamente a possibilidade de se soltarem
carimbadas. Avaliada essa opção, percebeu-se folhas durante o processo, também auxiliado
maior esforço do operador quando a pilha de pelo mecanismo de umedecer os dedos. Com o
folhas se tornava maior, obrigando-o a realizar o uso da fita e dos suportes obteve-se a
movimento de levantar as mesmas a fim de padronização do processo. Em consequência, o
posicioná-las no devido lugar. Sendo assim, operador se mostrou mais confiante nas etapas a
optou-se por substituir um dos suportes em “L” serem realizadas, além de gastar um tempo
(das folhas para carimbar) por um de formato consideravelmente menor.
“T”. Esse novo modelo possibilitaria conter as
folhas que seriam carimbadas do lado esquerdo e 4.3. Ferramenta de registro e padronização
as já carimbadas do lado direito, sendo que, o do processo
outro suporte em “L”, serviria como “estoque
intermediário” de folhas carimbadas. O uso do Escolheu-se para registro e consequente
suporte contribuiu para manter as folhas padronização do processo de carimbagem o
alinhadas sem que o operador precisasse se diagrama de processo de duas mãos, no qual se
preocupar com a ação de alinhá-las ao fim da avalia separadamente a atuação de cada mão.
tarefa. Tem-se por objetivo sincronizar os movimentos
das mãos e, assim, eliminar o máximo de esforço
e tempo decorrido para a atividade. Optou-se por
esse método por se tratar de uma atividade
altamente repetitiva, de ciclo curto e focado nos
movimentos das mãos.
Antes da padronização do processo, houve
a análise da atividade de carimbagem e a divisão
da operação em elementos. Definiu-se como um
ciclo completo do processo o momento em que o
operador pega as folhas sem carimbar até o
instante em que as 140 folhas são postas juntas
novamente, já carimbadas.
No entanto, mesmo após a padronização
Figura 6 - Leiaute do novo posto de trabalho. sugerida, a etapa de “umedecer os dedos” passou
Fonte: Autores. a existir de forma irregular, pois se concluiu que
a frequência se daria conforme a necessidade do
operador. Sendo assim, optou-se por descrever
O momento de passar as folhas do suporte apenas as tarefas padronizadas ao longo do
em “L” para o lado direito do suporte em “T” foi processo.
sinalizado com uma fita fixada na base do Levando em consideração que o ciclo
suporte em “L”. No instante em que o operador completo é formado por vários “subciclos”
identifica o desaparecimento da fita, as folhas repetitivos, escolheu-se por não descrever todas
são pegas, e, de cabeça para baixo, posicionadas as etapas do processo, para não haver o
no lado direito do suporte em “T”. A largura da prolongamento desnecessário do diagrama.
fita foi definida de acordo com a quantidade É importante ressaltar que o diagrama de
máxima de folhas que, localizada no “estoque processo foi realizado com o intuito de ilustrar
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uma das ferramentas utilizadas para o estudo de do processo após a padronização (Figura 7).
tempos e movimentos e apresentar o diagnóstico

Figura 7 - Diagrama do processo após padronização.


Fonte: Autores.

Quadro 2 - Formulação das tolerâncias. As tolerâncias circuladas foram escolhidas para serem
acrescentadas ao processo.

Fonte: Adaptado de Stevenson apud Peinado e Graeml, 2007, p.102

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Aplicação do estudo de tempos e movimentos no setor administrativo: estudo de caso em uma empresa mineradora

Quadro 3 - Determinação do tempo padrão

Fonte: Autores

Antes das mudanças ocorridas no tempos e movimentos, tornou-se possível


processo, houve a determinação do tempo calcular o tempo normal (ou tempo básico) do
padrão da atividade e foi encontrado o tempo de processo de carimbagem, a partir da realização
7.13 minutos. Com a reformulação do processo e das cronometragens. Após o cálculo do tempo
o uso das ferramentas sugeridas no estudo de normal, foi analisado o ritmo do operador.

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Polyane Avelar Rezende, Taciana Lopes Rezende Martins, Mônica Ferreira Rocha

A partir daí, determinaram-se as Figura 8, que impactou, de forma considerável,


tolerâncias que deveriam ser acrescentadas ao na otimização da atividade.
processo, com base no Quadro 2 encontrado na Também se constatou que no interior do
bibliografia, analisando as peculiaridades da documento a ser carimbado havia nove páginas
atividade em estudo e o ambiente em que ela é em branco (Figura 9), que não podiam ser
realizada. inconsequentemente retiradas do contrato pelo
Com as tolerâncias estabelecidas, pôde-se fato de estarem numeradas. Então, foi proposta à
determinar o novo tempo padrão do processo, empresa a reformulação desses anexos pelo setor
que foi de 4.98 minutos, uma redução de responsável, com a eliminação dessas folhas, já
aproximadamente 30%, equivalente a 2.15 que isso não afetaria o objetivo da empresa.
minutos, em relação ao tempo padrão inicial que
era de 7.13 minutos.
No Quadro 3 encontram-se os valores de
tempos de realização da atividade pelo operador,
medidos nas cronometragens realizadas após a
padronização, assim como o cálculo do tempo
normal após a análise do ritmo ou eficiência do
operador, o acréscimo das tolerâncias e o valor
do tempo padrão.

4.4. Outras propostas de melhoria

Na análise inicial da atividade estudada,


constatou-se que ela era realizada de forma
totalmente não padronizada. Sendo assim, a
primeira ação desenvolvida para melhoria do Figura 8 – À esquerda, o novo carimbo proposto
processo foi o estabelecimento de padrões para o e, à direita, o carimbo antigo, que foi substituído.
processo de carimbagem. Fonte: Autores.
Um dos recursos inseridos no processo foi
a utilização de uma substância umedecedora de
dedos que auxiliou na passagem das folhas a
serem carimbadas. Esse novo item passou a
fazer parte do processo e trouxe o aumento da
agilidade do operador, uma vez que essa ação
era uma das grandes dificuldades encontradas
pelo mesmo. Esta substância apresenta um preço
relativamente baixo (cerca de R$3,00 o pote de
12 g) e pode ser encontrada com facilidade para
compra em vários estabelecimentos.
Observou-se também que apesar do
carimbo utilizado na atividade ser do modelo
autoentintado (self ink stamp), que confere
grande praticidade ao processo, o mesmo
apresentava-se com a borracha em seu interior
desgastada, necessitando de uma grande força do
operador para a efetiva carimbagem. Isso
Figura 9 - Página em branco existente nos
provocava dor no braço e fadiga, dificultando a
anexos.
realização do trabalho. Além disso, verificou-se Fonte: Autores.
que essa ferramenta possuía um tamanho
relativamente grande e desnecessário, com uma Finalmente, foi sugerida à empresa como
distância considerável entre a borracha do proposta de melhoria, a mudança do leiaute e
carimbo e o papel, aumentando assim, o tempo adaptação do posto de trabalho do processo de
de carimbagem. carimbagem, conforme discutido anteriormente.
A partir dessas constatações, fez-se
necessário a substituição do carimbo por um
modelo novo e de tamanho menor, conforme
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Aplicação do estudo de tempos e movimentos no setor administrativo: estudo de caso em uma empresa mineradora

5. Considerações Finais Estudo de caso. Dissertação de Mestrado em


Engenharia Mecânica – Universidade Federal de
Com o estudo realizado pode-se perceber Santa Catarina, Santa Catarina, 2008. Disponível em
a grande importância da padronização na <http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789
obtenção de eficiência, eficácia e qualidade das /91658/258712.pdf?sequence=1&isAllowed=y>
Acesso em 29 de maio de 2014.
operações. Com a padronização do processo de
carimbagem, conseguiu-se um menor desgaste BARNES, R. M. Estudo de movimentos e de
do operador, uma melhor utilização dos tempos: projeto e medida do trabalho. 6. ed. São
recursos, maior agilidade na realização das Paulo: Blucher, 1977.
atividades e, consequentemente, uma maior CONTADOR, José C. Gestão de operações:
produtividade do setor. Engenharia de Produção a serviço da
Os 2,15 minutos de redução conseguidos modernização da empresa. São Paulo: Edgar
após o estudo representou uma queda de 28,6% Blucher, 1998.
no tempo total de execução do processo de COSTA JÚNIOR, E.D. Gestão em processos
carimbagem, constatando a eficiência das produtivos. Curitiba: Ibpex, 2008.
soluções propostas à empresa. Esse valor CRUZ, J.M. Melhoria do tempo-padrão de
encontrado é bastante significativo, já que a produção em uma indústria de montagem de
demanda no setor é alta (cerca de 24 conjuntos equipamentos eletrônicos. Monografia (Graduação
de anexos por dia), representando, em Engenheira de Produção) - Universidade Federal
aproximadamente, o ganho de 52 minutos por de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, 2008.
dia. Essa otimização afeta diretamente o Disponível em
desempenho do setor, e, em consequência, no <http://www.ufjf.br/ep/files/2010/05/TCCJuliana.pdf
ganho financeiro para empresa, pois o operador > Acesso em 01 de junho de 2014.
responsável pelo processo de carimbagem possui GRIMAS, Washington. Fluxograma. 2008.
outras atividades e, muitas vezes, não conseguia Disponível em: <
atender à demanda, sendo necessário que a ação http://engenhariasaomarcos.files.wordpress.com/2008
fosse feita por analistas ou mesmo por /03/fluxogramas1.pdf > Acesso em: 10 de junho de
2014.
coordenadores que recebem valor da hora de
trabalho significativamente maior. Além disso, MARTINS, P.; LAUGENI, F. P. Administração da
com essa redução de tempo o operador poderia Produção. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
ajudar os analistas em outras atividades, OLIVEIRA, J.C.G. Estudo dos tempos e métodos,
tornando-o mais produtivo e motivado. cronoanálise e racionalização industrial. 2012.
Após a realização do estudo, foi possível Disponível em:
enxergar a grande importância da utilização das <http://www.administradores.com.br/artigos/
ferramentas da Engenharia de Métodos nas administracao-e-negocios/estudo-dostempos-e-
empresas, pois ampliam a visão dos gestores metodos-cronoanalise-e-racionalizacao
industrial/63820/>. Acesso em: 30 de junho de 2014.
quanto às operações, otimizando os processos.
Para pesquisas futuras, por se tratar de um PEINADO, J; GRAEML, A.R. Administração da
processo repetitivo e tedioso, aconselha-se um produção: operações industriais e de serviços.
aprofundamento na análise ergonômica do Curitiba : Unicenp, 2007.750 p.
ambiente de trabalho onde a carimbagem é SILVA, A.V.; COIMBRA, R.R.C. Manual de
realizada, para que assim, haja uma adaptação do tempos e métodos. São Paulo: Hemus, 1980.
posto de trabalho focado também na saúde e SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R.
segurança, mantendo a produtividade da Administração da produção. 3. ed. São Paulo:
operação. Atlas, 2009.
TARDIN, M. G. et al. In: IXXXIII ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO,
6 Referências Bibliográficas 2013, Salvador-BA. Aplicação de conceitos de
Engenharia de Métodos em uma panificadora.
ALMEIDA, B. F. O. Método da Elaboração de
Folha de Processos em Sistemas de Manufatura. Um estudo de caso na Panificadora Monza.
2009. Monografia (Graduação. Engenharia de Disponível em
Produção) – Universidade Federal de Juiz de Fora, http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN
Juiz de fora, 2009. Disponível em _STO_177_013_21883.pdf . Acesso em 09 de junho
<http://www.ufjf.br/ep/files/2009/08/tcc_jul2009_bru de 2014.
noalmeida.pdf> Acesso em 02 de junho de 2014. TOLEDO JR, I.F.B.; KURATOMI, S. Cronoanálise
ALMEIDA, D. L. M. Análise da aplicação do base da racionalização, da produtividade da
método MTM em empresas de manufatura: redução de custos. 3. ed. São Paulo: Itysho, 1977

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