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CEULP/ULBRA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Projeto de Pavimentação
Rodoviária
AULA 5
Fernando Moreno Suarte Júnior
Engenheiro Civil, Arquiteto e Urbanista
Pós Graduação - MBA em Gestão Eficaz de Obras e Projetos
Mestre em Engenharia
Palmas – TO, 7 junho de 2010
CAMADAS DO PAVIMENTO

REVESTIMENTO = é chamado de capa de rolamento ou, simplesmente capa.


Quando possível impermeável, essa camada recebe diretamente a
ação do tráfego e destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto as
condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste, ou seja
aumentar a durabilidade da estrutura.
O dimensionamento do pavimento é feito em camada, observando
que o subleito de qualidade solicita menores camadas de materiais de base.
O dimensionamento do revestimento tem espessura adotada de
acordo o tráfego previsto, onde para temos:
- 3 a 5 cm para vias simples, duas faixas e duas mãos de direção
- 7,5 a 10 cm para auto – estradas

OBSERVAÇÃO: dessa maneira nenhum problema técnico deve ser


proveniente do fato de fixar-se a espessura do revestimento, para
posteriormente calcular as outras camadas.
O problema é econômico, pois essa é a camada mais cara do
pavimento.
CAMADAS DO PAVIMENTO
As larguras das camadas devem ser estabelecidas em função da Classe de
Projeto, da Região e do Tráfego Diário Médio – TDM. A partir da fixação da
largura da pista, em função do número de faixas de tráfego ou faixas de
rolamento necessárias, que é a largura da camada de revestimento, as
demais camadas deverão apresentar larguras crescentes, de cima para
baixo, obedecendo uma regra geral de 1m de uma para outra. (Portaria n° 19,
Ministério de Viação e Obras Públicas 1949)
CAMADAS DO PAVIMENTO

As dimensões que consta nas Normas par Projeto Geométrico de Estradas


de Rodagem, do DNER apresentas as classes abaixo:
CAMADAS DO PAVIMENTO

As bases são classificadas em rígidas e flexíveis sendo:

1 - BASES RÍGIDAS
1.1 – Concreto de cimento
1.2 – Macadame de cimento
1.3 – Solo cimento

2 – BASES FLEXÍVEIS
2.1 – Base de solo estabilizado
2.2 – Base de macadame hidráulico
2.3 – Base de brita graduada
2.4 – Base de macadame betuminoso
2.5 – Base de paralelepípedo e de alvenaria poliédrica (por
aproveitamento)
2.6 – Outras Bases
CAMADAS DO PAVIMENTO

1 - BASES RÍGIDAS
1.1 – Concreto de cimento
É uma mistura de agregados, cimento e água, com dimensões
prevista em projeto, seu dimensionamento obedece a teoria de Westergaard,
podendo ser armada ou não. A placa de concreto exerce conjuntamente as
funções de base e revestimento

1.2 – Macadame de cimento


É uma base construída com agregado graúdo, cujos vazios são
preenchidos material de enchimento, misturando com cimento para realizar
o travamento das pedras e uma razoável ligação entre elas

1.3 – Solo cimento


É uma mistura de solo escolhido, cimento e água, em proporções
convenientes e previamente determinadas, misturas essa quem
convenientemente uniformizada e compactada, satisfaz as condições
exigidas para funcionar como base de pavimento.
CAMADAS DO PAVIMENTO

2 – BASES FLEXÍVEIS
2.1 – Base de solo estabilizado
Camada constituída com solo satisfazendo determinadas
especificações, cuja estabilização poderá ser feita natural ou artificial

2.2 – Base de macadame hidráulico


O terma refere-se a substituição de assentamentos de pedras por
camadas de agregados comprimidas. Colocando pedra britada com
fragmentos entrosados, com finalidade de aglutinar, o enchimento dos
vazios é feito com auxilio de água (nome hidráulico)

2.3 – Base de brita graduada


Material mais utilizado, onde se mistura agregados previamente
dosado, contendo inclusive material de enchimento, água e, eventualmente,
cimento.
CAMADAS DO PAVIMENTO

2 – BASES FLEXÍVEIS
2.4 – Base de macadame betuminoso
Consiste na superposição de camadas de agregado interligadas por
pinturas de material betuminoso.
É chamado de base negra, sendo que o número de camadas
depende da espessura estabelecida em projeto.

2.5 – Base de paralelepípedo e de alvenaria poliédrica (por


aproveitamento)
Corresponde aos leitos de antigas estradas que, com a maior
velocidade atingida pelos veículos, deixaram de apresentar interesse. Esses
revestimentos passaram a ser recapeados com misturas betuminosas
(camadas flexíveis)

2.6 – Outras Bases


Ocorrem em algumas regiões, como a utilização de bica-corrida
como agregado, a utilização da cal (testada e apresenta bons resultados),
base com escória de alto-forno (solução econômica próximo a grandes
siderurgicas)
CAMADAS DO PAVIMENTO

CONCRETO DE CIMENTO

RÍGIDAS MACADAME DE CIMENTO

SOLO-CIMENTO

GRANULOMETRICAMENTE - SAFL

SOLO ESTABILIZADO SOLO-BETUME - SOLO-CAL

BASES SOLO-BRITA

MACADAME HIDRÁULICO
FLEXÍVEL
BRITA GRADUADA COM OU SEM CIMENTO

MACADAME BETUMINOSO

ALVENARIA POLIÉDRICA
POR APROVEITAMENTO
PARALELEPÍPEDOS
CAMADAS DO PAVIMENTO

CONCRETO DE CIMENTO

RÍGIDAS MACADAME DE CIMENTO

PARALELEPÍPEDOS REJUNTADOS COM CIMENTO

GRANULOMETRICAMENTE - SAFL

SOLO-BETUME - SOLO-CAL USINADOS

SOLO-BRITA
BETUMINOSOS
REVESTIMENTO PENETRAÇÃO DIRETA

TRATAMENTO SUPERFICIAL
FLEXÍVEL PENETRAÇÃO SIMPLES DUPLO
INVERTIDA TRIPO
QUADRUPLO
ALVENARIA POLIÉDRICA

PARALELEPÍPEDOS
CALÇAMENTOS USINADOS

BLOCOS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADOS E ARTICULADOS


REVESTIMENTOS

REVESTIMENTOS RÍGIDOS
Os materiais constituindo tem função de resistir aos esforços
horizontais e distribuir esforços verticais à sub-base.
O revestimento rígido por excelência é o revestimento de concreto
de cimento.

REVESTIMENTOS FLEXÍVEL
É utilizado o betume como aglutinante. Tem preferência entre os
projetistas e dos construtores

CONCRETO BETUMINOSO OU CONCRETO BETUMINOSO A QUENTE


É o mais nobre dos revestimentos flexíveis, consiste na mistura
íntima de agregado, satisfazendo rigorosas especificações, e betume
devidamente dosado.
A mistura é feito em usina, com rigoroso controle de granulometria,
teor de betume, temperaturas do agregado e do betume, transporte,
aplicação e compressão.
É o concreto preferido das auto - estradas e das vias expressas
REVESTIMENTOS

PRÉ MISTURADO À QUENTE


Também é uma mistura obtida em usina, porém o controle é menos
rigoroso do que o concreto betuminoso.
Nesse processo o agregado é aquecido a uma temperatura próximo
a temperatura do betume (justificando o nome).

PRÉ MISTURADO A FRIO


Neste caso a mistura de agregado e asfalto ou alcatrão, em que o
agregado é empregado sem prévio aquecimento, ou seja, à temperatura
ambiente.
É o menos nobre que o pré misturado à quente e o concreto
betuminoso.
REVESTIMENTOS

Pré-Misturado Frio

Concreto Betuminoso
Pré-Misturado Quente
REVESTIMENTOS

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS
Consiste na aplicação de uma ou mais camadas de agregados ligas
por pinturas betuminosas.
Tratamentos superficiais podem ser:

a) Simples
Uma camada de agregado e uma pintura de betume

b) Duplo
Duas camadas de agregados e duas pinturas de betume

c) Triplo
Três camada de agregados e três pinturas de betume. (mais
utilizado para pavimentação)

d) Quádruplo
Quatro camadas de agregados e quatro pinturas de betume.
REVESTIMENTOS
REVESTIMENTOS

TSD

TST
TSS
REVESTIMENTOS
CALÇAMENTOS
Consiste na aplicação em zonas urbanas. Pequenos inconvenientes,
como uma certa lentidão na execução, a trepidação e sonoridade que
provocam, são pouco sentidos ou altamente atenuados em locais que, por
natureza, não permitem altas velocidades (como devem ser as zonas
urbanas).
Porém outras facilidades são oferecidas, quando a necessidade de
retiradas para serviços de subsolo, inclusive permitindo o reaproveitamento
praticamente total.
REVESTIMENTOS

PARALELEPÍDEDOS
Revestimento de extraordinária durabilidade, tem como matéria
prima a pedra, assentadas de formas paralelas (conforme nome) sobre base
de areia, rejuntadas de preferência com material betuminoso – asfalto de alta
resistência à penetração
REVESTIMENTOS
REVESTIMENTOS

ALVENARIA POLIÉDRICA
Revestimento de pedras irregulares, assentadas lado a lado sobre
uma base de solo escolhido, formando um autêntico mosaico.
O assentamento se inicia com as pedras-guias, que dão, em
intervalos prefixados, o nivelamento do pavimento
REVESTIMENTOS
REVESTIMENTOS

BLOCOS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADOS E ARTICULADOS


Construído com blocos de concreto de dimensões e formas
definidas, produzidos em fábricas próprias.
Geralmente as formas, dimensões, espessuras e esquemas de
articulação são patenteados. As formas mais comuns são de blocos
quadrados ou retangulares, Tor-cret, e sextavados, Blokret.
É aplicado em larga escala em vias urbanas, pátios de
estacionamento, acostamentos de rodovias, paradas de ônibus e oferecem
um aspecto bastante agradável, permitindo ainda a formação de desenhos
no pavimento.
Quanto a serviços no subsolo, oferecem as mesmas vantagens dos
paralelepípedos quanto à resistência à retirada e reaproveitamento.
REVESTIMENTOS

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