Além dos dispositivos constitucionais relativos à matéria, o volume oferece ao leitor o texto
integral de atos internacionais decisivos para aquele exercício. Contém ainda dezenas de
textos legais sobre o tema – caso, por exemplo, da Lei no 10.098/2000, que estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Ao final, há um pormenorizado
índice temático que facilita a leitura da obra.
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Magno Malta
Senador Jayme Campos
Senador João Durval
Senador Casildo Maldaner
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Brasília – 2013
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Doris Marize Romariz Peixoto
Secretária-Geral da Mesa: Claudia Lyra Nascimento
ISBN: 978-85-7018-504-4
CDD 362.402681
Atos internacionais
12 Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência
33 Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência
37 Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência
42 Conferência Internacional do Trabalho – Convenção 159
Lei Complementar
48 Lei Complementar no 142/2013
Leis ordinárias
52 Lei no 12.190/2010
53 Lei no 11.520/2007
55 Lei no 11.255/2005
56 Lei no 11.126/2005
57 Lei no 10.845/2004
59 Lei no 10.708/2003
61 Lei no 10.216/2001
63 Lei no 10.173/2001
64 Lei no 10.098/2000
68 Lei no 10.048/2000
69 Lei no 9.313/96
70 Lei no 8.989/95
72 Lei no 8.899/94
73 Lei no 8.742/93
75 Lei no 8.687/93
76 Lei no 8.213/91
78 Lei no 8.160/91
79 Lei no 8.112/90
80 Lei no 8.069/90
82 Lei no 7.853/89
87 Lei no 7.405/85
89 Lei no 7.210/84
90 Lei no 7.070/82
92 Lei no 4.613/65
Decretos
94 Decreto no 7.823/2012
95 Decreto no 7.612/2011
98 Decreto no 7.235/2010
101 Decreto no 6.949/2009
102 Decreto sem número de 25/2/2008
105 Decreto no 6.214/2007
117 Decreto no 5.904/2006
120 Decreto no 5.296/2004
136 Decreto no 3.956/2001
137 Decreto no 3.298/99
150 Decreto no 129/91
............................................................................... ...............................................................................
XIV – proteção e integração social das pes-
soas portadoras de deficiência; TÍTULO VIII – Da Ordem Social
............................................................................... CAPÍTULO II – Da Seguridade Social
SEÇÃO IV – Da Assistência Social
CAPÍTULO VII – Da Administração Pública
SEÇÃO I – Disposições Gerais Art. 203. A assistência social será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de
Art. 37. A administração pública direta e in- contribuição à seguridade social, e tem por
direta de qualquer dos Poderes da União, dos objetivos:
8
............................................................................... ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas e comunitária, além de colocá-los a salvo de
portadoras de deficiência e a promoção de sua toda forma de negligência, discriminação,
integração à vida comunitária; exploração, violência, crueldade e opressão.
V – a garantia de um salário mínimo de be- ...............................................................................
nefício mensal à pessoa portadora de deficiência II – criação de programas de prevenção e
e ao idoso que comprovem não possuir meios atendimento especializado para as pessoas
de prover à própria manutenção ou de tê-la portadoras de deficiência física, sensorial ou
provida por sua família, conforme dispuser a lei. mental, bem como de integração social do
............................................................................... adolescente e do jovem portador de deficiên-
cia, mediante o treinamento para o trabalho
CAPÍTULO III – Da Educação, da Cultura e e a convivência, e a facilitação do acesso aos
do Desporto bens e serviços coletivos, com a eliminação de
SEÇÃO I – Da Educação obstáculos arquitetônicos e de todas as formas
............................................................................... de discriminação.
§ 2o – A lei disporá sobre normas de cons-
Art. 208. O dever do Estado com a educação trução dos logradouros e dos edifícios de uso
será efetivado mediante a garantia de: público e de fabricação de veículos de transpor-
............................................................................... te coletivo, a fim de garantir acesso adequado
III – atendimento educacional especializado às pessoas portadoras de deficiência.
aos portadores de deficiência, preferencialmen- ...............................................................................
te na rede regular de ensino;
............................................................................... TÍTULO IX – Das Disposições
Constitucionais Gerais
CAPÍTULO VII – Da Família, da Criança, ...............................................................................
do Adolescente, do Jovem e do Idoso
............................................................................... Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos
logradouros, dos edifícios de uso público e
Art. 227. É dever da família, da sociedade e dos veículos de transporte coletivo atualmente
do Estado assegurar à criança, ao adolescente existentes a fim de garantir acesso adequado às
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à pessoas portadoras de deficiência, conforme o
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao la- disposto no art. 227, § 2o.
zer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ...............................................................................
9
Atos internacionais
Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência
q) Reconhecendo que mulheres e meninas com x) Convencidos de que a família é o núcleo na-
deficiência estão freqüentemente expostas a tural e fundamental da sociedade e tem o direito
maiores riscos, tanto no lar como fora dele, de de receber a proteção da sociedade e do Estado
Atos internacionais
sofrer violência, lesões ou abuso, descaso ou tra- e de que as pessoas com deficiência e seus fami-
tamento negligente, maus-tratos ou exploração, liares devem receber a proteção e a assistência
necessárias para tornar as famílias capazes de
r) Reconhecendo que as crianças com defi- contribuir para o exercício pleno e eqüitativo
ciência devem gozar plenamente de todos os dos direitos das pessoas com deficiência,
13
y) Convencidos de que uma convenção interna- restrição baseada em deficiência, com o pro-
cional geral e integral para promover e proteger pósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o
os direitos e a dignidade das pessoas com defi- reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em
ciência prestará significativa contribuição para igualdade de oportunidades com as demais pes-
corrigir as profundas desvantagens sociais das soas, de todos os direitos humanos e liberdades
pessoas com deficiência e para promover sua fundamentais nos âmbitos político, econômico,
participação na vida econômica, social e cultural, social, cultural, civil ou qualquer outro. Abran-
em igualdade de oportunidades, tanto nos países ge todas as formas de discriminação, inclusive
em desenvolvimento como nos desenvolvidos, a recusa de adaptação razoável;
b) Adotar todas as medidas necessárias, inclu- i) Promover a capacitação em relação aos di-
sive legislativas, para modificar ou revogar leis, reitos reconhecidos pela presente Convenção
regulamentos, costumes e práticas vigentes, que dos profissionais e equipes que trabalham com
constituírem discriminação contra pessoas com pessoas com deficiência, de forma a melhorar
deficiência; a prestação de assistência e serviços garantidos
por esses direitos.
c) Levar em conta, em todos os programas e
políticas, a proteção e a promoção dos direitos 2. Em relação aos direitos econômicos, sociais
humanos das pessoas com deficiência; e culturais, cada Estado Parte se compromete
a tomar medidas, tanto quanto permitirem os
d) Abster-se de participar em qualquer ato ou recursos disponíveis e, quando necessário, no
prática incompatível com a presente Conven- âmbito da cooperação internacional, a fim de
ção e assegurar que as autoridades públicas e assegurar progressivamente o pleno exercício
instituições atuem em conformidade com a desses direitos, sem prejuízo das obrigações
presente Convenção; contidas na presente Convenção que forem
imediatamente aplicáveis de acordo com o
e) Tomar todas as medidas apropriadas para eli- direito internacional.
minar a discriminação baseada em deficiência,
por parte de qualquer pessoa, organização ou 3. Na elaboração e implementação de legis-
empresa privada; lação e políticas para aplicar a presente Con-
venção e em outros processos de tomada de
Atos internacionais
1. Os Estados Partes reconhecem que todas 2. Em todas as ações relativas às crianças com
as pessoas são iguais perante e sob a lei e que deficiência, o superior interesse da criança
fazem jus, sem qualquer discriminação, a igual receberá consideração primordial.
proteção e igual benefício da lei.
3. Os Estados Partes assegurarão que as
2. Os Estados Partes proibirão qualquer discri- crianças com deficiência tenham o direito de
minação baseada na deficiência e garantirão às expressar livremente sua opinião sobre todos os
pessoas com deficiência igual e efetiva proteção assuntos que lhes disserem respeito, tenham a
legal contra a discriminação por qualquer sua opinião devidamente valorizada de acordo
motivo. com sua idade e maturidade, em igualdade de
oportunidades com as demais crianças, e rece-
3. A fim de promover a igualdade e eliminar bam atendimento adequado à sua deficiência
a discriminação, os Estados Partes adotarão e idade, para que possam exercer tal direito.
todas as medidas apropriadas para garantir que
a adaptação razoável seja oferecida.
ARTIGO 8 – Conscientização
4. Nos termos da presente Convenção, as me-
Direitos das pessoas com deficiência
didas específicas que forem necessárias para 1. Os Estados Partes se comprometem a adotar
acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das medidas imediatas, efetivas e apropriadas para:
pessoas com deficiência não serão consideradas
discriminatórias. a) Conscientizar toda a sociedade, inclusive as
famílias, sobre as condições das pessoas com
deficiência e fomentar o respeito pelos direitos
ARTIGO 6 – Mulheres com deficiência e pela dignidade das pessoas com deficiência;
1. Os Estados Partes reconhecem que as mu- b) Combater estereótipos, preconceitos e prá-
lheres e meninas com deficiência estão sujeitas a ticas nocivas em relação a pessoas com defici-
16
ência, inclusive aqueles relacionados a sexo e cação, bem como a outros serviços e instalações
idade, em todas as áreas da vida; abertos ao público ou de uso público, tanto na
zona urbana como na rural. Essas medidas,
c) Promover a conscientização sobre as ca- que incluirão a identificação e a eliminação de
pacidades e contribuições das pessoas com obstáculos e barreiras à acessibilidade, serão
deficiência. aplicadas, entre outros, a:
2. As medidas para esse fim incluem: a) Edifícios, rodovias, meios de transporte e
outras instalações internas e externas, inclusive
a) Lançar e dar continuidade a efetivas campa- escolas, residências, instalações médicas e local
nhas de conscientização públicas, destinadas a: de trabalho;
1. A fim de possibilitar às pessoas com defici- e) Oferecer formas de assistência humana ou
ência viver de forma independente e participar animal e serviços de mediadores, incluindo
plenamente de todos os aspectos da vida, os guias, ledores e intérpretes profissionais da
Estados Partes tomarão as medidas apropriadas língua de sinais, para facilitar o acesso aos
Atos internacionais
para assegurar às pessoas com deficiência o edifícios e outras instalações abertas ao público
acesso, em igualdade de oportunidades com as ou de uso público;
demais pessoas, ao meio físico, ao transporte,
à informação e comunicação, inclusive aos f ) Promover outras formas apropriadas de
sistemas e tecnologias da informação e comuni- assistência e apoio a pessoas com deficiência,
17
a fim de assegurar a essas pessoas o acesso a legal em igualdade de condições com as demais
informações; pessoas em todos os aspectos da vida.
g) Promover o acesso de pessoas com deficiên- 3. Os Estados Partes tomarão medidas apro-
cia a novos sistemas e tecnologias da informa- priadas para prover o acesso de pessoas com
ção e comunicação, inclusive à Internet; deficiência ao apoio que necessitarem no exer-
cício de sua capacidade legal.
h) Promover, desde a fase inicial, a concepção,
o desenvolvimento, a produção e a dissemina- 4. Os Estados Partes assegurarão que todas as
ção de sistemas e tecnologias de informação e medidas relativas ao exercício da capacidade le-
comunicação, a fim de que esses sistemas e tec- gal incluam salvaguardas apropriadas e efetivas
nologias se tornem acessíveis a custo mínimo. para prevenir abusos, em conformidade com
o direito internacional dos direitos humanos.
Essas salvaguardas assegurarão que as medidas
ARTIGO 10 – Direito à vida relativas ao exercício da capacidade legal respei-
tem os direitos, a vontade e as preferências da
Os Estados Partes reafirmam que todo ser hu- pessoa, sejam isentas de conflito de interesses
mano tem o inerente direito à vida e tomarão e de influência indevida, sejam proporcionais
todas as medidas necessárias para assegurar o e apropriadas às circunstâncias da pessoa, se
efetivo exercício desse direito pelas pessoas com apliquem pelo período mais curto possível e
deficiência, em igualdade de oportunidades sejam submetidas à revisão regular por uma
com as demais pessoas. autoridade ou órgão judiciário competente,
independente e imparcial. As salvaguardas se-
rão proporcionais ao grau em que tais medidas
ARTIGO 11 – Situações de risco e afetarem os direitos e interesses da pessoa.
emergências humanitárias
5. Os Estados Partes, sujeitos ao disposto neste
Em conformidade com suas obrigações decor- Artigo, tomarão todas as medidas apropriadas
rentes do direito internacional, inclusive do e efetivas para assegurar às pessoas com defici-
direito humanitário internacional e do direito ência o igual direito de possuir ou herdar bens,
internacional dos direitos humanos, os Estados de controlar as próprias finanças e de ter igual
Partes tomarão todas as medidas necessárias acesso a empréstimos bancários, hipotecas e
para assegurar a proteção e a segurança das outras formas de crédito financeiro, e assegu-
pessoas com deficiência que se encontrarem rarão que as pessoas com deficiência não sejam
em situações de risco, inclusive situações de arbitrariamente destituídas de seus bens.
conflito armado, emergências humanitárias e
ocorrência de desastres naturais.
ARTIGO 13 – Acesso à justiça
Direitos das pessoas com deficiência
1. Os Estados Partes reconhecerão os direitos a) As pessoas com deficiência possam escolher
das pessoas com deficiência à liberdade de seu local de residência e onde e com quem
movimentação, à liberdade de escolher sua morar, em igualdade de oportunidades com as
residência e à nacionalidade, em igualdade demais pessoas, e que não sejam obrigadas a
de oportunidades com as demais pessoas, viver em determinado tipo de moradia;
inclusive assegurando que as pessoas com
deficiência: b) As pessoas com deficiência tenham acesso a
uma variedade de serviços de apoio em domi-
a) Tenham o direito de adquirir nacionalidade cílio ou em instituições residenciais ou a outros
e mudar de nacionalidade e não sejam privadas serviços comunitários de apoio, inclusive os
arbitrariamente de sua nacionalidade em razão serviços de atendentes pessoais que forem
de sua deficiência. necessários como apoio para que as pessoas
com deficiência vivam e sejam incluídas na
b) Não sejam privadas, por causa de sua de- comunidade e para evitar que fiquem isoladas
ficiência, da competência de obter, possuir e ou segregadas da comunidade;
utilizar documento comprovante de sua nacio-
nalidade ou outro documento de identidade, ou c) Os serviços e instalações da comunidade
de recorrer a processos relevantes, tais como para a população em geral estejam disponíveis
Direitos das pessoas com deficiência
d) Incentivando entidades que produzem 1. Nenhuma pessoa com deficiência, qualquer
ajudas técnicas de mobilidade, dispositivos e que seja seu local de residência ou tipo de mo-
tecnologias assistivas a levarem em conta todos radia, estará sujeita a interferência arbitrária
os aspectos relativos à mobilidade de pessoas ou ilegal em sua privacidade, família, lar, cor-
com deficiência. respondência ou outros tipos de comunicação,
nem a ataques ilícitos à sua honra e reputação.
As pessoas com deficiência têm o direito à
ARTIGO 21 – Liberdade de expressão e de proteção da lei contra tais interferências ou
opinião e acesso à informação ataques.
Os Estados Partes tomarão todas as medidas 2. Os Estados Partes protegerão a privacidade
apropriadas para assegurar que as pessoas com dos dados pessoais e dados relativos à saúde
deficiência possam exercer seu direito à liberda- e à reabilitação de pessoas com deficiência,
de de expressão e opinião, inclusive à liberdade em igualdade de condições com as demais
de buscar, receber e compartilhar informações pessoas.
e idéias, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas e por intermédio de todas
as formas de comunicação de sua escolha, ARTIGO 23 – Respeito pelo lar e pela família
conforme o disposto no Artigo 2 da presente
Convenção, entre as quais: 1. Os Estados Partes tomarão medidas efetivas
e apropriadas para eliminar a discriminação
a) Fornecer, prontamente e sem custo adicional, contra pessoas com deficiência, em todos os
às pessoas com deficiência, todas as infor- aspectos relativos a casamento, família, pater-
mações destinadas ao público em geral, em nidade e relacionamentos, em igualdade de
formatos acessíveis e tecnologias apropriadas condições com as demais pessoas, de modo a
aos diferentes tipos de deficiência; assegurar que:
b) Aceitar e facilitar, em trâmites oficiais, o a) Seja reconhecido o direito das pessoas com
uso de línguas de sinais, braille, comunicação deficiência, em idade de contrair matrimônio,
aumentativa e alternativa, e de todos os demais de casar-se e estabelecer família, com base no
Atos internacionais
meios, modos e formatos acessíveis de comu- livre e pleno consentimento dos pretendentes;
nicação, à escolha das pessoas com deficiência;
b) Sejam reconhecidos os direitos das pessoas
c) Urgir as entidades privadas que oferecem com deficiência de decidir livre e responsa-
serviços ao público em geral, inclusive por meio velmente sobre o número de filhos e o espa-
21
çamento entre esses filhos e de ter acesso a ARTIGO 24 – Educação
informações adequadas à idade e a educação
em matéria de reprodução e de planejamento 1. Os Estados Partes reconhecem o direito das
familiar, bem como os meios necessários para pessoas com deficiência à educação. Para efeti-
exercer esses direitos. var esse direito sem discriminação e com base
na igualdade de oportunidades, os Estados Par-
c) As pessoas com deficiência, inclusive crian- tes assegurarão sistema educacional inclusivo
ças, conservem sua fertilidade, em igualdade em todos os níveis, bem como o aprendizado ao
de condições com as demais pessoas. longo de toda a vida, com os seguintes objetivos:
3. Os Estados Partes assegurarão que as c) A participação efetiva das pessoas com defi-
crianças com deficiência terão iguais direitos ciência em uma sociedade livre.
em relação à vida familiar. Para a realização
desses direitos e para evitar ocultação, aban- 2. Para a realização desse direito, os Estados
dono, negligência e segregação de crianças Partes assegurarão que:
com deficiência, os Estados Partes fornecerão
prontamente informações abrangentes sobre a) As pessoas com deficiência não sejam exclu-
serviços e apoios a crianças com deficiência e ídas do sistema educacional geral sob alegação
suas famílias. de deficiência e que as crianças com deficiência
não sejam excluídas do ensino primário gratui-
4. Os Estados Partes assegurarão que uma to e compulsório ou do ensino secundário, sob
criança não será separada de seus pais contra alegação de deficiência;
a vontade destes, exceto quando autoridades
competentes, sujeitas a controle jurisdicional, b) As pessoas com deficiência possam ter acesso
determinarem, em conformidade com as leis ao ensino primário inclusivo, de qualidade e
e procedimentos aplicáveis, que a separação gratuito, e ao ensino secundário, em igualdade
é necessária, no superior interesse da criança. de condições com as demais pessoas na comu-
Em nenhum caso, uma criança será separada nidade em que vivem;
Direitos das pessoas com deficiência
4. A fim de contribuir para o exercício desse c) Propiciarão esses serviços de saúde às pes-
direito, os Estados Partes tomarão medidas soas com deficiência, o mais próximo possível
apropriadas para empregar professores, inclusi- de suas comunidades, inclusive na zona rural;
ve professores com deficiência, habilitados para
o ensino da língua de sinais e/ou do braille, e d) Exigirão dos profissionais de saúde que dis-
para capacitar profissionais e equipes atuantes pensem às pessoas com deficiência a mesma
em todos os níveis de ensino. Essa capacitação qualidade de serviços dispensada às demais
incorporará a conscientização da deficiência pessoas e, principalmente, que obtenham o
e a utilização de modos, meios e formatos consentimento livre e esclarecido das pessoas
apropriados de comunicação aumentativa e com deficiência concernentes. Para esse fim,
alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, os Estados Partes realizarão atividades de for-
como apoios para pessoas com deficiência. mação e definirão regras éticas para os setores
de saúde público e privado, de modo a cons-
5. Os Estados Partes assegurarão que as pesso- cientizar os profissionais de saúde acerca dos
as com deficiência possam ter acesso ao ensino direitos humanos, da dignidade, autonomia e
superior em geral, treinamento profissional de das necessidades das pessoas com deficiência;
Atos internacionais
i) Assegurar que adaptações razoáveis sejam c) Assegurar o acesso de pessoas com defici-
feitas para pessoas com deficiência no local ência e suas famílias em situação de pobreza à
de trabalho; assistência do Estado em relação a seus gastos
ocasionados pela deficiência, inclusive trei-
j) Promover a aquisição de experiência de tra- namento adequado, aconselhamento, ajuda
balho por pessoas com deficiência no mercado financeira e cuidados de repouso;
aberto de trabalho;
d) Assegurar o acesso de pessoas com deficiên-
k) Promover reabilitação profissional, manu- cia a programas habitacionais públicos;
tenção do emprego e programas de retorno ao
trabalho para pessoas com deficiência. e) Assegurar igual acesso de pessoas com
deficiência a programas e benefícios de apo-
2. Os Estados Partes assegurarão que as pes- sentadoria.
soas com deficiência não serão mantidas em
escravidão ou servidão e que serão protegidas,
em igualdade de condições com as demais pes- ARTIGO 29 – Participação na vida política
soas, contra o trabalho forçado ou compulsório. e pública
iii) Garantia da livre expressão de vontade das 2. Os Estados Partes tomarão medidas apro-
pessoas com deficiência como eleitores e, para priadas para que as pessoas com deficiência te-
tanto, sempre que necessário e a seu pedido, nham a oportunidade de desenvolver e utilizar
permissão para que elas sejam auxiliadas na seu potencial criativo, artístico e intelectual, não
votação por uma pessoa de sua escolha; somente em benefício próprio, mas também
para o enriquecimento da sociedade.
b) Promover ativamente um ambiente em que
as pessoas com deficiência possam participar 3. Os Estados Partes deverão tomar todas as
efetiva e plenamente na condução das questões providências, em conformidade com o direito
públicas, sem discriminação e em igualdade internacional, para assegurar que a legislação de
de oportunidades com as demais pessoas, e proteção dos direitos de propriedade intelectual
encorajar sua participação nas questões públi- não constitua barreira excessiva ou discrimi-
cas, mediante: natória ao acesso de pessoas com deficiência
a bens culturais.
i) Participação em organizações não-gover-
namentais relacionadas com a vida pública e 4. As pessoas com deficiência farão jus, em
política do país, bem como em atividades e igualdade de oportunidades com as demais pes-
administração de partidos políticos; soas, a que sua identidade cultural e lingüística
específica seja reconhecida e apoiada, incluindo
ii) Formação de organizações para representar as línguas de sinais e a cultura surda.
pessoas com deficiência em níveis internacional,
regional, nacional e local, bem como a filiação 5. Para que as pessoas com deficiência parti-
de pessoas com deficiência a tais organizações. cipem, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas, de atividades recreativas,
esportivas e de lazer, os Estados Partes tomarão
ARTIGO 30 – Participação na vida cultural e medidas apropriadas para:
em recreação, lazer e esporte
a) Incentivar e promover a maior participação
1. Os Estados Partes reconhecem o direito das possível das pessoas com deficiência nas ativi-
pessoas com deficiência de participar na vida dades esportivas comuns em todos os níveis;
cultural, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas, e tomarão todas as medidas b) Assegurar que as pessoas com deficiência
apropriadas para que as pessoas com deficiência tenham a oportunidade de organizar, desen-
possam: volver e participar em atividades esportivas e
recreativas específicas às deficiências e, para
a) Ter acesso a bens culturais em formatos tanto, incentivar a provisão de instrução, trei-
Direitos das pessoas com deficiência
1. Os Estados Partes reconhecem a impor- 2. Os Estados Partes, em conformidade com
tância da cooperação internacional e de sua seus sistemas jurídico e administrativo, man-
27
terão, fortalecerão, designarão ou estabelecerão dos Estados Partes, a partir de uma lista de
estrutura, incluindo um ou mais de um meca- pessoas designadas pelos Estados Partes entre
nismo independente, de maneira apropriada, seus nacionais. Nessas sessões, cujo quorum
para promover, proteger e monitorar a imple- será de dois terços dos Estados Partes, os can-
mentação da presente Convenção. Ao designar didatos eleitos para o Comitê serão aqueles
ou estabelecer tal mecanismo, os Estados Partes que obtiverem o maior número de votos e a
levarão em conta os princípios relativos ao sta- maioria absoluta dos votos dos representantes
tus e funcionamento das instituições nacionais dos Estados Partes presentes e votantes.
de proteção e promoção dos direitos humanos.
6. A primeira eleição será realizada, o mais
3. A sociedade civil e, particularmente, as tardar, até seis meses após a data de entrada
pessoas com deficiência e suas organizações em vigor da presente Convenção. Pelo menos
representativas serão envolvidas e participarão quatro meses antes de cada eleição, o Secre-
plenamente no processo de monitoramento. tário-Geral das Nações Unidas dirigirá carta
aos Estados Partes, convidando-os a submeter
os nomes de seus candidatos no prazo de dois
ARTIGO 34 – Comitê sobre os Direitos das meses. O Secretário-Geral, subseqüentemente,
Pessoas com Deficiência preparará lista em ordem alfabética de todos os
candidatos apresentados, indicando que foram
1. Um Comitê sobre os Direitos das Pessoas designados pelos Estados Partes, e submeterá
com Deficiência (doravante denominado “Co- essa lista aos Estados Partes da presente Con-
mitê”) será estabelecido, para desempenhar as venção.
funções aqui definidas.
7. Os membros do Comitê serão eleitos para
2. O Comitê será constituído, quando da mandato de quatro anos, podendo ser can-
entrada em vigor da presente Convenção, de didatos à reeleição uma única vez. Contudo,
12 peritos. Quando a presente Convenção o mandato de seis dos membros eleitos na
alcançar 60 ratificações ou adesões, o Comitê primeira eleição expirará ao fim de dois anos;
será acrescido em seis membros, perfazendo o imediatamente após a primeira eleição, os no-
total de 18 membros. mes desses seis membros serão selecionados
por sorteio pelo presidente da sessão a que se
3. Os membros do Comitê atuarão a título refere o parágrafo 5 deste Artigo.
pessoal e apresentarão elevada postura moral,
competência e experiência reconhecidas no 8. A eleição dos seis membros adicionais do
campo abrangido pela presente Convenção. Comitê será realizada por ocasião das eleições
Ao designar seus candidatos, os Estados Partes regulares, de acordo com as disposições perti-
são instados a dar a devida consideração ao nentes deste Artigo.
disposto no Artigo 4.3 da presente Convenção.
9. Em caso de morte, demissão ou declaração
Direitos das pessoas com deficiência
4. Os membros do Comitê serão eleitos pelos de um membro de que, por algum motivo,
Estados Partes, observando-se uma distribui- não poderá continuar a exercer suas funções,
ção geográfica eqüitativa, representação de o Estado Parte que o tiver indicado designará
diferentes formas de civilização e dos principais um outro perito que tenha as qualificações e
sistemas jurídicos, representação equilibrada satisfaça aos requisitos estabelecidos pelos dis-
de gênero e participação de peritos com de- positivos pertinentes deste Artigo, para concluir
ficiência. o mandato em questão.
5. Os membros do Comitê serão eleitos por 10. O Comitê estabelecerá suas próprias nor-
votação secreta em sessões da Conferência mas de procedimento.
28
11. O Secretário-Geral das Nações Unidas pro- mento das obrigações decorrentes da presente
verá o pessoal e as instalações necessários para Convenção.
o efetivo desempenho das funções do Comitê
segundo a presente Convenção e convocará sua
primeira reunião. ARTIGO 36 – Consideração dos relatórios
12. Com a aprovação da Assembléia Geral, os 1. Os relatórios serão considerados pelo Co-
membros do Comitê estabelecido sob a presente mitê, que fará as sugestões e recomendações
Convenção receberão emolumentos dos recur- gerais que julgar pertinentes e as transmitirá
sos das Nações Unidas, sob termos e condições aos respectivos Estados Partes. O Estado Parte
que a Assembléia possa decidir, tendo em vista poderá responder ao Comitê com as informa-
a importância das responsabilidades do Comitê. ções que julgar pertinentes. O Comitê poderá
pedir informações adicionais ao Estados Par-
13. Os membros do Comitê terão direito aos pri- tes, referentes à implementação da presente
vilégios, facilidades e imunidades dos peritos em Convenção.
missões das Nações Unidas, em conformidade
com as disposições pertinentes da Convenção so- 2. Se um Estado Parte atrasar consideravel-
bre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas. mente a entrega de seu relatório, o Comitê
poderá notificar esse Estado de que examinará
a aplicação da presente Convenção com base
ARTIGO 35 – Relatórios dos Estados Partes em informações confiáveis de que disponha, a
menos que o relatório devido seja apresentado
1. Cada Estado Parte, por intermédio do Secre- pelo Estado dentro do período de três meses
tário-Geral das Nações Unidas, submeterá rela- após a notificação. O Comitê convidará o Esta-
tório abrangente sobre as medidas adotadas em do Parte interessado a participar desse exame.
cumprimento de suas obrigações estabelecidas Se o Estado Parte responder entregando seu
pela presente Convenção e sobre o progresso relatório, aplicar-se-á o disposto no parágrafo
alcançado nesse aspecto, dentro do período de 1 do presente artigo.
dois anos após a entrada em vigor da presente
Convenção para o Estado Parte concernente. 3. O Secretário-Geral das Nações Unidas
colocará os relatórios à disposição de todos os
2. Depois disso, os Estados Partes submeterão Estados Partes.
relatórios subsequentes, ao menos a cada quatro
anos, ou quando o Comitê o solicitar. 4. Os Estados Partes tornarão seus relatórios
amplamente disponíveis ao público em seus
3. O Comitê determinará as diretrizes aplicá- países e facilitarão o acesso à possibilidade de
veis ao teor dos relatórios. sugestões e de recomendações gerais a respeito
desses relatórios.
4. Um Estado Parte que tiver submetido ao
Comitê um relatório inicial abrangente não 5. O Comitê transmitirá às agências, fundos e
precisará, em relatórios subsequentes, repetir programas especializados das Nações Unidas
informações já apresentadas. Ao elaborar os e a outras organizações competentes, da ma-
relatórios ao Comitê, os Estados Partes são ins- neira que julgar apropriada, os relatórios dos
tados a fazê-lo de maneira franca e transparente Estados Partes que contenham demandas ou
Atos internacionais
2. As referências a “Estados Partes” na presente 1. Qualquer Estado Parte poderá propor
Convenção serão aplicáveis a essas organiza- emendas à presente Convenção e submetê-las
ções, nos limites da competência destas. ao Secretário-Geral das Nações Unidas. O Se-
cretário-Geral comunicará aos Estados Partes
3. Para os fins do parágrafo 1 do Artigo 45 quaisquer emendas propostas, solicitando-lhes
e dos parágrafos 2 e 3 do Artigo 47, nenhum que o notifiquem se são favoráveis a uma Con-
instrumento depositado por organização de ferência dos Estados Partes para considerar as
integração regional será computado. propostas e tomar decisão a respeito delas. Se,
até quatro meses após a data da referida comu-
4. As organizações de integração regional, em nicação, pelo menos um terço dos Estados Par-
matérias de sua competência, poderão exercer o tes se manifestar favorável a essa Conferência, o
direito de voto na Conferência dos Estados Par- Secretário-Geral das Nações Unidas convocará
tes, tendo direito ao mesmo número de votos a Conferência, sob os auspícios das Nações
quanto for o número de seus Estados membros Unidas. Qualquer emenda adotada por maioria
que forem Partes da presente Convenção. Essas de dois terços dos Estados Partes presentes e
organizações não exercerão seu direito de voto, votantes será submetida pelo Secretário-Geral
se qualquer de seus Estados membros exercer à aprovação da Assembléia Geral das Nações
seu direito de voto, e vice-versa. Unidas e, posteriormente, à aceitação de todos
os Estados Partes.
32
Protocolo Facultativo à Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência
2. O Comitê não receberá comunicação re- Sujeito ao disposto no Artigo 2 do presente
ferente a qualquer Estado Parte que não seja Protocolo, o Comitê levará confidencialmente
signatário do presente Protocolo. ao conhecimento do Estado Parte concernente
qualquer comunicação submetida ao Comitê.
Dentro do período de seis meses, o Estado con-
ARTIGO 2 cernente submeterá ao Comitê explicações ou
declarações por escrito, esclarecendo a matéria e
O Comitê considerará inadmissível a comuni- a eventual solução adotada pelo referido Estado.
cação quando:
b) A comunicação constituir abuso do direito 1. A qualquer momento após receber uma
de submeter tais comunicações ou for incom- comunicação e antes de decidir o mérito dessa
patível com as disposições da Convenção; comunicação, o Comitê poderá transmitir ao
Estado Parte concernente, para sua urgente con-
c) A mesma matéria já tenha sido examinada sideração, um pedido para que o Estado Parte
pelo Comitê ou tenha sido ou estiver sendo tome as medidas de natureza cautelar que forem
examinada sob outro procedimento de inves- necessárias para evitar possíveis danos irrepará-
Atos internacionais
d) Não tenham sido esgotados todos os re- 2. O exercício pelo Comitê de suas faculdades
cursos internos disponíveis, salvo no caso em discricionárias em virtude do parágrafo 1 do
que a tramitação desses recursos se prolongue presente Artigo não implicará prejuízo algum
33
sobre a admissibilidade ou sobre o mérito da ARTIGO 7
comunicação.
1. O Comitê poderá convidar o Estado Parte
concernente a incluir em seu relatório, sub-
ARTIGO 5 metido em conformidade com o disposto no
Artigo 35 da Convenção, pormenores a respeito
O Comitê realizará sessões fechadas para exa- das medidas tomadas em conseqüência da
minar comunicações a ele submetidas em con- investigação realizada em conformidade com
formidade com o presente Protocolo. Depois de o Artigo 6 do presente Protocolo.
examinar uma comunicação, o Comitê enviará
suas sugestões e recomendações, se houver, ao 2. Caso necessário, o Comitê poderá, encer-
Estado Parte concernente e ao requerente. rado o período de seis meses a que se refere
o parágrafo 4 do Artigo 6, convidar o Estado
Parte concernente a informar o Comitê a res-
ARTIGO 6 peito das medidas tomadas em conseqüência
da referida investigação.
1. Se receber informação confiável indicando
que um Estado Parte está cometendo violação
grave ou sistemática de direitos estabelecidos ARTIGO 8
na Convenção, o Comitê convidará o referido
Estado Parte a colaborar com a verificação da Qualquer Estado Parte poderá, quando da assi-
informação e, para tanto, a submeter suas ob- natura ou ratificação do presente Protocolo ou
servações a respeito da informação em pauta. de sua adesão a ele, declarar que não reconhece
a competência do Comitê, a que se referem os
2. Levando em conta quaisquer observações Artigos 6 e 7.
que tenham sido submetidas pelo Estado Par-
te concernente, bem como quaisquer outras
informações confiáveis em poder do Comitê, ARTIGO 9
este poderá designar um ou mais de seus mem-
bros para realizar investigação e apresentar, O Secretário-Geral das Nações Unidas será o
em caráter de urgência, relatório ao Comitê. depositário do presente Protocolo.
Caso se justifique e o Estado Parte o consinta,
a investigação poderá incluir uma visita ao
território desse Estado. ARTIGO 10
3. Após examinar os resultados da investiga- O presente Protocolo será aberto à assinatura
ção, o Comitê os comunicará ao Estado Parte dos Estados e organizações de integração re-
concernente, acompanhados de eventuais gional signatários da Convenção, na sede das
comentários e recomendações. Nações Unidas em Nova York, a partir de 30
Direitos das pessoas com deficiência
de março de 2007.
4. Dentro do período de seis meses após o
recebimento dos resultados, comentários e
recomendações transmitidos pelo Comitê, ARTIGO 11
o Estado Parte concernente submeterá suas
observações ao Comitê. O presente Protocolo estará sujeito à ratificação
pelos Estados signatários do presente Proto-
5. A referida investigação será realizada con- colo que tiverem ratificado a Convenção ou
fidencialmente e a cooperação do Estado Parte aderido a ela. Ele estará sujeito à confirmação
será solicitada em todas as fases do processo. formal por organizações de integração regional
34
signatárias do presente Protocolo que tiverem mo dia após o depósito do décimo instrumento
formalmente confirmado a Convenção ou a ela de ratificação ou adesão.
aderido. O Protocolo ficará aberto à adesão de
qualquer Estado ou organização de integração 2. Para cada Estado ou organização de inte-
regional que tiver ratificado ou formalmente gração regional que ratificar ou formalmente
confirmado a Convenção ou a ela aderido e que confirmar o presente Protocolo ou a ele aderir
não tiver assinado o Protocolo. depois do depósito do décimo instrumento
dessa natureza, o Protocolo entrará em vigor
no trigésimo dia a partir da data em que esse
ARTIGO 12 Estado ou organização tenha depositado seu
instrumento de ratificação, confirmação formal
1. “Organização de integração regional” será ou adesão.
entendida como organização constituída por
Estados soberanos de determinada região, à
qual seus Estados membros tenham delegado ARTIGO 14
competência sobre matéria abrangida pela
Convenção e pelo presente Protocolo. Essas 1. Não serão permitidas reservas incompatí-
organizações declararão, em seus documentos veis com o objeto e o propósito do presente
de confirmação formal ou adesão, o alcance de Protocolo.
sua competência em relação à matéria abrangi-
da pela Convenção e pelo presente Protocolo. 2. As reservas poderão ser retiradas a qualquer
Subseqüentemente, as organizações informarão momento.
ao depositário qualquer alteração substancial
no alcance de sua competência.
ARTIGO 15
2. As referências a “Estados Partes” no presente
Protocolo serão aplicáveis a essas organizações, 1. Qualquer Estado Parte poderá propor
nos limites da competência de tais organizações. emendas ao presente Protocolo e submetê-las
ao Secretário-Geral das Nações Unidas. O Se-
3. Para os fins do parágrafo 1 do Artigo 13 e do cretário-Geral comunicará aos Estados Partes
parágrafo 2 do Artigo 15, nenhum instrumento quaisquer emendas propostas, solicitando-lhes
depositado por organização de integração re- que o notifiquem se são favoráveis a uma Con-
gional será computado. ferência dos Estados Partes para considerar as
propostas e tomar decisão a respeito delas. Se,
4. As organizações de integração regional, em até quatro meses após a data da referida comu-
matérias de sua competência, poderão exercer nicação, pelo menos um terço dos Estados Par-
o direito de voto na Conferência dos Estados tes se manifestar favorável a essa Conferência, o
Partes, tendo direito ao mesmo número de vo- Secretário-Geral das Nações Unidas convocará
tos que seus Estados membros que forem Partes a Conferência, sob os auspícios das Nações
do presente Protocolo. Essas organizações não Unidas. Qualquer emenda adotada por maioria
exercerão seu direito de voto se qualquer de de dois terços dos Estados Partes presentes e
seus Estados membros exercer seu direito de votantes será submetida pelo Secretário-Geral
voto, e vice-versa. à aprovação da Assembléia Geral das Nações
Unidas e, posteriormente, à aceitação de todos
Atos internacionais
os Estados Partes.
ARTIGO 13
2. Qualquer emenda adotada e aprovada con-
1. Sujeito à entrada em vigor da Convenção, o forme o disposto no parágrafo 1 do presente
presente Protocolo entrará em vigor no trigési- artigo entrará em vigor no trigésimo dia após
35
a data na qual o número de instrumentos de ARTIGO 17
aceitação tenha atingido dois terços do número
de Estados Partes na data de adoção da emenda. O texto do presente Protocolo será colocado à
Posteriormente, a emenda entrará em vigor disposição em formatos acessíveis.
para todo Estado Parte no trigésimo dia após o
depósito por esse Estado do seu instrumento de
aceitação. A emenda será vinculante somente ARTIGO 18
para os Estados Partes que a tiverem aceitado.
Os textos em árabe, chinês, espanhol, francês,
inglês e russo e do presente Protocolo serão
ARTIGO 16 igualmente autênticos.
36
Convenção Interamericana para a
Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas
Portadoras de Deficiência
as organizações públicas e privadas que traba- circunstâncias ou dificuldades que tenham tido
lham com pessoas portadoras de deficiência os na implementação da Convenção, bem como
avanços normativos e jurídicos ocorridos para a as conclusões, observações e sugestões gerais
eliminação da discriminação contra as pessoas da Comissão para o cumprimento progressivo
portadoras de deficiência. da mesma.
39
6. A Comissão elaborará o seu regulamento 2. Para cada Estado que ratificar a Convenção
interno e o aprovará por maioria absoluta. ou aderir a ela depois do depósito do sexto ins-
trumento de ratificação, a Convenção entrará
7. O Secretário-Geral prestará à Comissão o em vigor no trigésimo dia a partir da data em
apoio necessário para o cumprimento de suas que esse Estado tenha depositado seu instru-
funções. mento de ratificação ou adesão.
Nenhuma disposição desta Convenção será 1. Qualquer Estado Parte poderá formular pro-
interpretada no sentido de restringir ou permitir postas de emenda a esta Convenção. As referidas
que os Estados Partes limitem o gozo dos direi- propostas serão apresentadas à Secretaria-Geral
tos das pessoas portadoras de deficiência reco- da OEA para distribuição aos Estados Partes.
nhecidos pelo Direito Internacional consuetu-
dinário ou pelos instrumentos internacionais 2. As emendas entrarão em vigor para os Esta-
vinculantes para um determinado Estado Parte. dos ratificantes das mesmas na data em que dois
terços dos Estados Partes tenham depositado
o respectivo instrumento de ratificação. No
ARTIGO VIII que se refere ao restante dos Estados partes,
entrarão em vigor na data em que depositarem
1. Esta Convenção estará aberta a todos os Esta- seus respectivos instrumentos de ratificação.
dos membros para sua assinatura, na cidade da
Guatemala, Guatemala, em 8 de junho de 1999 e,
a partir dessa data, permanecerá aberta à assina- ARTIGO XII
tura de todos os Estados na sede da Organização
dos Estados Americanos até sua entrada em vigor. Os Estados poderão formular reservas a esta
Convenção no momento de ratificá-la ou a
2. Esta Convenção está sujeita a ratificação. ela aderir, desde que essas reservas não sejam
incompatíveis com o objetivo e propósito da
3. Esta Convenção entrará em vigor para os Convenção e versem sobre uma ou mais dis-
Estados ratificantes no trigésimo dia a partir posições específicas.
da data em que tenha sido depositado o sexto
instrumento de ratificação de um Estado mem-
bro da Organização dos Estados Americanos. ARTIGO XIII
Atos internacionais
41
Conferência Internacional do Trabalho –
Convenção 159
Convenção sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes
A Convenção 159 da OIT foi ratificada por Depois de haver decidido que esses progressos
meio do Decreto no 129, de 18 de maio de 1991, tornaram oportuna a conveniência de adotar
sendo, portanto, lei no Brasil desde esta data. novas normas internacionais sobre o assunto,
Segue-se o texto da Convenção. que levem em consideração, em particular, a
necessidade de assegurar, tanto nas zonas rurais
A Conferência Geral da Organização Interna- como nas urbanas, a igualdade de oportunidade
cional do Trabalho: e tratamento a todas as categorias de pessoas
deficientes no que se refere a emprego e inte-
Convocada em Genebra pelo Conselho de gração na comunidade;
Administração do Escritório Internacional do
Trabalho e realizada nessa cidade em 1º de ju- Depois de haver determinado que essas propo-
nho de 1983, em sua sexagésima nona reunião; sições devam ter a forma de uma convenção,
adota, com a data de vinte de junho de mil no-
Tendo tomado conhecimento das normas inter- vecentos e oitenta e três, a presente Convenção
nacionais existentes e contidas na Recomendação sobre Reabilitação Profissional e Emprego de
sobre a habilitação e reabilitação profissionais Pessoas Deficientes.
dos deficientes, 1955, e na Recomendação sobre
o desenvolvimento dos recursos humanos, 1975;
PARTE I – Definições e Campo de Aplicação
Tomando conhecimento de que, desde a ado-
ção da Recomendação sobre a habilitação e Artigo 1
reabilitação profissional dos deficientes, 1955,
foi registrado um significativo progresso na 1. Para efeito desta Convenção, entende-se por
compreensão das necessidades da reabilitação, pessoa deficiente “todas as pessoas cujas pos-
na extensão e na organização dos serviços de sibilidades de obter e conservar um emprego
reabilitação e na legislação e no desempenho de adequado e de progredir no mesmo fiquem subs-
muitos paísesmembros em relação às questões tancialmente reduzidas por deficiência de caráter
cobertas por essa Recomendação; físico ou mental devidamente comprovada.
Direitos das pessoas com deficiência
Considerando que a Assembléia Geral das 2. Para efeitos desta Convenção, todo País
Nações Unidas proclamou, 1981, o Ano Inter- Membro deverá considerar que a finalidade da
nacional das Pessoas Deficientes, com o tema reabilitação profissional é a de permitir que a
“Participação Plena e Igualdade”, e que um pessoa deficiente obtenha e conserve um em-
programa de ação mundial relativo às pessoas prego e progrida no mesmo, e que se promova,
deficientes permitiria a adoção de medidas assim, a integração ou a reintegração dessa
eficazes em nível nacional e inter nacional pessoa na sociedade.
para atingir metas de “participação plena” das
pessoas deficientes na vida social e no desen- 3. Todo paísmembro aplicará os dispositivos
volvimento, assim como de “igualdade”; desta Convenção por meio de medidas adequa-
42
das às condições nacionais e de acordo com a para promover a cooperação e a coordenação
experiência (costumes, uso e hábitos) nacional. dos organismos públicos e particulares que par-
ticipam nas atividades de reabilitação profissio-
4. As proposições desta Convenção serão nal. As organizações representativas de e para
aplicáveis a todas as categorias de pessoas deficientes devem também ser consultadas.
deficientes.
Artigo 2 Artigo 6
De acordo com as condições, experiências e Todo país membro, mediante legislação nacio-
possibilidades nacionais, cada País Membro nal e por outros procedimentos, de conformi-
formulará, aplicará e periodicamente revisará a dade com as condições e experiências nacio-
política nacional sobre reabilitação profissional nais, deverá adotar as medidas necessárias para
e emprego de pessoas deficientes. aplicar os arts. 2, 3, 4 e 5 da presente Convenção.
Artigo 3 Artigo 7
Essa política deverá ter por finalidade assegurar As autoridades competentes deverão adotar
que existam medidas adequadas de reabilitação medidas para proporcionar e avaliar os serviços
profissional ao alcance de todas as categorias de de orientação e formação profissional, coloca-
pessoas deficientes e promover oportunidades ção, emprego e outros semelhantes, a fim de que
de emprego para as pessoas deficientes no as pessoas deficientes possam obter e conservar
mercado regular de trabalho. o emprego e progredir no mesmo; sempre que
for possível e adequado, serão utilizados os
Artigo 4 serviços existentes para os trabalhadores em
geral, com as adaptações necessárias.
Essa política deverá ter como base o princípio
de igualdade de oportunidades entre os traba- Artigo 8
lhadores deficientes e dos trabalhadores em
geral. Dever-se-á respeitar a igualdade de opor- Adotar-se-ão medidas para promover o esta-
tunidades e de tratamento para as trabalhadoras belecimento e o desenvolvimento de serviços
deficientes. As medidas positivas especiais com de reabilitação profissional e de emprego para
a finalidade de atingir a igualdade efetiva de pessoas deficientes na zona rural e nas comu-
oportunidades e de tratamento entre traba- nidades distantes.
lhadores deficientes e os demais trabalhadores,
não devem ser vistas como discriminatórias em Artigo 9
relação a estes últimos.
Todo País Membro deverá esforçar-se para
Artigo 5 assegurar a formação e a disponibilidade de
Atos internacionais
2. Todo País Membro que tenha ratificado esta 1. No caso de a Conferência adotar nova Con-
Convenção e que, no prazo de um ano após a venção que implique revisão total ou parcial da
expiração do período de 10 anos, mencionado presente, e a menos que uma nova Convenção
no parágrafo anterior, não tenha feito uso do contenha dispositivos em contrário:
Direitos das pessoas com deficiência
Artigo 17
Atos internacionais
45
Lei Complementar
Lei Complementar no 142/2013
de 8 de maio de 2013
48
Art. 8o A renda mensal da aposentadoria IV – as demais normas relativas aos bene-
devida ao segurado com deficiência será calcu- fícios do RGPS;
lada aplicando-se sobre o salário de benefício, V – a percepção de qualquer outra espécie
apurado em conformidade com o disposto no de aposentadoria estabelecida na Lei no 8.213,
art. 29 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais van-
os seguintes percentuais: tajosa do que as opções apresentadas nesta Lei
I – 100% (cem por cento), no caso da apo- Complementar.
sentadoria de que tratam os incisos I, II e III
do art. 3o; ou Art. 10. A redução do tempo de contribuição
II – 70% (setenta por cento) mais 1% (um prevista nesta Lei Complementar não poderá
por cento) do salário de benefício por grupo de ser acumulada, no tocante ao mesmo período
12 (doze) contribuições mensais até o máximo contributivo, com a redução assegurada aos
de 30% (trinta por cento), no caso de aposen- casos de atividades exercidas sob condições
tadoria por idade. especiais que prejudiquem a saúde ou a inte-
gridade física.
Art. 9o Aplicam-se à pessoa com deficiência
de que trata esta Lei Complementar: Art. 11. Esta Lei Complementar entra em
I – o fator previdenciário nas aposentado- vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua
rias, se resultar em renda mensal de valor mais publicação oficial.
elevado;
II – a contagem recíproca do tempo de Brasília, 8 de maio de 2013; 192o da Indepen-
contribuição na condição de segurado com de- dência e 125o da República.
ficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime
próprio de previdência do servidor público ou DILMA ROUSSEFF – Miriam Belchior –
a regime de previdência militar, devendo os Garibaldi Alves Filho – Maria do Rosário Nunes
regimes compensar-se financeiramente;
III – as regras de pagamento e de recolhi- Publicada no DOU de 9/5/2013
mento das contribuições previdenciárias con-
tidas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;
Lei Complementar
49
Leis ordinárias
Lei no 12.190/2010
de 13 de janeiro de 2010
Concede indenização por dano moral às pessoas com deficiência física decorrente do uso da
talidomida, altera a Lei no 7.070, de 20 de dezembro de 1982, e dá outras providências.
52
Lei no 11.520/2007
de 18 de setembro de 2007
Dispõe sobre a concessão de pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase que foram submetidas
a isolamento e internação compulsórios.
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLI- prévio sobre os requerimentos formulados com
CA adotou a Medida Provisória no 373, de 2007, base no art. 1o, cuja composição, organização
que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan e funcionamento serão definidos em regula-
Calheiros, Presidente da Mesa do Congresso mento.
Nacional, para os efeitos do disposto no art. 62 § 2o Para a comprovação da situação do
da Constituição Federal, com a redação dada requerente, será admitida a ampla produção
pela Emenda Constitucional no 32, combinado de prova documental e testemunhal, e, caso
com o art. 12 da Resolução no 1, de 2002-CN, necessário, prova pericial.
promulgo a seguinte Lei: § 3o Na realização de suas atividades, a
Comissão poderá promover as diligências que
Art. 1o Fica o Poder Executivo autorizado a julgar convenientes, inclusive solicitar apoio
conceder pensão especial, mensal, vitalícia e técnico, documentos, pareceres e informações
intransferível, às pessoas atingidas pela hanse- de órgãos da administração pública, assim
níase e que foram submetidas a isolamento e como colher depoimentos de terceiros.
internação compulsórios em hospitais-colônia, § 4o As despesas referentes a diárias e pas-
até 31 de dezembro de 1986, que a requererem, sagens dos membros da Comissão correrão à
a título de indenização especial, correspondente conta das dotações orçamentárias dos órgãos a
a R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais). que pertencerem.
§ 1o A pensão especial de que trata o caput
é personalíssima, não sendo transmissível a Art. 3o A pensão especial de que trata esta Lei,
dependentes e herdeiros, e será devida a partir ressalvado o direito à opção, não é acumulável
da entrada em vigor desta Lei. com indenizações que a União venha a pagar
§ 2o O valor da pensão especial será reajus- decorrentes de responsabilização civil sobre os
tado anualmente, conforme os índices concedi- mesmos fatos.
dos aos benefícios de valor superior ao piso do Parágrafo único. O recebimento da pensão
Regime Geral de Previdência Social. especial não impede a fruição de qualquer
§ 3o O requerimento referido no caput será benefício previdenciário.
endereçado ao Secretário Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República, nos Art. 4o O Ministério da Saúde, em articula-
termos do regulamento. ção com os sistemas de saúde dos Estados e
§ 4o Caberá ao Instituto Nacional do Seguro Municípios, implementará ações específicas
Social – INSS o processamento, a manutenção em favor dos beneficiários da pensão especial
e o pagamento da pensão, observado o art. 6o. de que trata esta Lei, voltadas à garantia de
fornecimento de órteses, próteses e demais
Art. 2o A pensão de que trata o art. 1o será ajudas técnicas, bem como na realização de
concedida por meio de ato do Secretário Espe- intervenções cirúrgicas e assistência à saúde
cial dos Direitos Humanos da Presidência da por meio do Sistema Único de Saúde – SUS.
Leis ordinárias
54
Lei no 11.255/2005
de 27 de dezembro de 2005
55
Lei no 11.126/2005
de 27 de junho de 2005
56
Lei no 10.845/2004
de 5 de março de 2004
Art. 6o A prestação de contas dos recursos Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua
recebidos à conta do PAED, constituída dos publicação.
documentos definidos pelo Conselho Delibe-
rativo do FNDE, será apresentada pela entidade Brasília, 5 de março de 2004; 183o da Indepen-
executora ao Conselho que houver aprovado o dência e 116o da República.
respectivo programa de aplicação, até 28 de fe-
vereiro do ano subseqüente ao de recebimento LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
dos recursos. – Guido Mantega – José Dirceu de Oliveira e
§ 1o O Conselho que houver aprovado o Silva
programa de aplicação consolidará as presta-
ções de contas, emitindo parecer conclusivo Publicada no DOU de 8/3/2004
Direitos das pessoas com deficiência
58
Lei no 10.708/2003
de 31 de julho de 2003
Art. 3o São requisitos cumulativos para a Art. 5o O pagamento do auxílio-reabilitação psi-
obtenção do benefício criado por esta Lei que: cossocial será interrompido, em caso de óbito, no
Leis ordinárias
60
Lei no 10.216/2001
de 6 de abril de 2001
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o
modelo assistencial em saúde mental.
mações a respeito de sua doença e de seu social, será objeto de política específica de alta
tratamento; planejada e reabilitação psicossocial assistida,
VIII – ser tratada em ambiente terapêutico sob responsabilidade da autoridade sanitária
pelos meios menos invasivos possíveis; competente e supervisão de instância a ser de-
61
finida pelo Poder Executivo, assegurada a con- responsável legal, ou quando estabelecido pelo
tinuidade do tratamento, quando necessário. especialista responsável pelo tratamento.
Art. 6o A internação psiquiátrica somente será Art. 9o A internação compulsória é deter-
realizada mediante laudo médico circunstan- minada, de acordo com a legislação vigente,
ciado que caracterize os seus motivos. pelo juiz competente, que levará em conta as
Parágrafo único. São considerados os se- condições de segurança do estabelecimento,
guintes tipos de internação psiquiátrica: quanto à salvaguarda do paciente, dos demais
I – internação voluntária: aquela que se dá internados e funcionários.
com o consentimento do usuário;
II – internação involuntária: aquela que se Art. 10. Evasão, transferência, acidente, in-
dá sem o consentimento do usuário e a pedido tercorrência clínica grave e falecimento serão
de terceiro; e comunicados pela direção do estabelecimento
III – internação compulsória: aquela deter- de saúde mental aos familiares, ou ao represen-
minada pela Justiça. tante legal do paciente, bem como à autoridade
sanitária responsável, no prazo máximo de
Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente vinte e quatro horas da data da ocorrência.
sua internação, ou que a consente, deve assinar,
no momento da admissão, uma declaração de Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnós-
que optou por esse regime de tratamento. ticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas
Parágrafo único. O término da internação sem o consentimento expresso do paciente,
voluntária dar-se-á por solicitação escrita ou de seu representante legal, e sem a devi-
do paciente ou por determinação do médico da comunicação aos conselhos profissionais
assistente. competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.
Art. 8o A internação voluntária ou involuntária Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no
somente será autorizada por médico devida- âmbito de sua atuação, criará comissão nacional
mente registrado no Conselho Regional de para acompanhar a implementação desta Lei.
Medicina – CRM do Estado onde se localize o
estabelecimento. Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de
§ 1o A internação psiquiátrica involuntária sua publicação.
deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser co-
municada ao Ministério Público Estadual pelo Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Indepen-
responsável técnico do estabelecimento no qual dência e 113o da República.
tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedi-
mento ser adotado quando da respectiva alta. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – José
§ 2o O término da internação involuntária Gregori – José Serra – Roberto Brant
dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou
Direitos das pessoas com deficiência
62
Lei no 10.173/2001
de 9 de janeiro de 2001
Altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, para dar prioridade de
tramitação aos procedimentos judiciais em que figure como parte pessoa com idade igual ou superior
a sessenta e cinco anos.
Leis ordinárias
63
Lei no 10.098/2000
de 19 de dezembro de 2000
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, Art. 16. Os veículos de transporte coletivo
aulas e outros de natureza similar deverão deverão cumprir os requisitos de acessibilidade
dispor de espaços reservados para pessoas que estabelecidos nas normas técnicas específicas.
utilizam cadeira de rodas, e de lugares especí-
ficos para pessoas com deficiência auditiva e
visual, inclusive acompanhante, de acordo com CAPÍTULO VII – Da Acessibilidade nos
a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições Sistemas de Comunicação e Sinalização
de acesso, circulação e comunicação.
Art. 17. O Poder Público promoverá a elimina-
ção de barreiras na comunicação e estabelecerá
CAPÍTULO V – Da Acessibilidade nos mecanismos e alternativas técnicas que tornem
Edifícios de Uso Privado acessíveis os sistemas de comunicação e sina-
lização às pessoas portadoras de deficiência
Art. 13. Os edifícios de uso privado em que sensorial e com dificuldade de comunicação,
seja obrigatória a instalação de elevadores de- para garantir-lhes o direito de acesso à infor-
verão ser construídos atendendo aos seguintes mação, à comunicação, ao trabalho, à educação,
requisitos mínimos de acessibilidade: ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.
I – percurso acessível que una as unidades
habitacionais com o exterior e com as depen- Art. 18. O Poder Público implementará a
dências de uso comum; formação de profissionais intérpretes de escrita
II – percurso acessível que una a edificação à em braile, linguagem de sinais e de guias-intér-
via pública, às edificações e aos serviços anexos pretes, para facilitar qualquer tipo de comuni-
de uso comum e aos edifícios vizinhos; cação direta à pessoa portadora de deficiência
Direitos das pessoas com deficiência
67
Lei no 10.048/2000
de 8 de novembro de 2000
Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS.
Leis ordinárias
69
Lei no 8.989/95
de 24 de fevereiro de 1995
Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis
para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de
deficiência física, e dá outras providências.5
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLI- diretamente ou por intermédio de seu repre-
CA adotou a Medida Provisória no 856, de 1995, sentante legal;
que o Congresso Nacional aprovou, e eu, JOSÉ V – (Vetado)
SARNEY, Presidente do Senado Federal, para os § 1o Para a concessão do benefício pre-
efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 visto no art. 1o é considerada também pessoa
da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:5 portadora de deficiência física aquela que
apresenta alteração completa ou parcial de um
Art. 1o Ficam isentos do Imposto Sobre Pro- ou mais segmentos do corpo humano, acarre-
dutos Industrializados – IPI os automóveis de tando o comprometimento da função física,
passageiros de fabricação nacional, equipados apresentando-se sob a forma de paraplegia,
com motor de cilindrada não superior a dois mil paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetra-
centímetros cúbicos, de no mínimo quatro por- plegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemi-
tas inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a plegia, hemiparesia, amputação ou ausência
combustíveis de origem renovável ou sistema re- de membro, paralisia cerebral, membros com
versível de combustão, quando adquiridos por:6 deformidade congênita ou adquirida, exceto as
I – motoristas profissionais que exerçam, deformidades estéticas e as que não produzam
comprovadamente, em veículo de sua proprie- dificuldades para o desempenho de funções.
dade atividade de condutor autônomo de pas- § 2o Para a concessão do benefício previsto
sageiros, na condição de titular de autorização, no art. 1o é considerada pessoa portadora de
permissão ou concessão do Poder Público e que deficiência visual aquela que apresenta acui-
destinam o automóvel à utilização na categoria dade visual igual ou menor que 20/200 (tabela
de aluguel (táxi); de Snellen) no melhor olho, após a melhor
II – motoristas profissionais autônomos correção, ou campo visual inferior a 20°, ou
titulares de autorização, permissão ou conces- ocorrência simultânea de ambas as situações.
são para exploração do serviço de transporte § 3o Na hipótese do inciso IV, os automóveis
individual de passageiros (táxi), impedidos de de passageiros a que se refere o caput serão
continuar exercendo essa atividade em virtude adquiridos diretamente pelas pessoas que te-
de destruição completa, furto ou roubo do veí- nham plena capacidade jurídica e, no caso dos
culo, desde que destinem o veículo adquirido à interditos, pelos curadores.
utilização na categoria de aluguel (táxi); § 4 o A Secretaria Especial dos Diretos
Direitos das pessoas com deficiência
III – cooperativas de trabalho que sejam per- Humanos da Presidência da República, nos
missionárias ou concessionárias de transporte termos da legislação em vigor e o Ministério da
público de passageiros, na categoria de aluguel Saúde definirão em ato conjunto os conceitos
(táxi), desde que tais veículos se destinem à de pessoas portadoras de deficiência mental
utilização nessa atividade; severa ou profunda, ou autistas, e estabelecerão
IV – pessoas portadoras de deficiência física, as normas e requisitos para emissão dos laudos
visual, mental severa ou profunda, ou autistas, de avaliação delas.
§ 5o Os curadores respondem solidariamen-
5
Lei no 10.754/2003. te quanto ao imposto que deixar de ser pago,
6
Leis nos 9.317/96, 10.754/2003 e 10.690/2003. em razão da isenção de que trata este artigo.
70
§ 6o A exigência para aquisição de automó- Parágrafo único. O prazo de que trata o ca-
veis equipados com motor de cilindrada não put deste artigo aplica-se inclusive às aquisições
superior a dois mil centímetros cúbicos, de no realizadas antes de 22 de novembro de 2005.
mínimo quatro portas, inclusive a de acesso ao
bagageiro, movidos a combustíveis de origem Art. 3o A isenção será reconhecida pela Se-
renovável ou sistema reversível de combustão cretaria da Receita Federal do Ministério da
não se aplica aos portadores de deficiência de Fazenda, mediante prévia verificação de que
que trata o inciso IV do caput deste artigo. o adquirente preenche os requisitos previstos
nesta lei.
Art. 2o A isenção do Imposto sobre Produtos ...............................................................................
Industrializados – IPI de que trata o art. 1o desta
Lei somente poderá ser utilizada uma vez, salvo Publicada no DOU de 25/2/1995
se o veículo tiver sido adquirido há mais de 2
(dois) anos.7
Leis ordinárias
7
Leis nos 11.196/2005 e 11.307/2006.
71
Lei no 8.899/94
de 29 de junho de 1994
Concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte lei: Art. 4o Revogam-se as disposições em con-
trário.
Art. 1o É concedido passe livre às pessoas
portadoras de deficiência, comprovadamente Brasília, 29 de junho de 1994; 173o da Indepen-
carentes, no sistema de transporte coletivo dência e 106o da República.
interestadual.
ITAMAR FRANCO – Cláudio Ivanof Lucarevschi
Art. 2o O Poder Executivo regulamentará esta – Leonor Barreto Barreto Franco
lei no prazo de noventa dias a contar de sua
publicação. Publicada no DOU de 30/6/1994 e regulamentada
pelo Decreto no 3.691/2000
Direitos das pessoas com deficiência
72
Lei no 8.742/93
de 7 de dezembro de 1993
das famílias e nela a ocorrência de vulnerabi- e planejada, prestam serviços e executam pro-
lidades, de ameaças, de vitimizações e danos; gramas e projetos voltados prioritariamente
8
Lei no 12.435/2011. Lei no 12.435/2011.
9
73
para a defesa e efetivação dos direitos socio- cia definidos para qualificar, incentivar e me-
assistenciais, construção de novos direitos, lhorar os benefícios e os serviços assistenciais.10
promoção da cidadania, enfrentamento das § 1o Os programas de que trata este artigo
desigualdades sociais, articulação com órgãos serão definidos pelos respectivos Conselhos
públicos de defesa de direitos, dirigidos ao de Assistência Social, obedecidos os objetivos
público da política de assistência social, nos ter- e princípios que regem esta lei, com prioridade
mos desta Lei, e respeitadas as deliberações do para a inserção profissional e social.
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. § 2o Os programas voltados para o idoso e
............................................................................... a integração da pessoa com deficiência serão
devidamente articulados com o benefício de
SEÇÃO IV – Dos Programas de Assistência prestação continuada estabelecido no art. 20
Social desta Lei.
...............................................................................
Art. 24. Os programas de assistência social
compreendem ações integradas e complemen- Publicada no DOU de 8/12/1998 e regulamentada
tares com objetivos, tempo e área de abrangên- pelo Decreto no 3.048/99
10
Lei no 12.435/2011.
Direitos das pessoas com deficiência
74
Lei no 8.687/93
de 20 de julho de 1993
Leis ordinárias
75
Lei no 8.213/91
de 24 de julho de 1991
Leis ordinárias
77
Lei no 8.160/91
de 8 de janeiro de 1991
78
Lei no 8.112/90
de 11 de dezembro de 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas
oferecidas no concurso.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta ...............................................................................
e eu sanciono a seguinte Lei:
............................................................................... CAPÍTULO VI – Das Concessões
...............................................................................
TÍTULO II – Do Provimento, Vacância,
Remoção, Redistribuição e Substituição Art. 98. Será concedido horário especial ao
CAPÍTULO I – Do Provimento servidor estudante, quando comprovada a in-
SEÇÃO I – Disposições Gerais compatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
Art. 5o São requisitos básicos para investidura § 1o Para efeito do disposto neste artigo, será
em cargo público: exigida a compensação de horário no órgão
I – a nacionalidade brasileira; ou entidade que tiver exercício, respeitada a
II – o gozo dos direitos políticos; duração semanal do trabalho.13
III – a quitação com as obrigações militares § 2o Também será concedido horário espe-
e eleitorais; cial ao servidor portador de deficiência, quando
IV – o nível de escolaridade exigido para o comprovada a necessidade por junta médica
exercício do cargo; oficial, independentemente de compensação
V – a idade mínima de dezoito anos; de horário.
VI – aptidão física e mental. § 3o As disposições do parágrafo anterior
§ 1o As atribuições do cargo podem justi- são extensivas ao servidor que tenha cônjuge,
ficar a exigência de outros requisitos estabele- filho ou dependente portador de deficiência fí-
cidos em lei. sica, exigindo-se, porém, neste caso, compensa-
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência ção de horário na forma do inciso II do art. 44.
é assegurado o direito de se inscrever em con- ...............................................................................
curso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência Publicada no DOU de 19/4/1991 e republicada no
de que são portadoras; para tais pessoas serão DOU de 18/3/1998 Leis ordinárias
13
Lei no 9.527/97.
79
Lei no 8.069/90
de 13 de julho de 1990
Leis ordinárias
81
Lei no 7.853/89
de 24 de outubro de 1989
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, institui a tutela jurisdicional
de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define
crimes, e dá outras providências.
Art. 7o Aplicam-se à ação civil pública prevista mista, as respectivas subsidiárias e as fundações
nesta Lei, no que couber, os dispositivos da Lei públicas..
no 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 10. A coordenação superior dos assuntos,
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão ações governamentais e medidas referentes
de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: a pessoas portadoras de deficiência caberá à
I – recusar, suspender, procrastinar, cance- Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
lar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição Presidência da República.16
de aluno em estabelecimento de ensino de
qualquer curso ou grau, público ou privado, 16
Leis nos 8.028/90 e 11.958/2009.
84
Parágrafo único. Ao órgão a que se refere portadora de deficiência, visando à conscien-
este artigo caberá formular a Política Nacio- tização da sociedade.
nal para a Integração da Pessoa Portadora de Parágrafo único. Na elaboração dos planos,
Deficiência, seus planos, programas e projetos programas e projetos a seu cargo, deverá a
e cumprir as instruções superiores que lhes Corde recolher, sempre que possível, a opinião
digam respeito, com a cooperação dos demais das pessoas e entidades interessadas, bem como
órgãos públicos. considerar a necessidade de efetivo apoio aos
entes particulares voltados para a integração
Art. 11. (Revogado)17 social das pessoas portadoras de deficiência.
86
Lei no 7.405/85
de 12 de novembro de 1985
88
Lei no 7.210/84
de 11 de julho de 1984
Leis ordinárias
89
Lei no 7.070/82
de 20 de dezembro de 1982
Dispõe sobre pensão especial para os deficientes físicos que especifica e dá outras providências.
Art 2o A percepção do benefício de que trata Art 4o A pensão especial será mantida e paga
esta Lei dependerá unicamente da apresentação pelo Instituto Nacional de Previdência Social,
de atestado médico comprobatório das condi- por conta do Tesouro Nacional.
Direitos das pessoas com deficiência
ções constantes do artigo anterior, passado por Parágrafo único. O Tesouro Nacional porá
junta médica oficial para esse fim constituída à disposição da Previdência Social, à conta de
pelo Instituto Nacional de Previdência Social, dotações próprias consignadas no Orçamento
sem qualquer ônus para os interessados. da União, os recursos necessários ao pagamento
da pensão especial, em cotas trimestrais, de
Art. 3o A pensão especial de que trata esta Lei, acordo com a programação financeira da União.
ressalvado o direito de opção, não é acumulável
com rendimento ou indenização que, a qual- Leis nos 9.528/97, 10.877/2004 e 12.190/2010, e
19
quer título, venha a ser pago pela União a seus Medida Provisória no 2.187-13/2001.
90
Art. 4o-A. Ficam isentos do imposto de renda Art 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua
a pensão especial e outros valores recebidos publicação.
em decorrência da deficiência física de que
trata o caput do art. 1o desta Lei, observado o Art 6o Revogam-se as disposições em con-
disposto no art. 2o desta Lei, quando pagos ao trário.
seu portador.20
Parágrafo único. A documentação compro- Brasília, em 20 de dezembro de 1982; 161o da
batória da natureza dos valores de que trata o Independência e 94o da República.
caput deste artigo, quando recebidos de fonte
situada no exterior, deve ser traduzida por JOÃO FIGUEIREDO – Carlos Viacava – Hélio
tradutor juramentado. Beltrão
Leis ordinárias
20
Lei no 11.727/2008.
91
Lei no 4.613/65
de 2 de abril de 1965
Isenta dos impostos de importação e de consumo, bem como da taxa de despacho aduaneiro, os
veículos especiais destinados a uso exclusivo de paraplégicos ou de pessoas portadoras de defeitos
físicos, os quais fiquem impossibilitados de utilizar os modelos comuns.
92
Decretos
Decreto no 7.823/2012
de 9 de outubro de 2012
94
Decreto no 7.612/2011
de 17 de novembro de 2011
Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite.
97
Decreto no 7.235/2010
de 19 de julho de 2010
Regulamenta a Lei no 12.190, de 13 de janeiro de 2010, que concede indenização por dano moral às
pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida.
dano moral de que trata este Decreto, a pessoa § 1o Caso haja ação judicial cujo objeto seja o
com deficiência física decorrente do uso da recebimento de indenização inacumulável com a
talidomida deverá firmar termo de opção, con- prevista neste Decreto, o pagamento ficará con-
forme modelo anexo a este Decreto, declarando dicionado à apresentação do termo de opção e:
sua escolha pelo recebimento da indenização I – do pedido de desistência da ação, homo-
por danos morais de que trata a Lei no 12.190, de logado em juízo; ou
2010, em detrimento de qualquer outra, da mes- II – da renúncia ao crédito decorrente da
ma natureza, concedida por decisão judicial. ação judicial transitada em julgado, em favor
Parágrafo único. O termo de opção poderá do recebimento da indenização de que trata este
ser firmado por representante legal ou procu- Decreto, homologada em juízo.
98
§ 2o Nos casos do § 1o, eventuais paga- § 3o Na inexistência de informação do nú-
mentos realizados em decorrência de decisão mero de pontos na decisão judicial referida no
judicial, com ou sem trânsito em julgado, serão § 2o, este será obtido por meio da divisão do
descontados dos valores a serem pagos, atuali- valor da renda mensal inicial da pensão especial
zados monetariamente. pelo valor do ponto vigente na data do início
§ 3o Deverá constar do termo de opção do benefício, observado o limite máximo de
referido neste Decreto que, na hipótese de oito pontos.
recebimento irregular da indenização de que
trata a Lei no 12.190, de 2010, em virtude da Art. 9o O valor da indenização poderá ser re-
acumulação indevida de indenizações, o bene- cebido por representante legal ou procurador,
ficiário autoriza que haja desconto, de até trinta desde que devidamente cadastrado no INSS.
por cento, do valor de seu benefício mensal
concedido nos termos da Lei no 7.070, de 1982, Art. 10. O valor da indenização de que trata
até a completa quitação do valor pago indevi- este Decreto está sujeito à atualização com base
damente, acrescido da atualização monetária no Índice Nacional de Preços ao Consumi-
correspondente. dor – INPC, apurado pela Fundação Instituto
§ 4o Em caso de fundada dúvida sobre o Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
caráter inacumulável das indenizações judiciais, com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2010,
esta será dirimida pelo órgão integrante da es- na forma do art. 6o da Lei no 12.190, de 2010.
trutura da Advocacia-Geral da União, ou a ela
vinculado, responsável pelo acompanhamento Art. 11. Ficam o Ministério da Previdência
da ação judicial que concedeu a indenização. Social e o INSS autorizados a editar normas
complementares que se fizerem necessárias ao
Art. 8o A pensão especial prevista na Lei no cumprimento deste Decreto.
7.070, de 1982, cujo direito tenha sido reco-
nhecido judicialmente, poderá ser acumulada Art. 12. O INSS terá prazo de até cento e vinte
com a indenização de que trata este Decreto, dias, a contar da publicação deste Decreto,
observando-se que o pagamento desta somente para iniciar os pagamentos referentes às inde-
ocorrerá após o trânsito em julgado da ação nizações previstas na Lei no 12.190, de 2010,
judicial que determinou a concessão da pensão. observado o disposto no art. 3o.
§ 1o O disposto no caput não se aplica às
ações judiciais nas quais se questione somente a Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data
quantidade de pontos indicadores da natureza, de sua publicação.
o grau da dependência resultante da deformi-
dade física ou apenas o valor da pensão especial Brasília, 19 de julho de 2010; 189o da Indepen-
concedida, hipóteses em que a indenização será dência e 122o da República.
paga com base no valor ou número de pontos
incontroversos e o restante, se for o caso, após LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Guido
o trânsito em julgado da ação. Mantega – José Gomes Temporão – Paulo
§ 2o Para o pagamento da indenização de Bernardo Silva – Carlos Eduardo Gabas – Paulo
que trata este Decreto, deverá ser observado o de Tarso Vannuchi
número de pontos indicadores da natureza e do
grau da dependência resultante da deformidade Publicado no DOU de 20/7/2010
física definidos na decisão judicial que determi-
nou a concessão da pensão especial.
Decretos
99
Anexo
TERMO DE OPÇÃO
(Opção pela indenização de que trata a Lei no 12.190, de 13 de janeiro de 2010, concedida às pessoas
com deficiência física decorrente do uso da talidomida, que percebam indenização de mesma natureza
concedida por decisão judicial)
Nome:
Nacionalidade: Estado civil:
Identidade: Data de nascimento:
CPF: NIT (PIS/PASEP):
Número do Benefício (Lei no 7.070/82):
Nome da mãe:
Endereço:
Telefone: E-mail:
Eu, acima denominado(a), ciente do direito de opção a mim conferido pelo art. 5o da Lei no 12.190, de
2010, declaro opção por:
indenização da Lei no 12.190, de 2010, na forma de seu art. 1o.
indenização por danos morais concedida por decisão judicial, de que trata o art. 5o da Lei no 12.190, de
2010.
Declaro, ainda, que não existe ação judicial em andamento ajuizada por mim visando à concessão de
indenização por danos morais da mesma natureza da que trata a Lei no 12.190, de 2010.
Na hipótese de recebimento irregular da indenização prevista pela Lei no 12.190, de 2010, através da
acumulação indevida de indenização por dano moral concedida judicialmente, AUTORIZO que haja
desconto em meu benefício, até a completa quitação do valor pago indevidamente, monetariamente
corrigido.
Estou ciente de que a existência de declaração falsa no presente Termo de Opção acarretará a configura-
ção do crime de falsidade ideológica, previsto no art. 299 do Código Penal Brasileiro.
Localidade/Data:
____________________________________________
(optante)
____________________________________________
(INSS)
Direitos das pessoas com deficiência
100
Decreto no 6.949/2009
de 25 de agosto de 2009
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
Considerando que o Congresso Nacional apro- Art. 2o São sujeitos à aprovação do Congresso
vou, por meio do Decreto Legislativo no 186, de Nacional quaisquer atos que possam resultar
9 de julho de 2008, conforme o procedimento em revisão dos referidos diplomas internacio-
do § 3o do art. 5o da Constituição, a Convenção nais ou que acarretem encargos ou compro-
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e missos gravosos ao patrimônio nacional, nos
seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova termos do art. 49, inciso I, da Constituição.
York, em 30 de março de 2007;
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de
Considerando que o Governo brasileiro depo- sua publicação.
sitou o instrumento de ratificação dos referidos
atos junto ao Secretário-Geral das Nações Brasília, 25 de agosto de 2009; 188o da Indepen-
Unidas em 1o de agosto de 2008; dência e 121o da República.
Considerando que os atos internacionais em LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Celso Luiz
apreço entraram em vigor para o Brasil, no pla- Nunes Amorim
no jurídico externo, em 31 de agosto de 2008;
Publicado no DOU de 26/8/2009
DECRETA:
Decretos
101
Decreto sem número
de 25 de fevereiro de 2008
Inovação;
23
Decreto de 24/11/2011. 24
Decreto de 24/11/2011.
103
XVII – Ministério das Comunicações; por representantes dos órgãos federais que
XVIII – Ministério da Fazenda; compõem o Programa Territórios da Cidadania
XIX – Ministério da Pesca e Aquicultura; e dos representantes dos governos estaduais e
XX – Secretaria de Relações Institucionais municipais convidados pelo Comitê.
da Presidência da República;
XXI – Secretaria de Políticas de Promoção da Art. 8o As despesas decorrentes da execução
Igualdade Racial da Presidência da República; dos projetos advirão das dotações orçamen-
XXII – Secretaria de Políticas para as Mu- tárias próprias consignadas anualmente nos
lheres da Presidência da República; e orçamentos dos órgãos e entidades envolvidos
XXIII – Secretaria de Direitos Humanos da no Programa Territórios da Cidadania, obser-
Presidência da República. vados os limites de movimentação, de empenho
§ 1o Os membros do Grupo Interministerial e de pagamento da programação orçamentária
de Execução e Acompanhamento serão indica- e financeira anual.
dos pelos titulares dos órgãos representados,
no prazo de dez dias contado a partir da data Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de
de publicação deste Decreto, e designados pelo sua publicação.
Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da
Presidência da República. Brasília, 25 de fevereiro de 2008; 187o da Inde-
§ 2o O Grupo Interministerial de Execução e pendência e 120o da República.
Acompanhamento será reunido periodicamen-
te, mediante convocação do seu coordenador. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
§ 3o O Grupo Interministerial de Execução – Reinhold Stephanes – Fernando Haddad –
e Acompanhamento poderá convidar para Carlos Lupi – José Gomes Temporão – Edison
participar das reuniões representantes de ou- Lobão – Paulo Bernardo Silva – Patrus Ananias
tros Ministérios, de instituições públicas e da – Gilberto Gil – Marina Silva – Geddel Vieira
sociedade civil, bem como especialistas, para Lima – Guilherme Cassel – Márcio Fortes de
prestarem informações e emitirem pareceres. Almeida – Dilma Rousseff – Luiz Soares Dulci
– José Múcio Monteiro Filho – Edson Santos
Art. 7o Poderão ser instituídos, nos termos de Souza
definidos pelo Comitê Gestor Nacional, os
comitês de articulação estaduais, integrados Publicado no DOU de 26/2/2008
Direitos das pessoas com deficiência
104
Decreto no 6.214/2007
de 26 de setembro de 2007
Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência
e ao idoso de que trata a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e a Lei no 10.741, de 1o de outubro de
2003, acresce parágrafo ao art. 162 do Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, e dá outras providências.
Anexo
27
Decreto no 7.617/2011. da idade do idoso, no caso de brasileiro natu-
28
Decreto no 7.617/2011.
29
Decreto no 7.617/2011. 30
Decreto no 7.617/2011.
107
ralizado, deverão ser apresentados os seguintes Social e Combate à Fome, quando necessário,
documentos: verificar junto a outras instituições, inclusive
I – título declaratório de nacionalidade de previdência, a existência de benefício ou de
brasileira; e renda em nome do requerente ou beneficiário
II – carteira de identidade ou carteira de e dos integrantes da família.
trabalho e previdência social. § 5o Havendo dúvida fundada quanto à
veracidade das informações prestadas, o INSS
Art. 12. A inscrição no Cadastro de Pessoa ou órgãos responsáveis pelo recebimento do
Física é condição para a concessão do benefí- requerimento do benefício deverão elucidá-la,
cio, mas não para o requerimento e análise do adotando as providências pertinentes.
processo administrativo. 31 § 6o Quando o requerente for pessoa em
situação de rua deve ser adotado, como referên-
Art. 13. A comprovação da renda familiar men- cia, o endereço do serviço da rede sócioassisten-
sal per capita será feita mediante Declaração da cial pelo qual esteja sendo acompanhado, ou,
Composição e Renda Familiar, em formulário na falta deste, de pessoas com as quais mantém
instituído para este fim, assinada pelo requeren- relação de proximidade.
te ou seu representante legal, confrontada com § 7o Será considerado família do requerente
os documentos pertinentes, ficando o declarante em situação de rua as pessoas elencadas no
sujeito às penas previstas em lei no caso de inciso V do art. 4o, desde que convivam com
omissão de informação ou declaração falsa.32 o requerente na mesma situação, devendo,
§ 1o Os rendimentos dos componentes da neste caso, ser relacionadas na Declaração da
família do requerente deverão ser comprovados Composição e Renda Familiar.
mediante a apresentação de um dos seguintes § 8o Entende-se por relação de proximidade,
documentos: para fins do disposto no § 6o, aquela que se es-
I – carteira de trabalho e previdência social tabelece entre o requerente em situação de rua
com as devidas atualizações; e as pessoas indicadas pelo próprio requerente
II – contracheque de pagamento ou docu- como pertencentes ao seu ciclo de convívio que
mento expedido pelo empregador; podem facilmente localizá-lo.
III – guia da Previdência Social – GPS, no
caso de Contribuinte Individual; ou Art. 14. O Benefício de Prestação Continu-
IV – extrato de pagamento de benefício ada deverá ser requerido junto às agências da
ou declaração fornecida por outro regime Previdência Social ou aos órgãos autorizados
de previdência social público ou previdência para este fim.
social privada. Parágrafo único. Os formulários utiliza-
§ 2o O membro da família sem atividade dos para o requerimento do benefício serão
remunerada ou que esteja impossibilitado disponibilizados pelo Ministério do Desen-
de comprovar sua renda terá sua situação de volvimento Social e Combate à Fome, INSS,
rendimento informada na Declaração da Com- órgãos autorizados ou diretamente em meios
posição e Renda Familiar. eletrônicos oficiais, sempre de forma acessí-
Direitos das pessoas com deficiência
§ 3o O INSS verificará, mediante consulta a vel, nos termos do Decreto no 5.296, de 2 de
cadastro específico, a existência de registro de dezembro de 2004.
benefício previdenciário, de emprego e renda
do requerente ou beneficiário e dos integrantes Art. 15. A habilitação ao benefício dependerá
da família. da apresentação de requerimento, preferen-
§ 4o Compete ao INSS e aos órgãos auto- cialmente pelo requerente, juntamente com os
rizados pelo Ministério do Desenvolvimento documentos necessários.
§ 1o O requerimento será feito em for-
31
Decreto no 7.617/2011. mulário próprio, devendo ser assinado pelo
32
Decreto no 6.564/2008. requerente ou procurador, tutor ou curador.
108
§ 2o Na hipótese de não ser o requerente I – comprovar a existência de impedimen-
alfabetizado ou de estar impossibilitado para tos de longo prazo de natureza física, mental,
assinar o pedido, será admitida a aposição da intelectual ou sensorial; e
impressão digital na presença de funcionário II – aferir o grau de restrição para a partici-
do órgão recebedor do requerimento. pação plena e efetiva da pessoa com deficiência
§ 3o A existência de formulário próprio não na sociedade, decorrente da interação dos
impedirá que seja aceito qualquer requerimento impedimentos a que se refere o inciso I com
pleiteando o beneficio, desde que nele constem barreiras diversas.
os dados imprescindíveis ao seu processamento. § 6o O benefício poderá ser concedido nos
§ 4 o A apresentação de documentação casos em que não seja possível prever a dura-
incompleta não constitui motivo de recusa ção dos impedimentos a que se refere o inciso
liminar do requerimento do benefício. I do § 5o, mas exista a possibilidade de que se
estendam por longo prazo.
Art. 16. A concessão do benefício à pessoa § 7o Na hipótese prevista no § 6o, os benefici-
com deficiência ficará sujeita à avaliação da ários deverão ser prioritariamente submetidos
deficiência e do grau de impedimento, com base a novas avaliações social e médica, a cada dois
nos princípios da Classificação Internacional de anos.
Funcionalidades, Incapacidade e Saúde – CIF,
estabelecida pela Resolução da Organização Art. 17. Na hipótese de não existirem serviços
Mundial da Saúde no 54.21, aprovada pela 54a pertinentes para avaliação da deficiência e do
Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio grau de impedimento no município de residên-
de 2001.33 cia do requerente ou beneficiário, fica assegura-
§ 1o A avaliação da deficiência e do grau do o seu encaminhamento ao município mais
de impedimento será realizada por meio de próximo que contar com tal estrutura, devendo
avaliação social e avaliação médica. o INSS realizar o pagamento das despesas de
§ 2o A avaliação social considerará os fatores transporte e diárias com recursos oriundos do
ambientais, sociais e pessoais, a avaliação mé- Fundo Nacional de Assistência Social. 34
dica considerará as deficiências nas funções e § 1 o Caso o requerente ou beneficiário
nas estruturas do corpo, e ambas considerarão necessite de acompanhante, a viagem deste
a limitação do desempenho de atividades e a deverá ser autorizada pelo INSS, aplicando-se
restrição da participação social, segundo suas o disposto no caput.
especificidades. § 2o O valor da diária paga ao requerente ou
§ 3o As avaliações de que trata o § 1o serão beneficiário e seu acompanhante será igual ao
realizadas, respectivamente, pelo serviço social valor da diária concedida aos beneficiários do
e pela perícia médica do INSS, por meio de Regime Geral de Previdência Social.
instrumentos desenvolvidos especificamente § 3o Caso o requerente ou beneficiário esteja
para este fim, instituídos por ato conjunto do impossibilitado de se apresentar no local de
Ministério do Desenvolvimento Social e Com- realização da avaliação da deficiência e do grau
bate à Fome e do INSS. de impedimento a que se refere o caput, os pro-
§ 4o O Ministério do Desenvolvimento So- fissionais deverão deslocar-se até o interessado.
cial e Combate à Fome e o INSS garantirão as
condições necessárias para a realização da ava- Art. 18. A concessão do Benefício de Prestação
liação social e da avaliação médica para fins de Continuada independe da interdição judicial do
acesso ao Benefício de Prestação Continuada. idoso ou da pessoa com deficiência.
§ 5o A avaliação da deficiência e do grau de
impedimento tem por objetivo: Art. 19. O Benefício de Prestação Continuada
Decretos
Art. 20. O Benefício de Prestação Continuada Art. 26. O benefício será pago pela rede ban-
será devido com o cumprimento de todos os cária autorizada e, nas localidades onde não
requisitos legais e regulamentares exigidos para houver estabelecimento bancário, o pagamento
a sua concessão, devendo o seu pagamento ser será efetuado por órgãos autorizados pelo INSS.
efetuado em até quarenta e cinco dias após
cumpridas as exigências.35 Art. 27. O pagamento do Benefício de Presta-
Parágrafo único. Para fins de atualização ção Continuada poderá ser antecipado excep-
dos valores pagos em atraso, serão aplicados cionalmente, na hipótese prevista no § 1o do art.
os mesmos critérios adotados pela legislação 169 do Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.36
previdenciária.
Art. 28. O benefício será pago diretamente
Art. 21. Fica o INSS obrigado a emitir e en- ao beneficiário ou ao procurador, tutor ou
viar ao requerente o aviso de concessão ou de curador.
indeferimento do benefício, e, neste caso, com § 1o O instrumento de procuração poderá
indicação do motivo. ser outorgado em formulário próprio do INSS,
mediante comprovação do motivo da ausência
do beneficiário, e sua validade deverá ser reno-
SEÇÃO II – Da manutenção e da vada a cada doze meses.
Representação § 2o O procurador, tutor ou curador do
beneficiário deverá firmar, perante o INSS ou
Art. 22. O Benefício de Prestação Continu- outros órgãos autorizados pelo Ministério do
ada não está sujeito a desconto de qualquer Desenvolvimento Social e Combate à Fome
contribuição e não gera direito ao pagamento termo de responsabilidade mediante o qual se
de abono anual. comprometa a comunicar qualquer evento que
possa anular a procuração, tutela ou curatela,
Art. 23. O Benefício de Prestação Continuada principalmente o óbito do outorgante, sob
é intransferível, não gerando direito à pensão pena de incorrer nas sanções criminais e civis
por morte aos herdeiros ou sucessores. cabíveis.
Parágrafo único. O valor do resíduo não
Direitos das pessoas com deficiência
recebido em vida pelo beneficiário será pago Art. 29. Havendo indícios de inidoneidade
aos seus herdeiros ou sucessores, na forma da acerca do instrumento de procuração apre-
lei civil. sentado para o recebimento do Benefício de
Prestação Continuada ou do procurador, tanto
Art. 24. O desenvolvimento das capacida- o INSS como qualquer um dos órgãos autoriza-
des cognitivas, motoras ou educacionais e a dos pelo Ministério do Desenvolvimento Social
realização de atividades não remuneradas de e Combate à Fome, poderão recusá-los, sem
habilitação e reabilitação, dentre outras, não prejuízo das providências que se fizerem ne-
35
Decreto no 7.617/2011. 36
Decreto no 7.617/2011.
110
cessárias para a apuração da responsabilidade e ou emancipado após os dezesseis anos, e o
aplicação das sanções criminais e civis cabíveis. incapaz para os atos da vida civil que deverá
ser representado por seu representante legal,
Art. 30. Para fins de recebimento do Benefício tutor ou curador.
de Prestação Continuada, é aceita a constituição
de procurador com mais de um instrumento Art. 35. O beneficio devido ao beneficiário
de procuração, nos casos de beneficiários incapaz será pago ao cônjuge, pai, mãe, tutor
representados por parentes de primeiro grau ou curador, admitindo-se, na sua falta, e por
e nos casos de beneficiários representados período não superior a seis meses, o pagamen-
por dirigentes de instituições nas quais se en- to a herdeiro necessário, mediante termo de
contrem acolhidos, sendo admitido também, compromisso firmado no ato do recebimento.
neste último caso, o instrumento de procuração § 1o O período a que se refere o caput poderá
coletiva.37 ser prorrogado por iguais períodos, desde que
comprovado o andamento do processo legal de
Art. 31. Não poderão ser procuradores: tutela ou curatela.
I – o servidor público civil e o militar em § 2o O tutor ou curador poderá outorgar
atividade, salvo se parentes do beneficiário até procuração a terceiro com poderes para receber
o segundo grau; e o benefício e, nesta hipótese, obrigatoriamente,
II – o incapaz para os atos da vida civil, res- a procuração será outorgada mediante instru-
salvado o disposto no art. 666 do Código Civil. mento público.
Parágrafo único. Nas demais disposições § 3o A procuração não isenta o tutor ou
relativas à procuração observar-se-á, subsidia- curador da condição original de mandatário
riamente, o Código Civil. titular da tutela ou curatela.
Art. 32. No caso de transferência do beneficiá- Art. 35-A. O beneficiário, ou seu representante
rio de uma localidade para outra, o procurador legal, deve informar ao INSS alterações dos
fica obrigado a apresentar novo instrumento de dados cadastrais correspondentes à mudança
mandato na localidade de destino. de nome, endereço e estado civil, a fruição de
qualquer benefício no âmbito da Seguridade
Art. 33. A procuração perderá a validade ou Social ou de outro regime, a sua admissão em
eficácia nos seguintes casos: emprego ou a percepção de renda de qualquer
I – quando o outorgante passar a receber pes- natureza elencada no inciso VI do caput do
soalmente o benefício, declarando, por escrito art. 4o.38
que cancela a procuração existente;
II – quando for constituído novo procu-
rador; SEÇÃO III –Do Indeferimento
III – pela expiração do prazo fixado ou
pelo cumprimento ou extinção da finalidade Art. 36. O não atendimento das exigências
outorgada; contidas neste Regulamento pelo requerente
IV – por morte do outorgante ou do pro- ensejará o indeferimento do benefício.
curador; § 1o Do indeferimento do benefício caberá
V – por interdição de uma das partes; ou recurso à Junta de Recursos do Conselho de Re-
VI – por renúncia do procurador, desde que cursos da Previdência Social, no prazo de trinta
por escrito. dias, a contar do recebimento da comunicação.
§ 2o A situação prevista no art. 24 também
Art. 34. Não podem outorgar procuração não constitui motivo para o indeferimento do
Decretos
legítima para provocar a iniciativa das autorida- provas ou documentos pelo interessado.
des do Ministério do Desenvolvimento Social e § 3o O edital a que se refere o § 2o deverá ser
Combate à Fome, do Ministério da Previdência publicado em jornal de grande circulação na
Social, do INSS, do Ministério Público e órgãos localidade do domicílio do beneficiário.
de controle social, fornecendo-lhes informa- § 4o Esgotados os prazos de que tratam os
ções sobre irregularidades na aplicação deste §§ 1o e 2o sem manifestação do interessado ou
Regulamento, quando for o caso. não sendo a defesa acolhida, será suspenso o
pagamento do benefício e, notificado o bene-
Art. 45. Qualquer cidadão que observar ir-
regularidade ou falha na prestação de serviço 40
Decreto no 7.617/2011.
114
ficiário, será aberto o prazo de trinta dias para ciência e do grau de impedimento, respeitado
interposição de recurso à Junta de Recursos do o prazo para a reavaliação bienal.
Conselho de Recursos da Previdência Social. § 5o A pessoa com deficiência contratada
§ 5o Decorrido o prazo concedido para na condição de aprendiz terá seu benefício
interposição de recurso sem manifestação do suspenso somente após o período de dois anos
beneficiário, ou caso não seja o recurso provido, de recebimento concomitante da remuneração
o benefício será cessado, comunicando-se a e do benefício, nos termos do § 2o do art. 21-A
decisão ao interessado. da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
Art. 47-A. O Benefício de Prestação Continu- Art. 48. O pagamento do benefício cessa:42
ada será suspenso em caráter especial quando I – no momento em que forem superadas as
a pessoa com deficiência exercer atividade condições que lhe deram origem;
remunerada, inclusive na condição de micro- II – em caso de morte do beneficiário;
empreendedor individual, mediante compro- III – em caso de morte presumida ou de
vação da relação trabalhista ou da atividade ausência do beneficiário, declarada em juízo; ou
empreendedora. 41 IV – em caso de constatação de irregularida-
§ 1o O pagamento do benefício suspenso de na sua concessão ou manutenção.
na forma do caput será restabelecido mediante Parágrafo único. O beneficiário ou seus
requerimento do interessado que comprove familiares são obrigados a informar ao INSS a
a extinção da relação trabalhista ou da ativi- ocorrência das situações descritas nos incisos
dade empreendedora, e, quando for o caso, I a III do caput.
o encerramento do prazo de pagamento do
seguro-desemprego, sem que tenha o benefi- Art. 48-A. Ato conjunto do Ministério do
ciário adquirido direito a qualquer benefício Desenvolvimento Social e Combate à Fome e
no âmbito da Previdência Social. do INSS disporá sobre a operacionalização da
§ 2o O benefício será restabelecido: suspensão e cessação do Benefício de Prestação
I – a partir do dia imediatamente posterior, Continuada.
conforme o caso, da cessação do contrato de
trabalho, da última competência de contribui- Art. 49. Cabe ao INSS, sem prejuízo da
ção previdenciária recolhida como contribuinte aplicação de outras medidas legais, adotar as
individual ou do encerramento do prazo de providências necessárias à restituição do valor
pagamento do seguro-desemprego; ou do benefício pago indevidamente, em caso de
II – a partir da data do protocolo do reque- falta de comunicação dos fatos arrolados nos
rimento, quando requerido após noventa dias, incisos I a III do caput do art. 48, ou em caso
conforme o caso, da cessação do contrato de de prática, pelo beneficiário ou terceiros, de ato
trabalho, da última competência de contribui- com dolo, fraude ou má-fé.43
ção previdenciária recolhida como contribuinte § 1o O montante indevidamente pago será
individual ou do encerramento do prazo de corrigido pelo mesmo índice utilizado para a
pagamento do seguro-desemprego. atualização mensal dos salários de contribuição
§ 3o Na hipótese prevista no caput, o prazo utilizados para apuração dos benefícios do
para a reavaliação bienal do benefício prevista Regime Geral de Previdência Social, e deverá
no art. 42 será suspenso, voltando a correr, ser restituído, sob pena de inscrição em Dívida
se for o caso, a partir do restabelecimento do Ativa e cobrança judicial.
pagamento do benefício. § 2o Na hipótese de o beneficiário perma-
§ 4o O restabelecimento do pagamento do necer com direito ao recebimento do Benefício
benefício prescinde de nova avaliação da defi- de Prestação Continuada ou estar em usufruto
Decretos
42
Decreto no 7.617/2011.
41
Decreto n 7.617/2011.
o 43
Decreto no 7.617/2011.
115
de outro benefício previdenciário regularmente § 6o Em nenhuma hipótese serão consigna-
concedido pelo INSS, poderá devolver o valor dos débitos originários de benefícios previden-
indevido de forma parcelada, atualizado nos ciários em Benefícios de Prestação Continuada.
moldes do § 1o, em tantas parcelas quantas
forem necessárias à liquidação do débito de
valor equivalente a trinta por cento do valor CAPÍTULO VII – Das Disposições Gerais e
do benefício em manutenção. Transitórias
§ 3o A restituição do valor devido deverá ser
feita em única parcela, no prazo de sessenta dias Art. 50. O Ministério do Desenvolvimento
contados da data da notificação, ou mediante Social e Combate à Fome e o INSS terão prazo
acordo de parcelamento, em até sessenta me- até 31 de maio de 2009 para implementar a ava-
ses, na forma do art. 244 do Regulamento da liação da deficiência e do grau de incapacidade
Previdência Social, aprovado pelo Decreto no prevista no art. 16.44
3.048, de 1999, ressalvado o pagamento em Parágrafo único. A avaliação da deficiência e
consignação previsto no § 2o. da incapacidade, até que se cumpra o disposto
§ 4o Vencido o prazo a que se refere o § 3o, no § 4o do art. 16, ficará restrita ao exame mé-
o INSS tomará providências para inclusão do dico pericial e laudo realizados pelos serviços
débito em Dívida Ativa. de perícia médica do INSS.
§ 5o O valor ressarcido será repassado pelo
INSS ao Fundo Nacional de Assistência Social.
Direitos das pessoas com deficiência
44
Decreto no 6.564/2008.
116
Decreto no 5.904/2006
de 21 de setembro de 2006
Regulamenta a Lei no 11.126, de 27 de junho de 2005, que dispõe sobre o direito da pessoa com
deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia
e dá outras providências.
amplo, com maior espaço livre à sua volta ou treinar a dupla cão e usuário;
próximo de uma passagem, de acordo com o VI – família hospedeira ou família de aco-
meio de transporte. lhimento: aquela que abriga o cão na fase de
117
socialização, compreendida entre o desmame III – equipamento do animal, composto por
e o início do treinamento específico do animal coleira, guia e arreio com alça.
para sua atividade como guia; § 1o A plaqueta de identificação deve ser
VII – acompanhante habilitado do cão-guia: utilizada no pescoço do cão-guia.
membro da família hospedeira ou família de § 2o Os centros de treinamento e instrutores
acolhimento; autônomos reavaliarão, sempre que julgarem
VIII – cão-guia: animal castrado, isento de necessário, o trabalho das duplas em atividade,
agressividade, de qualquer sexo, de porte ade- devendo retirar o arreio da posse do usuário
quado, treinado com o fim exclusivo de guiar caso constatem a necessidade de desfazer a du-
pessoas com deficiência visual. pla, seja por inaptidão do usuário, do cão-guia,
§ 1o Fica vedada a utilização dos animais de de ambos ou por mau uso do animal.
que trata este Decreto para fins de defesa pes- § 3o O cão em fase de socialização e treina-
soal, ataque, intimidação ou quaisquer ações de mento deverá ser identificado por uma plaque-
natureza agressiva, bem como para a obtenção ta, presa à coleira, com a inscrição “cão-guia em
de vantagens de qualquer natureza. treinamento”, aplicando-se as mesmas exigên-
§ 2o A prática descrita no § 1o é considerada cias de identificação do cão-guia, dispensado o
como desvio de função, sujeitando o responsá- uso de arreio com alça.
vel à perda da posse do animal e a respectiva
devolução a um centro de treinamento, prefe- Art. 4o O Instituto Nacional de Metrologia,
rencialmente àquele em que o cão foi treinado. Normalização e Qualidade Industrial – INME-
TRO será responsável por avaliar a qualificação
Art. 3o A identificação do cão-guia e a com- dos centros de treinamento e dos instrutores
provação de treinamento do usuário dar-se-ão autônomos, conforme competência conferida
por meio da apresentação dos seguintes itens: pela Lei no 9.933, de 20 de dezembro de 1999.
I – carteira de identificação e plaqueta Parágrafo único. A avaliação de que trata
de identificação, expedidas pelo centro de este artigo será realizada mediante a verificação
treinamento de cães-guia ou pelo instrutor do cumprimento de requisitos a serem estabe-
autônomo, que devem conter as seguintes lecidos pela Secretaria Especial dos Direitos
informações: Humanos da Presidência da República e pelo
a) no caso da carteira de identificação: INMETRO em portaria conjunta.
1. nome do usuário e do cão-guia;
2. nome do centro de treinamento ou do Art. 5o A Coordenadoria Nacional para In-
instrutor autônomo; tegração da Pessoa Portadora de Deficiência
3. número da inscrição no Cadastro Nacio- – CORDE, da Secretaria Especial dos Direitos
nal de Pessoa Jurídica – CNPJ do centro ou da Humanos, organizará exame para avaliar a ca-
empresa responsável pelo treinamento ou o pacitação técnica dos treinadores e instrutores
número da inscrição no Cadastro de Pessoas de cão-guia por meio da instalação de comissão
Físicas – CPF do instrutor autônomo; e de especialistas, formada por:
4. foto do usuário e do cão-guia; e I – representantes de entidades de e para
Direitos das pessoas com deficiência
Decretos
119
Decreto no 5.296/2004
de 2 de dezembro de 2004
Art. 1o Este Decreto regulamenta as Leis nos Art. 5o Os órgãos da administração pública
10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, direta, indireta e fundacional, as empresas
de 19 de dezembro de 2000. prestadoras de serviços públicos e as institui-
ções financeiras deverão dispensar atendimento
Art. 2o Ficam sujeitos ao cumprimento das prioritário às pessoas portadoras de deficiência
disposições deste Decreto, sempre que houver ou com mobilidade reduzida.
interação com a matéria nele regulamentada: § 1o Considera-se, para os efeitos deste
I – a aprovação de projeto de natureza ar- Decreto:
quitetônica e urbanística, de comunicação e I – pessoa portadora de deficiência, além
informação, de transporte coletivo, bem como daquelas previstas na Lei no 10.690, de 16 de
a execução de qualquer tipo de obra, quando junho de 2003, a que possui limitação ou inca-
tenham destinação pública ou coletiva; pacidade para o desempenho de atividade e se
II – a outorga de concessão, permissão, au- enquadra nas seguintes categorias:
torização ou habilitação de qualquer natureza; a) deficiência física: alteração completa ou
III – a aprovação de financiamento de pro- parcial de um ou mais segmentos do corpo huma-
jetos com a utilização de recursos públicos, no, acarretando o comprometimento da função
dentre eles os projetos de natureza arquitetônica física, apresentando-se sob a forma de paraplegia,
e urbanística, os tocantes à comunicação e in- paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraple-
Direitos das pessoas com deficiência
Art. 6o O atendimento prioritário compreende à saúde, a prioridade conferida por este Decreto
tratamento diferenciado e atendimento imedia- fica condicionada à avaliação médica em face
to às pessoas de que trata o art. 5o. da gravidade dos casos a atender.
121
§ 4o Os órgãos, empresas e instituições re- dispositivos, meios ou sistemas de comunica-
feridos no caput do art. 5o devem possuir, pelo ção, sejam ou não de massa, bem como aqueles
menos, um telefone de atendimento adaptado que dificultem ou impossibilitem o acesso à
para comunicação com e por pessoas portado- informação;
ras de deficiência auditiva. III – elemento da urbanização: qualquer
componente das obras de urbanização, tais
Art. 7o O atendimento prioritário no âmbito como os referentes à pavimentação, saneamen-
da administração pública federal direta e in- to, distribuição de energia elétrica, iluminação
direta, bem como das empresas prestadoras pública, abastecimento e distribuição de água,
de serviços públicos, obedecerá às disposições paisagismo e os que materializam as indicações
deste Decreto, além do que estabelece o Decreto do planejamento urbanístico;
no 3.507, de 13 de junho de 2000. IV – mobiliário urbano: o conjunto de
Parágrafo único. Cabe aos Estados, Muni- objetos existentes nas vias e espaços públicos,
cípios e ao Distrito Federal, no âmbito de suas superpostos ou adicionados aos elementos da
competências, criar instrumentos para a efetiva urbanização ou da edificação, de forma que sua
implantação e o controle do atendimento prio- modificação ou traslado não provoque altera-
ritário referido neste Decreto. ções substanciais nestes elementos, tais como
semáforos, postes de sinalização e similares,
telefones e cabines telefônicas, fontes públicas,
CAPÍTULO III – Das Condições Gerais da lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quais-
Acessibilidade quer outros de natureza análoga;
V – ajuda técnica: os produtos, instrumen-
Art. 8o Para os fins de acessibilidade, consi- tos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou
dera-se: especialmente projetados para melhorar a fun-
I – acessibilidade: condição para utilização, cionalidade da pessoa portadora de deficiência
com segurança e autonomia, total ou assistida, ou com mobilidade reduzida, favorecendo a
dos espaços, mobiliários e equipamentos urba- autonomia pessoal, total ou assistida;
nos, das edificações, dos serviços de transporte VI – edificações de uso público: aquelas
e dos dispositivos, sistemas e meios de comu- administradas por entidades da administra-
nicação e informação, por pessoa portadora de ção pública, direta e indireta, ou por empresas
deficiência ou com mobilidade reduzida; prestadoras de serviços públicos e destinadas
II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo ao público em geral;
que limite ou impeça o acesso, a liberdade de VII – edificações de uso coletivo: aquelas
movimento, a circulação com segurança e a destinadas às atividades de natureza comercial,
possibilidade de as pessoas se comunicarem hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turís-
ou terem acesso à informação, classificadas em: tica, recreativa, social, religiosa, educacional,
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas industrial e de saúde, inclusive as edificações de
vias públicas e nos espaços de uso público; prestação de serviços de atividades da mesma
b) barreiras nas edificações: as existentes no natureza;
Direitos das pessoas com deficiência
entorno e interior das edificações de uso públi- VIII – edificações de uso privado: aquelas
co e coletivo e no entorno e nas áreas internas destinadas à habitação, que podem ser classi-
de uso comum nas edificações de uso privado ficadas como unifamiliar ou multifamiliar; e
multifamiliar; IX – desenho universal: concepção de es-
c) barreiras nos transportes: as existentes nos paços, artefatos e produtos que visam atender
serviços de transportes; e simultaneamente todas as pessoas, com diferen-
d) barreiras nas comunicações e infor- tes características antropométricas e sensoriais,
mações: qualquer entrave ou obstáculo que de forma autônoma, segura e confortável,
dificulte ou impossibilite a expressão ou o constituindo-se nos elementos ou soluções que
recebimento de mensagens por intermédio dos compõem a acessibilidade.
122
Art. 9o A formulação, implementação e manu- do o atendimento às regras de acessibilidade
tenção das ações de acessibilidade atenderão às previstas nas normas técnicas de acessibilida-
seguintes premissas básicas: de da ABNT, na legislação específica e neste
I – a priorização das necessidades, a progra- Decreto.
mação em cronograma e a reserva de recursos § 3o O Poder Público, após certificar a aces-
para a implantação das ações; e sibilidade de edificação ou serviço, determinará
II – o planejamento, de forma continuada e a colocação, em espaços ou locais de ampla
articulada, entre os setores envolvidos. visibilidade, do “Símbolo Internacional de
Acesso”, na forma prevista nas normas técnicas
de acessibilidade da ABNT e na Lei no 7.405, de
CAPÍTULO IV – Da Implementação da 12 de novembro de 1985.
Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística
SEÇÃO I – Das Condições Gerais Art. 12. Em qualquer intervenção nas vias e lo-
gradouros públicos, o Poder Público e as empre-
Art. 10. A concepção e a implantação dos sas concessionárias responsáveis pela execução
projetos arquitetônicos e urbanísticos devem das obras e dos serviços garantirão o livre trânsito
atender aos princípios do desenho universal, e a circulação de forma segura das pessoas em
tendo como referências básicas as normas téc- geral, especialmente das pessoas portadoras de
nicas de acessibilidade da ABNT, a legislação deficiência ou com mobilidade reduzida, durante
específica e as regras contidas neste Decreto. e após a sua execução, de acordo com o previsto
§ 1o Caberá ao Poder Público promover a em normas técnicas de acessibilidade da ABNT,
inclusão de conteúdos temáticos referentes ao na legislação específica e neste Decreto.
desenho universal nas diretrizes curriculares da
educação profissional e tecnológica e do ensino Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas
superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura regras previstas nas normas técnicas brasilei-
e correlatos. ras de acessibilidade, na legislação específica,
§ 2o Os programas e as linhas de pesquisa a observado o disposto na Lei no 10.257, de 10
serem desenvolvidos com o apoio de organis- de julho de 2001, e neste Decreto:
mos públicos de auxílio à pesquisa e de agências I – os Planos Diretores Municipais e Planos
de fomento deverão incluir temas voltados para Diretores de Transporte e Trânsito elaborados ou
o desenho universal. atualizados a partir da publicação deste Decreto;
II – o Código de Obras, Código de Postura,
Art. 11. A construção, reforma ou ampliação a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei do
de edificações de uso público ou coletivo, ou Sistema Viário;
a mudança de destinação para estes tipos de III – os estudos prévios de impacto de vi-
edificação, deverão ser executadas de modo que zinhança;
sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portado- IV – as atividades de fiscalização e a imposi-
ra de deficiência ou com mobilidade reduzida. ção de sanções, incluindo a vigilância sanitária
§ 1o As entidades de fiscalização profissional e ambiental; e
das atividades de Engenharia, Arquitetura e V – a previsão orçamentária e os mecanis-
correlatas, ao anotarem a responsabilidade téc- mos tributários e financeiros utilizados em
nica dos projetos, exigirão a responsabilidade caráter compensatório ou de incentivo.
profissional declarada do atendimento às regras § 1o Para concessão de alvará de funciona-
de acessibilidade previstas nas normas técnicas mento ou sua renovação para qualquer ativida-
de acessibilidade da ABNT, na legislação espe- de, devem ser observadas e certificadas as regras
cífica e neste Decreto. de acessibilidade previstas neste Decreto e nas
Decretos
Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no § 2o O plano de que trata o § 1o deve ser
prazo de até trinta e seis meses a contar da data apresentado em até seis meses a contar da data
da publicação deste Decreto. de publicação deste Decreto.
§ 2o As adaptações dos veículos em ope-
ração nos serviços de transporte coletivo
aquaviário, bem como os procedimentos SEÇÃO V – Da Acessibilidade no Transporte
e equipamentos a serem utilizados nestas Coletivo Aéreo
adaptações, estarão sujeitas a programas de
avaliação de conformidade desenvolvidos e Art. 44. No prazo de até trinta e seis meses,
implementados pelo INMETRO, a partir de a contar da data da publicação deste Decreto,
130
os serviços de transporte coletivo aéreo e os eletrônicos da administração pública na rede
equipamentos de acesso às aeronaves estarão mundial de computadores (internet), para o uso
acessíveis e disponíveis para serem operados de das pessoas portadoras de deficiência visual,
forma a garantir o seu uso por pessoas portado- garantindo-lhes o pleno acesso às informações
ras de deficiência ou com mobilidade reduzida. disponíveis.
Parágrafo único. A acessibilidade nos ser- § 1o Nos portais e sítios de grande porte,
viços de transporte coletivo aéreo obedecerá desde que seja demonstrada a inviabilidade
ao disposto na Norma de Serviço da Instrução técnica de se concluir os procedimentos para
da Aviação Civil NOSER/IAC – 2508-0796, alcançar integralmente a acessibilidade, o pra-
de 1o de novembro de 1995, expedida pelo zo definido no caput será estendido por igual
Departamento de Aviação Civil do Comando período.
da Aeronáutica, e nas normas técnicas de aces- § 2o Os sítios eletrônicos acessíveis às pesso-
sibilidade da ABNT. as portadoras de deficiência conterão símbolo
que represente a acessibilidade na rede mundial
de computadores (internet), a ser adotado nas
SEÇÃO VI – Das Disposições Finais respectivas páginas de entrada.
§ 3o Os telecentros comunitários instalados
Art. 45. Caberá ao Poder Executivo, com base ou custeados pelos Governos Federal, Estadual,
em estudos e pesquisas, verificar a viabilidade Municipal ou do Distrito Federal devem pos-
de redução ou isenção de tributo: suir instalações plenamente acessíveis e, pelo
I – para importação de equipamentos que menos, um computador com sistema de som
não sejam produzidos no País, necessários no instalado, para uso preferencial por pessoas
processo de adequação do sistema de trans- portadoras de deficiência visual.
porte coletivo, desde que não existam similares
nacionais; e Art. 48. Após doze meses da edição deste
II – para fabricação ou aquisição de veículos Decreto, a acessibilidade nos portais e sítios
ou equipamentos destinados aos sistemas de eletrônicos de interesse público na rede mun-
transporte coletivo. dial de computadores (internet), deverá ser
Parágrafo único. Na elaboração dos es- observada para obtenção do financiamento de
tudos e pesquisas a que se referem o caput, que trata o inciso III do art. 2o.
deve-se observar o disposto no art. 14 da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, Art. 49. As empresas prestadoras de serviços
sinalizando impacto orçamentário e financeiro de telecomunicações deverão garantir o pleno
da medida estudada. acesso às pessoas portadoras de deficiência
auditiva, por meio das seguintes ações:
Art. 46. A fiscalização e a aplicação de multas I – no Serviço Telefônico Fixo Comutado –
aos sistemas de transportes coletivos, segundo STFC, disponível para uso do público em geral:
disposto no art. 6o, inciso II, da Lei no 10.048, a) instalar, mediante solicitação, em âmbito
de 2000, cabe à União, aos Estados, Municí- nacional e em locais públicos, telefones de uso
pios e ao Distrito Federal, de acordo com suas público adaptados para uso por pessoas porta-
competências. doras de deficiência;
b) garantir a disponibilidade de instalação
de telefones para uso por pessoas portadoras
CAPÍTULO VI – Do Acesso à Informação e de deficiência auditiva para acessos individuais;
à Comunicação c) garantir a existência de centrais de inter-
mediação de comunicação telefônica a serem
Decretos
Art. 47. No prazo de até doze meses a con- utilizadas por pessoas portadoras de deficiência
tar da data de publicação deste Decreto, será auditiva, que funcionem em tempo integral e
obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios atendam a todo o território nacional, inclusive
131
com integração com o mesmo serviço oferecido sua utilização de modo a garantir o direito de
pelas prestadoras de Serviço Móvel Pessoal; e acesso à informação às pessoas portadoras de
d) garantir que os telefones de uso público deficiência auditiva ou visual.
contenham dispositivos sonoros para a identifi- Parágrafo único. Incluem-se entre os recur-
cação das unidades existentes e consumidas dos sos referidos no caput:
cartões telefônicos, bem como demais informa- I – circuito de decodificação de legenda
ções exibidas no painel destes equipamentos; oculta;
II – no Serviço Móvel Celular ou Serviço II – recurso para Programa Secundário de
Móvel Pessoal: Áudio (SAP); e
a) garantir a interoperabilidade nos serviços III – entradas para fones de ouvido com ou
de telefonia móvel, para possibilitar o envio de sem fio.
mensagens de texto entre celulares de diferentes
empresas; e Art. 53. Os procedimentos a serem observa-
b) garantir a existência de centrais de inter- dos para implementação do plano de medidas
mediação de comunicação telefônica a serem técnicas previstos no art. 19 da Lei no 10.098,
utilizadas por pessoas portadoras de deficiência de 2000, serão regulamentados, em norma
auditiva, que funcionem em tempo integral e complementar, pelo Ministério das Comuni-
atendam a todo o território nacional, inclusive cações.45
com integração com o mesmo serviço oferecido § 1o O processo de regulamentação de que
pelas prestadoras de Serviço Telefônico Fixo trata o caput deverá atender ao disposto no art.
Comutado. 31 da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 1o Além das ações citadas no caput, deve- § 2o A regulamentação de que trata o caput
-se considerar o estabelecido nos Planos Gerais deverá prever a utilização, entre outros, dos
de Metas de Universalização aprovados pelos seguintes sistemas de reprodução das mensa-
Decretos nos 2.592, de 15 de maio de 1998, e gens veiculadas para as pessoas portadoras de
4.769, de 27 de junho de 2003, bem como o deficiência auditiva e visual:
estabelecido pela Lei no 9.472, de 16 de julho I – a subtitulação por meio de legenda oculta;
de 1997. II – a janela com intérprete de LIBRAS; e
§ 2o O termo pessoa portadora de deficiên- III – a descrição e narração em voz de cenas
cia auditiva e da fala utilizado nos Planos Gerais e imagens.
de Metas de Universalização é entendido neste § 3o A Coordenadoria Nacional para In-
Decreto como pessoa portadora de deficiência tegração da Pessoa Portadora de Deficiência
auditiva, no que se refere aos recursos tecno- – CORDE da Secretaria Especial dos Direitos
lógicos de telefonia. Humanos da Presidência da República assistirá
o Ministério das Comunicações no procedi-
Art. 50. A Agência Nacional de Telecomuni- mento de que trata o § 1o.
cações – ANATEL regulamentará, no prazo de
seis meses a contar da data de publicação deste Art. 54. Autorizatárias e consignatárias do
Decreto, os procedimentos a serem observados serviço de radiodifusão de sons e imagens
Direitos das pessoas com deficiência
para implementação do disposto no art. 49. operadas pelo Poder Público poderão adotar
plano de medidas técnicas próprio, como metas
Art. 51. Caberá ao Poder Público incentivar antecipadas e mais amplas do que aquelas as
a oferta de aparelhos de telefonia celular que serem definidas no âmbito do procedimento
indiquem, de forma sonora, todas as operações estabelecido no art. 53.
e funções neles disponíveis no visor.
Art. 55. Caberá aos órgãos e entidades da
Art. 52. Caberá ao Poder Público incentivar administração pública, diretamente ou em
a oferta de aparelhos de televisão equipados
com recursos tecnológicos que permitam 45
Decreto no 5.645/2005.
132
parceria com organizações sociais civis de inte- reçam, mediante solicitação, apoios humanos
resse público, sob a orientação do Ministério da às pessoas com deficiência auditiva e visual,
Educação e da Secretaria Especial dos Direitos tais como tradutores e intérpretes de LIBRAS,
Humanos, por meio da CORDE, promover a ledores, guias-intérpretes, ou tecnologias de
capacitação de profissionais em LIBRAS. informação e comunicação, tais como a trans-
crição eletrônica simultânea.
Art. 56. O projeto de desenvolvimento e im-
plementação da televisão digital no País deverá Art. 60. Os programas e as linhas de pesquisa
contemplar obrigatoriamente os três tipos de a serem desenvolvidos com o apoio de organis-
sistema de acesso à informação de que trata mos públicos de auxílio à pesquisa e de agências
o art. 52. de financiamento deverão contemplar temas
voltados para tecnologia da informação aces-
Art. 57. A Secretaria de Comunicação de sível para pessoas portadoras de deficiência.
Governo e Gestão Estratégica da Presidência Parágrafo único. Será estimulada a criação
da República editará, no prazo de doze meses de linhas de crédito para a indústria que produ-
a contar da data da publicação deste Decreto, za componentes e equipamentos relacionados à
normas complementares disciplinando a uti- tecnologia da informação acessível para pessoas
lização dos sistemas de acesso à informação portadoras de deficiência.
referidos no § 2o do art. 53, na publicidade
governamental e nos pronunciamentos oficiais
transmitidos por meio dos serviços de radiodi- CAPÍTULO VII – Das Ajudas Técnicas
fusão de sons e imagens.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto Art. 61. Para os fins deste Decreto, conside-
no caput e observadas as condições técnicas, os ram-se ajudas técnicas os produtos, instrumen-
pronunciamentos oficiais do Presidente da Re- tos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou
pública serão acompanhados, obrigatoriamen- especialmente projetados para melhorar a fun-
te, no prazo de seis meses a partir da publicação cionalidade da pessoa portadora de deficiência
deste Decreto, de sistema de acessibilidade ou com mobilidade reduzida, favorecendo a
mediante janela com intérprete de LIBRAS. autonomia pessoal, total ou assistida.
§ 1o Os elementos ou equipamentos defi-
Art. 58. O Poder Público adotará mecanismos nidos como ajudas técnicas serão certificados
de incentivo para tornar disponíveis em meio pelos órgãos competentes, ouvidas as entida-
magnético, em formato de texto, as obras pu- des representativas das pessoas portadoras de
blicadas no País. deficiência.
§ 1o A partir de seis meses da edição deste § 2o Para os fins deste Decreto, os cães-guia
Decreto, a indústria de medicamentos deve e os cães-guia de acompanhamento são consi-
disponibilizar, mediante solicitação, exemplares derados ajudas técnicas.
das bulas dos medicamentos em meio magné-
tico, braile ou em fonte ampliada. Art. 62. Os programas e as linhas de pesquisa
§ 2o A partir de seis meses da edição deste a serem desenvolvidos com o apoio de organis-
Decreto, os fabricantes de equipamentos ele- mos públicos de auxílio à pesquisa e de agências
troeletrônicos e mecânicos de uso doméstico de financiamento deverão contemplar temas
devem disponibilizar, mediante solicitação, voltados para ajudas técnicas, cura, tratamento
exemplares dos manuais de instrução em meio e prevenção de deficiências ou que contribuam
magnético, braile ou em fonte ampliada. para impedir ou minimizar o seu agravamento.
Parágrafo único. Será estimulada a criação
Decretos
Art. 59. O Poder Público apoiará preferen- de linhas de crédito para a indústria que pro-
cialmente os congressos, seminários, oficinas duza componentes e equipamentos de ajudas
e demais eventos científico-culturais que ofe- técnicas.
133
Art. 63. O desenvolvimento científico e tec- Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos
nológico voltado para a produção de ajudas Humanos instituirá Comitê de Ajudas Técnicas,
técnicas dar-se-á a partir da instituição de par- constituído por profissionais que atuam nesta
cerias com universidades e centros de pesquisa área, e que será responsável por:
para a produção nacional de componentes e I – estruturação das diretrizes da área de
equipamentos. conhecimento;
Parágrafo único. Os bancos oficiais, com II – estabelecimento das competências desta
base em estudos e pesquisas elaborados pelo área;
Poder Público, serão estimulados a conceder III – realização de estudos no intuito de
financiamento às pessoas portadoras de defici- subsidiar a elaboração de normas a respeito de
ência para aquisição de ajudas técnicas. ajudas técnicas;
IV – levantamento dos recursos humanos
Art. 64. Caberá ao Poder Executivo, com base que atualmente trabalham com o tema; e
em estudos e pesquisas, verificar a viabilidade de: V – detecção dos centros regionais de
I – redução ou isenção de tributos para a referência em ajudas técnicas, objetivando a
importação de equipamentos de ajudas técnicas formação de rede nacional integrada.
que não sejam produzidos no País ou que não § 1o O Comitê de Ajudas Técnicas será
possuam similares nacionais; supervisionado pela CORDE e participará do
II – redução ou isenção do imposto sobre Programa Nacional de Acessibilidade, com
produtos industrializados incidente sobre as vistas a garantir o disposto no art. 62.
ajudas técnicas; e § 2o Os serviços a serem prestados pelos
III – inclusão de todos os equipamentos membros do Comitê de Ajudas Técnicas são
de ajudas técnicas para pessoas portadoras de considerados relevantes e não serão remune-
deficiência ou com mobilidade reduzida na rados.
categoria de equipamentos sujeitos a dedução
de imposto de renda.
Parágrafo único. Na elaboração dos estudos CAPÍTULO VIII – Do Programa Nacional
e pesquisas a que se referem o caput, deve-se de Acessibilidade
observar o disposto no art. 14 da Lei Comple-
mentar no 101, de 2000, sinalizando impacto Art. 67. O Programa Nacional de Acessibili-
orçamentário e financeiro da medida estudada. dade, sob a coordenação da Secretaria Especial
dos Direitos Humanos, por intermédio da
Art. 65. Caberá ao Poder Público viabilizar as CORDE, integrará os planos plurianuais, as di-
seguintes diretrizes: retrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
I – reconhecimento da área de ajudas técni-
cas como área de conhecimento; Art. 68. A Secretaria Especial dos Direitos
II – promoção da inclusão de conteúdos Humanos, na condição de coordenadora do
temáticos referentes a ajudas técnicas na educa- Programa Nacional de Acessibilidade, desen-
ção profissional, no ensino médio, na graduação volverá, dentre outras, as seguintes ações:
Direitos das pessoas com deficiência
Decretos
135
Decreto no 3.956/2001
de 8 de outubro de 2001
Considerando que a Convenção entrou em Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de
vigor, para o Brasil, em 14 de setembro de 2001, sua publicação.
nos termos do parágrafo 3, de seu artigo VIII;
Brasília, 8 de outubro de 2001; 180o da Inde-
DECRETA: pendência e 113o da República.
136
Decreto no 3.298/99
de 20 de dezembro de 1999
Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.
fatos que constituam objeto da ação civil de que adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras,
trata a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, as seguintes medidas:
e indicando-lhe os elementos de convicção; I – a promoção de ações preventivas, como
VII – emitir opinião sobre os acordos, as referentes ao planejamento familiar, ao acon-
contratos ou convênios firmados pelos demais selhamento genético, ao acompanhamento da
órgãos da Administração Pública Federal, no gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da
âmbito da Política Nacional para a Integração mulher e da criança, à identificação e ao con-
da Pessoa Portadora de Deficiência; e trole da gestante e do feto de alto risco, à imu-
VIII – promover e incentivar a divulgação nização, às doenças do metabolismo e seu diag-
e o debate das questões concernentes à pessoa nóstico, ao encaminhamento precoce de outras
140
doenças causadoras de deficiência, e à detecção § 1o Considera-se reabilitação o processo de
precoce das doenças crônico-degenerativas e a duração limitada e com objetivo definido, des-
outras potencialmente incapacitantes; tinado a permitir que a pessoa com deficiência
II – o desenvolvimento de programas es- alcance o nível físico, mental ou social funcional
peciais de prevenção de acidentes domésticos, ótimo, proporcionando-lhe os meios de modi-
de trabalho, de trânsito e outros, bem como o ficar sua própria vida, podendo compreender
desenvolvimento de programa para tratamento medidas visando a compensar a perda de uma
adequado a suas vítimas; função ou uma limitação funcional e facilitar
III – a criação de rede de serviços regiona- ajustes ou reajustes sociais.
lizados, descentralizados e hierarquizados em § 2o Para efeito do disposto neste artigo,
crescentes níveis de complexidade, voltada ao toda pessoa que apresente redução funcional
atendimento à saúde e reabilitação da pessoa devidamente diagnosticada por equipe mul-
portadora de deficiência, articulada com os tiprofissional terá direito a beneficiar-se dos
serviços sociais, educacionais e com o trabalho; processos de reabilitação necessários para
IV – a garantia de acesso da pessoa porta- corrigir ou modificar seu estado físico, mental
dora de deficiência aos estabelecimentos de ou sensorial, quando este constitua obstáculo
saúde públicos e privados e de seu adequado para sua integração educativa, laboral e social.
tratamento sob normas técnicas e padrões de
conduta apropriados; Art. 18. Incluem-se na assistência integral à
V – a garantia de atendimento domiciliar saúde e reabilitação da pessoa portadora de de-
de saúde ao portador de deficiência grave não ficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas
internado; coletoras e materiais auxiliares, dado que tais
VI – o desenvolvimento de programas de equipamentos complementam o atendimento,
saúde voltados para a pessoa portadora de de- aumentando as possibilidades de independência
ficiência, desenvolvidos com a participação da e inclusão da pessoa portadora de deficiência.
sociedade e que lhes ensejem a inclusão social; e
VII – o papel estratégico da atuação dos agen- Art. 19. Consideram-se ajudas técnicas, para
tes comunitários de saúde e das equipes de saúde os efeitos deste Decreto, os elementos que
da família na disseminação das práticas e estra- permitem compensar uma ou mais limitações
tégias de reabilitação baseada na comunidade. funcionais motoras, sensoriais ou mentais da
§ 1o Para os efeitos deste Decreto, prevenção pessoa portadora de deficiência, com o objetivo
compreende as ações e medidas orientadas a de permitir-lhe superar as barreiras da comu-
evitar as causas das deficiências que possam nicação e da mobilidade e de possibilitar sua
ocasionar incapacidade e as destinadas a plena inclusão social.
evitar sua progressão ou derivação em outras Parágrafo único. São ajudas técnicas:
incapacidades. I – próteses auditivas, visuais e físicas;
§ 2o A deficiência ou incapacidade deve ser II – próteses que favoreçam a adequação
diagnosticada e caracterizada por equipe mul- funcional;
tidisciplinar de saúde, para fins de concessão III – equipamentos e elementos necessários
de benefícios e serviços. à terapia e reabilitação da pessoa portadora de
§ 3o As ações de promoção da qualidade de deficiência;
vida da pessoa portadora de deficiência deverão IV – equipamentos, maquinarias e utensí-
também assegurar a igualdade de oportunida- lios de trabalho especialmente desenhados ou
des no campo da saúde. adaptados para uso por pessoa portadora de
deficiência;
Art. 17. É beneficiária do processo de rea- V – elementos de mobilidade, cuidado e
Decretos
bilitação a pessoa que apresenta deficiência, higiene pessoal necessários para facilitar a
qualquer que seja sua natureza, agente causal autonomia e a segurança da pessoa portadora
ou grau de severidade. de deficiência;
141
VI – elementos especiais para facilitar a co- sáveis pela educação dispensarão tratamento
municação, a informação e a sinalização para prioritário e adequado aos assuntos objeto deste
pessoa portadora de deficiência; Decreto, viabilizando, sem prejuízo de outras,
VII – equipamentos e material pedagógico as seguintes medidas:
especial para educação, capacitação e recreação I – a matrícula compulsória em cursos regu-
da pessoa portadora de deficiência; lares de estabelecimentos públicos e particula-
VIII – adaptações ambientais e outras que res de pessoa portadora de deficiência capazes
garantam o acesso, a melhoria funcional e a de se integrar na rede regular de ensino;
autonomia pessoal; e II – a inclusão, no sistema educacional, da
IX – bolsas coletoras para os portadores de educação especial como modalidade de educa-
ostomia. ção escolar que permeia transversalmente todos
os níveis e as modalidades de ensino;
Art. 20. É considerado parte integrante do III – a inserção, no sistema educacional, das
processo de reabilitação o provimento de escolas ou instituições especializadas públicas
medicamentos que favoreçam a estabilidade e privadas;
clínica e funcional e auxiliem na limitação da IV – a oferta, obrigatória e gratuita, da edu-
incapacidade, na reeducação funcional e no cação especial em estabelecimentos públicos
controle das lesões que geram incapacidades. de ensino;
V – o oferecimento obrigatório dos serviços
Art. 21. O tratamento e a orientação psicológi- de educação especial ao educando portador de
ca serão prestados durante as distintas fases do deficiência em unidades hospitalares e congê-
processo reabilitador, destinados a contribuir neres nas quais esteja internado por prazo igual
para que a pessoa portadora de deficiência ou superior a um ano; e
atinja o mais pleno desenvolvimento de sua VI – o acesso de aluno portador de deficiên-
personalidade. cia aos benefícios conferidos aos demais edu-
Parágrafo único. O tratamento e os apoios candos, inclusive material escolar, transporte,
psicológicos serão simultâneos aos tratamentos merenda escolar e bolsas de estudo.
funcionais e, em todos os casos, serão conce- § 1o Entende-se por educação especial,
didos desde a comprovação da deficiência ou para os efeitos deste Decreto, a modalidade de
do início de um processo patológico que possa educação escolar oferecida preferencialmente
originá-la. na rede regular de ensino para educando com
necessidades educacionais especiais, entre eles
Art. 22. Durante a reabilitação, será propicia- o portador de deficiência.
da, se necessária, assistência em saúde mental § 2o A educação especial caracteriza-se por
com a finalidade de permitir que a pessoa sub- constituir processo flexível, dinâmico e indivi-
metida a esta prestação desenvolva ao máximo dualizado, oferecido principalmente nos níveis
suas capacidades. de ensino considerados obrigatórios.
§ 3o A educação do aluno com deficiência
Art. 23. Será fomentada a realização de es- deverá iniciar-se na educação infantil, a partir
Direitos das pessoas com deficiência
Art. 28. O aluno portador de deficiência ma- Art. 30. A pessoa portadora de deficiência,
triculado ou egresso do ensino fundamental beneficiária ou não do Regime Geral de Pre-
ou médio, de instituições públicas ou privadas, vidência Social, tem direito às prestações de
terá acesso à educação profissional, a fim de habilitação e reabilitação profissional para
obter habilitação profissional que lhe propor- capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e
cione oportunidades de acesso ao mercado de progredir profissionalmente.
trabalho.
§ 1o A educação profissional para a pessoa Art. 31. Entende-se por habilitação e reabili-
portadora de deficiência será oferecida nos tação profissional o processo orientado a pos-
níveis básico, técnico e tecnológico, em escola sibilitar que a pessoa portadora de deficiência,
regular, em instituições especializadas e nos a partir da identificação de suas potencialida-
ambientes de trabalho. des laborativas, adquira o nível suficiente de
Decretos
Art. 36. A empresa com cem ou mais empre- Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora
gados está obrigada a preencher de dois a cinco de deficiência o direito de se inscrever em
por cento de seus cargos com beneficiários da concurso público, em igualdade de condições
Previdência Social reabilitados ou com pessoa com os demais candidatos, para provimento de
portadora de deficiência habilitada, na seguinte cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
proporção: a deficiência de que é portador.
I – até duzentos empregados, dois por cento; § 1o O candidato portador de deficiência,
II – de duzentos e um a quinhentos empre- em razão da necessária igualdade de condições,
gados, três por cento; concorrerá a todas as vagas, sendo reservado
III – de quinhentos e um a mil empregados, no mínimo o percentual de cinco por cento em
quatro por cento; ou face da classificação obtida.
IV – mais de mil empregados, cinco por § 2o Caso a aplicação do percentual de que
cento. trata o parágrafo anterior resulte em número
§ 1o A dispensa de empregado na condição fracionado, este deverá ser elevado até o pri-
estabelecida neste artigo, quando se tratar de meiro número inteiro subseqüente.
contrato por prazo determinado, superior a
noventa dias, e a dispensa imotivada, no con- Art. 38. Não se aplica o disposto no artigo
Decretos
trato por prazo indeterminado, somente poderá anterior nos casos de provimento de:
ocorrer após a contratação de substituto em I – cargo em comissão ou função de confian-
condições semelhantes. ça, de livre nomeação e exoneração; e
145
II – cargo ou emprego público integrante IV – à nota mínima exigida para todos os
de carreira que exija aptidão plena do can- demais candidatos.
didato.
Art. 42. A publicação do resultado final do
Art. 39. Os editais de concursos públicos concurso será feita em duas listas, contendo, a
deverão conter: primeira, a pontuação de todos os candidatos,
I – o número de vagas existentes, bem como inclusive a dos portadores de deficiência, e a
o total correspondente à reserva destinada à segunda, somente a pontuação destes últimos.
pessoa portadora de deficiência;
II – as atribuições e tarefas essenciais dos Art. 43. O órgão responsável pela realização
cargos; do concurso terá a assistência de equipe mul-
III – previsão de adaptação das provas, do tiprofissional composta de três profissionais
curso de formação e do estágio probatório, capacitados e atuantes nas áreas das deficiências
conforme a deficiência do candidato; e em questão, sendo um deles médico, e três
IV – exigência de apresentação, pelo can- profissionais integrantes da carreira almejada
didato portador de deficiência, no ato da ins- pelo candidato.
crição, de laudo médico atestando a espécie e § 1o A equipe multiprofissional emitirá
o grau ou nível da deficiência, com expressa parecer observando:
referência ao código correspondente da Clas- I – as informações prestadas pelo candidato
sificação Internacional de Doença – CID, bem no ato da inscrição;
como a provável causa da deficiência. II – a natureza das atribuições e tarefas
essenciais do cargo ou da função a desem-
Art. 40. É vedado à autoridade competente penhar;
obstar a inscrição de pessoa portadora de III – a viabilidade das condições de acessibi-
deficiência em concurso público para ingresso lidade e as adequações do ambiente de trabalho
em carreira da Administração Pública Federal na execução das tarefas;
direta e indireta. IV – a possibilidade de uso, pelo candidato,
§ 1o No ato da inscrição, o candidato porta- de equipamentos ou outros meios que habitu-
dor de deficiência que necessite de tratamento almente utilize; e
diferenciado nos dias do concurso deverá V – a CID e outros padrões reconhecidos
requerê-lo, no prazo determinado em edital, nacional e internacionalmente.
indicando as condições diferenciadas de que § 2o A equipe multiprofissional avaliará a
necessita para a realização das provas. compatibilidade entre as atribuições do cargo
§ 2o O candidato portador de deficiência que e a deficiência do candidato durante o estágio
necessitar de tempo adicional para realização probatório.
das provas deverá requerê-lo, com justificativa
acompanhada de parecer emitido por espe- Art. 44. A análise dos aspectos relativos ao
cialista da área de sua deficiência, no prazo potencial de trabalho do candidato portador
estabelecido no edital do concurso. de deficiência obedecerá ao disposto no art.
Direitos das pessoas com deficiência
portivas para pessoa portadora de deficiência responsáveis pela formação de recursos huma-
na prática da educação física ministrada nas nos, devem dispensar aos assuntos objeto deste
instituições de ensino públicas e privadas; Decreto tratamento prioritário e adequado,
147
viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguin- Parágrafo único. Serão produzidas, periodi-
tes medidas: camente, estatísticas e informações, podendo
I – formação e qualificação de professores esta atividade realizar-se conjuntamente com os
de nível médio e superior para a educação censos nacionais, pesquisas nacionais, regionais
especial, de técnicos de nível médio e superior e locais, em estreita colaboração com univer-
especializados na habilitação e reabilitação, e sidades, institutos de pesquisa e organizações
de instrutores e professores para a formação para pessoas portadoras de deficiência.
profissional;
II – formação e qualificação profissional, nas
diversas áreas de conhecimento e de recursos CAPÍTULO XI – Das Disposições Finais e
humanos que atendam às demandas da pessoa Transitórias
portadora de deficiência; e
III – incentivo à pesquisa e ao desenvolvi- Art. 56. A Secretaria de Estado dos Direitos
mento tecnológico em todas as áreas do conhe- Humanos, com base nas diretrizes e metas do
cimento relacionadas com a pessoa portadora Plano Plurianual de Investimentos, por inter-
de deficiência. médio da CORDE, elaborará, em articulação
com outros órgãos e entidades da Administra-
ção Pública Federal, o Plano Nacional de Ações
CAPÍTULO IX –Da Acessibilidade na Integradas na Área das Deficiências.
Administração Pública Federal47
Art. 57. Fica criada, no âmbito da Secretaria
Art. 50. (Revogado) de Estado dos Direitos Humanos, comissão
especial, com a finalidade de apresentar, no
Art. 51. (Revogado) prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua
constituição, propostas destinadas a:
Art. 52. (Revogado) I – implementar programa de formação
profissional mediante a concessão de bolsas
Art. 53. (Revogado) de qualificação para a pessoa portadora de
deficiência, com vistas a estimular a aplicação
Art. 54. (Revogado) do disposto no art. 36; e
II – propor medidas adicionais de estímulo
à adoção de trabalho em tempo parcial ou em
CAPÍTULO X – Do Sistema Integrado de regime especial para a pessoa portadora de
Informações deficiência.
Parágrafo único. A comissão especial de que
Art. 55. Fica instituído, no âmbito da Se- trata o caput deste artigo será composta por
cretaria de Estado dos Direitos Humanos do um representante de cada órgão e entidade a
Ministério da Justiça, o Sistema Nacional de seguir indicados:
Informações sobre Deficiência, sob a respon- I – CORDE;
Direitos das pessoas com deficiência
Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – José
da sua publicação, Carlos Dias
Decretos
149
Decreto no 129/91
de 22 de maio de 1991
150
Índice temático
Índice temático
A Lei no 10.708/2003���������������������������������������� 59
Lei no 8.989/95���������������������������������������������� 70
ACESSIBILIDADE Lei no 8.687/93���������������������������������������������� 75
Lei no 10.845/2004���������������������������������������� 57 Decreto no 6.214/2007������������������������������� 105
Lei no 11.126/2005���������������������������������������� 56 Decreto no 7.235/2010���������������������������������� 98
Lei no 10.173/2001���������������������������������������� 63
Lei no 10.098/2000���������������������������������������� 64 AUXÍLIO REABILITAÇÃO
Lei no 10.048/2000���������������������������������������� 68 Lei no 10.708/2003���������������������������������������� 59
Lei no 9.313/96���������������������������������������������� 69
Lei no 8.160/91���������������������������������������������� 78
Lei no 7.405/85���������������������������������������������� 87 C
Decreto no 3.956/2001������������������������������� 136
Decreto no 7.823/2012���������������������������������� 94 CÃO GUIA
Decreto s/no de 25/2/2008������������������������ 102 Lei no 11.126/2005���������������������������������������� 56
Decreto no 5.296/2004������������������������������� 120 Decreto no 5.904/2006������������������������������� 117
APOSENTADORIA CIDADANIA
Lei Complementar no 142/2013������������������ 48 Decreto s/no de 25/2/2008������������������������ 102
ASSISTÊNCIA CONCURSO
Lei no 11.255/2005���������������������������������������� 55 Lei no 8.112/90���������������������������������������������� 79
Lei no 11.126/2005���������������������������������������� 56
Lei no 10.708/2003���������������������������������������� 59 CONDENADO
Lei no 10.216/2001���������������������������������������� 61 Lei no 7.210/84���������������������������������������������� 89
Lei no 8.989/95���������������������������������������������� 70
Lei no 8.899/94���������������������������������������������� 72 COORDENADORIA NACIONAL PARA
Decreto no 6.214/2007������������������������������� 105 INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA
DE DEFICIÊNCIA – CORDE
ASSISTENCIA SOCIAL Lei no 7.853/89���������������������������������������������� 82
Direitos das pessoas com deficiência
O
Índice temático
I
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
INCAPAZ TRABALHO (OIT)
Lei no 8.213/91���������������������������������������������� 76 Decreto no 129/91�������������������������������������� 150
153
Decreto no 7.612/2011���������������������������������� 95
P
SAÚDE MENTAL
PASSE LIVRE Lei no 10.216/2001���������������������������������������� 61
Lei no 8.899/94���������������������������������������������� 72
SERVIDORES PÚBLICOS
PENSÃO ESPECIAL Lei no 8.112/90���������������������������������������������� 79
Lei no 11.520/2007���������������������������������������� 53
Lei no 7.070/82���������������������������������������������� 90 SÍMBOLO
Lei no 8.160/91���������������������������������������������� 78
PLANO VIVER SEM LIMITE Lei no 7.405/85���������������������������������������������� 87
Decreto no 7.612/2011���������������������������������� 95
SURDEZ
PREVIDÊNCIA SOCIAL Lei no 8.160/91���������������������������������������������� 78
Lei no 8.213/91���������������������������������������������� 76
PRIORIDADE
Lei no 10.173/2001���������������������������������������� 63 T
Lei no 10.048/2000���������������������������������������� 68
Decreto no 5.296/2004������������������������������� 120 TALIDOMIDA
Decreto no 3.956/2001������������������������������� 136 Lei no 12.190/2010���������������������������������������� 52
Lei no 11.520/2007���������������������������������������� 53
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS Lei no 7.070/82���������������������������������������������� 90
Lei no 10.173/2001���������������������������������������� 63
TRABALHO
PROGRAMA TERRITÓRIOS DA CIDA- Lei no 8.112/90���������������������������������������������� 79
DANIA Lei no 8.069/90���������������������������������������������� 80
Decreto s/no de 25/2/2008������������������������ 102 Lei no 7.210/84���������������������������������������������� 89
Decreto no 129/91�������������������������������������� 150
PROMULGAÇÃO
Decreto no 3.956/2001������������������������������� 136 TRANSPORTE
Decreto no 6.949/2009������������������������������� 101 Lei no 8.899/94���������������������������������������������� 72
TRANSTORNOS MENTAIS
Lei no 10.708/2003���������������������������������������� 59
R Lei no 10.216/2001���������������������������������������� 61
REGULAMENTAÇÃO
Decreto no 7.823/2012���������������������������������� 94
V
VEÍCULOS ESPECIAIS
S Lei no 4.613/65���������������������������������������������� 92
SAÚDE
154 Lei no 8.069/90���������������������������������������������� 80
Coordenação de Edições Técnicas
Senado Federal, Via N-2, Unidade de Apoio III, Praça dos Três Poderes
CEP: 70.165-900 – Brasília, DF. Telefones: (61) 3303-3575, -3576 e -3579
Fax: (61) 3303-4258. E-mail: livros@senado.leg.br