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MONS.

ÃLVARO NEGROMONTE
Diretor do Ensino Religioso na Arquidiocese do
Rio de Janeiro

Guia do Catequista
Para o MEU CATECISMO

8.0 ANO

•·ª EDIÇÃO

EDIÇÕES R U M 0 S.A.
RIO DE JANEIRO - 1962
GUIA DO CATEQUISTA

(Para o Meu Catecismo - 3.0 ano)

nihil obsta,t

Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1959

D. Estêvão Bettencourt O S. B .
.

Censor-Dep,

• •

Pode imprimir-se

Rio, ó de novembro de 1959

Mons. Caruso
Vigário-Geral

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1NDICE GERAL

P4ga.
Introdução • • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • '1
Lição Preliminar · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · -· · · · · · · · · · · · · · · 17
O Homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . •. . . . . . . . . . . . . . . • 20
Pecado Original . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 25
Promessa do Salvador .................................. 81
Nossa Senhora • . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :. . . . • . . . . 38
O Salvador ............................................ . il
A Vida Oculta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 41i
Santíssima Trindade .................................. . liO
Vida Pública .......................................... . 155
Os Mandamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 60
A Graça ............................................... 85
A Oração ........................................... , . . 70
A Paixão de Cristo ................................... . 71i
Fol crucificado ....................................... . 81
O i::; acrlfício da Missa ................................. . 85
Como é a Missa ....................................... . 90
A Comunhão ........... ............................... . 98
A Grande Vitória ..................................... . 101
Subiu ao Céu ......................................... . 108
As Festas da Igreja ................................... . 111
Creio no Espírito Santo ........................... .- . . . . 118
A Igreja . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .· · · · · · · · · · · 121
A Verdadeira Igreja ................................... . 128
O Papa não erra .................................... . 130
A Família de Deus .................... ................. 131i
A Missa une os Cristãos ............................. . 139
Respeito ao Templo .................................. . 144
Os Sacramentos ....................................... . 148
O Pecado ............................... : . . . . . . . . . . . . . . 153
Perdão doe Pecados ................................... . 158
Para a Boa Confissão ................................ . . 163
Depois Desta Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 168

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Vatic ano, 30 de dezembro de 1950

Reverendo Padre

Por intermédio dos bons ofícios do


81MR111TllRU.
Ex.- Sr. Núncio Apost6lico, o Santo Pa·
dre rece b eu a devota homenagem de algu­
Dl BTATO
mas de suas o bras catequéticas.
DI Tenho o prazer, agora de comunicar a
au.a. eA..NTIT.l V. Rev.ª qu e o Augusto Pontífice dig?UJU·
se não s6 aceitar êste '}1reito filial, mas
também apreciar a sua nobre tarefa, cujo fim p rimor di al
é oferecer às c rianças e à juventude uma visão clara
da doutrina e da moral cristãs.
Nada mais perigoso há, de fato, do que a ignorân­
cia reli giosa, porque corrompe a reta noção de Deus e
da Igreja e dos deveres do homem -,a ra com Deus, para
com o próximo e para consigo mesmo.
Com razão escreveu V. Rev.ª: a base de tôda a for­
mação religiosa sólida é a educação cristã, porque o
estudo do catecismo não é s6 in strução, -mas também
e so b re tudo formação espiritual; não é só luz para a
inteli gência , mas também calor para o cor aç ão, a fim
de que o cristão, com a graça de Deus, di1ija as suas
ações para o bem e viva, com c o nhecimento e amor, de
acôrdo com a sua Fé.
Sua Santidade, congratulando-se pela sua ati vidade
no campo literário e no do A po sto lado como Diretor
do Ensino Religioso na Arquidiocese do Rio de Janeiro
e em penhor de celestes favores sôbre a sua dup la e san­
ta missão em prol das crianças e da juventude, concede,
de todo o coração, a Vossa Rever�ncia a B�nção Apos­
t6lica.
Com a maior consideração, me subscrevo
De Vossa Reverência
muito dedicado no Senhor

Rev.mo 81'.
p_. Alvaro Neg't'omonte
D•retor do Ensino ReUgioso
Rio de .Taneiro

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GUIA DO CATEQUISTA

Para o MEU CATECISMO


a.0 ANO

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INTRODUÇÃO

Resisti muito à publicação de um "Livro do Mestre'..


para o MEU CATECISMO, porque penso que nada subs­
titui o mestre bem preparado, e desejo acima de tudo.
catequistas bem formados doutrinária, pedagógica e­
espiritualmente. Terminei vencido pelas insistências,
principalmente dos párocos e bispos que precisam de­
um instrumento imediato para facilitar e melhorar a
catequese, sem descuidar embora a preparação dos
catequistas, obra de mais fôlego e tempo.
Só o bom mestre pode vivificar o livro (que é­
morto ) e animar a aula. Por mais que o livro faça,
conta sempre com o professor, que o estudará, o ani­
mará, dando-lhe movimento, colorido, entonação, calor,
vida! Conto sempre com a alma do catequista, seu
esfôrço, seu cuidado em preparar as lições, sua inteli­
gência em interpretar e adaptar o que aqui deixo es­
crito. E para maior segurança, conversemos um pouco.

O lUEU MÉTODO

Só os que conhecem um método são capazes de uti­


lizá-lo devidamente. Meus textos obedecem ao "rnétod0>
integral", que denominei assim porque êle leva a:
criança a praticar integralmente a vida cristã. Importa
conhecê:lo.

Suas características
1) O meu método, ou "método integral" é:
Indutivo: Parte do fácil par::;. o difícil, do conhe­
cido para o desconhecido, do simples para o complexo..
do concreto para o abstrato;
Expositivo: Narra os fatos, expõe a doutrina, fa7:
a criança dizer com palavras suas o que entendeu -

e só no fim dá alguma pergunta com a resposta a


decorar, depois de bem entendida;
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� Mons. Negromonte - G'Uiâ do Cateq?J#tts

Evangélico: Baseia-se no Evangelho, fazendo co­


nhecer a vida e sobretudo a Pessoa de Jesus, para
.amã-la e imitá-la.
2) Tem um "esquema de lição" que é o seguin.te:
a) História
b) Doutrina
e) Formação .
,. . �

E a formação consta de (4) pontos: 1) e� .: 2)


dev
<:e>nselho; 3) apostolado; 4) liturgia.

Preciosas particularidades

Neste esquema hã pontos essenciais. Assim:


a) A "história é sempre do Evangelho" (um fato
-0u ui:na parábola), para ligar a criança à vida e à
Pessoa de Cristo (muito mais do que à doutrina, porque
crianças e pessoas simples se prendem antes às pessoas
.que às idéias);
b) A "doutrina" é uma idéia s6 em cada aula.
porque:
- as crianças só têm capacidade para aprender
pouca coisa de cada vez;
- elas são por si mesmas dispersivas, e nós deve­
mos concentrá-las, e não dissipá-las;
- finalmente, não é necessário ensinar muita coisa
às crianças, mas sim ensinar bem o que é essencial, e
encaminhar para as práticas fundamentais da vida
.cristã.
c) A "formação" é a suprema preocupação da cate­
.quese: nosso maior cuidado é formar o cristão, e tudo
deve ser encaminhado para isto, em aula e .fora de aula.
Não basta saber o catecismo: é preciso praticá-lo. O
homem pode saber todo o catecismo e condenar-se, se
não o pratica. Importa ensinar a doutrina, porém
importa mais fazer vivê-la.
Notemos ainda que tudo isto forma uma unidade:
<1. "doutrina" sai da "história"; a "formação" sai da
"doutrina". Por isto, a "história" é contada de modo
.orientado para a "doutrina"; e em tôrno desta se reú­
nem os quatro pontos da "formação". Tudo em estreita
.relação, como raiz, caule e flor, nas plantas. Unidade
,perfeita, como quer a psicologia infant.n.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 9

Formação integral

1) Queremos formar o cristão perfeito. Para isto


16 uma formação integral. E a formação integral é
aquela que inclui: a) dever; b) conselho; c) apos­
tolado; d) liturgia. Só esta é a formação perfeita
do cristão.
2) De fato:
a) cumprir o dever é fundamental: o minimo que
se exige de um homem; mas não é a perfeição:
é o minimo;
b) a perfeição exige que, além do dever, o homem
pratique também o que é apenas conselho;
c) ficando só nisto, o homem se fecharia em si,
caindo no individualismo, que é mais que im­
perfeição, é êrro, pois nós temos obrigação de
cuidar do pr6ximo: obrigação do apostolado,·
d) finalmente, como membros da Igreja, somos
obrigados a participar de seus atos, como cada
membro participa da vida do corpo: é a li­
turgia.

Temos então:

Formação integral
{ Individual { Conselho
Dever

Social { Liturgia
Apostolado

J!lste é o único esquema que abrange tôda a vida


cristã. Por isso chamei o meu método de "método
integral". E cada aula tem de realizâ·lo, sob pena de
ser incompleta e falha.
Dada a importância da formação, para ela enca·
mlnhe o catequista todos os seus cuidados:
- dê as aulas de maneira "vital", orientando a
doutrina para a vida:
- acompanhe cada um de seus alunos, para ver
se estão vivendo cristãmente;
- dê-lhes o exemplo de uma boa vida cristã;
- reuna-os para participação de atos religiosos,
principalmente da Santa Missa;

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10 Mona. Negromonte - Guia do Catequista

- oriente-os para uma associacão religiosa, que


facilita a perseverança e o progresso nas coisas espi­
rituais;
- reze sempre por êles, que multas vêzes mais
conseguimos no genuflexório que na sala de aulas.
Somente assim podemos:
Firmar bem o que fôr ensinado;
Voltar com freqüência aos temas essenciais;
Fazer os alunos penetrarem-se dêles, criando con­
vicções para tôda a vida;
Concentrar a formação em tôrno dos pontos essen­
ciais da doutrina.
A lição em Meu Catecismo
Cada lição dos meus textos primários contém, pois:
1) História; 2) Doutrina; 3) Formação: com: a) dever;
b) conselho; c) apostolado; d) liturgia. Ela se desen-
volve em duas partes: .
1) Uma leitura, na qual estão a "História" e a
"Doutrina" (algumas vêzes também algum ponto da
formação);
2) os exercícios, nos quais estão os quatro pontos
da "Formação" (ou somente (2) dois ou (3) três,
quando os outros aparecerem nas leituras).
É por isso que a lição de Meu Catecismo só é com­
pleta, quando é dada na fategra. Desprezar os exer­
cícios seria ficar só na instrução, inutilizando o método,
e aliás a própria catequese, cuja finalidade é a for­
mação do cristão.
Por fim, vêm também umas poucas perguntas com
as respostas para o aluno decorar. Mas não esqueça
que elas são ponto de chegada, e não de partida: por
isso é que estão no fim da lição. Nunca devem ser
decoradas sem ser entendidas. E não constituem tra­
balho essencial do aluno: o essencial para o aluno é
entender a doutrina e pô-la em prática.
Adaptar-se à criança
1) De acôrdo com os mais modernos princ1p1os
pedagógicos, procura o método integral reduzir tudo à
unidade, simplificando o mais passivei todos os ele­
mentos da aula:
a) Simplifica a "Hist6ria": conta do episódio,
apenas o que interessa à lição do dia, orientando-a para
a aoutrma;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 11

b) Simplifica a "Doutrina" : no sentido de dar em


cada aula uma idéia só, o que facilita aprendizagem,
penetração e memorização;
c) Simplifica a "Formação": porque os quatro
pontos se unem em tôrno da idéia central formando
um todo.
2) Para simplificar tudo ainda mais, tôda a "For­
mação" se reduz à graça: viver e crescer na graça
(dever e conselho), fazer que os outros vivam e
cresçam nela (apostolado) , o que tudo melhor se con­
segue pela liturgia.
Em tôrno dêste pensamento se juntam uns poucos
elementos, poucos e concêntricos, para não dispersar­
mos ainda mais as crianças.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA FORMAÇÃO


1) O estado da graça: É o centro de tudo: no
terreno individual, porque é a essência da vida cristã,
e a santidade consiste em viver e crescer nêle; no
terreno apostólico, porque o que a ação católica procura
é fazer com que todos vivam e cresçam na graça divina.
É natural que seja êle uma preocupação constante da
catequese.
2) Os Mandamentos: São condições para viver na
graça: "Se queres entrar na Vida, observa os Man­
damentos." Violá-los em ponto grave, sem motivo sufi­
ciente, é pecado mortal: dai a necessidade de firmar as
crianças na sua observância. Entre êles destacamos a
Missa de preceito, por sua importância como culto a
DEUS, pela facilidade com que a perdem entre nós, e
porque nela se encontra poderoso meio de perseverança
na fé ou de conversão (a pregação). Faremos da Missa
de domingo uma das mais sérias preocupações de nossa
catequese.
3) Freqüência aos Sacramentos: São meios efica­
zes e primordiais da graça: a Confissão e a Comunhão.
Enquanto o ensino diz para qu€ e como nos confessa­
mos e as condições para comungar, os cuidados da for­
mação orientam para a freqüência consciente dêstes
dois Sacramentos.
4) Oração: Essencial elemento de vida cristã.
Nosso cuidado é: firmar o hábito da oração da manhã
e da noite; estender a vida de oração às finalidades
mais elevadas desta (adorar, agradecer, propiciar);

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12 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

orientar para a oração espontânea e libertar nossa gente


dos livros de reza: dar sentido vital à oração.
5) União à Igreja: Somos cristãos na medida em
que nos unimos à Igreja: a seu ensino, a seu govêrno,
a sua hierarquia. Fazer com que se aceite o que é da
Igreja, não porque se compreende, mas porque é da
Igreja. Respeito, acatamento, estima. Aceitar o que
ela aceita; repelir o que ela repele. Trabalhar pela
Igreja.
6) A Liturgia: Entra aqui em cheio, como culto
da Igreja. Fonte primeira da vida cristã, deve ser
valorizada na vida de cada um de nós. Valorizar a
vida sacramental: não só os Sacramentos que se
repetem (Confissão e Comunhão), mas também os que
recebemos uma só vez (para a criança: Batismo e
Crisma ) . Inserir a Missa em nossa vida, de modo cons­
ciente e sólido. A beleza do culto. O amor e o uso
dos Sacramentos.
7) Deveres de Estado: Constituem a vida de cada
um de nós. Sem êles, impossível agradar a DEUS.
Nêles nos santificamos, porque são o que DEUS quer de
nós em particular. Evitar a tendência de certa "de­
voção" muito preocupada com atos religiosos, mas
descuidada dos deveres de estado.
8) Apostolado: Orientar para a caridade fraterna,
em todos os seus aspectos: material, moral, espiritual.
Fazer isto de maneira profunda, como decorrência
natural da condição de cristão, e não como um supér­
fluo, um favor. . . a Deus, ao próximo. Insistir n a
caridade espiritual (A. C.) e nas Missões, pois é triste
que 60% da humanidade sejam ainda pagãos.

1i:STE GUIA DO CATEQUISTA

É um auxiliar do catequista; não pretende subs­


tituí-lo, mas ajudá·lo. Facilita o seu trabalho, mas não
o dispensa. Mesmo com êle à mão, para ser eficiente,
o catequista continua obrigado a:
- estudar sempre a religião;
- preparar cuidadosamente as suas aulas;
- arranJar o material didático necessário;
- fazer as adaptações intelectuais e espirituais
lndispensáveis.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano l:t

O que contém
As lições aqui estão dadas, na integra! Como se­
fôeee possível o catequista dizê-las por inteiro aos
11lunos. : . Mas, repito, isto é apenas para facilitar o.
trabalho do mestre.
Veja o livro: cada lição contém:
Doutrina para o catequista
Esquema da lição
Revisão da aula anterior
Explanação
Resumo
Exercícios para casa
Como usar @ste livro
1 ) Veja a "doutrina para o catequista" e siga suas
indicações: - leia o texto da "história" no próprio.
Evangelho, para sabê-lo bem, e observe como êle deve­
eer "orientado" para a aula; estude um pouco da dou­
trina indicada, para dar mais segurança a si mesmo­
(embora só tenha de ensinar o que :iqui se encontra).
2) Fixe bem o "esquema da lição": - leia a lição
tôda, tal como está no Meu Catecismo; procure nela os
pontos indicados no esquema, a fim de tornar a aula
mais pessoal, e mais consciente a aplicação do método.
3) Leia a "explanação", para ver:
- o que pode aplicar tal como está e o que deve
modificar de acôrdo com a capacidade dos alunos;
qual o material que deve usar nesta aula;
e sobretudo como foi conduzida a aula em busca
da sua unidade.
Não esqueça de fixar bem o "resumo" da lição, não
eõmente para dar aos alunos uma idéia do que houve
de mais importante nela, como também para sua
própria orientação.
4) Dê a máxima importância aos "exercícios para
casa", porque êles servem para:
- manter o interêsse das crianças pela aula do ca..
1
tecismo;
--- levar para a família a preocupação religiosa:.
desgraçadamente esquecida em muitos lares.
A BOA AULA
Tudo Isto feito, vamos à aula, que mais que qual­
quer outra, tem de ser uma boa aula. Do contrário,
as crianças se desgostarão do Catecismo e, em conse-

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14 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

qüência, da própria Religião, caminhando para o indi­


ferentismo religioso, tornando-se católicos de nome, . o
. •

que tem sido nosso grande mal. Procure empregar os


meios que fazem uma aula agradável. Vejamos alguns:
1 ) Dê explicações claras:
Que tôdas as crianças entendam o que é ensinado.
Não deixe nada mais ou menos compreendido: seria
um perigo; tudo muito bem entendido!
Repita as explicações, tantas vêzes quantas fôr
necessário.
Ajude cada um a resolver as suas dificuldades
intelectuais ou morais. Recomende sempre o estudo
-da lição, como está no livro, para fixar bem.
2) Fale com moderação:
Nem alto nem baixo, nem lento nem precipitado,
mas que todos ouçam e entendam; module a voz, ani­
mando-a quando conta as histórias, para dar vida ao
.que diz, para traduzir melhor os sentimentos que
exprime.
E fale pouco de cada vez. Lembre-se de que o
professor primário que fala mais de 2 minutos sozinho
corre o risco de ficar falando sàzinho . . . As cria:rças
.se cansam e não prestam mais atenção ao que diz o
professor!
3) Conserve a calma:
- na voz, nos gestos (mesmo quando forem mais
animados), no corpo (atitude digna, sem afetação), nas
perguntas, e principalmente quando fôr necessário
advertir, repreender ou mesmo castigar (o que só muito
raramente aconteça). Isto contribui imensamente para
manter calma também a turma, nos momentos em que
ela se anima um pouco mais, ou mesmo se indisc!plina.
4) Movimente os alunos:
- mande escrever no quadro-negro e nos cadernos:
quando o livro fala em escrever no quadro, pode ser a
·criança, conforme o caso; dê-lhes pequenas tarefas, prin­
cipalmente aos mais inquietos (que precisam de movi­
mentar-se) : apagar o quadro-negro, distribuir o material,
segurar o quadrn, tirar as orações, etc.;
- faça perguntas: de modo claro e breve, com tôda
a classe em silêncio (que é para ouvirem todos o que
se pergunta), dando tempo à resposta;
- dirija a questão a tôda a classe, e só depois
chame um aluno para respondê-la;

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Para o Meu Catecismo - a.0 ano 15

- tenha também o cuidado de interrogar o maior


número de alunos (e não se reduzir a um pequeno
grupo, e sempre o mesmo);
- mande desenhar, ora no quadro-negro, ora e m
fôlhas separadas, que depois serão coladas n o caderno.
5) Faça verificação:
- contada a "história", mostre a gravura (ou u m
quadro) e mande contar o que ouviram. Assim se
verifica se êles aprenderam bem, podem.se corrigir os
enganos, e, ainda mais, dá-se ocasião para a formulação
própria (que é excelente para a fixação da matéria
aprendida);
- dada a "doutrina", verifique de novo, interro­
gando vários alunos, para ver se entenderam, e se
sabem dizer com suas palavras o que ouviram;
- faça o mesmo com os vários pontos da "for­
mação", a fim de deixá-los bem claros e bem fixados.
6) Quebre a rotina:
- dê, de quando em quando, uma aula "diferente":
marque uma sabatina; faça um teste da matéria dada;
organize um pequeno álbum de santinhos, sôbre a ma­
téria dada (o que é boa maneira de recapitular); realize
um pequeno concurso com perguntas feitas pelos alunos,
uns aos outros (com pequenos prêmios aos vencedores);
promova uma competição com alunos de outra classe;
- faça recapitulações através de cânticos apro­
priados;
- leve as crianças a uma igreja, para um ato reli­
gioso, também previamente preparado, de caráter in­
fantil e pedagógico: Missa especial pi:ira crianças, Via­
Sacra (ótima recapitulação das aulas sôbre a Redenção,
Paixão e Morte de Jesus), Hora Santa infantil (meia
hora, no máximo), etc.
7) Reze:
- no comêço e no fim da aula;
- antes e depois de �ua preparação de lição, de seu
estudo, para pedir a Deus as luzes e a eficácia de que
precisa, rogando também por seus alunos, o que nunca
fazemos suficientemente;
- durante a aula: suspenda a lição propriamente
dita e reze com as crianças, fazendo que elas se reco·

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16 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

lham e rezem, sozinhas ou em comum, em fórmulas ou


em orações espontâneas.
8) Ame:
- a Deus, para cuja glória trabalha o catequista;
- às crianças, para suportá-las com paciência, para
desejar o seu convívio, para amã-las de verdade, a ponto
de elas sentirem o seu amor e verem a sua alegria de
ser o seu catequista.
Lembre-se de que o amor é a grande fôrça pedagó­
gica, que muitas vêzes nos falta. Quando se ama, tudo
se consegue dos alunos, como aliás do próprio Deus:
Ama et fac quod vis, dizia S. Agostinho: "Ama e faze
o que quiseres."

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LIÇÃO PRELIMINAR

NoTA. À. finalid,ade desta lição é despertar o inte­


rílHse das crianças pelas aulas de Religião, dispor-lhes
n 4nimo para o estudo das coisas de Deus, avivar-lhes
11 espírito religioso, lembrando-lhes as práticas d,a vída
tlristã que constituem a formação catequética (e que
lctlvez se tenham enfraquecido durante as férias).

Minhas queridas crianças, passando para a terceira


M6rie, vocês continuam a ei:.tudar as mesmas matérias
que estudaram na segunda, com a diferença de, neste
nno, irem aprender coisas novas que não aprenderam no
nno passado. No ano passado, vocês aprenderam lingua.·
�cm, matemática, ciências, religião ; êste ano, vão apren­
der mais religião, mais linguagem, mais ciências, mais
matemática. Em cada uma destas matérias há muito
o que aprender, tudo muito bonito e muito útil para a
nossa vida.

Sôbre Jesus - Vocês já aprenderam muita coisa


bonita sôbre Jesus Cristo, não é verdade ? Sabem em
que dia :F'::le nasceu, a que hora, em que lugar. (Pergun­
te, mas faça primeiro a pergunta e depois chame deter­
minado aluno para responder. Não interrogue sempre
os mesmos: vários. Okame o maior número possfoel de
alunos. Dê tempo para a resposta. Oaso esta não seja
.�atis/atória mande outro responder.) Lembram-se do
que aconteceu no nascimento de Cristo. Quem veio
adorá-Lo, hein ..Y Que cantaram os anjos ? (Pausa.)
.

Diga, G. Conhecem já alguns milagres de Jesus, não é T


Cite um milagre de Jesus, você (pausa) , B. Cite outro,

17
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18 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

H. Sabem que Jesus morreu para nos salvar. Salvar


de quê, hein, LY (Do pecado, do inferno, do demônio. )
Em que dia foi que :fjjle morreu, M Y Em que semana
é que comemoramos a Morte de Jesus, P f (Semana
Santa.) l\Iuito bem. Vocês já sabem várias coisas.
Mas aprenderão outras também muito bonitas sôbre
Cristo, sôbre a Igreja, sôbre o que devemos fazer para
ser bons cristãos.
Ser cristão Vocês também aprenderam isto.
-

Nem t odos os homens são filhos de Deus. Infelizmente


ainda existem homens que não são filhos de Deus .
Nós somos filhos de Deus, hein (pausa), E 7 Por quê 7
(Somos batizados.) E quais são os homens que não
são filhos de Deus Y ( Os pagãos. ) Onde vivem os
pagãos, sabe, X Y (Na China, no Japão, na Africa, no
Brasil também - muitos índios. )
E vocês se lembram do que podemos fazer para
ajudar os pagãos a se fazerem filhos de Deus? Quem
se lembra f
Bem. Então, nós somos filhos de Deus, porque
somos batizados. Mas basta ser batizado para ser bom
cristão T (Provoque e oriente algumas respostas.) Eu
son batizado, mas não vou à Missa de domingo . . não

me confesso nem comungo durante o ano . . . não obe­


deço à Igreja . . . Sou bom cristão f Isto mesmo: o
verdadeiro católico cumpre seus deveres : vai à Missa
de domingo, reza todos os dias pela manhã e à noite,
obedece à Igreja - que é para viver sempre em estado
de graça.
Crianças piedosas - E se eu só faço o que a
Igreja manda e não faço o que ela aconselha - eu sou
um católico piedoso Y Vou dar um exemplo, para vocês
entenderem melhor. A Igreja nos manda confessar-nos
uma vez por ano ; mas aconselha a confessar-nos muitas
vêzes. Se eu me confessar só uma vez no ano, sou um
cmt6lieo�piedoso'
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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano ·:·tg

Outro exemplo: a Igreja nos manda comungar na


rAaooa; mas aconselha a comungar freqüentemente. Se
1111 comungar s6 pela Páscoa, sou um cat6lico piedoso t
Muito bem. Então vocês vejam bem: procurem
••r crianças piedosas, para agradar muito a Deus. Pro­
nurem comungar sempre, .conf essar-se muitas vêzes • • •

dl muito fácil comungar sempre. Olhem bem (pausa) .


N61 vamos à Missa todo domingo: comunga;remos tam­
b� todo domingo na Missa. Não é fAcil T
Vocês sabem o que é necessário para poder comun-
1ar, hein (pausa), TY (Estar em estado de graça e em
jejum eucarístico). Ora, viver em estado de graça é
obrigação de todos os cristãos; e o jejum é muito fácil:
aomlda, até três horas antes da Comunhão, e bebida,
1t6 uma hora antest
Ajudar o próximo -Outra coisa muito necessária
para um cristão é ajudar o próximo. N6s temos obriga­
olo de amar o pr6ximo t Hein, F t Quem nos mandou
amar o pr6ximoY (Deus ou Jesus.) Se eu cuida,sse
muito da minha salvação, mas não me importasse com
a salvação dos outros, seria bom cristão T
Quais são as pessoas que precisam de nossa ajuda t
(Fazer lembrar algumas: -os pagãos, os que não são
aat6licos, os que perdem Missa do domingo, não fazem
1 Páscoa, heqiiefi:t.am espiritiBmo, etc.) Há tam:bém
·

outras necessidades, em que devemos ajudar o pl"6xilno.


(LembrM alguú. I!ruer as o� t1erem em qVB
fOdem ajuM.r,.J
.A.prender mais
-. Tudo isto e mais outras coisas
vocês aprenderam 'nas aúlas de Religião. · Ma$ �mos
ainda muito o que aprender. Hií. coisas �das na vida
ele Jesus, que nós vamos aprender êste ano. Coisas
_Interessantíssimas sôbre a Igreja, o Papa, a Missa, as
festas da Igreja, etc.
Vocês vão gostar muito das aulas de Religião êste
ano. Temos um novo livro. (Mostrá-lo.) Vejam que
beleza 1 Cheio de gravuras, que vocês vão interpretar,

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20 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

colorir. Com exercícios ótimos, que vocês vão fazer.


Tenho certeza que todos vão apreciar muito as aulas
de Religião.
Vamos pedir a Deus a graça de ser bons cristãos,
cumpridores de nossos deveres. Vamos prometer a Deus
viveremos sempre em estado de graça ;
- iremos à Missa de domingo ;
- rezaremos as orações de manhã e de noite ;
- comungaremos com freqüência ;
- nos confessaremos de vez em quando ;
ajudaremos o nosso próximo sempre que êle
precisar de nosso auxílio ;
e procuraremos em tudo agradar a Deus, sendo
também muito devotos de Nossa Senhora.
Por estas intenções, vamos rezar um Pai-Nosso e
uma Ave-Maria. Todos de pé. (Mande uma criança
tirar o Pai-Nosso, e outra, a Ave-Maria, q1te os demais
resp onder ão.)

O HOMEM

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. O essencial é firmar que Deus criou o homem
e lhe deu uma alma espiritual e imortal, que tem por
isso, um destino eterno.
2. O modo pelo qual formou Deus o corpo de Adão
é secundário, e não deve ser tratado com as crianças.
3. As crianças aprenderão que, apenas com o corpo
(material: de terra) , o homem seria igual aos bichos; a
alma é que o torna "à imagém e semelhança de Deus".
4. Na criação de Eva, não se insista na particula­
ridade da "costela" de Adão, bastando dizer que: Deus
criou a mulher, semelhante ao homem, isto é, com corpo
e alma.
- 5. Para a nossa vida, importa tirar as conclusões
da doutrina:
a) Deus é nosso Senhor e Pai: - devemos
conhecer, amar e servir a Deus;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 21

b) filhos do mesmo Pai, são todos os homens


irmãos, sem diferença de côr, nação, condi·
ção, etc.;
c) imortal, a nossa alma viverá para sempre,
cabendo-nos o cuidado de permanecer em
estado de graça, a fim de que ela possa vi ver
'
feliz na eternidade.
6. A criação do homem está no Gênesis, 1.26-30; e
2.7 e 18-23. (Mas, como disse, o cate quista evite mi­
núcia s, com as crianças.)
Para mais doutrina, ver A Doutrina Viva, no capi­
tulo "O Homem".
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. Hist6ria: A criação do homem.
2. Doutrina: Deus é nosso Senhor e Pai.
3. Formação:
a) Dever: Prestar culto a Deus
(Leitura).
b) Conselho: O hábito da ação de
Gra�s (Exerc. IV).
c) Apostolado : Que fazer pelos
pagãos (E x e r c.
III).
d) Liturgia : A Missa de domingo
(Exerc. V) .

EXPLANAÇÃO

Nós j á sabemos que foi Deus quem criou tôdas as


coisas que existem. Não existia nada, nada ; e Deus
criou tudo por seu infinito poder, por uma simples
palavra. Deus disse : "Faça-se", e as coisas foram
feitas. Não é verdade ? Quem fêz o Sol, L Y E a
Terra 7 ( Vá perguntando a vários alitnos. ) Os mares 7
As árvores 7 Os animais 7
Deus criou o homem Já sabemos também que
-

Deus criou o homem e a mulher. Tôdas as outras


criaturas dêste mundo são só de matéria : os bichos, os

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22 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

peixes, etc. s6 têm matéria, não têm mais nada; e por


isso, quando êles morrem, acaba tudo, tudo vira terra
de novo. Mas o homem não é s6 matéria. Deus fêz o
corpo de Adão de terra, mas lhe deu uma alma. A
alma é espírito : não morre. Quando o homem morre;
a alma se separa do corpo: o corpo é enterrado e volta
a ser terra; mas a alma continua a viver. Ela é espí­
rito: espírito não morre. A alma continua a viver,
mesmo depois que o homem morre : ela é imortal.
--
(Pergunte· às crianças se já viram uma pessoa
morta. Qual a diferença de uma vivar Ou mostre
um retroto de um morto. Se viram um entêrro. Ali
fica o corpo. E a almar Frisar bem que a alma não
morre porque é espírito.)
Importância. da alma. - Quando Deus foi fazer o
homem disse: "Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança". Quer dizer: o homem é semelhante a
Deus.
Agora vejam: Deus tem corpo T Hein, F T Não
tem. Deus é s6 espírito. Se o homem tivesse só corpo,
podia ser semelhante a Deus T Que acha, M T Deus
não tem corpo, êle não podia se parecer com Deus.
Então o que faz o homem se parecer com Deus é . . . o
quê T Diga, H. Muito bem: é a aJma, é o espírito.
Vejam como a alma é importante. É por isso que
devemos cuidar mais da alma do que do corpo. Deve­
mos cuidar também do corpo: da saúde, da higiene,
do asseio, da arrumação; e devemos também agradecer
a Deus tudo o que temos, porque tudo nos foi dado
por Éle; mas devemos cuidar mais da alma que do
corpo. O corpo é matéria e vai se tornar terra; ao
passo que a alma é imortal - continua a viver depois
da nossa morte. Por isso, devemos cuidar mais da
alma do que do corpo. Vamos escrever isto nos cader­
nos. Vou escrever no quadro-negro, e vocês copiarão:
"Devemos cuidar mais da alma do que do corpo."
(Mandar ler por uns três alunos. Mandar apagar no

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 23

<flradro-negro e fechar os cadernos, para repetirem de


cor.)
E vocês sabem por que devemos cuidar mais da
nlma do que do corpoT Quando morre uma pessoa,
para onde vai o corpoT Hein, O Y E se torna o que,
N 7 E para onde vai a alma, R Y ( ... ) Para o céu,
Ro a pessoa tiver vivido e morrido em estado de graça;
se não morreu em estado de graça, a alma não vai
para o céu. Para onde vai, G T Vejam vocês que coisa
horrível: vai para o inferno. Deus nos livre ! E como
a alma não morre nunca, tanto o céu como o inferno
não acabam nunca.
É por isso que devemos ter o maior cuidado com
a nossa alma, vivendo sempre em estado de graça, que
ê para podermos ir para o céu.
Os homens são todos irmãos - Depois de ter feito
o homem, Deus fêz também a mulher, Eva, semelhante
ao homem, quer dizer, · com corpo e alma, de matéria
e espírito, como o homem.
De Adão e Eva vieram todos os homens. Por
isso é que chamamos a Adão e Eva nossos primeiros
pais. Por isso também é que todos os homens são
irmãos - todos: pretos ou brancos, ricos ou pobres,
instruídos ou ignorantes, todos são irmãos.
E se todos somos irmãos, como é que devemos
tratar uns aos outros, hein, ST Devemos tratar como
irmãos, amar como irmãos, interessar-nos por êles como
nos interessamos por nossos irmãos. Vejam aí o livro.
Olhem a figura da lição. Aí estão crianças de raças
diferentes. Nós somos irmãos de todos êsses meninos,
FT Somos. Por que, U t (Somos todos filhos de
Adão e Eva.) Se êsses meninos precisassem de n6s,
que devíamos fazer, hein, VT (Lembrar que muitos
dêles são pagãos; e podemos fazer-lhes o maior bem,
que é rezar para êles se tornarem cristãos.)
Deus, nosso Senhor e Pai Muito bem: Deus
-

criou Adão e Eva, e criou também a alma de cada

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24 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

um de nós. Deus criou todos os homens, porque a


nossa alma é também criada por Deus.
Se Deus nos criou, é nosso Dono, nosso Senhor,
porque quem cria uma coisa é dono dela. É por isso
que chamamos a Deus - Nosso Senhor, que quer dizer :
nosso Dono. Nós pertencemos a Deus. Ê'.lle é nosso
Senhor e nosso Pai. Em que oração é que chamamos
a Deus nosso PaH Quem se lembra Y (Pai nosso. )
Há outra oração: quem sabe qual é Y ( Credo : Creio
em Deus, Pai.)
Se Deus é nosso Senhor e nosso Pai, temos o dever
de conhecer, amar e servir a Deus. Para isto é que
existimos. Para isto foi que Deus nos criou: para
conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo, neste mundo e depois
no céu. O nosso livro tem isto. Abram aí e vejam o
quadrinho, no fim da lição. Vejam aí: " Para que
fim Deus criou o homem ?" Leia a resposta, L. Leia
também, P. Vejam: três coisas: 1) conhecer, 2) amar
e 3) servir a Deus. Diga quais são as três coisas, H.
M�ito bem.
É isto que se chama prestar culto a Deus. Vocês
já sabem qual é o melhor modo de prestar culto a
Deus, não sabem Y Isto já foi muito ensinado o ano
passado. Qual é Y (A Missa de domingo.) Não es­
quecer, portanto, que a Missa de domingo é nossa
grande obrigação e é também o melhor modo de
prestar culto a Deus.

RESUMO
Vamos ver, então, o que aprendemos na lição de
hoje :
1 . Os animais constam só de matéria ; mas o
homem consta de matéria e espírito, isto é, corpo e
alma;
2 . o corpo volta à terra, quando o homem morre,
mas a alma é imortal, e vai para o céu ou para o
inferno.;

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Para o Meu Catecismo - 3.º ano 25

3. devemos ter grande cuidado com nossa alma,


para viver sempre em estado de graça;
4. de Adão e Eva vêm todos os homens, que, por
isso, são irmãos, e devem ser tratados e ·amados como
irmãos;
5. Deus é o Senhor de todos os homens, porque é
o Criador de todos, e deve ser conhecido, amado e
servido por todos os homens;
6. na Missa de domingo prestamos a Deus o
melhor culto.
EXERCÍCIOS PARA CASA
1. Colorir a figura da lição.
2. Fazer o desenho do exercício I.
3. Completar os exercícios II, III e IV.

PECADO ORIGINAL
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. O homem foi criado por Deus com corpo e alma.
A Bíblia diz que o corpo foi formado da terra, mas não
diz como se deu essa formação: tanto pode ter sido
diretamente como indiretamente, através da evolução.
"Da terra" quer dizer: é material; ao passo que a alma
foi criada diretamente por Deus para o homem, e é
espiritual (e por isso imortal).
2. É a alma que torna o homem "à imagem e seme­
lhança de Deus" e o distingue de todos os outros
animais, que não têm inteligência nem vontade (que
são faculdades espirituais).
3. Além dêstes dons naturais (que pertencem à
natureza de homem), Deus deu a Adão outros dons fora
de sua natureza (preternaturais): deu-lhe ciência, para
êle conhecer tudo de que precisava para atingir seu
fim; ordem na natureza, de modo que as paixões obe­
deciam à razão e à vontade; isenção de sofrimento, para
que êle não sofresse dores, doenças e penas de trabalho;
e imortalidade, livrando-o da morte, a que êle estava
sujeito por natureza.

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26 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

4. Deu-lhe Deus também a graça santificante. que


é um dom sobrenatural, isto é, não apenas superior à
natureza humana, mas superior a qualquer natureza
criada. Com ela o homem se torna filho de Deus,
obtendo direito ao céu.
5. Submetido a uma prova, o homem desobedeceu
a Deus, cometendo o pecado, que é precisamente a deso­
bediência aos Mandamentos divinos.
6. Com o pecado, perdeu o homem os dons preter­
naturais, ficando sujeito ao sofrimento e à morte, e à
desordem dos sentidos ( paixões) que não obedecem mais
tão fàcilmente à inteligência e à vontade.
E mais grave ainda, perdeu a graça santificante e
com ela a filiação divina e o direito ao céu. Foi expulso
do parafso, em sinal da expulsão do céu, conseqüência
da perda da graça.
7. :JfJ do pecado original, transmitido a todos os
homens, que vêm tôdas as desordens morais de cada
homem e da humanidade.
ll'J também por causa dêles que o Verbo se fêz
homem, para nos salvar.
8. O episódio da prova e do pecado de Adão está
no Gênesis (capitulo 3.0).
Não é necessário insistir rom as crianças na questão
da fruta, nem da serpente. bastando dizer que a ordem
era para respeitar a autoridade de Deus, que o pecado foi
desobedecer a Deus, e que foi o demônio que tentou
a Eva, disfarçando-se em forma de serpente.
9. O importante, pedagogicamente, é frisar que
tôdas as desgraças do mundo vêm do pecado: que ne­
vemos resistir ao demônio para não pecar: e que o Ba­
tismo nos deu de novo a graça que perdemos em Adão.
( Ver em A Doutrina Viva, o capitulo sôbre "O Homem").

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H· A queda de Adão.
2·. D: Efeitos da graça.
3. F:
a) D: Viver em estado de graça (Exerc.
IV).
b) C: Agradecer a Deus a graça que l'e•
cebemos (Exerc. I).

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 27

c) A: Trabalhar pelas Missões (Exerc.


VI).
d) L: O nosso Batismo (Exerc. V).

REVISÃO DA AULA ANTERIOR

(T_ôda aula começa sempre com a revisao da ante·


rior, para firmar bem o essencial e faciütar a fixação
das idéias. As perguntas são feitas como recapitulação;
podem ser rápidas ou mais demoradas, conforme as
crianças estejam, ou não, firmes na doutrina. Como
sempre, interrogar vários alunos (e não os mesmos), e
dar tempo às respostas.)
Há criaturas que são só matéria. Dê um exemplo,
F. Qual é a criatura que tem corpo e alma? Qual é
a matéria? (o corpo) . E o espírito? Quando morre·
mos, que acontece ao corpo? E à alma? Devemos
cuidar mais do corpo ou da alma? Por que tortos os
homens são irmãos? Para que Deus criou o homem?
Qual é o melhor culto que prestamos a Deus?
(Verifique os exercícios dados para casa. Nunca
deixe de fazê-lo: éles têm grande importância, porque:
a) prolongam o interêsse da criança pela aula de Reli­
gião; b) levam para o lar o interêsse religioso; e) não
verificados (ou não feitos), dariam a impressão de infe­
rioridade da matéria, uma vez que os outros são veri­
ficados.)

EXPLANAÇÃO

Quando Deus criou nossos primeiros pais, Adão e


Eva, êles eram muito felizes. Deus os colocou no
paraíso, deu-lhes tudo que lhes era necessário. Não
lhes faltava nada. �les não sofriam, nem adoeciam,
e não morreriam : eram imortais. Depois de viverem
na terra muito tempo, Deus os levaria para o céu,
porque além de tudo, Deus lhes deu a graça, que foi
a coisa mais preciosa que Deus lhes deu.
Com a graça, Adão e Eva se tornaram filhos de
Deus. Como os filhos podem viver na casa do pai,

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28 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

êles podiam ir para a Casa de Deus, que é o Céu.


Como os filhos convivem com o pai, conversam com
êle, gozam de sua intimidade, Adão e Eva conversavam
com Deus e conviviam com Êle, como nós fazemos com
os nossos pais. Vejam aí a figura da lição. Que re­
presenta 7 (A Família.) Os filhos têm direito de
estar à mesa Y Se não fôssem filhos, teriam Y Êles
convivem com os pais Y Gozam dos bens dos pais Y
Por quê Y (Porque são filhos.)
Pois assim são também os filhos de Deus : vivem
com Deus, gozam dos bens de Deus, têm direito a ir
para o Céu, que é a Casa do Pai. Assim eram Adão
e Eva.
Eram felizes ! Viveriam felizes na terra ; não
morreriam ; e um dia Deus os levaria para o Céu, em
corpo e alma, sem êles morrerem.
Entenderam bem ? (Vá interrogando os alunos.)
Por que eram felizes Adão e Eva Y Êles sofriam 7
Morreriam 7 Qual foi a coisa mais preciosa que Deus
lhes deu 7 Isto quer dizer que Adão e Eva foram
criados em estado de graça e felicidade. (Escreva no
quadro-negro; mande copiar; verifique; mande apagar
no quadro-negro; faça repetir de cor.)

A prova - Mas êles só continuariam felizes assim,


e só seriam sempre filhos de Deus, se conservassem a
graça. E para conservar a graça, êles teriam de obe­
decer a .Deus, de cumprir uma ordem que Deus lhes
deu. A ordem era muito fácil, Deus disse : " Comam
das frutas de tôdas as árvores, mas não comam o
fruto daquela árvore." Se êles comessem, seriam cas­
tigados. E o castigo era terrível : 1.0) êles perderiam
a graça de Deus ; e perdendo a graça, não seriam mais
filhos de Deus, nem iriam mais para o céu ; 2.0) êles
iriam sofrer muitas dores e doenças ; 3.0) morreriam.
Viram o que ia acontecer Y (Vá fazendo as per­
guntas.) Que era necessário para Adão e Eva conti­
nuarem felizes Y (Obedecer à ordem de Deus.) Qual

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Para o Meu Catecismo - 3.º ano 29

foi a ordem de Deus ? Era fácil ou difícil· cumprir


esta ordem ? Que aconteceria a Adão e Eva, se êles
não desobedecessem Y
A desobediência - Pois bem. Sabem o que acon­
teceu Y Adão e Eva desobedeceram a Deus. O demô­
nio se disfarçou em forma de serpente, tentou os
nossos primeiros pais, e êles desobedeceram a Deus,
comendo a fruta proibida. Com isto, êles cometeram
o primeiro pecado dos homens. Daquele pecado vie­
ram todos os outros pecados. Se não tivesse havido
aquêle pecado, não havia os outros pecados. Aquêle
pecado foi a origem de todos os outros pecados. É
por isso que êle se chama pecado original : porque êle
foi a origem dos outros pecados.
Êles desobedeceram a Deus e foram logo casti­
gados. Deus tinha dito que se êles desobedecessem,
seriam castigados. Êles desobedeceram . . . o primeiro
castigo foi perderem a graça santificante. Perdendo
a graça, êles ainda eram filhos de Deus Y Hein, M Y
Não ; porque a graça é que nos faz filhos de Deus. E
não sendo filhos de Deus, ainda tinham direito ao
Céu, L ? Também não ; só os filhos têm direito a viver
na casa do Pai : não sendo mais filhos, não tinham
direito ao Céu. Por isso, Deus os expulsou do paraíso,
para mostrar que não podiam mais ir para o Céu,
porque tinham perdido a graça.
Os outros castigos, quais foram ? Quem se lembra Y
Eu disse ainda há pouco. Êles iam sofrer doenças e
dores, e iam morrer. Tudo isto porque pecaram ; por­
que desobedeceram a Deus. Vejam que coisa horrível
é o pecado. Vamos escrever no caderno : " Por causa
do pecado, Adão e Eva perderam a graça, foram ex­
pulsos do paraíso, e ficaram sujeitos a sofrer e
morrer."
(A mesma técnica anterior.)
O . pior é que tudo isto passou para os filhos de
Adão e Eva, que são todos os homens. Quer dizer :

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ao Mons. Negromonte - Guia do Cate(,J."Uista

por causa do pecado de nossos primeiros pais, todos


nós ficamos sem a graça divina, ficamos sofrendo e
morremos.
Nós recebemos a graça - Felizmente recebemos
a graça. Vocês sabem em que dia foi, não sabem f
Em que dia foi que recebemos a graça e ficamos per­
doados do pecado original f (No dia do Batismo. )
Grande dia 1 Antes de ser batizado, você era filho de
Deus, (pausa) P T É por isso que o dia do nosso Ba­
tismo é o dia mais feliz de nossa vida. Devemos
agradecer sempre a Deus a felicidade de ter sido bati­
zados. Naquele dia foi que recebemos a graça e fica­
mos sendo filhos de Deus.
Mas não basta ter recebido a graça. É preciso
conservar-se em estado de graça, viver sempre em es­
tado de graça. Só quem se conserva em estado de
graçà é filho de Deus de verdade. Como é que se
conserva o estado de graça ? Quem se lembra 7 ( Obe­
decendo aos Mandamentos de Deus.) (Ou : não pe­
cando mortalmente. ) Então vamos fazer todo o pos­
sível para viver sempre em estado de graça, que é
para sermos verdadeiros filhos de Deus.
RESUMO

1 . Adão e Eva eram felizes : não sofriam nem


morreriam, e tinham a graça de Deus ;
2 . assim ficariam sempre, se obedecessem à
ordem que Deus deu de não comerem o fruto de deter­
minada árvore do paraíso ;
3. mas, se desobedecessem, perderiam a graça,
ficariam sujeitos ao sofrimento e à morte ;
4. desobedeceram, e foram castigados ;
5 . todos os homens nascem sem a graça, sofrem
e morrem, por causa do pecado original ;
6 . felizmente, o Batismo nos dá a graça, fazendo­
nos filhos de Deus e dando-nos direito ao Céu ;

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.
Parti"o Meu Catectsmo - &o ano ....,
,: •

7. mas só se salvam os que vivem e morrem em


1•Htado de graça;
8 . agradeçamos a Deus a felicidade de ter sido
batizados, tenhamos pena dos pagãos e procuremos
nj udar as missões.

EXERC1CIOS PARA CASA

L Colorir a figura.
2 . Fazer os exercícios II, III e V. ·
3 . Juntar selos para as missõ es, e trazê-los n a
·

próxima aula.

PROMESSA DO SALVADOR
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Era triste a situação de Adão e Eva depois do
pecado. l!:les sabiam que tinham desobedecido a Deus
e iam receber os prometidos castigos. Não eram mais
fil hos; não tinham, por isso, direito à intimidade elo Pai,
ele que gozavam antes. Agora, tinham mêdo de Deus
- e tentaram esconder-se.
2. Deus os chamou, obrigou-os a confessar o pecado
e castigou-os: a dor, as penas do trabalho (notar que o
castigo não é o trabalho, mas a sua pena) , a morte, a
expulsão do paraiso - simbolo da perda do direito ao
Céu, que é Casa do Pai, onde só podem entrar os filhos.
3. Exercendo sua justiça, quis Deus exercer ainda
sua infinita bondade - e prometeu o Salvador. Suas
palavras foram estas, falando ao demônio: "Porei ini­
mizade entre ti e a Mulher, entre teus filhos e O dela;
l!:ste te esmagará a cabeça."
4. Aí encontramos: a) a promessa do Salvador:
Aquêle que vencerá o demônio ("esmagará a cabeça" da
serpente) ; b) a promessa de Nossa Senhora, a Mulher
que será inimiga do demônio ( nunca estêve sob o do­
mínio dêle, porque "cheia de graça" e isenta do pecado
original) , cujo filho será o Salvador.
5. Os pontos de formação nascem espontâneamente
da doutrina: a) necessidade de viver em estado de
graça, que o pecado é fonte de tantos males; b) o

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32 Mons. Negrotno'nte - Guia cio Catequista

exercício da presença de Deus, de Quem ninguém se


pode esconder; c) a pena dos pagãos e p_ecadores, que
não vivem em estado de graça; d) a festa da Imaculada
Conceição.
6. A doutrina está mais largamente exposta em A
Doutrina Viva, nos capitulos "0 Homem", e "Esperança
da Salvação".
- No terceiro capitulo do Gênesis está a parte
bíblica.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Deus promete o Salvador.
2. D: O Salvador nos abre o céu.
3. F:
a) D: Conservar o estado de graça (Exerc.
IV).
b) C: Exercício da presença de Deus
(Exerc. I).
c) A: Rezar pelos pecadores (Exerc. V).
d) L: A festa da Imaculada Conceição
(Exerc. II).

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Em que estado criou Deus Adão e Eva? Eles
sofriam? Morriam? Iriam para o céu? Por quê? Qual
foi a coisa mais preciosa que Deus lhes deu? Qual foi a
proibição que Deus lhes deu? Que aconteceu? Quais
foram os castigos do pecado de Adão? Como se chama
êste pecado? l!:ste pecado passou para todos os homens? ·
E como temos hoje a graça de Deus? Há pessoas que
não receberam a graça de Deus? Que podemos fazer
por elas? Basta ter recebido a graça para salvar-se?
Como podemos conservar a graça? (Verifique os exer­
cícios para casa.)

EXPLANAÇ ÃO

Tendo desobedecido a Deus, Adão e Eva perderam


a graça divina. Perdendo a graça, deixaram de ser
filhos de Deus. E deixando de ser filhos de Deus,
não podiam mais gozar da intimidade divina nem ir

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.Pata o Meu Catecismo - 3.0 ano 33

para o Cêu. Agora, em vez do amor de Deus, tinham


mêdo de Deus. Antes, gozavam da convivência divi­
na ; agora, com mêdo de aparecer na presença de
Deus, foram esconder-se.
Mas alguém pode esconder-se de Deus 7 Pode, P T
Isto mesmo : de Deus ninguém pode esconder-se, porque
Deus vê tudo e sabe tudo. Sabe até o que a gente
pensa. · Ninguém pode fazer nada escondido de Deus.
O menino tirou dinheiro da mamãe, pensando que
ninguém via. Outro deu uma esmola, sozinho, a um
pobre. Outro fêz um ato indecente, achando que nin­
guém estava vendo. Quem viu 7 Pois é ; lembremo-nos
sempre de que Deus nos vê : "Deus vê tudo e sabe
tudo." (Escrever no quadro-negro e no caderno. )
Mas Adão e Eva não sabiam disto e se esconde­
ram ; então, Deus os chamou, e perguntou a Adão :
"Por que comeste do fruto da árvore que eu proibi 7 "
Adão respondeu : " A mulher me deu a fruta da árvo­
re, e eu comi." Então, Deus perguntou a Eva : " Por
que fizeste isto 7" Eva respondeu : "A serpente ( o
demônio e m forma d e serpente) m e enganou e eu
comi. "
Entenderam 7 Por que Adão s e escondeu d e
Deus Y ( Com mêdo.) E por que teve mêdo Y (Por­
que pecou.) Pecando, ainda era filho de Deus Y Os
filhos bons têm mêdo dos pais Y Alguém pode escon­
der-se de Deus 7 Deus viu Adão e Eva 7 Deus já sabia
que êles tinham pecado 7 E êles confessaram que
tinham desobedecido a Deus Y
O castigo- E porque êles pecaram é que foram
castigados. Deus lhes disse que êles teriam de sofrer,
de cansar-se com o trabalho, de morrer. Deus disse
que Adão se tornaria terra, como da terra tinha sido
formado : " Tu és pó e em pó te hás de tornar.''
E imediatamente expu.ISou Adão e Eva do paraíso,
para mostrar que êles não eram mais filhos de Deus

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34 MÕtis. Negr<flitonte - Guia do vaiequ"'"a

e não tinham direito de ir para o Céu. .]l um anjo


os expulsou do paraíso, com uma espad�- � impedia
que êles entrassem de novo no paraíso. · :��{ \+-
Foi uma grande desgraça. A maior �áça que .
podia acontecer ao homem : êle foi criado pará: ir para
o Céu, e agora era expulso do paraíso, e a porta do
Céu lhe era fechada, de modo que não podia mais
entrar. T udo, por causa do pecado 1 Que coisa horrí·
vel é o pecado ! O homem era filho de Deus; agora,
depois do pecado, não é mais. O homem tinha direito
ao Céu ; agora não tem mais. O homem era feliz ;
agora não é mais.
Vejam vocês : não· há desgraça maior do que o pe­
cado. E não há. felicidade maior do que a graça de
Deus. Nós temos a felicidade de te:t; recebido a graça
de Deus : não é, T t · Quando foi que a recebemos t
Pois então, vamos fazer tudo para conservar a graça
de Deus. A graça é que nos faz felizes ; o pecado
é que nos faz desgraçados .

Por isso também é que devemos ter muita pena


daqueles que não vivem em estado de graça. Quais
são os que não vivem em estado de graça Y (Os- pagãos
e os pecadores.) Vamos rezar por êles. Não esque­
çam de rezar por êles, coitados : êles precisam muito
de nosso auxílio.

Deus promete o Salvador Mas Deus teve pena


-

dos hom . : todos iam nascer com o pecado original,


l
não era ·. j.s filhos de Deus, e não podiam ir para
o céu. ·se compadeceu da humanidade, e prome-
teu que avia de mandar � Salvador, para dar de
novo a graça a todos os homens, a fim de que os
homens pudessem ser filhos de Deus e ir para o Céu.
Mas antes de mandar o Salvador, Deus mandaria
a Mulher que seria a Mãe do Salvador. Todos os
homens teriam o pecado .original, mas esta Mulher
não, porque ela ia ser Mãe do Filho de Deus. Vocês
sabem quem é esta Mulher, não sabem T

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Para o Meu Cl!f,tecismo - 3.0 ano 3ã

Qu� . é, R Y Muito bem : é Nossa Senhora. E


sabem jp:.iio ·;
se chama o fato de Nossa Senhora não
ter o :P«*ado original Y Chama-se : Imaculada Con­
ceição. h '.Em que dia. é a festa da Imaculada Concei­
ção ? Hein, O 7 É no dia 8 de dezembro. Por sinal
é dia santo. E que obrigação temos no dia santo, G ?
Vocês sabem que Nossa Senhora apareceu cm Lourdes
(na França) a uma menina chamada B�rnadette ; e
quando Berliadette lhe perguntou quem era, ela res­
pondeu : " Eu sou a Imaculada Conceição." Vejam
aí a figura da lição: é Nossa Senhora que apareceu
em Lourdes.
Então, Deus ia mandar : primeiro a Mulher cheia
de graça, a Mulher sem pecado, que seria Mãe do
·

Salvador; e depois, o Salvador.


O Salvador vocês sabem quem é. Quem é o Sal­
vador, H Y Muito bem: é Jesus Cristo. A humani­
dade ficou esperando que Jesus viesse para nos salvar.
Quando chegasse, o homem voltaria a ser filho de
Deus, e então poderia ir para o Céu, porque Cristo
ia abrir o céu para nós podermos entrar.
RESUMO
1. Desobedecendo a Deus, Adão e Eva deixaram
de ser filhos de Deus, tiveram mêdo dêle e se escon­
deram;
2 . mas de Deus ninguém pode se escOAd.er, por-
que Deus vê e sabe tudo; ·
3 . Deus castigoú. Adão e Eva, exp · do-os do
paraíso, e dizendo que 31.es deviam sofr t · e morrer ;
*"' . · ,·

4. mas teve pena dq_s homens, porque todo.à iam


nascer com o pecado original, e prometeu a vinda do
Balvador ;
5. antes, porém, devia vir Nossa Senhora, conce­
b ida sem pecado, para ser Mãe do Salvador;
6 . quando o Salvador viesse os homens recebe­
riam a graça, ficariam sendo filhos de Deus, e pode­
r i am ir para o Céu.

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36 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

EXERCíCIOS PARA CASA


1 . Colorir a figura.
2 . ·· Completar o exercício II no caderno.
3. Fazer a oração do exercício IV.

NOSSA SENHORA
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA

1. Maria é "cheia de graça'', como disse o anjo n a


Anunciação (Lc. 1.28), sendo por isso mesmo, isenta de
pecado original.
2. Para haver entre ela e o demônio a inimizade
anunciada por Deus (Gn. 3.15) , era necessário nunca
estivesse ela sob o poder do demônio, e portanto fôsse
concebida sem pecado.
3. Assim nos ensina Deus que devemos prezar a
graça como o maior bem da vida, tendo a devoção a
Nossa Senhora a preocupação de fazer-nos viver e cres­
cer na graça divina, para nos tornarmos mais semelhan­
tes Aquela que é "cheia de graça".
4. A maior glória de Maria é ser Mãe de Deus.
Todos os seus privilégios lhe foram dados, em vista da
maternidade divina.
Assim, a Virgindade perpétua e a Assunção. É por
ser Mãe de Deus que recebeu ela tantas prerrogativas e
tanto poder.
5. É bom lembrar quanto a Liturgia honra a Nossa
Senhora: duas de suas festas são dias santos, e . várias
outras são grandes festas litúrgicas. Também devoções
extralitúrgicas são recomendadas e indulgenciadas pela
Igreja : têrço, Ãngelus, meses de maio e outubro, etc.
6. Os protestantes não aceitam a Virgindade per­
pétua, nem a Assunção de Maria; aquela, porque inter­
pretam erradamente a expressão "irmãos de Jesus", e
esta, porque não consta na Bíblia, embora conste da
Revelação oral (Tradição) .
Os espíritas, como não admitem a Divindade de
Cristo, têm Maria como uma mulher qualquer, que não
é Mãe de Deus mas apenas mãe de Jesus.
7. O capítulo "A Mãe do Salvador" em A Doutrina
Viva traz doutrina mais abundante.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 37

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Fatos da vidà de Nossa Senhora.
2. D: Quem é Nossa Senhora.
3. F:
a) D: Viver em estado de graça (Exerc.
VI) .
b) C: Devoção a Nossa Senhora (Exerc.
III ) .
e) A: Rezar pelos protestantes e espíritas
(Exerc. V).
d) L: Festas d e Nossa Senhora (Exerc.
IV) .
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Depois do pecado, Adão procurou esconder-se de
Deus. Pode alguém esconder-se de Deus? Por quê? Deus
sabe até os nossos pensamentos? Por que Adão teve
mêdo de Deus? (Não era mais filho.) Que castigo teve
Adão por causa do pecado? Que prometeu Deus a
nossos primeiros pais? Que vinha faze r o Salvador?
(Verifique os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
Quando Deus prometeu o Salvador a Adão, prome­
teu primeiro a Mulher que seria a Mãe do Salvador.
Seria uma Mulher cheia de privilégios divinos. Assim :
todos os homens nascem coni. o pecado original, mas
aquela Mulher não teria o pecado original. É por
isso que chamamos a Nossa Senhora a Imaculada Con­
ceição. Ela mesma se chamou assim. Quando foi que
Nossa Senhora disse que era Imaculada Conceição Y
Quem se lembra 7 (Em Lourdes. )
Cheia de graça Chamamos também a Nossa
--.

Senhora - Maria Santíssima, porque ela é muito


santa, é mais santa que todos os outros santos. Os
outros nasceram com o pecado original : Nossa Se­
nhora nasceu sem pecado ; os outros receberam muita.
graça ; Nossa Senhora foi " cheia de gra�a".

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38 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Quando o anjo São Gabriel veio dizer a Nossa


Senhora que ela ia ser a Mãe do Salvador, êle a
saudou dizendo : "Ave, cheia de graça." Estão vendo :
" Cheia de graça." Há uma oração, na qual repeti­
mos estas palavras do anjo. Que oração é Y (Ave­
Maria, cheia de graça.)
A graça é que nos faz santos. Temos a graça,
somos santos; vivemos em estado de graça, somos
santos. Nossa Senhora é cheia de graça, então é mais
do que Santa : é Santíssima.
O que Nossa Senhora mais quer de nós é que con­
servemos sempre o estado de graça. Peçamos a Nossa
Senhora a sua ajuda para nos conservarmos em estado
de graça. Isto é tão importante que vamos pedir
agora mesmo. Todos de pé, as mãos postas, recolhi­
dos, peçamos a Nossa Senhora : "Virgem Santíssima,
conservai-me sempre em estado de graça." (Sentar.)
Existem pequenas orações, chamadas jaculatórias,
que podemos rezar com muita facilidade, pedindo pro­
teção de Nossa Senhora. Vocês já sabem uma, que
fala justamente que Nossa Senhora foi concebida sem
pecado. . Quem se lembra Y ( ó Maria concebida sem
pecado . . . )
É bom rezar sempre a Nossa Senhora e ser devoto
dela, porque ela nos protege. Vejam a figura da
lição : Nossa Senhora amparando crianças com seu
manto. Ela nos protege assim, porque é Mãe de
Jesus, e é também nossa Mãe. É por isso que temos
confiança na proteção de Nossa Senhora.
Quem se lembra do milagre de Jesus no casa­
mento de Caná 7 Quem deu fé que faltava vinho T
Quem pediu a Jesus Y Ela pediu, e Jesus fêz.
Mãe de Deus - Depois que o anjo disse a Maria
que ela · seria Mãe do Salvador, Nossa Senhora saiu
de Nazaré, onde morava com seu espôso São José, e
foi visitar sua prima Isabel. O Espírito Santo tinha
avisado a Santa Isabel que Maria ia ser Mãe do Filho
de Deus feito homem.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 39

Então, quando Nossa Senhora foi chegando, Santa


Isabel saudou-a, dizendo : " Que honra para mim, rece­
ber em minha casa a Mãe do meu Senhor I " Esta é a
maior grandeza de Nossa Senhora : ser Mãe de Deus.
Vamos escrever nos cadernos : "A maior grandeza de
Nossa Senhora é ser Mãe de Deus." (Pode ditar ou
mandar copiar. Verifique. Faça ler por três ou
quatro. Mande repetir de cor.)
Santa Isabel foi a primeira pessoa que ficou sa­
bendo que Maria é Mãe de Deus. Na Ave-Maria cha­
mamos a Nossa Senhora Mãe de Deus. Com que pa­
lavras Y Lembra-se, P Y
Todos os católicos sabem que Maria é Mãe de
Deus ; mas os espíritas não acreditam nisto. 1llles não
acreditam que Jesus é Deus ; por isto não acreditam
que Maria é Mãe de Deus. Também os protestantes
não acreditam que Nossa Senhora nos protege. Coi­
tados 1 Estão no êrro. Precisamos rezar por êles,
para que se convertam e venham para a Religião Cató­
lica, que é a única verdadeira.
Subiu ao Céu - Vocês já sabem várias coisas da
vida de Nossa Senhora. (Faça perguntas sôbre Natal,
fuga para o Egito, a Imaculada Conceição, a Anun­
ciação, a visita a Santa Isabel. ) Muito bem : sabem
muitas coisas sôbre Nossa Senhora. Quero contar-lhes
agora que, no fim de sua vida, Nossa Senhora foi
levada para o Céu, em corpo e alma.
Todos nós iremos para o Céu, se vivermos sempre
em estado de graça. Mas .quem vai para o Céu é a
alma ; o corpo irá também, mas só no fim do mundo,
quando os mortos todos ressuscitarem. Nossa Senhora
não : - ela foi para o Céu de corpo e alma, de uma
vez.
Festas de Nossa Senhora - A Igreja celebra a
subida de Nossa Senhora para o céu na festa da Assun­
ção. (Escreva no quadro-negro, ou mande escrever :
Assunção.) É no dia 15 de agôsto. É dia santo 1

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40 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Qual é nossa obrigação nesse dia 7 Qual é a outra


festa de Nossa Senhora que é também dia eanto l
(Imaculada Conceição.) Sabem em que dia é l
---
Há muitas outras festas de Nossa Senhora, mas
não são dias santos. Assim, a festa da Anunciação
lembra que o anjo veio dizer a Maria . . . o quêl
Hein, F Y E a festa da Visitação, comemorando a
visita de Nossa Senhora a Santa Isabel. Que disse
Santa Isabel a Nossa Senhora naquele diaY (Pode
lembrar outras festas. À..s crianças conhecem aZgumas :
dirão. O mês de ma-ia. O têrço. Tudo ràpidamente.)
(Se houver tempo, pode ensaiar um cântico de
Nossa Senhora : ô Maria concebida/ Sem pecado ori­
ginal/ Quero amar-vos tôda vida/ Com ternura filial,
ou cantar com as crianças um que elas saibam.)

RESUMO
1 . Deus prometeu a Mulher que seria Mãe do
Salvador ;
2 . ela foi concebida sem pecado e cheia de graça ;
3 . o devoto verdadeiro de Nossa Senhora vive
sempre em estado de graça e reza a Nossa Senhora
com confiança ;
4. Maria é Mãe de Deus e também nossa. Mãe,
que nos ama e nos protege ;
5. ela subiu ao céu em corpo e alma ;
6 . os protestantes e espíritas não acreditam em
Nossa Senhora : devemos rezar por êles ;
7 . as principais festas de Nossa Senhora são
Imaculada Conceição e Assunção, mas há várias outras
de Nossa Senhora.

EXERClCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios da lição.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 41

O SALVADOR
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. A espera do Salvador foi muito longa. Para
não desfalecer a esperança dos homens, Deus renovou
a promessa várias vêzes: - disse a Abraão que "na sua
descendência serão abençoadas tôdas as nações" (Gn.
22.18 ) , e a Davi que um seu descendente será fundador
de um reino eterno (2Rg. 7.13) .
2. Os profetas anunciaram o Salvador, dizendo desde
os mais graves acontecimentos até minúcias relativas a
sua Pessoa. (Ver A Doutrina Viva, no capitulo "Espe­
rança do Salvador".)
3. A Igreja comemora no Advento o tempo da ex­
pectação do Messias; e na Liturgia passam as profecias,
as promessas, as orações do povo, ajudando nossa pre­
paração para o Natal.
4. A Imaculada Conceição é festa do Advento : a
vinda da Mãe é o primeiro passo para a vinda do Filho
de Deus feito homem.
Muito importante é também a festa da Anunciação,
quando o Verbo se fêz homem, fato a que a Liturgia
empresta muita solenidade, impondo genuflexão quando
o menciona ( Credo e último Evangelho na Missa) e que
também comemoramos no Angelus, devoção a inculcar.
5. A Encarnação une a natureza humana à Pessoa
divina do Filho, de modo que em Cristo hã duas natu­
rezas (humana e divina) e uma só pessoa (divina) . (Ver
A Doutrina Viva, no capitulo "O Mistério da Encar­
nação". )
6. Não perdemos a oportunidade de frisar a neces­
sidade de cuidar da salvação (que Cristo nos trouxe) e
de ajudar aquêles a quem não chegou a graça Eantifi·
cante (pagãos) ou a perderam (pecadores) .
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Anunciação e vinda do Salvador (Lc. 1.26-38;
e 2.1-7 ) .
2·. D: Jesus é o Filho d e Deus feito homem.
3. F:
a) D: Aproveitar a salvação que Cristo
trouxe ( Exerc. IV) .
b) C: O Ã ngelus (Exerc. I ) .

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42 Mons. Negromonte - tJ.uia do Catequista

e) A: Cuidar da salvação dos outt·os


(Exerc. V ) .
d) L: homem": no C1·edo
" 0 Verbo s e fêz
da Missa (Exerc. I I ) .

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Como foi a promessa do Salvador que Deus fêz a
Adão? Nossa Senhora foi também prometida? Que
quer dizer Imaculada Conceição? Quando é a festa da
Imaculada Conceição? É dia santo? Qual é o outro clia
santo de Nossa Senhora? Quem disse a Nossa Senhora
que ela era cheia de graça? Quem disse a Nosra Se­
nhora que ela era Mãe de Deus? Qual é a maior gran­
deza de Nossa Senhora? Que é a Assunção de Nossa
Senhora? Como vive o verdadeiro devoto de Nossa Se­
nhora? Quem não acredita em Nossa Senhora? Por
que devemos ter muita confiança em Nossa Senhora?
(Ela é Mãe de Jesus e nossa Mãe.) ( Verifique os exer­
cícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
Quando Adão e Eva pecaram, Deus prometeu o
Salvador, mas :Qle não veio logo, não. Demorou muito
a vir. Passaram-se muitos tempos : séculos e séculos.
Para o povo não desanimar, de vez em quando Deus
renovava as promessas.
Prometeu de novo a Abraão que um descendente
dêle seria o Salvador. Tempos depois, prometeu a
mesma coisa a Davi.
Além disto, Deus ensinava aos profetas tudo o
que ia acontecer com o Salvador : e os profetas anun­
ciavam ao povo. Isto aumentava muito a esperança
de todos. E o povo rezava, pedindo a Deus que man­
dasse logo o Salvador.
Veio o Salvador Afinal, depois de muito tempo,
-

Deus decidiu mandar o Salvador. Foi então que o


anjo Gabriel veio dizer a Nossa Senhora que ela ia
sei· Mãe do Salvador prometido por Deus e esperado
pelos homens. O anjo foi à casa de Nossa Senhora,

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em Nazaré, disse que ela era cheia de graça e lhe
comunicou que Deus queria que ela fôsse a Mãe do
Salvador. Então, Nossa Senhora disse : "Eu sou a
serva do Senhor ; faça-se em mim segundo a tua pala­
vra." Isto é : " Eu estou pronta para fazer a von­
tade de Deus ; faça-se portanto o que tu disseste. E u
serei a Mãe do Salvador."
Naquele momento, a 2.8 Pessoa da Santíssima
Trindade se fêz homem. E Nossa Senhora ficou espe­
rando o nascimento de seu Filho. 1llle nasceu . . . Isto
vocês já sabem. Em que dia nasceu Y Em que lugar 7
A que hora Y Os anjos cantaram em seu nascimento :
que disseram os anjos Y ( Glori.a in excelsis Deo.)
Não se lembram Y Ali de perto vieram os pastôres
adorá-Lo. E quem veio de longe ?
Tudo isto por quê 7 Porque o Filho de Deus se
fêz homem e veio nos salvar. Vamos escrever em
nossos cadernos : " O Filho de Deus se fêz homem e
nasceu de Maria Virgem, por obra do Espírito Santo."
(Pode ditar ou escrever no quadro-negro. A mesma
técnica de sempre.)
No Credo nós rezamos umas palavras muito seme­
lhantes a estas. Quem se lembra Y (Deixe pensa­
rem. Interrogue alguns. Mande dizer o Credo até as
palavras : "o qual foi concebido do Espírito Santo,
nasceu de Maria Virgem". Mostre. F'aça pensarem. )
Prestem atenção também n a Missa de domingo : quando
o padre reza o Credo (depois da pregação ) , ao dizer
que o Filho de Deus se fêz homem, faz uma genufle­
xão, assim (faz genuflexão ) , para adorar o nosso Sal­
vador. Vejam no livro a figura da lição : o celebrante
está fazendo a genuflexão no Credo. Então, nós a
fazemos também, juntamente com o celebrante, para
adorar a Jesus Cristo. (Mande fazerem a genuflexão :
joelho direito, corpo reto, joelho tocando a terra; não
é preciso se benzerem. Mande uns três ou quatro, para
fixar bem. )

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44 Mons. Negromonte - &uia do Catequis tã

O que devemos fazer - Então, vejam, veio o


Salvador : o Verbo (isto é, o Filho, a segunda Pessoa
da Santíssima Trindade) , o Verbo se fêz homem e
habitou entre nós. Quando rezamos o Ângelus, lem­
bramos isto. Dizemos precisamente estas palavras :
" O Verbo se fêz homem e habitou entre nós." (Mande
repetir : três ou quatro alunos. ) Quem é o Verbo, H T
( É o Filho 9-e Deus, segunda Pessoa da Santíssima
Trindade. )
E habitou entre nós : viveu neste mundo, feito
homem com_o nós, com corpo, sangue,. alma, e mais a
Divindade, porque 1!:lle é Deus também. Sim, porque o
Filho de Deus se fêz homem mas não deixou de ser
Deus : continuou sendo Deus. Assim, Jesus Cristo é
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Vamos escrever
nos cadernos : " Jesus Cristo é verdadeiro Deus e
verdadeiro homem."
(Mesma técnica de sempre. )
::Ê.lle veio e nos trouxe a salvação. Mas a nossa
salvação depende de cada um de nós. Jesus veio e
fêz tudo o que é necessário para eu me salvar ; mas
eu só me salvo se quiser e se fizer o que é necessário
para me salvar. Vocês sabem o que devemos fazer
para salvar-nos Y É necessário cumprir os Mandamen­
tos f Sem o estado de graça, podemos salvar-nos f
Outra coisa importante é trabalharmos não só pela
nossa salvação, mas também pela salvação dos outros.
Jesus veio .salvar-nos, mas há muita gente que nunca
ouviu falar em Jesus : quem são êsses ? (Os pagãos.)
E outros que não aproveitam os meios de salvação que
Jesus nos deu : vivem em pecado mortal. Como se
chamam êstes ? (Pecadores.) Precisamos trabalhar
pela salvação dêles. Que pode fazer pelos pagãos e
pecadores, G Y Rezar só ? Podemos ainda oferecer
sacrifícios a Deus, fazendo mortificações, sofrendo com
paciência, sendo mais virtuosos.

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k'ara o Meu Catecismo - 3.0 ano 45

RESUM O
1 . Deus prometeu o Salvador, mas Êle demorou
muito a vir ;
2 . para manter a esperança do povo, Deus reno­
vou várias vêzes a promessa, e mandou os profetas
anunciarem o que devia acontecer ;
3 . quando Deus resolveu mandar o Salvador, o
anjo veio anunciar a Maria que ela seria. a Mãe do
Salvador ;
4. então, o Filho de Deus se fêz homem e habitou
entre nós ;
5. e ficou sendo, ao mesmo tempo, verdadeiro
Deus e verdadeiro homem ;
6
. agora é preciso cuidarmos da nossa salvação,
vivendo em estado de graça e cumprindo os Manda­
mentos, para podermos salvar-nos ;
7 . e devemos ajudar os Putros, para que se
salvem também.
EXERClCIOS PARA CASA
1. Colorir a figura (o paramento é verde) .
2 . Responder no caderno as perguntas do exer­
cício III.
3 . Completar os erercícios IV e V.

A VIDA OCULTA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Os fatos aqui aproveitados constam do Evan·
gelho:
a) fuga para o Egito e volta para Nazaré ( Mt.
2.13-19) , suprimindo-se a matança de inocentes;
b) perda no templo (Lc. 2.41-50) ;
e) obediência de Jesus (Lc. 2.51 ) ;
d ) carpinteiro: Jesus ora é chamado "filho do
carpinteiro" (Me. 13-55), ora "o carpinteiro, filho de Ma­
ria" ( Me. 6.13 ) .

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. ··e- �
lG Mona. Negromonte - Guia & Catequista

2. O teor de vida da Sagrada Familia deduzimos


fàcilmente: São José era pobre, mas não indigente.
3. Também a morte de São José e que Jesus ficou
trabalhando para manter Nossa Senhora é apenas afir­
mação piedosa, que não consta da Bíblia.
4. A lição a tirar é que Jesus é nosso mullêlo: -
imitá-lo. Da freqüência à sinagoga aproveitamos para
a Missa de domingo, com a extensão indispensável do
apostolado com os que a perdem.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Fatos da infância de Jesus.
2·. D: Jesus, modêlo das crianças.
3. F:
a) D: Na Missa de domingo, com Jesus,
prestar culto a Deus ( Exerc. I I ) .
b) C: Procurar imitar a Jesus (Exerc.
III).
e) A: Cuidar das crianças que não vão à
Missa (Exerc. VI ) . ·
d) L: Rezar pelos pais, na Missa de do­
mingo (Exerc. IV).

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


O Salvador veio logo que Deus o prometeu, ou de­
morou? Deus renovou a sua promessa? A quem?
(Abraão, Davi. ) Que fizeram os profetas? Que fêz Deus,
quando quis mandar o Salvador? (A Anunciação. )
Como foi que Nossa Senhora respondeu a o anjo? Das
Pessoas da Santfssima Trindade qual foi a que se fêz
homem? Jesus Cristo é homem só, ou é Deus também?
(É Deus e homem.) Cristo veio nos salvar: e nós nos
salvamos sem fazer nada de nossa parte? Que é neces­
sario para nos salvarmos? Como podemos ajudar os
outros a se salvarem? Em que oração dizemos que
Jesus foi concebido e é filho da Virgem Maria?

EXPLANAÇÃO
Quero hoje contar a vocês como vivia o Menino
Jesus. Vocês sabem que quando �le nasceu, o rei
Herodes quis matá-Lo, com mêdo que �le lhe tomas8'e
o reino, quando crescesse. Então, um anjo avisou a

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Pa� o Meu ·catecismo - 3�'0·"ano IV

São José, que fugiu para o Egito, levando Nossa


Senhora e o Menino. Mas, depois que Herodes morreu,
êles voltaram. do Egito e .foram viver em Nazaré.
A Sagrada Família - Em Nazaré, a Sagrada Fa­
mília ( Jesus, Maria e José) vivia como pobre. São
José era carpinteiro, tinha uma pequena. oficina, e
trabalhava na sua oficina. Nossa Senhora fazia o
serviço da casa, como fazem as mulheres pobres : fiava,
cosia, ia à. fonte buscar água, cuidava da casa, prepa­
rava os alimentos. O Menino Jesus vivia como os outros
meninos : brincava, ajudava em casa, fazia suas oraçõea
da manhã e da noite, ia à sinagoga (que era a igreja
daquele tempo) para rezar e aprend�r a doutrina,
obedecia a Nossa Senhora e a São José, embora soubesse
que São José era seu pai s6 de criação - porque o
Pai de Jesus é Deus. Mas, se o Pai de Jesus é Deus,
como é que chama-se a São José pai de Jesus 7 Chama-se
a São José pai de Jesus por dois motivos : 1.0) São
José era o espôso de Maria, mãe de Jesus ; 2.0) êle
era o pai de criação de Jesus. Prestem bem atenção
(pausa) ; vou repetir os dois motivos pelos quais cha-·
ma.mos a São José pai de Jesus, e depois vocês vão me
dizer quais são : 1. 0) (repita) ; 2. 0) (repita) . Agora
vamos ver quem sabe. (Pergunte a vários.)
Assim viveu longos anos a Sagrada Família em
Nazaré. Vejam a figura da lição. (Pergunte quem
são os personagens e que fazem. Como vivia São José,
Nossa Senhora, Jesus. Tire partido de Jesus ajudar no
trabalho.)
Jesus, nosso modêlo - Estão vendo o Menino
Jesus 7 Que está 1llle fazendo Y Que nos ensina Jesus
com isto Y (Ajudar nossos pais.) Quem ajuda os pais ?
(O que podem fazer os meninos, ou as meninas, em
casa. ) Que mais fazia o Menino Jesus T (Rezava todos
os dias, ia à sinagoga (escreva no quadro-negro a pala­
vra, ou mande escrever) , obedecia aos pais.) Quanto

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exemplo para nós ! E vocês 7 Rezam todos os dias t
(Insistir nas orações da manhã e da noite. ) Vão à
igreja prestar culto a Deus Y Em que dia Y Muito bem :
é na Missa de domingo que prestamos nosso melhor
culto a Deus. Jesus ia à sinagoga, que era a igreja
daquele tempo ; nós vamos à nossa igreja, para prestar
culto a Deus. 1
'.Él : nós vamos prestar culto a D eus, nós imitamos
o Menino Jesns ; mas será que tôdas as crianças imitam
a Jesus Y Será que tôdas vão à Missa de domingo,
prestar culto a Deus Y Hein, M Y Muitas, ou poucas,
que perdem Missa de domingo t (Mostrar que são
muitas.) Estão certas ou erradas, L Y Por que, P f E
nós vamos deixá-las ficar erradas, L 7 Então que vamos
fazer por essas crianças ?
Olhem : na própria Missa há uma oração em que
rezamos pelas pessoas vivas por quem queremos rezar.
Chama-se " Memento" ( mande escrever no quadro­
negro) : quer dizer : lembra-te. '.Él logo depois do
" Sanctus " : o padre junta as mãos e reza pelos vivos ;
nós rezamos também. Pois, naquele instante, vocês re­
zem também pelas crianças que perdem Missa de do­
mingo, para que elas não percam mais. Quem vai se
lembrar disto na Missa de domingo 7
Jesus fica no templo - Mas vamos ver o que
aconteceu, quando Jesus tinha 12 anos.
Tôda a Sagrada Família foi à festa da Páscoa, no
templo de Jerusalém. Quando terminou a festa, São
José e Nossa Senhora foram voltando para casa. Mas
Jesus ficou no templo, sem êles saberem. (Explicar
que caminhavam separados os grupos de homens e de -
mulheres; mas as crianças podiam ir com um grupo ou
com outro. São José pensava que ele ia com Maria;
Maria. pensava. que ele ia com José. A tardinha, quando
os grupos se reuniram é que deram pela falta do Meni­
no.) Quando deram pela falta, voltaram, muito aflitos
procurando o Menino, e só O encontraram depois de

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 49

3 dias : �le estava no templo, no meio dos doutôres que


ensinavam a Bíblia, ouvindo o que êles diziam e fazen­
do-lhes perguntas. Nossa Senhora disse : "Meu Filho,
por que fizeste isto Y Teu pai e eu, aflitos, te procu­
rávamos." Mas 11:lle respondeu : " É preciso que Eu
me ocupe das coisas de meu Pai." E foram para casa,
em Nazaré.
Ali Jesus viveu muitos anos, trabalhando na oficina
de carpinteiro. E na cidade Êle era conhecido do povo
daquele tempo como " o carpinteiro". Quando São
José morreu, 11:lle continuou trabalhando para sustentar
Nossa Senhora. Até que um dia Êle deixou a oficina
e foi começar a sua pregação e realizar a nossa salvação.
RESUMO

Muito bela, a lição de hoje. Aprendemos muita


coisa :
1 . Quando Herodes quis matar a Jesus, Êle fugiu
para o Egito ;
2 . daí voltou, quando Herodes morreu ;
3 . então a Sagrada Família foi morar em Nazaré,
onde São José trabalhava na oficina de carpinteiro,
Maria fazia o trabalho da casa, e Jesus ajudava seus
pais, brincava, rezava, ia à sinagoga ;
4. Jesus é nosso modêlo : em tudo devemos imi­
tá-Lo : obedecendo a nos-sos pais, rezando todos os dias,
indo à Missa de domingo ;
5 . devemos cuidar também dos que não vão à
Missa, rezando por êles, o que podemos fazer na pr6pria
Missa, no "Memento" ;
6 . aos 12 anos, a Sagrada Família foi à festa da
Páscoa, e Jesus ficou no templo, onde disse a Nossa
Senhora que devia ocupar-se das coisas de seu Pai.
EXERCiCIOS PARA CASA
1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios d a lição.

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SANTÍSSIMA TRINDADE
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. É a Santíssima Trindade o mais importante e
o mais profundo mistério da Religião, porque se refere
à vida íntima do próprio Deus, princípio e fim de tôdas
as coisas. Deus infinito não pode ser compreendido pelo
homem limitado : - ai está o mistério.
2. Conhecemos a Santíssima Trindade porque Ela Re
revelou. No Evangelho, as Três Pessoas Divinas foram
mencionadas por Cristo, que mandou batizar "em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt. 28.19) , e
apareceram juntas no Batismo de Jesus (Mt. 3. 13-17) .
Sem a Revelação nunca poderíamos chegar a êsse co­
nhecimento. Cremos, porque foi revelado pelo próprio
Deus.
3. A doutrina sôbre a Santíssima Trindade é esta:
a) Há um só Deus em três Pessoas;
b) estas Pessoas são em tudo iguais, mas dis­
tintas (iguais, porque é a mesma a natureza das três
Pessoas, que têm, por isso, as mesmas perfeições; dis­
tintas, porque uma Pessoa não é a outra) ;
c ) tôdas as obras externas de Deus são comuns
às três Pessoas - e só por apropriação ou atribuição
se diz que o Pai criou, o Filho remiu, e o Espírito Santo
santifica. Mas, na verdade, as três Pessoas criaram,
remiram e santificaram.
4. Todos os atos da Igreja são realizados em nome
da Santíssima Trindade: "em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo". Assim, por exemplo, nos sacra­
mentos, nas bênçãos, etc.
Na Missa as orações são dirigidas ao Pai, pelo Filho,
na unidade do Espírito Santo; algumas fórmulas falam
expressamente nas três Pessoas : "Creio em Deus, Pai . . .
e em Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus . . . e no Es
pfrito Santo". Também o Gloria in excelsis De·o e o Glo­
ria Patri.
5. Todo o culto litúrgico é dirigido à Santíssima
Trindade. Há uma festa da Santíssima Trindade (pri­
meiro domingo depois do Pentecostes) , e o domingo,
dia do culto por excelência, é consagrado à Santíssima
Trindade. A Missa, supremo ato do culto, é oferecida
à Santíssima Trindade.
6. Às crianças ensinamos a Santíssima Trindade,
tendo em vista fazer que elas saibam que existem as
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Para o Meit Catecismo - 3.0 a.no 51

'1'1·ês Divinas Pessoas, e que amem e sirvam a Deus, uno


u �rino.
Somos templos da Santíssima Trindade (do Espi-
1·lto Santo, por atribuição) , vivemos para Ela, tudo fa­
remos para agradar-lhe.
- Ver o capítulo "Santissima Trindade", em A
Doutrina Viva.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: O Batismo de Jesus (Mt. 3.13-17) .
2·. D: A Santíssima Trindade.
3. F:
a) D· Servir à Santíssima Trindade (Lei-
tura) .
b) C: Devoção à Santissima Tl'indade
(Exerc. IV).
e) A: Os que não vivem com a Santís-
sima Trindade (Exerc. I I ) .
d) L: As referências da Missa à Santfs·
sima Trindade (Exerc. III ) .

REVISÃO D A AULA ANTERIOR


Que rei quis matar Jesus, quando :G:le nasceu? Para
onde fugiu São José com o Menino Jesus? Quando
voltou do Egito? Onde foram morar? Que fazia São
José em Nazaré? E Maria? E Jesus? Que · devemos
fazer para imitar J.esus? Que devemos fazer pelos que
não imitam Jesus? Aonde foi Jesus, aos doze anos?
Que aconteceu então? Que disse a Nossa Senhora? (Veri­
fique os exercícios para casa.)
EXPLANAÇÃO
Jesus viveu muitos anos em Nazaré, trabalhando,
rezando pelos homens, e sobretudo preparando-se para
realizar a salvação da humanidade.
Enquanto isto, São João Batista estava preparando
o povo para receber o Salvador, ouvir a pregação que
:flle vinha fazer, e cumprir as ordens que �le vinha nar.
São João Batista mandava o povo fazer penitência, e
dava um batismo que não era o nosso Batismo, o verda­
deiro Batismo, mas era um sinal de que o povo queria
purificar-se para receber o Salvador.

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52 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Jesus é batizado - Quando Jesus saiu de Nazaré


:foi logo ao Rio Jordão, onde João Batista estava bati­
zando, e foi batizado por êle. Jesus não precisava de
fazer penitência, porque é Deus ; mas quis dar o exem­
plo. Então, João O batizou. E no momento em que
Jesus foi batizado, o céu se abriu, o Espírito Santo
desceu, em forma visível de pomba sôbre Jesus, e
ouviu-se a voz do Pai que disse : " Este é o meu Filho
muito amado." Vejam a figura. Qual é Jesus Y Quem
é que O está batizando ? Que pomba é esta 7 Por que
não se vê o Pai 7 (Não apareceu ; ouviu-se a voz
apenas. ) Que disse o Pai Y

As Três Pessoas � Vocês já sabem que há um


só Deus, mas que em Deus há três Pessoas. Quais são
estas três Pessoas, P Y Muito bem : Pai, Filho, Espírito
Santo. Pois bem ; aqui no Batismo de Jesus aparecem
as três Pessoas. Qual é o Filho, L T Sim, é Jesus, que
está sendo batizado. Qual é o Espírito Santo, T Y Isto
mesmo : é O que aparece em forma de pomba. E como
aparece o Pai Y O Pai não aparece de modo que O
vejamos ; mas fala, e nós ouvimos a sua voz. E ficamos
sabendo que :l!Jle é o Pai, porque :l!Jle diz : "11.:ste é o
meu Filho." Se Jesus é seu Filho, é porque l!.lle é
o Pai. Aí estão as Três Pessoas que há em Deus : o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. Escrevam em seus
cadernos o que vou ditar : " Há um só Deus, em Três
Pessoas : Pai, Filho e Espírito Santo." (Verifique.)
A Santíssima Trindade - Assim ficamos sabendo
que em Deus há Três Pessoas, mas há um' s6 Deus. São
Três Pessoas inteiramente iguais em tudo, porque têm
as mesmas perfeições. São Três Pessoas, das quais um.a
é o Pai, e outra é o Filho, mas não há uma mais velha
do que a outra, porque nenhuma delas teve comêço nem
há de ter fim, quer dizer, tôdas Três são eternas. Uma
não existiu antes da outra : é diferente do que se dá
entre os homens, onde o pai é mais velho do que o filho.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 53

Portanto, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito


Santo é Deus. O Pai é eterno, o · Filho é eterno. r. o
Espírito Santo é eterno. O Pai é onipotente, o Filho
6 onipotente, e o Espírito Santo é onipotente. Enten­
deram bem isto Y Vamos ver. (Faça a pergunta;
depois chame um aluno para responder; varie de
aluno. ) Há diferença entre o Pai, o Filho e o Espírito
Santo Y Quem é mais velho : o Pai ou o Filho Y Uma
das Três Pessoas pode ter uma perfeição que a outra
não tem Y Quem tem maior poder : o Pai ou o Espírito
Santo T Quem sabe mais as coisas : Jesus ou o Pai Y
Muito bem : entenderam muito bem. Nós acredi­
tamos tudo isto porque Jesus mesmo ensinou. Acredi­
tamos que existem as Três Pessoas da Santíssima
Trindade, porque Elas apareceram juntas. Não enten­
demos porque é um mistério, e os mistérios nós não
podemos entender, porque nossa inteligência é pequena
e Deus é imenso e não cabe em nossa inteligência.
Vamos escrever isto, que é para guardarmos bem sabido :
"As Pessoas da Santíssima Trindade são iguais, porque
têm as mesmas perfeições infinitas. " ( Verificar; me-
•' '
morizar. )

Um só Deus -As Pessoas são Três, mas é um


Deus só. E sendo um Deus só, tudo é feito pela San­
tíssima Trindade. Foi a Santíssima Trindade que nos
criou ; é Ela que nos conserva e nos sustenta. Quando
fomos batizados, a Santíssima Trindade veio habitar
em nós. (Dizemos que foi o Espírito Santo, porque é
a mesma coisa : o Espírito Santo vindo, vem tôda a
Santíssima Trindade.) Portanto, é a Santíssima Trin­
dade que habita em nós, que nos torna santos. Quando
nos conservamos em estado de graça, temos a Santíssima
Trindade em nós. Existimos para servir a Santíssima
Trindade e tudo o que fazemos devemos fazer por
fl,onra e glória da Santíssima Trin4.«4e.

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54 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Vejam bem : são Três Pessoas, mas quantos deuses


são 7 Podemos dizer que foi a Santíssima Trindade
que criou o mundo Y Foi a Santíssima Trindade que
veio morar em nós, no dia de nosso Batismo Y Foi a
Santíssima Trindade que nos criou 7 Quem .está em
estado de graça tem em si a Santíssima Trindade 7
Posso dizer que, quando uma criança comete um pecado
mortal, expulsa a Santíssima Trindade de si Y E as
pessoas que não são batizadas têm a Santíssima Trin­
dade 7 São templos da Santíssima Trindade 7 Podem
salvar-se 7 E que faremos para que a Santíssima Trin­
dade venha habitar nêles 7
Na. :Miàsa - Na Santa Missa há várias orações
que falam na Santíssima Trindade ou que A lembram.
Quando nos benzemos, falamos na Santíssima Trindade,
L ? Benza-se em voz alta, para ouvirmos o nome das
Três Pessoas Divinas. Também no Credo .falamos nas
Três Pessoas : " Creio em Deus Pai, . . . e �m Jesus
Cristo, seu único Filho, . . . e no Espírito Santo."
Quando se benzerem, pensem nisto, para se benzerem
bem direitinho. Quando rezarem o Credo, prestem
atenção, para verem que falam nas Três Pessoas Divi­
nas. Quando rezarem o " Glória ao Pai", também.
Na Missa há também o Kyrie eleison, há o Sancfos,
que lembram a Santíssima Trindade.
RESUMO
1 . Quando saiu de Nazaré, Jesus foi ao Rio Jor­
dão, onde foi ·batizado por São João Batista ;
2 . no momento do Batismo, o Espírito Santo
desceu em forma de pomba sôbre �le e ouviu-se a voz
do Pai que disse : "�ste é o meu Filho muito amado" ;
3 . assim apareceram as Três Pessoas da Santíssi­
ma Trindade : o Pai que falou, o Filho que era batizado,
e o Espírito Santo que desceu em forma de pomba ;
4. assim ficamos sabendo que há um só Deus em
Três Pessoas, que são iguais e distintas ;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 55

5 . tudo o que é feito por uma das Três Pessoas


é feito por tôda a Santíssima Trindade : foi Ela que
nos criou, habita em nós pelo Batismo ; é a Ela que
nós servimos ;
6 . todo o culto da Igreja se dirige à Santíssima
Trindade, e na Missa encontramos várias orai;ões que
falam na Santíssima Trindade ou A lembram.

EXERCfCIOS PARA CASA


1 . Colorir a figura.
2 . Completar os exercícios I, II e III.
3 . Fazer o exercfoio IV.
4 . Fazer o desenho pedido na lição :

VIDA PÚBLICA
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Podemos dar apenas uma apresentação muito
geral da vida pública de Jesus: ltle pregava, operava
1 11ilagres, perdoava pecados, era bom para com e pró­
ximo, tudo em traços rápidos, afirmações catequéticas.
2. Aproveitamos para apresentar o episódio da ten­
tação que nos servirá para mostrar o atrevimento do
demônio e os meios de vencê-lo (oração e penitência -
jejum, abstinência ) .
3 . Não fazemos doutrinação direta sôbre o demônio,
mas procuramos deter-lhe a ação, através de afirmações
catequéticas {muito vivas, sem necessidade de provas) .
4. A noção da Quaresma se enquadra naturalmente,
como a obrigação do jejum e da abst.inência, e o aposto­
lado pelos pecadores.
5. O episódio da tentação de Jesus está em Mt.
<J .1- 1 1

ESQUEMA D A LIÇÃO

1. H: A tentação de Jesus (Mt. 4.1-11) .


2·. D : O d emônio nos tenta.
3. F:

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56 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

a) D: Dever de repelir o demônio


b) C: Rezar nas tentações (Exerc. II)
c) A: Ajudar os pecadores a livrar-se do
demônio (Exerc. IV) .
d) L: Quaresma (Exerc. I ) .

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Quando saiu de Nazaré, para onde foi Jesus? Quem
batizou a Jesus? Que estava fazendo São João Batista?
Como sabemos que apareceram as Três Pessoas da San­
tíssima Trindade no Batismo de Cristo? As Três Pes­
soas são três deuses? Qual das Três Pessoas é mais
velha? Qual é mais poderosa? Qual sabe mais? Então
são tôdas iguais? Por que são iguais as Três Pessoas
da Santíssima Trindade? Podemos entender êste mis­
tério? E como acreditamos nêle? (Porque Jesus nos
ensinou.) Podemos dizer que a Santíssima Trindade
nos criou? E que veio a nós no Batismo? Então,
somos templos da Santíssima Trindade? Diga uma ora­
ção da Missa em que falamos da Santíssima Trindade.
Diga outra, B. ( Verifique os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
Já vimos que Jesus morava em Nazaré, trabalhando
na sua oficina, para viver e sustentar Nossa Senhora,
até que saiu para começar as suas pregações, fazer
seus milagres, fundar sua Igreja, perdoar pecados para
realizar nossa salvação.
Aos trinta anos, Êle iniciou a sua vida pública :
saiu, reuniu discípulos e começou a pregar o Evangelho.
Foi logo ao Rio Jordão e foi batizado.
Jesus é tentado pelo demônio - Depois de ba­
tizado, Jesus se retirou ao deserto, onde ficou j ejuando
e orando, durante quarenta dias. Um dia, quando Êla
estava com muita fome (por causa do jejum muito
prolongado ) , o demônio se aproximou e Lhe disse :
" Se és o Filho -de Deus, manda que estas pedras virem
pães. " Jesus podia fazer as pedras virar pães, h ein, B T

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 57

Muito bem : podia, sim, porque Jesus é Deus, e Deus


pode tudo - é onipotente. Mas não quis fazer, para
não dar confiança ao demônio. Então respondeu estas
palavras bonitas : "Não só de pão vive o homem, mas
de tôda palavra que sai da bôca de Deus." Ouviram
bem : "Não só de pão vive o homem." Que palavra
bonita ! Vamos escrevê-la em nossos cadernos. ( Dite­
as; verifique; mande ler e dizer de cor .. )
Mas o demônio tentou mais a Jesus, para que :mie
fôsse orgulhoso e se mostrasse, atirando-se do alto do
templo. Se lj]le caísse de tão alto, e nem se ferisse,
provava que era Deus. Mas Jesus de novo repeliu o
demônio, dizendo : " Não tentarás o Senhor teu Deus."
Finalmente, o demônio mostrou a Jesus muitas
riquezas e grandezas do mundo e Lh e disse : " Tudo
isto eu Te darei, se prostrado, me adorares." Era
atrevimento demais, porque o próprio demônio sabe
que só se poda adorar a Deus. Então Jesus lhe disse :
'' Afasta-te de Mim, Satanás, porque está escrito : ' Ao
Senhor teu Deus adorarás e a Êle &Ó servirás'." Então.
o demônio se retirou ; e os anjos vieram e serviram a
Jesus.
Vocês entenderam bem ? De três modos o demônio
tentou a Jesus. No primeiro, queria que Jesus mudasse
as pedras em pães. Que disse Jesus Y (Não só de pão
vive o homem. ) Assim Jesus repele o demônio e nos
ensina que vencemos o demônio é pela oração e pelas
mortificações. Quando o demônio vem com as tentações
de gula, que devemos fazer 1 (Explicar um pouco mais,
fazendo aplicações à vida da criança.)
No segundo modo, o demônio queria que Jesus se
mostrasse, atirando-se do alto do templo. Era uma
tentação de orgulho. Que respondeu Jesus T Quem
se lembra ? Você, F Y (Não tentarás o teu Deus.)
E no terceiro, o demônio queria que Jesus procu­
rasse a riqueza e a glória do mundo, mesmo pecando.
Qual era o pecado que êle queria que Jesus cometesse ?

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58 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

( Ailornr o dPmônio. ) E que respondeu Jesus ? (Retira­


te de mim, Satanás.)
Com isto Jesué nos ensina a repelir também o
demônio, quando êle nos tentar. E como J esus ó o
Senhor de tôdas as criaturas, como li:Ie venceu o demô­
nio, na hora da tentação recorramos a Jesus, pedindo
fôrças para resistir ao demônio e vencê-lo também.
E tenhamos pena dos pobres pecadores, que foram
vencidos pelo demônio, que vivem escravizados por êle :
rezemos pelos pecadores, para que êles se livrem da
escravidão do demônio, venham confessar-se e viver
sempre em estado de graça, que é para terem fôrc;as
para vencer também o demônio.

A Quaresma. � Quantos dias Jesus j ejuou e rezou


no deserto 7 A Igreja tem um tempo de quarenta dias,
em que os fiéis rezam mais, jejuam e se privam de
comer carne nas sextas-feiras. Alguém aqui sabe qu e
tempo é êsse 7 '.Él a Quaresma. São quarenta dias de
penitência, em que nos preparamos para a grande festa
da Páscoa. As pessoas grandes ( de 21 até 60 anos) têm
obrigação de jejuar e fazer abstinência de carne.
(Escrever no quadro-negro : abstinência, e expUcar.)
E as crianças que já fizeram 7 anos têm obrigação s6
de fazer abstinência, tôdas as sextas-feiras da Quaresma.
Que quer dizer isto, R 7 Muito bem : quer dizer que
não podemos comer carne nas sextas-feiras da Quares­
ma.
Na Quaresma só temos de fazer abstinência ?. Não.
Temos também de rezar mais, de fazer mais penitência.
Vocês podem ver que na Quaresma os paramentos são
roxos. Sabem por quê Y É porque o roxo é a côr de
penitência. Assim , a I�eja nos di z que devemos fazrr
mais penitência naqueles quarenta dias. Para que
serve então a QuaresmaT (Para nos preparar para a
Páscoa.)

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.rara .ot"11111U c::aieczsmo - s.u ano 59

Que mais fêz Jesus - Depois de ter vencido o


demônio, Jesus começou a pregar o Evangelho, andando
pelas cidades e aldeias. Fêz muitos milagres. Vocês
já conhecem alguns.
Quem se lembra de algum t (Relembrar um pouco.)
E também tinha muita pena dos pecadores e lheio per­
doou os pecados. Perdoou a Zaqueu, ao paralítico, a
Madalena. Abençoava as crianças. Curq.va os enfer­
mos. Assim passou três anos. Até que morreu para
nos salvar.
RESUMO
Aprendemos hoje muita coisa importante para
nossa vida :
1 . aos 30 anos, Jesus começou sua vida pública ;
2 . depois de batizado no Jordão, foi tentado pelo
demônio ;
3 . o demônio O tentou de três modos : a) queria
que 1lle mudasse as pedras em pães ; b ) queria que
11:Ie se mostrasse, atirando-se do alto do templo ; e)
queri a que �le o adorasse, para ganhar riquezas e
glórias ;
4 . mas Jesus o repeliu ;
5 . devemos também repelir o demônio, quando êle
nos tentar ;
6 . rezar para que Jesus nos ajude a vencer o
dem ônio ;
7 . e rezar também pelos outros, que estão em
pcrig-o de cair na tentação ou já caíram ;
8 . a Quaresma é um tempo de penitência em que
temos obrig�ão de fazer jejum e abstinência de carne,
e rezar mais, para nos prepararmos melhor p ara a
Páscoa.
EXERC1CIOS PARA CASA
1. Fazer os exercícios III e IV.
2. Copiar no c a d erno a re sp ost a à pe rgu nt a :
" Q u e fêz J esus em sua vida pública ?"

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60 Mons. Negromonte - Guia do Catequü:ta

OS MANDAMENTOS
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Os Mandamentos foram dados por Deus a Moisés,
no monte Sinai, e estavam escritos em duas tábuas de
pedra. (Ver o episódio no livro do :mxodo, capítulo 20.)
E foram mantidoll e reafirmados por Cristo. Ver Mt.
19.16-19.)
2·. :mies obrigam a todos os homens, em todos os
tempos e lugares, sendo a base de tôdas as leis (que são
justas ou injustas, conforme estejam, ou não, de acôrdo
com êles) e o padrão de tôda a moral (de modo que é
moral ou imoral o que está, ou não, de acôrdo com êles ) .
3 . :mies são o caminho da felicidade eterna e tem­
poral:
- eterna, porque levam ao céu quem os cumpre;
- temporal, porque os homens viveriam tranqüilos,
se os cumprissem, acabando-se então as injustiças e os
crimes.
4. Aos que amam a Deus e procuram aproveitar
as graças divinas, os Mandamentos :r;ião são apenas pos­
síveis ( Deus não nos imporia obrigações impossíveis) ,
mas se tornam relativamente fáceis - como é fácil tudo
o que se faz por amor.
5. É preciso ver nos Mandamentos o cuidado pa­
ternal de Deus, que ensina a seus filhos o caminho que
devem seguir para chegar ao céu.
6. Da nossa parte, lembremo-nos da necessidade de
cumprir os Mandamentos, sem os quais não há salvação
("Não é aquêle que diz: 'Senhor, senhor', que entrará
no reino dos céus; mas sim quem faz a vontade do meu
Pai", Mt 7.21) - e que o pecado consiste precisamente em
desobedecer à Lei de Deus; e exerçamos um apostolado
para que sejam de todos respeitados os Mandamentos, ·
pois só assim a sociedade será tranqüila, e os homens,
felizes.
- Ver em O Caminho da Vida o capítulo "A Lei".
7. A finalidade desta lição é fazer as crianças pra­
ticarem os Mandamentos, por serem ordens divinas,
baseadas no amor que Deus nos tem, necessárias para
nossa vida cristã. Só nos preocupam, no momento, os
Mandamentos que interessam agora às crianças: sôbre
os outros passamos sumàriamente. E mesmo aos que
interessam agora daremos uma apresentação infantil -
a única que convém a crianças.

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.c u•1u u il'.leu (.;ai;eczsmo - 3.0 ano 61

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Jesus manda o môço observar os Manda·
mentos (Mt. 19.16-19) .
2.. D: Mandamentos são ordens de Deus.
3. F:
a) D: Cumprir os Mandamentos (Leitura)
b) C : Freqüentar os Sacramentos (Exerc.
IV)
c) A: Cuidar dos que não cumprem os
Mandamentos (Exerc. III)
d) L: Advertência do Batismo (Se queres)
(Leitura ) .

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Com quantos anos começou Jesus a vida pública?
Depois do batismo, para onde foi l!;le? Quantos dias
jejuou? De que modo o demônio O tentou? (Pedir os
três modos: 1) as pedras virarem pães; 2) precipitar-se
do alto do Templo; 3 ) adorá-lo, para conseguir riquezas) .
Como respondeu Jesus? Que nos ensina Jesus com isto?
Podemos vencer o demônio, sem o auxílio de Deus? Que
é a Quaresma? Quem tem obrigação de jejuar? E de
fazer abstinência? De que côr são os paramentos na
Quaresma? Que fazia Jesus na vida pública? (Veri­
fique os exercícios para casa. )

EXPLANAÇÃO

Pois é : na sua vida pública, Jesus pregava, ensi­


nando o que devemos fazer para ser agradáveis a Deus
e nos salvar. São muitos os seu sensinamentos, os quais
encontramos no Evangelho. O fato que vou contar
agora vocês já sabem. Vou só relembrar. É o daquele
môço que perguntou a Jesus o que devia fazer para
entrar na vida eterna. Que respondeu Jesus Y Vamos
ver se alguém se lembra ? " Se queres entrar na vida
eterna, observa os Mandamentos." O môço perguntou
quais eram os Man dament os , e Jesus disse que são os
Mandamentos da Lei de Deus. Vejam como isto é im­
portante : só pode entrar no céu quem cumpre os Manda-

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mentos ; quem não os cumpre, não ehtra no céu. Se
não entra no céu, para onde vai f Sabe, P f Que coisa
triste uma pessoa se condenar ! E por que se condena,
R ? Muito bem : porque não cumpre os Mandamentos.
Então que devem fazer os que querem ir para o céu 1
Diga, O. Isto mesmo : cumprir os Mandamentos.
Daqui já podemos tirar duas lições para nós : a
pirmeira é cumprir os Mandamentos, para podermos ir
para o céu ; a segunda qual será Y Quem é capaz de
descobrir T (Espere. Pergunte a algwns alunos.) Nós
vamos para o céu ; e os que não Ctf,mprem os Manda­
mentos, nós os aband<mamost Deixamos que êles se
percam ? (Pausa.) Muito bem : não. Que faremos
então por êles 7 (Deixar que digam.)

São ordens de Deus - Os Mandamentos são ordens


de Deus, foram dados por Deus, a fim de que todos
os homens possam mais fàcilmente saber o que devem
fazer para ser bons, e o que devem evitar, para não ser
maus. Assim ficamos sabendo o que nos ordena Deus
em seus Mandamentos. :f!lle nos ordena que façamos o
bem e evitemos o mal. Vamos escrever nos cadernos.
Eu vou ditar : " Nos seus Mandamentos, Deus nos
ordena que façamos o bem e evitemos o mal. " (Mande
ler por quatro ou cinco, mande dizer sem olhar o cader­
no.)
Deus quer que todos os homens se salvem. �le
não quer que ninguém se condene. Como os homens
só podem salvar-se fazendo o bem, e como muitos esta­
vam deixando de fazer o bem, então -Deus chamou
Moisés ao monta Sinai e lhe deu os Dez Mandamentos.
:f!lles estavam escritos em duas tábuas de pedra.
Vejam aí a figura da lição. Quem é êste do alto !
E o de baixo Y Que está êle recebendo ? Por qne Deus
deu os Mandamentos ? Deus quer que alguém se con­
dene T Muito bem : Deus quer que todos os homens se
salvem. Mas para os homens se sli.lvarem, que devem

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u ..

fazer f Diga, T. Isto mesmo : devem cumprir os Man­


damentos, porque os Mandamentos são ordens de Deus.
Quando Deus dá uma ordem, que devemos fazer t
Cumpri-la. Sim, somos obrigados a cumprir as ordenB
de Deus, porque :Cle é nosso Ori,ador, nosso Senhor,
nosso Pai. Quando o Senh�r manda, os servos obed�
cem. Quando nosso pai nos dá uma ordem, que devemos
fazer ? (Peça resposta.) Pois ainda mais devemos
obedecer às ordens do nosso Pai do céu. Tanto mais
·

que os Mandamentos foram dados para nosso bem. 1!lles


são uma prova do amor de Deus por nós. Deus é tão
bom que nos deu o caminho certo para nossa salvação.
Cumprindo os Mandamentos, nós nos salvamos. Escre­
vam no caderno " Somos obrigados a cumprir os Manda­
mentos porque quem nos ordena é Deus, nosso Pai e
Senhor." (Verifique. )
Como foi que Jesus disse ao môço que Lh13 per
guntou o que é preciso fazer para entrar na vida eterna't
( Se queres . . . ) Vocês se lembram que, no Batismo,
o padre repete estas palavras para a pessoa que vai
ser batizada 7 Cumprir os Mandamentos é tão impor­
tante que o padre nos lembra isto no Batismo : é certo
que ninguém se salva sem o Batismo ; mas também é
certo que ninguém se salva sem cumprir os Manda­
mentos, mesmo que seja batiza"do.
E quando a pessoa acha difícil cumprir um
Mandamento, que há de fazer Y Pedir a Deus qne lhe
dê as fôrças necessárias para cumpri-lo. Para nós '
fácil porque temos os Sacramentos da Confissão e da
Comunhão, que nos ajudam muito a cumprir os Man­
damentos. Quatndo eu tiver qualquer dificuldade,
comungo : a Comunhão me dá as fôrças necessárias para
obedecer aos Mandamentos.
Deus e o próximo - Vejam de novo a figura da
lição. Vejam aí as duas tábuas da Lei. A primeira
está com três Mandamentos, e a outra com sete. Sabem
por quê 7 Porque os três primeiros mandamentos se

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v'* ..,.. ., , ..,, .. <;11, vu�vn&� - u-u.ia ao vai;equisi;a

referem diretamente a Deus : Amai' a Deus, respeitar


seu santo nome, guardar o dia de Deus ; - ao passo
que os outros sete se referem diretamente ao próximo.
Vamos ler os Mandamentos que se referem a Deus.
Leia você, G. Leia agora os Mandamentos que se
referem ao próximo : você, B.
A.gora prestem bem atenção à pergunta que vou
.fazer. (Pausa. ) Qual é o Mandamento que proíbe
mentir ? (Pausa. ) Diga, H. E o que proíbe fazer
atos indecentes, TY E o que manda respeitar o nome
de Deus, ST E o que manda obedecer a nossos pais,
LY José tirou o lápis . de Pedro : qual foi o Mandamento
que êle desrespeitou 7
Então vejam : os três Mandamentos que se referem
a Deus, e os sete que se referem ao próximo. É por
isso que Jesus disse que os dez Mandamentos se resumem
a dois : " Amar a Deus sôbre tôdas as coisas e amar
ao próximo como a nós mesmos."

RESUMO

1 . Jesus disse : " Se queres entrar na vida eterna,


observa os Mandamentos" ;
2. quem cumprir os Manilamentos (e é batizado )
se salva ; quem não cumpre se condena ;

3 . os Mandamentos são ordens que a bondade


divina nos dá para facilitar nossa salvação ;
4. êles nos mandam fazer o bem e evitar o mal ;
a oração e os Sacramentos nos facilitam o
5.
cumprimento dos Mandamentos ;
6 . ajudemos também o nosso próximo a cumprir
os Mandamentos de Deus e da Igreja.

EXERCfCIOS PARA CASA

1. Colorir a figura.
2. Preencher os exercícios d a lição.

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Para o Meu c.:aiecismo - 8.u ano 65

A G�ÇA
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Pelo Batismo veio a Santissima Trindade ha·
bitar em nós. Dizemos que veio o Espfrito Santo por
atribuição à Terceira Pessoa. Também catequetica­
mente se torna mais fácil, por ter o Espírito Santo des­
cido visivelmente sôbre Cristo, no Batismo.
2. Habitando em nós, o Espírito Santo (ou a San­
tíssima Trindade) nos comunica a vida divina, tirando·
· nos do estado natural (simples criaturas) para o sobre­
natural (filhos de Deus ) . Recebemos uma vida nova,
diferente da que já tínhamos; e o Batismo é um novo
nascimento, como diz o Evangelho (Jo. 3.5). No pri·
ineiro nascimento, nascemos filhos "da carne e do ho·
mem" (Jo. 1.13) ; no segundo, nascemos filhos de Deus.
3. A presença do Espírito Santo em nós comum­
ca-nos a santidade. Santo por natureza, . l!lle torna
santos aquêles em quem habita - como o fogo aquece
o ferro, dando-nos assim uma participação real na
própria natureza divina. A presença do Espírito Santo
em nós é santificante (graça santificante, isto é, que
santifica) . A santidade consiste essencialmente no es­
tado de graça. E quanto mais ricos formos em graça,
mais santos - o que nos deve levar à freqüência dos
Sacramentos (que aumentam a graça, de modo eficaz) ,
à participação da Santa Missa (fonte principal d a graça)
e a uma vida mais piedosa ( aproveitanâo as graças
atuais) .
4. Participando d a natureza de Deus, somos filhos
de Deus, vivemos de sua vida, como o ramo vive d a
vida d o tronco, na comparação d o mesmo Jesus que
serve à presente lição (ver Jo. 15.1-7 ) .
Isto nos obriga a viver filialmente com o Pai, agindo
sempre por amor (como filho) , e não por mêdo (como
escravo) .
5 . É fácil compreender-se que o Batismo seja a
grande realidade cristã, e seu aniversário seja celebrado
festivamente; que o pecado mortal seja a suprema des­
graça (pois nos arrebata o supremo bem ) ; que só tenham
direito ao céu os que estão em estado de graça (pois só
os filhos têm direito à Casa do Pai) ; que pagãos e peca­
dores nos mereçam especiais cuidados, privados que estão
da maior riqueza que o homem pode adquirir.

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__ ..,. . ,.,..., . ... , ""' li ' v • • ., .., , ., ., " -

- Ver em A Doutrina Viva o capítulo "O Espírito


Santo em Nós". Muito recomendo a leitura do livro
Deus em N6s, do P. Plus (Editôra Vozes) .

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: A "Videira e os ramos (Jo. 15.1-7).
2. D: A graça nos une a Jesus.
3. F:
a) D: Viver e m estado d e graça (Leitura)
b) C: Aproveitar a graça atual (Leitura)
c) A: Rezar pelos que não estão l'm es·
tado de graça (Exerc. IV)
d) L: O Batismo nos fêz membros de
Cristo ( Leitura) .

REVISÃO D A AULA ANTERIOR

Que disse Jesus ao môço que Lhe perguntou o que


devia fazer para salvar-se? Por que se condena alguém?
Qual o nosso dever para com os Mandamentos? (Cum-
pri-los. ) Como podemos ajudar os que não os cumprem?
Que nos ordenam os Mandamentos? A quem foram
dados os dez Mandamentos? Quais são os Mandamentos
que se referem a Deus? Cite dois Mandamentos que se
referem ao próximo. Por que somos obrigados a obe­
decer aos Mandamentos? Que àevemos fazer, se achar­
mos difícil obedecer a um Mandamento? Qual é o Sa­
cramento que mais nos ajuda a cumprir os Mandamen­
tos? Em que ocasião o padre nos repetiu a palavra de
Jesus ao môço? ( Verifique os exercícios para casa. )

EXPLANAÇÃO

Na sua vida pública, Jesus pregava, ensinando as


grandes verdades que precisamos conhecer para nos
salvar. Hoje vou contar a vocês mais um dêsses pre·
ciosos ensinamentos de Jesus. (Pansa. ) ftle disse o
seguinte : " Eu sou a árvore, vós sois os ramos. Os
ramos só estão vivos e só podem produzir frutos, se
�stiverem unidos à ávore. Q uem não permanecer em
Mim, não produzirá fruto. Mas quem permanecer em

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 67

Mim, Eu permaneço nêle. :l!::sse dá muito fruto. E


quem se separa de Mim é como um galho sêco : será
lançado ao fogo."
Vamos ver se vocês entenderam bem o que Jesus
ensinou. Quando é que os ramos estão vivos Y Um
ramo separado da árvore pode dar fruto Y Se nós nos
separarmos de Jesus, podemos dar frutos Y . Que se faz
com o galho sêco Y (Lança-se ao fogo.) Que acontece
a quem ficar esparado de Jesus Y (Será lançado ao
fogo. ) Que fogo será êsse 7 (Do inferno.)
A graça. nos une a Jesus - Vocês sabem o que
nos une a Jesus Y É a graça santificante. É o Espírito
Santo, que habita em nós. Vamos escrever isto em
nossos cadernos : " A graça santificante é o Espírito
Santo habitando em nós." (Escreva no quad!ro-negro;
mande copiar; ler no caderno; leia em côro, no quadro­
negro; mande apagar, fechar os cadernos e dizer de cor.
O assunto é tão importante que nunca é demais insis­
tir. ) Quando foi que o Espírito Santo veio habitar em
nós ? Vocês sabem em que dia foram batizados Y ( Ve­
rifique isto. Insista : celebrem o aniversário do Batis­
mo. ) Aquêle dia é o dia mais feliz de nossa vida.
Naquele dia nos tornamos templos de Deus. O Espí­
rito Santo ficou em nós e nos deu a vida de Deus.
Então, ficamos sendo ramos vivos de Jesus : Jesus é
a árvore, e nós somos os ramos. Se permanecemos uni­
dos a Jesus, estamos vivos ; se nos separarmos de Jesus,
ficamos mortos - mortos para o céu, mesmo que con­
tinuemos com a vida do corpo.
O pecado nos separa de Jesus � Vocês sabem o
que é que nos separa de Jesus, não sabem T � o pecado
mortal. No Batismo recebemos o Espírito Santo ; o
Espírito Santo fica em nós, enquanto não cairmos em
pecado mortal. Um menino que foi batizado e nunca
fêz pecado mortal, é ramo vivo ou morto T Hein, F f.

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68 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Muito bem : é vivo. :ai vivo, ,porque está unido à árvore.


Quem é a árvore, G t ótimo : é Jesus Cristo. Mas um
menino, que foi batizado, e depois fêz pecado mortal,
é ramo morto ou vivo 7 Por quê Y Isto mesmo : porque
se separou de Jesus. Separado da árvore, que é Jesus,
êle está morto.
Quando uma pessoa comete pecado mortal, o Espí­
rito Santo sai da sua alma, o demônio volta - e a
pessoa não pode fazer mais nada que agrade a Deus : -
fica como o galho sêco, separado da árvore.
Vejam a figura da lição. Olhem os galhos verdes
como estão : vivos, com fôlhas, carregados de frutos.
:l!lstes são as pessoas em estado rl e e:raca : têm o Esnfrito
Santo, estão unidas a Jesus, agradam a D eus . . . Agora
vejam em baixo o galho Rêco Rep11:rarlo <la ilrvorP. Tem
fôlhas, L 7 Tem frutos, P ? Para qne serve, BT Para
queimar, para lançar no fogo. .Assim são as pobres
pessoas que estão em pecado mortal : estão mortas ; estão
separadas da árvore. Quem é a árvore, V 7 Muito bem :
é Jesus ! Essas pessoas, separadas de Jesus, agradam
a Deus, S 7 Podem fazer obras boas para o céu, H Y.
Nada disto, porque não têm mais a graça santificante,
não têm o Espírito Santo em si.
Pobres pessoas ! . .
. Devemos ter muita pena delas
e rezar para elas se converterem, para que elas vão se
confessar e viver de novo como ramos vivos.
Vejam como o estado de graça é necessário. É
necessário porque é êle que nos faz santos e dá valor
a nossos atos para o Oéu. Gravem bem isto : é o estado
de graça, o Espírito Santo morando em nós, que nos
faz santos e que dá valor a nossos atos para o Céu.
( Verifique se entenderam b em. Se não, explique mais,
com exemplos de pessoas que praticam obras boas, mas
sem valor sobrenatural, por não estarem em estado de
graça.) _[._ !
Quanto a n6s, façamos tudo para viver sempre
unidos a Jesus. Quem de vocês quer se se:parar de

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 69

Jesus f Quem quer se separar de Jesus levante o


braço. Ah ! ótimo ; ninguém quer se separar de Jesus.
Vocês querem ser ramos secos ou verdes 7 ( . . . ) Querem
ser ramos vivos ou mortos f Muito bem 1

Só se separa de Jesus qu.em quer - Mas para


isto é preciso aproveitar os au:dlios que Deus 'li.OS dá.
Vejam bem (pausa) : o demônio vem nos tentar ; e:r;i.tão
Deus nos ajuda para n6s vencermos. Um companheiro
nos dá um mau conselho ; então, Deus nos dá um auxílio
para não cairmos no pecado. Eu estou com preguiça
de estudar, ou de rezar, ou de obedecer à mamãe ; então
Deus me dá a graça de vencer a tentação.
Se eu aproveitar o auxílio d,e Deus, não pecarei.
Só pecarei, se não aproveitar o auxílio de Deus. Por
isso, só peca quem quer. S6 se separa de Deus quem
quer. Só fica sendo um ramo sêco, separado de Jesus,
quem quer� ..,, ·

RESUMO
1. Jesus disse que ]'!jle é a árvore, nós somos os
ramos ;
2 . só estamos vivos e só produzimos frutos, se
estivermos unidos a Jesus ;
3 . o que nos une a Jesus é o Espírito Santo, que
recebemos em nosso Batismo ;
4 . por isso, o dia do Batismo é o mais feliz de
nossa vida ;
5 . devemos conservar sempre o Espírito Santo
em nós, e rezar pela conversão dos pecadores ;
6 . o pecado mortal nos separa de Jesus ; mas s6
o comete quem quer ;
7 . aproveitando os auxílios de Deus, não cairemos
em pecado.

EXERCíCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios I , I1: e UI.

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70 Moni. Negromonte - Guia do Catequista

A ORAÇÃO

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. O fato está em Lc. 18.9-14, e vem narrado com
tanta simplicidade que pode até ser lido textualmente
às crianças (o qtie é bom fazer, em certos casos, para
ir familiarizando os pequenos com a leitura do Evan­
gelho) .
2. A necessidade da oração é evidente: 1 ) como
criaturas, devemos reconhecer a soberania de Deus; 2)
como beneficiados, devemos agradecer os benefícios rece­
bidos; 3) como pecadores, devemos pedir perdão; 4) como
necessitados, devemos suplicar aquilo de que precisamos.
Aqui temos os quatro fins da oração: adorar, agradecer,
propiciar e suplicar. Embora a súplica seja o mais fre­
qüente em nossas orações, a adoração e a ação de graças
são as mais importantes - o que não devemos esquecer
na formação dos alunos, sem contudo precisarmos de
dar tudo de uma vez.
3. A oração que abranja os quatro fins é mais com­
pleta,· e a oração feita com Jesus, em nome de Jesus, e
sobretudo a oração do próprio Jesus (como é a Missa:
Jesus se oferece e ora ao Pai) é evidentemente a me­
lhor. Eis por que a Missa é o melhor modo de rezar.
Não podemos esquecê-lo: tôda a formação da piedade
deve ser centrada na Missa.
4. Quanto ao modo de rezar (em estado de graça,
com atenção, com confiança, pedindo primeiramente o
espiritual, etc.) é matéria mais conhecida dos carequis­
tas, e de fácil insistência com alunos. Importa não
esquecer de orientá-los para a oração apostólica: rezar
pelos outros - que é para os irmos afastando do indi­
vidualismo religioso, infelizmente ainda tão divulgado.
5. Uma especial insistência sôbre à oração da
manhã e da noite (desgraçadamente tão esquecida) e
sôbre o espírito de oração, tão fácil e tão rico: - trans­
formar em oração tudo o que fazemos, para o que basta
o estado de graça e a intenção (que se pode renovar
cada dia: "oferecimento do dia" do Apostolado da
oração ) .
- O capítulo "A Oração" d e O Caminho da Vida
traz maior desenvolvimento do assunto.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 71

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: O fariseu e o publicano ( Lc. 18.9-14) .
2. D : Necessidade da oração.
3 . F:
a) D: Rezar sem)>re (Leitura)
b) C: Rezar com piedade (Leitura )
c) A: Rezar pelos vivos e mortos (Exerc.
IV) .
d) L: A Missa, a melhor oração (Exerc.
II); os "l\Iementos" na Missa (Exerc.
IV) .
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Como foi que Jesus disse a respeito da árvore e
dos ramos? Qual é o ramo qtie produz fruto? Para
que serve o ramo sêco? O que é que nos une a Jesus?
"
Quando foi que o Espírito Santo veio habitar em nós?
Que é a graça santificante? Quando o cristão se separa
de Cristo? Uma pessoa que não tem pecado mortal é
ramo sêco ou verde? E uma que tem pecado mortal?
O estado de graça é necessário? Que devemos fazer
para evitar o pecado? (Aproveitar as graças.) ( Veri­
fique os exercícios para . casa. )

EXPLANAÇÃO
Nas duas últimas lições vimos dois ensinamentos
de Jesus muito importantes para nós. Na penúltima
aula vimos Jesus ensinando-nos a cumprir os Manda­
mentos. Como foi que Êle disse ao môço Y Hein, F Y
E, na última, foi aquela comparação tão bonita do
ramo e da árvore. Que honra para nós, sermos ramo
da Árvo re, que é Jesus ! Pois bem ; hoje vamos ver
mais um ensinamento de Jesus muito importante para
nós. Êle nos ensinou que devemos rezar sempre e nunca
deixar de rezar. Eu vou dizer como foi que Êle no!!
deu esta lição. (Pausa.)
O fariseu e o publicano Para dizer que devemos
-

rezar sempre e que devemos rezar bem, Jesus nos


contou uma de suas parábolas. Vocês já sabem o que
são as parábolas de J esus ; não sabem ? (Mande escre-

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'12 Mons. Negromonte - G1iia do Catequista

11er tw quadro-negro : parábola.) São hist6rias que


Jesus contava, quando queria dar-nos um ensinamento.
A hist6ria que :alle contou foi a seguinte : Dois homellá
foram ao templo rezar : um era fariseu, outro era pu­
blicano. O fariseu era orgulhoso e metido a importan­
te. Entrou no templo e nem se ajoelhou : ficou em pé
mesmo, sem piedade e sem educação, e disse assim :
" Senhor, eu vos agradeço, porque sou melhor do que
os outros ; não sou ladrão, nem injusto, como os outros.
Nem sou como aquêle publicano." E o publicano estava
lá num canto, ajoelhado, com os olhos baixos, muito
recolhido, muito humilde, e batia no peito, dizendo :
"Meu Deus, tem piedade de mim, pecador. "
Jesus contou esta parábola e disse que Deus ouviu
a oração do publicano, mas não ouviu a oração do
fariseu, porque o fariseu era orgulhoso e o publicano
era humilde. E Jesus terminou dizendo : " Quem se
exalta será humilhado, e quem se humilha será exal­
' ' -..,.. n
·

tado."
Vejam a figura da lição. Olhem aí os dois. Quem
é o fariseu 7 Como é que sabem que é êste Y Olhem a
pose de orgulho. 1l:le nem se ajoelhou. Está certo T
Pessoas bem-educadas procedem assim na igreja T Qual
é o publicano t Olhem como êle está. De joelhos ;
mãos postas ; recolhido : vi!'!ta b ai xa . . . Como foi que
'
o fariseu disse, hein, L Y E como rezou o publicano, P f
Qual dos dois foi ouvido por Deus Y Por quê T Sirva
a lição também para nó!'!. Se rezamos di!'!traído!'!.
olhando para os lados e para trás, nossa oração vale f
Hein, B ? Deus vai atender ao que pedimos, N_T Pois,
então, cuidado : rezemos sempre com piedade, recolhi­
dos, atentos, como o publicano.
Como foi que Jesus terminou a parábola 7 ( Quem
- '
se exalta . . . )'.
Para que rezamos - E vrjam uma coisa. A ouilo
que o fariseu dizia nem era oração : - êle só fêz se
gabar e rebaixar os outros. O:ra, nós rezamos não par&

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Pa'l'a o Meu Catecismo - 3.0 ano 78

isto ; nós rezamos para quatro fins. Vejam bem <mais


são : 1.0) para adorar a Deus ; 2.0) para agradecer
os benefícios que recebemos de Deus ; 3.0) para pedir
perdão dos pecados nossos e dos outros ; 4.0 ) para pedir
graças de que precisamos, tanto para nós como para
os outros, tanto para a alma como para o corpo.
Vamos escrever isto no quadro-negro, para nunca
esquecermos. Vá ali ao quadro, B. Escreva : 1. Ado­
rar ; 2 . Agradecer ; 3 . Pedir perdão ; 4 . Pedir
graças. Muito bem. Agora, leia voe�, T. São êstes
os quatro fins da oração. Quer dizer que é para estas
quatro coisas que nós rezamos. Quais são as quatro
coisas ? Leia mais uma vez, R. Agora, para guardar­
mos melhor, vamos copiar nos cadernos. (Espera.
Manda ler. Manda apagar no quadro-negro. Pede para
dizerem de cor. ) Muito bem : pois é para isto que
rezamos a Deus. Quero lembrar a vocês que a melhor
oração é a Missa. É a melhor porque é oração do
próprio Jesus ao Pai, e por isto tem um valor infinito.
E é a melhor também porque nela estão os quatro fins
da oração : na Missa, nós adoramos a Deus, agradecemos
os benefícios recebidos, pedimos perdão dos pecados e
suplicamos as graças de que precisamos. Não esqueçam
disto, quando fôrem à Missa no domingo.
Quando rezamos - Nós precisamos de adorar
sempre a Deus, de agradecer-Lhe os benefícios recebi­
dos, de pedir perdão dos pecados e de pedir graças para
nós e para os outros. Vejam bem : um bom cristão não
reza somente por si : reza também pelos outros : - pelos
pais e irmãos, pelos padres, pelos mestres, pelos peca­
dores, pelos mortos, por todos ! Na MisRa há duas
orações para rezarmos pelos vivos e pelos morl9s.
Chamam-se " Memento". (No qua,dro-negro : Memento. )
Há pouco tempo ensinei a vocês o " Memento" dos
vivos : logo depois do " Sanctus". Há também o
" Memento" dos mortos, depois da Consagração : - o

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74 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

celebrante que está rezando com os braço• abertos,


assim . . . (abre os braços) ; depois une as mãos, assim • • •

(mãos postas) e reza pelos mortos.


Então, prestem atenção, para rezarem pelos vivos
e pelos mortos, na Missa, juntamente com o celebrante.
Mas devemos rezar principalmente pela manhã e
à noite, antes e depois dos atos mais importantes, e nas
horas de tentação e de perigo. Prestaram bem atenção T
Vamos escrever nos cadernos, para vocês guardarem
bem : " Devemai rezar principalmente pela manhã e
à noite, antes e depois dos atos mais importantes, e nas
horas de tentação e perigo." (Verifique, como de
costume.)
Chamo especialmente a atenção de vocês para a
oração da manhã e da noite. Não esquecer nunca.
Quando nos acordamos, nosso primeiro pensamento seja
para Deus : cada dia, nossa oração da manhã. E à
noite, antes de deitar, vamos agradecer a D eus o dia
e pedir a graça de passar uma boa noite. Quem tem
êste cuidado Y Muito bem. �as é preciso que todos
cuidem bem de suas orações da manhã e da noite, e
não as esqueçam nunca.

Rezar sempre - Mas Jesus disse que é preciso


rezar sempre e nunca deixar de rezar. Ora, se formos
.

passar o dia todo rezando, não trabalhamos, não estu­


damos ; não é verdade Y Então, como é possível rezar
sempre 7 Muito fãcil ; é o que vou ensinar a vocês,
para vocês fazerem. Basta tJiver em estado de graça
e ofer ecer a Deus tudo o que se faz. Isto é fácil, não
é f Viver em estado de graça todos devem viver, mesmo
porque quem não vive em estado de graça não pertence
a Cristo. E para oferecer tudo o que se faz a Deus,
basta pela manhã dizer : " Meu Deus, eu vos ofereço
todos os meus atos dêste dia." Basta isto, e todos os
nossos atos, nossos sofrimentos, tudo o que fazemos fica
valendo como se fôsse uma oração. Não é fácil T Como

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ane 75

é que podeJ'.!l.OS rezar sempre, hein, R Y (Fazer repetir.


MandM escrever nos cadernos) : " Para todos os nossos
atos valerem como orações, ba&J;a vivermos em estado
de graça e oferecermos a Deus tudo o que fazemos."
( l'erificar, como de costume.)
RESUMO

1. Devemos rezar sempre, e rezar Mm piedade ;


2. a parábola do fariseu e do publicano nos en-
sina como devemos rezar ; ..,
3 . a oração é feita para quatro fins : adorar,
agradecer, pedir perdão e pedir graças ;
4 . a Missa é a mais completa e perfeita oração ;
5 . na Missa rezamos tanto por nós como pelos
outros, tanto pelos vivos como pelos mortos ;
6 . devemos rezar principalmente pela manhã e à
noite, antes e depois dos atos mais importantes da vida,
e nas horas de perigo e tentação ;
7 . se vivermos em estado de graça e oferecermos
a Deus os nossos atos, êles valem como verdadeiras
orações.
EXERCfCIOS PARA CASA
1. Colorir a figura.
2. Completar o s exercícios I, II e IV.
3. Fazer o desenho do altar.

A PAIXÃO DE CRISTO

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA

1. O homem ofendeu a Deus e estava obrigado a


reparar a injustiça do pecado, restituindo a glória que
Lhe roubou, restaurando a ordem violada pela c.lesobe·
diência. A reparação é um dever.
2. Como a ofensa se mede pela dignidade da pessoa
ofendida, a ofensa a Deus é infinita: todo pecado tem
malícia infinita.

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'16 Mons. Ne11totnonte - (}ufa do Catequista

3. O homem pode fazer uma ofensa infinita, mas


não a :QOde reparar, porque não pode produzir ato me­
ritório de valor infinito. Eu posso dar ao próximo
prejuízo que não posso reparar. É o caso do homem
com Deus.
4. A solução, que era impossível ao homem, tor­
nou-se realidade com a Encarnação. Jesus Cristo pode
reparar em nome dos homens, porque é verdadeiro
homem, e sua reparação tem valor infinito (equivalente
ao pecado) , porque li:le é Deus.
5. Como Deus, qualquer ato de Cristo, um simples
desejo seu, ba$tarla para nossa redenção. li:le escolheu
a Paixão, Morte e Ressurreição porque assim nos mostra
melhor o seu amor (a ponto de dar por nós a vida) ,
infunde-nos mais horror ao pecado (tanto nosso como
alheio - evitando-o e fazendo que outros o evitem) , e
nos leva a pagar com amor o grande amor que nos tem.
6. Uma apresentação viva da Paixão despertará na
criança o desejado efeito. Os episódios narrados são
poucos, em virtude do tempo de que dispomos. Pro­
curaremos valorizá-los tirando dêles as conseqüências
pedagógicas. Assim, da traição de Judas concluiremos
a necessidade de ser discipulos fiéis de Cristo, e de ser
dignos; da covardia de Pilatos aproveitamos para infun­
dir repugnância à covardia e amor ao dever. Agrade­
cendo a bondade de Jesus, não esqueceremos nunca os
que desprezam a Redenção ou ãela nunca ouviram falar.
7. A Semana Santa é tão natural e intuitiva que
não é possível esquecê-la. Mas é preciso preparar as
crianças para participar bem de seus atos.
8. Os episódios evangélicos devem ser lidos e medi­
tados, a fim de penetrarem bem em nosso espfrito.
Em A Doutrina Viva, nos capítulos "0 Mistério da
Encarnação" e "A Redenção" estão melhores explicações
para o catequista, que servirão também para a próxima
aula.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Episódios da Paixão.
2. D: Cristo morreu voluntàriamente por nós.
3. F:
a) D: Ser fiel a Jesus (Exerc. 1)
b) C: Agradecer a bondade de Jesus
(Exerc. III)

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Para o .Meu Catecismo - 3.b ano 17

c} A: Cuidar dos que não aproveitam da


Paixão de Cristo (Exerc. IV)
d) L: A Semana Santa (Exerc. V).
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Sôbre que foi nossa última aula? Quem m1? sabe
contar a parábola do fariseu e do publicano? (Mande
contar. ) Qual dêles foi atendido por Deus? Por quê?
Para que fins rezamos? (Fazer dizer os guatro fins.)
Qual é a oração mais perfeita? Por quê? Quando de­
vemos rezar? Lembraram-se de suas orações da manhã
e da noite? Conheceram o "Memento" dos mortos, na
Missa de domingo? Que devemos fazer para que todos
os nossos atos tenham valor de oração? Basta que re­
zemos por nós? ( Verifique os exercícios para casa.}

EXPLANAÇÃO
Há muita coisa bonita e importante na vida de
Jesus, que iremos estudando aos poucos. Sabem quan­
tos anos durou a vida pública de Nosso Senhor ? ( Ver
se sabem.) Três anos. Ao fim de tr ês anos é que se
deram os fatos da Paixão, Morte e Ressurreição de
Jesus, fatos que, como vocês sabem, se comemoram na
Semana Santa. E porque êsses fatos são tão impor­
tantes é que a Semana Santa é tã o solene e tão impor­
tante. Tudo na Paixão de Cristo é importante, como
vocês podem ver nos Evangelhos (mostrar um volum6
dos Evangelhos) , que são os livros que contam a vida,
a morte e a ressurreição de Nosso Senhor.

Agonia no hôrtQ �Vocês sabem qual foi o fato


mais importante da quinta-feira santa Y ( Ver se
sabem. ) A última Ceia, na qual Jesus instituiu a Missa,
o Sacramento da Comnnhão c ordenou os primeir os
padres, que foram os Apóstolos.
Depois da Ceia, Jesus saiu com os Apóstolos e foi
rezar no Jar dim das Oliveiras. Lá afastou-se um
pouco dos .Apóstolos e ficou rezando sozinho. Ia come­
çar a sua Paixão, e não tardaria. Jesus começou a
pensar nos sofrimentos que ia suportar ; então, sentiu

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78 Mons. Negromonte - Guia do CateQ.uista

uma agonia, uma aflição, como se fôsse morrer naquela


·hora mesmo. A sua agonia foi tão grande que ihle
suou sangue e caiu com a face em terra. E rezava,
pedindo ao Pai que O livrasse daqueles sofrimentos ;
mas dizia também que não queria que se fizesse a sua
vontade, mas a vontade do Pai.' :ai1e dizia assim : " Pai,
se é possível, passai de Mim êsse cálice ; mas seja feita
a vossa vontade e não a minha."
(É fácil arranjar um quadro da agonia de Jesus
no hôrto. Mostre-o aos alunos, e vá fazendo perguntas.
Se não tiver o quadro, faça as perguntas. ) Em que dia
se deu a Agonia de Jesus T Em que lugar 7 Com quem
:6:Ie foi para o Jardim das Oliveiras t Por que suou
sangue T Que pediu ao Pai T Como sabemos que Jesus
estava pronto para fazer a vontade do Pai 7 (Faça-se
a vossa vontade.)

Jesus foi prêso - Quando terminou a oração,


Jesus levantou-se e foi ao encontro dos Apóstolos.
Nesse momento, vinham chegando os soldados para
prendê-Lo. A frente dêles vinha Judas : era Apóstolo
também, mas tinha traído Nosso Senhor, tinha denun­
ciado aos judeus que :6lle ia rezar naquele lugar, tinha
recebido trinta dinheiros dos judeus para trair o seu
Mestre. Como muitos não conheciam Jesus, Judas lhes ·
tinha dado um sinal, dizendo : "Aquêle a quem eu
beijar é ]j::Ie ; prendei-O." Quando chegou e viu Jesus
com os Apóstolos, dirigiu-se a :ai1e, saudou-O dizendo :
" Mestre, eu Te saúdo'', e beijou Nosso Senhor. Vejam
aí a figura da lição : é Judas beijando a Jesus, traindo
o seu Mestre, com tanta hipocrisia 1
Naquele momento, os soldados avam;aram. Oa
Apóstolos, vendo aquilo, fugiram. Mas Jesus enfrentou
os soldados e lhes perguntou : " A quem procurais" t
ihles responderam : "A Jesus Nazareno. " Jesus lhes
disse : " Sou Eu." E quando Jesus lhes disse " Sou
Eu", êles caíram para trás. Só se levantaram, quando
Jesus o permitiu !

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· �· · Pa'hl. o Meu catectsma ' - s.u ano '1!.1

Vejam como isto é importante : com uma s6 palavra.


Jesus derrubou os soldados. Assim, Nosso Senhor
mostra que se entregou porque quis. 1lle quis padecer
e morrer para nos salvar. Isto é muito importante :
"Jesus pade�eu e morreu por nós, porque quis."
Vamos escrever isto no caderno. (Dite a sentença;
verifique; mande repetir. ) :e.lle podia ter salvo a huma­
nidade de outro modo : bastava um simples ato de sua
vontade porque :e.lle é Deus e todos os seus atos têm
valor infinito ; mas escolheu um modo de mostrar-nos
melhor o seu amor, e de dar-nos mais horror ao pecado.
Vamos escrever isto no caderno (dite) : " Cristo podia
salvar-nos · sem padecer e morrer, porque, como Deus,
todos os seus atos. têm valor infinito." ('Verifique.)
Vamos ver se guardaram bem esta hist6ria. Quem
era Judas Y Quanto recebeu êle para trair Jesus ! · É
bonito êste procedimento Y É assim que se deve portar
um discípulo de Cristo 7 Como se deve portar um
discípulo de Jesus Y (Deve ser fiel : seguir o seu Mestre,
fazer o que �le manda, pagar com amor o seu amor. )
Qual foi o sinal que Judas deu para os soldados conhe­
cerem Jesus Y Com que Jesus derrubou os soldados Y
Então Jesus podia ter escapado das mãos dos soldados Y
E por que não escapou 7 Por que os soldados prenderam
Jesus Y (Porque �le permitiu.)

Os sofrimentos de Jesus - Então os soldados O


levaram prêso. Amarraram-No e O açoitaram bàrba·
ramente. Depois, fizeram uma coroa de espinhos e a
puseram na cabeça de Jesus, por zombaria, porque
tinham ouvido dizer que �le era Rei. Deram-Lhe
bofetadas, cuspiram-Lhe no rosto. E Jesus sofreu tudo
isto com paciência. Não se queixou, não se defendeu,
nada ! �le, que era inocente, justo, que era Deus !
Tudo isto, por quê ? Por nosso �mor. Para nos salvar.
Para nos mostrar qu e nos ama e quer que n6s vamos
para o Céu.

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HU Mons. lV egromonie - 1.Twta uu l.iai�1fu;t:sia

Vejam que bondade a de Nosso Senhor. Como :alie


foi bom para nós 1 E nós Lhe temos agradecido esta
bondade 7 Quem se lembra de agradecer sempre esta
bondade de Jesus ? Não podemos esquecer. Vamos
agradecer agora mesmo. De pé, para rezarmos uma
pequena oração de agradecimento a Jesus. " Meu Jesus,
eu Vos agradeço a bondade de ter sofrido para me
salvar. " Podem sentar-se.
É muito triste que Jesus tenha sofrido tanto para
salvar os homens, e haja tantos homens que não se
aprpveitam da salvação que Jesus lhes deu. Quem são
êsses homens Y São os pagãos, que nem sabem que
Jesus morreu por êles ; e os pecadores, que ofendem
a Jesus, que não vivem em estado de graça, e por isso
não se aproveitam da salvação. E nós que iremos fazer
para que todos os homens se aproveitem da salvação 7
(Suscitar respostas. )
RESUMO
1. Três anos durou a vida pública de Jesus ;
2. na Semana Santa se comemora a Paixão, Morte
e Ressurreição de Cristo ;
3. depois da Ceia, Jesus foi ao Jardim das Oli­
veiras e lá sofreu a sua Agonia, suando sangue ;
4. Judas O traiu, por trinta dinheiros ;
5. Jesus foi prêso, flagelado e coroado de espi-
nhos ; _

6 . tudo sofreu 1l'Jle porque quis, para nos salvar ;


7 . devemos ser fiéis a Jesus, agradecer-Lhe o que
fêz por nós, e rezar pela conversão dos pecadores e dos
pagãos, para que todos se aproveitem da salvacão que -

Jesus nos deu. _ �

EXERCfCIOS PARA CASA


1. Colorir a figurinha.
2. Completar os exercícios 1 a V.

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.c u·1 u u .tr.L tai. vu•i:;c.;t..:iu�u - v.- unu lSl

FOI CRUCIFICADO
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1 . Sendo esta lição apenas continuação da anterior,
a doutrina para o catequista Já está dada.
2. Insistiremos mais em que Jesus se ofereceu
porque quis e na entrega de Jesus ao Pai no momento
da morte, quando se consumava o Sacrifício. Talvez as
crianças nªo o entendam bem: não faz mal, pois a
próxima aula será sôbre êste assunto. Aqui basta
frisar que a Miusa é o mesmo sacrifício de Cristo, ofe­
recido no Calvário.
3. Os pontos d� formação são da mesma ordem:
necessidade de correspondermos à Redenção dada por
Cristo (vida em estado de graça) , imitação de Jesus
(sobretudo no amor ao próximo e perdão das injúrias) ,
apostolado pelos pecadores, e a ligação d a Missa com o
Calvário.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Crucüixão e Morte (Mt. 27.33-38; e 45-50 ) .
2. D : Cristo oferece a o Pai a sua vida.
3. F:
a) D: O estado de graça, para salvar-nos
(Exerc. V)
b) C: Imitar a Jesus (Exerc. II)
c) A: Rezar pelos pecadores (E x:erc. IV)
d) L: A Missa, sacrüício d e Cristo (Exerc.
I II ) .

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Em que dia foi a agonia de Jesus? Em que lugar?
Por que �le suou sangue? Como sabemos que Jesus
estava pronto a fazer a vontade do Pai? Quem traiµ
Jesus? Quanto êle recebeu dos judeus? Que sinal êle
deu para os soldados conhecerem Jesus? É assim que
se porta um discípulo de Cristo? Como se porta u m
discípulo de Cristo? Com que Jesus derrubou os sol­
dados? Que prova isto? (Entregou-se porque quis. )
Que fizeram com Jesus depois que o prenderam? Há
pessoas que não se aproveitam da salvação que Cristo
nos deu. Quais são elas? ( Verifique os exercícios para
casa.)

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82 Jtons. Negroinonte � Guia do Catequista

EXPLANAÇÃO

Quando os judeus prenderam Jesus, queriam


matá·Lo. Mas s6 quem podia condenar Jesus à morte
era o governador Pôncio Pilatos. (Escreva no qua­
dro-negro : Pôncio Pilatos e mande ler.) 1ilste era o
nome do governador da Judéia naquele tempo. Na
se:x:ta-feira de manhã, êles levaram Jesus ao palácio
de Pilatos, e começaram. a pedir que Pilatos O conde­
nasse à morte. O povo gritava : " Crucüica-0 ; cruci­
fica-O. " Pilatos levou Jesus e O interrogou, e se
convenceu de que Jesus era inocente e não merecia ser
condenado à morte. Foi e declarou ao povo : "Não
encontro falta alguma neste homem. " l'rlas os judeus
tinham raiva de Jesus e gritaram mais : " Crucifica-O ;
crucifica-O." Então Pilatos, como era covarde, não teve
coragem de cumprir o dever : ficou COIJl mêdo do povo
e condenou Jesus à morte.
Entenderam bem Y (Faça as perg1tntas, chame os
alunos para respondê-las, espere a resposta.)
Em que dia foi Jesus condenado à morte Y Quem
O condenou 7 Como gritava ó povo Y Pilatos foi cora­
joso, ou covarde Y Acham bonito um homem que não
tem coragem de cumprir o dever 7 No Credo dizemos
que Jesus " padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos".
Isto quer dizer que Pôncio Pilatos foi o governador
aue condenou Jesus à morte.

Foi crncificado - Logo que Jesus foi condenado


à morte, os judeus prepararam urna grande cruz,
puseram-Lhe a cruz aos ombros e se dirigiram para o
monte Calvário (no quadro-negro : Calvário) , para O
crucificarem lá. A cruz era muito pesada. Jesus já
estava muito eansado, por causa dos maus tratos rece­
bidos : 1ille tinha passado tôda a noite acordado, tinha
sido açoitado, coroado com espinhos, tin:ha perdido
muito sangue . . . Com o pêso da cruz, caiu três vêzes,
quando ia para o monte Calvá rio. Na Via-Sacra, se

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Para catecismo a.v ano
.. �. ..

o Meu Mi!
- ':""" !
-

fala nessas três vêzes que Jesus caiu com a cruz. Então
os judeus obrigaram a Simão Cireneu a ajudar a Jesus
a carregar a cruz até o alto do Calvário. (Explique
às crianças que a Via-Sacra lembra vários fatos da
Paixão de Cristo e convide-as para fazerem juntas a
Via-Sacra na igreja, em dia e hora certos.)
Chegando lá, despiram o bom Jesus e pregaram à
cruz os seus pés e as suas mãos, com enCJrmes pregos.
Vejam a figura da lição. Que representa T Olhem
como é grande a cruz 1 Já pensaram nas dores que
::Glle sofreu, com os cravos furando-Lhe os pés e as mãos T
Como Jesus sofreu ! Sofreu assim, para nos salvar.
Mas não se queixou. Até rezou pelos seus algôzes�
pedindo a Deus que lhes perdoasse : " Pai, perdoai lhe s , -

porque êles não sabem o que fazem."


Ao meio-dia, crucificaram Nosso Senhor ; e às três
horas da tarde ::Glle morreu.
Vamos ver se vocês guardaram bem esta bela his­
tória. Que fizeram os judeus, quando Jesus :foi con­
denado à morte 7 Que é Calvário ? Quantas vêzes
Nosso Senhor caiu com a cruz ? Quem ajudou Jesus
a carregar a cruz 7 Jesus perdoou a seus algôzes Y
Quais :foram as suas palavras ? A que hora Jesus foi
crucificado Y E a que hora morreu 7
O sacrifício de Jesus Quando estava perto de

morrer, Jesus ofereceu sua vida ao Pai, dizendo : " Pai


em tuas mãos entrego o meu espírito." Depois, deu
um grande suspiro, inclinou a cabeça e morreu. Vejam
bem, pois isto é muito importante : Jesus oferece a
sua vida ao Pa1'., por nós. ::Glste oferecimento de Jesus
ao Pai é o que se chama sacrifício. Ê isto o sacrifício
de Jesus : �le se ofereceu ao Pai. O Pai aceitou, e
nós fomos salvos .

.Agora, quem quer pode ir para o Céu, porque a


Morte de Jesus abriu a porta do Céu, e nós podemos
entrar. Antes, ninguém podia salvar-se, mesmo que

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84 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

quisesse ; agora, basta querer, viver em estado de graça,


cumprir os Mandamentos - e o Céu está aberto para
n6s entrarmos. .' l. ·

Mas não esqueçamos nunca os que não procuram


salvar-se. .A porta do Céu está aberta, mas êles não
querem entrar. Não cumprem os Mandamentos, não
vivem em estado de graça. Quem são êles T Isto mesmo :
são os pecadores. Rezemos sempre pelos pecadores.
O melhor para nós é que o Sacrifício de Cristo
continua na Santa Missa. Em cada Missa Cristo se
oferece de novo ao Pai - e nós podemos assistir a
êsse oferecimento, podemos oferecer também Cristo ao
Pai, e nos oferecermos a Deus juntamente com Jesus.
Não esqueçam disto, na Missa de domingo principal·
mente. . i

RESUMO
1. Os judeus levaram Jesus a Pôncio Pilatos, para
que êste O condenasse à morte ;
2 . Pilatos reconheceu que Jesus era inocente,
mas por covardia O condenou à morte ;
3 . os judeus puseram a cruz aos ombros de Jesus
e se dirigiram ao Calvário, onde O crucificaram ;
4 . crucificado ao meio-dia da sexta-feira santa,
Jesus morreu às três horas da tarde, depois de perdoar
os seus algôzes e de oferecer sua vida ao Pai ;
5 . o Sacrifício de Cristo é continuado na Santa
Missa ; : 1 I
6 . foi :aJie que nos abriu a porta do céu, d�
modo que agora os que vivem em estado de graça e
cumprem os Mandamentos podem entrar no Céu, o que
não podiam antes da Morte de Jesus.

EXERC!CIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios 1, II e y.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 85

O SACRIFiCIO DA MISSA
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Sacrifício é oferecimento de um presente a Deus,
para adorar, agradecer, reparar e pedir graças. Deve ·
ser oferecido por um sacerdote, pessoa consagrada ao
serviço divino. A coisa oferecida (ou vítima) deve ser
destruíd_a (ou o animal deve ser morto) , para significar
o supremo domínio de Deus sôbré tôdas as criaturas,
representadas naquela criatura. Deus aceita o presente
oferecido, aplacando-se ou se alegrando - e assim se
estabelec e a união entre Deus e o homem: comunhão!
2. Na Bíblia encontramos os sacrifícios, desde Caim
e Abel; depois Noé, Abraão, Melquisedec; Moisés regula
minuciosamente os sacrüícios.
3. Era muito restrito o valor dos sacrifícios antigos :
as vítimas eram animais ( não representavam as cria­
turas mais elevadas) ; os sacerdotes eram pecadores (não
podiam agradar tanto a Deus ) .
Deus os aceitava por sua bondade e porque êles sim­
bolizavam o Sacrifício de Cristo .
4. O único inteiramente digno de Deus é o Sacri­
fício de Cristo: Vítima e Sacerdote é o próprio Cristo,
em tudo igual ao Pai. É, pois, o único sacrifício de
valor infinito, capaz de prestar a Deus uma homenagem
à altura de seu merecimento infinito, o único que presta
a Deus o culto perfeito.
5. Como êste Sacrifício só Cristo o poderia oferecer,
como de fato o ofereceu no Calvário e na Ceia, segue-se
que só Cristo prestou ao Pai o culto perfeito (e mais
ninguém o poderia prestar) . Mas, como Cristo o renova
na Missa, segue-se que a Missa é o único ato pelo qual
prestamos a Deus o culto perfeito (pois Cristo no-lo deu
precisamente para isto) .
6. Esta é a grande razão pela qual somos obrigados
a ir à Missa nos domingos e dias santos : - no dia do
Senhor, prestamos ao Senhor o culto perfeito!
Outro qualquer não é perfeito: é humano, finito,
imperfeito, infinitamente abaixo da Majestade divina.
Daí o gravíssimo pecado de f altar à Missa de domingo
à toa: privamos Deus da glória a que tem direito. Dai
também o aprêço que devemos ter à Missa, fazendo dela
a primeira devoção de nossa vida.

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86 Mons. Negromonte - Gula do Catequista

7. Ver em A Doutrina Viva o capitulo "O Sacrifício


Redentor"; e sobretudo em As Fontes do Salvador os
capitulas "O Sacrificio na Antiga Lei", "O Sacrifício na
Nova Lei" e "O Sacrifício da Missa".

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: OfereCimento do sacriffoio de Cristo
2. D : O Sacrifício de Cristo tem valor infinito
3.· F:
a) D: A Missa de domingo (Exerc. III)
b) C: Missa de semana (Exerc. II)
c) A: Rezar pelos que perdem Missa de
domingo (Exerc. IV)
d) L: Junto com o celebrante da Mis�a,
oferecer Cristo ao Pai (Exerc. V).

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Em que dia Jesus foi condenado à morte? Quem o
condenou? Por que Pilatos O condenou à morte? Que
quer dizer "Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos"?
Que fizeram os judeus, quando Jesus foi condenado à
morte? Que é o Calvário? Quantas vêzes Jesus caiu
com a cruz? Quem ajudou Jesus a carregar a cruz? A
que hora Jesus foi crucificado? . A que hora morreu?
Quais foram as palavras com que Jesus ofereceu sua
vida ao Pai? Antes da morte de Jesus alguém podia
entrar no céu? E depois, pôde? Que é preciso para
entrar no Céu? Que acha você do procedimento de
Pilatos? Você é capaz de perdoar aos que lhe ofendem,
como fêz Jesus? (Verifique os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
Na última aula, vimos que Jesus se ofereceu ao
Pai : ofereceu sua vida a Deus Pai. Na cruz, pouco
antes de morrer, �le disse " Pai, nas tuas mãos entrego
o meu espírito." Era a segunda vez que Jesus se
oferecia a Deus Pai. A primeira foi na quinta-feira
santa, quando Jésus instituiu a Missa, na última Ceia.
Em ambas as vêzes, o sacrifício teve o mesmo valor
porque foi Jesus que o ofereceu, e foi Jesus que se
ofereceu.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 87

O sacrifício é um presente que se oferece a Deus.


'
Para guardarmos bem isto, vamos escrever em
nossos cadernos. (Dite.) "Sacrifício é um presente
que se oferece a Deus." (Verifique, como de costume.)

Os quatro fins - Os sacrifícios são oferecidos


para agradar a Deus - para adorar a Deus, agra­
decer Qs benefícios recebidos, pedir perdão dos pecados,
e pedir as graças que nos são necessárias: Já apren­
demos isto, na aula sôbre a oração. Os quatro fins
da oração são os mesmos do sacrifício. Quais são . os
quatro fins da oração 1 (Veja se lembram. Se não,
mande ver nos cadernos. ) Aí estão: Adorar, agradecer,
pedir perdão, pedir graças. O Sacrifício � oferecido
a Deus para êstes mesmos fins.
Antigamente se ofereciam sacrifícios de animais :
touros, cordeiros, pombas ; e quem oferecia eram
homens pecadores : por isso mesmo os sacrifícios tinham
pouco valor. E Deus s6 os aceitava por ser muito
bom. Mas no sacrifício de Cristo, tudo é muito di­
ferente: quem oferece é Cristo, e nortanto o ::1acerdote
é Cristo ; e o presente oferecido, é também Cristo ; e
portanto a vítima é o próprio Cristo. E como Cristo
tem valor infinito, porque é Deus, o seu sacrifício tem
também valor infinito. Vamos escrever isto, para
nunca mais o esquecermos: " O Sacrifício de Cristo
tem valor infinito, porque Cristo é Deus.'" (Mande
ler por três ou quatro; faça dizer sem olhar o caderno. )
Vamos ver se entenderam bem isto. Quantas vêzes
,Jesus se ofereceu ao Pai T Que é sacrifícioT Para que
se oferece o sacrifício a DeusT Por que os sacrifícios
nntigos n ão tinh am muito valor ? Por que o sacrifício
r1e Cristo tem valor infinito f

Um só sacrifício - Vejam : o Sacrifício ile �risto


foi oferecido duas vêzes, mas é um s6 sacrifício; é um
só sacrifício, porque quem oferece é Cristo e quem se
ofero;ice é Cristo.

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88 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

É un.i s6 sacrifício, mas foi oferecido de modo düe·


rente. Ns quinta-feira, na Ceia, Cristo se ofereceu,
sem morrer e sem derramar sangue : foi um sacrifício
i11C;ruento, quer dizer : sem sangue. Escreva ali no
quadro-negro, F : " Incruento." Que quer dizer incru­
ento, B Y Muito bem : sem sangue. O sacrifício de
Cristo na última Ceia foi incruento. Mas na sexta-feira
santa, Cristo morreu na cruz e derramou sangue ; então
o seu sacrifício na sexta-feira &anta foi cruento. Es­
creva ali, P : " Cruento." Que quer di.zer cruento,
L Y Mas de um modo ou de outro, o sacrifício é o
mesmo, porque é Cristo que se oferece a Deus Pai. É
o mesmo sacrifício de Cristo ; portanto tem o mesmo
valor, que é um valor infinito, porque Cristo é Deus.

Cristo se oferece na Missa - Vocês sabem que


a Missa é o mesmo sacrifício que Jesus ofereceu a
Deus por nós. Então, ainda hoje, cada vez que se
celebra a Missa, Jesus se oferece de novo a Deus.
Vejam bem isto : na Missa, o padre muda o pão e o
vinho no Corpo e no Sangue de Jesus. Quando é que
se faz esta mudança Y (Na Consagração. ) Olhem a
figura da lição. Que representa ? O celebrante acaba
de mudar a hóstia em Corpo de Cristo, e faz a elevação.
Cristo, presente na Hóstia Consagrada, se oferece a
Deus, como se ofereceu no , Calvário. No Calvário,
quem ofereceu o sacrifício Y Cristo. E qual foi a
vítima oferecida a Deus T Cristo também. E na Missa,
qual é a vítima que se oferece a Deus 7 É Cristo,
presente na Hóstia . Consagrada. E quem oferece a
Missa a Deus 1 É Cristo também. ( Escreva no qua­
dro-negro ) :

No Calvário Na Missa

Sacerdote : Cristo Sacerdote : Cristo


Vítima : Cristo Vítima : Cristo

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 89

(Mande ler.) Há diferença 7 Não ! Então " a


Missa é o mesmo sacrifício que Cristo ofereceu a Deus,
no Calvário." (Mande copiar no caderno o que está
""° quadro-negro e dite a sentença entre aspas.)
Por isso, a Missa é o mesmo sacrifício que Cristo
ofereceu no Calvário. Só há uma diferença : no Cal­
vário o sacrifício foi cruento ; na Missa é incruento.
Mas o sacrifício é o mesmo, e tem o mesmo valor, que
é valor infinito.
Vejamos se entenderam pem o que eu disse.
Que é Missa 7 (É o mesmo sacrifício de Jesus,
oferecido de novo a Deus.) Cristo está presente na
Missa, para se oferecer 7 Quando é que Cristo fica
presente na Missa Y A Missa tem o mesmo valor do
sacrifício oferecido no Calvário Y Qual é êsse valor 'I
( Infinito. ) A Missa é um sacrifício cruento ou incru­
ento ? Por quU.
Importância da Missa Assim, vocês podem com­
-

preender a importância da Missa. A Missa é o ato


mais importante da nossa Santa Religiãa. É por isso
que a Igreja nos obriga a ir à Missa nos domingos e
dias santos. Obrigação grave, muito grave. Tão grave
que quem nesses dias falta à Missa, sem razão, fu
pecado mortal. E nós temos obrigação não somente
de ir à Missa, mas de rezar e trabalhar para que nin­
guém falte à Missa nos domingos e dias santos. Vocês
estão indo à Missa nos domingos ? Sim 7 Muito bem ;
mas não basta. Lembrem-se disto : há pessoas que
perdem a Santa Missa. Às vêzes, mesmo em nossa
família. Vocês têm casos assim na família ? (Deixar
falarem.) Pois então Y É preciso rezar por essas
pessoas, convidá-las para a Missa de domingo, lem­
brar-lhes a obrigação.
Lembrem-se sempre da importância da Missa : é
o ato mais importante da nossa Religião. Um ato tão
importante, de tanto valor (valor infinito) , um ato
tão agradável a Deus, nós devemos aproveitar o mais

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90 Mons. Negromonte :..... Guia do Catequista

possível. Nos domingos e dias santos é obrigação, sob


pena de pecado mortal ; nos outros dias, iremos à Missa
por devoção. Sempre que pudermos. Se a Missa é o
ato mais importante, a devoção à Missa é a devoção
mais importante.
RESUMO
1. Sacrifício é um presente que se oferece a
Deus ; · :; ·. �
2 . antigamente ofereciam a Deus animais, coisas
de pouco valor ;
3 . Jesus se ofereceu a Deus, e o seu sacrifício
tem valor infinito, porque Jesus é Deus ;
4 . Jesus se ofereceu a Deus duas vêzes : no Cal­
vário e na Missa (na última Ceia) ;
5 . a Missa é o mesmo sacrifício do Calvário,
sendo êste um sacrifício cruento, e a Missa um sacrifí­
cio in cruento ;
6 . a Missa é o ato mais importante da nossa
Religião, e a devoção à Missa é a devoção mais impor­
tante.

EXERClCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios I, II e III.

COMO É A MISSA
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA

1. A Missa foi instituída por Cristo na última Ceia,


quando J!:le ofereceu ao Pai o pão e o vinho, mudou-os
no seu Corpo e no seu Sangue, e deu a Comunhão aos
Apóstolos. Por isso, Ofertório, Consagração e Comunhão
são atos que constituem a Santa Missa; e na prática são
essenciais, porque sem êles não se cumpre o preceito
nos domingos e dias santos.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 91

2.. Os outros atos são apenas menos importantes,


mas são também importantes, porque tudo na . Missa tem
valor.
3. A Missa está dividida em três grandes partes:
a) Preparação (também chamada Missa de ca­
tecúmenos) : do comêço ao Credo. É destinada à ins­
trução dos fiéis (com as leituras da Epístola e do Evan­
gelho, e com a pregação) e à preparação do coração:
purüicamo-nos (Confiteor, Kyrie, Gl6ria) e suplicamos
as graças de que necessitamos ( Oração) . ·

b) Missa propriamente dita: do Ofertório à


Comunhão. Evidentemente, a parte mais importante,
pois contém o Sacrifício de Cristo, preparado no Ofer­
tório, oferecido na Consagração, e consumado na Co­
munhão.
c) Ação de graças: depois da Comunhão ao
fim - part� destinada a agradecer a Deus a preciosa
graça da Santa Missa.
4. Pretendemos dar maior conhecimento da Missa
às crianças de terceira série. Da Missa de catecúmenos
é mais fácil, por ser mais movimentada. Mas só nos
fixaremos nos pontos principais: Confiteor, Kyrie,
Glória, Oração; Epístola, Evangelho, Credo. Do "Sanc­
tus" à Comunhão, não é tão fácil, porque a ação exterior
é pouca. Já nos referimos, em aulas anteriores, aos dois
"Memento". O Pater, o Agnus Dei, o Nobis quoque
peccatoribus são também fàcilmente identificáveis. Na
parte final, volta a ação exterior, facilitando a localiza­
ção do Post-Communio, da Bênção e do último Evangelho.
5. Procuraremos unir as crianças ao celebrante,
para fazerem da Missa um ato seu, em que tomem parte
ativa, e não ato a que simplesmente "assistam".
6. Em As Fontes do Salvador, na parte relativa à
"Formação da Liturgia da Missa" encontra o catequista
suficientes conhecimentos a respeito do assunto.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Relembrar a Ceia ( Mt. 26.26·28) .
2. D: A Missa consta d e três atos.
3. F:
a) D: Fidelidade à Missa de preceito
(Exerc. V )
b) C: Devoção à Missa (Exerc. V )

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c) A: Apostolado pela participação na
Missa ( Exerc. III)
d) L: Acompanhar o celebrante (Exerc.
III).
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Quantas vêzes Jesus se ofereceu ao Pai? Que é sa­
crifício? Para que se oferece sacrifício? Por que os
sacrifícios antigos não tinham tanto valor? Por que
o Sacrifício de Cristo tem valor infinito? Que é sacri­
fício cruento? E sacrüício incruento? Por que a Missa
é também Sacrifício de Cristo? A Missa tem o mesmo
valor do Sacrifício do Calvário? A Missa é Sacrifício
cruento ou incruento? Qual é o ato mais importante da
nossa Religião? Quem oferece a Deus a Missa? E quem
é oferecido a Deus na Missa? Qual é o valor da · Missa?
Qual deve ser a nossa principal devoção? ( Verifique
os exercícios para casa.)
EXPLANAÇÃO
Em nossa última lição, ficou bem explicado que
na Missa Cristo se oferece ao Pai : Êle é, ao mesmo
tempo, o Sacerdote que oferece, e a Vítima, que é ofe­
recida. Por isso, o valor da Missa é infinito, e a
Missa é a melhor maneira de prestar culto a Deus.
Temos obrigação de ir à Missa nos domingos e dias
santos ; e a Missa é nossa principal devoção.
Pois bem : vamos, hoje, conhecer melhor a Santa
Missa. (Pausa. )
Na última Ceia -Vocês se lembram como foi
que Jesus fêz na última Ceia : Êle ofereceu a Deus
o pão e o vinho ; mudou-os no seu Corpo e no seu
Sangue ; deu a Comunhão aos Apóstolos. Aí temos os
três atos essenciais da Missa, que são . . . Quais são,
P ? Muito bem : Ofertório, Consagração e Comunhão.
(Escreva no quadro-negro, no meio, de modo que, de­
pois, possa escrever o resto, como está no esqitema, no
livro do aluno. ) Êstes três atos são os mais impor­
tantes. Com êles há Missa; sem êles, não há Missa,
porque êles foram feitos por Cristo, na última Ceia.

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Como a Missa é a mesma coisa que Cristo fêz na Ceia, o
padre deve fazer os mesmos atos que Cristo fêz. E oi;,
atos são êstes três : Ofertório, Consagração, Comu­
nhão. Dêstes três atos, o mais importante é a Consa­
gração ; mas os outros doii;, são também muito impor­
tantes. Assim, não pode haver Missa sem Comunhão.

É por isso que a Igreja nos manda ouvir Missa


inteira nos domingos e dias santos. Missa' inteira : quer
dizer : Missa todinha, do princípio ao fim. Aliás, já
expliquei a vocês que assim fazem as crianças bem-edu­
cadas : chegam antes de começar a Missa e só se retiram
depois que o celebrant� sai do altar.

A preparação -Mas, além dêstes três atos, a


Missa tem mais duas partes, que são a preparação e o
agradecimento. Yejamos, primeiramente, a preparação.

Na preparação nós rezamos e somos instruídos :


"oração" e " instrução ". (Escreva estas duas palavras,
verticalmente, no lugar onde vão ficar as outras corres­
pondentes. .Veja o esquema. ) A Missa começa com
as orações ao pé do altar : o padre diz que está contente,
porque vai rezar a Missa, e pede a Deus perdão dos
pecados, rezando o Confiteor. Sobe ao altar, vai ler
no missal, e volta ao centro para rezar o Kyrie eleiso11
(recomendando-se à Santíssima Trindade) e o Glória
( que é o cântico que os anjos cantaram, quando Jesus
nasceu : " Glória a Deus nas alturas e paz na terra
aos homens de boa vontade." Volta-se para o povo e
cumprimenta-o, dizendo : " O Senhor seja convosco"
(Dominus vobiscum.) Depois vai de novo ao missal e
reza a Oração própria daquela Missa. (Ao mesmo tem­
po, vá escrevendo os nomes, que aqui estão grifados, no
quadro-negro, como estão no esquema e ao lado da
palavra oração, que você já escreveu lá, em sentido
vertical. )

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Depois começa a parte destinada a nos instruir.
Consta da Epístola e do Evangelho, seguido de Prega­
ção (escreva no quadro-negro, ao lado da palavra
instrução, as palavras grifadas) , nas Missas de domingo
e dia santo. Lendo a Epístola e o Evangelho, e ouvin­
do a pregação, nós nos instruímos, aprendemos as
verdades de nossa santa Religião. É por isso que
devemos acompanhar a illissa com o nosso missatzinno,
que tem tudo isto e, não por outro livro que não tenha
tudo que a Missa tem. Se não, não nos instruímos.
Vejam vocês : a melhor maneira de rezar a Missa é
acompanhá-la pelo missal. Só assim lemos a Epístola
e o Evangelho ; só assim rezamos as mesmas orações que
o celebrante está rezando 1 Vocês precisam de dizer
isto às pessoas que acompanham. a Missa rezando o
têrço ou lendo outras orações. Depois, o padre vai ao
centro e reza o Credo ( escreva) que rezaremos com êle.
Com o Credo termina a parte da preparaç?in. ��ós
rezamos e fomos instruídos : então po demos ofC' recer a
Missa a Deus, com boas disposições.
Agradecimento -Depois do Credo, vem a part�
da Missa propriamente dita. (Talvez as crianças com­
preendam melhor : "Missa mesmo." Então, explique
que a parte que contém os três atos essenciais são a
"Missa mesmo", porque as outras são "prevara<;tw" e
"agradecimento".)
A Missa propriamente dita de quantos atos consta,
T 7 Quais são êles, O T Por que êstes três atos é que
fazem a Mi ss a, R 7 (Porque foram feitos por Cristo ;
os outros foram depois acrescentados pela Igreja.)
Pois bem ; terminada a Comunhão, está terminada a
Missa propriamente dita, e nós vamos agradecer a
Deus a felicidade, que tivemos, de partiripar il H Rwnta
Missa. Depois que o padre comunga e dá a Comunhão
ao povo (se houver pessoas para comungar) , êle arruma
o cálice, vai ao missal, e reza uma oração, que se chama
P6s-comunhão (escreva) , oração na qual agradecemos

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, ·""�ftF�."7f' Para-.o Meu Catecis1rfO - !J.º ano 95

a Deus.. � Santa Missa e pedimos as graças para viver


como bÓns cristãos. Depois vem ao meio do altar,
avisa-nôs que a Missa terminou, dizendo "Ite, Missa
est" ( escreva) e nos dá a Bênção ( escreva) .
Eis aí a Missa.
Copiar o esquema.
Vamos copiar êste esquema nos cadernos.
(Pode separar por traços as três partes : Prepara­
ção, Missa, Agradecimento. Pode fazer em forma de
cruz como no livro. )
Vocês já conhecem também o 8anctus : coloquem-no
depois do Ofertório. (Espere.) Conhecem também o
Memento dos vivos e o dos mortos. Qual é o que está
antes da Consagração T (Dos vivos.) Coloquem-no
depois do " Sanctus". Depois da Consagração po­
nham o Memento <los mortos. i
Agora vocês podem apreciar muito melhor a Missa ;
então, podem ser mais devotos da llfissa. A Missa é
assim : quanto mais a conhecemos, mais gostamos dela.

RESUMO
1. A Missa é a mesma coisa que Jesus fêz na
Ceia ;
2. ela consta de Ofertório, Consagração e Comu­
nhão ;
3 . mas se divide em três partes : Preparação,
Missa propriamente dita, e Agradecimento ;
4 . na preparação, rezamos e somos instruídos ;
B . n a Missa propriamente dita, oferecemos Jesus
ao Pai e nos oferecemos com t:lle ;
6 . no agradecimento, agradecemos a Deus a
felici dade de ter p articip !ldo da Santa Missa ;
7 . assim aprendemos a ser mais fiéis à Missa de
domingo, a aumentar nosso amor à Missa, a acompa­
nhá-la seguindo o celebrante, e a trabalhar para que
todos amem a Santa Missa.

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'EXERC1CIOS PARA CASA
1. Fazer os exerc1c1os da lição.
2. Localizar na Missa as partes indicadas no
esquema.

A COMUNHÃO

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. A Eucaristia pode ser encarada como Sacrifício
( Missa) e como Sacramento (Comunhão ) , mas não se
podem separ.ar os dois aspectos, pois a hóstia consa­
grada na Missa se destina a ser comungada, e não pode
haver Comunhão sem a Missa.
2. No capítulo 6.º de São João estão ·maravilhosas
palavras de Cristo sôbre a Comunhão: "Minha carne é
verdadeira comida" etc. "Se não .comerdes a Carne do
Filho do homem, não tereis a vida em vós." (Ver d o
versículo 2 6 ao 59.) É a célebre "promessa d a Euca­
ristia", que se realizou na última Ceia com o "Tomai e
comei." r
3. A Comunhão produz os seguintes efeitos:
a) àumenta a graça santificante, de modo eficaz;
b ) estabelece profunda união entre Cristo e nós;
c) excita o fervor religioso, aumentando nossa
disposição para o serviço de Deus;
d) favorece a prática das virtudes;
e ) perdoa os pecados veniais.
4. As condições para a Comunhão são estas :
a) estado de graça, pois a Eucaristia é . Sacra­
mento de vivos;
b) reta intenção, ou desejo de comungar por
motivos religiosos e não humanos;
c) jejum eucarístico, que hoje é facilimo : pode­
se tomar alimento líquido (não alcoólico) até uma hora
antes da Comunhão, e alimento sólido e bebida alcoólica
até três horas antes da Comunhão.
5. O cuidado do educador católico é estimular o de­
sejo da Comunhão freqüente. Se a criança vive em
estado de graça, e vai à Missa todo domingo - por que
não completa a sua Missa com a Comunhão, quando a
Comunhão é conseqüência natural da Missa?

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6. Desde que viva na graça divina, pode o fiel co­
mungar quando quiser, recomendando-se a Confissão
mensal.
7. Ver em As Fontes do Salvador o capítulo "O
Sacramento da Eucaristia". A última Ceia está em Mt.
26.26-27; Me. 14.22-23; e Lc. 22.19-20.
ESQUEMA DA LIÇÃO

1. H: A Ceia.
2. D: Efeitos da Comunhão.
3. F:
a) D: Comungar pela , Páscoa (Leitura)
b) C: Comungar freqüentemente (Leitura
, e exerc. I ) •.
e) A: ;A conversão dos que ·n�o comungam
. ( Exerc. IV)
d) L: . Comungar na Missa (Leitura e
. exerc. II),
_,
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Em quantas � tes se divide a Missa? Quais são?
Quais são os ato� .llil.e fazem a Missa propriamente dita?
Diga outros atos 'que estão nesta parte da Missa. , Como
se chama a primeira parte da Missa? Ela vai do 'comêço
até onde? Que fazemos nesta preparação? ( Rezamos
e somos instruídos.) Quais são os atos que servem para
nossa instrução? E quais são as orações? Como é que
podemos acompanhar · êsses atos todos da Missa? (Com
o nosso missal.) Qual é a última parte da Missa? Que
fazemos nela? Diga os atos desta parte. (Verifique os
exercícios para casa.)�
EXPLANAÇÃO

Vocês sabem o que fêz Jesus na última Ceia, quan­


do instituiu a Missa. Éle fêz três atos. Quais foram
êstes atos T Muito bem : ofereceu a Deus o pão e o
vinho ; mudou-os no seu Corpo e no seu Sangue ; deu
a Comunhão aos .Apó&tolos. Mas eu não disse ainda
a vocês as palavras que Jesus disse aos .Apóstolos,
quando lhes deu a Comunhão. É o que vou dizer
agora. (Pausa. ) Jesus tomou o pão e disse : " Isto é

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o meu Corpo." Com estas palavras, :ltle mudou o pão
em seu Corpo. Depois disse aos Apóstolos : " Tom�i e
comei." Com o vinho :ltle fêz a mesma coisa. Disse :
" Isto é o rueu Sangue", e assim mudou o vinho em seu
Sangue ; depois disse aos Apóstolos : " Tomai e bebei."
Dêste modo, com estas palavras, foi que Jesus deu a
Comunhão.
Agora me respondam : Para mudar o pão . em
seu Corpo, que palavras disse Jesus ? E para mudar o
vinho em seu Sangue T E para dar a Comunhão, que
palavras disse Jesus Y. Em que dia foi isto t
Jesus vem a nós - Na Missa o padre diz as
mesmas palavras de Jesus. Na Consagração, êle pega
a hóstia e diz : " Isto é o meu Corpo". Vejam aí a
figura da lição. O padre já fêz a Consagração e está
levantando a Hóstia, para o povo adorar Jesus, pre­
sente na Hóstia Consagrada.
A hóRtia deixa de ser pão e fica sendo Jesus,
assim como �le é : assim como �le era na terra, assim'
como está agora no Cé'.1. Na terra, Jesus tinha Corpo,
Sangue, Alma e Divindade: Corpo, Sangue e Alma :
�le ó verdadeiro homem ; Divindade : �le é verdadeiro
Deus.
De modo que, quando comungamos, Jesus vem a
n6s, vivo, completo, como era quando nasceu da Maria
Virgem e como está no Céu. Porque é a ssim que �le
eRtá na Hóstia consagrada. Vamos escrever nos cader­
no s : " Na Hóstia consagrada está o mesmo Jesus que
nasceu de Maria Virgem e está no C éu " ( Verificar. )
.

D e modo qul'. o_mmdo comungamos, recebemos, na


Hóstia, Corpo, San g11 e, Alma e Divindade de Jesus.
Vamos escrever também isto : "Na comunhão recebe­
mos Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus."
( Verificar. Fazer repetir, lendo e de cor.)
Jesus é alimento de nossa alma - Jesus disse 11ma
vez : " Minha Carne é verdadeira comida ; meu Sangue
é verdadeira bebida." E disse aos Apóstolos na Ceia :

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rara o .au:u c.;a�t:c;unriu - "·" a1w �B

11 Tomai e comei." Isto quer dizer qne Je sus vem a


n6s, para alimentar a nossa alma, para ser nosso ali·
mento A Comunhão faz com a nossa alma a mesma
.

ooisa que o alimento faz com o nosso corpo.


O alin:i.ento nos 9,á fôrças ( explanar um pouco} s
a Comunhão nos dá fôrças tamb é� fG ·��lo esp'.::- v1-
-

nis, fôrças para fazer o bem, para fugir do mal, para


resistir às tentações. Uma pessoa que C<?munga pode
m ais fàcilmente evitar o pe cado, cumprir bem os seus
deveres, ser mais virtuosa. Por quê 7 Porque tem as
fôrças que a ComUllhão dá.
O alimento sustenta a nossa vida ( explanar um
pouco) : a Comunhão também sustenta, a no.�sa, vida
espiritual, quer dizer : sustenta o nosso eshdo •le gra�a.
Uma pessoa que não se alimenta, morre ; uma pessoa
que não comunga, cai fàcilmente em pecado mortal,
morre espiritualmente.
O alimento nos faz crescer ( explanar um pouco} :
a Comunhão também nos faz crescer no amor de .Je.rn s,
perdoa os nossos pecados veniais, "' 1 1 m rn t a a graça
s antificante em nós e nos torna mais santos.
Uma pessoa que se alimenta bem, tem boa saúde ;
uma pessoa que comunga sempre, tem boa vida cristã.
Vamos ver quem aprendeu bem o que e · 1 �1i&se.
Como foi que Jesus disse que seria nosso alimento
("Minha Carne é verdadeira comida" ) . Quais são
. . .

as três coisas que o alimento faz com o nosso c orp o f


(Aos poucos, por partes, as crianças dirão.) E a Co­
munhão nos dá fôrç a s T Ela sustenta nossa vida f Como
é que ela nos faz crescer f
Comungar - Vejam vocês : é por isso cp1� a
Igreja nos obriga a comungar. Quando é que a Igreja
nos obriga a c om ungar 7_ Muito bem : uma vez por ano,
pela Páscoa. Mas vejam : isto é obrigação. Mas a
Igreja diz "pelo menos." Sim, porque o desejo da
Igreja é que todos comunguem não s6 uma vez por ano,
mas muitas vêzes. Não é obrigação ; mas a Igreja

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100 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

aconselha a comungar com freqüêµcia. É por isso que


um bom católico não se contenta em comungar só uma
vez por ano : êle procura comungar muitas vêzes por
ano.
.Aliás, é fácil comungar sempre. Já aprendemos
que tôda Missa tem Comunhão, e que devemos acompa­
nhar o celebrante. O celebrante é obrigado a comungar
na Missa ; nós não somos, mas é muito bom qwe os fiéis
comunguem na Missa. A Comunhão completa nossa
Missa. Se vamos à Missa todos os domingos e dias
santos, por que não comungamos também todos os
domingos e dias santos 7 Podemos, ou não podemos t
Que é necessário para comungar Y Quem sabe Y (Estar
em estado de graça e em j ejum eucarístico . ) ( Dizer
uma palavrinha, explicando como é fácil o jejum euca­
ristico : uma hora antes da Comunhão para alimentos
líquidos, e três horas antes da Comunhão para alimen­
tos sólidos. Dar exemplos. ) Não é fácil Y Pois então,
vamos prometer a Nosso Senhor que comungaremos
muitas vêzes, de agora em diante.
É tão fácil ; no entanto, há pessoas que passam
anos e anos sem comungar. Nosso Senhor diz : " Tomai
e comei" ; mas êles não comem ; não alimentam a alma ;
não vivem em estado de graça. Que tristeza ! As
vêzes, são pessoas de nossa família . . . Que vamos fazer
por essas pessoas 7 Hein, F Y Que podemos mais
fazer, B Y
RESUMO
1 . Na ceia, Jesus mudou o pão e o vinho em seu
Corpo e em seu Sangue, e deu a Comunhão aos Ap6s·
tolos ;
2 . ao dar a Comunhão, disse Jesus : " Tomai e
comei" ;
3 . na Comunhão, Jesus vem a n6s, em Corpo,
Sangue, Alma e Divindade ;
4 . é portanto o mesmo Jesus que nasceu d e Maria
e que está no Céu :

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 101

5. na ·Comunhão, recebemos Corpo, Sangue, Alma,


n Divindade de Jesus, quer dizer, Jesus assim como é :
verdadeiro homem e verdadeiro Deus ;
6. a Comunhão produz em n6s os mesmos resul­
tados que o alimento produz no corpo : ela nos dá
fôrças para fazer o bem ; sustenta a nossa vida espiri­
tual ; faz-nos crescer em estado de graça e de santidade ;
7 . a Igreja manda que comunguemos uma vez
por ano, na Páscoa ; mas nos aconselha a comungar
muitas vêzes, o que podemos fazer com facilidade
todos os domingos, na Missa ;
8 . é triste que tantas pessoas não façam a Pá.Scoa :
ajudemos essas pessoas a cumprir êste grave dever.
EXERC1CIOS PARA CASA
1 . Colorir a figura.
2. Preencher os exercícios II e IV.
3. Fazer o desenho do cálice e da h6stia.

A GRANDE VITÓRIA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Jesus anunciou a Ressurreição como prova de
sua Divindade:
- a) assim como Jonas passou três dias no ventre .
do peixe, assim :i!:le passaria três dias no seio da terra
(Mt. 12.40) ;
- b) :il':le morreria, mas havia de ressuscitar ao
terceiro dia ( Mt. 20·18 e 19) .
2. A Ressurreição de Senhor é a maior prova de
sua divindade : se :t!;le ressuscitou é Deus; e se Cristo é
Deus, sua Religião é verdadeira, sua missão é divina,
sua Igreja é a única em que podemos salvar-nos.
3. A Ressurreição de Cristo confirma a nossa
Redenção:
- em nosso Batismo, passamos da morte para a
vida ( isto é, do pecado para a graça) ;

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· 1u:z - M!P- "Negromonte ..-;. ''tu.�'"°
....
vatequtsta
#� � �' ,\;.. ,.
� em nossa morte, �
pa;saremo dêste mundo para
à Glória Eterna (se estivermos unidos a Cristo pela
graça) ;
- n o fim dos tempos ressuscitaremos, como Cristo
ressuscitou.
4. A Igreja celebra com grande solenidade a Res­
surreição de Jesus:
- a vigilia da Páscoa transborda de alegria pela
vUória do Senhor, que é também nossa vitória, pois
Cristo venceu a morte e nos dá a vida;
- cada domingo, a Igreja comemora a Ressurreição,
e por isso se diz que cada domingo é uma "pequena
Páscoa".
5. Informe-se melhor da doutrina 'da Ressurreição
do Senhor, vendo o capitulo "Glorüicaçãó de Cristo" (A
Doutrina Viva) e lendo as narrativas dos Evangelhos.
6. No entanto, o essencial não é contar muitos fatos
e minúcias às crianças, e sim mostrar-lhes a importância
da Ressurreição
" de Jesus para nossa fé. Se Cristo não
tivesse ressuscitado, não seria Deus, e então sua dou­
trina não seria verdadeira, nem sua Igreja divina - e
nós estarfamos no êrro. Mas Cristo ressuscitou: então
é Deus, é verdadeira sua doutrina, é divina a sua Igreja
- e nossa fé é segura.
7. Liguemos a idéia de vitória à da Ressurreição :
Cristo é um vencedor. Dai, a grandeza da festa da
Páscoa. Daí também o dever de comungar na Páscoa,
para ficarmos em estado de graça, pois só em estado
de graça o homem é um vencedor como Cristo.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Entêrro e Ressurreição de Jesus (Mt. 27.57-
61; e 28.1-10) .
2. D: Cristo é Deus.
3. F:

a) D: Comungar pela Páscoa (Exerc. IV)


b) C: Consolar o Coração de Jesus (Exerc.
I)
e) A: T1·abalhar pelas "páscoas" ( Exerc.
I I)
d) L' A festa <la "Páscoa" (Exerc. III).

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REVISÃO DA AULA .A;JtiTERIOR
·
Em quantas partes se divide a Missa? Qual é a
primeira? Que fazemos nela? Cite os atos que nos
I nstruem na Missa. Quaís são os atos essenciais da
Missa? Em que parte estão? Qual é o mais importante
dêstes atos? Em que ato rezamos pelos vivos e mortos?
Qual é a última parte da Missa? Que fazemos nela?
Quando temos obrigação de ir à Missa? Que significa
"Missa inteira"? ( Verifique os exercícios fara casa.)

EXPLANAÇÃO

Nós estávamos contando a Paixão e Morte de Cristo :


Jesus ofereceu ao Pai a sua vida, para nos salvar.
Contei como i!Jle foi traído . . . por quem Y ; como foi

maltrata o, coroado de espinhos ; como foi condenado
à morte, por . . . quem Y como foi crucificado . . . em que
lugar ? e como morreµ . . . em que dia ? a que hora 7 e
com que palavras ofereceu sua vida ao Pai. Quais
foram f ( "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.")
Interrompi esta bela e triste história, para dizer
a vocês que o Sacrifício de Cristo, oferecido no Calvá­
rio, é continuado na Missa. Mas hoje vamos continuar
a contar . . .

O Santo Sepulcro -Os Apóstolos não viram nada


daquilo, porque fugiram, quando Jesus foi prêso:
Sõmente São João voltou e viu tudo, juntamente com:
Nossa Senhora e algum.as piedosas mulheres.
Viram Jesus ser crucificado ; ouviram o que '.fille
disse na cruz ; viram quando o soldado feriu o Sagrado
Coração de Jesus. Vejam aqui (mostre um Crucifixo) :
a chaga que a lança fêz no lado de Jesus, indo ferir-lhe
o Coração.
Vocês sabem o que é que agora fere muito o
Coração de Jesus 7 É o pecado. Quando se peca, fere-se
de novo o Coração de Jesus. Então, procuremos
nunca mais pecar. E procuremos também ser piedo­
sos, para consolar o Coração de Jesus das ofensas que

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104 Mons. Negrom.onte - Guia do Catequista

1lle sofre. Olhem aqui Jesus crucificado (mostre o


Crucifixo ) . Vamos prometer a Jesus nunca mais pecar.
Todos de pé. As mãos postas. Olhando para Jesus.
Pensem assim : " Meu Jesus, eu prometo nunca mais
Vos ofender. E quero ser uma criança piedosa, para
consolar muito o Vosso Coração." Podem sentar-se.
Depois da Morte de Jesus, dois amigos d '.:ÊJle,
·

chamados José de Arimatéia e Nicodemos (mande


escrever no quadro-negro ) trataram do entêrro.
Nossa Senhora, São João e as santas mulheres
viram quando êles tiraram o Corpo de Jesus da cruz.
Vejam a figura da lição. Estão descendo da cruz
o Corpo de Jesus. (Se na sua paróquia se faz o "des­
cimento da cruz" na Semana Santa, chame a atenção
das crianças para a cerimônia. ) Desceram da cruz o
Corpo de Jesus e O levaram para depositar num sepul­
cro de pedra, ali mesmo, perto do lugar onde :Qle tinha
sido crucificado.
Quem foi que cuidou do entêrro de Jesus Y Como
se chamavam êles 1 Os Apóstolos onde estavam Y
(Tinham fugido. ) Quem assistiu à Morte de Jesus ?
(Nossa Senhora, São João e as santas mulheres.)
Quem feriu o Coração qe Jesus Y

Guardas no Sepulcro � Jesus tinha dito que os


judeus O matariam, que :eJle seria sepultado, mas que
havia de ressuscitar ( escreva no quadro-negro) , quer
dizer, havia de ficar vivo, três dias depois.
Então os judeus, pensando que os Apóstolos fôssem
roubar o Corpo de Cristo para dizer que :Qle tinha
ressuscitado, puseram soldados para guardar e tomar
conta do Sepulcro. Mas os Apóstolos, coitados ! esta­
vam trancados numa casa, com mêdo dos judeus.
Mas foi bom os judeus terem pôsto os guardas no
Sepulcro . . .
Cristo ressuscitou - Porque na madrugada do
domingo, os guardas ouviram um barulho enorme, como

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Para o Meu Catecismo - 3.0 · ano 105

um terremoto. Era Jesus que tii:J.ha ressuscitado 1


Então, apareceu um anjo, tirou I!. ·pedra pesadíssima
c1ue tampava o Sepulcro, e sentou-se em cima dela. Os
·
guardas tiveram tanto mêdó que caíram, como mortos.
E sabem o que êles fizeram ? Quando passou o mêdo,
foram dizer aos judeus que Cristo tinha ressuscitado.
Assim, foi bom terem pôsto guardas ao Sepulcro, porque
êles serviram de testemunhas da Ressurreição de Nosso
Senhor.
Olhem a segunda figura da lição. Quem é êste
que está saindo do Sepulcro ? Onde está o anjo Y
Olhem aí dois guardas : estão caídos. Por que caíram Y
Em que dia foi isto 7 A que hora 7 Quantos dias Jesus
passou morto ? (Sexta-feira, sábado e domingo (parte) :
três dias. ) ;1
Vamos escrever nos cadernos : " Três dias depois
de sua morte, Jesus ressuscitou glorioso, para nunca
mais morrer." (Ditado ou copiado, conforme as pos�
bilidades dos alunos. )
Cristo é vencedor -S e tivesse ficado morto, Jesus
teria sido vencido pelos inimigos. Mas ressuscitado,
Jesus é vencedor. file venceu todos os inimigos. Venceu
o demônio, o pecado, os seus perseguidores ; venceu até
a morte. A Ressurreição de Jesus é a maior prova de
que li.lle é Deus. (
'.É por isso que, no dia da Ressurreição de Cristo,
a Igreja faz a maior de tôdas as suas festas : - a festa
da Páscoa. É a mais solene festa do ano. É a màis ·

importante.
Para festejarmos b em a Páscoa é que a Igreja 'l'IOS
obriga a comungar na festa da Ressurreição. O Man­
damento da Igreja diz : " Comungar ao menos pela
Páscoa." (Mande .escrever isto nos cadernos.)
Infelizmente muitas pessoas não cumprem êste
Mandamento. Devemos rezar por eZas, para elas se
converterem, e comungarem pela Páscoa. Em muitas
paróquias se fazem movimentos para êste fim. Vocês

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ouvem falar em " páscoa" dos homens, " páscof!." das
môças, " páscoa" das crianças . .. . É para todos irem
fazer a Páscoa.
Então devemos rezar e trabalhar pelo bom êxito
das "páscoas".
RESUMO
1 . Depois da . morte de Jesus, um soldado feriu­
Lhe o Coração com uma lança ;
·
2 . hoje é o pecado que fere o Coração de Jesus,
mas as pessoas piedosas O consolam ;
3 . José de Arimatéia e Nicodemos desceram o
Corpo da Cruz e O sepultaram ;
4. Nossa Senhora, São João e as santas mulheres
assistiram a tudo, enquanto os Apóstolos estavam fugi­
dos, com mêdo dos judeus ;
5. guardas foram postos para vigiar o Sepulcro ;
6 . na madrugada do domingo, Jesus ressuscitou ;
7
. os guardas foram dizer aos judeus ;
8 . a Ressurreição é a maior prova de que Jesus
é Deus, e por isso a Páscoa é a maior festa da Igreja_;
9 . daí, a obrigação de comungar pela Páscoa.
EXERCfCIOS PARA CASA
1. Colorir as figuras da lição.
2. Preencher os exercícios.
3. Escrever no caderno as palavras do Credo que
se referem à Ressurreição de Jesus.

SUBIU AO CÉU

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. O fato se encontra sumàriamente em Me. 16.19
e Lc. 24.50-52, e mais extensamente nos Atos dos Após­
tolos, 1.3-14. As crianças basta referi-lo como o fazemos
nesta lição.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 107

2·. A Ascensão é o têrmo lógico da existência de


Cristo na terra. Terminada sua missão neste mundo,
Êle volta para o seu lugar "à direita do Pai" (como diz
São Marcos) , donde saiu para reparar o pecado dos
homens e abrir-nos de novo o Céu.
3. Com a Ascensão do Senhor, entra "o homem"
no Céu: - Cristo, verdadeiro homem! Está o Céu con­
quistado para a humanidade. Nós agora temos direito a
êle - e só não o possuiremos, se não quisermos cumprir
as condições necessárias. Mas Cristo no-lo conquistou.
4. Outra lição da Ascensão é dizer-nos que não
t�mos aqui morada permanente, mas procuramos a
eterna (Hb. 13.14) : nossa verdadeira habitação é o Céu.
E isto nos obriga a não perder de vista as coisas celes­
tes e os interêsses eternos, a pedir sempre a Cristo que
nos livre dos perigos do mundo, e a trabalhar para que
todos os homens participem dessa felicidade.
5. Na Missa da Ascensão há uma cerimôrúa de
sentido valioso. O cirio pascal, bento solenemente na
vigília da Páscoa, e que simboliza Cristo, ficou exposto
ao lado do altar e era aceso nas Missas de domingo. E
na resta da Ascensão, ao ser lido o Evangelho dizendo
que Cristo subiu ao Céu, o cfrio é retirado.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Ascensão (Lc. 24.50-51) .
2 . D : Jesus é Deus, igual ao Pai.
3. F:
a) D· A l\lissa da Ascensão (Exerc. I )
b) C: Esclarecer bem nossa fé ( Exerc. IV)
c) A: Rezar pelos que são fracos na fé
( Exerc. III)
d) L: A festa da Ascensão (Exerc. I).

REVISÃO D A AULA ANTERIOR


Quem estava com Nossa Senhora assistindo à morte
de Jesus? Quem feriu o Coração de Jesus? O que
é que hoje fere o Coração de Jesus? E quem o consola?
Quem desceu Jesus da Cruz? Por que puseram guar­
das ao Sepulcro? Para que serviram os guardas? E m
que dia ressuscitou Jesus? Por que é a Pascoa a maior
festa do ano? Que obrigação temos na Páscoa? Que
podemos fazer nas "páscoas" da paróquia? (Verificar
os exercícios para casa.)

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EXPLANAÇÃO
Depois de ter ressuscitado, Jesus apareceu várias
vêzes a seus discípulos, para mostrar que esta\ra vivo.
Apareceu primeiro a Maria. Madalena, que _era uma
das santas mulheres. No domingo, cedinho, ela foi ao
Sepulcro, e ficou chorando porque não encontrou o
Corpo. Quando estava chorando, Jesus lhe apareceu e
mandou que fôsse avisar aos Apóstolos que :elle tinha
ressuscitado. Ela foi, mas os Apóstolos não quiseram
acreditar . . •

A.parece aos Apóstolos- :elles estavam trancados


no Cenáculo, com mêdo dos judeus, quando Jesus lhes
apareceu. Pensando que era assombração, êles ficaram
apavorados. Mas Jesus lhes disse : " A pdz seja con­
vosco. Não tenhais mêdo : sou eu. Vêde minhas mãos
e meus pés." Então, ficaram muito contentes. E con­
taram a São Tomé, que no momento da apari.Ção não
estava presente. Mas São Tomé não quis acreditar e
chegou a dizer : " Se eu não vir nas suas mãos o sinal
dos cravos, e não puser a minhão mão na chaga de seu
lado, não acreditarei."
Oito dias depois, estavam reunidos no mesmo lugar,
e São Tomé estava também com êles, quando Jesus
apareceu de novo e mandou São Tomé pôr a mão em
suas chagas. Então São Tomé O adorou dizendo :
" l\Ieu Senhor e meu Deus."
A quem Jesus apareceu primeiro, depois de sua
Ressurreição Y Onde estavam os Apóstolos, quando
Jesus lhes apareceu Y Como foi que Jesus provou que
era 11Jle Y (Mostrou as chagas. ) Que disse São Tomé,
quando soube ? Quando Jesus apareceu de novo aos
Apóstolos Y Que disse a São Tomé Y Que fêz então
São Tomé Y (Adorou Jesus. ) E que palavras disse.Y
Fortalecer a nossa fé Há pessoas que são como
-

São Tomé : são fracas na fé. Tudo que Jesus diz nós
devemos aceitar. Se Jesus apareceu, São Tonié devia

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acreditar. Não acreditou, fQi cemurado por Jesus.
Jesus disse : "Não sejas mcrédulo, mas fiel." N6s.
devemos ter . uma fé muito firme. E para que nossa
fá seja mais firme ainda, devemos estuclar a nossa
Religião, ser bons alunQS de Catecismo, preparar nossas
lições, fazer nossos exercícios, tudo como Nosso Senhor
quer. -Pessoas ignorSJttes em Religião é que são fracas
na fé. Vejam São Tomé : logo que Jesus o instruiu,
êle ficou com fé firme, e adorou Nossô Senhor. E
devemos também 1'ezar pelos que são fracos na fé. E
se podemos, devemos também instruí-los na Religião.
Uma criança bem instruída em Religião pode dar
muitos ensinamentos em casa, mesmo a pessoas grandes.

Jesus subiu ao Céu - Mas Jesus apareceu ainda


várias vêzes aos seus discípulos, porque :Jj]le passou
quarenta dias na terra, depois da Ressurreição.
A última vez que Jesus lhes apareceu foi no
Monte das Oliveiras. Jesus conversou com êles, man­
dou que fôssem por tôda a terra pregar o Evangelho,
prometeu que estaria sempre com sua Igreja até o fim
do mundo, e depois de abençoá-los, na vista de todos
começou a subir para o Céu, não levado pelos anjos,
mas por sua fôrça, porque :Jj]Je é Deus. Os Apóstolos
ficaram olhando admirados, até que Êle desapareceu
nas nuvens.
Vejam a figura da lição. Onde está Jesus ? Quem
são êsses que O estão adorando Y Em que lugar foi
isto Y Quantos dias depois da Ressurreição Y Foram
os anjos que levaram Jesus para o Céu ?
Isto foi numa quinta-feira. Tanto que a festa
que celebra a subida de Jesus ao Céu é numa quinta­
feira. Chama-se a festa da Ascensão (escreva no
quadro-negro) . É dia santo. Neste caso, que obriga­
ção temos nesse dia ? (Insista itm pouco, porque há
muitas pessoas que faltam à Missa de dia santo, mesmo

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Tl.O Mons. Neg'romo1Í:té -:- � dO catequista

quando vão à de domingo. ) Quando fOrem à Missa


no dia da Ascensão, prestem atenção que a Epístola
conta a hist6ria da subida de Jesus ao Céu.
Jesus é igual ao Pai ....:.. Subindo ao céu, Jesus
ficou ao lado direito de Deus '·Pai, acima de todos os
santos, porque Jesus é Deus, igual ao Pai. N6s vimos
que �le subiu ao Céu por seu pr6prio poder, sem pre­
cisar de auxílio dos anjos. E /º 06u, :m\e �s� .acima
de todos os anjos e santos. µito que nos llizemos
no Credo, quando dizemos : " Subiu ao Céu, onde está
sentado à mão direita de Deus Pai."
Jesus subiu para o Céu, e lá está esperando por
nós. Lá nós O veremos, se vivermos e morrermos em
estado de graça.
RESUMO
1 . Depois de ressuscitado, Jesus apareceu em
várias ocasiões a seus discípulos, sendo a primeira vez
a Maria Madalena ;
2 . depois, apareceu aos Apóstolos, e lhes deu o
poder de perdoar pecados ;
3 . depois apareceu aos Apóstolos, estando tam­
bém São Tomé, que O adorou dizendo : " Meu Senhor
e meu Deus" ;
4. n6s devemos ter uma fé muito firme, e para
isto devemos também instruir-nos na Religião, estu­
dando o Catecismo ;
5 . quarenta dias depois da Ressurreição, subiu
Jesus ao Céu, na presença dos Apóstolos, depois de
abençoá-los e mandar que pregassem o Evangelho por
tôda a terra ;
6 . é na festa da Ascensão que a Igreja comemora
a subida de Jesus ao Céu, com o dia santo.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Completar os exercícios da lição.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 111

3 . Copiar no caderno as palavras do Credo que


se referem à subida de Jesus ao Céu.

AS FESTAS DA IGREJA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. O Ano Litúrgico é o conjunto das festas de
Cristo, de Nossa Senhora e dos Santos que a Igrej a
celebra durante o ano.
2. As festas de Cristo formam o "ciclo do tempo"
ou "temporal"; as festas dos santos e de Nossa Senhora
constituem o "ciclo dos santos" ou "santoral".
3. As principais festas do ano litúrgico são: Páscoa,
Natal e Pentecostes. Tôdas estas grandes festas têm
uma preparação, a festa e um prolongamento. Assim,
o Natal é preparado pelo Advento (quatro semanas ) , e
seguido pelas várias solenidades (Circuncisão, Epifania,
etc.) e pelos domingos depois da Epifania.
A Páscoa é preparada pela Quaresma (quarenta
dias ) , pela Semana da Paixão, e é celebrada na Semana
Santa; sendo seguida dos domingos depois da Páscoa,
que se prolongam até a festa da Ascensão.
O Pentecostes é preparado por uma novena (que
não é propriamente litúrgica) e seguido de vinte e muitos
domingos, prolongando-se até novembro, quando começa
o Advento.
4. Assim, os grandes fatos da vida de Cristo são
comemorados nas grandes festas; os fatos menores estão
nos domingos. E tudo é organizado de modo a relacio­
nar-se com a solenidade celebrada.
5. As côres litúrgicas (branco, verde, roxo, verme­
lho e prêto) indicam os sentimentos expressos pela
Liturgia. O branco é alegria; roxo é penitência; verde
é a esperança da vida eterna (e se usa nos domingos
durante o ano) ; prêto é luto; vermelho é o fogo de Pen­
tecostes ou o sangue dos mártires. O côr-de-rosa se usa
só duas vêzes por ano: no quarto domingo da Quaresma
e no terceiro do Advento, podendo ser substitufdo pelo
roxo nas igrejas pobres.
6. Nossa grande preocupação não é encher as crian­
ças de noções, mas dar-lhes o suficiente para compreen-

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112 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

derem a Liturgia e poderem acompanhar o sentido das


celabrações, de modo mais fácil.
7. Ver em As Fontes do Salvador e capitulo "O Ano
Litúrgico", que subministra melhores conhecimentos do
assunto.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Recapitulação.
2. D: A Igreja celebra a 'Vida de Jesus.
3. F:
a) D: A Missa nos dias santos (Exerc. III)
b ) C: Comungar nas grandes festas
(Exerc. IV)
c) A: Ajudar a compreender as festas
(Exerc. I )
d) L: O espírito do Ano Lit6rgico ( Lei·
tura) .

REVISÃO D A AULA ANTERIOR


Quem foi a primeira pessoa a quem Jesus apareceu,
depois da Ressurreição? Conte como :e:1e apareceu a
primeira vez aos Apóstolos. Como foi a aparição a São
Tomé? Com que palavras São Tomé adorou Jesus?
Que devemos fazer para ter uma fé firme? Como pode­
mos ajudar os outros a terem fé firme? Conte como
Jesus subiu ao Céu. Em que dia foi? Como se chama
a festa da subida de Jesus ao Céu? Foram os anjos que
levaram Jesus para o Céu? Que quer dizer - "Está
sentado à direita de Deus"? ( Verifique os exercícios
para casa.)

EX�LANAÇÃO
Com a subida de Jesus ao Céu, acabou-se a sua
vida neste mundo. :1!Jle voltou para o Céu, para o seu
lugar junto do Pai e do Espírito Santo. Sua vida
aqui na terra foi cheia de fatos importantes. Vocês
se lembram de muitos dêsses fatos, não é 7

Comemoração dêsses fatos - A Igreja comemora


-

todos êsses fatos, com festas mais ou menos solenes.


Assim, por exemplo : Jesus nasceu. Em que dia, L 7

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Para o Meu Catectsmo - 3.ª ano 113 .

Pois ne&te dia a Igreja celebra a festa do Natal.


Oito dias depois, �le recebeu o nome de Jesus : é a
festa que a Igreja celebra no dia primeiro de janeiro,
que é dia santo. Depois, vieram os Magos adorá-Lo :
6 a festa do dia 6 de janeiro, que também é dia santo.
Nos dias santos qual é a o11rigação que temos, P Y
Isto mesmo ; é preciso lembrar sempre a Missa no dia
santo.
Depois, vem tôda a vida pública. Ê no fim, a
Paixão, Morte e Ressurreição. Quando é que as cele­
bramos, T Y Justamente : na semana santa. Final­
mente, veio a Ascensão : Cristo subiu ao Céu. Quan­
tos dias depois da Ressurreição, G 7 Lembram-se tam­
bém de que a Ascensão é dia santo 7 Já sabemos qual
6 a obrigação.
Vejam : cada grande fato da vida de Jesus tem
sua comemoração na Igreja. :ID como na história do
Brasil. (Lembre as comemorações de Tiradentes, do
di.a da Pátria, etc. ) Assim faz também a Igreja com
os grandes fatos da vida de Jesus : cada fato tem uma
festa comemorativa.

As principais festas
- Cada ano, a Igreja celebra
o aniversário dessas grandes festas. E quanto mais
importante o fato, tanto mais solene a festa. Por
isso há três festas que são as mais solenes : Natal,
Páscoa e Pentecostes, sendo a Páscoa a mais solene de
tôdas.
Estas festas são preparadas durante muitos dias.
A festa de Natal (mande escrever no quadro-negro :
Natal) é preparada pelo Advento ( quadro-negro) , que
dura quatro semanas ( q1tadro-negro : quatro semanas ) .
A festa dà Páscoa ( quadro-negro ) , porque é mais so­
lene, tem uma preparação maior : é a Quaresma
( quadro..lftegro) , que dura quarenta dias ( quadro­
negro) . Finalmente, o Pentecostes (quadro-negro) é
preparado por uma novena ( quadro-negro : novena) ,
que dura apenas nove dias.

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U4 Mo.na. ' Negromonte - Guia do Catequista

De modo que, acompanhando as festas da Igreja


durante o a·no, nós celebramos a vida de Cristo, relem­
bramos os grandes fatos desta bela vida e nos unimos
a Jesus. Precisamos de saber isto e ensinar também
os outros a acompanhar as festas da Igreja, que são
muito belas e muito proveitosas para nós, quando as
celebramos com piedade. Celebrar as festas com pie­
dade é, Pºl' exemplo, comungar ao menos nas festas
mais solenes. Aliás, vocês sabem já que um católico
esclarecido, um verdadeiro católico comunga cada do­
mingo e dia santo, na Missa de que participa.
Bem ; vamos ver quem guardou ·bem as explicações
dadas.
Quais são as principais festas do ano 7 Como se
chama a preparação do Natal Y Quanto tempo dura 7
E a da Páscoa 7 Quanto tempo dura T E como se
prepara para o Pentecostes 7 Como podemos celebrar
com piedade essas festas 7 Como devemos ajudar aos
que não sabem acompanhar as festas da Igreja Y São
estas as únicas festas da Igreja ? Cite mais uma .
Cite outra.
Festas dos Santos - Além das festas de .Tesus,
há também as de Nossa Senhora e dos Santos. Não
são tão solenes, mas são também celebradas pela Igrejá.
As de Nossa Senhora são mais solenes do que as dos
Santos, porque Nossa Senhora é mais importante do
que os outros Santos. Quem sabe por que Nossa
Srnhora é mais importante do que os outros · Santos ?
Sabe, F T Muito bem : porque é Mãe de Jesus. Quem
sabe citar alguma festa de Nossa Senhora T Você, O.
Cite uma festa de Nossa Senhora que é dia santo, B.
Cite uma festa de Santo, que é dia santo, L. Muito
bem : S. Pedro (ou Todos os Santos) .
Então vejam : as festas de Jesus, de Nossa Senhora
e dos Santos, que se celebram durante o ano chamam­
se Ano Litúrgico (quadro-negro) . Escrevam nos ca­
dernos êste ditado : " Ano Litúrgico são as festas de

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 115

Cristo, de Nossa Senhora e dos Santos, que a Igreja


celebra durante o ano." (Mandar ler por vários.
Repetir de cor.)
As côres litúrgicas
- As comemorações da Igreja
sito ora de alegria, como o Natal e a Páscoa, ora de
penitênéia como a Quaresma, ora de luto como na
Sexta-Feira Santa. Então as côres dos · paramentos
mudam de acôrdo com a festa que está sendo cele­
brada. Se a festa é de alegria, a côr é branca ; se é
de luto, a côr é preta ; se a festa é do Espírito Santo
ou de um mártir, a côr é vermelha, por causa do fogo
do Pentecostes ou do sangue do mártir. Se é cele­
bração de penitência, a côr é roxa. E nos domingos
durante o ano, os paramentos são verdes.
Assim, vocês vêem que pelos paramentos nós po­
demos acompanhar os sentimentos da Igreja.
Compreenderam bem isto Y A côr branca o que
indica Y E a preta 7 E a roxa Y Quando se usa a côr
vermelha Y E a côr verde 7 Vejam aí a figura. De
que côr é o paramento do padre 1 Então, a festa é de
alegria ou de luto ?
RESUMO
1 . O Ano Litúrgico celebra as festas de Cristo,
de Nossa Senhora e dos Santos ;
2 . os fatos mais importantes da vida de Cristo
são celebrados nas festas mais solenes da Igreja ;
3 . as três festas mais solenes do Ano Litúrgico
são : Natal, Páscoa e Pentecostes, sendo a Páscoa a
mais solene ;
4 . o Advento prepara o Natal ; a Quaresma pre­
para a Páscoa ; uma novena prepara o Pentecostes ;
5 . as côres dos paramentos indicam os sentimen­
tos de cada festa e são : branco, roxo, prêto, vermelho
e verde ;
6 . devemos acompanhar os sentimentos da Igreja
na celebração das festas litúrgicas.

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116 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

EXERCICIOS PARA CASA


1 . Colorir o paramento do padre para a festa
de Pentecostes.
2 . Preencher os exercícios.
3 . Escrever no caderno o nome do Padroeiro de
sua paróquia.

CREIO NO ESPfRITO SANTO

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima
Trindade, é Deus, como o Pai e o Filho, porque tem a
mesma natureza de Deus, e as mesmas perfeições
portanto.
2. éristo prometeu que, quando subisse ao Céu,
mandaria o Espírito Santo para dirigir a sua Igreja (Jo.
14.16) , para fazer compreender o que tinha ensinado
(Jo. 14.26) e para confirmar tudo o que :mie fizera (Jo.
15.26) .
3. No dia da Ascensão, disse aos Apóstolos que fi­
cassem em Jerusalém, esperando o Espírito Santo
(At. 1.4-8).
4. Dez dias depois da Ascensão, cinqüenta depois
da Ressurreição, o Espírito Santo desceu sôbre os Após­
tolos, em forma de línguas de fogo, e naquele momento
pôs a Igreja a funcionar: - os Apóstolos começaram a
pregar, transformados pela Fôrça Divina. (Veja o epi­
sódio nos Atos dos Apóstolos, capitulo segundo. )
5. Desde então, :mie assiste à Igreja no seu ensino
e no seu gov€rno (através do Papa e dos Bispos) , (não
sendo portanto de admirar que a Igreja seja infalfvel)
e na organização do culto oficial ( Liturgia) , pelo qual
a Igreja dá glória a Deus e santifica as almas.
6. Em nós age também o Espírito Santo, que rece­
bemos no Batismo : é :mie que nos santifica. A preo­
cupação de conservá-Lo e aumentar em nós a sua ação
é a primeira de um cristão, que não pode também es­
quecer a desgraça daqueles que nunca O receberam
(pagãos) ou que O perderam (pecadores) .

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7. Nas crianças devemos deixar bem firme que a
vinda do Espirito Santo a nós (Batismo) também operou
radicais transformações, embora não visíveis, como nos
Apóstolos. Mas o demônio foi expulso, tornamo-nos
filhos de Deus, e alcançamos direito ao Céu.
8. Inculquemos devoção ao Espirito Santo, em geral
fraca em nossa gente, cujas preferências são pelas "de­
voções interesseiras".
9. Além dos lugares bíblicos acima citados, ver e m
A Doutrina Viva os capítulos O Espírito Santo n a
"

Igreja" e "O Espírito Santo e m Nós".

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Vinda do Espírito Santo (Atos, 2.1-4)
2. D: Ação do Espírito Santo.
3. F:
a) D: Conservar o Espírito Santo (Exerc.
II e V)
b) C: Rezar ao Espírito Santo (Exerc. IV)
c) A: Rezar pelos que não têm o Espírito
Santo (Exerc. III)
d) L: Festa do Pentecostes (Exerc. I ) .

REVISÃO D A AULA ANTERIOR


Quais são as festas que se celebram durante o Ano
Litúrgico? Cite alguns fatos da vida de Jesus, celebra­
dos no Ano Litúrgico. Quais são as festas mais solenes
da Igreja? Como se cbama a preparação para o Natal?
E para a Páscoa? Como se prepara a festa de Pente­
costes? Qual é a maior festa do Ano Litúrgico? Quais
são as côres litúrgicas? Que indica cada uma delas?
(Verifique os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
No dia da Ascensão, Jesus mandou que os Apósto­
los ficassem em Jerusalém, esperando o Espírito Santo,
que 1!Jle iria enviar. Êles ficaram no Cenáculo, junta­
mente com os demais discípulos e Nossa Senhora ; ao
todo eram umas 120 pessoas Ficaram rezando e pc­
.

di11:do a Deus que mandasse logo o Espírito Santo,


que Jesus tinha prometido.

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118 Mons. Negromonte - Gtuia do Catequista

Descida do Espírito Santo - Dez dias depois da


Ascensão, êles estavam todos no Cenáculo, quando de
repente soprou um vento forte que parecia uma tem­
pestade, e o Espírito Santo desceu sôbre êles, em
forma de línguas de fogo. Foi no dia de Pentecostes
( escreva no quadro-negro) que o Espírito Santo desceu
sôbre os Apóstolos. Para celebrar êste fato, temos a
festa de Pentecostes. Dez dias depois da Ascensão,
temos o domingo de Pentecostes, para celebrar a
descida do Espírito Santo sôbre os Apóstolos. É uma
das festas mais solenes da Igreja. Os paramentos são
vermelhos : bonitos mesmo !
Quem é capaz de adivinhar por que são verme­
lhos Y (Perg1tntar) : De que côr eram as línguas de
fogo !
Oh ! Pois é por isso . . .
Ação do Espírito Santo sôbre os Apóstolos
Desde aquêle momento, os Apóstolos ficaram intei­
ramente mudados. Éles eram homens ignorantes,
simples pescadores ; mas ficaram sábios, que conheciam
tudo da Religião : porque o Espírito Santo lhes ilumi­
nou a inteligência. Eram fracos, tão fracos que aban­
donaram Nosso Senhor, na hora da . prisão ; mas fica­
ram fortes, tão fortes que depois chegaram até a
suportar a morte, por amor de Jesus. Eram medrosos;
tão medrosos que estavam trancados no Cenáculo, com
mêdo dos judeus ; mas ficaram corajosos, tão corajosos
que abriram as portas e saíram para enfrentar os ini­
migos, pregando o Evangelho de Cristo. E não tiveram
mais mêdo : foram presos, açoitados, martirizados, mas
não tiveram mais mêdo. Quando os judeus proibiram
que êles pregassem sôbre Jesus, êles responderam :
" Nós devemos obedecer antes a Deus do que aos ho­
mens." E saíram pelo mundo pregando, para converter
os pagãos. Tudo isto, por causa do Espírito Santo que
desceu sôbre êles.
Vamos ver se vocês aprenderam bem isto : Onde
ficaram os Apóstolos, quando Jesus subiu ao Céu Y

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 119

Quantos dias depois, veio o Espírito Santo 7 Em que


forma desceu o Espírito Santo Y Como eram os Após­
tolos, antes da descida do Espírito Santo Y E como
ficaram depois ? Que responderam os Apóstolos,
quando lhes proibiram pregar sôbre Jesus Y Isto é
muito importante. Vamos escrever em nossos cader­
nos. Vou ditar. Escrevam : "Devemos obedecer antes
a Deus do que aos homens. " ( Verifique. Mande re­
petir sem olhar o caderno. )
O Espírito Santo na Igreja - Como vocês viram,
o Espírito Santo pôs a Igreja a funcionar. Ela estava
pronta, mas começou a funcionar, quando o Espírito
Santo desceu. O Espírito Santo é para a Igreja como
a alma é para nós. A alma é nossa vida : O Espírito
.

Santo é a vida da Igreja. :mie ilumina o Papa e os


Bispos, para governarem a Igreja. Vamos escrever no
caderno : " O Espírito Santo dirige a Igreja e a de­
fende dos inimigos."
Ação do Espírito Santo em nós - Lembram-se
que nós também recebemos o Espírito Santo Y Em .

que dia foi, F 7 Muito bem : no dia do Batismo.


Naquele dia, o Espírito Santo desceu do Céu e veio
morar em nós. Não foi do mesmo modo que no dia
de Pentecostes ; quer dizer : houve a tempestade Y Foi
em forma de língua de fogo que o Espírito Santo
desceu para nós Y Viu-se quando :mie desceu Y Mas a
realidade foi a mesma, isto é, :i!Jle desceu de verdade,
como desceu sôbre os Apóstolos.
:i!Jle desceu e nos transformou também : nós está­
vamos com o demônio, :file expulsoii o demônio e nos
tornou santos; nós não éramos filhos de Deus, Cle nos
tornou filhos de Deus; nós não podíamos ir para o
Céu, :file nos deu o direito de ir para o Céu.
E continua ainda a nos transformar. Assim, é
:mie que ilumina a nossa inteligência, para aprender­
mos as coisas boas ; é :i!Jle que nos dá coragem para
fazermos o bem ; que nos dá fôrças para vencermos o

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120 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

demônio, quando o demônio vem nos tentar. Mas


para isto devemos conservar o Espírito Santo em nós.
Tendo-O em nós, basta pedir o seu auxílio, e logo :l!lle
nos ilumina e nos fortalece. Então, já sabemos : na
hora da tentação, quando não compreendemos as lições,
quando queremos fazer o bem e nos sentimos fracos,
já sabemos : é pedir a fôrça e a luz do Espírito Santo :
" Vinde, Espírito Santo." (Faça uma verificação desta
parle. Insista na diferença do "modo" ( o barulho, a
língua de fogo ) mas na identidade da "realidade".
O Espírito Santo desceu mesmo sôbre nos e nos trans­
formou em santos e filhos de Deus.)

Os que não têm o Espírito Santo - Nós somos


felizes porque temos o Espírito Santo ; mas niio deve­
mos esquecer aquêles que não O têm. Uns nunca O
tiveram : são os pagãos. (Lembrar que são a maior
parte dos homens. ) Outros tiveram o Espírito Santo,
mas O perderam. Como perderam Y (Pelo pecado
mortal.) Como podem recuperá-Lo 7 Devemos ter
muita pena tanto dos pagãos como dos pecadores.
Não podemos esquecê-los em nossas orações. (Insistir
um pouco. )
RESUMO
1 . Jesus mandou que os Apóstolos ficassem em
Jerusalém esperando o Espírito Sanfo ;
2 . dez dias depois, o Espírito Santo desceu em
forma de línguas de fogo sôbre os Apóstolos ;
3 . a Igreja celebra êste fato na festa de Pente­
costes ;
4. o Espírito Santo transformou os Apóstolos em
sábios, fortes e corajosos ;
5. assim, o Espírito Santo pôs a funcionar a
Igreja que Cristo fundou ;
6 . ainda hoje é o Espírito Santo que dirige e
ilumina a Igreja Católica ;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 121

7 . nós também recebemos o Espírito Santo, no


Batismo e ficamos transformados em santos e filhos
de Deus ;
8 . conservar o Espírito Santo e pedi-Lo para os
que não O têm é dever nosso.

EXERClCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Preencher o s exercícios da lição.
3. Aprender de cor esta oração : "Vinde, Santo
Espírito, enchei o coração de vossos fiéis e acendei
nêles o fogo de vosso amor."

A IGREJA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Nossa preocupação aqui não é ciar muita dou­
trina sôbre a Igreja, mas prender as crianças à Igreja
pela submissão e amor aos pastôres. Nesta direção é
orientada a lição.
2. Como sociedade organizada, a Igreja depende
afinal da obediência dos fiéis aos legitimos pastôres, os
quais são escolhidos pelo Espírito Santo, representam
Cristo, e são a garantia da unidade, da santidade, da
catolicidade e da apostolicidade da Igreja.
3. Como Corpo Mistico de Cristo, os membros
vivem na medida em que estão unidos à Cabeça e rece­
bem a vida que a Hierarquia distribui pelo ensino da
Verdade, pela comunicação da Graça ( Sacramentos) e
pelo culto perfeito (Missa) .
4. Aliás, os podêres que Cristo conferiu a seus
Apóstolos foram êstes : ensinar ( "Ensinai a tôdas as
gentes": Mt. 28.19), governar ("tudo o que ligardes n a
terra será ligado n o Céu": Mt. 18.18) e santificar (bati­
zando: Mt. 28.19), perdoando pecados: Jo. 20.21-23, e
celebrando a Santa Missa: Lc. 22.19.
1lles exigem que os cristãos recebam o ensino, sub­
metam-se às autoridades da Igreja e recebam os Sacra­
mentos, e participem da Santa Missa.

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122 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

5. Para ser realmente católico é preciso "ser bati­


zado, crer e praticar a doutrina católlca'', como tão bem
diz o Catecismo: aí está a nossa submissão aos três
podêres:
- ser batizado : poder de santificar;
- crer: poder de ensinar;
- praticar: poder de governar.
6. O catequista há de conhecer · bem a doutrina a
êste respeito. (Veja o capítulo "A Igreja de Cristo" em
A Doutrina Viva.) Mas há também de ser filialmente
submisso às autoridades eclesiásticas - Pároco, Bispo,
Papa - em tudo que se refere ao que é da Igreja, e
mostrar-se fiel aos Mandamentos e desejoso de santi­
dade, com a freqüência aos Sacramentos.
7. O fato em que se baseia a lição está em Jo.
21.15-17.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Cristo dá a São Pedro o primado (Jo. 21.
15-17 ) .
2. D: Organização d a Igreja.
3. F:
a) D: Ser bom cristão ( Exerc. II)
b) C: Respeito aos sacerdotes (Exerc. IV)
c) A : Rezar pelas missões ( Exerc. V)
d) L: Rezar pelo Papa e o Bispo, na Missa
( Exerc. III ) .
REVISÃO D A AULA ANTERIOR
Onde ficaram os Apóstolos esperando o Espirito
Santo? Em que lugar? (Cenáculo.) Quantos dias espe­
raram o Espírito Santo? Conte a descida do Espírito
Santo. Em que dia a Igreja celebra a vinda do Espírito
Santo? De que côr são os paramentos? Como eram os
Apóstolos antes do Pentecostes? Como ficaram depois?
Quando recebemos o Espírito Santo? Que transformação
fêz �le em nós? Como nos ajuda o Espírito Santo?
(Ilumina e fortalece.) Que devemos fazer para isto?
(Conservá-Lo e invocá-Lo. ) Que devemos fazer pelos que
nãc); têm o Espírito Santo? ( Verifique os e:ferçícios para
casa.)

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 12a.

EXPLANAÇÃO
Nós vimos que, durante sua vida pública, Jesus
pregava a doutrina, perdoava os pecados, abençoava.
Mas, depois que �le voltasse para o Céu, como havia
de ser Y Quem iria pregar o Evangelho, perdoar os
pecado11, abençoar Y . Jesus não podia abandonar os
homens. �le havia de dar um jeito para que houvesse
quem pregasse a sua doutrina, perdoasse · os nossos pe­
cados, e nos abençoasse.

Cristo fundou a Igreja - Foi para ter quem con­


tinuasse o seu trabalho, que Cristo fundou a Igreja .
Escolheu os Apóstolos e lhes deu podêres para perdoar
pecados, pregar o Evangelho e governar os homens llJlS
coisas religiosas. Vejam bem os três podêres que
Cristo deu aos Apóstolos : pregar, perdoar pecados, e
governar em coisas religiosas . (Mande um aluno
ao quadro-negro e dite : pregar, perdoar, governar.
Depois, mande escreverem nos cadernos. ) Assim,
quando Cristo subisse para o Céu, já havia quem conti­
nuasse a fazer o que �le fazia. A Igreja continua o
trabalho e a missão de Jesus. Vamos escrever também
isto em nossos cadernos ( dite) : " A Igreja continua
a missão de Jesus." A missão de Cristo foi salvar
todos os homens. Mas vejam : - todos os homens são
católicos ? Há povos inteiros que ainda não sabem
nem que Cristo veio ao mundo · e morreu para nos
salvar. Que povos são êsses Y ( Os pagãos. ) A Igreja
tem de converter êsses homens, tem de batizá-los, tem
de fazer dêles católicos. E nós precisamos ajudar a
Igreja no trabalho das Missões. Temos de rezar e
trabalhar pelas Missões. Vocês se lembram de rezar
sempre pelas Missões Y Pois, não esqueçam.

São Pedro, chefe supremo da Igreja. - Agora


quero contar a vocês como foi que Cristo escolheu
São Pedro para chefe de sua Igreja. Nosso Senhor

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1M Mons. Negromonte - Guia do Catequ�sta

tinha prometido a Pedro que faria dêle chefe de sua


Igreja, quando lhe disse : " Tu és Pedro e sôbre esta
pedra edificarei a minha Igreja." Aí Jesus tinha s6
prometido. Mas Jesus cumpre tôdas as suas promessas.
Depois da Ressurreição, :mie apareceu a Pedro e lhe
perguntou : "Pedro, tu me amas ?" Pedro respondeu :
" Senhor, tu sabes que eu te amo." Então Jesus lhe
disse : " Apascenta as minhas ovelhas." (Mande es­
crever no quadro-negro : Apascenta, e explique que
significa tomar conta, governar. ) Assim, Jesus entre­
gou a São Pedro o govêrno de sua Igreja.
E quando :6:le foi para o Céu, São Pedro ficou che­
fiando tôda a Igreja. Todos os Apóstolos, todos os
cristãos obedeciam a êle, porque êle era o Papa, no­
meado por Jesus. São Pedro foi, portanto, o primeiro
Papa que a Igreja teve.
Entenderam bem isto 7 Vamos ver. A quem
Jesus prometeu fazer dêle o chefe da Igrej a ? Quais
foram as palavras de Jesus Y :6:Ie cumpriu esta pro­
messa 7 Quando ? Que perguntou Jesus a São Pedro 7
E que respc>ndeu São Pedro Y Quais foram as pala­
vras de Jesus fazendo de São Pedro o primeiro Papa 7
Organização ela Igreja - Tôda sociedade beIJ)
organizada tem um chefe geral, que governa os outros
chefes, que dirige todo o movimento. Vejam o Brasil :
tem os municípios com o prefeito ; tem os estados, com
o governador ; e tem, acima de todos êsses chefes
secundários, o presidente da República. A Igreja Ca­
tólica, que é muito bem organizada, tem os párocos ( na
paróquia) , os Bispos (nas dioceses) , e tem finalmente
o Papa, que governa o mundo inteiro.
Os párocos governam as paróquias : os católicos
obedecem a êles, e êles obedecem ao Bispo. O Bispo
governa a diocese (que é uma reunião de várias paró­
quias) , e obedece ao Papa. De modo que o Papa é o
chefe supremo (mais alto de todos) de tôda a Igreja.

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Para o Meu Catecismo - 3.ó ano i.25

Vejam aí a figura da lição. (Pausa.) Temos aí


o Papa, um bispo e um pároco. O pároco governa o
quê Y E o bispo 7 Quem obedece ao pároco Y E o
pároco a quem obedece ? E o bispo 7 Então qual é
o chefe supremo da Igreja 7 Pode-se ser católico sem
obedecer aos chefes religiosos Y
É por isso que todo verdadeiro católico respeita
os chefes religiosos, defende-os quando alguém os acusa,
e procura ajudá-los em tudo que é possível. E reza
por êles. Na oração depois da Bênção do Santíssimo
Sacramento, rezamos pelo Papa, pelo Bispo, pelo nosso
pároco. A Missa tem uma oração especial para rezar­
mos pelo Papa e pelo bispo : é logo depois do " Sanc­
tus". Prestem atenção na Missa de domingo, que é
para vocês rezarem juntamente com o celebrante.
Obedecer à. Igreja - O bom católico tem de obe­
decer a seus superiores religiosos : ao pároco, ao Bispo,
ao Papa. Quem não quer obedecer aos superiores
espirituais não é bom cristão. E se não quer obedecer
em coisas importantes, essa pessoa nem é católica.
Vamos, portanto, ser mais obedientes a nosso vi­
gário, ter-lhe muito respeito, e ajudá-lo em tôdas as
obras da paróquia. Como podemos mostrar respeito
ao vigário Y Em que devemos obedecer-lhe Y Quais
são as obras da paróquia em que vocês podem ajudar 7
(Indique isto às crianças. )
RESUMO
1 . Cristo fundou a Igreja, e lhe deu o poder de
ensinar, de perdoar e de governar ;
2 . a Igreja continua a missão de Jesus ;
3 . a Igreja é organizada com o Papa, os Bispos
e os Párocos ;
4. Cristo fêz de São Pedro o primeiro Papa da
Igreja ;
5 . temos o dever de obedecer a nossos superiores
espirituais, de respeitá-los e de rezar por êles ;

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i26 · Mons. "Negromonte - Guia do Catequista "
. ....

6 . é preciso ajudar a Igrej a a co�verter os


pagãos, para que todos os homens recebam a salvação
de Cristo.

EXERCfCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios I e II.

A VERDADEIRA IGREJA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Entre as várias Igrejas que se dizem verdadeiras
é fácil conhecer qual a que Cristo fundou e é realmente
a única verdadeira, pois somente uma é verdadeira,
sendo falsas as demais.
A verdadeira Igreja de Cristo é uma, santa, católica
e apostólica, como dizemos no Credo da Missa.
2. Cristo instituiu uma só Igreja : "a minha Igreja"
(Mt. 16.19 ) , que deve ser "um só rebanho com um só
pastor" (Jo. 10.16). A Igreja uma é a que tem uma só
doutrina, um só govêrno, um só culto.
3. Cristo veio para nos salvar, quer que nos san­
tifiquemos (Jo. 17.19) , e para isto ensinou uma doutrina
de santidade e instituiu meios de santificação, que são
os sacramentos e a Missa.
Só será verdadeira Igreja de Cristo a que fôr santa:
pregar uma doutrina de santidade, administrar os Sacra­
mentos, celebrar a Missa e produzir Santos.
4. Cristo veio salvar todos os homens e em todos
os tempos: "até o fim do mundo" ( Mt. 28.20) . A sua
Igreja será, portanto, católica.
·

5. Entregue aos Apóstolos, a Igreja de Cristo é


apostólica: começou com os Apóstolos, conserva a dou­
trina pregada por êles, seus chefes se prendem aos
Apóstolos por uma série ininterrupta.
6. Ora, só a Igreja Católica tem êstes quatro sinais;
logo, só a Igreja Católica é a Igreja de Cristo.
7. De fato, quando sabemos que o protestantismo
começou com Lutero (século XVI ) , 1.500 anos depois de
Cristo; que existem centenas de seitas, cada uma com

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Para o Meu Catecismo - 3"!'. a?íõ 'C�7
.... .
uma doutrina diferente; - quando sabemos que nunca
houve um santo protestante, e que o protestantismo dis­
pensa até as boas obras; - quando vemos que hã pro­
testantes por tôda parte, mas não é a mesma religião,
- então concluímos que a Igreja protestante não é nem
uma, nem santa, nem católica, nem apostólica.
8. O espiritismo, muito menos. Tem apenas um
século de existência, não tem qualquer semelhança com
a Igreja organizada por Cristo (nem pastôres, nem dou­
trina, nem sacramentos, nem culto) , nem .mesmo aceita
a salvação feita por Cristo.
9. Ver A Doutrina Viva, capítulo "Notas da Igreja".

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Cristo dá o primado a Pedro (relembrar) .
2. D : Sinais d a verdadeira Igreja.
3. F:
a) D: Ser fiel à Jgreja ( Exerc. III)
b) C: Ser bom católico (Exerc. II)
c) A : Rezar pelos protestantes (Leitura)
d) L: Rezar pela Igreja, na Missa ( Exerc.
IV) .
REVISÃO D A AULA ANTERIOR
Cristo deixou quem continuasse a sua missão? Qual
é a missão da Igrej a? (Continuar a de Cristo.) Que
podêres deu Cristo à Igreja para isto? A quem foi que
Cristo prometeu a chefia da Igreja? Quando foi que
Cristo cumpriu a sua promessa? Quais foram as pala·
vras que Cristo disse a São Pedro, quando fêz dêle o
chefe de sua Igreja? Quem foi o primeiro Papa? Quem
governa a Igreja tôda? E a diocese? E a paróquia?
Que obrigações temos para com os nossos chefts reli·
giosos? Quando é que rezamos na Missa pelo Pap a e
pelo Bispo? (Verifique os exercícios para casa. )

EXPLANAÇÃO
Vocês acabaram de dizer que Cristo fundou a sm
Igreja (frise bem : " sua" ) , deu a ela ( " a ela" ) �
missão de salvar as almas, e nomeou um chefe - urr
chefe só - para a Igreja tôda : " Pedro, apascenta ai
minhas ovelhas." Então, vejam bem isto, que é muit<

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impo:mmte : - Cristo fundou só uma Igreja. Vejam
bem : Só uma Igreja. Portanto, só há uma Igreja
verdadeira : as outras são falsas, porque não foram
fundadas por Cristo, e sim · foram inventadas pelos
homens.
Há quatro sinais pelos quais podemos reconhecer
qual é a verdadeira Igreja de Cristo. Cristo fundou
uma só Igreja : então a Igreja é uma. Cristo fundou
a sua Igreja para santificar os homens : então a Igreja
de Cristo é santa. Cristo fundou a sua Igreja para
todos os homens e para todos os tempos : então a Igreja
é católica que quer dizer universal, isto é, para todos
os tempos e para todos os homens. Finalmente, Cristo
entregou a sua Igreja aos Apóstolos : então a Igreja de
Cristo é apostólica.
Prestem bem atenção. Vou repetir isto, que é
muito importante. (Repete.) Vamos escrever no
quadro-negro. Vá no quadro, F. Quantas Igrejas
Cristo fundou, hein, G 7 Muito bem. Então escreva,
F : Uma. Para que Cristo fundou a sua Igreja T
Diga, M. Isto mesmo. Para nos santificar, ou nos
fazer santos. Então deve ser santa. Escreva, F :
Santa. Para quem fundou Cristo a sua Igreja, P ?
ótimo : para todos os homens. Então a Igreja de
Cristo deve ser para todos. Qual é a palavra que
significa isto T Quem sabe f Muito bem : católica.
Escreva, F : Católica. Finalmente a quem Cristo en­
tregou a Igreja, T 7 Aos Apóstolos, sim. Portanto, a
Igreja de Cristo deve ser apostólica. Escreva, F :
ApostóUca.
Eis aí os quatro sinais que deve ter a Igreja de
Cristo. Se tiver êstes quatro sinais é a verdadeira
Igreja de Cristo ; se não tiver, não é a Igreja de
Cristo - é uma igreja qualquer, falsa, fundada pelos
homens. Vamos escrever nos cadernos. (Dit/3.) " A
Igreja Católica é verdadeira porque só ela é uma,
santa; católica e apostólica. " ( Verifique.)

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 129

A Igreja. Oa.t61ica. é verda.deira - Há "Outras


Igrejas que se dizem verdadeiras, mas não são. Vejam,
por exemplo, os protestantes. Cada grupo ensina uma
coisa diferente ; então, a Igreja protestante não é uma.
jj)les não t�m santos : nunca deram um santo ; então,
ela não é santa . Quando êles inventaram a Igreja
dêles, já fazia 1 . 500 anos que os Apóstolos tinham
morrido ; então, ela não é apostOlica. Portanto, tam­
bém ela não é cat6lica, porque não é de todos os tempos,
mas começou há pouco tempo. Vejam a Igreja protes­
tante : não é a verdadeira Igreja, porque não é nem
uma, nem santa,- nem católica, nem apostólica.
Coitados dos protestantes ! Estão numa religião·
errada ! Precisamos ter pena dêles e rezar por êles,.
para que êles se convertam para a verdadeira Igreja,.
que é a nossa.

Felizes somos nós - Felizes somos nós da Igreja-.


Cat61ica, porque pertencemos à verdadeira Igreja de·
Cristo. Devemos dar muitas graças a Deus por sermos
católicos. Podíamos ter nascido numa família protes­
tante ou espírita - e então estaríamos no êrro : sería­
mos protestantes ou espíritas. Felizmente, nascemos
numa família católiea, e somos católicos, pertencemos
à verdadeira Igreja de Cristo.
Peçamos a Deus a graça de contirJ,uar sempre cató­
licos, e de ser bons católicos, obedientes à nossa Igreja
cumprindo sempre nossos deveres e procurando ser
piedosos. Cada vez melhores !
E rezemos pela nossa Santa Igreja, ·para que ela
viva em paz, vença os seus inimigos e se desenvolva
cada vez mais. Na Missa, logo depois do " Sanctus",
naquela oração em que rezamos pelo Papa e pelo Bispo,
rezamos também pela Igreja, pedindo a Deus para
" conservá-la em paz, protegê-la e governá-la". No
domingo, prestem atenção para rezar também junto
com o celebrante.

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130 Mons. Negromonte - <.TUia ao <.:ai;equ:isi;a

RESUMO
1 . Só a Igreja de Cristo é verdadeira ;
2 . a verdadeira Igreja é uma, santa, católica e
apostólica ;
3 . só a Igreja Católica é verdadeira, porque s6
ela é uma, santa, católica e apostólica ;
4. nem os protestantes nem os espíritas perten­
cem à verdadeira Igreja : devemos rezar pela conver­
são dêles ;
5 . devemos dar graças a Deus porque somos cató­
licos, pedindo para ser católicos bons e piedosos ;
6 . na Missa, rezamos pela Igreja, o que devemos
fazer sempre.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Completar os exercícios I e II.

O PAPA NÃO ERRA

D OUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Cristo fundou a sua Igreja e assegurou que "as
portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt.
16.19 ) . Se a Igreja errasse, ou os fiéis a seguiriam, ou
não a seguiriam. Se a seguissem, tudo se destruiria; se
não a seguissem, a Igreja se destruiria do 'mesmo modo,
pois os seus membros se separariam da Cabeça. Por­
tanto, o demônio só não prevalecerá, se o chefe da Igreja
fôr infalivel.
2. O Papa é infalível quando:
a) fala como chefe da Igreja;
b) fala sôbre matéria de fé e moral;
c) tem intenção de definir;
d) ensina para tôda a Igreja.
Só com estas quatro condições é o Papa infalível;
nos demais casos, não.
3. Assim, pois, o Papa pode errar:
- como homem particular;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 131

- sôbre assuntos que não são de fé e moral;


- mesmo sôbre êstes assuntos, mas não falando
como chefe da Igreja, ou não tendo a intenção de definir;
- em questões de administração e disciplina da
Igreja.
4. Os Bispos são também infalíveis, quando em con­
junto e unidos ao Papa. Mas individualmente cada
Bispo não é infalível. No entanto, pela especial assis­
tência que recebe do Espírito Santo, pode mais dificil-
mente errar que um cristão qualquer.
·

5. Aceitar a autoridade da Igreja em matéria de


f é e costumes é condição essencial à vida cristã.
E aceitá-la em tudo é medida de prudência: o bom
católico aceita com facilidade o ensino e a disciplina do
Papa e de seu Bispo. E como o pároco é o represen­
tante do Bispo junto aos fiéis, a êstes cabe submeter-se
dõcilmente ao pároco.
6. É esta confiança na Igreja que devemos trans­
mitir, bem firmemente, às crianças.
7. O capítulo "Infalibilidade da Igreja", em A
Doutrina Viva, contém melhores esclarecimentos para o
catequista.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Vinda do Espírito Santo (relembrar) .
2 . D : A Igreja é infalível.
3. F:
a) D: C1· er n o que a Igreja ensina (Exerc.
I)
b) C: Ouvir as prega�es ( Exerc. II)
c) A: Rezar pela conversão dos hereges
(Exerc. III)
d) L: Rezar pelo Papa e o Bispo, na Missa
(Exerc. IV).
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Quantas Igrejas Cristo fundou? Quais são os sinais
da verdadeira Igreja? Por que a Igreja é santa? Que
quer dizer católica? Por que a Igreja é apostólica? Por
que o protestantismo não é a verdadeira Igreja? Que
devemos fazer em favor dos protestantes e espfritas?
Você se lembrou de agradecer a Deus a felicidade de ser
católico? Como deve ser um bom católico? Quem se
lembrou de rezar pela Igreja? ( Verificar os exercfcios
para casa.)

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132 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

EXPLANAÇÃO
Quem se lembra da descida do Espírito Santo
sôbre os Apóstolos Y :f!lles ficaram esperando o Espí­
rito Santo, em Jerusalém. E no dia de Pentecostes,
o Espírito Santo desceu sôbre êles. Em forma de
quê 7 Isto mesmo : de línguas de fogo. E os Apósto­
los .ficaram inteiramente transformados. Eram igno­
rantes, ficaram . . . como 7 Eram covardes ; como fica­
ram 7 Muito bem ; foi isto mesmo : ficaram sábios e
corajosos, porque o Espírito Santo os iluminou e lhes
deu fôrças.
O Espírito Santo dirige a lgTeja - Eu expliquei
a vocês que Cristo fundou a Igreja, mas não a deixou
funcionando. Quem fêz a Igreja funcionar foi o Es­
pírito Santo, quando desceu sôbre os Apóstolos. O
Espírito Santo é quem dirige a Igreja : :f!lle ilumina o
Papa e os Bispos, · para êles ensinarem as coisas da
Religião, de modo que a Igreja nunca pode se enga­
nar em coisas de Religião.
Vejam a figura da lição. Aí está o Papa escre­
vendo sôbre coisas da Religião. O Espírito Santo
está assistindo-o, iluminando-o, para êle não errar .
Qual é o Espírito Santo aí Y Quando foi que :f!lle apá­
receu em forma de pomba Y Qual foi a outra forma,
sob a qual :f!lle apareceu 7 Quando 7
Iluminado pelo Espírito Santo, o Papa só pode
ensinar a verdade : nunca pode errar. É claro : o Es­
pírito Santo é Deus, e Deus não pode errar nem enga­
nar-se ; se o Espírito Santo dirige a Igreja, se :f!lle
ilumina o Papa e os Bispos, a Igreja não pode errar.
Noutras coisas, que não são de Religião, o Papa e
os Bispos podem errar ; mas em coisas de Religião não
podem. Em coisas de Religião a Igreja é infalível
(escreva no quadro-negro : infalível) . Infalível quer
dizer : que não pode errar. Vamos escrever isto nos
cadernos : " Em coisas de Religião o Papa é infalível."

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 133

( Verifique; mande três ou quatro lerem; mande repe-


tir de cor. )
·

Foi Cristo que prometeu _:_ Foi Cristo que prome­


teu a São Pedro, o primeiro Papa, que êle não cairia
nunca em êrro, em coisas de Religião. Cristo disse :
" Tu és· Pedro e sôbre esta pedra edificarei a minha
Igrej a ; e as portas do inferno não preva�ecerão contra
ela. " Sabem o que quer dizer : portas do inferno não
prevaleeerão · contra ela 7 Quer dizer : os maus nunca
vencerão a Igreja: Portanto, ela nunca cairá em êrro,
o demônio nunca a vencerá. Quem prometeu isto foi
Jesus, e o que Jesus promete não pode falhar.
Vamos ver se entenderam bem o que eu ensinei.
Quem dirige a Igreja Y (Se responderem : o Papa,
pergunte : E quem ilumina o Papa 1 ) O Espírito
Santo pode errar ? Por quê Y ( Porque é Deu&. ) S e
1!Jle não pode errar e dirige o Papa, o Papa pode errar Y
Em que é que a Igreja não pode errar Y Qual é a
palavra para dizer que o Papa não pode errar Y (Infa­
lível. ) Quem disse a São Pedro que êle não podia
errar Y Quais foram as palavras de Cristo 7 Que quer
dizer : As portas do inferno não prevalecerão contra
ela Y Vamos escrever estas palavras de Cristo nos
cadernos. (Dite.)
Como é bom ser católico - Vejam (pausa) : vocês
já sabem qual é a verdadeira Igreja. Qual é Y Agora
estão vendo, mais uma vez, como é bom ser católico.
Os que são de outras religiões estão no êrro, e podem
cair em outros muitos erros, porque o Espírito Santo
não ilumina nem dirige os chefes dêles. Mas os nossos
chefes são iluminados pelo Espírito Santo ; e nós de­
vemos rezar sempre por êles, para que o Espírito
Santo os ilumine cada vez mais, e êles sejam obedientes
ao Espírito Santo. Vocês já sabem que na Missa h á
uma oração pelo Papa e pelo nosso Bispo. Quando
ê esta oração T (Logo depois do " Sanctus".) Pois bem :
vamos ter o cuidado de rezar pelo Santo Padre o Papa.

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184 Mons. Negromont1 - Guia do Cat,quista

e pelo nosso Bispo (ou Arcebispo), sempre que formos


à Santa Missa.
Vejam isto : os católicos só caem em êrro se qui­
serem ; mas os hereges, , coitados, estão já no êrro, e
não têm chefes que possam orientá-los com segurança.
Precisamos ter pena dessa pobre gente. Precisamos
ajudar os hereges e rezar por êles, para êles se conver­
terem. Quem de vocês tem o costume de rezar pela
conversão dos protestantes e espíritas T
Pois, não esqueçam : é a maior caridade que pode­
mos fazer-lhes.
Agora, felizes são os católicos : só caem em êrro se
quiserem. Basta seguirem o que o Papa e os Bispos
ensinam. A Igreja Católica é infalível : se nós cremos
no que ela ensina, não cairemos em êrro. É por isso
que dizemos no Credo : " Creio na Santa Igreja
Católica."
Para saber o que a Igreja ensina é preciso ouvir
as pregações, e estudar o Catecismo. Na Missa de
domingo, quase sempre há pregação. Prestem tôda
atenção ao que o pregador cdisser. O Espírito Santo
ajuda os pregadores, para êles ensinarem a doutrina
da Igreja ; e nós devemos ouvir as pregações e prestar
muita atenção.
RESUMO
1 . :m o Espírito Santo quem dirige a Igreja ;
2 . :mie ilumina o Papa e os Bispos, para êles não
errarem quando ensinam coisas de Religião ;
3 . isto foi Cristo que prometeu a São Pedro,
quando disse que as portas do inferno não prevalecerão
contra a Igreja ;
4. o católico tem a felicidade de não errar,
quando segue os ensinamentos de seus chefes ;
5 . os hereges estão no êrro e sujeitos a novos
erros, precisando que rezemos pela conversão dêles ;
6 . ouvir as pregações e· estudar Catecismo são
práticas muito úteis para um bom católico ;

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 135

7. o bom cat6lico reza sempre pelo Papa e pelos


Bispos.

EXERClCIOS PARA CASA

1. Colorir a figura.
2. · Preencha o exercício 1.
3. Faça o desenho do púlpito.

A FAMfLIA DE DEUS

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Somos uma familia, cujo Pai é Deus, cuja Mãe
é a Igreja, cujos filhos são os cristãos.
Jesus se referia freqüentemente a Deus chamando-O
"o vosso Pai celeste". No Pater, é assim que tratamos
a Deus. No Credo: "Creio em Deus, Pai." No Gloria
Patri, também,
A Igreja nos gerou para a vida0 sobrenatural, no
Batismo: é nossa Mãe - "Santa Madre Igreja", como
diziam nossos antigos.
A graça santificante nos dá uma participação na
própria natureza divina, de modo que não sõmente
somos chamados, mas realmente somos filhos de Deus
(1 Jo. 3.1 ) .
2 . É em Cristo que se constitui tôda a Familia de
Deus.
Unindo-nos a Cristo, o Batismo nos tornou filhos de
Deus, fazendo um Corpo, do qual Ciisto é a Cabeça e
nós, os membros. De modo que Cristo hoje não é mais
sõzinho: é Cabeça e membros - a ,Igreja tôda (Ver 1
Cor. 12.12-31) .
3. O corpo Místico de Cristo, ou a reunião de todos
os cristãos em Cristo, vive a vida sobrenatural, tem o
mesmo fim, crê nas mesmas verdades, possui uma ri­
queza comum.
4. Esta riqueza comum é o que se chama "Comu­
nhão dos Santos": cada um participa dos merecimentos
de todos.
As conclusões dêste princípio são importantíssimas :
a) quanto mais eu me santifico, mais santo s e
torna o mundo;

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136 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

b) é de meu interêsse cuidar da santificação dos


católicos .e da conversão dos pagãos e dos hereges;
e) a piedade individualista (que se contenta con­
sigo e não cuida do próximo) é contrária aos interêsses
gerais.
5. A Missa é o ato por excelência da Familia de
Deus, que se reúne tôda em tôrno do altar: os do Céu,
do purgatório, os da terra.
6. Ver A Doutrina Viva no cap. "A Família de
Deus".
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: A videira e os ramos (Jo. 15.1-7).
2 . D: A Igreja é a família d e Deus.
3. F:
a) D: Viver em estado de graça ( Leitura)
b) C: Santificar-se mais (Exerc. IV)
c) A: Rezar pelos mortos ( Exerc. l) e
pagãos ( Exerc. III )
d) L: Festa de Todos os Santos e Dia de
F1nados (Exerc. I ) .

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Quem dirige a Igreja? Por que a Igreja não pode
errar? Quando o Papa é infalível? Quem disse a São
Pedro que êle seria infalível? Quais foram as palavras
de CristO? Como é que um católico pode ser infalível
também? (Seguindo os ensinamentos do Papa.) E Ós
hereges estão sujeitos a cair em novos erros? Por quê?
(Os chefe.s dêles não são iluminados pelo Espírito Santo.)
Que devemos fazer pelos pobres hereges? Como pode­
mos saber o que ensina a Igreja? (Estudando o Cate­
cismo e ouvindo as pregações.) (Verifique os exercí­
cios para casa.)

EXPLANAÇÃO

Vocês se lembram daquela comparação que Jesus


fêz, dizendo que 1lle é uma árvore e nós somos os ramos T
Lembram-se do Testo Y Qual é o ramo que está vivo Y
(Unido à árvore ) E o ramo morto Y
. ( Separado.)
Lembra:rn-se também do que é necessário para nos unir­
mos a Cristo 7 ( O Bat ismo ) .

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 137

Somos da Familia. de Deus Com o Batismo nós


-

nos tornamos filhos de Deus. Se somos filhos de Deus,


Deus é nosso Pai. E é assim que chamamos a Deus.
Em que oração dizemos que Deus é nosso Pai 7 (Pai­
Nosso. ) Há outra. Quem se lembra 7 ( Creio em Deus,
Pai.) Então nosso Pai é Deus. E nossa Mãe é a
Igreja : - foi ela que nos fêz nascer como filhos de
Deus. ·
· ,- ; ; ;�
Nós temos dois nascimentos. O nascimento natural
e o nascimento como filhos de Deus. Qual foi o dia
em que você nasceu, F ? E qual foi o dia em que você
nasceu como filho de Deus Y Muito bem : foi o dia de
seu Batismo.
Quando uma criança nasce, ela pertence à família
dos homens ; mas quando se batiza, ela fica pertencendo
à Família de Deus.
A Família de Deus é assim : Deus é o Pai, a Igreja
é a mãe, os cristãos são os filhos.
Mas para pertencer bem direitinho à Família de
Deus é como para ser verdadeiro cristão : - são neces­
sárias três coisas : ser batizado, crer e praticar a dou­
trina cristã. Guardem bem isto. Para guardar bem,
vamos escrever noiil cadernos : "Para pertencer à Famí­
lia de Deus é necessário ser batizado, crer e praticar
a doutrina cristã. " ( Verificar; mandar três ou quatro
lerem; dizer de cor. ) 1

Então já sabemos : em que dia entramos para a


Família de Deus Y Na Família de Deus, quem é o pai t
e a mãe 7 e os filhos 7 Que é necessário para pertencer
à Família de Deus 7 1

Vejam : os pagãos não pertencem à Família de


Deus. l!.lles são só filhos do nascimento natural. Qual
é o sacramento que êles precisam receber, P Y O Ba­
tismo. Só com o Batismo êles se tornam filhos de
Deus. )jJ por isso que devemos rezar sempre pelos
pagãos e pelas missões,

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138 Mons. Negrornonte - Guia do Catequista

Terra, Céu e Purgatório - A Família de Deus é


muito grande. Fazem parte dela todos os cristãos da
terra, as almas do Purgatório e os Santos do Céu. Mas
todos são filhos de Deus : - os que venceram a luta
desta vida, e já triunfaram, chamam-se, por isto, a
Igreja Triunfante ;- os que estão sendo purificados e
padecem no Purgatório chamam-se a Igreja Padecente ;
- os que ainda militam (lutam) na terra para alcançar
o Céu chamam-se a Igreja Mi1itante.
Guardaram bem 7 Vá ao quadro, R, e escreva :
Triunfante, Padecente, Militante. Agora escrevam
vocês nos cadernos. (Espere. Mande ler. Mande apa­
gar do quadro-negro. Faça repetir de cor. )
Quem pertence à Igreja Padecente Y E à Triun­
fante ! E à Militante ?

União entre todos - Os membros da Família de


Deus estão em lugares tão diferentes, mas há uma grande
união entre êles. Nós honramos os santos do Céu.
Q uase todo dia há a festa de um santo na liturgia. E
há um dia do ano, em que honramos todos os santos do
Céu. E êles também rezam por nós e nos protegem e
nos alcançam graças de Deus.
Há também união entre n6s e as almas do Purga­
tório : nós rezamos por elas e elas rezam por nós e nos
ajudam. Rezamos por elas na Missa : em que parte da
Missa ? ("Memento" dos mortos.) Há também um
dia especialmente dedicado a rezarmos pelos mortos.
Quem sabe qual é êsse dia T É o dia 2 de novembro :
Dia de Finados.
E os que estão na terra também se ajudam uns
aos outros. Com suas orações e boas obras. Cada
cristão que fica mais santo ajuda mais os outros. Se
eu ficar mais santo, ajudo mais os outros cristãos .
Então, vamos cuidar de melhorar mais, de tornar-nos
mais santos. Esta união de todos os cristãos chama-se
Comunhão dos Santos.

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 139

Então digam : Que fazem por nós os santos do


Céu 7 E que fazemos nós por êles ? Que fazemos pelas
almas do Purgatório 7 E que fazem elas por nós Y E
como se ajudam os cristãos na terra Y Que devemos
fazer para ajudar mais os outros Y Como se chama a
união de todos os cristãos Y
RESUMO
1 . O Batismo nos torna membros da Família de
Deus ;
2 . Deus é o Pai, a Igreja é a mãe, e os cristãos
são os filhos ;
3 . para pertencer à Família de Deus é preciso
ser batizado, crer e praticar a doutrina cristã ;
4 . os pagãos não pertencem à Família de Deus,
o que nos obriga a rezar pelas missões, para que êles
venham a pertencer ;
5 . a Família d e Deus está n a terra (igreja mili�
tante ) , no Céu ( igreja triunfante) e no Purgatório
(igreja padecente) ;
6 . embora em lugares tão diferentes, há entre os
vários membros uma grande união.
EXERC:tCIOS PARA CASA
1. Completar os exercícios da lição.
2. Fazer o desenho da árvore.

A MISSA UNE OS CRISTÃOS


DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. A Missa é oferecida a Deus para os quatro fins
do culto : adorar, agradecer, propiciar e suplicar. E
como é ato de Cristo, ela produz por si os frutos, desde
que o h o mem não interfira, dificultando·os. Assim, a
adoração e a ação de graças se produzem --eficazmente,
porque se passam entre Cristo e o Pai; mas a propicia·

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140 Mons. Negromonte - Guia do Catequ'i8ta

ção e a súplica já não se produzem do mesmo modo;


por ficarem dependendo das condições em que os- ho-
mens se colocam.
2. Sendo a Missa oferecida pela Igreja e por tôda a
Igreja, seus frutos se estendem a tôda a Igreja; à Triun­
fante, para glória e alegria dos que estão no Céu; à Pa­
decente, para alívio e confôrto dos que estão no purga­
tório; à Militante, para expiação e ajuda dos que estão
na terra.
3. Nossa participação na Missa se faz de diversos
modos:
a) cada cristão participa de tôdas as Missas que
se celebram no mundo;
b) essa participação aumenta, quando eu tenho
a intenção de participar das Missas;
c) aumenta ainda mais, se eu participo pessoal­
mente de determinada Missa;
d) essa participação atual pode ser maior ou
menor, conforme a parte que tomo na celebração: 1)
assisto apenas; 2 ) acompanho o celebrante, unindo-me
às orações que êle reza, etc.; 3) respondo ao celebrante;
4) ajudo a Missa; 5) ofereço a matéria para o Sacrifício;
6) comungo na Missa.
4. Há um fruto especial da Missa, o que chamamos
"intenção da Missa", que aproveita àquele ou àqueles por
quem a Missa fôr oferecida. _

5. Nossa preocupação aqui é mostrar às crianças o


valor da Missa, encaminhá-las para a participação cons­
ciente no Santo Sacrifício, estimular a devoção à Santa
Missa, e pôr a Missa como centro de tôda a sua vida
cristã, assim como é o centro de tôda a vida da Igreja.
6. Ver em As Fontes do Salvador o capítulo sôbre
os "Frutos da Missa".
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: A videira e os ramos (lembrar) .
2. D: Da l\lissa participam todos o s cristãos.
3. F:
a) D: Dever de participar aos domingos e
dias santos (Exerc. I )
b ) C : Vantagem nos outros dias (Exerc.
II)
c) A · Oferecê-la por vivos e mortos (Lei­
tura)

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 141

d) L: Os "Memento" por vivos e lJl.Ortos


(Exerc. III).

REVISÃO DA AULA ANTERIO R


Como entramos para a Família de Deus? N a Família
de Deus quem é o Pai? E a Mãe? E os filhos? Que é
necessário para pertencer à Familia de Deus? Que falta
aos pagãos para pertencerem à Familia de Deus? Só
na terra é que se encontram membros da Familia de
Deus? Onde mais? Como se chama aos que estão no
Céu? ( Igreja Triunfante.) E no Purgatório? E na
terra? Que faz por nós a Igreja Triunfante? E a Igreja
Padecente? Que fazemos nós pelos santos do Céu? · E
pelas almas do Purgatório? Que devemos fazer para
ajudar mais os cristãos da terra? ( Verifique os exercf..
cios para casa. )

EXPLANAÇÃO

Jesus disse : " Eu sou a videira, v6s sois os ramos."


Quando o ramo se separa do tronco, que acontece Y
Morre. Mas se está vivo, o ramo pode se separar do
tronco Y Não pode. Então, para onde vai a árvore,
os ramos vão com ela. Assim são os cristãos : para
onde vai Jesus, os cristãos vão juntamente com jj:Je.
Tudo que Jesus faz, os cristãos fazem juntamente com
:E::le. Cristo e os cristãos não se podem separar.

A Missa. nos une a Cristo - Vocês já sabem o


que é a Missa. A Missa é o Sacrifício que Cristo ofe­
rece a Deus Pai. Quem é que oferece a Missa Y Lem­
bram-se ? Lembra-se, M ? Muito bem : é Jesus. Como
�le ofereceu o seu Sacrifício na Cruz, continua of-�re­
cendo na Missa. E quem é oferecido a Deus na Missa Y
Diga, L. Sim : é também Jesus. Então, a Missa é um
ato do próprio Jesus.
Agora, prestem bem atenção, que isto é muito im­
portante : Onde está Jesus, os cristãos estão com �le ;
ora, Jesus está oferecendo a Missa a Deus Pai ; então,

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os cristãos estão também oferecendo a Missa a Deus
Pai. Entenderam isto Y Vou repetir. (Repete.)
É por isso que dizemos que a Missa é também um
ato nosso, e não somente de Jesus. É nosso, porque nós
estamos unidos a Jesus. ll'lle oferece a Missa a Deus
Pai, nós ofereçemos também a Missa a Deus Pai. ftle
se oferece a Deus, nós no& oferecemos também com �le.
Vamos ver quem é capaz de repetir isto : Se a
Missa é um ato de Jesus, é também ato nosso : por que,
R f (Porque estamos unidos a Jesus. ) P.or que ofe­
recemos também a Missa a Deus 7 (Porque estamos
unidos a Jesus que a oferece. )

A Missa un e o s cristãos
- Todos os cristãos estão
unidos a Cristo : os da terra, os do Céu, os do Purga­
tório. Então, na Missa todos os cristãos da terra, do
Purgatório e do Céu estão unidos uns aos outros.
Todos os cristãos tomam parte na Missa. Mas de que
modo 7 Muito simples. Os santos do Céu ficam alegres
e são glorificados com a Missa. As almas do Purga­
tório recebem as graças da Missa, e ficam aliviadas de
seus sofrimentos, e apressam o dia de sua entrada no
Céu. Os cristãos vivos recebem da Missa um poderoso
auxilio, uma ajuda grande para sua salvação.
Vocês vão compreender isto melhor, vendo a figura
da lição de hoje. Vejam aí. Está um padre celebrando
a Missa. Do altar para o Céu, em linha direta, estão
as Três Pessoas da Santíssima Trindade : no alto está
Deus Pai ; na Hóstia está D eus Filho ; no meio está
o Espírito Santo. Assim, a Missa une as Três Pessoas
da Santíssima Trindade.
E é também o ato que dá maior gl6ria à Santíssima
Trindade. Não há na Religião ato mais importante
do que a Missa. É por isso que a Igreja nos impõe o
dever de ir à Missa todos os domingos e dias santos.
Agora, é claro que sendo um ato tão importante, só
nos pode ser vantajoso ir também à Missa nos outros
dias, mesmo sem ter obrigação. Nos dias de semana,

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano UI

não temos obrigação de ir ·à Missa ; mas se pudermos


ir, . é muito melhor.
Vejam como a Missa une os cristãos. Um pouco
acima do altar, de um lado e doutro, estão os santos
do Céu, que são glorificados com a Missa ; em baixo,
estão as almas do Purgatório : os a'iíjos derramam
sôbre elas as graças da Missa, que as alivia, como se
fôssem água caindo no fogo ; no meio, perto · do altar,
dum lado e doutro, estão os vivos, que recebem as
graças da Missa para poderem viver uma boa vida .
cristã.
Agora, me digam : Onde estão aí a& Pessoas da
Santíssima Trindade T Mostre os santos do Céu. Que
lhes dá a Missa T Onde estão as pessoas vivas T Que
recebem da Missa Y Onde estão as almas do Purgatório T
Como é que a Missa as alivia 7 ( Como água caindo no
fogo.) ,
Muito bem. Agora vamos escrever nos cadernos
êste ditado que vou fazer. " A Missa une os cristãos
porque alegra os santos, alivia as almas do Purgatório
e ajuda os vivos." ( Ve1·ificar. Mandar repetir por
três ou qitatro. Dizer de cor.)
A Missa é para. todos � Cada Missa que se cele­
bra, em qualquer parte do mundo, serve para todos os
cristãos. l\'.Iesmo os que não estão assistindo àquela
Missa ganham os seus frutos. Mesmo que não saibam
que ela está sendo celebrada, têm parte nos seus frutos.
Cada Missa que se celebra serve para alegrar os santos,
para aliviar as almas do Purgatório, e para ajudar os
vivos. í
Agora, é claro que serve ainda mais, quando é
celebrada por determinada pessoa. Eu mando celebrar
uma Missa por minha intenção : ganho mais nesta
Missa · do que nas outras. Mando celebrar Missa por
alma de Pedro : a alma de Pedro ganha mais nessa
Missa do que nas outras. Nas outras ganha também ;
mas nesta ganha mais.

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144 Mons. Negromonte - Guia do 'Catequista

Também ganha mais, quando rezamos por êle na


Missa. Por isso, é muito bom rezarmos pelos vivos a
pelos mortos, em tôdas as Missas. É nos " Memento"
que rezamos pelos vivos e pelos mortos.
Vejam como é importante a Santa Missa !

RESUMO
1. Se Cristo é a videira e nós somos os ramos,
onde está Cristo nós estamos com .lille ;
2 . na Missa, Cristo se oferece ao Pai ; e nós nos
oferecemos com lille ;
3 . a Missa é um a to de Cristo, mas é também
nosso ;
4 . a Missa une os cristãos da terra, do Purgató­
rio e do Céu.
5 . a -Missa alegra os santos, alivia as almas do
Purgatório, e ajuda os vivos ;
6 . por ser tão importante a Missa é que temos
obrigação de ir participar dela nos domingos e dias
santos, sendo muito bom ir também nos dias de semana ;
7 . cada Missa serve a todos os cristãos, mas serve
mais quando é celebrada em intenção dêles e quando
nela rezamos por êles.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.Colorir a figura.
2.Responder aos exercícios da lição.
3 . Ir a uma Missa de semana, e escrever no
caderno as intenções pelas quais rezou.

RESPEITO AO TEMPLO
D OUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. 'l'ôda a nossa vida pertence a Deus, para sua
honra e glória. Então, prestamos culto a Deus, não
apenas com os atos chamados religiosos, mas com todos

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.lftii'fi"o 'Meu Catecismo ·- s.0 ano Ut>
� �-

os atos de nossa vida. Assim, em qualquer lugar, prés·


tamos culto a Deus.
2. Mas há o lugar mais próprio para o culto divino,
reservado para êste fim; especialmente consagrado
"' para
isto. São os templos.
3. Por serem consagrados ao culto divino, são casas
de Deus, devendo ser as mais belas e ridll'ltc
- asas, porque
é Deus o Senhor de tôdas as coisas. É �'rgonhoso que
homens tenham melhores casas que Deus. Assim,
iremos formar nas crianças a mentalidade ·de igrejas
ricas e belas, de paramentos dignos da Majestade di·
vina, de alfaias preciosas para o culto.
4. Merecem também as igrejas o máximo respeito,
destinadas que são à Divindade, reservadas à oração,
à Missa, aos atos solenes do culto. Aqtii cabem cuida­
dos especiais, pois é bem triste ver o povo católico por­
tar-se em geral tão mal nas igrejas. O exemplo de
Cristo expulsando os vendilhões do templo é severo,
mas muito útil para ressaltar o respeito devtdo à casa
ele Deus. É preciso, porém, insistir mais na parte
positiva.
5. A formação apostólica pode ficar no bom exe!l'l­
plo, na maneira de afastar as conversas, os cumpri·
mentos, etc., principalmente em · eertas oportunidades
( casamentos, batizados, primeiras comunhões, Missa de
sétimo dia) .
6. O fato evangélico está em Mt. 21.12-13.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Os vendilhões do t emplo (Mt. 21.12-13).
2. D: O templo é a casa de Deus.

3. F:
a) D: Respeitar o templo (Leitura )
b) C: Dar ao templo o melhor ( Leitura)
c) A: Dar bom exemplo (Exerc. IV)
d) L: Participar dos atos do coito (Exerc.
V).

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Qual foi a comparação que Cristo fêz com a árvore
l!os ramos? Onde está Cristo estão também os cristãos?
Quando Jesus se oferece ao Pai, nós nos oferecemos
tnmbém? Por quê? Então a Missa é um ato nosso?
Que dá a Missa aos santos do Céu? E às almas do

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148 .lllons. Negr-orrU>nte ..._ Guia · ·do Catequistà

Purgatório? E aos cristãos da terra? Da Missa parti­


cipam· todos os cristãos? Quando é que eu participo
mais da Missa? (Quando assisto, é oferecida por mim,
ou alguém reza nela por mim.) Qual a vantagem de ir
à Missa mesmo em dia de semana? (Verifique os exer­
cícios para casa. )

EXPLANAÇÃO
O culto que prestamos a Deus é tão importante
que é preciso haver um lugar sagrado, reservado a
prestar culto a Deus. Podemos também prestá-lo em
qualquer lugar ; mas o lugar mais próprio é o templo
( quadro-negro : Templo) , que também se chama igreja.
Os templos são casas consagradas ao culto. Casas con­
sagradas a Deus. Por isso se chama ao templo a " casa ·

de Deus."
Sendo casa de Deus, deve ser a mais rica e a mais
bonita possível, porque Deus é o Senhor de tudo e
pwra Deus tudo ainda é pouco. É por isso que os obje­
tos do culto devem também ser os mais bonitos e mais
preciosos. Assim, os paramentos, os vasos sagrados
(cálices, âmbulas) , os panos para os altares, os castiçais,
as lâmpadas, tudo !
Escrevam nos cadernos : " Tudo no culto deve ser
o melhor possível, porqu e para Deus tudo é pouco."
( Verificar. Mandar repetfr de cor. )
O templo merece to<lo o nosso respeito. Merece
que nos portemos muito bem, com piedade, com boa
e ducação, e dando a todos o bom lxemplo.
Digam : por que se chama o templo casa de Deus 1
O templo deve ser pobre ou rico ? Como nos devemos
portar n o templo Y
A lição de Jesus - Von contar a vocês como
Jesus quer que se trate o templo. (Pausa.)
Havia em Jerusalém um templo muito grande e
muito bonito. Foi lá que ficou Jesus entre os doutô­
res aos doze anos, quando foi à festa da Páscoa.
Lembram-se ?

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Pará, o Meu Catecismo - 3.0 ano 147'

Dtll'ante a sua vida p-ública, Jesus foi ao templo


de Jerusalém, e encontrou lá uma desordem i,tó.énsa�
'
O povo não estava fazendo silêncio, nem rezava ; mas
conversava e ria, e havia até gente negociando, porque
os vendedores tinham entrado e estavam dentro do
próprio templo. •:
·

Vendo aquela falta de respeito, Jesus tomou umas


cordas, fêz um chicote e expulsou os v�ndilhões do
templo. (No quadro-negro : Vendilhões. ) Expulsou-os
o disse : "A minha casa é casa de oração. Tirai daqui
essas coisas e não a transformeis numa casa de negó­
eio." Viram o que fêz Jesus ? O que foi 7 Com que
11.:le expulsou os vendilhões 7 Por quê ? Que disse
Jesus ?
Vamos escrever nos cadernos esta palavra de Jesus :
" Minha casa é casa de oração." (Dite. Mande ler.
Repetir de cor.)
Os nossos templos são mais sagrados - Se o tem­
plo de Jerusalém era tão sagrado assim, muito mais
Magrados são os nossos, porque nêles está o próprio
.Jesus no Santíssimo Sa c ramento, porque nêles é cele­
brada a Santa Missa, que é o ato mais importante da
nossa Religião, é o próprio sacrifício que Jesus ofere­
ceu a Deus na Cruz. Os nossos templos são mais
Aagrados.
Se o templo de Jerusalém merecia tanto respeito,
muito mais respeito merecem os nossos . É por isso que
na igreja não se conversa, não se brinca, não se olha
para trás nem para os lados, não se cumprimenta
ninguém. Quando vamos ao templo é para rezar, para
n d orar a Deu s, venerar os Santos, para elevar n ossa
nlma. É isto que Jesus nos disse quando afirmou que
sna casa é casa de oração.
Quando vamos ao templo é para rezar. Se vamos
sozinhos, rezamos sozinhos. Se a oração está sendo fr;ta
em comum, nós tomamos parte nela. Se todos estão
rantando, cantamos também. Não ficamos isolados, mas

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148 Mona. Negromonte - Gu�'!<> Catequista

acompanhamos a reunião dos fiéis : se todos estão ajoe­


lh00os1 ficmmos também de joelhos ; se todos estão de
pê, ficamos também de pé.
E quando alguém vem conversar conosco, devemos
cortar a conversa, com bons modos, mas mostrando que
não queremos .,conversar no lugar sagrado. Se alguém
me cumprimenta, eu respondo s6 com um ligeiro gesto
de cabeça. Se me pergunta alguma coisa, eu respondo
brevemente. Assim, dou bom exemplo, e ensino os ou­
tros a se comportarem bem na casa de Deus.

RESUMO
1 . Pode-se prestar culto a Deus em qualquer lugar,
mas o templo é o lugar mais próprio para o culto divino ;
2 . sendo o templo a casa de Deus, deve ser a
casa mais rica e mais bonita possível, porque Deus é
Senhor de tudo , e para Deus tudo é pouco ;
3 . o templo merece todo o nosso respeito, por ser
casa de Deus ;
4 . Jesus expulsou do templo os que o profanavam ;
5 . o s nossos templos são mais sagrados que o de
Jerusalém, porque nêles se celebra a Missa e nêles está
o pr6prio Jesus ; '

6 . sendo o templo a casa de oração, nêle devemos


rezar, e não conversar, nem rir, nem cumprimentar
outras pessoas.

EXERCfCIOS PARA CASA


1.Fazer os exercícios I, II, III e V da lição.
.2.
Fazer o desenho de sua matriz.
3.
Escrever no caderno três faltas de respeito que
você nota no povo que freqüenta a sua matriz.

OS SACRAMENTOS
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. Pelo seu sacrifício, Cristo conquistou para o
homem em geral o direito à gra ça santificante; mas a
graça é concedida a cada h omem pelos Sacramentos.

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Par�'f!
. '
Meu Cateei8mo - s.o ano 149

2. Os Sacramentos são meios sensiveis instituidos


por Cristo para nos dar a graça.
3. Os Sacramentos produzem a graça por si mesmos,
de modo eficaz: desde que o Sacràmento seja vàlida­
mente administrado e que o recebamos nas condições
devidas, recebemos a graça.
4. O Batismo e a Confissão (às vêzes também a
Extrema-Unção) tiram a pessoa do estado de pecado e
a levam ao estado de graça: são chamados "Sacramen­
tos de mortos." Os demais são chamados ·"Sacram<�ntos
de vivos" porque servem para aumentar a graç.i já
existente.
5. De qualquer modo êles comunicam a vida, quer
dando-a aos que não a têm, quer aumentando-a nos
que já a possuem.
6. Cristo os instituiu de modo que atendam à::
necessidades de tôda a nossa vida: daí seguirem êles c s
passos d a vida natural. O homem nasce, cresce, ali­
menta-se, cura-se, precisa de govêrno, reproduz-se, morre.
Aí estão os Sacramentos correspondentes: batiza-se,
crisma-se, comunga, confessa-se, tem sacerdotes para o
govêrno espiritual, casa-se, morre.
7. Como fontes de vida, são de primeira impor­
tância para os cristãos, que têm o máximo interêsse não
só em ·freqüentá-los mas também em fazer com que
outros os freqüentem.
8. Ver em As Fontes do Salvador o capitulo "Os
Sacramentos", com doutrina mais abundante.
·

9. A palavra de Jesus que serve à lição está em


Jo. 10.10.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Jesus veio para nos dar a vida (Jo. 10.10).
2. D: Jesus nos dá a vida pelos Sacramentos.
3. F:
a) D: Conservar em n6s a vida da gra�a
(Leitura)
b) C: Aumentá-la pela freqüência dos Sa·
cramentos ( Exerc. II)
c) A: Os que não receberam a vida
(Exerc. III)
d) L: Comungar na Missa de domingo
(Exerc. IV) .

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150 Mom. Negromonte - ..;(iht.ia d.o .Catequista

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Podemos Ji>rei;1tar �� a Deus em qualquer lugar?
Qual é o 10gar àais p?.fiprio para o culto? Por que o
templo deve ser rico e bonito? É mal empregado o
dinheiro que se gasta com os objetos do culto? (Não:
para Deus tudo é pouco.) Como nos devemos portar
n o templo? Que fêz Jesus com aquêles que desrespei­
taram o templo? Por que nossos templos são mais
sagrados que o de Jerusalém? Que devemos fazer
ouanrlo aliruém vai conversar conosco na i�reia? De­
vemos tomar parte nos atos realizados na igreja? ( Ve­
rifi11up os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO
Uma vez estava Jesus falando aos judeus, e lhes
disse que veio para dar a vida aos homens e dar a vida
com bastante abundância. São estas as palavras de
Jesus : "Eu vim para que tenham a vida e a tenham
com mais abundância. " (Explique o que quer dizer
abundância. Escreva a palam·a no quadro-negro. ) A
vida de que Jesus fala não é a vida dêste mundo, a vida
natural ; é a vida da alma, a vida sobrenatural, a vida
da graça. A vida dêste mundo os homens já tinham ;
a vida da graça é que êles não tinham ainda. Foi
esta que Jesus veio trazer para todos nós. Vamos
escrever nos cadernos esta palavra de Jesus para não
a esquecermos. (Dite. Verifique. Mande dizer de
cor.)
As duas vidas -A vida de nossa alma, a vida
sobrenatural, se parece muito com a vida de nosso
corpo, a vida natural. Na vida natural, a pessoa nasce ;
depois cresce e s e fortalece; e se alimenta; quando
adoece, cura-se; como vive em sociedade, precisa de
chefes que governem; depois, para os homens não se
acabarem no mundo, casa-se; finalmente, morre.
Agora, vejam como a vida da alma é parecida com
a do corpo. Pelo Batismo, a pessoa nasce para a vida
da graça ; depois, pela Crisma, el a se fortalece; pela

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano l?l

Eucaristia, alimenta-se; quQ.D.do, faz pecado, que é a


doença da alma, ela se cura· �,
Co� ; a Ordem
dá os chefes · espirituais que !ÍiJ/Pi(,ina'llf:; � :Matrimônio
abençoa os casais para o nascimento de filhos, finalmen­
te a Extrema-Unção prepara a pessoa para morrer
bem. ·
(Escrever no quaàtro-negro. )
, __,,.
Nasce . . . . . ......... Batismo
Cresce . . . . .. ....... Crisma
Alimenta-se ........ Eucaristia
Cura-se . . . .. ....... Confissão
Chefes que governam Ordem
Casa-se . . . ......... Matrimônio
...
·

Morre . . ... .
. . . . . Extrema-Unção

(Matnde copiar nos cadernos. Mande repetir. Diga


que êstes são os sete sacrOhnentos. Insista em mostrar
como são semelhantes os passos das duas vidas. )
Vejam : para cada coisa importante da nossa vida
Jesus deixou um sacramento. Assim nós podemos san­
tificar tôda a nossa vida. E assim vocês ficam sabendo
que os sacramentos são meios que Jesus deixou para
nós recebermos a graGa. (Repita isto. Mande as
crianças repetirem, a fim de firmar bem a noção de
sacramento.)
Sacramentos de mortos - Todos os sacramPnto!!
dão a graça. Mas há dois sacramentos que tiram o
demônio da pessoa e trazem o Espírito Santo. Então,
a pessoa estava morta para a vida do Céu, e recebe a
vida. Por isso, êsses dois sacramentos se chamam
" sacramentos de mortos." São o Batismo e a Confis­
são. Chamam-se sacramentos de mortos, porque as
pessoas estavam sem a graça e depois de recebê-los
ficaram com a graça. Estavam mortas para a vida
espiritual, e ficaram vivas. ( Chame um aluno e mande
escrever no quad1·0-negro q1cais são os sacramentos de
mortos.) Vejam como êstes dois sacramentos são im-

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152 Mons. Negromonte - G'Uia do Catequista . !�
;,.

portantes. Uma criança que não foi batizada está


viva, ou morta, F Y Para o Céu está morta. Quando
nós nascemos, estávamos vivos, ou mortos, para o Céu,
R ? E qual foi o sacramento que nos fêz vivos Y
(.Agradecer a Deus a felicidade de ser batizado. Cele­
brar o aniversário do Batismo. )
Os pagãos estão vivos, ou mortos 7 São muitos ou
poucos T :Muitos, e estão mortos. Não vamos fazer nada
por êles Y (Lembrar. ) E um católico que fêz pecado
mortal está vivo, ou morto Y Como pode ficar vivo Y
Muito bem : confessando-se. Vejam como' a Confissão
é importante ! Uma pessoa que cai em pecado mortal,
quando deve confessar-se : no fim do mês, uma vez por
ano, ou imediatamente Y Isto mesmo : imediatamente,
que é para ficar viva de novo.
Sacramentos de vivos - 1lstes dois Sacramentos
são chamados " Sacramentos de mortos". Os outros são
chamados " Sacramentos de vivos", porque quem vai
recebê-los já está em estado de graça, mas recebe mais
graça ainda. Quem está em estado de graça está vivo.
Quem vai comungar está em estado de graça ; comunga,
e aumenta a graça que já tinha. Quem vai crismar-se
já está em estado de graça ; crisma-se e aumenta a graça.
Os sacramentos de vivos aumentam a graça que já
existe na alma. Prestem bem atenção. Vou repetir e
depois peço a um de vocês que repita também : Sacra­
mentos de vivos aumentam a graça que já existe na
alma. Agora digam : Que é sacramento de vivo 7
Responda, G. Diga um sacramento de vivos, L. Diga
outro, P. Diga qual é o sacramento que os noivos
recebem T Qual é o sacramento dos enfermos 7
Vejam : os sacramentos de vivos aumentam a graça
que nós já temos. Então é vantagem receber m1ti�as
vêzes, por exemplo, a Oomunhiio. É, sim ; porque quanto
mais comungamos, mais vida recebemos, mais ricos
ficamos da graça de Deus. Conservar o estado de graça
é importantíssimo ; mas aumentar a graça também á

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Para o lÜ'IÍ Catecismo -.. 9.0 ano 158

muito importante. ]jJ por isso. 'que digo sempre a vocês


que aproveitem a Missa de domingo ·para comungar na
Missa. Assim ,estamos aumentando a vida de nossa
alma.

RESUMO
1 . Jesus veio nos trazer a graÇa santificante, que
é â vida da alma ; ' ·

2 . a vida da alma se parece muito com a vida


do corpo : nela também o homem nasce, cresce, alimen­
ta-se, cura-se, precisa de govêrno, casa-se, morre ;
3 . para cada coisa importante de nossa vida
Jesus deixou uma graça especial ;
4 . as grac;as nos são dadas pelos sacramentos que
Jesus nos deixou ;
5 . o Batismo e a Confissão tiram a alma do estado
de morte e a levam para a vida espiritual ;
6 . os outros sacramentos aumentam a graça que
já encontram na alma ;
7 . devemos receber os sacramentos e fazer com
que outros também os recebam.
EXERC1CIOS PARA CASA
1. Colorir as figuras.
2. Completar os exercícios da lição.

O PECADO
DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. O essencial é dar às crianças: a) noção clara dos
efeitos do pecado - mortal e venial; b) desejo de con­
servar o estado de graça e, por conseqüência, de evitar
o pecado; c) espfrito de apostolado pelos pecadores.
2. Sendo o pecado "uma desobediência voluntária à
Lei de Deus", só há pecado quando hã: a) lei (que se
possa violar) ; b) vontade de violar a lei.
3. O pecado é mortal, se a lei for violada em ma­
téria grave (quer seja realmente grave, quer a pessoa

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164 Mons. Negromonte - Gula do Catequista

pense que é grave) ; é venial, se a violação fôr em ma·


téria leve ( ou que a pessoa repu� leve, sinceramente) .
4. O pecado mortal é o maior mal,, . porque:
a) expulsa do cristão o Espirlto Santo, e faz
voltar o demônio; '
b) despoja o homem de todos os méritos ad·
quiridos;
c) reduz a escravo do demônio o homem que
era filho de Deus;
d) torna-o digno do inferno, porque já vive
unido ao demônio.
5. Embora menos terríveis, são também muito
sérios os efeitos do pecado venial :
a) não expulsa o Espirit-0 Santo, mas diminui
a sua ação em nós, privando-nos de graças especiais;
b) produz a tibieza, tornando-nos enfadados e
preguiçosos no serviço de Deus;
c) leva-nos ao Purgatório, fazendo-nos sofrer
imensamente, protelando-nos a visão de· Deus e dimi·
nuindo nossa glória no Céu.
6. É nítida a diferença entre tentação e pecado:
ela é um convite para o pecado. Se o convite fôr aceito,
já se fêz o pecado, pela aceitação, que é um ato da von­
tade; mas se não fôr aceito, não há pecado. Por outras
palavras: se não houver consentimento, não há pecado.
7. O fato evangélico em que se baseia a li<�ão está
em Mt. 19.16-19. No capítulo "O Pecado" de O Caminho
da Vida encontra-se doutrina mais explícita sôbre o
assunto.

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: O môço rico ( Mt. 19.16-19 ) .
2. D : Noção de pecado
3. F:
a) D: Conservar o estado de graça (Exerc.
III)
b) C: F1·eqüentar os sacramentos ( Exerc.
III)
e) A: Rezar para que vivam em estado de
graça todos os cristãos (Exerc. IV)
d) L: Pedir perdão, na Misi;1a; 1'ÇQnfiteor"
(Exerc. IV).

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Para o M-e'li Catecismo - 3.0 ano 155

REVISÃO DA AULA ANTERIOR


Jesus disse que; ios vinha trjiZer a vida: quais
foram as palavtas com que li:le disse isto? Que vida
�le nos veio trazer? �antas vidas nós temos? Qual
é o sacramento que nos faz nascer? E crescer? Qual
é o que nos alilnenta? Qual o sacramento dos enfer­
mos? Qual o que nos cura? Qual é a doença da alma?
Qual o sacramento que nos dá chefes espirituais? E qual
o que faz as familias? Quais são os sacramentos de
mortos? Que é sacramento de mortos? E de vivos? É
vantagem recebermos muitas vêzes a Comunhão? (Ve­
rifique os exercícios para casa.)

EXPLANAÇÃO

Vocês já aprenderam a história do môço que se


aprofimou de Jesus e perguntou o que devia fazer
par� ir para o Céu. Quem se lembra do que Jesus
respondeu Y (Ver se alguém se lembra: está no livro
do 2.º ano . ) Jesus disse : " Se queres entrar na vida
eterna, observa os Mandamentos." Agora, para nunca
mais esquecermos, vamos escrever nos cadernos. (Dite.
Verifiqne. Mande dizm· de cor. )

São ordens do Pai - Quando o môço perguntou


quais eram os Mandamentos, Jesus disse que eram os
Mandamentos da Lei de Deus. Os Mandamentos são
ordens que o Pai do Céu nos dá. Nós temos obrigação
de cumprir. E se desobedecermos, pecamos. O pecado
é uma desobediência voluntária à Lei ele Dew>. U·i u
quadro-negro : voluntário. ) Quer dizer : porque quer
a propósito. .A pessoa desobedece às ordens de Deus
porque quer mesmo desobedecer. Porque, se a pessoa
clesobedece sem saber que era proibido, não pecou. Se
e u faço uma coisa, sem querer, não pequei. Só faz o
pecado quem quer pecar. Quem não quer não peca.
A pes&oa só peca querendo. O pecado é ato voluntá­
rio, quer dizer : que a gente faz querendo mesmo deso­
bedecer a Deus.

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156 Mom. Negr:omonte - GWia do Catequista

Vamos dar um exemplo. O pai de Pedri:ôho lhe


dá uma ordem. Se êle obedecer..._ muito � .Se µ.ão

obedecer, o pai não gosta e o castiga. t> tà&tigo é


maior, se a desobediência fô� . de. Se a desobediên­
cia fôr pequena, o castigo é ilii.
. or.
Assim também Deus nos deu suas ordens, que são
os Mandamentos. Se nós fazemos o que os Mandamentos
mandam, muito bem. Mas, se não obedecemos, pec8JDDS.
" O pecado é uma desobediência voluntária à Lei ''de
Deus." Vamos escrever isto nos cadernos. (Ditar.
Verificar. Mandar àizer de cor. )
Pecado mortal e venial - A pessoa pode desobe­
decer a Deus em coisa e .grande ou pequena. .Se deso­
bedece em coisa granêt ,' o pecado é mortal. Então' como
o pecado foi grande, o castigo é grande também. Mas
se desobedece em coisa pequena, o castige é menor.
Com o pecado mortal, o Espírito Santo sai da
pessoa, o demônio volta e a pessoa merece o inferno.
E se morrer assim, vai mesmo para o inferno.
Que coisa horrível : o Espírito Santo sair de nós,
e o demônio voltar ! Deus nos livre ! Isto nunca ! É
melltor morre1' do que cair em pecado mortal. Foi por
isso que os mártires preferiram morrer, mas não peca­
ram. (Lembrar: Maria Goretti, S. Sebastião, S. Tar­
císio. )
E s e nos acontecer cairmos num pecado mortal,
vamos imediatamente nos confessar, que é para expul­
sar de novo o demônio, e o Espírito Santo voltar
para nós.
Aliás, quem se confessa e comunga sempre, é muito
difícil cair em pecado mortal.
Mas . . . os pobres pecadores que ficam em pecado ?
Coitados ! O Espírito Santo está nêles 7 Hein, R 7 E
quem está nêles, L 7 Coitados ! Precisamos ajudá-los
a sair dessa situação. Como ajudamos, T ? Rezando,
sim. Pois, vamos aproveitar e rezar um Pai-Nosso pela

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conversão dos pecadores. (Mande wm "tir�' o Pai,.
Nosso, e: -i:(Jli �tros i::esponiterem. )
e
Com 6 p cado venial, o_ Espírito Santo não sai da
pessoa, mas fica desgost:il w � t diminui o amor de Deus
p
na pessoa, e ela merece ara o purgatório. Devemos
ter também muito cuidado para não cair em pecado
venial ; mas se cairmos, peçamos perdão a Deus, confes­
sando-nos ou por outros meios . que perdoam também o
pecado venial. Por exemplo : Na Missa há uma oração
que pede a Deus perdão de nossos pecados veniais : é
logo no comêço, quando o padre se inclina . . . Quem se
lembra que oração é essa 7 Prestem bem atenção na
Missa de ' domif!go, para pedirem a Deus perdão de
seus pecados, juntamente com o ce.�ebrante.
Vamos ver se entenderam bem isto. Que são os
Mandamentos ? ( Ordens que Deus nos deu. ) Que é
o pecado 1 Quem desobedece em coisa grande que
pecado faz 7 E em coisa pequena 7 Qual é o castigo
do pecado mortal 7 E o castigo do pecado venial Y Se
cu não sabia que era proibido, e fiz, pequei 1 (Não,
porque não quis desobedecer. ) Se Pedrinho, sabia que
era proibido, mas na hora não se lembrou, êle pecou 7
( Também não, porque na hora êle não quis desobede­
cer. ) Se eu perdi a Missa, no dia de domingo, sem
me lembrar de que era domingo Y Se eu não sabia que
era dia de abstinência, e comi carne, pequei 7 Eu devo
um dinheiro a um colega, mas me esqueci, e por isso
não pago, eu peco 7
Tentação não é pecado -Muito bem. Vocês en­
tenderam tudo muito direitinho. Agora, quero lembrar
u vocês que o demônio muitas vêzes nos tenta para pe­

carmos. Vem um desejo mau, a lembrança de fazer


uma coisa proibida : é uma tentação. Se não quere­
mos fazer aquilo, não é pecado : é só a tentação ; mas
a tentação não é pecado. Um companheiro convida
Pedrinho para desobedecer : é a tentação. Se Pedrinho
aceita o convite, pecou, mas se não aceita, êle não

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158 Mons. Negromonte - Guia do Catequistct

pecou, e até merece uma recompensa. Quando 9 dema.


nio vem com as tentações dêle, ou quando a.I,g:u
ém nos
convida para um pecado, ou quando n6s mesmos sen­
timos vontade de fazer algumª- coisa mal feita, mas não
aceitamos, não há pecado. Vejam bem : a tentação é
bem diferente C{o pecado.
RESUMO
1 . Jesus disse ao môço que é necessário cump:dr
os Mandamentos para entrar no Céu ;
2 . os Mandamentos são ordens de Deus, que temos
obrigação de cumprir ;
3 . o pecado é uma desobediência voluntária à
lei de Deus ;
4. desobedecer · em coisa grave é pecado mortal,
e em coisa leve é pecado venial ;
5 . o pecado mortal expulsa o Espírito Santo, faz
o demônio voltar e torna a pessoa merecedora do in­
ferno ;
6 . o pecado venial diminui o amor de Deus e faz
a pessoa merecer o purgatório ;
7 . isto nos ensina a fugir do pecado, a confessar­
nos quando caímos em pecado mortal, a pedir perdão
a Deus dos pecados vcniais, e a rezar pelos pobres
pecadores.
8 . precisamos resistir ao demônio e àS outras
tentações, e ficar tranqüilos quando não quisermos
pecar, porque tentação não é pecado.
EXERCfCIOS PARA CASA
1 . Colorir a figura.
2 . Fazer os exercícios I, II e V.

PERDÃO DOS PECADOS


DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. A Confissão foi instituída por Cristo (como
todos os Sacramentos) . Depois da Ressurreição, disse
J!:le aos Apóstolos : "Recebei o Espírito Santo. Aqueles

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Pat'à o Meu Catecismo - a.0 ano lõ8i'

a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados;


e àquele� a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
(Ver toao o episódio: Jo. 20.19-23.)
2. Que Cristo tem o.._.poder de perdoar pecados é
evidente, porque é Deus. Mas :t!;le realizou a cura do
paralítico, expressamente para provar que pode perdoar
pecados. ( Ver o episódio em Mt. 9.2-7.) "Para que
saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder
de perdoar pecados."
3. :t!;ste poder de Cristo dado aos Apóstolos, é trans­
mitido aos sacerdotes, que perdoam os pecados àqueles
que, arrependidos, os confessam, para receber a absol·
vição.
\4. Devidamente absolvido, o pecador fica perdoado
de seus pecados, retoma o estado de graça (se o tinha
perdido) , ou o aumenta (se seus pecados eram apenas
veniais) , liberta-se da pena eterna do pecado mortal e
diminui as dos pecados veniais, entra de novo no gôzo
dos méritos anteriores ao pecado mortal (e que com
êste foram perdidos) .
5. A grande preocupação do catequista é apresen­
tar a Confissão como um ato de bondade de Jesus para
com os pecadores - fugindo sempre de falar em mêdo
de confessar-se, nas dificuldades de contar os pecados, etc.
6. Outra preocupação importantíssima é mostrar a
Confissão como meio poderoso para viver em estado
de graça. Neste sentido, usar sempre as três regras:
a ) confessar-se imediatamente, quando tiver pe­
cado mortal - para recuperar a graça;
b ) confessar-se quanto antes, quando houver
perigo de cair em pecado - para garantir a graça;
e) confessar-se freqüentemente, quando estiver
tranqüilo no estado de graça - para aumentar a graça.
7. O apostolado pela Confissão, a compaixão dos
pecadores, é ponto que o catequista não pode esquecer.
Fale sempre em "pobres pecadores", para infundir pena
nos alunos pela situação dos que não têm a graça de
Deus.
8. Ver em As Fontes do Salvador os capítulos "A
Penitência" e "Efeitos da Penitência".

ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Instituição da Confissão (Jo. 20.19-23)
2. D: O padre perdoa nossos pecados
3. F:

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160 Mons. Negromonte - Guia do Cateqrtista

a) D: Confissão anual (Leitura)


b) C: Confissão freqüente (Leitura )
c) A: Rezar pelos que não se confessam
(Exerc. IV)
d) L: A absolvição na Confissão (Exerc.
V).

REVISÃO D A AULA ANTERIOR


Que é pecado? Que quer dizer voluntário? Quando
o pecado é mortal ? E venial? Qual é o castigo do pe­
cado mortal? E do venial? Que deve fazer quem cai
num. pecado mortal? Que podemos fazer pelos peca­
dores? Quando pedimos perdão a Deus, na Missa?
Você pode ser tentado, sem pecar? ( Verifique os exer­
cícios para casa.)
EXPLANAÇÃO
Na aula de hoje vamos ver como Jesus é bom
conosco. Se Jesus não fôsse tão bom conosco, aquêles
que pecassem estariam perdidos. Mas Jesus foi muito
bom mesmo para os pobres pecadores.
Jesus institui a Confissão - Vocês já sabem em
que dia Jesus ressuscitou. Em que dia foi, F ? Pois
bem ; nesse mesmo dia, 1!lle apareceu aos Apóstolos que
estavam trancados no Cenáculo, com mêdo dos judeus
e os saudou, dizendo : " A paz seja convosco." Depois
soprou sôbre êles e lhes disse : "Recebei o Espírito
Santo ; os pecados que vós perdoardes serão perdoados ;
e os pecados que não perdoardes não serão perdoados."
Com estas palavras, Jesus deu aos Apóstolos o poder
de perdoar os pecados. Vamos escrever em nossos
cadernos : " Os pecados que vós perdoardes serão per­
doados. " (Dite.)
Os Apóstolos passaram êste poder aos sacerdotes.
Por isso é que os padres perdoam os nossos pecados :
porque Jesus deu êste poder aos padres. ( Ve1·ifiq1te.)
Em que dia Jesus deu aos Apóstolos o poder de perdoar
pecados T Conte como se deu o fato. Que disse Jesus

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 161

aos Apóstolos Y Que fizeram os Apóstolos Y (Passaram


êste poder aos sacerdotes. ) Quem dá aos padres o
poder de perdoar pecados ? (Jesus.)
É por isso que no Credo dizemos : " Creio na
remissão dos pecados." ( Quadro-negro : "remissão."
Explique.)

Como Jesus foi bom � Vejam como Jesus foi


bom para todos nós. Se não fôsse a Confissão, esta­
ríamos perdidos, quando fizéssemos pecado mortal
depois do Batismo : perdíamos a graça, não teríamos
mais perdão, e seríamos condenados ao inferno. Mas
Jesus fêz a Confissão : de- modo que podemos receber
o perdão dos pecados, ficamos de novo em estado de
graça e podemos ir para o Céu.
Agora só fica em pecado mortal quem quer ficar.
Quem não quiser ficar em pecado mortal, v�i logo se
confessar : conta o pecado ao confessor, se arrepende,
promete não pecar mais, e recebe o perdão. Então o
Espírito Santo volta para a pessoa.
Vejam a figura da lição : Dois meninos estão no
confessionário. Um já recebeu o perdão : o demônio
saíu dêle, e o Espírito Santo voltou. Estão vendo 1
Onde está o Espírito Santo Y O outro ainda não se
confessou : vejam como o demônio está com êle. Estão
vendo 7 Mas, quando êle se confessar, que vai acon­
tecer 7 Muito bem.
Vejam como é importante a Confissão. É por
isso que a Igreja nos obriga a confessar-nos _ao menos
uma vez cada ano. Isto é obrigação. Mas a Igreja
aconselha a nos confessarmos freqüentemente. Um ca­
tólico piedoso se confessa todos os meses, que é para
viver sempre em estado de graça, com a consciência em
paz. Se tiver a desgraça de cair em pecado mortal,
não espera o fim do mês : vai se confessar imediata­
mente. E se êle sentir que está fraco, que as tentações
estão crescendo, que êle está em perigo de cair em

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162 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

pecado, então vai se confessar quanto antes, que é para


não cair em pecado.
Vamos ver quem entendeu bem isto. Sem a Con­
fissão, para onde iria quem fizesse pecado mortal
depois do Batismo Y Quando temos obrigação de con­
fessar-nos 7 Se eu já me confessei êste ano, mas caí
de novo em pecado mortal, quando devo me confessar 1
E se eu não tenho pecado mortal nenhum, é bom que
me confesse 7 Quando então devo me confessar Y Se
estiver em perigo de pecar, quando me confesso Y
Sejamos bons com os pecadores - Jesus foi muito
bom conosco, dando-nos a Confissão. N6s nos confessa­
mos, e recebemos o perdão dos pecados : ficamos então
de novo em estado de graça. Para nós está muito bom.
Mas . . . os pecadores, que vivem em pecado mortal 7
1:lles têm o Espírito Santo em si ? Quem é que está
nêles Y E nós podemos deixar que êles fiquem assim
com o demônio, tôda a vida, sem fazer nada por êles 7
Que podemos fazer pela conversão dos pecadores 7
Podemos rezat·, rezar muito, rezar sempre para que
êles se convertam, se confessem, voltem ao estado de
graça e fiquem vivendo na graça de Deus. Vocês se
lembram. de rezar sempre pelos pecadores ? Vamos
rezar agora mesmo por êles, coitados ! :t!:les precisam
muito. (Todos de pé, mande um rezar o Pai-Nosso, e
os outros responderão.)
A absolvição - Quero que · vocês prestem bem
atenção, quando fôrem se confessar, para verem quando
é que o padre perdoa os pecados. A pessoa vai s�
confessar : conta os pecados ; ficou perdoada 1 Ainda
não. O padre deu os conselhos : ficou perdoada 7 Tam­
bém não. O padre mandou rezar a penitência : ficou
perdoada 7 Não ! Então o que é que perdoa 7 O que
.

perdoa é a absolvição. (No quadro-negro.) Absolvição


quer dizer perdão. O padre levanta a mão, faz sôbre
a pessoa o sinal-da-cruz, dizendo : " Eu te absolvo de

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teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo. " É nesse momento que ficamos perdoados.
Prestem bem atenção, quando forem se confessar. É
por isso que não saímos do confessionário, antes de
receber a absolvição.
RESUMO
1 . No domingo de. RessmTeição, Jesus instituiu
a Confissão dando aos Apóstolos o poder de perdoar
pecados ;
2 . os Apóstolos passaram êste poder aos sacerdo­
tes, que perdoam os nossos pecados ;
3 . sem a Confissão estariam perdido& os que
cometessem pecado mortal depois do Batismo ;
4 . a Confissão perdoa os nossos pecados, faz que
voltemos ao estado de graça ;
5 . por isso a Igreja nos obriga a confessar-nos
ao menos uma vez por ano ; mas devemos também con­
fessar-nos tôdas as vêzes que tivermos a desgraça de
cometer um pecado mortal ;
6 . um católico piedoso se confessa todos os meses,
para mais fàcilmente viver em estado de graça ;
7 . não podemos esquecer de rezar pelos pobres
pecadores, para que êles se confessem e voltem ao
estado de graça.
EXERClCIOS PARA CASA
1. Colorir a figura.
2. Completar os exercícios I, III, IV e V.

PARA A BOA CONFISSÃO


DOUTRINA PARA O CATEQUISTA
1. A Confissão para ser verdadeira, exige: 1 )
exame d e consciência; 2 ) arrependimento dos pecados
ou contrição; 3) propósito de não pecar mais; 4) acusa-

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164 M ons. .N egromonte - <iUia ao c.;aie1,ruisia

ção dos pecados ao confessor ou confissão; 5) cumpri­


mento da penitência ou satisfação.
2. A acusação é obrigatória para todos os pecados
mortais ainda não confessados, e muito útil para os
pecados veniais (que ficam perdoados) .
3. I sto exige o exame de consciência, mais ou
menos longo, conforme o tempo da última confissão e
as circunstâncias da pessoa.
4. Importantíssima é a contrição (arrependimento) ,
a qual só é verdadeira, se acompanhada do desejo firme
de não pecar mais (propósito) . É tão fundamental
que s·em ela o confessor não pode dar absolvição, e, se
der, é nula : - os pecados não ficam perdoados.
5. O que perdoa os pecados não é a sua acusação,
mas a absolvição do confessor.
6. Precisamos de firmar nas crianças o bom uso
da Confissão : - imediata, para quem cair em pecado
mortal; freqüente, para quem está em estado de graça.
Mas devemos preservá-las da rotina nas confissões.
Para isto é utilissímo o exame de consciência diário.
7. É necessário orientar as crianças para uma boa
preparação - sem a qual a própria validade do Sacra­
mento corre risco, já por falta de arrependimento e
propósito, já por falta da acusação de todos os pecados
mortais.
8. · os capítulos "A Confissão" e "A Contrição'', em
As Fontes ,do Salvador, fornecerão mais completo conhe­
cimento ao catequista.
A parábola do filho pródigo está em Lc. 15.11-32.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: O filho pródigo (Lc. 15.11-32 ) .
2. D: Atos necessários para a Confissão
3. F:
a) D: Viver sempre na graça (Exerc. 1 )
b) C: Exame diário d e consciência (Exerc.
IV)
c) A: Rezar pelos pecadores (Exerc. III)
d) L: O "Confiteor", na Missa (Exerc. V) .
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Em que dia Jesus deu aos Apóstolos o poder de
perdoar pecados? Que disse Jesus aos Apóstolos?
Quem perdoa os nossos pecados? Sem a Confissão

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.C Uil U. u .u.L c; u. ll..l' U."'*'"'"º''"u - "·· Y.ttv J.UU

podiam os pecadores salvar-se? Quando temos obriga­


ção de confessar-nos? Quem cair em pecado mortal
quando deve se confessar? A Igreja nos aconselha a
Confissão freqüente? Que devemos fazer pelas pessoas
que não se confessam? O que é que perdoa os nossos
pecados? (A absolvição. ) ( Verifique os exercícios para
casa.)

EXPLANAÇÃO
Hoje vou contar a vocês uma das . mais bonitas
parábolas de Jesus. É a parábola do filho pr6digQ
(quadro-negro : pródigo) , isto é, do filho ingrato que
deixou a casa do pai e foi-se embora . . . Mas vamos
contá-la como Jesus mesmo contou. Um homem tinha
dois filhos. Um dia, o mais môço pediu a parte dos
bens que êle tinha de herdar, e foi-se embora. Gastou
tudo, em festas e banquetes ; e ficou numa pobreza
enorme. Até fome passava. O único emprêgo que
achou foi tomar conta de porcos. A fome era tanta
que êle queria comer mesmo a comida dos porcos.
Naquela miséria, começou a pensar no mal que
tinha feito, saindo da casa do pai. Lá era tão bom que
até os empregados viviam com fartura ; e êle ali mor­
rendo de fome ! Então, teve um an·ependimento enor­
me, por ter sido tão mau. E disse : "V ou voltar para
a casa de meu pai. Peço-lhe perdão, e fico lá, nem
que seja como simples empregado."
Foi. Quando o pai o viu ainda longe, correu para.
êle, abraçou-o, beijou-o. E o filho confessou logo o
seu pecado, dizendo : "Pai, eu pequei contra o Cén "
contra ti. Não sou digno de ser chamado teu filho."
E prometeu ficar lá nem que fôsse como simples em­
pregado.
Muito contente com a Yolta elo filho, o pai o
perdoou, e fêz uma grande festa, porque o filho estava
perdido e foi encontrado, estava morto e ressuscitou.
(li! ande contar a hi-stó1·i.a. Retifique o que disserem
errado. Acentue os elementos que v ão senir à lição,
e q1te estão grifados aqui. Mos tre a figura da lição . )

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lti6 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

Os elementos para a Confissão - Agora quero


que vocês vejam como nesta história escontramos o que
é necessário para a Confissão. Vejam : para a Confis­
são são necessários os seguintes atos (vá escrevendo, ou
mande escrever, no quadro-negro) : Exame de cons­
ciência, arrependimento, declaração dos pecados, bom
propósito, penitência.
Pois bem ; vou mostrar a vocês como isto se encon­
tra na história do filho pródigo. Quando êle se viu na
miséria, começou a pensar no mal que fêz ; ora, pensar
nos pecados é o exami.e de consciência. Depois, ficou
muito arrependido de ter deixado a casa do pai : é o
arrependimento. Procurou o pai, e confessou o pecado
que tinha feito ; aí temos a declaração dos pecados; e
disse ao pai que não queria mais sair da casa dêle, .que
queria ficar lá nem que fôsse como simples empregado ;
aqui temos o bom prop6sito, que é a resolução de nunca
mais pecar. Fica faltando s6 a penitência, que o con­
fessor nos dá, e que temos de cumprir depois da
Confissão.
Agora, vamos copiar nos cadernos os atos neces­
sários para a Confissão. (Dar tempo. Mcvndar ler por
uns três ou. quatro. Mandatr apagar do quadro-negro,
e repetir de cor )
.

Quem é o filho pródigo -�ste môço que sai da


casa paterna é o pecador. Somos nós, quando come­
temos um pecado. O pai é Deus. A riqueza que o
cristão perde com o pecado é a graça. Quem perde a
graça de Deus fica na miséria, como o filho pródigo
ficou. Na casa de Deus até os mais pobres têm a graça
divina ; mas o pecador não tem. Que tristeza ser peca­
dor ! Vamos prometer a Deus viver sempre em estado
de graça ; nunca cometer pecado mortal. Vamos pedir
a Deus para viver sempre em estado de graça. Todos
de pé. Digam comigo : " Meu Pai do Céu, fazei que
eu viva sempre na vossa graça." Sentem-se.

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Para o M•u Catecmno - s.0 ano 18'1

E não esqueçamos de pedir também a COllWErsão


dos pobres pecadores, coitados. Vivem na desgraça : não
têm a graça divina. Saíram da casa paterna. " Senhor,
convertei os pecadores. Meu Deus, fazei que êlee vol­
tem a vossa graça." Diga uma oração assim, R.

Pedir perdão a Deus - O filho pródigo pensou


nos pecados que fêz. N6s pensamos também em nossos
pecados, quando vamos nos confessar. · Mas é bom
pensar todos os dias. Por exemplo, quando fazemos a
oração da .noite, é bom pensar um pouco nos pecados
que fizemos durante o dia. É o nosso exame de cons­
ciência diário. Pensamos nos pecados e pedimos a Deus
que nos perdoe tudo o que fizemos de mal durante o
dia. Não é fácil Y Alguém já tem o costume de fazer
assim Y Mas agora vamos todos fazer êste pequeno
exame de consciência, cada dia, na oração da noite.
Outra oportunidade muito boa para pedir perdão
dos nossos pecados é a Missa. Vocês sabem já em que
oração pedimos perdão a Deus dos nossos pecados na
Missa. Qual é, P Y Muito bem : é o Confiteor. Vocês
se lembram sempre disto na Missa de domingo t É
preciso não esquecer. Também é fácil : é s6 acompa­
nhar o celebrante, e rezar com êle. Há uma bênção que
perdoa os nossos pecados veniais. Lembram-se quando
é T É antes da Comunhão do povo. O padre se volta
para n6s e nos dá uma bênção. Aquela bênção perdoa
os nossos pecados veniais.

RESUMO
1 . Para a Confissão são necessar1os cinco atos :
Exame de consciência, Arrependimento, Declaração dos
pecados, Bom propósito e Penitência ;
2 . na parábola do filho pródigo, vemos como êle
se examinou, se arrependeu, confessou o pecado e pro­
meteu nunca mais pecar ;
3. é triste a situação do pecador - o que saiu
do estado de graça e ficou na miséria do pecado ;

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168 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

4. procuremos viver sempre na graça, rezar


pelos pecadores e pedir perdão dos nossos pecados todos ;
5 . podemos pedir perdão dos nossos pecados prin­
cipalmente no exame de consciência, na oração da noite,
e na Missa de domingo.

EXERCíCIOS PARA CASA


1. Colorir a figura.
2. Fazer os exercícios I, II e III.

DEPOIS DESTA VIDA

DOUTRINA PARA O CATEQUISTA


1. Sendo imortal, a alma irá para o Céu ou para o
inferno, conforme o homem tenha morrido na graça, ou
no pecado mortal.
O purgatório, lugar de purificação para os que
morrem em estado de graça, mas com penas temporais
a expiar, é transitório, como ante-sala do Céu.
2. O Céu, que o Evangelho chama "vida eterna"
( Mt. 25.46) , "gôzo do Senhor" ( Mt. 25.21 ) , é o lugar
da recompensa ( Mt. 5.12) .
Nêle veremos Deus, de face a face; amaremos a
Deus, com tôdas as nossas fôrças (Lc. 10.27 ) , livres que
estaremos do pêso das paixões que nos atraem para as
coisas sensiveis; descansaremos, porque nada nos poderá
mais arrebatar essa felicidade.
3. Para isto, porém, devemos cumprir os Manda­
mentos, viver e morrer em estado de graça, porque só
os filhos têm direito à Casa do Pai.
4. O inferno é o lugar do castigo eterno.
a ) Que existe o inferno diz claramente o Evan­
gelho, com insistência: 1 ) o joio será lançado ao fogo:
Mt. 13.24-30; 2) o homem sem veste nupcial (graça)
foi lançado nas trevas: Mt. 22.13; 3) o rico avarento foi
para o inferno: Lc. 16.19-31; os que pecam contra a cari­
dade: Mt. 5.22, e contra a castidade: Mt. 5.30, irão para
o inferno.

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Para o Me u Catecismo - 3.0 ano 169

b) Que é eterno diz também o Evangelho: 1 )


"o fogo eterno": Mt. 25.46; 2 ) é um "suplicio eterno":
Mt. 25-46; 3) é um "fogo que não se apaga" : Me. 9.43;
4) o rico avarento não pode sair de lá: Lc. 16.26.
5. Negar o inferno é negar o Evangelho, negar
Jesus Cristo, negar a Igreja. É o vêzo do espiritismo,
dos sentimentais e da ignorância religiosa.
6. Duas são as penas do inferno : a) de dano : sepa­
ração de Deus: "Apartai-vos de mim, malditos" ( Mt.
·
25.41 ) ; b) dos sentidos: o tormento do fogo, aumen­
tado pela certeza de que não cessará jamais. A mais
grave é o dano: - por própria culpa, o homem perde o
Bem Supremo, que é Deus.
·

7. Para as crianças basta a afirmação de que os


bons irão para o Céu, e os maus para o inferno - eter­
namente. O mais é o cuidado da formação para o cum­
primento dos Mandamentos, a vida em estado de graça.
8. O fato evangélico da lição está em Lc. 16.19-31.
Em A Doutrina Viva nos caps. "O Céu", " 0 Inferno" e
"O Purgatório" se encontra doutrina mais abundante.
ESQUEMA DA LIÇÃO
1. H: Lázaro e o avarento (Lc. 16.19-31)
2. D: Nosso destino eterno
3. F:
a) D: Viver em graça , para salvar-se
(Exerc. I I )
b) C: Dar esmolas (Exerc. IV)
e) A: Trazer o próximo para a graça
( Exerc. V)
d) L: N a Missa, 1·ezar por nossa salvação
( Exerc. III).
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
Quem sabe contar a história do filho pródigo? Quais
são os atos necessários para a Confissão? Mostre que o
filho pródigo fêz êsses atos. A quem representa o filho
pródigo? (O pecador.) Qual é a riqueza que o pecador
perde? Quem é o Pai que êle abandona? Basta fazer
exame de consciência para se confessar? Quando deve­
mos pedir a Deus perdão de nossos pecados? Qual é a
oração da Missa em que pedimos a Deus perdão de
nossos pecados? ( Verifique os exercícios para casa.)

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EXPI.iANAÇAO
Hoje vamos ver o que acontece a uma pessoa,
quando ela morre. Jesus nos ensina isto em uma de
suas parábolas. É a parábola do mau rico e do pobre
Lázaro. É assim : Havia um homem muito rico, que
só se vestia de roupas muito boas e dava banquete
todos os dias. Havia também um pobre mendigo, cha­
mado Lázaro, todo cheio de feridas, coitado, que ia
sentar-se à porta do rico, esperando os restos de co­
mida, que sobrassem dos banquetes. Mas nem isto lhe
davam : o rico nem se importava com êle.
Morreu o pobre, e foi para o Céu : morreu tam­
bém o rico mau, e foi para o inferno. Um dia, o rico
que estava no inferno, sofrendo muito no fogo eterno,
levantou os olhos para o Céu e viu Lázaro lá. Ficou
muito admirado e pediu a Deus : " Senhor, tem pie­
dade de mim. Deixa Lázaro molhar a ponta do dedo
e refrescar a minha língua, porque eu já não suporto
mais êste fogo." Mas Deus respondeu : " Não. Tu só
fizeste gozar na vida, enquanto Lázaro sofria ; agora,
êle goza e tu sofres." E Deus disse mais : " Além disto,
há um abismo entre o Céu e o inferno, de modo que
ninguém pode passar daqui para lá, nem de lá para cá."
Então, o mau rico pediu a Deus que deixasse Lázaro
ir avisar aos irmãos dêle que ainda estavam na terra,
e que viviam só gozando a vida, sem fazer nada de
bom, para êles se emendarem, e não irem também para
aquêle lugar de tormentos. Mas Deus disse que não
precisava disso ; êles cumprissem os Mandamentos, e se
salvariam.
Vamos ver quem guardou bem a história do mau
rico e de Lázaro. Quem era Lázaro Y Como vivia Y
Como vivia o rico Y O rico dava esmolas Y Para onde
foi Lázaro, quando morreu 7 E o mau rico 7 Que pediu
a Deus o mau rico 7 Que respondeu Deus Y Quem está
no Céu pode passar para o inferno T E quem está no
inferno pode- passar para o Céu ? Precisa vir alguém

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Para o Meu Catecismo - 3.0 ano 171

do outro mundo dizer o que devemos fazer 7 Que deve­


mos fazer para salvar-nos T

Céu e inferno- Eis aí o que acontece depois da


morte ; os bons vão para o Céu, e os maus vão para o
inferno, eternamente. Tanto o Céu como o inferno são
eternos ; quer dizer : não acabam mais nu,nca. Quem
está no Céu, nunca mais sai do Céu ; quem está no
inferno nunca mais sai do inferno. Vamos escrever
nos cadernos (dite) : " Os bons irão para o Céu, e os
maus irão para o inferno, eternamente." ( Verificar.
Mandar ler por uns três ou quatro. Repetir de cor. )
Os que estão no Céu gozam de Deus por tôda a
eternidade. São felizes, e sua felicidade nunca mais
acabará. Os que estão no inferno sofrem por tôda a
eternidade. O mau rico sofria ? Qual era o tormento
dêle 7 ( O fogo. ) Muito bem : era o fogo. :mie mesmo
disse : " Eu· não suporto mais êste fogo." Vejam a
figura da lição. Aí está o demônio sendo precipitado
no inferno por S. Miguel. Revoltou-se contra Deus, e
foi precipitado no fogo eterno. Para lá é que vão os
que morrem em pecado mortal. Mas o sofrimento dêle
vai acabar 7 Isto mesmo : não acaba nunca : é eterno.
E por que êle se condenou 7 Condenou-se porque não
cumpria os MandamentQs, não obedecia a Deus, não dava
esmolas ao pr6ximo. E por que Lázaro se salvou t
Salvou-se porque cumpria os Mandamentos, obedecia
a Deus, tinha paciência com os sofrimentos.
1l assim : quem cumpre os Mandamentos e vive em
estado de graça vai para o Céu; quem não obedece aos
Mandamentos e não vive em estado de graça, vai para
o inferno. Devemos, portanto, ter o maior cuidado com
isto. Vivamos sempre em estado de graça. Sempre,
sempre em estado de graça. E sejamos bons para o
próximo, ajudando-o, dando esmolas, etc.
Peçamos sempre a Deus a graça de não cair em
pecado, de cumprir os Mandamentos. Na Missa pedimos

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172 Mons. Negromonte - Guia do Catequista

a Deus que �le nos livre da condenação eterna. Não


esqueçamos de pedir isto, na Missa de domingo.
E não peçamos somente por nós. Peçamos também.
pelos outros. Os pecadores, coitados, não cumprem os
Mandamentos, não estão em estado de graça : se morre­
rem assim, vão para o inferno. Rezemos também por
êles, para que êles se convertam. Tenhamos pena dos
pobres pecadores, senão êles vão ter a mesma sorte do
mau rico : vão sofrer no inferno, por tôda a eternidade.
Se nós rezarmos por êles e êles se converterem, então
irão para o Céu, serão felizes eternamente.
RESUMO
1. Depois da morte, os bons vão para o Céu, os
maus vão para o inferno, por tôda a eternidade ;
2 . no Céu se goza da visão de Deus e de tôda a
felicidade, sem risco de perdê-la ;
3 . no inferno se sofre da privação de Deus, do
fogo eterno, sem o mínimo bem ;
4 . quem está no inferno nunca pode passar para
o Céu ; e quem está no Céu nunca pode sair do Céu ;
5. o Céu e o inferno são eternos : não acabam
nunca ;
6 . para irmos para o Céu, devemos cumprir os
Mandamentos e viver e morrer em estado de graça ;
7 . re_zemos pelos pobres pecadores, para que êles
se convertam e se salvem.
EXERC1CIOS PARA CASA
1. Colorir . a figura.
2. Fazer os exercícios da lição.

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*

!STE LIVRO FOI CONFECCIONADO NAS

OFICINAS DA EMP�SA GRÃFICA DA

"REVISTA DOS TRIBUNAIS" S. A., NA RUA

CONDE DE SARZEDAS, 38, SÃO PAULO,


PARA

EDIÇÕES R U M 0 S. A.,
mo DE JANEmo.

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